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O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ “FUTEBOL E SOCIEDADE” Como o futebol pode ser um exemplo para a sociedade. Diz-se que o futebol às vezes não é justo, mas à vida não se lhe pergunta sobre justiça. Uma reportagem para ler e reflectir. Nº3

Jornal Dez - 08/05/!2

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O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ

“FUTEBOL E SOCIEDADE”Como o futebol pode ser um exemplo para a sociedade. Diz-se que o futebol às vezes não é justo, mas à vida não se lhe pergunta sobre justiça. Uma reportagem para ler e reflectir.

Nº3

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Nesta edição daremos destaque ao futebol como consequência social. O desporto-rei, por vezes, é maltratado pela imprensa. Quem lê os jornais ou liga a televisão, fica com a ideia de que os está-dios são frequentados por deliquentes, que gera violência e que parte dos problemas do mundo são causados pelo futebol. Veremos a outra face da moeda, na nossa reportagem. Com a época a acabar, repassamos os principais campeonatos. Veremos as festas dos campeões e os records de Cristiano e Messi.Espero que gostem do 3º número e continuamos á espera dos vossos emails. O Dez somos todos nós.

“FUTEBOL SOCIAL”

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Carlos Maciel

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08/05/12LIGA EUROPA

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“DUELO ATLÉTICO EM BUCARESTE”Grande final nos espera em Bucares-te. Duas equipas que deixaram algo a desejar na Liga Espanhola, mas que se superaram na Liga Europa.

O Atlético de Madrid é uma equipa trabalhadora, pragmática e estimu-lante. Controlou os dois jogos das meias finais contra o Valência de Emery. No Vicente Calderon, esma-gou a equipa valenciana, apesar dos erros em golos de bola parada que deixaram a eliminatória aberta para a segunda mão. Canales e a esperança que era possível passar agigantaram o Valencia e fez sofrer o Atlético de Simeone. Como não conseguiu mar-car cedo, o Valência foi-se abaixo na 2ª parte. Gabi soube controlar o jogo; com a lesão do jovem Canales (outra vez) e a genialidade de Adrián, o bilhete para a final da Roménia fi-cou garantida.

“El Cholo” leva o seu Atlético á fi-nal. Conseguiu fazer de um conjunto descredibilizado, um bloco liderado por 3 grandes talentos: Falcao, Arda Turan e Adrian. Revolução táctica e o nível de jogo melhorou.

Do outro lado o mestre Bielsa. Pala-vras para classificar esta colheita do Bilbao, já foram quase todas gastas. As análises tácticas, também. A eli-minatória com o Sporting foi bastan-

te igualada. Em Alvalade dominou o Sporting, em San Mamés o Athletic.

A equipa de Bielsa é conhecida pelo seu pressing muito alto. A defesa ressente-se se não está Javi Marti-nez, o meio campo com Iturraspe e Susaeta (homens chave) para abrir as alas para Ibai e Muniain. Na frente o homem golo, o Rei Leão: Fernando Llorente.

Talvez aqui estará a chave da partida. Llorente é um dos melhores pontas de lança do mundo a par de Falcao. O basco talvez seja um pouco mais completo que o colombiano, embora o jogador do Atlético seja mais “ma-tador”. Isto é, o Bilbao sente-se mais a ausência de Llorente no seu jogo do que o Atlético de Madrid. Acredi-to que Javi Martinez e Amorebieta, possam anular melhor a Falcao que a defesa do Atlético de Madrid, com Godin e Miranda, a Llorente.

O Athletic estará motivadíssimo para esta final. Pode fazer história já esta semana e conseguir o primeiro de dois títulos. (Taça do Rei contra o Barcelona). Talento não vai faltar.

Em Bucareste, aluno contra profes-sor, Simeone contra Bielsa. Atlético contra Athletic. Que grande jogo nos espera!

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08/05/12FC PORTO X SPORTING

FESTA NO DRAGÃO

À partida para este clássico com o Sporting, o Futebol Clube do Porto já se tinha con-sagrado bi-campeão nacional. Assim sendo,

antes de começar o jogo, os campeões foram to-dos consagrados e puderam levantar a taça peran-te os seus adeptos. O clima de festa era evidente, até muito antes dos jogadores entrarem em campo com os cabelos e barbas pintadas, pois os adep-tos estavam eufóricos. As coreografias em redor de todo o estádio eram arrebatadoras. Um am-biente estrondoso, que nem sempre acontece no Dragão. Uma massa adepta habituada ao melhor e que exige nada menos que o sucesso, todos os anos. A cobrança é por vezes maior que a vontade de festejar. No Porto não chega ganhar. Para além de ganhar, tem que se fazê-lo com excelência, não interessa ganhar recorrendo a serviços mínimos.

Mesmo em clima de festa, os adeptos queriam ver o Porto a ganhar a um rival que nos últimos anos não tem sido tão rival quanto isso. Com a Cham-

pions ainda em vista, o Sporting partia para este jogo com a ambição de provar que para os lados de Alvalade, o futebol está diferente, para melhor. Já os comandados de Vitor Pereira visavam de-monstrar aos mais incrédulos, porque é que eram campeões de forma meritória.

Do lado dos Dragões, o onze que começou o jogo foi o mesmo que defrontou o Marítimo na Madeira. Hulk começou o jogo no meio, o que demonstra que não existe confiança em nenhum dos pontas de lança da equipa. Não haviam novidades, nem mesmo no banco. O Porto começou melhor o jogo, mesmo o Sporting tentando pressionar mais à frente através do seu trio de ataque (Carrillo, Capel e Wolfswinkel), mas sem grandes chances. A pri-meira parte acabou por ser um pouco monótona. Ao longo dos primeiros 45 minutos, o comando do jogo foi repartido, mas chances, foram poucas ou nenhumas. Mesmo assim, o Sporting acabou por ser a melhor equipa da primeira metade do jogo.

Texto: Bruno PintoFotos: Maisfutebol.com

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Varela teima em não aparecer e custa perce-ber porque é que merece tantas oportunida-des no onze titular. Talvez Djalma, que fez um bom início de época, pudesse ter sido uma aposta mais acertada. Varela não apoiou, ou apoiou poucas vezes, Alex Sandro. Não foi por isso que o brasileiro se sentiu intimidado pela presença do rapidíssimo Carrillo. Ape-nas numa ocasião Alex Sandro perdeu para Carrillo que acabou por tentar uma espécie de cruzamento/remate sem grande perigo.

Na segunda parte tudo foi diferente. O Spor-ting começou por jogar num bloco mais bai-xo à procura de ataques rápidos. O Porto apareceu mais dominador e a partir da saída de Varela e Sapunaru, aos 57 minutos, para a entrada de Danilo e Janko, a equipa come-çou a tornar-se mais perigosa. A presença de Danilo é sempre importante, embora se note que tem alguma falta de ritmo, mas a entrada de Janko foi vital porque permitiu que Hulk se deslocasse do meio para ala, onde é um peri-go público e onde se sente notoriamente mais à vontade. Foi mesmo uma das incursões de Hulk que ditaram o desfecho do jogo. Hulk chegava à entrada da área com hipótese de rematar e foi derrubado por trás, pelo ame-ricano Onyewu. Como já tinha um amarelo, o central do Sporting viu o segundo amarelo e foi expulso. A partir daí, o Sporting deixou de existir e o Porto aproveitou o espaço que lhe era concedido. Aos 82 minutos, um passe nas costas da defesa isolou Hulk.

O «Incrível» deu o golo a Janko que rematou de calcanhar para uma defesa espectacular de Rui Patrício. Na recarga, James Rodriguez simula que vai rematar enganando Polga que se precipita e faz uma rasteira, derrubando o jovem prodígio colombiano, dentro da área. Grande penalidade convertida por Hulk que arrumava irremediavelmente com o jogo. Daí para a frente o desnorte da equipa de Sá Pin-to foi inevitável pois para além das expulsões de Onyewu e Polga, Pereirinha acabou por sair lesionado, deixando o Sporting a jogar com 8. Sem surpresas o Porto acabou por chegar ao segundo, numa arrancada de Hulk que corre metade do campo em excesso de

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08/05/12FC PORTO X SPORTING

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velocidade, passa por Rui Patrício e marca de bali-za aberta. Até parece fácil. É disto que os adeptos azuis e brancos vão sentir falta.

No fim do jogo a festa continuou. Os jogadores e a equipa técnica desfilaram com a taça e fizeram mais uma vez a festa. São os campeões. Os justos campeões. Apenas um aparte para dizer que, por motivos diferentes, a festa acabou mais cedo para Hulk e Iturbe. No primeiro caso, não só mas também por isto, parece que o «Incrível» vai mesmo deixar a invicta para rumar a um campeonato de topo. Já no caso de Iturbe, parece que o título não foi grande motivo para festejos. Por um lado é compreensível que assim seja. Habituado a ser uma estrela, mais no Paraguai que na Argentina, vem para Portugal e não lhe são dadas oportunidades, nem nos jogos mais fáceis. Por outro lado, nota-se que é ainda um miudo, e mais uma vez, não só por estas atitudes mas também pelos desabafos nas redes sociais. Precisa de amadurecer como pessoa, porque o seu talento é indubitável.

Para concluir, dizer que foi um jogo mediano dos azuis e brancos, talvez a jogar em “modo festa”, mas que serviu para demonstrar que a equipa se consegue superiorizar a qualquer adversário. Um destaque especial para a dupla de centrais, Maicon e Otamendi, que não sofre golos há cinco jogos. Um equilibrio defensivo que ajudou o Porto na fase mais importante da época.

Texto: Pedro MartinsFotos: Maisfutebol

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08/05/12BENFICA

MAU, MAU DEMAIS...

Um Benfica de serviços mínimos perante uma União de Leiria digno, que ape-sar de todas as contrariedades apre-

sentou-se na Luz com 11 jogadores, entre os quais vários jogadores emprestados pelos encarnados e juniores leirienses. Para quem pensava que viria a ser um autêntico mas-sacre por parte da equipa de Jorge Jesus no ultimo jogo em casa da época enganou--se redondamente, sendo certo que a vitória do Benfica nunca foi posta em causa, pois enquanto os homens da casa apresentaram--se desmotivados, com uma atitude que mais parecia um jogo treino, os homens de Do-minguez mostraram-se disciplinados tactica-mente, voluntariosos e muito motivados não estivessem eles a actuar na maior montra do futebol português, com a particularidade ain-da dos jogadores emprestados se quererem mostrar á “casa mãe”!Jesus apresentou uma equipa de cariz mui-to ofensivo com duas novidades inespera-

das (Luis Martins a lateral esquerdo e Djaló a extremo direito) deixando o meio campo de-fensivo encarregue a Witsel que sentiu vá-rias dificuldades na recuperação pois estava demasiado desapoiado. O problema da equi-pa da casa esteve essencialmente na recu-peração da bola, pois quando se actua com demasiados homens no ataque: Aimar, Bruno Cesar, Djaló, Saviola e Cardozo ou se pres-siona alto e se recupera a bola logo na pri-meira fase de construção da equipa adver-sária, voltando a ter o ataque construtivo e massacrando os defesas contrários, ou en-tão dá-se demasiado espaço e tempo para pensar e construir com clareza e facilidade que foi o sucedido.

O Benfica criou algumas oportunidades de golo na primeira parte nomeadamente por Cardozo (falhando um golo de forma displi-cente depois de um pressente de “El Mago”), Luisão, Aimar e Maxi mostrando desconcen-

Texto: Bruno GonçalvesFotos: Maisfutebol

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tração na hora da finalização evidencian-do mais demérito próprio do que mérito da equipa leiriense. Notou-se também um exa-gero na forma como a equipa queria oferecer golos a “Tacuara” para este se sagrar o me-lhor marcador do campeonato, sendo bem anulado pela dupla Al Hafith/Bruno Miguel. Por sua vez a equipa do liz actuou com três médios defensivos Keita/Filipe Oliveira/Ogu, com este ultimo a soltar-se mais quando ti-nham a bola, na frente do ataque Barkroth/Carlos Daniel que se alternavam nas alas, com Djaniny como ponta de lança.

Ao intervalo Rodrigo entrou para o lugar de Saviola não acrescentando nada de diferen-te ao ataque benfiquista, nem velocidade nem situações de finalização. Com o jogo a caminhar num ritmo monótono e sem in-teresse Nélson Oliveira é chamado ao jogo para o lugar de Djalo (incompreensível esta contratação, não se percebe qual é a verda-deira posição deste jogador, não é um extre-mo, não é um 10, nem é um avançado, em contraponto inadmissível o empréstimo de Enzo Perez – este sim bom no cruzamento, no uma para um e vertical).

Com o jogo a continuar na mesma toada registando-se apenas mais 2/3 ocasiões de golo para os visitados, Aimar cede o lugar a André Almeida (sem qualidade e sem matu-ridade para uma equipa que luta por títulos). Até final Witsel, já a jogar como médio cen-tro mais ofensivo, dispôs de oportunidade escandalosa para fazer o 2-0, mas tal não veria a acontecer.

Num jogo que pode ter sido a despedida de vários jogadores e mesmo do seu treinador, os cerca de 31 mil adeptos presentes na Luz mereciam uma melhor exibição por parte da sua equipa perante um adversário muito fra-gilizado. Uma palavra para Dominguez que numa situação muito difícil conseguiu deixar o palco encarnado com uma imagem muito positiva, levando a crer que com outras con-dições tem espaço para uma carreira sólida e interessante na Liga Zon Sagres.

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Texto: Nuno PereiraFotos: Maisfutebol

“ O TALISMÃ DE BRONZE”

SC BRAGA

Texto: Nuno PereiraFotos: Maisfutebol.com

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A casa estava assombrada. O estádio AXA de portas abertas aos caçadores

de fantasmas. O ambiente estava morno, mas subiu com a tensão. O Sporting de Braga sentia o olimpo europeu cada vez mais próximo e procurava não vacilar. A descrição podia corresponder ao que se vivia no minuto um, ou ao minuto 90. O temor assomava enquanto o poste mantinha o Sporting lisboeta empatado no Dragão. O jogo da pedreira era marcado por alguns momentos de interesse, mas as equipas viviam dominadas: ora os do Minho pelos seus medos, ora os de Aveiro pelas suas limitações. Tomados pelo marasmo, Custódio resolve dar um pontapé na melancolia, e que pontapé! Do seu pé canhão saiu um frango que furou as luvas de Rui Rêgo e colocou o Braga mais próximo da galinha de ovos de ouro da elite europeia. Desta forma atirou Custódio a matar num fantasma à beira-mar plantado, e viu-se o Braga além da praia, com pé firme no terceiro posto da Liga. E dali já não sai mais.

Na Invicta, por sua vez, a terra nunca esteve à vista do Sporting. Os dois golos conseguidos pelo F.C. Porto, já perto do final, chamuscavam os leões e confirmavam nova campanha dos bracarenses na Liga Milionária. Agendava-se, então, um passeio triunfal dos ‘guerreiros’ pela capital portuguesa, daqui a uma semana.Também a passear esteve já o Beira-Mar que navega pelas

águas calmas da manutenção. Sem furos no navio, que tiro algum dos canhões ‘arsenalistas’ poderia jamais quebrar, os aveirenses riem-se face ao perigo da linha de água. Não quer dizer, todavia, que tenham sido ovos-moles para uma sequiosa turma minhota. Não. O Beira-Mar foi uma equipa serena e chegou a assustar na ponta final da partida, mas o temeroso Braga guerreou com as suas armas e, embalado pelo golo do seu jogador-talismã, cumpriu com o recém-adquirido estatuto de novo grande, garantindo o bronze e uma posição no pódio que nunca antes tinha experimentado: o terceiro lugar. Nas fileiras, cada vez mais legionários se alinham na retaguarda da equipa. Os ‘guerreiros’ marcham tanto em solo nacional, como em solo internacional, rumo à afirmação e quem sabe a que conquistas… Este Braga não é mais uma equipa para fazer número no campeonato: é, agora, uma equipa para fazer os números do campeonato.

Por enquanto a viver no Jardim de Éden, Leonardo conta uma história que vai ainda na primeira temporada. Até onde pode crescer este Braga? Para já, exorcizados todos os espectros, poderão os minhotos encarar a próxima temporada com o mesmo entusiasmo e confiança que emanam da pedreira na última década. Com a casa arrumada é tempo de a decorar com títulos.

Texto: Nuno PereiraFotos: Maisfutebol

“ O TALISMÃ DE BRONZE”Texto: Nuno Pereira

Fotos: Maisfutebol.com

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Texto: Carlos MacielFotos: Zimbio

“OS HOMENS RECORD”

LIGA ESPANHOLA

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Leo Messi e Cristiano Ronal-do estão a acabar uma das melhores temporadas jamais vistas no futebol mundial. A comparação não pode ser feita só com os seus contem-poraneos, mas com os me-lhores da história. Cristiano bateu o record e Messi pas-sou-o a liderar. Deixo-vos 5 registos para que comparem:

71 - Leo Messi (ARG, FC Bar-celona, 2011/2012)

50 na Liga, 2 na Taça, 3 na Supertaça, 14 na Champions, 1 en Supertaça Europeia e 2 no Mundial de Clubes.

Na Liga Espanhola fez 2 poker (19/2/2012 Barcelona 5-1 Valencia e 5/5/2012 FCB 4-0 Espanyol), 6 hat tricks, bisou 7 vezes e outros 9 go-los. Messi marcou em 24 jo-gos diferentes, nos quais o Barça ganhou 23 e empatou 1 (6/11/2011 Athletic Bilbao 2-2 FC Barcelona).

Na Taça, Messi só marcou um golo contra o Osasuna (4-0) foi suplente e saiu na última meia hora. Ainda tem a final para aumentar o registo.

Na Champions, para além de marcar 5 golos ao Leverku-sen (7-1), marcou 1 hat trick (1/11/2011 Viktoria Plzeň 0-4 FC Barcelona), bisou por 2 vezes e 2 golos mais.

67 - Gerd Müller (ALE, Bayern Munique, 1972/1973)

36 na Liga, 7 na Taça, 12 na

Taça da Liga e 12 na Cham-pions.

66 - Pelé (BRA, Santos, 1958)

58 no Paulista e 8 no Rio-São Paulo.

62 Pelé (BRA, Santos, 1961)

47 no Paulista, 8 no Rio-São Paulo e 7 na Taça.

59 Cristiano Ronaldo (POR, Real Madrid, 2011/2012)

45 na Liga, 3 na Taça, 1 na Supertaça e 10 na Cham-pions.

7 hat tricks, bisou por 5 ve-zes e marcou mais 14 go-los. Cristiano marcou em 26 jogos dos 25 que Real Ma-drid ganhou. (empatou dia 21/3/2011 Villarreal 1-1 Real Madrid).

Bisou 4 vezes na Liga dos Campeões (1 vez na fase de grupos, 1 nos quartos-de-fi-nal, 1 nas Meias finais) e mais 2 golos. Cristiano conseguiu marcar nos 6 jogos dos quais o Real ganhou 5 (empate em Moscovo).

Na Taça do Rei, Cristiano anotou logo no jogo inaugu-ral contra o Ponferradina e nos dois jogos dos quartos de final contra o Barcelona. No total 3 golos.

Números realmente extraor-dinários de dois jogadores que não são pontas-de-lança de raiz.

Texto: Carlos MacielFotos: Zimbio

“OS HOMENS RECORD”

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Nem os dez mandamentos conseguiram juntar tantos povos e nações como o futebol. Actualmente a FIFA conta

com mais países na sua organização do que as Nações Unidas, o Banco Mundial ou a Organização Mundial do Comércio. O futebol conseguiu juntar todas as crenças, raças e sociedades, feito nunca conseguido por nenhuma instituição na história da humanidade.

Não há acordo quanto ao inicio da história do desporto rei, diz-se que desde a civilização egípcia passando pelos astecas ou chineses, já se juntavam um grupo de homens atrás de uma bola. No entanto, o futebol como o conhecemos nasceu em Inglaterra na segunda metade do século XIX na Rua Elizabeth, n11 em Londres. Um lugar frequentado por

maçons. E foi á maçonaria onde foi buscar os princípios de igualdade e fraternidade, sem distinção de raça, religião ou estatuto social. Ao numero da rua foi buscar o número de jogadores, coisa que ainda hoje o distingue do rugby, o desporto mais parecido, que conta com 15 jogadores titulares.

Naquela época foi-se criando uma certa contestação a esse desporto, havia controvérsia quanto á violência do desporto. Um grupo de universitários de Cambridge levou mais longe os protestos, alegando que se devia abolir as entradas violentas ás pernas dos jogadores.Em Dezembro de 1863, os 11 clubes que jogavam futebol juntaram-se finalmente na “Freemason Tavern” para criar a que seria a Football Association (a Federação Inglesa de

O FUTEBOL COMO ESCOLA PARA A SOCIEDADE

REPORTAGEM

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“O futebol fica menos dramático, quando é executado pelos que

sabem”Marcelo Bielsa, treinador

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08/05/12REPORTAGEM

[email protected]

Futebol). A reunião contou com a presença da Universidade de Cambridge que separou finalmente o Rugby do futebol. Desde aí a practica desse desporto não violento espalhou-se pelo mundo através dos ingleses que o difundiram pela Europa e depois pelo mundo.Desde aí o futebol tornou-se num ponto de encontro social, nas bancadas faz-se a celebração ao convívio, comenta-se com o colega de cadeira se o lance foi bem julgado pelo arbitro ou glorifica-se ou arrasa-se o jogador. No final celebra-se qualquer que seja o resultado com a troca de camisolas o que prova que os seguidores do irlandes Edward Hooligan não passam de um grupo marginal e bastante pequeno no planeta futebol.

Na imprensa veicula-se quase sempre uma mensagem de paz e condena-se a violência.

A linguagem é universal e dirigida para todas as classes sociais. Coisa complicada de fazer se o transferimos a outros universos.

O adepto partilha desta visao, tanto aplaude o negro Pelé, o mestiço Maradona ou o branco Cruyff, respeita os festejos do cristão como os do muçulmano. Vibra com as jogadas da comunista russo, do capitalista americano, do socialdemocrata europeu ou do camaronês do terceiro mundo. Essas diferenças não fazem a diferença na altura de aplaudir.O adepto é um democrata fervoroso. Expressa abertamente a sua capacidade de crítica. Não interessa se está de acordo com o treinador ou com o presidente do clube, o espéctaculo é um bem público e os dirigentes apenas estão para servir esse espectaculo e não são donos de nada. Recentemente com a privatização dos clubes, por exemplo o Manchester United

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Arte, no futebol nunca foi adjectivo

Sócrates, ex-jogador brasileiro

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criaram bastante contestação e critica entre adeptos. O clube é de todos.

É por isso que os estádios são escolas de cidadania, apesar dos hooligans e das claques organizadas, que todos criticam e lamentam. O futebol é também uma escola de globalização, não há fronteiras. É comum ouvir uma criança afirmar “em Portugal sou do Sporting, em Espanha do Real Madrid, em Inglaterra do Liverpool e na Argentina do River Plate”, enquanto o seu amigo abana com a cabeça e mostra preferências semelhantes. Ambos idolatram Maradona e Pelé; para não falar de Zidane, Beckham, Messi ou Cristiano...

Como negócio, o futebol incorpora e magnifica as marcas. Coca-Cola, Heineken, Sony, McDonalds ou Mastercard veiculam o seu marketing direccionado ao consumidor de classe média através dos jogadores, maioritariamente provenientes das classes mais baixas. O futebol serve também para mediatizar certas personagens, sedentas de fama fácil. No último mundial o fenomeno Larissa Riquelme é disso exemplo. O desporto rei é um reflexo da sociedade actual.Em cada sitio o futebol vive-se de forma diferente. Em Espanha vive-se de forma diferente que em Portugal e por consequência diferente do Brasil e da Argentina. Também entre regiões isso se nota, certos clubes representam valores sociais e políticos das cidades onde estão sedeados.

É por isso que o futebol representa imaginários, simbolos e rasgos muito característicos das zonas onde nasceram. Ao mesmo tempo não deixa de ser um fenómeno global e uma óptima forma de inclusão social.

REPORTAGEM

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Texto: Carlos MacielFotos: Zimbio

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INTER AJUDA NA DECISÃO...

Esta semana em Itália revelou, finalmente, o campeão: a Juventus. A equipa de Antonio Conte sagra-se (pela 28ª vez) campeã italia-na, feito notável após o calvário do Calcioca-os. Mas já lá vamos. A meio da semana, tudo parecia mais complicado para a Juventus que, a jogar contra 10 jogadores do Lecce, havia consentido um empate comprometedor (1-1), estando a vencer e sofrendo o golo aos 85 minutos e após uma falha incrível de Bu-ffon. O Milan, por seu lado, vencia a Atalan-ta por 2-0 em San Siro (golos de Muntari e Robinho) e aproximava-se, estando a apenas um ponto do rival Bianconeri.

Neste domingo, porém, tudo mudou nova-mente. Os Rossoneri perderam por 4-2 con-tra o Inter, seu inimigo figadal, num dos jogos mais emocionantes dos últimos anos entre os dois emblemas, e disseram adeus ao sonho da renovação do título da época anterior. Os Nerazzurri começaram melhor, com um golo

de Milito a espelhar o domínio da equipa onde alinha Guarín. Do outro lado, o Milan cerrava fileiras e lidava com dois azares seguidos: le-são de Bonera e de Abbiatti (após uma defe-sa prodigiosa que merece ser vista e revista), mas acabava por ser agraciada por uma má decisão do árbitro, ao marcar um penalti ine-xistente sobre Kevin-Prince Boateng que deu o primeiro golo de Ibrahimovic. O Milan mar-cou novamente no início da segunda parte, dando a volta ao marcador e reacendendo a esperança num milagre – mas, com dois pe-naltis (desta vez bem assinalados) de Milito e um golaço de Maicon, estava tudo decidido – o Inter ajudava a Juventus a ser campeã de Itália, com festa dos adeptos interistas nas bancadas por ver o rival derrotado.

No outro jogo da noite, a Juventus venceu fa-cilmente o Cagliari por 0-2 (golos de Vucinic e Canini, este na própria baliza), carimbando o título e levando os fãs Bianconeri a invadir

INTERNACIONAL

Textos: Tiago SoaresFotos: Getty Images

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08/05/12FIGURA DA SEMANA

o campo e as artérias principais da cidade de Turim. Primeira época como treinador princi-pal e primeiro título para Antonio Conte – uma marca histórica que abrilhanta ainda mais um título merecido da Vecchia Signora.

Nos outros jogos do dia, destaque para o adeus do Nápoles ao terceiro lugar (que dá acesso à Champions) e à luta entre Udinese e

Lázio por esse mesmo posto, bem como para o resultado invulgar de 4-4 na partida entre Palermo e Chivo, jogo este em que o nosso bem conhecido Miccoli marcou três golos. Na luta pela fuga à Série B, Génova e Lecce ain-da se degladiam, sendo que basta um ponto (ou algo menos que uma vitória do Lecce na última jornada) para a equipa de Génova per-manecer na Série A.

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08/05/12

Os dois candidatos ao título e vizinhos City e United venceram os seus encontros deste passado domingo pelo mesmo resultado (2-0) e deixaram a decisão do título para a última jornada. O City, líder neste momento, deslo-cou-se ao terreno do Newcastle e demorou 70 minutos a conseguir marcar um golo (de resto, merecido) pela figura do encontrou: Yaya Touré. O costa-marfinense, num belíssi-mo remate de fora da área, desmontou a re-sistência dos Magpies, encontrando as redes novamente aos 89 minutos, selando a vitória dos Citizens.

A vitória do City permitiu manter intacta a li-derança mesmo após a vitória, mais tarde, do United frente ao Swansea. Com Nani a obser-var o jogo do banco, Scholes (de calcanhar) e Young marcaram os golos que dão espe-rança aos Red Devils para a última jornada. É um final épico da Primier League, sendo que o United se vai deslocar ao terreno do Sun-derland e o City recebe, em casa, o Queens Park Rangers (QPR) – a confirmar-se o empa-te pontual entre ambos, será a sexta vez que se decide uma Premier League recorrendo a

critérios de desempate e, neste caso, será favorável ao City.

Nos lugares que dão acesso à Champions, Chelsea e Liverpool só jogam terça-feira (de-frontaram-se na final da Taça de Inglaterra, onde os Blues foram mais felizes – venceram por 2-1, golos de Ramires e Droga, reduzindo Carroll para os Reds) e o Tottenham foi infeliz ao não conseguir derrotar uma fraca equipa do Aston Villa que, mesmo a jogar contra 10 jogadores (Rose, do Tottenham, foi expulso aos 49 minutos), foi massacrada pelos ho-mens de Harry Redknapp durante toda a se-gunda parte. O jogo terminou empatado a um golo, perdendo os londrinos a oportunidade de ultrapassar o vizinho Arsenal (empatou no sábado 3-3 com o Norwich em casa).

Com Blackburn e Wolves já despromovidos, Bolton, Wigan, QPR e Aston Villa lutam para fugir ao indesejado lugar que falta na luta pela despromoção. Um final de campeonato animado também nessa parte da tabela, com tudo em aberto ainda para alguns históricos da Premier League.

ÚLTIMA JORNADA PARA DECIDIR

INTERNACIONAL

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08/05/12

“No futebol o primeiro é Deus e o segundo uma merda”

Marcelo Lippi, treinador

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08/05/12OPINIÃO

Em Portugal, a cada fim-de-semana, tornou-se um hábito e consequente ro-tina, constatar que após o apito final

nos desafios da Liga Zon Sagres e Orangi-na, os meus meios de comunicação são pro-liferados por declarações impetuosas dirigi-das por diversos dirigentes desportivos, nas quais questionam e acusam sem qualquer benefício de dúvida os árbitros nacionais de falta de credibilidade e seriedade. Ano após ano, o grau de contestação e nível de polé-mica gerada, tem vindo aumentar significa-tivamente. Inclusive, diversas equipas têm sido instruídas pelos seus líderes a aderirem a uma espécie de blackout, onde os seus jo-gadores são proibidos de falar publicamente aos meios de comunicação.

Este tipo de iniciativa tem como finalidade ma-nifestar o desagrado em relação aos árbitros, a quem muitos líderes intitulam e apelidam recorrentemente de ladrões. Pois bem, esta crónica, não tem como finalidade comentar

ou ajuizar qualquer tipo de performance dos árbitros portugueses durante a corrente tem-porada, assim como não pretende questionar o grau de veracidade das declarações dos líderes dos clubes em Portugal, em relação as arbitragens. O objetivo é sim, fazer uma chamada de atenção aos líderes desportivos em relação ao caos e desequilíbrio que estes têm vindo a gerar no sistema financeiro das equipas nacionais. Antes de afirmarem vezes sem conta que os árbitros são uns LADRÕES, é importante que estes comecem a ter noção e consciência, de que os maiores ladrões no futebol nacional são eles próprios. Ladrão não é só aquele que rouba (fisicamente) um bem material.

Ladrão pode ser aquele que recruta mão-de--obra, usufrui dela, e não cumpre moneta-riamente com os seus deveres, ou seja não paga os valores estipulados nos contratos. É triste verificar que em pleno século XXI, a edição 2011/2012 do campeonato nacional,

LIGA DA VERGONHATexto: João Sacramento / Fotos: Getty Images

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uma das edições desportivamente mais com-petitivas de sempre, fique manchada por uma onda de incumprimento financeiro por parte dos clubes, onde o atraso nos pagamentos dos ordenados dos atletas e funcionários dos clubes ascende em alguns casos a 4/5 meses. UMA VERGONHA. Fair play financei-ro? É tudo uma treta, os clubes continuam a fazer o que querem. Rigor orçamental? Zero. Que adianta apresentar um orçamento X se os clubes vão gastar Y? Não é preciso ser formado em economia para perceber que se o valor da despesa é maior do que o valor da receita, o resultado final será prejuízo. Logo se há prejuízo contínuo, a empresa tornar--se-á financeiramente inviável e consequen-temente falida. Os clubes de futebol, são ins-tituições constituídas por ativos (jogadores e funcionários), que tal como qualquer empre-sa tem receitas e despesas, o que implica que tem de ser viáveis.

Estou cansado de ouvir os líderes políticos usarem o argumento da crise mundial finan-

ceira como justificação para tudo. A crise é uma realidade, contudo não implica que não haja rigor e responsabilidade.

Existe uma necessidade lógica, dos clubes se adaptarem as necessidades reais do con-texto em que estão inseridos. A lei da adap-tação afirma que o ser humano deve adaptar--se ao meio ambiente em que está inserido, caso contrário a espécie tenderá a desapare-cer devido a inadaptação ao meio. Pois bem, se um clube não é viável financeiramente, das duas uma: Ou se adaptam e decidem es-tabelecer cortes orçamentais, assumem viver de acordo com as suas possibilidades e con-seguem assegurar a continuação do clube, ou continuam a viver acima das suas possi-bilidades (gastar mais do que tem) e a longo prazo caminham para a bancarrota/extinção da espécie.

É crucial que os clubes se mentalizem que es-tes têm de ser geridos como empresas, cujo objetivo principal é apresentar continuamen-

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te resultados financeiros positivos, susten-táveis e viáveis. Após, António Salvador ter tomado posse da presidência do S.C.Braga, a equipa tornou se num exemplo prático da boa gestão desportiva em Portugal e na Eu-ropa. O Braga é uma equipa sustentada que tem conciliado o rigor financeira com os re-sultados desportivos. Como? Com recurso a estratégias de crescimento sustentado e po-líticas bem definidas. O S.C.Braga é gerido como se fosse uma empresa. Rigor é uma palavra de ordem. O Braga, simplesmente adaptou-se ao meio em que estava inserido e consequentemente, tem vindo aumentar os seus níveis de resistência cada vez mais. Tendo noção da sua posição, o S.C.Braga estabeleceu como estratégia, potencializar os seus ativos (adquirindo-os a custo zero) e consequentemente vendê-los quando estes atingem um valor de mercado considerado justo, assim como, definiu tetos salariais que estão de acordo com as limitações financei-ras impostas pelo rigor orçamental.

Estou farto, de ver o futebol Português ser conduzido, por líderes incompetentes, que não olham a meios para adquirir jogadores, oferecendo ordenados chorudos, mesmo es-

tando cientes de que não possuem argumen-tos financeiros para tal. Na cabeça dos líderes desportivos o que im-porta é construir uma equipa desportivamen-te competitiva. Sé vão ou não pagar as despe-sas? Isso não importa, logo se verá. Este é o pensamento tradicional dos líderes nacionais. Solução para os proble-mas adjacentes? Solu-ções fáceis. A solução do costume – recurso a BANCA. O problema financeiro das equipas em Portugal não é re-cente. O problema ad-vém desde século XX,

quando os bancos estavam recheados de di-nheiro e fundos comunitários europeus. Tem-pos em que os bancos bombardeavam os clubes com linhas de crédito fácil. A única diferença é que devido a crise mundial estas linhas emitidas pelos bancos têm sido forte-mente limitadas. Ou seja, a solução preferida dos clubes desapareceu e como tal os clubes estão a sentir imensas dificuldades para se adaptarem a uma nova realidade. Uma reali-dade onde a banca não pode ser vista como uma solução. Pois bem, tal como a lei da adaptação afirma: “ apenas os clubes que se adaptarem a esta nova realidade é que vão conseguir resistir”.

Visto que tanto se tem discutido sobre a pro-fissionalização dos árbitros em Portugal, eu gostaria de deixar aqui um repto para que também se começasse a pensar seriamente na profissionalização dos dirigentes desporti-vos. O futebol precisa de pessoas instruídas, competentes, capazes de gerir os clubes de forma sustentada. Já chega de líderes arro-gantes, de nariz empinado que gerem os clu-bes como se de instituições de solidariedade ou associações recreativas se tratassem.

OPINIÃO

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“Não sou galáctico, sou de Mostoles (cidade natal)”

Iker Casillas

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08/05/12HISTÓRICO

“EDGAR DAVIDS”Texto: Ricardo Sacramento

Fotos: Maisfutebol

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Edgar Steven Davids nascido no atual Suriname (na época, ainda conhecido por Guiana

Holandesa), o médio defensivo destacou-se nos anos 90 pela sua grande facilidade em roubar bolas e sair para o jogo. Rápido,incansável, lutador,com facilidade na revienga e um potente remate do seu pé esquerdo, Davids era um jogador completo com uma enorme presença em campo e uma carreira invejavel.Davids iniciou-se no Ajax, com dezoito anos onde permaneceu durante cinco temporadas, sendo um dos principais nomes da equipa nas conquistas nacionais e internacionais do clube durante a primeira metade da década de 90.

Acabou por ser transferido para o colosso italiano Milão, clube onde acabou por ter poucas oportunidades durante a sua primeira temporada, mas acabou por ser na vecchia signora, que em dezembro de 1997 assinou. A Juventus pagou cinco milhões e meio de libras ao clube rossonero para assegurar o Holandês.Mesmo após uma suspensão por doping no início de 2001, Davids foi um dos grandes nomes da equipa no final do século passado e início deste, tendo participações importantes nas conquistas da equipa de Turim durante o período. Acabou por ser transferido por empréstimo para o Barcelona e apesar de ter tido um bom percurso em Espanha, acabou por não permanecer no clube, tendo-se transferido para o Inter de Milão, onde assinou um contrato de três temporadas.Foi um dos poucos jogadores a representar as cores dos três grandes do futebol italiano. Davids não se manteve muito tempo com os nerazzurri, permanecendo apenas uma temporada, acabando por se

transferir para o Tottenham .O holandês sofre de glaucoma, uma doença na visão que o obrigou a usar óculos especias, para assegurar que a sua visão não fosse prejudicada durante as partidas. Estes óculos, unidos à sua larga cabeleira afro, dávam-lhe um aspeto inconfundível.Para além de brilhar em campo, o seu protagonismo fora dele era grande. Os míticos contratos de publicidade que detinha criaram um culto à sua volta, e aqueles óculos eram a sua imagem de marca. Naquele tempo, a Nike realizava anúncios que pareciam autênticos filmes de hollywood e aquele que mais destaca o holandes é The Misson , realizado no ano de 2000.

Uma equipa de estrelas tem a missão de resgatar uma bola a um grupo de ninjas, juntamente com nomes como Guardiola, Figo, Thuram, Andy Cole, Kanu entre outros, Davids tem um papel fundamental ao serviço desta equipa liderada por Van Gaal. Foi o responsável pelo toque do alarme e é o autor da mágica finta executada no final da missão onde assiste bierhofff com um toque de calcanhar suberbo, é um momento inesquecível que marcou toda uma geração de publicidade futebolística.Apartir desse momemto adotou lentes laranja nos seus caracteristicos oculos, combinando assim com as cores da sua seleção na qual assumia papel importante. O seu estilo foi ficando cada vez mais forte e presente.Em junho do ano passado Edgar Davids acompanhou Johan Cruyff para a direcção do Ajax, no entanto no corrente ano devido a desentendimentos entre os mesmos Davids acabou mesmo por abandonar o cargo.

“EDGAR DAVIDS”Texto: Ricardo Sacramento

Fotos: Maisfutebol

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OMERUO

O momento vibrante do futebol é o golo, para tal é necessário um bom ataque e uma boa organização, mas para uma

maior consistência todas as boas equipas precisam de uma defesa sólida e segura e é neste enquadramento que Kenneth Josiah Omeruo de 18 anos tem surgido em grande plano.

Este jovem Nigeriano, começou a jogar no Jos University Teaching Hospital FC de onde se transferiu para a Bélgica para jogar no Standard de Liège, encontrando-se neste momento a jogar no ADO Den Haag da Holanda, por empréstimo do Chelsea, onde já contribuiu com 2 golos.Depois de uma participação muito positiva e algo surpreendente no Mundial Sub-20 de 2011, a Nigéria, que apenas saiu derrotada nas grandes penalidades nos quartos-de-final contra a França, obteve o prémio Fair Play da competição e onde Omeruo fez exibições muito consistentes, tranquilas e de uma enorme maturidade para a sua tenra idade, que levarão à sua posterior contratação para o Chelsea pelas mãos de André Vilas Boas, que o decidiu emprestar para ganhar mais experiência.

Defesa central de raiz, este jogador forte fisicamente, com uma enorme capacidade aeróbia, característica tipicamente Africana, duro, assertivo no timming do corte e na leitura das jogadas ofensivas adversárias através de um bom posicionamento, tenta, sempre que pode, sair a jogar com a bola demonstrando uma enorme segurança e confiança em todas as suas acções.

Saber defender bem também é parte fundamental do futebol e nesse aspecto Omeruo é uma forte promessa do futebol Mundial, um autêntico diamante bruto que apenas precisa ser bem polido, Kenneth Omeruo um miúdo maravilha do hoje para o amanhã.

Texto: Pedro MartinsFotos: google.com

MIÚDO MARAVILHA

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08/05/12APOSTAS

Dia e hora: 09/05/2012 - 19h45Competição: Europa LeagueEvento: Atlético x AthleticPrognóstico: Mais de 2.5 golosOdds: 1.90 (Bet365)

Uma final que já analisamos previamente aqui no Dez. Ambas as equipas gostam de pressionar bas-tante e tendem a cometer alguns erros defensivos e gerar espaços ao adversário.O Athletic vai querer vencer a eliminatória logo de início e vai pressionar a equipa de Falcao. Parece-nos que será um jogo com bastantes golos.

Dia e hora: 09/05/2012 - 19h45Competição: Europa LeagueEvento: Atlético x AthleticPrognóstico: Golo de FalcaoOdds: 2.05 (Bet365)

Dia e hora: 09/05/2012 - 19h45Competição: Europa LeagueEvento: Atlético x AthleticPrognóstico: Golo de LlorenteOdds: 2.2 (Bet365)

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08/05/12EDITORIALCoordenação: Carlos Maciel e Ricardo Sacramento

Editor Chefe: João Sacramento

Direcção de arte e maquetização:Carlos Maciel

Redação: Tiago Soares, João Sacramento, Bruno Pinto, Pedro Martins, Bruno Gonçalves, Ricardo Sacramento, Carlos Maciel, Nelson Sousa

Publicidade: Ricardo Sacramento

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A namorada do capitão do Real Madrid, Iker Ca-sillas, dispensa apresentações. Jornalista des-portiva no país vizinho. Sara foi a protagonista do Mundial de 2010, depois de Iker a beijar em directo

SARA CARBONERO

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