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Jornal do CRMMG INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Nº 32 problema ou solução? Central de Leitos: Páginas 08 e 09 Página 11 Atendimento em voos: CFM estabelece recomendações a médicos e pacientes Página 16 Recadastramento dos médicos: Tire suas dúvidas

Jornal CRMMG 32

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Jornal Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais Ediçao 32

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Page 1: Jornal CRMMG 32

Jornal do CRMMGINFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DEMEDICINA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Nº 32

problemaou solução?

Centralde Leitos:

Páginas 08 e 09

Página 11

Atendimento em voos:

CFM estabelece recomendações a médicos e pacientes

Página 16

Recadastramentodos médicos:

Tire suas dúvidas

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Jornal do CRMMG Novembro / Dezembro de 20102

Os planos e operadoras de saúde ameaçam o exercício da medicina intervindo na autonomia dos médicos, restrin-gindo indevidamente na relação com os pacientes, pressio-nando para reduzir exames, procedimentos e internações.

Há perdas acumuladas nos honorários pagos aos profissionais. Apenas 8% dos valores de um procedi-mento são devidos a honorários médicos. Não é à toa que o aumento dos planos de saúde em nada repercute nos valores dos mesmos.

A falta crônica de recursos no SUS, a inexistência de uma política de recursos humanos e a estrutura precá-ria dos hospitais e postos de atendimento são nítidas. Há necessidade de encaminhamentos efetivos porque isso repercute sobre a imagem do médico e, mormente, sobre os usuários. O complexo composto pelo CFM e os 27 CRMs está atento às transformações da nossa socie-dade e tem agido em defesa do interesse dos médicos. A Comissão de Assuntos Políticos realizou próximo a 60 audiências, com senadores e deputados discutindo os 95 projetos em tramitação do movimento médico em relação ao setor público e aos planos de saúde, como o projeto de Lei 6.964/10, que torna obrigatório o reajuste anual e a existência de contratos entre as operadoras e os prestadores de serviços.

Temos pouco a comemorar. O ideal seria que esti-véssemos celebrando a aprovação da Emenda 29, sem que isso significasse a volta do CPMF, e a criação do plano de carreira para os médicos do SUS. Mas, mesmo assim, tivemos em 2010 uma vitória histórica: a aprova-ção da Lei do Ato Médico pela Câmara Federal, depois de longos sete anos de muito trabalho e muita mobili-zação da categoria médica.

A realização do importante processo de recadastra-mentos dos médicos é um outro fato a se destacar em 2010. Somos o Estado com a segunda maior porcen-tagem de médicos que completaram todo o processo: 77%; sendo que 87% já fizeram a 1ª parte, faltando ape-nas à conferência dos documentos.

Outro importante fato do ano foi o lançamento da revista “Médicos das Gerais” em parceria com a Asso-ciação Médica e o Sindicato dos Médicos, o que simbo-liza a união de forças da categoria médica em Minas. Um detalhado balanço do ano de 2010 e as principais atividades do CRMMG serão publicados no primeiro jornal de 2011.

Estamos em tempo de festas, momento de comemorar vitórias e renovar energias para a entrada do novo ano. Queremos e precisamos de muitas mudanças em 2011. Gostando ou não de quem irá governar o nosso país, tro-cas no “poder” sempre renovam esperanças, mudam os ares e geram expectativas. Uma certeza os médicos mi-neiros podem ter: O CRMMG existe para representá-los e sempre lutará pelo respeito à profissão do médico.

Jornal do Conselho Regional de Medicinado Estado de Minas GeraisAv. Afonso Pena, 1.500 - 8º andarCep. 30130-921 - Belo Horizonte/MG31. [email protected]

Presidente:Manuel Maurício Gonçalves

1º vice-presidente:Roberto Paolinelli de Castro

2º vice-presidente:Itagiba de Castro Filho

3º vice-presidente:Carlos Alberto Benfatti

1º Secretário:João Batista Gomes Soares

2º Secretário:José Luiz Fonseca Brandão

3º Secretário:Cícero de Lima Rena

Tesoureiro:Cibele Alves de Carvalho

1º vice-tesoureiro:Delano Carlos Carneiro

2º vice-tesoureiro:Vera Helena C. de Oliveira

Corregedor:Alexandre de Menezes Rodrigues

Vice-Corregedores:Geraldo Borges Júnior e José Afonso Soares

ConselheirosAjax Pinto Ferreira,Alberto Gigante Quadros,Alcino Lázaro da Silva,Alexandre de Menezes Rodrigues,André Lorenzon de Oliveira,Antônio Carlos Russo,Antônio Dircio Silveira,Carlos Alberto Benfatti,César Henrique Bastos Khoury,Cibele Alves de Carvalho,Cícero de Lima Rena,Claudio de Souza,Cláudia Navarro C.D. Lemos,Delano Carlos Carneiro,Eurípedes José da Silva,Fábio Augusto de Castro Guerra,Geraldo Borges Júnior,Geraldo Caldeira,Hermann Alexandre V. von Tiesenhausen,Itagiba de Castro Filho,Ivana Raimunda de Menezes Melo,Jairo Antônio Silvério,João Batista Gomes SoaresJosé Afonso Soares,José Carvalhido Gaspar,José Luiz Fonseca Brandão,José Nalon de Queiroz,José Tasca,Luiz Henrique de Souza Pinto,Manuel Maurício Gonçalves,Márcio Abreu Lima Rezende,Mário Benedito Costa Magalhães,Melicégenes Ribeiro Ambrosio,Nelson Hely Mikael Barsam,Nilson Albuquerque Júnior,Paulo Mauricio Buso Gomes,Renato Assunção Rodrigues da Silva Maciel,Ricardo Hernane Lacerda G. de Oliveira,Ricardo do Nascimento Rodrigues,Roberto Paolinelli de Castro,Vera Helena Cerávolo de Oliveira.

Comissão de Redaçãodo Jornal do CRMMGCláudia Navarro C.D. LemosCláudio de SouzaMário Benedito Costa MagalhãesPaulo Maurício Buso GomesRicardo Nascimento Rodrigues Vera Helena Cerávolo de Oliveira

Programação visualFazenda Comunicação & Marketing

Tiragem39 mil exemplares ImpressãoLastro Editora FotografiaRR Foto Jornalista ResponsávelMarina Abelha - MG09718 JP RedaçãoMarina AbelhaNívia Rodrigues - MG 07703 JPLaura Sanders Paolinelli – Estagiária de Jornalismo

Belo Horizonte,novembro/dezembro de 2010

Cons. Manuel Maurício GonçalvesPresidente do CRMMG

EditorialExpediente

Jornal do CRMMG

CartasCélio Edson Diniz Nogueira

Foi grande a consternação quando soube do falecimento do nosso bem-querido Célio Noguei-ra (Jornal do CRMMG, nº 31, setembro/outubro 2010, Célio Edson Diniz Nogueira, página 10). Fui vizinho dele na rua Inconfidentes, no bairro Fun-cionários, e com frequência trocávamos palavras, sempre diálogos de mútuo respeito.

Célio, quão admirável foi sua conduta peran-te os amigos e todos que o procuravam para tra-tar de seus infortúnios. “Que formosuras cousas, quantas maravilhas/Em vos vendo sonho, em vos fitando vejo” (Vicente de Carvalho). Faço minhas essas palavras. Descanse em paz, meu caro amigo para sempre.

Rafael DonatoCRMMG n° 3.782 (Belo Horizonte / MG)

Conflitos de interesses

Prezado Manuel Maurício, parabéns pelo editorial do Jornal do CRMMG “Médicos em conflito de inte-ressses” (Jornal do CRMMG, nº 31, setembro/outubro 2010, Médicos em conflito de interesses, página 02).

Muito bem colocada a questão antiga e polê-mica da vinculação incestuosa de alguns médicos com os laboratórios farmacêuticos e a indústria de equipamentos médicos. É uma situação absurda que esses médicos toleram e se acomodam sem ter necessidade, pois médicos têm remuneração adequada para uma vida digna e não precisam atuar como marionetes de laboratórios.

Felizmente, o novo Código de Ética abordou corajosamente essa questão e veio revelar o pro-blema e normatizar a atuação dos colegas.

Cid VellosoCRMMG nº 3.340

Além do nascimento de Cristo, o que os médicos têm a comemorar neste Natal?

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Novembro / Dezembro de 2010

3º curso deAtualizaçãoem Ética Médica

V I D E O

DVDs 1

Jornal do CRMMG 3Jornal do CRMMG 3

O CRMMG fecha o ciclo 2010 de capacitações sobre exercício profissional com a entrega de cer-tificados aos cerca de 50 partici-pantes da 3ª edição do Curso de Ética Médica. A capacitação foi avaliada como muito boa pelos alunos que responderam o ques-tionário distribuído ao final da capacitação. O Curso de Ética Mé-dica é uma promoção do CRMMG e integra o programa de educação continuada do Conselho.

A entrega do material aconteceu em 17/12. Foram distribuídos kits contendo DVDs com o registro de todas as aulas, o CD com as apre-sentações utilizadas pelos professo-res e o certificado que garante aos participantes dez pontos na Comis-são Nacional de Acreditação (CNA) para o Certificado de Atualização Profissional (CAP).

Na avaliação, foi solicitado aos médicos que comentassem sobre atualidade, abrangência e orga-nização dos temas abordados no curso, entre outros assuntos. A média avaliativa de seis dos sete quesitos presentes no questioná-rio foi “muito bom” e um quesito recebeu a pontuação referente a “bom”. Judicialização da medici-

Curso de ética termina e recebeavaliação positiva dos participantes

na e responsabilização profissio-nal, por exemplo, foram os temas apontados como aqueles que mais contribuíram para a carreira pro-fissional dos participantes.

Os comentários e sugestões apresentados pelos alunos serão utilizados como base para a for-mulação dos próximos cursos de-senvolvidos pelo Conselho. “As falhas mais verificadas em proces-sos”, “ética, moral e deontologia”, “aprofundamento do tema aborto” foram temas propostos para as pró-ximas capacitações. A conselheira Cibele Alves de Carvalho, coorde-nadora do curso, adiantou que a 4ª edição do curso de Ética Médica já está sendo formatada para 2011.

Debates

Para Cibele Alves de Carvalho, a capacitação possibilitou discutir os dilemas médicos do dia a dia, oportunizando o debate e a mani-festação de experiências e dúvidas com intensa participação dos alu-nos. Várias discussões tiveram um viés ético-jurídico, incluindo, entre outros, alguns esclarecimentos so-bre o testamento vital. “Esse foi o primeiro curso depois da revisão do

Código de Ética Médica e nos pos-sibilitou abordar vários assuntos, principalmente aqueles com enfo-que na autonomia do paciente e na terminalidade da vida”, esclareceu.

A capacitação aconteceu entre os dias 10 de setembro e 13 de no-vembro com dez encontros de duas aulas cada, totalizando 30 horas. As últimas apresentações ficaram a cargo do 1º vice-presidente do CRMMG, cons. Roberto Paolinelli de Castro, que abordou “Publici-dade Médica”, e do delegado sec-cional do CRMMG em Leopoldina, cons. Delano Carlos Carneiro, que tratou de “Declaração de óbito”.

A Justiça Federal de Uberaba jul-gou improcedente processo aberto pela empresa Rede Unidas-MED RD LTDA contra o Conselho Regional de Medi-cina de Minas Gerais. No processo, a empresa pedia que o CRMMG fosse proibido de “ameaçar” os médicos com “processos éticos-disciplinares” caso utilizassem o cartão de saúde com cus-tos reduzidos (de desconto), bem como de divulgar matérias que se refiram di-reta ou indiretamente às empresas des-se ramo, principalmente no que se refe-re à obrigatoriedade ou não de registro e autorização da Agência Nacional de Saúde (ANS) para atuar no mercado. A Rede Unidas-MED RD LTDA também

requereu pagamento de indenização por perdas e danos materiais, danos morais e lucros cessantes.

Segundo a sentença, a empresa tem, sim, necessidade de registro jun-to à ANS. “Entender o contrário seria autorizar a utilização dos atrativos da prestação de assistência suplementar à saúde como meio publicitário para captação de clientes, esquivando-se, no entanto, da submissão aos rigores da ANS, o que, por óbvio, não se pode ad-mitir sob pena de deixar os consumido-res desamparados em área de relevante interesse público, qual seja saúde”.

Quanto aos danos, descreve na sen-tença: “Não foram juntadas aos autos

provas do lucro percebido pela autora antes do ato apontado como lesivo e do que deixou de lucrar. Também não há qualquer demonstração de que tenha sido submetida a alguma situ-ação desrespeitosa ou preconceituo-sa. De igual forma, não há prova nos autos de que os alegados decréscimos financeiros tenham sido causados por transtornos decorrentes do relatado na inicial”. Para a Justiça, devido à ausência de provas, não há como falar em “ato ilícito”.

O juiz da causa não acolheu nenhum dos pedidos da empresa e extinguiu o processo. A decisão é definitiva, não ca-bendo mais recurso.

Empresa de cartão de descontosperde processo contra CRMMG

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Jornal do CRMMG Novembro / Dezembro de 20104 Jornal do CRMMG4

Apesar da resolução do Conselho Federal de Medicina ser de 2008, um assunto que ainda gera muitas dú-vidas é o “Plantão de Sobreaviso”. Devido à crescente demanda, o Con-selho Federal de Medicina decidiu, em março de 2008, regulamentar este tipo de plantão. A Resolução CFM nº. 1.834/2008, publicada no Diário Oficial da União de 14 de março de 2008 veio esclarecer definitivamente esse ponto. Também sobre o mes-mo assunto, o Conselho Regional

de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) editou a Resolu-

ção n.º 280/2006, publica-da no “Minas Gerais”

de 25 de abril de 2008, Cad. I,

pg. 123.

Plantão de sobreaviso tem que ser remunerado

A regulamentação serve de subsí-dio para fortalecer o direito traba-lhista do médico, ao qual a institui-ção de saúde tem que recorrer para manter o funcionamento regular de sua atividade-fim.

Em seu artigo 1º, a Resolução CFM n.º 1834/2008 define como “disponibilidade médica em so-breaviso a atividade do médico que permanece à disposição da instituição de saúde, de forma não presencial, cumprindo jornada de trabalho pré-estabelecida, para ser requisitado, quando necessário, por qualquer meio ágil de comu-nicação, devendo ter condições de atendimento presencial quando so-licitado em tempo hábil”.

No artigo 2º, a citada Resolução afirma: “a disponibilidade médica em sobreaviso, conforme definido no artigo 1º, deve ser remunerada de forma justa, sem prejuízo do re-cebimento dos honorários devidos ao médico pelos procedimentos praticados. A vinculação empre-gatícia do médico em regime de sobreaviso obedece aos termos do Artigo 244 da CLT, §2º. “Cada es-cala será, no máximo, de 24 horas, enquanto as horas de sobreaviso serão contadas à razão de 1/3 do salário normal.”

“Por regime de sobreaviso compreende-se o tempo em que o trabalhador permanecer em sua própria casa, aguardando a qual-quer momento o chamado para o serviço, por meio de escala.” Na área médica, o regime de sobrea-viso caracteriza-se pela disponi-bilidade de especialistas, fora da instituição, alcançáveis quando chamados para atender os pacien-tes que lhes são destinados, estan-do o médico escalado para tanto, obrigado a se deslocar até o hospi-tal para atender aos casos de emer-gência, realizar cirurgias, procedi-mentos diagnósticos e internações clínicas, devendo ser devidamente remunerado, quer pelo SUS, por convênios em geral ou mesmo por pacientes particulares.

Em seu artigo 6º, a Resolução CFM 1834/2008 afirma: “Compete ao Diretor Técnico e ao Corpo Clíni-co decidir as especialidades neces-sárias para disponibilidade em so-

breaviso, de acordo com a legislação vigente”. No artigo 7º da Resolução CFM 1834/2008, lê-se: “Cabe aos di-retores técnicos das instituições o cumprimento desta resolução”.

Federassantas questionaresolução do CFM

A Federação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais Filan-trópicos e Entidades de Filantropia e Beneficência do Estado de Minas Gerais (Federassantas) propôs ação ordinária na qual pleiteia a decla-ração de nulidade dos artigos 2º, § 3º, 4º, 5º e 6º da resolução CFM nº 1.834/2008 que diz: “as disponibili-dades de médicos em sobreaviso devem obedecer normas de controle que garan-ta, a boa prática médica e o direito do Corpo Clínico sobre sua participação ou não nessa atividade. A disponibili-dade médica deve ser remunerada.”

Em sua ação, a Federassanta ar-gumentou que o CFM não possui competência para legislar, que a referida resolução ofendeu os prin-cípios da legalidade, da razoabili-dade e da proporcionalidade, além de ofender a livre iniciativa ao reti-rar a autonomia das instituições de saúde dentre outros argumentos. O CFM apresentou contestação im-pugnando todos os argumentos da Federassanta.

A juíza da 17ª. Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal julgou improcedente o pedido, sob o argumento de que “é patente o poder regulador do CFM, o que lhe atribui competência para a imposição de certas medidas, sendo perfeitamente legal a edição de normas com o esco-po de cumprir sua finalidade”, razão pela qual “não se evidencia a incom-petência do réu em disciplinar a situ-ação de sobreaviso que possa ensejar a anulação dos artigos da resolução apontados pela autora.”

Diante disso, a juíza entendeu que “a Resolução 1.834/2008 atuou dentro dos limites do seu poder re-gulamentar, pois não restringiu ou ampliou as disposições legais, não se subsumindo, na espécie, ofensa aos princípios da legalidade, livre iniciativa e proporcionalidade.”

Essa decisão ainda não é defini-tiva, pois cabe apelação.

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Jornal do CRMMGNovembro / Dezembro de 2010 5Jornal do CRMMG

Médicos representantes de di-versos estabelecimentos de saúde participaram do “Seminário de Diretores Clínicos, Diretores Téc-nicos e Comissão de Ética Médica das instituições de Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte” realizado no dia 20 de outubro na sede do Conselho Regional de Me-dicina de Minas Gerais (CRMMG).

A programação do evento contou com quatro palestras que abordaram e discutiram as res-ponsabilidades e atribuições dos diretores clínicos e técnicos e das comissões de ética médica. Entre os palestrantes, estavam o diretor técnico do Hospital Vila da Serra, Antônio Eugênio Motta Ferrari e o diretor clínico do Hospital Vila da Serra, Márcio de Almeida Sal-les, que retrataram o modo como suas diretorias trabalham em conjunto. Para o conselheiro do CRMMG e coordenador do even-to, José Luiz Fonseca Brandão (foto), a exposição dos diretores evidenciou o trabalho harmonio-so e complementar das duas dire-torias naquela instituição.

CRMMG promove semináriocom diretores clínicos, diretores técnicos e membros de Comissão de Ética

Confira as resoluções na íntegra no site do CRMMG(www.crmmg.org.br) e no Portal Médico (www.portalmedico.org.br )

Atribuições do Diretor Técnico(Resolução CFM 1342/1991)

• Zelar pelo cumprimento das disposições legais e regulamenta-res em vigor.

• Assegurar condições dignas de trabalho e os meios indispensáveis à prática médica, visando ao me-lhor desempenho do Corpo Clínico e demais profissionais de saúde em benefício da população usuária da instituição.

• Assegurar o pleno e autônomo funcionamento das Comissões de Ética Médica.

• Trabalhar, conjuntamente com o diretor clínico, visando manter o atendimento médico dentro dos princípios da ética médica.

• Atender às requisições do CFM / CRMMG e encaminhar a relação dos médicos que compõe o Corpo Clínico da instituição anualmente ao CRM.

Atribuições do Diretor Clínico(Resolução CFM 1342/1991 e CRMMG

317/2009)

• Dirigir e coordenar o Corpo Clínico da instituição.

• Supervisionar a execução das atividades de assistência médica da instituição.

• Zelar pelo fiel cumprimento do regimento interno do corpo clí-nico da instituição.

• Acompanhar os trabalhos de cada clínica e de seus coordena-dores, com vistas à prestação da melhor assistência ao paciente.

• Zelar pelo nome da institui-ção.

• Fiscalizar a elaboração dos protocolos de atendimento.

• Fiscalizar a emissão de relató-rios médicos às autoridades reque-rentes e o acesso e cópia de prontu-ários aos requerentes.

Atribuições das Comissões de Ética Médica

• Conscientizar o Corpo Clínico quanto aos preceitos da Ética Médica.

• Colaborar com o CRM-MG na tarefa de educar, orientar, discutir e divulgar a Ética Médica.

• Elaborar pareceres sobre as-pectos éticos dentro do âmbito da instituição.

• Supervisionar, orientar e fisca-lizar o exercício da atividade médi-ca na instituição.

• Orientar questões de Ética Mé-dica aos usuários.

• Instaurar sindicâncias, instruí-las e elaborar relatório circunstan-ciado ao problema.

• Comunicar ao CRMMG indí-cios de infração ética e o exercício ilegal da medicina.

• Promover e divulgar as nor-mas advindas dos órgãos e autori-dades competentes.

Durante o encontro, houve tam-bém apresentações do 1º secretário do CRMMG, João Batista Gomes Soares, e do conselheiro do CRMMG e repre-sentante de Minas Gerais no Conselho Federal de Medicina (CFM), Hermann Alexandre V. Von Tiesenhausen. Os participantes esclareceram as dúvidas sobre o regimento interno do corpo clí-nico, discutiram sua importância e re-fletiram sobre a necessidade de apro-vação do mesmo pelos profissionais do corpo clínico, sendo apresentado um modelo sugerido pelo CRMMG para sua elaboração.

José Luiz Fonseca Brandão, des-tacou a importância da presença de vários representantes das entida-des de saúde da Região Metropo-litana no seminário. “Houve bom envolvimento dos médicos que, ao final da palestra, apresentaram diversos questionamentos e possi-bilitaram uma discussão do tema entre os presentes e os conselheiros do CRM”, ressaltou.

Informe-se abaixo sobre as prin-cipais atribuições do diretor técnico, diretor clínico e Comissões de Ética:

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Jornal do CRMMG Novembro / Dezembro de 20106 Jornal do CRMMG6

Aos novos residentes de Minas Gerais e a quem mais se identifi-car. Bem-vindos! Primeira infor-mação: a disputa com o colega acabou. Estamos todos no mesmo barco. Parece óbvio, mas a maio-ria dos colegas age como se não soubesse disso.

Talvez não seja nossa culpa. Desde muito jovens, somos in-centivados às disputas. Em um passado recente para muitos de nós, enxergávamos os demais candidatos à “nossa” vaga na fa-culdade de medicina como uma feroz ameaça ao nosso sucesso profissional e à recompensa por horas de estudo e sacrifícios pela preparação para o vestibular. Pas-sada a etapa do funil, orgulhosos

O médico nãopode andar sozinho

da conquista, passamos seis anos aprendendo a arte do cuidar e da diminuição do sofrimento do próximo. Anos maravilhosos de muito crescimento pessoal e ad-miração pelo mundo que se abria à nossa frente. Muitos, porém, não entendiam ainda que a dis-puta havia acabado e a compara-ção de notas entre colegas ou a disputa por uma vaga em deter-minado estágio mantinham aceso o sentimento de disputa.

O número reduzido de vagas de residência médica no país contri-bui, nessa fase da nossa vida, para mais um motivo de batalha agressi-va pela vaga. Assim, perpetuamos uma “cultura irracional” de que o colega não tem nada de “colega”. Eu preciso ser o melhor. Repito: isso acabou.

A classe médica está passando por uma fase de necessidade de re-afirmação na sociedade. Uma fase de resgate da sua valorização em todos os aspectos. Vários discursos buscam conseguir uma melhor re-muneração, melhores condições de trabalho e atualização profissional para atingir o tão sonhado exercício da medicina por prazer e vocação e, cada vez menos, por obrigação e necessidade financeira.

Mas, não há conquistas sem a união da classe. Não me entendam como um interlocutor de frases fei-

tas. Literalmente, quero dizer isso: não teremos conquistas sem união.

Por várias vezes, optamos por cumprir apenas as nossas obriga-ções diárias sem fazermos nada a mais para melhorar a nossa condi-ção de trabalho. Contentamo-nos em cumprir o nosso check-list, re-ceber a nossa recompensa e nos re-colhermos em nossos lares. Porém, não é incomum encontrar grupos de médicos conversando sobre como as coisas estão ruins e diferentes de como eram.

O médico não pode andar sozi-nho. A necessidade de uma refor-mulação de pensamentos é iminen-te. É necessária a formação de um novo conceito de união, do enten-dimento de que estamos juntos e de que o problema é de todos. A nossa disputa não é com o colega.

A Amimer vem, portanto, dar as boas-vindas aos novos residen-tes de Minas Gerais. Que vocês sintam-se bem nessa nova casa. Que encontrem verdadeiros cole-gas e desfrutem de grandes Mes-tres que com imenso prazer pre-ceptoram jovens médicos como nós. Associem-se à Amimer, apro-veitem as vantagens, contribuam com ideias e atos. Juntos, pela valorização da residência médi-ca, pela melhoria da assistência e pela excelência da medicina. O médico pelo Médico.

José Humberto Santos Soares CRMMG 49.648Diretor Amimer

Página dos Residentes

Página de responsabilidade da diretoria da Amimer

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Jornal do CRMMGNovembro / Dezembro de 2010 7Jornal do CRMMG 7

Lideranças médicas de todo o país, representantes de mais de 350 mil mé-dicos, foram à Brasília durante a Mobi-lização Nacional pela Valorização do Médico e da Assistência em Saúde no Brasil. O ato fez parte das comemora-ções do Dia do Médico.

Em 26 de outubro, cerca de 300 profissionais dirigiram suas reivindi-cações a parlamentares, ao Ministério da Saúde e à sociedade. Entre os temas se destacam a necessidade de mais re-cursos para a SUS; a urgente regulação apropriada e efetiva na saúde suple-mentar e a implementação de condi-ções de trabalho e remuneração que proporcionem o bom desempenho da medicina nos aspectos ético e técnico.

Após a concentração no Ministé-rio da Saúde, o grupo fez caminha-da até o Congresso Nacional, onde protocolou, junto às presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, um documento em nome das três entidades médicas nacionais – Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Nesse documento, foi expli-citado o diagnóstico do setor, apon-tadas as reivindicações da categoria e sugeridas soluções para o processo de valorização da Medicina.

A iniciativa foi ancorada na posi-ção adotada pelos médicos – por meio de seus representantes –, aprovada durante o XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), em julho deste ano. O Manifesto dos Médicos à Nação, documento final do encontro

que condensa as principais posições do movimento, foi anexado ao mate-rial entregue.

Ministro Temporão assume compromissos

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, assumiu o compromisso junto às entidades médicas nacionais de estimular a busca de uma solução para o impasse surgido entre operado-ras de planos de saúde e profissionais da Medicina. Ele afirmou que agendará uma reunião com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para dis-cutir o tema.

Para Temporão, dois temas se im-põem na agenda política da saúde em 2011: a solução para o problema do subfi-nanciamento do SUS e a implementação de uma lógica efetiva de regulação entre médicos e operadoras no âmbito da saú-de suplementar.

Com relação à aprovação da lei que regulamenta a Emenda Consti-tucional 29, uma medida que pode garantir uma fonte de recursos está-vel e crescente para o Sistema Único de Saúde, o ministro afirmou que se trata do tema com “ensurdecedor consenso”. De acordo com Temporão, “ninguém tolera mais a postergação dessa medida”. O posicionamento do ministro veio em resposta ao pleito das lideranças médicas que cobraram engajamento dos gestores do SUS para acelerar o processo de votação da medida que se arrasta há quase uma década pelo Congresso Nacional.

Médicos fazem mobilizaçãonacional em defesa da saúde

• Mais recursos para o SUS – pela imediata regulamentação da EC 29. Atualmente, o Brasil é o país de sistema universal de acesso à saúde com menor financiamento público.

• Mais regulação na saúde suplementar – pela atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na rela-ção entre os médicos e os planos de saúde.

• Mais condições de trabalho e remuneração – pela adoção do PCCV e da CBHPM, pelo reajuste dos valores da Tabela SUS, pelo fim da precarização e da terceirização do trabalho, pela criação da Carreira de Estado.

• Mais qualidade na assistência – pela garantia de inte-gralidade das ações de saúde com a hierarquização do aten-dimento e por melhores condições de trabalho.

• Mais eficiência na gestão – pela qualificação e profis-sionalização da gestão pública dos serviços de saúde.

• Mais qualidade na formação médica – pelo fim da abertu-ra indiscriminada de escolas médicas no Brasil e pela exigência de ensino de qualidade naquelas em funcionamento.

• Mais respeito às entidades representativas – pela va-lorização da representação dos médicos no cenário político, que devem ser ouvidos na tomada de decisões que afetam o seu trabalho e a saúde da população.

Agenda do Movimento Médico

Márcio Arruda - CFM

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Jornal do CRMMG Novembro / Dezembro de 20108

Um dos maiores problema do SUS em Minas Gerais é a articula-ção, em um território tão extenso e diverso culturalmente, dos serviços de saúde para que as demandas da população sejam atendidas. Com o objetivo de gerar esta integração, foram criadas as Redes de Atenção à Saúde que contam com os Proje-tos Estruturadores e os Programas Associados do Plano Estadual de Saúde, dentre eles as polêmicas Centrais Macrorregionais do Sis-tema Estadual de Regulação (co-nhecidas como Central de Leitos), que tem como objetivo tornar ágil o acesso às internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O jornal do CRMMG entrevis-tou o coordenador das Centrais em Minas Gerais, Nicodemus de Ari-matheia, sobre o assunto.

Central de Leitosao princípio da equidade – base de todo sistema público de saúde no mundo. Superar esse quadro de-mandou a construção de uma alter-nativa inovadora que facilitasse o acesso dos usuários a serviços ade-quados às suas necessidades.

Quando foi criada?Num contexto histórico de desas-

sistência, com grandes e permanen-tes vazios assistenciais detectados pelos estudos realizados desde 1997 até 2003 e consolidados no Plano Di-retor de Regionalização (PDR) e na Programação Pactuada e Integrada (PPI), se construíram as bases políti-co-administrativas para a evolução de processos de trabalho herdados do Inamps, dos anos 70, os serviços de controle, avaliação e auditoria. A Secretaria de Estado de Saúde trou-xe para o dia a dia das entidades conveniadas e públicas no SUSMG e para a sociedade, no final de 2005, uma solução de base informatizada e alicerçada nos termos de pactua-ção entre os municípios e os respec-tivos contratos de serviços. Mais tarde, seriam potencializados pelo ProHosp que de forma pragmática apostou na capacidade de cerca 150 hospitais e investiu e aplicou recur-sos, visando à qualidade na assis-tência ao usuário.

Quantas Centrais Macrorre-gionais de Regulação Assisten-cial existem em Minas Gerais?

São 13 Centrais Macrorregionais de Regulação Assistencial. Belo Ho-rizonte tem um sistema próprio, que é a Central de Internação (Cint-BH), funcionando há cerca de 15 anos. Uberlândia, Juiz de Fora e Contagem também têm serviços de regulação assistencial, sendo que os dois últi-mos se utilizam do SUSfácil MG.

Há leitos disponíveis no Es-tado para atender os pacientes encaminhados?

Leitos – cama – estão disponíveis de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, mas a rede as-sistencial apresenta gargalos histo-ricamente evidenciados: ortopedia e traumatologia, cirurgia vascular, neurocirurgia, entre outras espe-cialidades que não têm uma oferta

constante e nem de acordo com as necessidades do sistema.

Os pacientes são encaminhados considerando-se a qualificação da unidade e a situação vislumbrada pelo médico regulador, na hora e no local da ocorrência. O leito extra é uma possibilidade e, no limite, a chamada vaga zero, ambos devida-mente normatizados. As decisões médicas são tomadas com base em protocolos clínicos e operacionais.

Qual é o tempo médio que as centrais gastam para internar o paciente?

Numa aferição auditada em 2007 no Sistema SUSfácil MG, ob-servamos que o tempo médio para reserva de um leito é de 2h48.

O médico regulador respei-ta as limitações do hospital de destino?

Sim. Vejamos como se dá o pro-cesso regulatório: um médico so-licitante preenche um laudo e o encaminha, on-line, à Central de Re-gulação. O médico regulador anali-sa o documento e avalia o perfil da unidade solicitante. Pode acontecer de a internação ser realizada na própria unidade solicitante. Caso contrário, uma busca é feita em outros hospitais da macrorregião e outra unidade é acionada, ou seja, é reservado o leito. Um médico da unidade de destino avalia o laudo encaminhado pela Central poden-do introduzir questionamentos ou solicitar esclarecimentos acerca do caso, assim fundamenta a negativa ou a aceitação da reserva.

O que consideramos inaceitável é a negativa sem fundamento. O médico regulador visualiza um mapa de lei-tos de cada unidade e a atualização de dados no mapa é obrigação e respon-sabilidade dessas unidades hospitala-res, tendo ainda o compromisso dos médicos autorizadores municipais, bem como os auditores vinculados às secretarias municipais da cidade-sede das unidades de destino.

Quais as regiões (Centrais) que têm mais problemas? Quais são eles?

A definição dos papéis de cada unidade assistencial é compromissa-

Qual é o objetivo principal da criação das Centrais Macror-regionais do Sistema Estadual de Regulação?

O grande objetivo é alcançar a eficiência, a eficácia e a efe-tividade do sistema de saúde, garantindo, assim, o acesso do usuário. A regulação assistencial faz a interação entre as necessi-dades do usuário e as ofertas de serviços de saúde.

No passado, a ausência da prá-tica regulatória – função própria do ente federado Estado – resultou ao longo dos anos, em uma distri-buição de equipamentos sanitá-rios sem critérios de racionalidade na sua alocação. Acentuaram-se as desigualdades regionais, o que por óbvio se constituía em ofensa

Jornal do CRMMG8

Nicodemus de Arimatheia

Page 9: Jornal CRMMG 32

Jornal do CRMMGNovembro / Dezembro de 2010 9

Uma solução para agilizar o acesso àsinternações? Ou mais um problema?da em bases contratuais ampliadas para além da tabela de procedimen-tos. Uma falha, uma carência transitó-ria ou permanente de algum serviço ou especialidade, trará como conse-quência dificuldades para o trabalho da equipe da Central de Regulação.

Temos hoje, nas Centrais Estadu-ais cerca de 140 cargos de médico regulador plantonista. Com pou-cas vacâncias, sabemos, entretanto, que o preenchimento dessas vagas envolve um rito complexo, treina-mento, adaptação para a função e, finalmente, a posse. Pode-se imagi-nar, quando consideramos a desi-gualdade na distribuição da mão de obra médica, nas diversas regiões do Estado, as dificuldades inerentes à tal escassez. Ocasionalmente, uma outra região apresenta dificuldades de operação independente e plena, por falta de profissionais.

Como é feita a escolha e a es-cala dos médicos reguladores? Quantos são?

Uma equipe médica, basicamen-te, se resume a um coordenador e mais oito plantonistas para cobertu-ra de sete dias da semana com jor-nada de 24 horas semanais. As Cen-trais sediadas em Belo Horizonte e Alfenas têm equipes dimensionadas de modo diferenciado em função do volume e de questões inerentes à re-lação do nosso sistema com os ges-tores dos municípios-sede.

Qual é a responsabilidade ci-vil e ética do médico regulador?

As atribuições da função mé-dico regulador plantonista estão definidas pelo Decreto Estadual 45015, de 19/01/2009 e pela Lei De-legada 174, de 26/01/2007. Trata-se, pois, de um médico investido na função de autoridade sanitária, já que exerce, por delegação, parte da competência do gestor estadual do SUS. Além desses limites, atua no resguardo do interesse, fazendo valer os termos da contratualiza-ção e da pactuação resultantes de negociação nas diversas instâncias do SUS e dos Conselhos em caráter terminal, depois de discutidas nas Comissões Intergestoras Bipartites das micros e das macrorregiões.

Conflitos de interesses entre re-guladores e médicos atuando nos hospitais, quando ocorrem, resu-mem-se ao desconhecimento des-ses dos termos contratuais firma-dos com o SUS pela administração das entidades em que atuam. Num regime de escassez de mão de obra médica e na vigência ou ausência de vínculo de emprego ou trabalho fragilizando a relação prestamista ao usuário SUS, a tensão se instala. O SUSfácilMG tem mostrado essa fragilidade na relação trabalhista, principalmente nas entidades con-veniadas de perfil filantrópico e, às vezes, até em serviços públicos. So-luções exitosas apontam para o as-salariamento do médico, que deixa de ser free lancer, vez que os novos contratos com os hospitais, além da remuneração vinculada a uma tabela remuneratória, acrescentam, conforme o caso, repasses específi-cos para manutenção de escalas de plantões médicos e para compra de equipamentos hospitalares, para ci-tar algumas formas complementa-res de financiamento e custeio.

Existe sigilo quanto às informa-ções médicas? Como ele é feito?

O sistema SUSfácilMG é equipa-do com quatro potentes servidores operados pela Companhia de Tecno-logia de Informação de Minas Gerais (Prodemge). O ato regulatório é um ato médico, a obrigação de resguar-dar o sigilo das informações pessoais dos usuários é relembrada a todos os técnicos que com elas lidam. Quebra de segredo profissional, inclusive por não médicos, é crime.

Como fica a autonomia mé-dica com relação à Central de Regulação?

Definidos os papéis e funções de cada ator nesse processo. Acatadas as disposições contratuais que vin-culam as unidades assistenciais ao cumprimento de obrigações, e tam-bém respeitados seus direitos, resta ao médico assistente e ao médico regulador a construção harmônica de uma conduta que igualmente vincula a ambos: o resguardo do direito do cidadão, norteado pelo fundamento da equidade.

Qual é a sua avaliação quanto à eficiência do Sistema Estadu-al de Regulação Assistencial?

Trata-se de um sistema pelo qual transitam mais de 90% dos registros de internações referenciadas – de ur-gência, eletivas e procedimentos am-bulatoriais realizados no nosso ter-ritório – e que tem se mostrado uma potente ferramenta de gestão, cujos parâmetros de segurança, auditabili-dade e transparência têm se prestado para a aferição das realizações, das práticas e das necessidades do SUS-MG. Entusiasta que sou, tenho a con-vicção de que tem sido o Sistema Es-tadual de Regulação Assistencial, no que tem de desafio e de engenhosida-de, uma construção exitosa e eficiente naquilo que se propõe – viabilizar o acesso em tempo oportuno a uma al-ternativa assistencial adequada à de-manda do cidadão de Minas Gerais.

Numa aferição

auditada

em 2007

no Sistema

SUSfácil MG,

observamos

que o tempo

médio para

reserva de um

leito é de 2h48.

Desde o ano de 2005, quando foi ins-tituído o programa de Central de Lei-tos em Minas Gerais, o médico que atende os pacientes pelo sistema pú-blico de saúde vem lidando com uma realidade diferente de atendimento.Formou-se então uma Central de Regulação que gerencia os leitos hospitalares do SUS. A internação é feita pelos médicos regulado-res que indicam qual é o melhor hospital referenciado para receber aquele paciente.Acontece que, até hoje, existem falhas no atendimento como pa-cientes que ficam aguardando por vários dias para serem internados e

outros que são encaminhados para internação em instituições hospitala-res sem condições de receber o pa-ciente por não terem resolução para o tratamento adequado como, por exemplo, ausência de CTI, falta de especialistas etc. As questões éticas envolvendo o médico assistente e a Central de Leitos podem ser encaminhadas a este Conselho. O CRMMG, sempre atento às necessidades e reivindica-ções da classe, está à disposição dos médicos mineiros para o escla-recimento de dúvidas e apuração dos fatos que por ventura possam interferir na autonomia profissional.

Nota CRMMG

Sede da Central de Leitos em Belo Horizonte

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Envolvido, nos últimos anos, com im-plementação da telemedicina, temos sido questionados sobre inúmeras situações que surgem com uso crescente das tecno-logias de informação e comunicação em medicina. Uma delas é a emissão de lau-dos a partir de imagens, registros gráficos ou outros parâmetros colhidos do paciente e enviados para interpretação de um espe-cialita remoto. Trata-se de uma das múl-tiplas possibilidades da telemedicina que em conjunto com o prontuário eletrônico, a informática genômica, o e-learning, as bi-bliotecas virtuais de saúde e a telessaúde entre outras, compõem um cenário maior chamado de “Saúde Eletrônica”ou “e-Saú-de” ou simplesmente e-Health, em inglês.

A e-Saúde constitui uma das maiores revoluções tecnológicas iniciada no final do século passado, que avança a passos gi-gantescos neste século. Considerando que a saúde é o maior patrimônio do ser humano, é gratificante constatar que todo o conheci-mento gerado nessa área, pode ser armaze-nado, distribuido e utilizado na medida do necessário. Parece que finalmente, a técnica e a tecnologia estão próximas de cumprir seu papel, como meios adequados, em benefício de um fim maior que é o ser humano.

A telemedicina constitui uma prática antiga enquanto uso de meios de comu-nicação para a transmissão à distância de dados e informações sobre as condições de saúde dos pacientes. Entretanto, face ao contexto tecnológico atual, a telemedicina está assumindo roupagem nova com infi-nitas possibilidades. Em princípio, ela não modifica os pilares da medicina presencial, ou seja, o humanismo, a solidariedade e o envolvimento com o sofrimento alheio.

Em verdade, a telemedicina apenas in-troduz entre o paciente e o médico, um fator novo representado pela participação de técnicos e aparatos tecnológicos, no processo de atendimento. Essa interveni-ência, de fato, pode comprometer o sigilo, a privacidade e a confidencialidade, im-prescindíveis à relação médico / paciente. Para contornar o problema, a certificação do sistema de prontuário eletrônico ne-cessita passar por um crivo rigoroso (Re-solução 1821/2007).

Resta perguntar: a categoria médica como um todo está preparada para o uso pleno da tecnologia disponível? Qual é a reação face à nova realidade? Descon-fiança? Receio de perda de status e ho-norários? Desânimo frente à necessidade de reposicionamento profissional? Inse-gurança face à necessidade de incorporar de novos saberes? É possível que alguns colegas estejam experimentando essas sensações neste momento.

Considerações sobrelaudo à distância Cons. Cláudio de Souza

CRMMG 4.798

É fato que o novo sempre tem caráter ameaçador e gera resis-tências. Ao mesmo tempo, é cer-to que o ser humano tem enorme capacidade de adaptação. A his-tória é rica em exemplos de preo-cupações geradas pelo surgimen-to de novas técnicas e artefatos. Nos últimos anos, assistimos significativas mudanças no se-tor bancário. Esse setor passou a realizar a maioria das operações por meio de cartões magnéticos com chips ou da internet segura. Assim, operações como saques, transferências, pagamentos e aplicações passaram a ser reali-zadas a partir de qualquer lugar do mundo, bastando que se dis-ponha de uma conexão à internet ou um caixa eletrônico alcançá-vel. Ressalte-se que essas novas tecnologias têm sido rapidamen-te incorporadas pela população. Falava-se, há muito pouco tem-po, que a automatização dos ban-cos levaria ao desemprego, a cri-ses e outras mazelas. Nada disso aconteceu. Por analogia, é prová-vel que a implantação plena do e-Saúde siga a mesma trajetória.

O aumento exponencial do uso de recursos tecnológicos em me-dicina demandará dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina, órgãos normatizadores e fiscali-zadores do exercício da medici-na, uma resposta rápida no sen-tido de legislar sobre uma série de situações inusitadas. Para tal, é necessário incorporar experi-ências internacionais avançadas e adequá-las à nossa realidade. Algumas experiências exitosas existentes no Brasil também de-verão ser aproveitadas. Evidente-mente, os aspectos éticos e legais são fundamentais nesse contexto. As orientações fornecidas pelas Resoluções CFM 1643/2002 (tele-medicina), 1821/2007 (prontuário eletrônico), CRMSP 97/2001 (sites e portais na internet),1890/2009 (telerradiologia) constituem ex-celente introdução ao tema. Ain-da assim, é indispensável que os Conselhos se aprofundem nessa discussão a fim de dirimir dúvi-das e disciplinar questões emer-gentes. Entre elas, citamos:

1 – Realização de teleconsultas ou teleconsultorias eletivas (interlocu-ção direta entre o médico e o pacien-

te) por videoconferência, em locais remotos onde não exista médico.

2 – Normatização da segunda opi-nião formativa, emitida por especia-lista para médicos do programa de saúde da família, ou outros, em locais onde não existam especialistas.

3 –Normatização da prática dos cuidados domiciliares - homecare e do autocuidado. Essas práticas in-cluem a aferição de parâmetros vi-tais e outros colhidos por meio de equipamentos digitais, utilizados por profissionais de saúde não mé-dicos, por acompanhantes, por cui-dadores ou pelo próprio paciente (autocuidado) e enviados ao médico regulador, utilizando ferramentas da telemedicina. Como fica a res-ponsabilidade desse médico, caso os dados não estejam corretos? Quem está autorizado a colher os dados? Como deve ser regulamentado o sistema de envio? Este sistema deve ser homologado pelo CFM/CRM?

4 – Normatização da emissão de laudos de exames (métodos de imagem ou outros) por especialis-tas remotos. Como fica a respon-sabilidade final em relação ao pa-ciente: é de quem executa o exame ou de quem emite o laudo ou de ambos? E se a mesma operação for realizada entre Estados ou países com legislações diferentes?

5 – Normatização do envio da-dos de saúde em meios eletrônicos inseguros como e-mail e outros. De quem é a responsabilidade em caso de quebra do sigilo ou modificação de parâmetros?

6 –Normatização de centros que utilizam recursos de teleme-dicina para prestar informações e orientações sobre questões de saúde para usuários. Quem está autorizado a prestar tais informa-ções / orientações? Qual o limite entre a informação / orientação e a consulta médica? De quem é a responsabilidade?

7- Envio de dados, informações, orientações, resultados exames e imagens pelo celular (m-health). Qual o limite? Quem está autoriza-do a fazê-lo? Quem garante o sigilo e a privacidade? Quem se respon-sabiliza no caso de falhas?

Inúmeras outras situações emer-gentes poderiam ser citadas, mas, por ora, nossa intenção é simplis-mente iniciar uma discussão que se extenderá pelos próximos anos.

Jornal do CRMMG10 Novembro / Dezembro de 2010

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A Câmara Técnica de Medicina Aeroespacial do Conselho Federal de Medicina (CFM) esta-beleceu recomendações aos médicos e usuários de avião baseadas na cartilha “Doutor, posso voar?” elaborada pelos alunos da Liga de Me-dicina Aeroespacial da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Conheça as recomendações:

Doenças respiratóriasViagens aéreas são contraindicadas para

pessoas com infecções ativas porque podem alterar as respostas fisiológicas habituais ao voo. Pessoas com infecções pulmonares con-tagiosas não devem embarcar, pois pode ocor-rer agravamento dos sintomas, complicações durante e depois o voo, além do risco de dis-seminação da doença entre os outros passa-geiros. Quadros graves, instáveis ou de hospi-talização recente de asma brônquica também são incapacitantes para o voo.

Pessoas com bronquite crônica e enfisema pulmonar devem buscar orientação médica es-pecializada antes de embarcarem para que seja determinado se há necessidade de suporte de oxigênio no deslocamento.

Doenças cardiovasculares

Aqueles acometidos de complicações car-diovasculares devem ser orientados a adiar os voos durante o período de estabilização e re-cuperação. Os prazos a serem observados são (podem ser revistos pelo médico assistente):

• Infarto não complicado: aguardar duas a três semanas.

• Infarto complicado: aguardar seis semanas.• Angina instável: não deve voar.• Insuficiência cardíaca grave e descompen-

sada: não deve voar.• Insuficiência cardíaca moderada: verificar

com o médico se há necessidade de utilização de oxigênio durante o voo.

• Revascularização cardíaca: aguardar duas semanas.

• Taquicardia ventricular ou supraventricu-lar não controlada: não voar.

• Marcapassos e desfibriladores implantáveis: não há contraindicações.

Nos casos de AVC, deve-se considerar o estado geral e a extensão da doença:

• AVC isquêmico pequeno: aguardar 4 a 5 dias.

• AVC em progressão: aguardar 7 dias.• AVC hemorrágico não operado: aguardar 7

dias.• AVC hemorrágico operado: aguardar 14

dias.

Pós-operatório e pacientes em recuperação

Pós-operatório torácico• Casos de pneumectomia ou lobectomia pul-

monar recente: recomenda-se a avaliação médica pré-voo, com determinação da normalidade da função respiratória, principalmente no que diz respeito à oxigenação arterial.

• Casos de pneumotórax: contraindicação ab-soluta. Deve-se esperar de duas a três semanas após drenagem de tórax e confirmar a remissão pelos raios-X.

Pós-operatório neurocirúrgicoApós trauma crânio-encefálico ou qualquer

procedimento neurocirúrgico, pode ocorrer au-mento da pressão intracraniana durante o voo. Aguardar o tempo necessário até a confirmação da melhora do quadro compressivo por tomo-grafia de crânio.

Cirurgia abdominalContraindicado o voo por duas semanas,

em média. Deve-se aguardar a recuperação do trânsito habitual do paciente, pois a presença de ar em alças, sem eliminação adequada, no pós-operatório de cirurgias recentes, pode de-terminar a sua expansão excessiva em voo.

• Pós-cirurgia laparoscópica: o voo pode ocorrer assim que a distensão pelo ar injetado te-nha desaparecido e as funções do órgão operado retornado ao normal.

• Nos procedimentos onde foi injetado ar ou gás no corpo: aguardar o tempo necessário para a reabsor-ção ou a eliminação do excesso de ar ou gás injetado.

• Pós-anestesia raquidural: o voo pode causar dor de cabeça severa até 7 dias após a anestesia.

• Após anestesia geral: não há contraindicação, desde que o paciente tenha se recuperado totalmente.

Gesso e fraturasFraturas instáveis ou não tratadas são con-

traindicadas para voo.Importante: considerando que uma pequena

quantidade de ar poderá ficar retida no gesso, aqueles feitos entre 24-48 horas antes da viagem,

devem ser bivalvulados para evitar a compres-são do membro afetado por expansão normal do ar na cabine durante o voo.

Transtornos psquiátricos

Distúrbios psiquiátricos - Pessoas com transtornos psiquiátricos cujo comportamen-to seja imprevisível, agressivo ou não seguro, não devem voar. Já aqueles com distúrbios psicóticos estáveis, em uso regular de medi-camentos e acompanhados, podem viajar.

Epilepsia - A maioria dos epilépticos pode voar desde que estejam usando a medicação. Aqueles com crises frequentes devem viajar acompanhados e estarem cientes dos fatores desencadeantes que podem ocorrer durante o voo: fadiga, refeições irregulares, hipóxia e al-teração do ritmo circadiano. Recomenda-se es-perar 24-48h após a última crise antes de voar.

Gestantes

Recomenda-se que os voos sejam precedidos de uma consulta ao médico. De forma geral, as seguintes medidas devem ser observadas:

• As mulheres que apresentarem dores ou sangramento antes do embarque, não devem fazê-lo.

• Evitar viagens longas, principalmente em casos de incompetência ístmo-cervical, atividade uterina aumentada ou partos anteriores prema-turos.

• A partir da 36ª semana, a gestante necessita de declaração do seu médico permitindo o voo. Em gestações múltiplas, a declaração deve ser feita após a 32ª semana. A partir da 38ª semana, a gestante só pode embarcar acompanhada do médico responsável.

• Gestação ectópica é contraindicação para o voo.

• Não há restrições de voo para a mãe no pós-parto normal, mesmo no pós-parto imediato.

Crianças

No caso de recém-nascido, é prudente que se espere pelo menos uma ou duas semanas de vida até a viagem. Isso ajuda a determinar, com maior certeza, a ausência de doenças, congênitas ou não, que possam prejudicar a criança no voo.

Atenção às recomendaçõesa pacientes durante o voo

Novembro / Dezembro de 2010 Jornal do CRMMG 11

Outras recomendações estão disponíveis nos sites

www.portalmedico.org.br e www.crmmg.org.br

(Últimas Notícias / Medicina Aeroespacial)

Veja na próxima edição: Qual o papel do médico durante o vôo

Page 12: Jornal CRMMG 32

Jornal do CRMMG Novembro / Dezembro de 201012

Médicos de São João del Rei e região participaram de palestra sobre “Atribuição das diretorias clínicas e técnicas e respon-sabilidade das comissões de ética” no dia 5 de outubro. O tema foi ministrado pelo conselheiro do CRMMG, José Luiz Fonseca Brandão (foto) no auditório da Associação Médica da cidade.

Para o delegado regional de São João del Rei, Luiz Carlos Ângelo Teixeira, o evento foi de grande importância, visto que trouxe novos conhecimentos e orientações valiosas que irão direcionar os participantes em suas rotinas pro-fissionais. Durante toda a palestra, os médicos presentes tiveram espaço para tirar dúvidas e de-bater sobre assuntos pertinentes com o tema.

Papel das diretorias clínicas é tema de palestra em São João del Rei

Médicos de João Monlevadeparticipam do Projeto Trauma

Médicos de João Monlevade que atuam como plantonistas de serviços de urgência, cirurgiões e intensivistas tiveram a oportuni-dade de participar do Projeto Trauma, inicia-tiva do CRMMG e da Associação Mineira de Ensino e Prevenção do Trauma (AMENT).

A capacitação foi oferecida a 19 médicos da cidade e ocorreu do dia 4 a 6 de novem-bro na Fundação Comunitária Educacional e Cutural de João Monlevade (FUNCEC). “Cinemática do Trauma”, “Bases do Atendi-

mento Pré-hospitalar”, “Trauma na Criança” e “Iatrogenias no Trauma” foram algumas das etapas de atualização.

O Projeto Trauma é elaborado para médi-cos que trabalham em atividades no atendi-mento às vítimas de trauma. Aborda desde o atendimento pré-hospitalar, avaliação inicial, vias aéreas, choque e traumas torácico, ab-dominal e em criança entre outros temas. Ao final do evento, os profissionais receberam um certificado de conclusão do curso.

Nos dias 8 e 9 de outubro, 19 médicos de Teófilo Otoni e região participaram do Curso de Assistência ao Parto (foto), realizado pelo CRMMG em parceria com a Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig). A iniciativa faz parte do programa de educação continuada do Conselho e foi ministrada na Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), unidade de Teófilo Otoni.

Pesquisa de satisfação realizada no fim do evento revelou boa avaliação do mesmo

pelos participantes, que sugeriram inclusive a realização de outros cursos semelhantes para capacitar mais profissionais. O Curso de Assistência ao Parto tem carga horária de 12 horas dividida em três módulos teóri-cos e um prático.

No município de Uberlândia, a atuali-zação aconteceu no nos dias 15 e 16 de outubro. Vinte médicos receberam a capa-citação no auditório da Sociedade Médica da cidade.

Educação continuadaem Teófilo Otoni e Uberlândia

DelegaciasJuiz de Fora realiza eventospara novos médicos

Durante todo o dia 6 de novembro, mais de 140 acadêmicos e residentes de Medicina participaram da programação do “Formando com Ética” (foto), realizado pelo CRMMG no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora. O evento contou com palestras e debates com temáticas voltadas para a profissão.

Para o conselheiro do CRMMG e delegado regional de Juiz de Fora, José Nalon de Queiroz, o programa atendeu às expectativas dos mé-dicos da região. “Esse foi um projeto piloto de excelente resultado e muito boa aceitação pela

comunidade acadêmica da UFJF”, comentou. Entre os temas apresentados nas palestras es-tava “O que é o CRM”, ministrado pelo presiden-te do CRMMG, Manuel Maurício Gonçalves.

No dia 10 de novembro, também em Juiz de Fora, foi realizada solenidade de entrega de carteiras profissionais para 105 médicos recém-formados. A cerimônia aconteceu no salão nobre da Sociedade de Medicina e Ci-rurgia de Juiz de Fora e contou com pales-tra sobre “Atestados médicos” proferida pelo conselheiro do CRMMG Cícero de Lima Rena aos novos médicos.

Cons. José Nalon de Queiroz

Divulgação

Divulgação

Divulgação

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Médicos do Hospital Municipal Doutor Rai-mundo Gobira, em Teófilo Otoni, participaram de palestra no dia 7 de outubro. O evento foi reali-zado no auditório da Unimed Três Vales e contou com a presença do conselheiro do CRMMG e delegado da Regional de Teófilo Otoni, César Henrique Bastos Khoury (foto).

A convite da diretora clínica do hospital Eliana Edna Lauar, César Henrique ministrou palestra

sobre dois temas de grande importância para classe médica “Ética na urgência e emergência” e “Relação médico-paciente”. Os presentes pro-moveram um debate com perguntas e esclareci-mentos sobre as competências do corpo clínico, diretores e suas respectivas responsabilidades.

Ao final, Eliana agradeceu pela presença do conselheiro e pela aproximação do CRMMG às necessidades e dificuldades dos médicos.

Palestra leva informação a médicosde hospital em Teófilo Otoni

Muriaé e Ipatinga sediam cursode Assistência ao Parto

Obstetras das cidades de Muriaé, Miraí, Ponte Nova, Viçosa e Cataguases participaram do Curso de Assistência ao Parto, realizado nos dias 26 e 27 de novembro no Edifício das Clínicas em Muriaé. O evento faz parte do pro-grama de educação continuada do CRMMG para manter a atualização dos profissionais médicos do interior do Estado em várias áreas da atuação médica.

O conselheiro e delegado regional do CRMMG em Muriaé, Antônio Dírcio Silveira, atribuiu o sucesso do curso ao alto nível dos

instrutores escolhidos pela Associação dos Gi-necologistas e Obstetras de Minas Gerais (So-gimig), parceira do Conselho na capacitação.

Em Ipatinga, o curso aconteceu nos dias 3 e 4 de dezembro e reuniu 18 profissionais no Colégio São Francisco Xavier. Médicos das cidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timó-teo, Caratinga, Guanhães e Sabinopólis rece-beram capacitação.

Na foto ao lado, os participantes do curso realizado em Muriaé, instrutores e o conselheiro Antônio Dírcio.

Em novembro, o CRMMG por meio da Sociedade Mineira de Terapia Intensiva (Somiti) realizou cursos Suporte Avança-do de Vida em Cardiologia (ACLS – Ad-vanced Cardiac Life Suport) nas cidades de Santa Luzia e São Sebastião do Para-íso. A programação abordou aulas teóri-cas e práticas, além de vídeos educativos a cada etapa.

Em Santa Luzia (foto), a capacitação aconteceu nos dias 6 e 7 de novembro e reuniu 25 médicos da região no Grupo Esco-lar Senador Modestino Gonçalves. Nos dias

20 e 21 de novembro, 26 médicos participa-ram da programação no CEDUC - Centro de Educação Profissional do Sudoeste Mineiro, em São Sebastião do Paraíso.

O ACLS é um curso dirigido ao atendi-mento das emergências cardiológicas, in-cluindo as diversas modalidades de parada cardiorrespiratórias, arritmias letais, trata-mento inicial do infarto agudo do miocárdio e suas complicações, e do ataque cerebral, com informações e habilidades técnicas necessárias para a ressuscitação cardiopul-monar do adulto.

Profissionais de Santa Luzia e São Sebastião do Paraíso realizam curso teórico-prático

DelegaciasCRMMG oferece capacitaçãopara médicos de Ipatinga

Ipatinga sediou, no dia 28 de setembro, a Jornada de Atualização em Ética Médica, pro-movida pelo CRMMG. O evento, voltado para médicos da região, foi realizado no Auditório do Hospital Márcio Cunha e contou com a presen-ça do presidente do CRMMG, Manuel Maurício Gonçalves; do 1º Secretário do CRMMG, João Batista Gomes Soares, e do conselheiro do CRMMG e delegado regional em Ipatinga, José Carvalhido Gaspar (foto).

A programação de palestras abordou dois temas: “O Novo Código de Ética Médica”, mi-nistrado pelo 1º secretário do CRMMG, João

Batista, e “Prevenção de erro profissional e denúncias”, ministrado pelo presidente do CRMMG, Manuel Maurício. O conselheiro do CRMMG, José Carvalhido Gaspar, destacou o aumento da autonomia do paciente como uma das principais diferenças entre o antigo Código de Ética Médica, de 1988, para o atual, lançado em 2010. “É necessário que as decisões sobre intervenções terapêuticas e diagnósticas, a se-rem realizadas pelo médico em seu paciente, sejam previamente discutidas, esclarecidas e devidamente autorizadas pelo próprio paciente ou seu representante legal”, esclareceu.

Sérgio Roberto

Novembro / Dezembro de 2010 Jornal do CRMMG 13

Foto Revele

Divulgação

RR Produções Fotográficas

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Jornal do CRMMG Novembro / Dezembro de 201014

Conselho Conselheiro - PareceresPara conhecer aíntegra de cadaparecer acesse:

www.crmmg.org.br/Mais acessados/

Pareceres do CRMMG

Parecer-consulta n.° 3946/2010Conselheiro José Nalon de Queiroz - CRMMG 6.961Ementa: As atribuições dos diretores clínicos das instituições de saúde

encontram-se regulamentadas na Resolução CFM 1342/91 e na Resolução CRMMG nº 317/2009 e suas ações passam também pela obediência aos precei-tos do Código de Ética Médica.

I. PARTE EXPOSITIVA Diante de convite para assumir a direção clínica, o consulente traz os

questionamentos: 1. Qual é a função do diretor clínico? 2. O diretor clínico é obrigado a fazer os plantões na ausência de médicos? 3. No caso de o médico plantonista internar um paciente, não havendo médico disponível para assumir o paciente, o diretor é obrigado a assumir a internação? 4. Caso o médico plan-tonista falte o plantão, o diretor é obrigado fazer o plantão?

II. PARTE CONCLUSIVA 1. Resolução CFM 1342/91 - Artigo 1º - “Determinar que a prestação de

assistência médica nas instituições públicas ou privadas seja de responsabili-dade do diretor técnico e do diretor clínico, os quais no âmbito de suas respec-tivas atribuições, responderão perante o Conselho Regional de Medicina pelos descumprimentos dos princípios éticos ou por deixar de assegurar condições técnicas de atendimento, sem prejuízo da apuração penal ou civil”.

- Artigo 3º: São atribuições do diretor clínico:a) Dirigir e coordenar o corpo clínico da instituição.b) Supervisionar a execução das atividades de assistência médica da

instituição.c) Zelar pelo fiel cumprimento do Regimento Interno do corpo clíni-

co da Instituição.Resolução CRMMG 317/2009 - Artigo 4º - Compete ao diretor clínico:a) Coordenar o corpo clínico do estabelecimento;b) Supervisionar a execução das atividades da assistência médica do

estabelecimento;c) Acompanhar os trabalhos de cada clínica e seus coordenadores,

com vistas à prestação da melhor assistência aos seus pacientes;

d) Presidir as assembleias do corpo clínico da instituição;

e) Participar das reuniões da diretoria ge-ral do estabelecimento, sempre que for convo-cado, representando o seu corpo clínico;

f) Estimular a participação de todos os membros do corpo clínico nos eventos científicos organizados no estabelecimen-to, com vistas ao aperfeiçoamento técnico;

g) Zelar pelo nome da instituição e pelo fiel cumprimento do regimento interno do corpo clínico do estabelecimento;

h) Enviar ao CRMMG a ata da eleição da Comissão de Ética Médica e Diretoria Clínica;

i) Informar ao CRMMG, por escrito, quando ao assumir ou deixar definitiva-mente o cargo.

2. Não. A participação na escala de plantões de qualquer instituição hospi-talar é opção livre e individual não ha-vendo qualquer dispositivo que obrigue o médico a fazê-lo.

No parecer-consulta 3888/09, do con-selheiro José Luiz Fonseca Brandão, apa-recem argumentos que contemplam tal questionamento.

“Cabe ao diretor clínico elaborar as escalas de plantões após seleção realizada entre os mé-dicos interessados, cabendo ao diretor técnico a contratação e remuneração dos profissionais”.

O diretor clínico, como integrante do corpo clínico pode candidatar-se como plantonista da instituição, submetendo-se à escala. Não havendo médicos em nú-mero suficiente que permita o funciona-mento regular dos serviços de urgência e emergência, torna-se inviável o funciona-mento ou manutenção de tal serviço.

3. Cabe ao diretor clínico garantir que todo paciente tenha seu médico as-sistente na instituição hospitalar. Nos atendimentos de urgência/emergência, o médico plantonista prestará a atenção inicial e enquanto persistir a situação de urgência/emergência, não sendo obriga-do a manter a assistência em caráter de internação. Se não houver no hospital quem possa fazer tal acompanhamento, caberá ao diretor clínico providenciar a

transferência para a unidade hospitalar de referência da sua região.

4. O parecer-consulta 3306/07 refere-se bem a essa questão. O artigo 37 do Código de Ética Médica que trata de Responsabilidade Profissional prevê que “é vedado ao médico deixar de comparecer a plantão em horário pré-estabelecido ou aban-doná-lo sem a presença de substituto, salvo por motivo de força maior”.

A programação prévia de faltar ao plantão, por razões várias, tais como fé-rias, necessidade de se ausentar da cida-de, tratamento de saúde e outras, deve ser comunicada ao diretor clínico com antecedência mínima de oito dias, o qual deverá suprir tal deficiência propondo a “troca de plantões” ou designando algum outro nome disponível para substituí-lo.

Em caso de não comparecimento, solici-tar ao plantonista que está encerrando seu turno que o prorrogue, se possível, enquan-to se verifica a razão do atraso ou ausência.

Consumada a ausência do plantonis-ta em hospital credenciado para o aten-dimento de urgência/emergência, duas situações podem ser configuradas:

a) Ausência justificada, reconhecida e substituição resolvida. Não há que se preocupar com eventuais consequências.

b) Ausência injustificada - o médico plantonista que está encerrando seu tur-no não poderá abandonar o plantão, par-ticularmente se houver paciente grave em observação, sob pena de infração ao artigo 37 do CEM, tanto quanto o falto-so. Notificará ao diretor clínico, ao qual caberá suprir a escala com a designação de outro colega disponível e tomará as providências para internar, dar alta ou transferir os pacientes em observação na emergência. Mesmo não sendo obrigado a assumir “plantão vago” por não ser de sua atribuição, sugere-se, por prudência, assumi-lo como membro do corpo clí-nico, lembrando-se do que preceitua o artigo 1º da Resolução 1342/91 a fim de resguardar a figura do diretor clínico das responsabilidades a que está sujeito.

Parecer-consulta n.º 3927/2010 Tema: Exame de polissonogra-

fia e teste de latência múltiplaEmenta: o exame de polissonogra-

fia e exame de teste de latência múl-tipla podem ser feitos por qualquer médico inscrito no Conselho Regional de Medicina.

Cons. Geraldo Borges JúniorCRMMG 11.338

Parecer-consulta n.º 3930/2010

Tema: Diretor técnico em clínica de Detran

Ementa: “não existe a obrigato-riedade do diretor técnico de permane-cer integralmente na(s) instituição(ões)

pela(s) qual(is) responde, entretanto, ao fato de ele não estar presente no local, não o exime de sua responsabilidade pe-los fatos ocorridos.”

Cons. Luiz Henrique de Souza Pinto CRMMG 12.056

Parecer-consulta n.º 3757/2009 Tema: Indicação de médico ou

especialidade em serviço públicoEmenta: o médico pode encaminhar

seu paciente a determinado profissio-nal e/ou indicar a especialidade. Espe-cialistas podem atender os pacientes sem necessidade de termo de encami-nhamento.

Cons. André Lonrenzon de Oliveira CRMMG 24.389

Parecer-consulta n.º 3790/2009 Tema: Identificação do médico

em boletim médicoEmenta: em todo procedimento mé-

dico, o profissional que o realizou deverá ser correta e claramente identificado.

Cons. Eurípedes José da SilvaCRMMG 6.585

Parecer-consulta n.º 3940/2010 Tema: CCIH em clínicas/con-

sultóriosEmenta: não existe legislação específica

em relação à atuação da ccih para consul-tórios/clínicas.

Cons. Antônio Dírcio SilveiraCRMMG 10.429

Diretor clínico: múltiplas funções na assistência médico-hospitalar

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Jornal do CRMMGNovembro / Dezembro de 2010 15

O CRMMG, em fevereiro de 2008, editou a resolução nº 292, que dispõe sobre a relação entre médi-cos peritos e médicos assistentes.

Foi necessário fazê-lo, uma vez que a convivência entre ambos, por vezes, acarretava conflitos e deixava o doente em dúvida sobre o seu direito ao benefício ou a aposentadoria.

Ao médico assistente compete realizar exames físico e comple-mentares na busca do diagnóstico, prescrever tratamento, fazer prog-nóstico da evolução clínica; orientar e acompanhar o seu paciente.

O médico perito usa as informa-ções prestadas pelo colega assistente. De posse delas, avalia, não só a capa-

cidade laborativa do paciente, mas também as implicações da legislação específica de sua área de atuação.

Questões como carência, tempo de contribuição, doença pré-exis-tente – muitas vezes alheias ao co-nhecimento do médico assistente, indeferem o pleito do paciente e, quando desconsideradas, podem fomentar o conflito entre as partes.

Sobre o assunto, o nosso Código de Ética Médica aborda a complexi-dade da questão, através do seu ar-tigo 120, quando proíbe ao médico “ser perito de paciente seu, de pes-soas de sua família ou de qualquer pessoa com a qual tenha relações ca-pazes de influir em seu trabalho”.

Para o professor Genival Veloso de França, “essa proibição está jus-tificada por um dos mais relevantes institutos processuais – o da sus-peição do perito, que não é apenas uma exigência por insinuação das partes, mas em favor da própria isenção do julgamento”.

Assim, houve por bem o CRMMG editar a mencionada reso-lução e aqui transcrevo o artigo 3º e seu parágrafo único, que muito bem resume o objetivo deste breve texto:

Artigo 3º - O atestado, decla-ração ou relatório do médico as-sistente, solicitado ou autorizado pelo paciente ou representante legal para fins de perícia médica

previdenciária, deve conter ape-nas informações relacionadas ao diagnóstico, exames complemen-tares, evolução, tratamento, prog-nóstico e as consequências à saúde do paciente, não sendo permitido ao médico assistente, determinar providências previdenciárias, sal-vo quando solicitado neste sentido pelo médico perito.

Parágrafo único – Entende-se por providências previdenciárias, a definição que o paciente “neces-sita se aposentar por invalidez”, “encontra-se incapacitado perma-nentemente para o trabalho” ou as-semelhadas, diagnósticos de com-petência estrita do médico perito.

A questão da aposentadoriaO papel do médico assistente e do perito médicoCons. Alberto Gigante Quadros

CRMMG 12.914

PESSOA FÍSICA (prazos de pa-gamento com desconto):

• R$ 461,70 até 31 de janeiro;• R$ 471,42 até 28 de fevereiro; • R$ 486,00, sem desconto, até

31 de março.Pela primeira vez, o pagamento

também poderá ser efetuado em até três parcelas, sem desconto, me-diante a opção do interessado, des-de que a última parcela seja liquida-da até 31 de março de 2011.

Casos diferenciados:• 1ª inscrição - o cálculo deve ser

feito da seguinte forma: valor sem desconto, R$ 486,00, proporcional-mente aos meses do ano e com aba-timento de 30%.

• Dispensados do pagamento – médicos que tenham completado 70 anos no exercício em 2010 e que estejam em situação regular na te-souraria do CRM.

PESSOA JURÍDICA:Valores de acordo com as classes

de capital social:• Até R$ 4.450,00 - R$ 508,09.• Acima de R$ 4.450,00 até R$

26.550,00 - R$ 852,98.• Acima de R$ 26.550,00 até R$

115.500,00 - R$ 1.220,23.• Acima de R$ 115.500,00 até R$

400.000,00 - R$1.942,89.• Acima de R$ 400.000,00 até R$

1.100.000,00 - R$ 3.372,41.

• Acima de R$ 1.100.000,00 até R$ 2.392.000,00 - R$ 6.170,91.

• Acima de R$ 2.392.000,00 - R$ 9.251,10.

Descontos:• 5%, para pagamento até 31 de

janeiro.• 3%, para pagamento até 28 de

fevereiro.

Casos diferenciados:• 1º inscrição: pagamento da pro-

porcionalidade dos meses do ano.• Máximo dois sócios com, pelo

menos, um médico: constituídas ex-clusivamente para a execução de con-sultas médicas sem a realização de exames complementares para diag-

nósticos realizados em seu próprio consultório e que não mantenham contratação de serviços médicos a se-rem prestados por terceiros, poderão requerer no CRMMG, até 28 de feve-reiro de 2011, desconto de 50%, que deverá ser quitada até 31 de março de 2011, desde que a instituição e os sócios médicos estejam em situação regular na Tesouraria do CRM.

ATRASOS NO PAGAMENTO

(para pessoa física e jurídica)• Multa de 2%.• Juros de 1% ao mês.O pagamento das anuidades se-

gue as diretrizes da Resolução CFM Nº 1.954/2010.

Prazos e instruções para pagamento da anuidade 2011

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Jornal do CRMMG Novembro / Dezembro de 201016

Mais um ano chega ao fim.

É tempo de fazermos um balanço de tudo o que aconteceu.

É tempo de transformamos:

• Os momentos bons em novas energias, entusiasmos e principalmente esperança de que nossos sonhos irão realizar;

• Os momentos maus em lembretes para não cometermos novamente os mesmos erros no ano que vem;

• Os momentos difíceis em exemplos fundamentais de que tudo na vida passa e que os desafios nos tornam mais fortes.

O CRMMG deseja que a mensagem de fé e esperança do Natal renove nossas forças e nos faça acreditar que vale a pena viver um Novo Ano.

Feliz 2011!

O prazo para acessar o formu-lário on-line de recadastramento já terminou, mas os médicos que ainda não o preencheram, devem atualizar seus dados diretamente no CRMMG. O médico recadas-trado está apto a receber a nova Carteira de Identidade além de ajudar a traçar o perfil do mé-dico brasileiro, contribuindo no desenvolvimento de estratégias para a categoria.

Não fez o recadastramento?O médico deve procurar a sede

do Conselho Regional de Medicina ou delegacia do CRM mais próxi-ma. Compareça portando os se-guintes documentos:

• carteira de identidade (RG); • título de eleitor; • CPF; • comprovante de residência

(recente); • diploma; • títulos de especialista; • carteira profissional; • comprovante de sociedade em

Tire suas dúvidas sobreo recadastramento de médicos

empresa de serviços médicos, se for o caso;

• se médico estrangeiro, apresen-tar, também comprovante de legali-dade de permanência no país;

• foto colorida.

Concluiu a etapa online?O médico deverá se dirigir ao

CRM de seu Estado com a ficha de coleta e portando uma foto co-lorida 3x4, originais e cópias da carteira de identidade, título de eleitor, CPF, comprovante recente

de residência, diploma, títulos de especialista, carteira profissional e comprovante de sociedade em empresa de serviços médicos, se for o caso.

Se médico estrangeiro, deverá apresentar, ainda comprovante de legalidade de permanência no país.

Quem já preencheu o formu-lário e entregou os documentos?

Em alguns dias, receberá um aviso para retirar a nova carteira profissional.