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Bimensal 21 de outubro de 2015 Nº 34 Ano 2 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 € pub PUB //PÁG.3 //PÁG. 6 //PÁG.19 //PÁG.18 //PÁG.10 //PÁG.2 //PÁG. 8 //PÁGs. 12 e 13 Rally Spirit no Coronado a 30 e 31 de outubro Ricardo Santos de salto em salto rumo ao Brasil Famalicão regista uma das maiores descidas de passivo Hotel Rural inaugurado em Santo Tirso Dois anos de mandato de Joaquim Couto Bombeiros procuram homem no Ave PUB “Poucos municípios têm as políticas de apoio às famílias como Santo Tirso”

Jornal do Ave nº34

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Edição de 21 de Outubro do Jornal do Ave

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Page 1: Jornal do Ave nº34

1 21 OUTUBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Bimensal 21 de outubro de 2015 Nº 34 Ano 2 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

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//PÁG.3

//PÁG. 6

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//PÁG.18

//PÁG.10

//PÁG.2

//PÁG. 8

//PÁGs. 12 e 13

Rally Spirit no Coronado a 30 e 31 de outubro

Ricardo Santos de saltoem salto rumo ao Brasil

Famalicão regista uma das maiores

descidas de passivo

Hotel Rural inaugurado

em Santo tirso

Dois anos de mandatode Joaquim Couto

Bombeiros procuram homem

no Ave

PUB

“poucos municípios têm as políticas de apoio às famílias como Santo tirso”

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2 JORNAL DO AVE 21 OUTUBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade

Apesar de a distribuição das verbas disponíveis no Pacto de Desenvolvimento e Coesão Ter-ritorial para a região ter mereci-do “a aprovação da maioria dos autarcas”, o Conselho Metropoli-tano do Porto (CMdP) manifestou mais uma vez a sua insatisfação pela escassez das verbas aloca-das, que não servem os interesses e as necessidades da região Norte. Na reunião de 9 de outubro, a Lei das Finanças Locais mereceu crí-ticas, com autarcas a criticar a for-ma como foi feita a sua distribui-ção. Em causa estão “cerca de 39 milhões de euros” que podem ser diretamente mobilizados pelas 17

Em 2014, o concelho da Trofa contabilizava 41,3 milhões de eu-ros de passivo exigível, sendo o 37.º da lista dos 308 municípios portu-gueses. Com cerca de 40 mil habi-tantes, a autarquia trofense, que contraiu um empréstimo através do Programa de Apoio á Econo-mia Local (PAEL), conseguiu dimi-nuir em quase um milhão de eu-ros o passivo exigível, mas conti-nua como uma das mais endivi-dadas do país. Estes são dados do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2014, que dá conta que Vila Nova de Famalicão surge

A hora de inverno vai começar este domingo, dia 25 de ou-tubro, devendo os relógios em Portugal ser atrasados 60 mi-nutos em todo o País, de acordo com o Observatório Astro-

Trofa com 37.º maior passivo do país no 46.º lugar da lista, com 33,3 mi-lhões de euros de passivo, mas re-gistou a 45.ª maior diminuição de passivo, conseguindo um decrésci-mo de 3,36 milhões de euros, relati-vamente a 2013. Entre 2009 e 2014, este município baixou a dívida em 28 por cento, ou seja, menos 12,9 milhões de euros.

Face aos indicadores analisados, o Anuário faz de Famalicão a úni-ca autarquia do Minho a figurar no ranking dos 50 municípios do país com maior independência finan-ceira, ocupando o 38.º lugar entre as 308 câmaras do país.

Já Santo Tirso surge como o 49.º

concelho com maior passivo exigí-vel, com 31,8 milhões de euros, ten-do-o diminuído em 1,8 milhões de euros relativamente a 2013.

Quanto aos maiores resultados económicos, segundo o Anuário, Vila Nova de Famalicão surge no 11.º lugar, com 10,6 milhões de eu-ros de resultados líquidos e 13,1 milhões de resultados operacio-nais. Santo Tirso surge 32 lugares abaixo, com 2,3 milhões de euros negativos de resultados líquidos e 2,1 milhões negativos de resulta-dos operacionais. Este concelho é o 18.º do país com maior dívida a receber: 10,1 milhões de euros.

No volume de investimentos efe-tuados em 2014, Famalicão surge na 25.ª posição, com 13,7 milhões de euros (menos 11,5 por cento que em 2013), enquanto Santo Tir-so é 27.º, com 12,7 milhões de eu-ros (menos 37,6 por cento que ano anterior). A Trofa surge na 15.ª posi-ção no maior volume de subsídios e transferências totais compromis-sadas (11,7 milhões de compromis-sos e 10,1 milhões pagos), enquan-to Famalicão é 26.º (7,5 milhões dos 8,2 milhões de compromissos fo-ram pagos) e Santo Tirso é 35.º (5,2 milhões compromissos pagos, de um total de 6,7 milhões).

Na tabela do maior volume de transferências correntes e de ca-pital, Famalicão surge em 23.º lu-gar, com 8,2 milhões de euros, en-quanto Santo Tirso aparece no 30.º, com 6,7 milhões de euros.

O Anuário Financeiro dos Municí-pios Portugueses é uma edição da Ordem dos Contabilistas Certifica-dos, aborda a situação económica e financeira das contas dos muni-cípios e é elaborado por académi-cos da Universidade do Minho, do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) e do Centro de Investi-gação em Contabilidade e Fiscali-dade. C.V.

Anuário Financeiro dos Municípios: Famalicão com a 45.ª maior descida de passivo// Região

Autarcas criticam distribuição de 39 milhões de eurosautarquias da Área Metropolitana do Porto (AMP), no âmbito do pro-cesso de contratualização com as entidades intermunicipais, que fo-ram distribuídos pelos municípios de acordo com critérios definidos pelo próprio CMdP. O presidente da Câmara Municipal de Arouca, Artur Neves, referiu que há “seis municípios que são privilegiados” face aos restantes 11, havendo

“desigualdades entre municípios”. “Isto não liga com os princípios da coesão que a própria AMP deve se-guir”, completou.

Já o presidente da Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, subscreveu as palavras de

Artur Neves, considerando que a decisão do CMdP (aprovada an-tes do verão) de atribuir, para a distribuição das verbas, um crité-rio que não o do Fundo de Equilí-brio Financeiro (FEF) “é uma pre-potência democrática do núcleo duro da AMP”, que assim “impôs uma solução que vai prejudicar” os municípios mais pequenos e de baixa densidade. Também Rui Moreira, autarca do Porto, deno-tou que “com este quadro não vai haver nenhuma forma de coesão territorial”. “No final, o proble-ma das assimetrias se acentuará, [porque o que está em causa] não tem nada a ver com solidarieda-

de metropolitana, tem a ver com o facto de termos pouco dinheiro”, concluiu o autarca.

Em resposta, o presidente do CMdP, Hermínio Loureiro, compro-meteu-se a agendar nova discus-são sobre todos os outros instru-mentos de financiamento disponí-veis no âmbito do 2020, acrescen-tando que “o mundo não acaba” com os “miseráveis” 39 milhões de euros disponíveis.Em declara-ções à Lusa, Hermínio Loureiro de-clarou que é “legítimo que se dis-cutam critérios e que dentro de um contexto metropolitano pos-sa haver diferentes posições”, re-cordando que houve uma votação

em relação aos critérios a adotar na distribuição das verbas. Para o presidente, “naturalmente que há os municípios A ou B que tem mais meia dúzia ou menos meia dúzia de euros”, sendo “legítimo terem interpretações e vontades diferentes”.

Contudo, Hermínio Loureiro sa-lientou que “os recursos disponí-veis são curtos, não chegam para as necessidades da AMP”. “Apre-sentámos [à Comissão de Coorde-nação e Desenvolvimento Regional do Norte] uma candidatura, o nos-so pacto, e tivemos que fazer um ajustamento tendo em conta o vo-lume afeto à AMP”, explicou. P.P.

A oitava edição da iniciativa “O Ciclo de Jazz” volta ao con-celho tirsense.

A 23 de outubro, o palco da Nave Cultural da Fábrica de San-to Thyrso prepara-se para receber alguns dos melhores ar-tistas do Jazz nacional. Com o objetivo de promover o gosto pelo estilo musical em causa, a Câmara Municipal de Santo Tirso, em parceria com a Associação Porta-Jazz, organizou o evento que pretende tornar estes dias mais melodiosos para a plateia. Na sexta-feira, dia 23, sobem ao palco, pelas 21.30 horas, os MAP, quarteto composto por “Paulo Gomes ao pia-no, Miguel Moreira na guitarra, Miguel Ângelo no contrabaixo e Acácio Salero na bateria”. Os MAP vão apresentar em Santo Tirso o seu disco Circo Voador, inspirado nas artes circenses.

O Ciclo de Jazz de Santo Tirso continua no dia 27 de no-

// Santo Tirso

Hora atrasa-se este domingonómico de Lisboa. Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios devem ser atrasados 60 minutos às duas ho-ras da madrugada, e à uma nos Açoes.

Ciclo de Jazz está de regresso à Fábrica de Santo Thyrsovembro, com a atuação de BounceLab, pelas 21.30 horas no Centro Cultural de Vila das Aves. O quinteto BounceLab, composto pelo gui-tarrista e compositor Mané Fernandes, João Mortágua no saxofone alto, Gonçalo Moreira em fender rhodes, Filipe Louro no contrabaixo, e Pedro Vasconcelos na bateria, pretende animar todos os amantes de música e dar uma mostra de música “improvisada assente princi-palmente na tradição jazzística”, e outro de groove, beat, transe, re-petição, que reflete a música popular norte-americana do século XX”.

“Durante estes dois dias, os amantes deste estilo musical poderão des-frutar de espetáculos diferentes entre si, mas com um denominador comum, a paixão pelo Jazz”, apontou Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso. A autarquia mostrou ainda o dese-jo de dar “continuidade” à iniciativa. O ciclo de jazz irá durar até ju-lho do próximo ano.

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Atualidade

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“São duas obras muito im-portantes para Santo Tirso. A pri-meira porque vai resolver um dos principais problemas ao nível de trânsito na entrada e saída da ci-dade. A segunda porque vai per-mitir criar um novo parque urba-no, numa zona da cidade que re-quer a atenção deste executivo”. De forma simples e coesa, Joaquim Couto, edil tirsense, explicou o por-quê de investir “1,6 milhões de eu-ros” em duas obras que preten-dem “servir as pessoas” e que já es-tão a concurso público. A requalifi-cação e transformação da Quinta de Geão num Parque Urbano é um projeto de 1991 que não chegou a ser concretizado e que foi, agora, adaptado às necessidades da atu-

A Junta da União de Freguesias de San-to Tirso, Sta. Cristina do Couto, S. Miguel do Couto e Burgães lançou a 8 de outubro a campanha solidária “Cubo Solidário”, que se prolonga até 31 de outubro e cujos donativos angariados revertem para a Associação dos Amigos dos Animais de Santo Tirso (ASAST). Para contribuir, a população pode deslocar-

-se até à Rua Dr. António Pires de Lima, “jun-to à Caixa Geral de Depósitos”, em Santo Tir-so, e dar o seu contributo que pode ajudar vários animais.

Cubo Solidário 2015 “ajuda” os animais

Joaquim Couto anuncia requalificação daQuinta de Geão e da Praça Camilo Castelo Branco

Durante a Conferência de Imprensa sobre o balanço dos dois anos de mandato do executivo municipal tirsense, a 15 de outu-bro, na Biblioteca Municipal, Joaquim Couto anunciou a requa-lificação da Praça Camilo Castelo Branco e da Quinta de Geão.

alidade. O objetivo continua a ser o mesmo “promover a coesão ter-ritorial da cidade de Santo Tirso, li-gando a área mais nobre da cidade à área mais desestruturada da ci-dade”. O projeto prevê a criação de vários equipamentos e para além das três esculturas ali colocadas no âmbito do Museu Internacional de Escultura Contemporânea ao Ar Li-vre, o Parque Urbano de Geão vai ter “áreas de jogos e recreio ativo, palcos naturais para a realização de ateliers culturais e educativos, percursos pedonais e cicláveis e circuitos de manutenção”. Segun-do o edil tirsense, o projeto do par-que, que implica “um investimento de 650 mil euros”, envolveu um di-álogo com as instituições da área envolvente, visto que, estas “pode-

rão ter no Parque de Geão um es-paço privilegiado para as suas ati-vidades”. “Todo o projeto se desen-volve agora com outra filosofia, a li-gação à Escola Secundária D. Dinis, à Associação dos Amigos do San-guinhedo”, bem como à Biblioteca Municipal, apontou Joaquim Cou-to. O concurso público deverá ser lançado até ao final do ano e o au-tarca garante que em 2016 a obra estará “no terreno”.

Já a requalificação da Praça Ca-

milo Castelo Branco envolve a construção de uma rotunda que permitirá uma melhor circulação do trânsito, o alargamento dos passeios e a criação de “percur-sos pedonáveis e cicláveis, no âm-bito do Plano de Mobilidade Sus-tentável para Santo Tirso”, como também a redefinição das áreas de estacionamento. “Estamos a falar de uma zona que, para além de ser ponto de entrada e saída de Santo Tirso, tem ali localizada a

Central de Transportes, pelo que o tráfego de camionetas, de auto-carros e de pessoas é elevado”, re-feriu o presidente da Câmara Mu-nicipal”. “Toda a zona envolvente à Praça Camilo Castelo Branco fica-rá classificada como Área de Rea-bilitação Urbana (ARU)”, o que sig-nifica, que os proprietários ficam abrangidos por um conjunto de in-centivos fiscais para reabilitar o pa-trimónio edificado.

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// Santo Tirso

Executivo municipal anunciou próximos projetos

Cubo está na Rua Dr. António Pires de Lima

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Atualidade// Trofa

A nova rede de muito alta tensão que a REN (Rede Elé-trica Nacional) está a instalar desde Recarei, concelho de Paredes, a Vermoim, em Vila Nova de Famalicão, tem cau-sado algum desconforto junto da população da Trofa, conce-lho onde a linha tem dez quiló-metros de extensão. CÁTIA VELOSO

O processo remonta a 2013, mas ainda dá que falar. Os postes gi-gantes que estão agora a ser ergui-dos junto do Rio Ave, em Guidões e Bougado, e perto de um miradouro, no monte de S. Gens, também em Bougado, levantaram alguma dis-córdia, mas o projeto da REN pros-seguiu, com o parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente.

E nem o argumento da Câmara Municipal da Trofa de que a colo-cação das estruturas em espaços classificados como “área florestal de proteção” violava o Plano Dire-tor Municipal chegou para travar a construção da linha. O parecer

A viatura de transporte de do-entes, que custa cerca de 35 mil euros, foi oferecida pelo empre-sário trofense Tomé Carvalho, que se sentiu “sensibilizado” pela ne-cessidade invocada pela Associa-ção e deixou o apelo a “quem pode” para seguir o exemplo e, desta for-ma “apoiar uma causa justa”.

João Pedro Goulart, comandan-te dos BVT, explicou que esta am-bulância insere-se numa “reestru-turação” que a corporação tem de fazer “para dar cumprimento à le-gislação em vigor em matéria de transporte de doentes não urgen-tes”. Mesmo assim, segundo o pre-sidente da Associação Humanitá-ria, Manuel Dias, a nova lei, que pe-naliza as corporações que utilizem as ambulâncias de transportes de doentes não urgentes que não te-nham maca fixa, vai trazer muitas dificuldades. “As associações hu-manitárias recebem 51 cêntimos por quilómetro e têm isenção de portagens e IVA. Se temos ambu-

Bombeiros recebem ambulânciae equipamentos de proteção individual

Em dia de comemoração do 39.º aniversário, a 10 de outubro, a corporação dos Bombeiros Voluntários da Trofa (BVT) foi presenteada com uma ambulância e 20 equipamentos de prote-ção individual. PATRÍCIA PEREIRA

lâncias relativamente novas e so-mos obrigadas a comprar outras que cumpram essas regras, te-mos duas opções, ou compramos três viaturas e recebemos 51 cên-timos por quilómetro ou continu-amos a utilizar as que temos e re-cebemos só 32 cêntimos por qui-lómetro”, sublinhou.

Com este novo cenário, Manuel Dias deixou um apelo “a quem tem influência no Governo, que faça com que as outras ambulâncias te-nham o mesmo tratamento que as

novas que têm maca fixa”.Já os 20 equipamentos de prote-

ção individual, também entregues aos bombeiros, rondam os 25 mil euros e foram uma doação de Jú-lio Paiva, que esteve ausente na cerimónia. O comandante da cor-poração explicou que este investi-mento, que serve para “o combate a incêndios estruturais”, era “uma necessidade”.

As comemorações ficaram ainda marcadas pela condecoração dos bombeiros voluntários com cinco,

Em dia de aniversário, a corporação, representada pelo coman-dante, pediu maior reconhecimento ao trabalho dos bombeiros vo-luntários. João pedro Goulart deixou algumas mensagens sublimi-nares e uma delas sobre os riscos da criação de alegados movimen-tos voluntários na mesma área de atuação. “Somos um município pequeno, com grandes munícipes e um concelho onde os recursos devem ser otimizados e não duplicados para gáudio de uns quan-tos, apostando sim em sinergias e sustentabilidade. Este é o cami-nho, esta é a minha convicção”, afirmou.

Na mesma senda, o presidente da Associação Humanitária subli-nhou a necessidade de o país rever a forma como vê os bombeiros e atribuir-lhes regalias como o cartão social, sob pena de “daqui a 10 ou 15 anos não haver voluntários em portugal”.

dez, 15 e 25 anos de serviço à co-munidade. A Associação Humani-tária recebeu ainda da parte da empresa Electrum Trofa centenas de lâmpadas led para economi-zar nos custos de energia elétrica.

Na cerimónia, Manuel Dias anun-ciou ainda o projeto de remodela-ção das instalações da Associação Humanitária de “cerca de 280 mil euros”, que foi alvo de uma can-didatura a fundos comunitários e que será comparticipado pela au-tarquia “em 15 por cento”. A inter-

venção passa pela “remoção do telhado em amianto, colocação de um elevador na entrada para possibilitar a quem tem dificulda-de de locomoção o acesso ao piso superior e requalificação dos bal-neários dos bombeiros, para co-locar cacifos com maior dimen-são para ser possível a colocação dos equipamentos”. A “colocação de tijoleira na cave” e a “constru-ção de uma nova oficina” são ou-tros dos objetivos da direção da Associação.

Linha Recarei-Vermoim tem 26 quilómetros de extensão e atravessa a Trofa, Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão

Postes de muito alta tensão causam desconforto na Trofa

emitido pela autarquia durante o período de consulta pública – de ja-neiro a março de 2013 - foi motivo de alerta quer por parte da comis-são de avaliação de Impacte Am-biental como também da comis-são de avaliação do Relatório de Conformidade Ambiental do Proje-to de Execução, mas a 11 de março de 2015, a Agência Portuguesa do Ambiente pronunciou-se pela con-formidade do projeto de execução.

Houve cidadãos, como Bruno Matos, que durante o período de consulta pública alertaram para o facto de a implantação da rede

numa área “onde existe um corre-dor patrimonial constituído por di-versas Azenhas e Açudes que pre-valecem desde o século XIII” podia contribuir “para a desvalorização do património construído, pondo em causa as cartas, recomenda-ções e convenções internacionais sobre a salvaguarda, preservação e valorização do Património e da Paisagem”.

Porém, a Comissão de Avaliação de Impacte Ambiental teve um en-tendimento diferente, consideran-do que “apesar dos impactes visu-ais incontornáveis que este tipo de

estrutura acarreta, há que salien-tar que nenhuma das ocorrências patrimoniais referidas se encontra sob ameaça de destruição”.

Já na sequência das chamadas de atenção de Alexandra Serra, que saiu em defesa do “valor patri-monial da Quinta da Sardoeira - fre-guesia de Covelas, concelho da Tro-fa -, e que foram tidas em conside-ração pela comissão de avaliação de impacte ambiental, a comissão de avaliação do Relatório de Con-formidade Ambiental do Projeto de Execução referiu que foi “possível verificar que o projeto de execução não afeta a floresta autóctone e as ações de plantação de floresta na-tiva na Quinta da Sardoeira”.

A Associação para a Defesa do Ambiente e Património das Trofa (ADAPTA) repudia a instalação das estruturas, mas aquando da con-sulta pública não emitiu nenhum parecer negativo à sua instalação, porque, segundo o presidente Pe-dro Daniel Costa, “não tinha os técnicos que pudessem dar anda-

mento a isso”. Questionada pelo JA, fonte da REN explicou que a Li-nha Recarei – Vermoim para Fama-licão tem dois objetivos principais:

“Melhorar a segurança de abaste-cimento de energia e a qualidade de serviço aos concelhos que atra-vessa (Famalicão, Valongo, Trofa e Santo Tirso) e criar alternativas de escoamento de produção adicio-nal de energia de origem hidroe-létrica da Bacia do Cávado para a zona do Grande Porto e do distri-to de Aveiro”.

A linha tem uma extensão total de “26 quilómetros”. Na consulta pública, a Câmara de Santo Tirso chamou a atenção para “a salva-guarda dos povoamentos de so-breiros existentes e outras folhosas autóctones” e “do enquadramento paisagístico e urbano”, para que as estruturas “não inviabilizem futu-ras propostas para a área”.

Já a autarquia de Famalicão so-licitou “medidas de minimização para os impactes sobre o patrimó-nio existente” no concelho.

Bombeiros receberam nova viatura e equipamentos de proteção

Postes estão junto de um miradouro, no monte de S. Gens, em Bougado

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Atualidade// Santo Tirso

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A Câmara Municipal de Santo Tir-so abriu o concurso público para adjudicar a realização da primeira fase da obra de requalificação da Rua Silva Araújo, em Vila das Aves. No procedimento agora lançado, o contrato de empreitada de obras públicas tem como preço o valor de “cerca de 860 mil euros”, tendo a autarquia fixado “o prazo contra-tual das obras em 180 dias”.

A primeira fase da empreitada visa “a repavimentação da rua, me-lhoramento e construção de pas-

Até ao final do ano deve ficar concluída a ligação viária entre a Rua dos Talhos e a Travessa da Quelha, em Vila Nova do Campo. A informação foi avançada pela Câmara Municipal de Santo Tir-

Na reunião da Câmara Muni-cipal de Santo Tirso, a 8 de outu-bro, Joaquim Couto, esclareceu que a “conclusão dos trabalhos da empreitada” na EN105 está “em li-nha com o que havia ficado defini-do no plano de intervenção previs-to para o alargamento da rede de saneamento”.

Em comunicado, a autarquia tir-sense refere que os trabalhos ao longo da EN105 revestem-se da

“máxima importância, não só por-que permitem a infraestruturação das zonas intervencionadas, mas também porque asseguram o alar-gamento da rede de saneamento básico no concelho, através da em-presa Águas do Norte”.

A Câmara Municipal tem acom-panhado “sempre de perto” os tra-balhos relativos à colocação das infraestruturas de saneamento, com o objetivo de “garantir que os prazos para a execução da obra estejam a ser cumpridos”. “(A au-tarquia) sempre fez sentir às enti-dades envolvidas na empreitada de alargamento da rede de sane-amento básico a necessidade do

Face às alterações administra-tivas decorrentes da entrada em vigor da nova designação, a Jun-ta de Freguesia de Vila Nova do Campo - ex-União de Freguesias

A Delegação de Santo Tirso

da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) recebeu “dez mil euros” da TNT Portugal para apoiar o Projeto de Intervenção Preco-ce e Desenvolvimento Infantil (PIPDI). PATRÍCIA PEREIRA

A verba foi obtida no âmbito de uma campanha em que “cada ser-viço 9 express, 10 express ou 12:00 express, a TNT Portugal destina-va um euro para este projeto”. “O montante angariado destina-se à intervenção em Terapia da Fala e Terapia Ocupacional com crian-ças que possuam alguma incapa-cidade ou problemática que este-ja a condicionar ou ponha em ris-co o seu desenvolvimento, partici-pação e sucesso escolar”, avançou

Repavimentação “definitiva” na EN105 Está em curso a “repavimentação definitiva” da Estrada Nacional (EN) 105, uma das “princi-

pais vias rodoviárias” que atravessa o concelho de Santo Tirso. PATRÍCIA PEREIRA

cumprimento dos prazos estabe-lecidos, na tentativa de causar o menor impacto possível aos con-dutores e moradores que se ser-vem da EN105”, adiantou o autar-ca, que lamentou que tenha havi-do “uma tentativa de aproveita-mento político que alguns quise-ram tirar com uma questão tão sé-ria quanto melindrosa”.

Joaquim Couto atirou ainda que é de “mau tom procurar aprovei-tar o natural transtorno provoca-do pelas obras nos utilizadores da-quela estrada nacional para fins

políticos ou partidários, fazendo inaceitáveis associações entre os trabalhos a decorrer na via com os pretensos índices de sinistralidade, pontos negros e número de mor-tos e feridos ocorridos na EN 105”.

A Câmara Municipal de Santo Tirso clarificou ainda que “não houve deficiente reposição” do pa-vimento na EN 105, mas uma “re-posição provisória do pavimento, de acordo com o que estava es-tabelecido no calendário da em-preitada”.

Obra liga ruas de Vila Nova de Camposo, que referiu que a empreitada tem como objetivo “a pavimenta-ção em cubo de granito daquela via localizada em S. Salvador do Campo, freguesia de Vila Nova do Campo”. P.P.

Lançado concurso públicopara requalificar Rua Silva Araújo

seios e zonas pedonais, bem como o aumento da segurança rodoviá-ria”, assim como “o melhoramen-to dos muros e vedações, nova ar-borização e ampliação dos espa-ços verdes e a instalação de mobi-liário urbano”.

O edil tirsense, Joaquim Couto, garantiu que “esta é uma obra es-truturante, reivindicada e ansiada há muito tempo pelos avenses” e que “acabará por qualificar uma importante via estruturante urba-na de Vila das Aves”. P.P.

Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo com novos dadosdo Campo (S. Martinho), S. Salva-dor do Campo e Negrelos (S. Ma-mede) - informa que houve algu-mas alterações nos dados. A mo-rada da Junta é Avenida Manuel

Dias Machado, n.º 55 4795-445, S. Martinho do Campo, o telefone é 252 841 268 e o email é [email protected].

C.V.

TNT Portugal doou dez mil euros à Cruz Vermelhafonte da empresa em comunicado.

O Country Manager da TNT Por-tugal, José Domingos Correia, afir-mou que a TNT Portugal procura

“promover junto da comunidade e organizações humanitárias várias ações que visem promover solida-riedade e apoio a quem mais pre-cisa”, sendo que o PIPDI lhes diz

“bastante”, pois “as crianças são o futuro e há que criar ou tentar criar as melhores condições para que estas crianças tenham um fu-turo digno”.

No âmbito da sua missão so-cial, a Delegação de Santo Tirso da CVP criou o PIPDI, desenvolvi-do pelas terapeutas Inês Almeida e Isabel Rego, que é “um progra-ma sem fins lucrativos que atua na prevenção, habilitação e rea-

bilitação de crianças com algu-ma incapacidade ou problemáti-ca que esteja a condicionar ou po-nha em risco o desenvolvimento e participação da criança”. O proje-to disponibiliza, a “um valor sim-bólico de cinco euros por sessão”, um “conjunto de serviços especia-lizados de intervenção terapêuti-ca nas áreas de Terapia da Fala e Terapia Ocupacional, em articula-ção com Psicologia e Serviço So-cial”, conseguindo assim, chegar a

“muitas famílias de cariz socioeco-nómico médio-baixo e baixo que teriam desistido de iniciar a inter-venção ou que teriam descontinu-ado a intervenção terapêutica das suas crianças por não consegui-rem suportar os valores do acom-panhamento”.

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Intervenção acontece numa das principais vias rodoviárias do concelho

Projeto ajuda crianças com dificuldades de desenvolvimento

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6 JORNAL DO AVE 21 OUTUBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Trofa

Na reunião de Câmara da Tro-fa, onde o protocolo de coopera-ção foi ratificado por unanimida-de, o presidente do executivo, Sér-gio Humberto, explicou que a au-tarquia poderá abdicar, no má-ximo até “um milhão e meio de euros” de fundos comunitários, uma vez que apresentou, no âm-bito do PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano) do Portugal2020, candidaturas para projetos no valor de “15 milhões de euros”.

Por seu lado, e de acordo com o protocolo firmado e que vigora até 31 de dezembro de 2018, tam-bém a CCDR-N tem que conseguir assegurar financiamento comu-nitário para a execução da linha, através do programa operacional regional Norte 2020 ou do progra-ma operacional temático SEUR. A missão da CCDR-N, afirmou Sér-gio Humberto, está “dependen-te da Comissão Europeia”, onde o projeto “ainda vai ser discutido” para “tentar” que a verba comu-nitária “possa ser maior”.

Entretanto, o Porto Canal avan-çou que não é líquido que a obra avance, uma vez que, segundo Carlos Neves, vice-presidente da CCDR-N, o documento assinado não passa apenas de um memo-rando “de interesse”. “Existe aber-tura por parte da CCDR-N para es-tudar e, em parceria com os muni-cípios e a tutela, de encontrarmos a melhor solução”, afirmou.

Para Carlos Neves, “dar garan-tias” de que a CCDR-N avança-

As deputadas Diana Ferreira e Ana Virgínia e Jaime Toga, da Comissão Política do PCP, estiveram reuni-dos com a Administração Regional de Saúde do Nor-te (ARS-N), a 13 de outubro, para abordar a “capaci-dade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região”, tendo manifestado “especial preocupação quanto ao futuro do Hospital de Santo Tirso”, devido ao protocolo assinado pelo Governo, que o entrega à Misericórdia. Segundo o PCP, a reunião confirmou

“a perda de serviços e valências no Hospital de Santo Tirso” e a “possibilidade de rutura na resposta à po-pulação caso os profissionais optem por manter o seu vínculo ao SNS e recusem, como é seu direito, a pas-

Câmaras abdicam de fundose exigem linha do Metro

É a primeira vez que autarquias têm de disponibilizar verbas para a construção da linha do metro. Vai acontecer com a Trofa e a Maia que, no protocolo de cooperação que assinaram com a empresa Metro do Porto e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), comprometeram-se a abdicar de “dez por cento” de fundos comunitários para que sejam aplicados na extensão da linha do metro desde o ISMAI (Maia) até à antiga estação de comboios da freguesia do Muro. CÁTIA VELOSO

ria com o projeto, independente-mente da colaboração da Comis-são Europeia, “seria prematuro”, justificando que “o modelo de fi-nanciamento não está definido” e que em torno dele “há uma gran-de complexidade” e “está tudo em aberto”.

A cortina de fumo adensa-se quando Sérgio Humberto, presi-dente da autarquia da Trofa, reve-la que, desde o início das conver-sações, que a Metro do Porto (MP)

“não se mostrou disponível” para avançar com a obra, colocando al-guns entraves financeiros, como um orçamento de “um milhão e meio de euros para projetos e fis-calização”, quando “tudo isso já está feito”. Já durante as negocia-ções, a MP apresentou, segundo o autarca, o valor de “13 milhões de euros” para a construção da linha desde a estação do Muro até à Ser-ra, que distam cerca de 1300 me-tros, o que fez a Trofa ceder e acei-tar a linha mais curta.

Estes dados foram divulgados pelo autarca numa reunião públi-ca realizada com alguns morado-res da freguesia do Muro, na qual quis “resfriar as expectativas” re-lativamente à celeridade da obra. e face à posição da Metro do Por-to, Sérgio Humberto pediu ajuda à população para “pressionar” a empresa.

A extensão da Linha Verde do IS-MAI à Estação do Muro terá duas estações, Ribela, no concelho da Maia, e Muro, na antiga estação de comboios. O custo total de exe-cução é de 36,7 milhões de euros,

dos quais 15,6 milhões de euros referem-se a território da Maia e 15,1 milhões de euros à Trofa.

Este projeto está muito longe daquele que foi prometido pelo Governo, em 2002. Numa odis-seia pejada de avanços e recu-os, a tutela chegou a apresen-tar uma maquete com várias es-tações desde o ISMAI até à nova estação ferroviária da Trofa, no centro da cidade, onde aí iria nas-cer um interface. O concurso ain-da foi lançado em 2010, mas aca-bou cancelado

E numa iniciativa que se pretendia ser de esclare-cimento sobre a construção da linha do metro até à freguesia do Muro, um dos momentos marcantes protagonizado pelo presidente da Câmara aconte-ceu no início, quando quis que a sessão, que disse ser “pública”, fosse fechada à comunicação social.

Sérgio Humberto afirmou que ali queria ter “uma conversa” com a população do Muro e que “há coi-sas que são do foro público, mas isto não implica que seja da comunicação social”, chegando mes-mo a comparar a sessão a um “conselho de minis-tros”. Pediu aos jornalistas que não fizessem registo de uma “reunião pública que se pretende ser aber-ta e transparente” e que se ausentassem da sala, mostrando-se “disponível” para “no final” apre-sentar “as conclusões” da mesma. Depois de mais de um minuto de compasso de espera e face à deci-são dos jornalistas de se manterem na sala, Sérgio Humberto voltou à carga: “Agradecia que a comu-nicação social se retirasse desta sala para poder ter uma conversa franca e transparente com a popula-ção do Muro”. Novo compasso de espera, que foi in-terrompido pelo murense Manuel Pinto, que suge-

Presidente quis que sessão “pública”fosse fechada à comunicação social

riu ao presidente que “em vez de pedir à comunica-ção social se ausentar da sala, pedir com bons mo-dos para desligar as máquinas”. A inoperância do presidente da Câmara, que se manteve em silêncio após esta intervenção, levou o presidente da Jun-ta de Freguesia do Muro, Carlos Martins, a solicitar que a sugestão fosse acatada.

Os jornalistas do NT, da TrofaTv e do Jornal do Ave não se ausentaram da sala, tal como prevê a lei que dá aos profissionais da comunicação social

“o direito de acesso aos locais abertos ao público”.Mesmo protegidos pela lei, os jornalistas decidi-

ram não recolher imagens em vídeo, por respeito às cerca de 30 pessoas que foram à sessão para sa-ber mais sobre o projeto do metro e nenhuma res-ponsabilidade tiveram no episódio que lhes durou mais de oito minutos.

Sérgio Humberto afirmou que “preferia” que a as-sinatura do protocolo sobre a linha do metro “não tivesse sido tornada pública na comunicação so-cial”, no entanto o anúncio foi feito pela própria Câ-mara Municipal, no dia 5 de outubro, às 15.53 ho-ras, na rede social Facebook.

PCP defende manutenção do Hospital no SNSsagem para a Misericórdia”. “Um Governo que, ex-pedito a entregar a privados o Hospital de Santo Tir-so, ainda não acautelou aspetos essenciais do servi-ço futuro. Ainda não se sabe qual será o Hospital de referência para serviços de urgência para os utentes da Trofa e de Santo Tirso (apenas dizem que será um dos Hospitais do Porto), nem sabe onde passarão a ser as consultas de Interrupção Voluntária da Gravi-dez”, adiantou fonte do partido, que reafirmou “o seu compromisso de apresentar na Assembleia da Repú-blica, após a reabertura dos trabalhos, uma propos-ta de reversão deste processo de alienação do Hos-pital de Santo Tirso a privados”. P.P.

// Santo Tirso

Reunião realizada no Muro contou com presença de cerca de 30 pessoas

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7 21 OUTUBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Vila Nova de Famalicão

Um dos casos apresentados foi a Lei da Transparência, que

“entra em vigor no dia 27 de outu-bro”, e que “impõe a jornais regio-nais e a pequenos jornais condi-ções de cumprimento e de trans-parência, que são complemen-te inacreditáveis”. João Palmei-ro indicou que com esta Lei, “por exemplo”, um jornal tem de “indi-car quem são os anunciantes que por ano investem mais do que 10 por cento da totalidade do inves-timento”. “Se isto pode ser impor-tante para jornais médios e gran-des jornais, é totalmente inade-quado para jornais mais pequenos em que o volume global do investi-mento do jornal em termos de pu-blicidade é tão pequeno que mes-mo que alguém invista 30, 40 ou 50 por cento isso não tem impac-to nenhum naquilo que é a confe-ção e o funcionamento do jornal. Foi-se tratar de uma maneira igual, uma situação extraordinariamen-te diferentes”, adiantou.

Esta temática surgiu na inter-

Começaram a 15 de outubro, em Vila Nova de Famalicão, as candida-turas para a atribuição de bolsas de estudo a alunos do concelho que frequentam o ensino superior no ano letivo 2015/2016. Até 15 de no-vembro, todos os jovens famalicen-ses que frequentam a universida-de, “oriundos de famílias com bai-xos rendimentos – que apresentam um rendimento per capita inferior

Encontro debateu problemáticas da Imprensa Regional “A responsabilidade de um editor que tem como proposta o seu estatuto editorial e através do qual assegura aos seus leitores que olha para o mundo de uma

determinada maneira, que é confiável e tem qualidade para o leitor, pode estar em causa”. Foi desta forma que João Palmeiro, presidente da Associação Por-tuguesa de Imprensa, explicou o que pode estar em causa com o lançamento de novas leis para os órgãos de comunicação social. PATRÍCIA PEREIRA /CÁTIA VELOSO

venção do presidente da Associa-ção Portuguesa de Imprensa, na sessão de abertura do 1.º Encon-tro de Imprensa Regional em Vila Nova de Famalicão, que se reali-zou no sábado, 17 de outubro. O concelho voltou a organizar um Encontro de Imprensa Regional 47 anos depois do 5.º Encontro da Im-prensa Regional de Aquém-Dou-ro, realizado em maio de 1968 por José Casimiro da Silva, diretor do jornal Estrela da Manhã, junta-mente com os diretores de outros jornais de Famalicão. Desta vez, a organização esteve a par dos jor-nais e da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e contou com o apoio da Associação Portugue-sa de Imprensa. João Palmeiro re-feriu que “todos os encontros em que as pessoas se dispõem a dis-cutir as suas atividades são pro-fundamente importantes”, sendo que os de imprensa regional são

“mais importantes ainda porque os jornais são entidades em que nunca há tempo para nada” e ha-ver tempo para um dia “se olhar

e para se perceber” como é que está “o mundo da nossa indús-tria é extraordinariamente im-portante”.

Já Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, declarou que a au-tarquia apoiou a organização des-te Encontro, “consciente da rele-vância que as autarquias sentem do desempenho da comunicação social local e regional”. “Para os municípios e para os territórios de proximidade não é indiferente ha-ver ou não haver imprensa local e regional, não é indiferente a quali-dade e a forma como esta impren-sa desenvolve a sua tarefa. Esta-mos conscientes do serviço de in-teresse público que tendes bem exercido ao longo dos muitos anos de existência e que para nós não é indiferente o que possa vir a acon-tecer no futuro”, dirigiu-se aos jor-nalistas presentes.

O representante dos jornais de Vila Nova de Famalicão e diretor do “Cidade Hoje”, Rui Lima”, ex-plicou que a ideia de se organizar um Encontro de Imprensa Regio-nal surgiu no seguimento da reali-zação da mesa redonda “A Impren-sa Regional: o legado de José Ca-simiro da Silva”, que teve lugar no Arquivo Municipal a 30 de maio., devido à intervenção do filho de José Casimiro da Silva, que falou dos “problemas que então se vi-via” e em que “muitos deles ainda eram atuais”.

Encontro homenageou jornais centenários

Um dos momentos marcantes do Encontro foi o tributo aos “16 jornais centenários existentes, atualmente, em Portugal”. O jornal mais antigo é “O Açoriano Orien-

tal”, que conta 180 anos, sendo também considerado o segundo mais antigo da Europa. Segue-se

“A Aurora do Lima” (159 anos), que contou com a colaboração de Ca-milo Castelo Branco, o “Diário de Notícias” (150 anos), o “Diário dos Açores” (145 anos), “O Diário de Notícias da Madeira” (138 anos),

“Soberania do Povo” (136 anos), “Jornal de Santo Thyrso” (133 anos), “Jornal de Notícias” (127 anos), “Correio do Ribatejo” (124 anos), “A Comarca de Arganil” (114 anos), “A Guarda” (111 anos), “O Povo do Cartaxo” (110 anos), “Folha de Ton-dela” (109 anos), “Cardeal Saraiva” (105 anos), “Notícias da Covilhã” (103 anos) e “Notícias de Gouveia” (101 anos). Francisco Carneiro re-cebeu a homenagem em represen-tação do Jornal de Santo Thyrso, tendo no final referido ao JA que este tributo representa “algo mui-to interessante e uma satisfação enorme da sociedade perante os jornais que continuadamente lu-tam para levar aos seus assinan-tes e leitores as notícias”.

Candidaturas às bolsas de estudo decorrem até 15 de novembroa 60% do salário mínimo nacional

– podem candidatar-se aos apoios”. No ano transato, a autarquia bene-ficiou 265 jovens do concelho, o que representou investimento munici-pal de 160 mil euros. Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal, apontou que a autarquia sabe das

“necessidades de muitas famílias fa-malicenses, no acesso e frequência o ensino superior”. “Não queremos

que nenhum famalicense deixe de estudar e desista dos seus sonhos por falta de apoio”, enalteceu o au-tarca. O Regulamento para a atri-buição de Bolsas de Estudo encon-tra-se disponível no endereço www.juventudefamalicao.org. Para ob-ter mais informações os jovens de-vem contatar a Casa da Juventude através do e-mail: [email protected].

Rui Lima participou na mesa redonda dedicada à temática “A Im-prensa regional de hoje: problemas e perspetivas”. Em entrevista ao JA, o diretor do “Cidade Hoje” denotou que uma das problemáticas dos jornais é o facto de a nível de conteúdo serem “todos muito iguais”, o que acaba por ser uma consequência pelo facto de “as redações não terem um número suficiente de pessoas que possam cobrir tudo aqui-lo que é a agenda”, quanto mais “fazer uma notícia que os outros jor-nais não têm”. “Fazer jornalismo de investigação obriga a pelo me-nos ter que retirar um jornalista da redação e entregá-la aquela tare-fa, porque como bem sabem o jornalismo de investigação não se faz de um dia para o outro, demora tempo. Só que depois há todo o tra-balho diário que tem que ser feito para que a edição semanalmente saia. Os jornais têm que fazer a diferença e buscar as outras notícias e dar mais profundidade a alguns conteúdos que são publicados on-line.”, mencionou, acrescentado que este é o caminho da imprensa, mas que “com as redações que os jornais têm é muito difícil”.

“No seu conteúdo, os jornaissão todos muito iguais”

Ao final da manhã, foi trazido à discussão a tentativa de censu-ra ao trabalho dos jornalistas do jornal O Notícias da Trofa, Trofa Tv e Jornal do Ave, durante a ses-são de esclarecimento sobre a construção da linha do metro até à freguesia do Muro, a 12 de ou-tubro. O presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Hum-berto, quis que a sessão “públi-ca” fosse fechada à comunica-ção social presente, por querer

“ter uma conversa” com a popu-lação do Muro, uma vez que, se-gundo o mesmo, “há coisas que são do foro público, mas isso não implica que seja da comunisa-ção social”. O edil trofense pediu aos jornalistas que não fizessem registo de uma “reunião públi-ca que se pretende ser aberta e transparente” e que se ausentas-sem da sala. A tentativa de cen-sura por parte das autarquias foi considerada uma das problemá-ticas do desempenho do traba-lho dos jornalistas.

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Reportagem vídeo em jornaldoave.pt

No encontro, foram distinguidos jornais centenários

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8 JORNAL DO AVE 21 OUTUBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade // Vila Nova de Famalicão

Um bebé de quatro meses en-trou em paragem cardiorrespira-tória, enquanto estava a dormir na creche Recreio do João, em Vermoim, Vila Nova de Famalicão.

Tal como era hábito, na manhã desta segunda-feira, 19 de outu-bro, Tomás Carneiro – segundo o JN é o nome do bebé de quatro me-ses – foi dormir cerca de meia hora

Uma viatura seguia na Estrada Nacional 206, quando ao fazer a curva da Rua da Junqueira, em Vi-larinho das Cambas em Vila Nova de Famalicão, despistou-se, caiu no campo contíguo à via e capo-tou. A condutora, residente em Ribeirão, Vila Nova de Famalicão, ficou presa no interior do veículo, que ficou capotado lateralmente.

O acidente de viação ocorreu por volta das 12 horas de 13 de outubro, tendo sido acionados os

O Núcleo de Investigação Crimi-nal (NIC) do Destacamento Territo-rial de Barcelos executou três bus-cas, duas domiciliárias e uma não domiciliária em Joane, Vila Nova de Famalicão, pelas 11.30 horas de 9 de outubro. As buscas cul-minaram com a apreensão de “11

Paulo Araújo de 42 anos terá desaparecido cerca das 4 horas de segunda-feira, 19 de outubro, dei-xando, alegadamente, um bilhete à família a dizer que se ia atirar ao rio. Ao final da manhã do mesmo dia, a viatura do homem, residen-te em Vermoim, Vila Nova de Fa-malicão, foi encontrado no conce-lho da Trofa, na Rua António Sou-sa Reis, junto à Santa Casa da Mi-sericórdia da Trofa.

Foram então iniciadas as buscas por parte dos Bombeiros Voluntá-rios da Trofa e da GNR da Trofa e de Vila Nova de Famalicão, tendo sido encontrado o casaco e a car-teira do homem perto da ponte na EN14, do lado de Ribeirão, o que motivou o acionamento dos mer-gulhadores dos Bombeiros Fama-licenses, cerca das 18 horas.

Já esta terça-feira, as buscas estiveram a cargo da Guarda Na-

NIC de Barcelos apreendeu 26kg de cannabispês/plantas cannabis com cerca de 26 quilogramas e outro mate-rial utilizado no respetivo cresci-mento”, assim como a detenção de “dois carpinteiros, um de 35 e outro de 44 anos de idade”, que foram “constituídos arguidos e in-terrogados” no âmbito de um pro-

cesso a decorrer por tráfico de es-tupefacientes.

Em comunicado, o Comando Ter-ritorial de Braga da Guarda Nacio-nal Republicana informa que “con-tinuam as diligências de investiga-ção com vista à angariação de ul-teriores elementos de prova”. P.P.

Bebé de quatro meses morreudepois de ter chegado à creche. Quando um dos colaboradores foi ao berço buscá-lo, “menos de uma hora depois”, segundo avançou os responsáveis da instituição ao JN, reparou que o bebé não estava a respirar, tendo sido iniciadas as manobras de reanimação, que fo-ram continuadas pelos Bombeiros Voluntários de Famalicão.

O bebé, que à chegada dos bom-beiros estava em paragem cardior-respiratória e roxo, viria a falecer no hospital. As causas da morte deverão ser conhecidas depois da autópsia, que será realizada no Hospital de Braga, para onde foi transportado na manhã de ter-ça-feira pelos Bombeiros Famali-censes. P.P.

Viatura despista-se e cai em campoBombeiros Voluntários de Famali-cão, que procederam às manobras de desencarceramento para reti-rar a vítima do interior do veículo.

A mulher, que sofreu ferimen-tos ligeiros, foi transportada para a unidade de Vila Nova de Famali-cão do Centro Hospitalar do Mé-dio Ave. No local esteve uma am-bulância e um veículo de desen-carceramento e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Guimarães. P.P.

Buscas nas margens do Rio Ave por homem desaparecido

cional Republicana (GNR) de Vila Nova de Famalicão, e desencadea-das pelo Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR e pelos mergulhadores dos Bom-beiros Voluntários de Valongo, com o apoio do barco e elementos dos Bombeiros Voluntários da Tro-fa. O patrulhamento nas margens

do Rio Ave foi feito pelas equipas cinotécnicas da GNR. A meio da tarde, as buscas no rio foram sus-pensas, continuando, em terra, pelo GIPS da GNR.

O JA sabe que, ao final do dia, as buscas para encontrar Paulo Araú-jo foram suspensas.

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Buscas começaram na segunda-feira

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9 21 OUTUBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Santo Tirso

“É uma terra importante, com significado, de boas gentes, uma região tranquila e que serve de alguma forma como exemplo para outras regiões”. Estas foram as palavras do major-general Luís Filipe Tavares Nunes, 2.º coman-dante-geral da GNR, sobre a esco-lha do concelho tirsense para cele-brar a data. O clima ameno de ou-tono fez com que o desfile dos di-ferentes meios do Comando Terri-torial do Porto se proporcionasse num verdadeiro “espetáculo” para quem assistia. Segundo Joaquim Couto, presidente da Câmara Mu-nicipal, a realização do evento em Santo Tirso “é motivo de orgulho”, porque mostra que o caminho que

Era o seu “primeiro dia de caça”, quando a cadela caiu num poço abandonado com “cerca de 23 metros de profundidade”, na zona de Lamelas, em Santo Tirso.

O incidente poderia ter um final trágico, mas, segundo caçadores da Reserva de Caça Vale do Leça, “a ajuda preciosa”, “coragem e pro-fissionalismo” dos soldados da paz António Silva, Domingos Ribeiro e Vítor Gouveia, dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso “Verme-lhos”, permitiu resgatar com “sucesso” a cadela

O alerta foi dado pelas 9.30 horas de 11 de outubro e os soldados da paz estiveram apoiados num veículo.

Este incidente serviu para alertar os caçadores da Reserva de Caça Vale do Leça e os moradores para “a existência de variadíssimos po-ços abandonados na zona de Lamelas e Sampaio/Guimarei”. P.P.

Já decorre o julgamento dos ale-gados homicidas do dirigente de uma associação de solidarieda-de social de Santo Tirso, que foi encontrado morto dentro de um carro, no Alto da Nossa Senhora da Assunção, Monte Córdova, em Santo Tirso, em outubro de 2014. O Ministério Público (MP) acusou dois ex-utentes da associação e o presidente de uma outra institui-ção em Santo Tirso - pela práti-ca dos crimes de homicídio qua-lificado, profanação de cadáver e roubo.

De acordo com a acusação, “um dos arguidos, então presidente de uma associação com sede em Santo Tirso que acolhe pessoas sem-abrigo, ajuda pessoas com problemas aditivos, seropositi-vos e outras pessoas desfavoreci-das ou vulneráveis, decidiu tirar a vida ao presidente de uma outra associação, com o mesmo objeti-vo e também com sede em San-

Um trator fazia a limpeza da berma da Autoestrada número 3, na zona de Santo Tirso, quando capotou, cerca das 10.30 horas de se-gunda-feira, 19 de outubro.

O condutor do veículo sofreu ferimentos ligeiros, foi assistido pe-los Bombeiros Voluntários Tirsenses “Amarelos” e a Viatura de Su-porte Imediato de Vida de Santo Tirso e transportado para a unida-de de Santo Tirso do centro Hospitalar do Médio Ave. P.P.

Dia da Unidade do Comando Territorial da GNRA Praça 25 de Abril, em Santo Tirso, recebeu a 12 de outubro

as cerimónias comemorativas do sétimo aniversário do Dia da Unidade do Comando Territorial do Porto da Guarda Nacional Republicana, que escolheu o concelho para celebrar a data.

o executivo municipal está a seguir na “promoção do município e do seu prestígio está a dar resulta-dos”. “Nós temos procurado den-tro das nossas possibilidades criar um clima institucional e de cordia-lidade que facilite tudo”, explicou o autarca. Os diálogos e as parce-rias que o conselho tirsense tem estabelecido com as forças insti-tucionais promovem a cordialida-de entre todos e contribuíram para que o aniversário do Dia da Uni-dade do Comando Territorial fos-se celebrado no concelho tirsen-se. Para o Major-General Luís Fili-pe Tavares Nunes, - que presidiu à cerimónia em representação do Tenente-General Manuel Mateus Costa da Silva Couto, comandan-

te-geral da Guarda Nacional Repu-blicana,- existe da parte da Guarda Nacional Republicana “uma dívida de gratidão” para com Santo Tirso pelos “meios” que são colocados à disposição da instituição de se-gurança pública. Joaquim Couto reforçou a intervenção do Major-

-General, acrescentando que os meios cedidos promovem a exis-tência de “um bom clima institu-cional e cordial de infraestruturas” e que é assim “que deve ser.” “Ain-

da recentemente fizemos com a cedência das bicicletas para a for-ça que anda na rua, como fizemos na proteção dos incêndios, na pro-teção civil, em que eles nos ajuda-ram no patrulhamento quer a ca-valo quer noutros meios”, enalte-ceu o edil. Segundo o 2.º coman-dante-geral da GNR, já começou uma “nova era” no que toca à se-gurança pública promovida pe-las parcerias que a Guarda Nacio-nal Republicana tem estabeleci-

Trator capotou na A3

“Vermelhos” salvam cão que caiu em poço

Supeitos julgados pela mortede presidente de associação

to Tirso”. Agiu deste modo, acres-centa, “para assim acabar com a rivalidade e concorrência que este protagonizava”. O arguido atuou com a colaboração de dois uten-tes da associação a que a vítima presidia, também eles “com res-sentimentos anteriores”, refere.

No início do julgamento, os ale-gados homicidas falaram para apresentar versões diferentes dos factos. Já na audiência de 7 de ou-

tubro no Tribunal de Matosinhos, um inspetor da Polícia Judiciária afirmou que o local onde apare-ceu morto o presidente de uma associação de solidariedade so-cial foi “previamente escolhido” pelos suspeitos, acrescentan-do que o corpo da vítima mortal foi encontrado “completamente carbonizado” dentro de um car-ro, tendo sido fogo posto e não acidental. P.P.

do com os diferentes Municípios. “Procura-se aglutinar duas verten-tes da segurança que são funda-mentais, uma que é a através de programas de proximidade, de apoio às pessoas, de acompanha-mento mas também com uma ver-tente de repressão da criminalida-de que tem que continuar a existir e que eu julgo que a GNR pelo seu cariz militar desempenha perfeita-mente estas duas missões”, expli-cou o Major-General.

Iniciativa decorreu na Praça 25 de Abril

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10 JORNAL DO AVE 21 OUTUBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade

Num projeto inserido no pla-no de regeneração urbana das margens do Rio Ave, a proprieda-de situada no coração da cidade vai receber os alunos daquele es-tabelecimento e tornar-se num dos pontos turísticos de Santo Tirso.

O projeto, inaugurado a 11 de outubro, foi possível graças a um acordo entre a Misericórdia de Santo Tirso, proprietária do espa-ço, a Escola e a Câmara Municipal, que pagou 25 por cento dos 1,6 mi-lhões de euros da obra. O restante foi comparticipado por fundos co-munitários.

A Casa Rosae, antiga casa do ca-seiro, transformou-se num miniho-tel, pronto a funcionar e equipa-do com cozinha, restaurante e três

Quinta de Fora transformadaem espaço pedagógico e hotel rural

// Santo Tirso

Outrora local de lavoura e um testemunho secular da história de Santo Tirso, a Quin-ta de Fora ganhou uma nova utilidade para a Escola Profis-sional Agrícola Conde S. Ben-to. CÁTIA VELOSO

quartos. Aqui, funcionarão os cur-sos de Turismo e Cozinha/Pastela-ria. Já na Casa do Sequeiro, outrora um espigueiro, há duas salas de ex-posição, um auditório para 150 pes-soas, uma sala de formação para o curso de Mesa/Bar, um restaurante e um centro de interpretação am-biental relacionado com o Rio Ave.

O restaurante, numa fase inicial, não estará aberto todos os dias. Segundo Carlos Frutuosa, estará aberto ao público “um ou dois dias por semana”, com “ementa especí-fica”, e funcionará “por marcação”.

“No futuro, quando tivermos a es-trutura toda montada e os funcio-nários que necessitarmos, será um espaço a funcionar todos os dias”, acrescentou.

No edifício da Casa do Sequeiro existe também “um T2, com dois quartos, sala, cozinha e casa de banho” que, depois de equipado, também poderá “ser rentabiliza-do” pela escola.

Empenhada em “dar uma forma-ção sólida” nas áreas a que se de-dica, a Escola dedicou-se à forma-

ção de Cozinha/Pastelaria, depois dos “resultados excelentes” do cur-so Mesa/Bar.

Mais um projeto para potenciar turismo

Esta obra insere-se no Plano de Regeneração Urbana (PRU) das margens do Ave e segundo Joa-quim Couto, presidente da Câma-

ra Municipal de Santo Tirso, con-cretiza o objetivo de potenciar o turismo, apostando na formação profissional, “sob pena de se es-tar a construir a casa pelo telhado, sem os devidos alicerces”. “Para ter bom turismo é preciso ter bons ser-viços e formação profissional para garantir qualidade”, salientou.

O autarca crê que este investi-mento será capaz de “absorver

mão de obra qualificada” e contri-buir para combater o desempre-go na área. Joaquim Couto divul-gou que a aposta na reabilitação urbana “vai continuar”, à luz do novo quadro comunitário de apoio.

“Devolver o rio à população” é o ho-rizonte da autarquia com os proje-tos desenvolvidos “desde há mais de 20 anos”.

De Paredes, Vítor Coelho escolheu a Es-cola Profissional Agrícola Conde S. Ben-to para fazer o curso de Mesa/Bar, área na qual já tem alguma experiência pro-fissional, graças a “part-times de verão”. No último ano do curso, Vítor tem como objetivo primordial “arranjar trabalho” e, a longo prazo, “continuar os estudos em cozinha”.

Já Ana Cruz, estudante do Curso Téc-nico de Turismo Ambiental e Rural, e de Vila Nova do Campo, considera que esta é uma área “que no futuro vai ter muito trabalho”, dado que “é uma área em as-censão”, e pretende “prosseguir os estu-dos na universidade”.

Os novos cursos relacionados com a restauração e turismo estão em voga e em muito contribuíram para que a Esco-la Profissional Agrícola Conde S. Bento tivesse, pela primeira vez, de selecionar alunos face à elevada procura. Este ano letivo, são 370 os jovens que frequentam o estabelecimento.

Na cerimónia de inauguração das no-vas instalações da Quinta de Fora, o di-retor Carlos Frutuosa aproveitou a pre-

Na visita à Quinta de Fora, o diretor da DGEstE, José Duarte, falou da in-tenção de criar um mercado de esco-las agrícolas para combater a dificul-dade de escoamento dos produtos aí produzidos. Mas na Escola Profissio-nal Agrícola Conde S. Bento, esse não é um problema, pois segundo Carlos Frutuosa, os excedentes são distri-buídos “a instituições de solidarie-dade social, centros de saúde e lares de terceira idade”.

Escola Profissional com lotação esgotadae a necessitar de funcionários

sença do representante da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), José Duarte, para sublinhar a necessida-de de a escola ver reforçado o quadro de pessoal não docente.

“Depois de anos congeladas, as vagas abriram e fomos contemplados com dois funcionários, mas precisamos de mui-tos mais. Para estar a funcionar, a esco-la teve de recorrer a 11 pessoas através dos Contratos Emprego Inserção (CEI) e quando estas estão a integrar-se no tra-balho, têm de sair. Não é isto que nos in-teressa”, explicou.

Obra foi inaugurada a 11 de outubro

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

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11 21 OUTUBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade

A Savinor – Sociedade Aví-cola do Norte SA, que se dedi-ca ao abate, desmanche e co-mercialização de produtos aví-colas e à recolha, tratamento e valorização de subprodutos de origem animal, requereu à Câmara Municipal da Trofa a dispensa de ligação ao siste-ma público de abastecimento de água, por “razões econó-micas, operacionais e de segu-rança alimentar”. PATRÍCIA PEREIRA

Apesar de estar obrigada a efe-tuar a ligação à rede de abasteci-mento de água da Indaqua, por ser uma empresa do ramo alimentar, a lei prevê que esta obrigação possa ser dispensada caso “razões pon-derosas de interesse público o jus-tifiquem, reconhecidas por delibe-ração da câmara municipal”. Apro-veitando esta exceção e uma vez que tem “meios próprios de abas-tecimento de água devidamente legalizados”, segundo contou An-tónio Isidoro, presidente do Con-selho de Administração da Savinor, a empresa, instalada em Covelas no concelho da Trofa, decidiu pe-dir dispensa de ligação ao sistema público de abastecimento de água.

António Isidoro adiantou ao JA que o uso do sistema público “im-plicaria um uso de um bem públi-co escasso, como é a água”, e ain-da a colocaria “numa situação de grave desequilíbrio perante a sua concorrência, agravando os seus

A descida do tarifário do abas-tecimento de água foi aprovada por maioria em reunião de executivo da Câmara Municipal de Santo Tir-so e resulta da “fusão das empre-sas que vendam água aos municí-pios”, explicou Joaquim Couto, pre-sidente da autarquia.

A descida do preço da água é va-riável: o tarifário reduz em 2,05 por cento para o consumo de dez me-tros cúbicos, 2,8 no caso de 15 me-tros cúbicos e 3,7 no consumo de 18 metros cúbicos.

Esta descida explica-se pela res-truturação do setor da água em

Tarifa da água desce até 3,7 por cento// Santo Tirso

A partir deste mês, os tirsenses vão ver os custos do consumo da água reduzidos até 3,7 por cento. CÁTIA VELOSO

Portugal, que levou à fusão das empresas e criação da Águas do Norte.

Em entrevista ao JA, Joaquim Couto, presidente da autarquia, ex-plicou que “o fornecedor em alta vai fornecer a água mais barata e isso repercute-se na tarifa durante alguns meses”. “Depois, há de reto-mar o curso que determina a par-tir da ERSAR (Entidade Regulado-ra dos Serviços da Água e Resídu-os) e Águas do Norte, com aumento gradual para todos”, acrescentou.

O autarca tirsense afirmou que esta restruturação no setor veio dar razão à posição da Câmara Mu-

de e o cumprimento das normas internacionais”, os outros muni-cípios “cobravam a tarifa muito baixa, mas esqueceram-se de di-zer que não pagavam ao fornece-dor e por isso a Águas de Portugal acumulou uma dívida de 600 mi-lhões de euros”. “E mais, esquece-ram-se de dizer aos consumidores que a água era vinda de um poço e diretamente injetada na rede, sem nenhum tratamento nem qualida-de”, adiantou.

Para Joaquim Couto, a intenção do Governo de uniformizar as tari-fas da água, tal como aconteceu com a energia elétrica “na década de 80”, é a medida mais justa para os consumidores.

nicipal, relativamente às diferen-ças existentes entre os tarifários de água praticados de norte a sul de Portugal”.

“Em Santo Tirso, o negócio feito há 20 anos é simples. Houve mais de 30 milhões de euros de inves-timentos, que se repercutiram na

tarifa, seguindo a política do uti-lizador-pagador, como acontece nos esgotos, resíduos sólidos ur-banos e autoestradas com porta-gens”, afiançou.

Joaquim Couto defendeu ain-da que, enquanto o concelho re-gistava “o aumento da qualida-

Savinor dispensada pela Câmarade ligar-se à rede de água

// Trofa

custos de modo incomportável”, uma vez que a empresa desenvol-ve atividades que “implicam ele-vados consumos de água, nome-adamente, o abate, desmanche e comercialização de produtos aví-colas” e uma outra que passa pela recolha, tratamento e valorização de subprodutos de origem animal, sendo “esta última atividade ins-crita naquilo que o Estado Portu-guês e as diretivas europeias, de-finem como uma unidade de inte-resse e de saúde pública”.

Já no documento entregue à Câ-mara Municipal da Trofa, e ao qual o JA teve acesso, o presidente do Conselho de Administração refere ainda que “um hipotético forneci-mento externo”, neste caso pela Indaqua, “criaria desde logo vários problemas funcionais, nomeada-mente a necessidade de um com-promisso absoluto da Indaqua, ga-rantindo não só a capacidade de fornecimento dos volumes neces-sários”, mas também da qualidade absoluta da água fornecida”.

O pedido da Savinor foi aprova-do na reunião de Câmara de 1 de outubro, com os votos contra dos vereadores do Partido Socialista. O JA questionou o executivo mu-nicipal, liderado por Sérgio Hum-berto, sobre a posição política que sustenta as razões invocadas pela Savinor, mas tal como tem aconte-cido há mais de um ano, a Câmara Municipal da Trofa não respondeu ao pedido de esclarecimento, for-

mulado por escrito.

Oposição considera argumentos “frágeis”

A vereadora socialista, Joana Lima, explicou que o argumento que “põe em causa a qualidade da água distribuída a todos os muníci-pes” foi o que os levou a votar des-ta “forma irremediável”, uma vez que, “quer na informação técnica dos serviços da Câmara Municipal, quer no documento que vem da parte da Savinor, é posta em cau-sa a qualidade da água distribuída a todos os trofenses”.

Joana Lima considerou ainda que “não lhes pareceu justo que

tantas famílias e empresas este-jam a fazer esforços para fazer a ligação à rede pública”, quando uma das fundamentações da Sa-vinor seja “a questão económica”.

“Uma empresa que fatura cerca de 100 milhões de euros (volume de

negócios é de 135,25 milhões de euros) alegar que despender de cerca de cem mil euros para despe-sas com a água é insustentável do ponto de vista económico? Pare-ce-me pouco forte esse argumen-to”, terminou.

Confrontada com estas afirmações, a Indaqua San-to Tirso/Trofa recordou que “em junho de 2015 foi re-metida pela Câmara Municipal da Trofa uma carta da Savinor solicitando informação acerca da capacidade da empresa de fornecimento de água potável à unida-de Savinor”, tendo a empresa esclarecido, “por carta enviada a 22 de junho”, que “não só têm capacidade de fornecimento dos volumes de água indicados pela Savinor, 600 mil litros/dia”, bem como esta “poderia beneficiar do Tarifário para Grandes Utilizadores, caso o consumo mensal viesse a atingir os valores aponta-dos”. “A Savinor não só contesta a capacidade de for-necimento por parte da Indaqua dos volumes de água pretendidos, mesmo após os esclarecimentos presta-dos, como vai mais longe e permite-se pôr em causa, a garantia da qualidade da água da rede de abasteci-mento pública que a Indaqua gere”, declarou, mencio-nando que a afirmação da Savinor “é muito grave, ma-

Indaqua considera “afirmação muito grave”nifestamente falsa, e revela um total desconhecimen-to das exigências legais de controlo da qualidade da água que a Entidade Gestora é obrigada a efetuar”.

A Indaqua recorda que a água fornecida é submeti-da a “um rigoroso controlo de qualidade, implemen-tado de acordo com os critérios legais em vigor”, ten-do a Entidade Reguladora de Água e Resíduos (ER-SAR) atribuído uma taxa de conformidade da quali-dade da água distribuída, de 100 e 99,70 por cento, respetivamente, em 2013 e 2014. “Estes resultados não só vêm demonstrar que a água é segura e pode ser consumida para os fins a que se destina, como já valeram à Indaqua Santo Tirso/Trofa a atribuição de dois selos de ‘Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano’ nos anos de 2013 e 2014, confir-mando-se assim o reconhecimento externo da qua-lidade da água distribuída”, concluiu.

Tarifa da água foi atualizada

Empresa dedica-se ao abate, desmanche e comercialização de aves

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12 JORNAL DO AVE 21 OUTUBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Entrevista

Jornal do Ave (JA) – Por que é que escolheu este local para a entrevista?

Joaquim Couto (JC) – Foi aqui que nasceu Santo Tirso, à volta do Mosteiro. É um lugar simbólico para o nosso município e encarna bem o guião da nossa gestão municipal e aqui-lo que pretendemos para o concelho. Um local que, para alguns, é considerado dos mais lin-dos da região Norte, com um património edifi-cado do século IX e do século X, que temos vin-do a recuperar, como a Quinta de Fora. Temos o parque que foi inaugurado pela Dona Maria II e que já foi remodelado várias vezes e que mistura a preocupação pelo planeamento ur-banístico, pelo meio ambiente, pela preserva-ção do património e pela criação de condições para que o nosso município seja de excelência.

JA: O Mosteiro está a ser alvo de que tipo de intervenção?

JC: Há que clarificar que há museu municipal Abade Pedrosa, no interior do Mosteiro, que foi intervencionado há muitos anos, curiosamen-te ainda durante o meu primeiro mandato na Câmara, na década de 80, e nos tempos que correm tornou-se obsoleto, pelo que tinha de ser remodelado.

Temos um novo museu, que nasceu de um projeto do arquiteto Siza Vieira, que é um cen-tro interpretativo e bibliográfico, dedicado a um arquivo do que diz respeito às esculturas que foram desenvolvidas e colocadas nos es-paços exteriores do município. O Museu Inter-nacional de Escultura ao Ar Livre nasceu de uma ideia simples do professor Alberto Car-neiro, que é um dos comissários dos simpó-sios aqui realizados. Desde 1991 e de dois em dois anos, seis escultores vêm verificar os lo-cais de Santo Tirso e elaboram e executam os projetos. Não são esculturas adquiridas, que

“Poucos municípios têm as políticas de apoio às famílias como Santo Tirso”O Parque D. Maria II, com vista para o Mosteiro de S. Bento, para o novo Museu Interanacional de Escultura ao Ar Livre e para o Rio Ave, foi o local escolhido

por Joaquim Couto para a entrevista exclusiva ao Jornal do Ave sobre os dois anos de mandato. O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso falou dos projetos que visam devolver a população ao rio, da paixão pela Educação, do apoio às famílias e do diferendo com a Câmara Municipal da Trofa. Uma entrevis-ta que poderá ser vista, em vídeo, em www.jornaldoave.pt. CÁTIA VELOSO

depois vão ser colocadas como se de um bibe-lot se tratasse. O processo permitiu que San-to Tirso tenha agora entre 50 a 60 esculturas de todos os escultores de renome a nível mun-dial, dos mais variados materiais, como már-more, pedra, madeira e aço, com custos mui-to baixos para o município.

JA: Mas com grande valor cultural.JC: Um valor cultural inestimável, porque

poucas cidades no mundo têm um acervo como nós temos. Portugal tem um e está em Santo Tirso, daí a importância fundamental de potenciar o museu, mostrá-lo ao mundo.

JA: E por isso a realização de iniciativas de cariz internacional?

JC:Temos de conquistar dois ou três públi-cos: o municipal, ou seja, a nossa população, razão mais próxima da nossa atuação; o re-gional, e aí esperamos que a Entidade de Tu-rismo Porto e Norte de Portugal e as institui-ções culturais da região deem uma ajuda mui-to preciosa; e o internacional, porque atrás do turismo cultural vêm empresários e outros in-vestimentos para Santo Tirso.

JA: Fechou recentemente um quadro co-munitário, do qual Santo Tirso conseguiu canalizar muitos fundos. Todos os proje-tos foram pensados para devolver a popu-lação ao rio?

JC: Santo Tirso nasceu junto ao rio e ao lon-go do tempo, com a evolução e com a polui-ção, a população do nosso município afastou-

-se dele. Os mais velhos lembram-se da canoa-gem, da praia de rio e de outras atividades que, com a poluição, o desenvolvimento industrial e a degradação das margens, devido a um con-junto de atentados ao ambiente, foram desa-

parecendo. Desde há vários anos que o muni-cípio pensa nisso e daí podemos considerar que a constância da gestão urbanística, da gestão ambiental e até ecológica nos últimos 30 anos é um fator francamente positivo para a nossa gestão municipal. Nos anos 90, foi de-senvolvido o Plano Municipal de Urbanização das Margens do Ave, que tinha como objetivo principal devolver a população ao rio. Desde aí tem-se desenvolvido um conjunto de proje-tos que vão nesse sentido, como o passadiço, a recuperação da Fábrica do Teles e outros in-vestimentos feitos com esse objetivo.

Dos novos fundos comunitários, já aprova-mos na Assembleia Municipal o Plano Estra-tégico de Desenvolvimento Urbano, que esta-belece os meios financeiros necessários para continuar a obra de reabilitação das margens do Ave.

JA: Vai continuar a ser essa a prioridade da autarquia?

JC: Essa é a prioridade. Está previsto fazer uma via panorâmica que vem da Fábrica em

direção à Quinta de Fora, um projeto de rea-bilitação para esta zona da Avenida dos Pláta-nos, junto à ponte e ao espaço à volta da igreja e dos museus. E está previsto mais um investi-mento na Fábrica, com o Centro de Arte Alber-to Carneiro. O mercado Municipal também vai ser intervencionado, assim como a Praça Ca-milo Castelo Branco.

JA: Considera que estes projetos já come-çaram a dar frutos?

JC: Eu diria que Santo Tirso está na moda. Es-tamos a consolidar um conjunto de iniciativas novas, viradas para a juventude e públicos va-riados. Estou-me a lembrar do “Santo Tirso a Cores”, do “Mercado Nazareno”, do “Campeo-nato Mundial de Trial”, da participação em fei-ras na BTL, em Ourense (Espanha), e outras iniciativas ligadas à uniformização da infor-mação municipal. O site da Câmara está mais apelativo e tem mais informação, melhorando uma obrigação nossa para divulgar para onde é que vai o dinheiro e como é que o gastamos.

Veja o vídeo emwww.jornaldoave.pt

Presidente da Câmara Municpal de Santo Tirso fez balanço de dois anos de mandato

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13 21 OUTUBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Entrevista

JA: A autarquia afirma ser amiga das famílias devido à implemen-tação de um conjunto de políticas, mas alguns dos seus opositores po-líticos dizem que não chega e que o IMI (Imposto Municipal sobre Imó-veis) devia ter a taxa mínima. Por que é que não o faz?

JC: Por uma razão de justiça so-cial. Nós temos políticas nacionais e municipais e, muitas vezes, as nos-sas políticas municipais são com-plementares às nacionais, por exem-plo, ao nível do Instituto de Empre-go, da Segurança Social e do siste-ma de ensino. No que diz respeito às políticas municipais, elas devem ser dirigidas para os mais necessita-dos e para as pessoas mais desfavo-recidas. O IMI é o imposto geral e uni-versal para quem tem propriedades. Ora não é nos mais desfavorecidos, embora também tenham, que está concentrada a maior parte das pro-priedades. Neste caso, temos de ser prudentes entre o nível de receitas que a Câmara arrecada com o IMI e os benefícios que concedemos. Te-mos de construir o nosso orçamen-to com receitas próprias do municí-pio e daquelas que nos vêm do Or-çamento de Estado. Se abdicarmos de uma parte importante das nos-sas receitas como é que vamos de-pois cumprir o nosso plano em orça-mento? Está aqui quase a quadratu-ra do círculo. O que é ser prudente? É diminuir os impostos e apoiar as fa-mílias nesta situação de crise, como a subida dos parâmetros e os índices de necessidade. Por exemplo, majo-ramos os índices para que mais fa-mílias tenham acesso ao Escalão A e Escalão B da escola e desenvolve-mos um outro conjunto de políticas como o apoio à habitação, o paga-mento das vacinas às crianças com menos de dois anos, o pagamento dos transportes escolares do 10.º, 11.º e 12.º anos e dos transportes às famílias mais desfavorecidas. Este é um conjunto de políticas que consi-deramos equilibradas e temos o fee-dback de que está a ser bem aceite e tem sido um amortecedor muito im-portante para a desgraça que se aba-teu sob Portugal com a vinda da troi-ka e com a austeridade que foi im-posta aos portugueses. No contex-to das políticas sociais e do apoio às famílias, não quero ser vaidoso, mas poucos municípios têm um conjun-to de políticas municipais variadas para vários estratos sociais, contro-ladas e monitorizadas como nós te-mos e com os resultados objetivos que nós conhecemos.

JA: O desemprego é um problema social que afeta, particularmente, Santo Tirso. O que é que a Câmara tem feito para resolvê-lo?

JC: A questão do emprego é para nós também uma prioridade e inse-re-se nas medidas globais que eu re-feri da coesão social. Temos vindo a fazer um esforço ao longo dos últi-mos anos de diversificação do teci-do empresarial do concelho e esta-mos a ter muito sucesso nisso.

Interessa-nos ter uma mão de obra qualificada, com aumento do valor do trabalho, com melhores salários e aumento da qualidade de vida. Não nos interessa repetir no nosso Município a política do pas-sado de salários mínimos.

Criamos o Invest Santo Tirso, fize-mos um estudo de marketing terri-torial do município para perceber quais são as áreas onde é preciso focar a nossa intervenção e sempre com o objetivo do emprego, fazendo com que os investidores olhem para Santo Tirso como um município ami-go do investimento que não quer bu-rocracias e que quer simplificar, mas ao mesmo tempo salvaguardan-do os direitos dos trabalhadores e a formação. No campo do imobiliário e da construção, estamos a desen-volver esforços para que se reabilite em Santo Tirso, dentro das áreas ur-banas, para absorver esses recursos humanos que neste momento estão sediados aqui à nossa volta, mas que podem perfeitamente vir para cá e só ainda não vieram porque não fo-ram informados da excelente qua-lidade de vida que Santo Tirso tem, com uma escola pública de excelen-te qualidade, ensino privado, natu-reza, espaços públicos e segurança.

JA: A Educação é uma área mui-to querida do executivo municipal. Como a imagina daqui a 20 anos?

JC: Gostaria de a ver francamente melhor, porque o mundo não para. Mas para enquadrarmos isto, con-to um pequeno episódio passado na década de 1983, quando numa visita a uma escola de Alvarelhos, agora município da Trofa, fiquei de-solado, porque não havia luz elétri-ca nem casas de banho. Vi uma des-graça completa. Foi aí que nasceu a paixão pela Educação. Ao longo des-tes anos e, recentemente com mais acuidade, temos feito um conjunto de investimentos que faz com que o nosso município, sob o ponto de vista das infraestruturas, públicas e privadas, e manutenção dos cor-pos docentes, seja excelente. Quan-to à outra parte dos apoios educa-tivos, a Câmara foi desenvolvendo vários, assim como entendeu ofe-recer lanche aos alunos de todo o 1.º ciclo às crianças, num investimento na ordem dos 250 mil euros por ano, numa medida que consideramos de longo alcance para a igualdade e para a democracia de futuro, que é

ter nas escolas refeições iguais para todos, lanches iguais para todos.

JA: Este mandato fica inegavel-mente marcado pela saída do vice-

-presidente Luciano Gomes. O que é que aconteceu?

JC: É uma questão de nature-za particular. O senhor engenheiro Luciano esteve na Câmara o tem-po que esteve, mas a verdade é que quando o convidei para fazer parte da lista, ele pôs-me algumas condi-ções, que eu respeitei, e uma delas tinha a ver com a participação nos atos públicos e a agenda municipal de fim de semana. De facto, havia um acordo de cavalheiros entre os dois, que ele não participaria, mas a verdade é que também nem eu nem ele nos apercebemos que isso poderia ser um fator negativo para a imagem da Câmara e estava a ser. Ele apercebeu-se disso, primeiro do que eu até, e chamou-me a atenção, mas a solução foi continuar. Depois, há outra questão que é o facto de o senhor engenheiro ser um alto qua-dro da EDP, numa situação próxima da reforma e o trabalho na Câmara é um trabalho muito intenso, por-tanto não se coaduna com pausas e não se coaduna com essa dificul-dade ou ausência dos atos públicos aos fins de semana. Foram essas as questões que, conjugadas, levaram ao pedido de saída da Câmara.

Não há divergências políticas com ele. Quem inventou isso é que terá que responder que divergências po-líticas é que existem.

JA: Anunciou recentemente a im-putação de uma dívida de cerca de dez milhões de euros à Câma-ra da Trofa.

JC: A dívida não é de agora, resul-ta da criação do município da Trofa. Aconselhava a que todos os trofen-ses lessem a uma lei 142 de 1985, e o seu artigo 12, que diz quais são as responsabilidades do novo municí-pio para com o velho em termos de pagamentos.

JA: E o que é que a Trofa deve es-pecificamente?

JC: Deve especificamente todos os empréstimos que, em 1998, estavam afetos a investimentos na Trofa e que deviam ter sido transferidos para lá, mas a Trofa não os aceitou e estamos nós a pagar. A Câmara de Santo Tir-so ainda hoje paga financiamentos do município da Trofa.

JA: De que obras por exemplo?JC: Da Feira e Mercado da Trofa, da

Casa da Cultura e há mais. Depois, há a necessidade de pagar os serviços que a Câmara de Santo Tirso pres-tou no início que foram objeto de um

protocolo. Como o município não ti-nha serviços, esses foram prestados pela Câmara de Santo Tirso e a lei de-termina que a Trofa tem de os pagar. Há ainda outro conjunto de despe-sas que, todas somadas e com juros dá uma faturação elevada. Resumin-do, aquilo que nós queremos é que as autoridades da Trofa leiam com atenção a lei e a cumpram.

Depois há um contencioso e um romance envolta dos limites e sobre o que é da Trofa e o que é de Santo Tirso e daí surgiu uma grande confu-são nos trofenses, que não sei quem a provocou, sobre a convicção de que um registo de um terreno feito na conservatória da Trofa é da Trofa.

Sobre essa questão, os limites têm de ser definidos pela Assembleia da República. Este processo já devia ter sido feito antes, porque a lei diz que, antes da criação do município, deve-ria haver todo esse trabalho prepa-ratório, com a definição dos limites e quem é que paga o quê e a quem. Muito recentemente, até organis-mos do Estado estimularam-nos a fazer repercutir nas contas da Câma-ra esses créditos, de modo que nós não tivemos outro remédio, se não refazer as contas de 2014 da Câma-ra e contabilizar esses créditos da Trofa para que, finalmente, as con-tas sejam aprovadas por os organis-mos superiores.

Nós temos um diálogo sobre ou-tras questões na Trofa, que correm normalmente, como o contrato par-tilhado do abastecimento de água, o projeto das ciclovias e outros investi-mentos ligados à área dos transpor-tes, mas a verdade é que existe este calcanhar de Aquiles no relaciona-mento devido aos limites que são provisórios, num processo que re-sultou de um acordo da Câmara da Trofa e de Santo Tirso e que transi-tou em julgado. E a Câmara da Tro-fa resolve dizer numa Assembleia que não concorda e não cumpre a sentença judicial? Estamos num Es-tado de direito ou estamos na repú-blica das bananas?

É extemporâneo dizer-se cinco anos depois que não conhecia o acordo judicial entre o município de Santo Tirso e o da Trofa. Acho isso, completamente absurdo. Trata-se de uma sentença judicial, se essa sentença for anulada, serão anula-dos os limites provisórios, mas en-quanto a sentença estiver válida são esses limites que vigoram. Esses limi-tes com os quais nós não concorda-mos e, pelos vistos, a Trofa também não, mas são aqueles que proviso-riamente estão definidos como vá-lidos. Quem vai fixar definitivamen-te isso vai ser a Assembleia da Re-pública porque é a AR que tem essa competência.

JA: Com o que é que não con-corda?

JC: Há trabalhos de historiadores sobre os limites e é aí que se deve ir buscar as fronteiras entre os municí-pios criados a partir de 1934. Como não havia acordo, os municípios da Trofa e de Santo Tirso, para bem das empresas, do fisco e da população, decidiram limites provisórios, que vêm sensivelmente a par da autoes-trada do lado leste, e a rotunda à en-trada desta é metade da Trofa, me-tade de Santo Tirso. Acho excessi-vas as palavras de alguns dirigentes políticos da Trofa, como dizer que, antes de 98, Santo Tirso não fazia lá nenhum investimento. Então, quem é que fez a Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, o Mercado e Feira da Trofa, a Casa da Cultura, a Escola de Alvarelhos e a Escola de S. Romão? Foi tudo feito antes de 98. É um exagero de linguagem alguém di-zer que antes de 98 a Câmara não in-vestia lá nada. Depois, outro absur-do é dizer que nós gastávamos o di-nheiro todo em Santo Tirso com os impostos da Trofa. Mentira, se forem fazer as contas, e é fácil de fazê-las, qual era arrecadação de receitas até 98 e qual era percentagem do orça-mento municipal que a Câmara fa-zia na Trofa, vão ficar mal.

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Entrevista

JA: A autarquia afirma ser amiga das famílias devido à implemen-tação de um conjunto de políticas, mas alguns dos seus opositores po-líticos dizem que não chega e que o IMI (Imposto Municipal sobre Imó-veis) devia ter a taxa mínima. Por que é que não o faz?

JC: Por uma razão de justiça so-cial. Nós temos políticas nacionais e municipais e, muitas vezes, as nos-sas políticas municipais são com-plementares às nacionais, por exem-plo, ao nível do Instituto de Empre-go, da Segurança Social e do siste-ma de ensino. No que diz respeito às políticas municipais, elas devem ser dirigidas para os mais necessita-dos e para as pessoas mais desfavo-recidas. O IMI é o imposto geral e uni-versal para quem tem propriedades. Ora não é nos mais desfavorecidos, embora também tenham, que está concentrada a maior parte das pro-priedades. Neste caso, temos de ser prudentes entre o nível de receitas que a Câmara arrecada com o IMI e os benefícios que concedemos. Te-mos de construir o nosso orçamen-to com receitas próprias do municí-pio e daquelas que nos vêm do Or-çamento de Estado. Se abdicarmos de uma parte importante das nos-sas receitas como é que vamos de-pois cumprir o nosso plano em orça-mento? Está aqui quase a quadratu-ra do círculo. O que é ser prudente? É diminuir os impostos e apoiar as fa-mílias nesta situação de crise, como a subida dos parâmetros e os índices de necessidade. Por exemplo, majo-ramos os índices para que mais fa-mílias tenham acesso ao Escalão A e Escalão B da escola e desenvolve-mos um outro conjunto de políticas como o apoio à habitação, o paga-mento das vacinas às crianças com menos de dois anos, o pagamento dos transportes escolares do 10.º, 11.º e 12.º anos e dos transportes às famílias mais desfavorecidas. Este é um conjunto de políticas que consi-deramos equilibradas e temos o fee-dback de que está a ser bem aceite e tem sido um amortecedor muito im-portante para a desgraça que se aba-teu sob Portugal com a vinda da troi-ka e com a austeridade que foi im-posta aos portugueses. No contex-to das políticas sociais e do apoio às famílias, não quero ser vaidoso, mas poucos municípios têm um conjun-to de políticas municipais variadas para vários estratos sociais, contro-ladas e monitorizadas como nós te-mos e com os resultados objetivos que nós conhecemos.

JA: O desemprego é um problema social que afeta, particularmente, Santo Tirso. O que é que a Câmara tem feito para resolvê-lo?

JC: A questão do emprego é para nós também uma prioridade e inse-re-se nas medidas globais que eu re-feri da coesão social. Temos vindo a fazer um esforço ao longo dos últi-mos anos de diversificação do teci-do empresarial do concelho e esta-mos a ter muito sucesso nisso.

Interessa-nos ter uma mão de obra qualificada, com aumento do valor do trabalho, com melhores salários e aumento da qualidade de vida. Não nos interessa repetir no nosso Município a política do pas-sado de salários mínimos.

Criamos o Invest Santo Tirso, fize-mos um estudo de marketing terri-torial do município para perceber quais são as áreas onde é preciso focar a nossa intervenção e sempre com o objetivo do emprego, fazendo com que os investidores olhem para Santo Tirso como um município ami-go do investimento que não quer bu-rocracias e que quer simplificar, mas ao mesmo tempo salvaguardan-do os direitos dos trabalhadores e a formação. No campo do imobiliário e da construção, estamos a desen-volver esforços para que se reabilite em Santo Tirso, dentro das áreas ur-banas, para absorver esses recursos humanos que neste momento estão sediados aqui à nossa volta, mas que podem perfeitamente vir para cá e só ainda não vieram porque não fo-ram informados da excelente qua-lidade de vida que Santo Tirso tem, com uma escola pública de excelen-te qualidade, ensino privado, natu-reza, espaços públicos e segurança.

JA: A Educação é uma área mui-to querida do executivo municipal. Como a imagina daqui a 20 anos?

JC: Gostaria de a ver francamente melhor, porque o mundo não para. Mas para enquadrarmos isto, con-to um pequeno episódio passado na década de 1983, quando numa visita a uma escola de Alvarelhos, agora município da Trofa, fiquei de-solado, porque não havia luz elétri-ca nem casas de banho. Vi uma des-graça completa. Foi aí que nasceu a paixão pela Educação. Ao longo des-tes anos e, recentemente com mais acuidade, temos feito um conjunto de investimentos que faz com que o nosso município, sob o ponto de vista das infraestruturas, públicas e privadas, e manutenção dos cor-pos docentes, seja excelente. Quan-to à outra parte dos apoios educa-tivos, a Câmara foi desenvolvendo vários, assim como entendeu ofe-recer lanche aos alunos de todo o 1.º ciclo às crianças, num investimento na ordem dos 250 mil euros por ano, numa medida que consideramos de longo alcance para a igualdade e para a democracia de futuro, que é

ter nas escolas refeições iguais para todos, lanches iguais para todos.

JA: Este mandato fica inegavel-mente marcado pela saída do vice-

-presidente Luciano Gomes. O que é que aconteceu?

JC: É uma questão de nature-za particular. O senhor engenheiro Luciano esteve na Câmara o tem-po que esteve, mas a verdade é que quando o convidei para fazer parte da lista, ele pôs-me algumas condi-ções, que eu respeitei, e uma delas tinha a ver com a participação nos atos públicos e a agenda municipal de fim de semana. De facto, havia um acordo de cavalheiros entre os dois, que ele não participaria, mas a verdade é que também nem eu nem ele nos apercebemos que isso poderia ser um fator negativo para a imagem da Câmara e estava a ser. Ele apercebeu-se disso, primeiro do que eu até, e chamou-me a atenção, mas a solução foi continuar. Depois, há outra questão que é o facto de o senhor engenheiro ser um alto qua-dro da EDP, numa situação próxima da reforma e o trabalho na Câmara é um trabalho muito intenso, por-tanto não se coaduna com pausas e não se coaduna com essa dificul-dade ou ausência dos atos públicos aos fins de semana. Foram essas as questões que, conjugadas, levaram ao pedido de saída da Câmara.

Não há divergências políticas com ele. Quem inventou isso é que terá que responder que divergências po-líticas é que existem.

JA: Anunciou recentemente a im-putação de uma dívida de cerca de dez milhões de euros à Câma-ra da Trofa.

JC: A dívida não é de agora, resul-ta da criação do município da Trofa. Aconselhava a que todos os trofen-ses lessem a lei 142 de 1985, e o seu artigo 12, que diz quais são as res-ponsabilidades do novo município para com o velho em termos de pa-gamentos.

JA: E o que é que a Trofa deve es-pecificamente?

JC: Deve especificamente todos os empréstimos que, em 1998, estavam afetos a investimentos na Trofa e que deviam ter sido transferidos para lá, mas a Trofa não os aceitou e estamos nós a pagar. A Câmara de Santo Tir-so ainda hoje paga financiamentos do município da Trofa.

JA: De que obras por exemplo?JC: Da Feira e Mercado da Trofa, da

Casa da Cultura e há mais. Depois, há a necessidade de pagar os serviços que a Câmara de Santo Tirso pres-tou no início que foram objeto de um

protocolo. Como o município não ti-nha serviços, esses foram prestados pela Câmara de Santo Tirso e a lei de-termina que a Trofa tem de os pagar. Há ainda outro conjunto de despe-sas que, todas somadas e com juros dá uma faturação elevada. Resumin-do, aquilo que nós queremos é que as autoridades da Trofa leiam com atenção a lei e a cumpram.

Depois há um contencioso e um romance envolta dos limites e sobre o que é da Trofa e o que é de Santo Tirso e daí surgiu uma grande confu-são nos trofenses, que não sei quem a provocou, sobre a convicção de que um registo de um terreno feito na conservatória da Trofa é da Trofa.

Sobre essa questão, os limites têm de ser definidos pela Assembleia da República. Este processo já devia ter sido feito antes, porque a lei diz que, antes da criação do município, deve-ria haver todo esse trabalho prepa-ratório, com a definição dos limites e quem é que paga o quê e a quem. Muito recentemente, até organis-mos do Estado estimularam-nos a fazer repercutir nas contas da Câma-ra esses créditos, de modo que nós não tivemos outro remédio, se não refazer as contas de 2014 da Câma-ra e contabilizar esses créditos da Trofa para que, finalmente, as con-tas sejam aprovadas por os organis-mos superiores.

Nós temos um diálogo sobre ou-tras questões na Trofa, que correm normalmente, como o contrato par-tilhado do abastecimento de água, o projeto das ciclovias e outros investi-mentos ligados à área dos transpor-tes, mas a verdade é que existe este calcanhar de Aquiles no relaciona-mento devido aos limites que são provisórios, num processo que re-sultou de um acordo da Câmara da Trofa e de Santo Tirso e que transi-tou em julgado. E a Câmara da Tro-fa resolve dizer numa Assembleia que não concorda e não cumpre a sentença judicial? Estamos num Es-tado de direito ou estamos na repú-blica das bananas?

É extemporâneo dizer-se cinco anos depois que não conhecia o acordo judicial entre o município de Santo Tirso e o da Trofa. Acho isso, completamente absurdo. Trata-se de uma sentença judicial, se essa sentença for anulada, serão anula-dos os limites provisórios, mas en-quanto a sentença estiver válida são esses limites que vigoram. Esses li-mites com os quais nós não concor-damos e, pelos vistos, a Trofa tam-bém não, são aqueles que proviso-riamente estão definidos como vá-lidos. Quem vai fixar definitivamen-te isso vai ser a Assembleia da Re-pública porque é a AR que tem essa competência.

JA: Com o que é que não con-corda?

JC: Há trabalhos de historiadores sobre os limites e é aí que se deve ir buscar as fronteiras entre os municí-pios criados a partir de 1934. Como não havia acordo, os municípios da Trofa e de Santo Tirso, para bem das empresas, do fisco e da população, decidiram limites provisórios, que vêm sensivelmente a par da autoes-trada do lado leste, e a rotunda à en-trada desta é metade da Trofa, me-tade de Santo Tirso. Acho excessi-vas as palavras de alguns dirigentes políticos da Trofa, como dizer que, antes de 98, Santo Tirso não fazia lá nenhum investimento. Então, quem é que fez a Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, o Mercado e Feira da Trofa, a Casa da Cultura, a Escola de Alvarelhos e a Escola de S. Romão? Foi tudo feito antes de 98. É um exagero de linguagem alguém di-zer que antes de 98 a Câmara não in-vestia lá nada. Depois, outro absur-do é dizer que nós gastávamos o di-nheiro todo em Santo Tirso com os impostos da Trofa. Mentira, se forem fazer as contas, e é fácil de fazê-las, qual era arrecadação de receitas até 98 e qual era percentagem do orça-mento municipal que a Câmara fa-zia na Trofa, vão ficar mal.

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14 JORNAL DO AVE 21 OUTUBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Santo Tirso

A deputada tirsense, Andreia Neto, visitou a empresa Felpin-ter - Indústrias Têxteis, SA, se-diada em Vila Nova do Campo, e destacou “o forte investimento” da empresa “em tecnologia de ponta”. A Felpinter dedica-se es-sencialmente à conceção, fabri-co e comercialização de produ-tos têxteis lar e emprega “mais de 400 trabalhadores, na sua maio-ria residentes nas freguesias do

Depois de ter sofrido um aciden-te na final da 7.ª edição do Laúndos em Movimento, em agosto, o hu-morista trofense Miguel 7 Estacas está de regresso a casa. Na sua pá-gina oficial do Facebook, o humo-rista deixou um comunicado, a 10 de outubro, onde informou que a sua “recuperação ainda vai levar tempo”, mas que foi com “uma alegria enorme” que começa a ter contacto com “a imensidão de ca-rinho” que todos partilharam con-sigo. “O vosso apoio, as vossas pa-lavras, a força da vossa fé, não sei como vos agradecer”, afirmou.

Promovida pela Liga dos Ami-gos do Hospital de Santo Tirso, com o apoio da autarquia tirsen-se, a Caminhada Rosa reuniu cerca de mil pessoas no centro do con-celho e teve como objetivo sensi-bilizar para a previsão e diagnós-tico precoce do cancro da mama. Segundo o edil tirsense, a Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso (LAHST) assume um papel “muito

Caminhada Rosa reúne mil pessoas

S. Pedro não ajudou mas nem o mau tempo afastou as cer-ca de mil pessoas, que mostraram a sua veia solidária, no do-mingo, 18 de outubro, em Santo Tirso.

importante” tanto na comunida-de como no concelho. “Eles têm o condão de juntar muita gente de várias proveniências e de vá-rias culturas e isso é muito im-portante nos momentos que cor-rem”, enalteceu o autarca. A quar-ta edição da iniciativa contou com a colaboração do subgrupo “Ven-cer e Viver” da LAHST, composto por “voluntárias que já tiveram ou ainda têm cancro de mama”. Nuno

Carvalho, da LAHST, explicou que a iniciativa é uma forma de “cha-mar a atenção para a necessidade

de deteção precoce e para a pre-venção do cancro da mama”.

A iniciativa que reuniu homens e mulheres dos oito aos oitenta, ficou marcada pelo caratér soli-dário da população tirsense que mais uma vez se associou “em peso” a uma causa nobre e soli-dária. “Desde há dois anos que se nota na população do conce-lho um maior despreendimento para participar em coisas públi-cas, causas que não são de nin-guém, são do povo e isso é mui-to importante porque estimula a confraternização”, apontou Joa-quim Couto. Nuno Carvalho apro-veitou para parabenizar todas as mulheres pela adesão em massa.

Miguel 7 Estacas recupera

Felpinter recebe deputada Andreia NetoVale”. A empresa, que tem vindo a aumentar significativamente a sua faturação, “exporta cerca de 90 por cento do que produz” e tem como principais mercados a “América do Norte e a Europa, com destaque para o mercado francês e italiano”. Andreia Neto teve oportunidade de visitar e co-nhecer as instalações da empresa garantindo que os investimentos que a empresa tem feito ao lon-

go dos anos, apesar das dificulda-des “sentidas nos últimos quatro anos”, permitem à Felpinter “ofe-recer os seus produtos median-te as necessidades e exigências de mercado”. A deputada consi-derou “como ganha a aposta fei-ta pela empresa na criatividade, inovação e design”.

A empresa tirsense prevê um aumento da sua faturação em 2016.

// Trofa

Andreia Neto destacou “forte investimento” da empresa

“A caminhada começou por uma brincadeira e neste momento mo-vimenta cerca de duas mil pesso-as e estamos orgulhosos, porque num dia de chuva como este te-mos a presença massiva, sobretu-do de mulheres”, completou.

Joaquim Couto garantiu ainda que “uma das marcas” do exe-cutivo Municipal passa por ter “o máximo de presença junto da po-pulação”. A Caminhada Rosa teve como destino o parque urbano da rabada e ficou marcada pela tradi-cional e simbólica largada de ba-lões e pelo sorteio de vouchers para a realização de eco e mamo-grafias, para mulheres com mais de 45 anos inscritas na iniciativa.

Mau tempo não desmobilizou participantes

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

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15 21 OUTUBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

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16 JORNAL DO AVE 21 OUTUBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Vila Nova de Famalicão

Durante a abertura da 2.ª edi-ção dos Encontros Camilianos o edil famalicense avançou que o Centro de Estudos Camilianos de S. Miguel de Seide ganhará, em breve, uma nova entrada.

A iniciativa organizada pela Câ-mara Municipal de Vila Nova de Fa-malicão, que uniu investigadores e académicos universitários para debater a vida e as obras de Ca-milo Castelo Branco, trouxe boas novas para o Centro de Estudos Camilianos de S. Miguel de Seide. O projeto da construção de uma nova entrada, “mais ampla e dig-na” para o Centro de Estudos Ca-milianos, feito pelo arquiteto Siza Vieira em 2005, vai ser concluído. A obra que faz parte de um plano

“global de valorização do espaço camiliano” foi avançada por Pau-lo Cunha, presidente da Câma-ra, durante a abertura da 2.ª edi-ção da iniciativa “Encontros Cami-lianos”. Para o edil famalicense a obra é “o culminar de um proces-so que se arrasta desde 2000” e a resolução de um “conflito”, - com

Paulo Cunha inaugurou a 8 de outubro as obras de requalifica-ção da EB1 de Arnoso Santa Eu-lália aproveitando para elogiar o

“espírito de iniciativa” da Associa-ção de Pais.

Foi ao longo de dois anos que os pais das crianças da escola, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e com a Junta de Freguesia de Arnoso Santa Eulália, conseguiram reu-nir todos meios e apoios para ini-ciar as obras de requalificação do edifício da escola básica e do es-paço envolvente, evitando o seu encerramento e a transferência dos alunos para o Centro Escolar mais próximo.

Tudo começou no verão de 2014, com os pais a colocarem “mãos à obra” no interior da escola, com a “colocação de tetos falsos, uma nova instalação elétrica, chão re-novado e pintura das paredes in-teriores e exteriores”. No verão deste ano a obra ficou concluída com a colocação de novo telhado e do relvado. Para Cláudia Cam-pos, presidente da Associação de Pais, só com “o esforço dos pais e de toda a comunidade da fregue-sia” é que foi possível melhorar as

“condições de ensino” e “assegurar

O edifício da Instituição Casa do Povo de Lousado, inaugurado a 27 de abril de 1937, que serviu como posto médico até à década de oitenta, é uma construção “emblemática” da freguesia de Vila Nova de Fa-malicão e a intervenção feita no telhado está agora “praticamente concluída”. Esta foi a primeira obra deste a sua inauguração e contou com apoio da empresa Continental Mabor, da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e da Junta de Freguesia de Lousado, “além de outros apoios de Empresas e Pessoas Amigas da Instituição. Note-se que a Casa do Povo de Lousado tem atividades várias ao longo da sema-na como ginástica sénior, ginástica, street dance e zumba, karaté, ténis de mesa, dança de salão, bilhar e leitura e convida todos os lousadenses a participar nestas iniciativas.

Telhado da Casa do Povo de Lousadorequalificado

Pais unem-se para requalificar Escola

a manutenção” da escola. “Era im-pensável para nós, ficarmos sem a escola e lutaremos sempre para a manter”, enalteceu a presiden-te. Paulo Cunha, presidente da au-tarquia famalicense, elogiou o “es-pírito de iniciativa” da Associação de Pais e “a forma muito dedica-da que a comunidade trabalhou para que a escola se preservasse”.

“A escola percebeu que a câmara municipal tem que se dividir em muitas tarefas e fazer face a mui-tas necessidades”, explicou o au-tarca, acrescentando que a autar-quia mostrou-se disponível para apoiar a iniciativa “com meios e recursos financeiros”. A requali-ficação envolveu um investimen-to superior a 20 mil euros, com-participados “mais ou menos em partes iguais pela Câmara Munici-pal, Junta de Freguesia e Associa-ção de Pais”, a intervenção impli-cou a total remodelação do edifí-cio e ainda a criação de um relva-do sintético.

O objetivo da associação de pais passa por “continuar com as obras” de forma a melhorar a zona de recreio exterior. A Escola Bási-ca de Arnoso Santa Eulália acolhe cerca de 40 crianças do 1.º ciclo.

Paulo Cunha afirma que projetode Siza Vieira vai “para a frente”

a Associação Desportiva e Recrea-tiva de Seide S. Miguel (ADERE) -, não desejado pela autarquia de Vila Nova de Famalicão. O proble-ma que esteve em causa, durante 15 anos, foi o facto de a ADERE ser proprietária “do terreno contíguo ao Centro de Estudos Camilianos, onde será construída a nova en-trada”. Findo o dilema, a autar-quia famalicense possui agora, as condições necessárias para con-cluir o projeto de Siza Vieira em homenagem ao romancista por-tuguês do século XIX. “A entrada para o Centro de Estudos Cami-lianos é provisória porque aquela que queremos que seja a entrada principal não era possível por for-ça do espaço que estava ocupado pela ADERE. Com a libertação da-quele espaço podemos retomar o projeto original e criar condições de dignidade que este espaço me-rece”, apontou o edil, aproveitan-do para elogiar “a disponibilida-de da ADERE para deixar de lado as questões que são periféricas e colocar no centro questões que são essenciais”.

Além da conclusão deste proje-to, o presidente da Câmara Muni-cipal anunciou a intervenção na Casa do Caseiro e a criação de uma Quinta Pedagógica, nos ter-renos envolventes à Casa Museu.

“Estamos a preparar uma candi-datura a fundos comunitários que conta com o apoio da Direção Re-gional de Cultura do Norte, para recriar o espaço camiliano”. O pro-jeto que envolve um investimento de cerca de 250 mil euros é segun-do o edil “mais uma ferramenta ao serviço da educação e da comuni-dade”. A segunda da iniciativa de São Miguel de Seide ficou tam-bém marcada pelo regresso das ossadas de Ana Plácido e do filho do escritor, Nuno Castelo Branco ao “cemitério de Seide. “Paralela-mente foi inaugurada a exposição

“Pelas gravuras de Camilo”, onde se dá a conhecer um conjunto de matrizes utilizadas para a repro-dução nas edições camilianas de fotografias, de manuscritos, de es-cultura, de desenhos e iconogra-fia diversa”.

Alexandra Couto (8.º ano) e Ana Margarida Couto (10.º ano) do Insti-tuto Nun'Alvres em Santo Tirso, Jo-ana Gonçalves (10.º ano) do Exter-nato Delfim Ferreira de Riba de Ave, Daniela Nogueira (12.º ano) e Bru-no Ribeiro (12.º ano) da Escola Se-cundária D. Sancho I de Vila Nova de Famalicão. Estes foram alguns dos alunos premiados pelo Crédito Agrícola do Médio Ave, que distin-guiu “sete alunos, entre o 7.º e o 12.º ano, pelo desempenho escolar al-cançado no ano letivo 2014/2015”.

A nível nacional estão a ser pre-miados 120 alunos pelos bons re-

Crédito Agrícola premeiadesempenho escolar

sultados escolares, num “montan-te total de 25 mil euros”. “O progra-ma CA Nota 20 atribuiu aos 20 me-lhores alunos de cada ano escolar, desde o terceiro ciclo ao ensino se-cundário e clientes do Crédito Agrí-cola, prémios monetários com va-lores entre os cem e os mil euros”, avançou fonte do Crédito Agríco-la, mencionando que a implemen-tação deste programa tem como objetivos “promover o desenvol-vimento da cultura de mérito e va-lorizar o esforço e o desempenho individual, criando estímulos para os alunos”. P.P.

Veja a reportagem em www.jornaldoave.pt

Alunos de escolas de Famalicão e Santo Tirso foram distinguidos

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17 21 OUTUBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Atualidade// Trofa

Dez alunos da Escola Básica de Bom Nome e dez alunos da Es-cola Básica de Quintão 1, em Vila das Aves, receberam do Intermar-ché de Vila das Aves “kits escolares mochila por 5,99 euros”, compos-tos por “mochila (cores sortidas), um estojo, duas borrachas, um lá-pis carvão, quatro canetas (cores sortidas), uma régua de 20 centí-metros, duas colas (stick + bisna-ga de cola universal), um apara-lá-pis, um caderno A4 agrafado pau-

Arte Pública: Lugar, Contexto, Participação é o nome da confe-rência internacional, que está a ser organizada pela Câmara Muni-cipal de Santo Tirso em colabora-ção com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universi-dade Nova de Lisboa. A conferên-cia decorre nos dias 23 e 24 de ou-tubro na Fábrica de Santo Thyrso. Na Conferência Internacional, que vai contar com a presença de “al-guns dos mais relevantes nomes do mundo da Arte e Escultura contem-porâneas”, vão ser feitas “16 apre-sentações, a cargo de prestigiados especialistas nacionais e interna-cionais, seguidas de debates”. Con-sulte o programa em http://inter-nationalconferencepublicart.we-ebly.com/. Em simultâneo, o Mu-seu Internacional de Escultura Con-

A obra, que foi lançada a 2 de maio pela Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) em parceria com a editora Tcha-ran, foi distinguida na categoria de Literatura, numa decisão “unâ-nime” do júri composto Fátima Duarte (presidente da CIG e tam-bém do Júri), Marlene Matos (Uni-versidade do Minho, Departamen-to de Psicologia Aplicada), Carlos Pimenta (encenador, ator e pro-fessor), José Manuel Mendes (poe-ta, romancista e crítico literário) e Margarida Veiga (arquiteta).

A presidente da Delegação da Trofa da Cruz Vermelha Portugue-

Intermarché de Vila das Avesdoa kits escolares a famílias carenciadas

tado e uma bolsa de micas trans-parentes”.

Esta oferta surge após o “térmi-no” da campanha de regresso às aulas, que decorreu entre os dias 27 de agosto e 16 de setembro. O Intermarché de Vila das Aves entre-gou o material às duas escolas, que ficaram encarregues de “os distri-buir junto das famílias mais caren-ciadas”. “O Intermarché quer estar próximo dos portugueses aumen-tando a sua inserção na comunida-

de e fomentando a poupança das famílias. A campanha de regresso às aulas é um bom exemplo desta vontade. Nesta época do ano, mui-tas famílias veem as suas despesas crescer e para ajudar a ultrapassar este período de forma serena o In-termarché criou o kit a preço muito convidativo, que inclui tudo o que é necessário para um regresso às aulas”, afirmou Rui Bento Fonse-ca, responsável do Intermarché de Vila das Aves.

A Escola Superior Artística do Porto-Guimarães (ESAP Guima-rães), instituição de ensino supe-rior politécnico, passa agora a de-signar-se Escola Superior Artística

Região: ESAP Guimarães tem nova designaçãode Guimarães (ESAG), depois de a CESAP – Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto ter ob-tido do Ministério da Educação e Ciência o reconhecimento de inte-

resse público, publicado pelo De-creto-Lei n.º 227/2015, de 9 de Ou-tubro, um “processo de autonomi-zação iniciado em 2006”.

A Arte Públicaem conferência internacional

temporânea de Santo Tirso, que faz parte de “um processo de dinami-zação cultural do município com 25 anos”, é agora encerrado com o 10.º Simpósio, onde vai ser entre-gue à cidade “as últimas seis escul-turas”. Tal como as esculturas pro-duzidas pelos nove simpósios ante-riores, também estas têm a assina-tura de renomados artistas como Miquel Navarro, Alexandru Arghi-ra Calinescu, Pierre Marie Lejeune, Rafael Canogar, José Aurélio e De-nis Monfleur. “Santo Tirso tem um forte posicionamento na Arte Pú-blica através do Museu Internacio-nal de Escultura Contemporânea, um dos maiores da Europa. O Mu-seu é a própria cidade e distribui-se por oito polos que apresentam, no total, 54 esculturas”, avançou fon-te da organização. P.P.

// Santo Tirso

// Vila Nova de Famalicão

Livro sobre a violência distinguido com o Prémio VIDArteA violência de género, os preconceitos e os desencontros de

diversos tipos entre as pessoas são os temas dominantes da obra “A Inocência das Facas”, que foi reconhecida com o Pré-mio VIDArte, atribuído pela Comissão para a Cidadania e Igual-dade de Género (CIG) e Governo a 16 de outubro, no Palácio da Ajuda, em Lisboa. PATRÍCIA PEREIRA

sa (CVP), Daniela Esteves, afirmou que a obra “A Inocência das Facas” sai “reforçada com este prémio”, que é “um reconhecimento de que esta obra se impõe pelo seu con-teúdo, mas também pelo seu ob-jetivo”. “É com muito orgulho que a Delegação da Trofa e a Delega-ção Nacional da CVP vêm receber esta distinção”, completou.

O livro já foi apresentado em vá-rios concelhos - como Porto, Vila Nova de Famalicão e Lisboa -, fal-tando ainda ser reconhecido na Trofa. Daniela Esteves declarou que “desde o início” que tem “lu-gar e data a apresentação na Tro-fa”, no entanto tem surgido “opor-

tunidades fora de portas do con-celho”. Contudo, a presidente re-feriu que a apresentação na Trofa está “muito próxima” e que “a seu tempo esse reconhecimento vai ter que surgir”. “Basta abrir o livro e perceber o conteúdo e também a ação desta Delegação da Trofa, perceber que pessoas de fora se agregam a nós e se juntam e unem esforços pelo bem comum. Por isso acho que mais tarde ou mais cedo os poderes locais vão ter que se render a esta obra magnífica e à obra que a delegação diariamen-te produz”, salientou.

O Prémio VIDarte tem como ob-jetivo “distinguir trabalhos artís-ticos nas áreas de cinema, teatro, literatura e artes plásticas (pin-tura, escultura, fotografia e mul-timédia)” e que tenham versado

“a temática da violência domésti-ca e de género”. O Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto

Xavier, denotou que “um dos pro-blemas da violência doméstica é cultural, na maneira de pensar/sentir, de representar socialmen-te e como reagimos em relação a isso”. “As artes são um elemento relevante para mostrar e consoli-dar uma construção crítica em so-ciedade sobre as matérias de vio-lência doméstica. Esta matéria tem que continuar a ser relevante em termos de intervenção social

e por isso este prémio faz todo o sentido”, declarou na cerimónia.

Coordenado pela escritora Adé-lia Carvalho e pela ilustradora Marta Madureira, o livro “A Inocên-cia das Facas” abre com um texto de José Saramago que David Pin-tor ilustra. Ao longo das páginas, as palavras de um escritor vão ter sempre uma representação grá-fica nas cores e nos traços de um ilustrador.

“O Meu Projeto é Empreendedor” “Estes projetos preenchem lacu-

nas do mercado, nenhum é supér-fluo”. Foi desta forma que Paulo Cunha, presidente da Câmara Mu-nicipal de Vila Nova de Famalicão, caracterizou a mostra dos projetos do concurso, promovido pela Rede Famalicão Empreende, na manhã de 19 de outubro, nas instalações da Citeve.

Todos os projetos têm em co-

mum o facto de possuírem carac-terísticas inovadoras e empreen-dedoras e de virem preencher “ne-cessidades reais do mercado em vários setores”, tendo estes proje-tos potencial para serem desenvol-vidos e integrados por empresas da região. “O Meu Projeto é Empreen-dedor” tem como objetivo desafiar os alunos dos cursos profissionais para a “criatividade e a audácia”,

concedendo-lhes “competências empreendedoras, num concelho onde mais de 50 por cento dos es-tudantes frequenta o Ensino Pro-fissional”. “Famalicão é a confir-mação de que a via do ensino pro-fissional é uma excelente escolha não só porque corresponde à vo-cação dos nossos alunos, mas tam-bém porque a taxa de empregabili-dade, se não é de 100 por cento, é

muito próxima disso”, enalteceu o edil famalicense.

As dez melhores propostas fo-ram desenvolvidas durante o ano letivo 2014/2015 e escolhidas en-tre 33 Provas de Aptidão Profissio-nal (PAP). A Didáxis de Riba de Ave e de S. Cosme, o Instituto Nun’Alvres, o Externato Infante D. Henrique, a Forave e o Agrupamento de Esco-las D. Sancho I estão representa-

das nas instalações da Citeve. Na sexta-feira, 23 de outubro, são en-tregues os prémios aos três proje-tos finalistas, que vão receber en-tre 250 e mil euros, numa sessão que decorre pelas 21 horas, no au-ditório do Citeve, com a presença da aluna vencedora da edição do ano passado, Sara Araújo, que de-senvolveu um “kit pedagógico para produção artesanal de queijo”.

Delegação da Trofa da Cruz Vermelha recebeu prémio no Palácio da Ajuda

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18 JORNAL DO AVE 21 OUTUBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Desporto

Quando o chão é pouco para aquilo que queremos, o melhor é mesmo voar. É assim que Ri-cardo se sente quando sobe a um trampolim. CÁTIA VELOSO

A altura que Ricardo Santos atinge a cada salto no trampolim mostra o tamanho que o sonho atingiu ao longo da escalada pela modalidade. Hoje, aos 23 anos, o objetivo de ser atleta olímpico nunca esteve tão perto.

O Jornal do Ave esteve com o atleta num treino realizado no Pa-vilhão Municipal de Santo Tirso para conhecer o percurso de Ri-cardo Santos desde os primeiros saltos, aos quatro anos, até se tor-nar num dos melhores da Europa.

Os primeiros jogos europeus, re-alizados em Baku, em junho, de-ram-lhe grande visibilidade, mas antes, Ricardo já dava que falar. Em 2007, no Canadá, represen-tou Portugal pela primeira vez e no ano seguinte no Campeonato da Europa de Juniores conseguiu o 10.º lugar e um lugar na final, por equipas. “Foi um momento mui-to feliz na minha vida”, confessou, antes de acrescentar o recente 2.º lugar no Campeonato da Europa, também por equipas.

No dia 10 de outubro, Ricardo Santos qualificou-se para a final de Trampolim Sincronizado na Taça do Mundo de Mouilleron Le Captif, fazendo dupla com Dio-go Ganchinho, tendo terminado a mesma em 8.º lugar.

Baku deu-lhe a oportunidade de viver “uma experiência com-pletamente diferente daquilo que

Ana Rita Rego e Bernardo Vieira, da Escola Jing-She e Associação Desportiva de Wushu de Famali-cão, estão nomeados pela Fede-ração Portuguesa de Artes Mar-ciais Chinesas UPD (FPAMC) para os Prémios “Desportistas do Ano”, atribuídos, anualmente, pela Con-federação do Desporto de Portu-gal na Gala do Desporto, a 11 de novembro no Casino do Estoril.

A atleta e treinadora Ana Rita Rego está nomeada na categoria Atleta Feminino do Ano pelas suas conquistas de Medalhas de Ouro

Sónia Gonçalves (Sénior) e Adria-na Gonçalves (Sub17), atletas do Famalicense Atlético Clube (FAC), foram convocadas pela Federação Portuguesa de Badminton para um estágio de Seleções, a decorrer no Centro de Alto Rendimento das Cal-das da Rainha, nos dias 24 e 25 de outubro. Apesar de estar convoca-da, Sónia Gonçalves “não deve par-ticipar no estágio”, segundo avan-çou fonte do FAC, uma vez que está inscrita no “2015 Morocco Interna-tional”, em Casablanca, Marrocos, a 22 a 25 de outubro. No primeiro encontro, Sónia vai enfrentar um

Em novembro, Ricardo Santos começa caminhada para o apuramento dos Jogos Olímpicos// Modalidades

// Badminton // Wushu

“Voar” até ao Rio de Janeirojá tinha tido” e “a mais parecida com aquilo que pode ser os Jogos Olímpicos”, o próximo destino de-sejado. A fase é decisiva e o atleta do Ginásio Clube Santo Tirso enca-ra-a com um misto de ambição e reserva, muito por causa de uma lesão que fez com que a prepara-ção para as próximas provas fos-se “um pouco atribulada”, mas que “está praticamente resolvida”.

“Estou o dar o máximo que tenho, para que possa chegar ao Campe-onato do Mundo com a consciên-cia tranquila”, confessa. A prova, que se realiza na última semana de novembro, é a primeira para o apuramento para os Jogos Olím-picos do Rio de Janeiro, mas antes, Ricardo Santos vai testar as capa-cidades na Taça do Mundo, que se realiza em Loulé, no fim deste mês.

E o atleta vai seguir o argumen-to do poeta que diz: “Arriscar, é voar alto e viver um sonho, não arriscar é ver seu sonho voar e se perder”.

Em comparação o futebol, “seria um jogador de Primeira

Liga e de Seleção”Natural do Porto, mas a viver

em Santo Tirso praticamente des-de que nasceu, Ricardo Santos en-trou para os Trampolins de San-to Tirso aos quatro anos, por in-fluência do irmão, que praticava a modalidade. Mas, rapidamen-te, a influência tornou-se em pai-xão. “A sensação de liberdade que nos dá é indescritível. Lá em cima, ninguém manda em nós e só nós é que decidimos o que fazer. É a melhor sensação que o trampo-lim nos dá”, descreve.

Mas sem trabalho nada se con-segue e ainda mais numa modali-dade “exigente” como esta. É pre-ciso “método” e “muita vontade”. É preciso saber “ultrapassar a dor” quando as lesões aparecem e ter a capacidade de chegar ao treino

“de cabeça limpa”, independente-mente de como correu o dia. E é preciso sacrifício. O gosto pelo sal-to levou Ricardo Santos a viver, ex-clusivamente, para a competição. Confessa que sempre meteu os trampolins “à frente de tudo”, em busca do tão almejado estatuto olímpico. “Os objetivos foram apa-recendo e tudo começou a dar cer-to, até os Jogos Olímpicos se tor-narem num sonho que, felizmen-te, está a caminhar a passos lagos para se tornar realidade”, atestou.

Representou os Trampolins de Santo Tirso até o ano passado, al-tura em que esta se fundiu ao Gi-násio Clube de Santo Tirso. Pelo

que já conquistou, Ricardo San-tos tornou-se uma referência para muitos jovens do clube. “Tenho mais visibilidade pelos resultados que tenho obtido, que são fruto do meu trabalho e do dos meus trei-nadores e restante estrutura que sempre me acompanharam e que para mim são uma segunda famí-lia. As pessoas sabem o que sou à custa dos trampolins e é bom sen-tir isso”, frisou.

Quando se pergunta a que nível estaria se a modalidade se tratas-se de futebol, bem mais mediático que os trampolins, Ricardo Santos rejeita a “falsa modéstia” e atira:

“É complicado fazer comparações porque são modalidades distin-tas, mas sinto que seria um joga-dor de Primeira Liga e de Seleção”.

A modalidade está longe de ser uma das mais acarinhadas a ní-vel nacional, mas segundo Ricar-do Santos tem dado uma lição de

ambição: “Portugal está num pa-tamar muito alto e, apesar de as condições em relação às grandes potências mundiais serem com-pletamente incomparáveis, te-mos conseguido resultados bas-tante interessantes. Temos atletas olímpicos e campeões do Mundo”.

O atleta não considera que haja dificuldade em ser um dos melho-res por estar longe das grandes ci-dades do país. Sente que “quem é bom” chega ao topo. A diferença estará apenas na rapidez com que se consegue. “Se estiver numa ci-dade maior, onde os recursos são maiores, essencialmente ao nível da fisioterapia e cuidados médi-cos, será mais fácil chegar à alta competição, mas em termos de trabalho, seja numa metrópole ou numa aldeia, se formos bons naquilo que fazemos, basta ter-mos trampolim e alguém para nos apoiar nos treinos”, defendeu.

Sónia e Adriana convocadas para estágio de Seleções

atleta marroquina.Adriana Gonçalves disputou a

primeira jornada do circuito na-cional de Badminton em Sub17, no Centro de Alto Rendimento das Cal-das da Rainha, liderando o ranking nacional de singulares. No mesmo escalão, Catarina Martins atingiu os quartos de final em singulares e com Fábio Sá, em pares mistos, atingiu as meias finais, o mesmo sucedendo à dupla Adriana e Ca-tarina em pares senhoras. Caroli-na Veloso ficou em 2.º do seu gru-po, o equivalente a um resultado entre o 5.º e 8.º da geral. P.P.

Famalicenses nomeados Atleta Feminino do Ano e Jovem Promessa

e Prata Individuais e Taça de Pra-ta de Equipa no 6.º Campeonato do Mundo de Health Qigong 2015. Já Bernardo Vieira está nomea-do na categoria Jovem Promes-sa pelo título de Campeão Euro-peu Sub12, Vice-Campeão Euro-peu Sub12 e duas medalhas de Bronze no 3.º Europeu de Wushu Kung Fu Tradicional 2015. Ambos os atletas têm Alexandre Oliveira como treinador, também nomea-do pela FPAMC, Treinador do Ano em 2014.

Para o Prémio “Desportistas do

Ano”, após a indicação das federa-ções, um júri composto por mais de uma centena de personalida-des ligadas ao desporto vai ele-ger os cinco candidatos finais de cada categoria. No dia 28 de ou-tubro são divulgados os nomes dos finalistas que passam às vo-tações finais. Os vencedores de cada uma das cinco categorias são apurados dos resultados da votação online, aberta ao públi-co em geral, e das personalida-des presentes no evento.

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19 21 OUTUBRO 2015 JORNAL DO AVEwww.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Modalidades

Pela primeira vez, Portugal vai receber uma prova que jun-ta alguns dos mais representa-tivos carros do panorama auto-mobilístico português e inter-nacional, numa aliança entre o passado e presente. Com um percurso total de “87,16 quiló-metros”, o Rally Spirit prome-te viajar na máquina do tempo e reviver emoções do passado no presente. PATRÍCIA PEREIRA

Carros de ex-equipas oficiais do Campeonato do Mundo de Ralis, como o Lancia Delta Integrale 16v e o Toyota Celica Turbo 4 WD jun-tam-se a viaturas que marcam uma época como o Ford Escort RS1800 da equipa Diabolique Motosport. E como os carros não andam sozi-nhos, o Rally Spirit vai contar com Bernardo Sousa (ex-campeão na-cional de ralis), Alexandre Cama-cho (campeão de Ralis da Madeira), Joaquim Bernardes (atual campeão nacional de ralis clássicos) e Manuel Castro (atual vice-campeão nacio-

Rally Spirit revive carros históricos do automobilismo

nal de RalisProdução), entre outros. O Rally Spirit, que foi apresentado a 19 de outubro no polo de S. Ro-mão da Junta de Freguesia do Co-ronado, foi idealizado pela Xikane e conta com a colaboração do Clube Automóvel de Santo Tirso (CAST) e da Junta de Freguesia do Coronado.

O Rally tem um esquema de pro-va “extremamente compacto”, que se inicia a 30 de outubro, com uma cerimónia de partida simbólica em S. Romão do Coronado, no conce-lho da Trofa, onde se vai situar o centro nevrálgico da ação e palco

privilegiado para o público apreciar as máquinas envolvidas na compe-tição e privar com os pilotos. Já no dia seguinte, a prova contará com

“seis provas especiais”, com duas classificativas: S. Romão do Co-ronado (8,02 quilómetros) e Ser-ra (6,65 quilómetros) “repetidas três vezes”.

O responsável pela empresa Xi-kane, Pedro Ortigão, contou que

“já há muito” que tinham “a ideia” de fazer um rali com este concei-to, tendo “tudo se proporciona-do com a Vila do Coronado, que os

apoiou incondicionalmente neste projeto”. Pedro Ortigão considera que o Rally Spirit pode, no “futuro, ser uma referência a nível nacional”.

“Uma prova, que não tem qualquer pontuação e não está integrada em qualquer campeonato, em que os pilotos possam vir desfrutar e dar ao público aquilo que pretende ver que é um espetáculo de carros de competição”, completou.

Carlos Guimarães, presidente do CAST e responsável pela organiza-ção da prova no terreno, adiantou que “se S. Pedro os ajudar” vai ser

Em encontro da 3.ª jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divi-são – Zona Norte, o Riba d’ Ave HC (RAHC) conseguiu um importante triunfo no reduto do Clube Infan-te de Sagres. A RAHC venceu por 5-8, conquistando, segundo fon-te do grupo, “uma importante e moralizadora vitória na casa de um candidato à subida de divisão”.

Pelas 18.30 horas deste sába-do, 24 de outubro, o RAHC joga em casa com o Valença HC.

Já o Famalicense Atlético Clu-be (FAC) deslocou-se a oliveira de Azeméis, onde perdeu por 4-3 frente á Escola Livre. O FAC joga este sábado, às 21 horas, no Pa-vilhão Municipal, recebendo o OC Barcelos B.

Quanto ao departamento de formação, o RAHC jogou, nos dias 17 e 18 de outubro, mais uma jor-nada dos Campeonatos Regionais da Associação de Patinagem Mi-nho. A contar para a 4.ª jornada da Fase I do Encontro de Conví-vio Escolares - Série A, o RAHC jo-gou em Valença e venceu a parti-da contra a turma local. No Par-que das Tílias, a equipa de sub-20 ribadavense recebeu o HC Fão ve-rificando-se no final uma igualda-de a cinco golos na 4.ª jornada do Campeonato deste escalão. P.P.

// Hóquei em Patins

Riba d’ Ave HC vence e FAC perde

Na Trofa, a exigência era gran-de. Depois de eliminar Sobrado e Atlético, a equipa liderada por Vítor Oliveira considerava que já tinha dignificado a camisola na Taça de Portugal. Mesmo assim, voltou a fa-zer a festa ao triunfar diante do San-ta Clara, em casa, numa vitória ma-gra, mas muito saborosa.

A entrada fulgurante deu frutos aos sete minutos, com um bonito golo de Pisco, num remate de fora da área que o guarda-redes açoria-no João Botelho se limitou a seguir com os olhos até ao fundo das redes.

Depois de uma primeira parte em que conseguiu anular todas as joga-das ofensivas do adversário, o Tro-

Trofense e Desportivo das Aves foram surpresas na TaçaE houve Taça na Trofa e em Vila das Aves. Na 3.ª eliminatória da competição, o Trofense conseguiu vencer o Santa Clara, da 2.ª

Liga, por 1-0, enquanto o Desportivo das Aves fez o primodivisionário Moreirense cair, ao triunfar por 3-2. CÁTIA VELOSO

fense viu Clemente a tentar o empa-te, mas o guardião Russo defendeu o remate. Na etapa complementar, a formação da Trofa podia ter am-pliado, por intermédio de Zé Domin-gos, em duas ocasiões, mas do ou-tro lado também havia um guarda-

-redes atento.Já o Desportivo das Aves precisou

do prolongamento para seguir em frente na Taça. O jogo esteve 70 mi-nutos sem golos. O primeiro foi para o Desportivo das Aves, na sequência de uma grande penalidade conver-tida por Pedró. Onze minutos volvi-dos, o Moreirense chegou ao empa-te, também de penálti, desta feita marcado por Rafael Martins.

Aos 89 minutos, o Moreirense deu

a “cambalhota” no marcador, num livre direto cobrado por Iuri Medei-ros. Mas a emoção não acabou aí. No quarto minuto de compensa-ção, o Aves forçou o prolongamen-to, graças ao golo (e que golo) de Nél-son Pedroso, num livre de 35 metros forte e colocado, que fez a bola en-trar no ângulo superior direito da baliza de João Botelho. Logo no iní-cio do prolongamento, Cássio, num toque de cabeça subtil, após cruza-mento de Renato Reis, conseguiu ti-rar a bola do alcance de João Bote-lho, fixando o resultado de 3-2, que foi segurado pelo guardião avense até ao fim.

Já o Futebol Clube Famalicão aca-bou eliminado pelo Feirense, nas

grandes penalidades, depois de um empate a uma bola no tempo regu-lamentar. O primeiro golo foi da for-mação famalicense, marcado por Mércio, aos 56 minutos. Só a dois mi-nutos dos 90, o Feirense fez valer a superioridade numérica (Daniel foi expulso aos 56 minutos) e chegou ao empate, por intermédio de Kuku-la. Ao sexto minuto de compensa-ção, o Feirense ficou reduzido a dez unidades, por expulsão de Fabinho, e a contenda equilibrou-se no pro-longamento que não registou golos. Nas grandes penalidades, o Feiren-se acabou por ser mais feliz e carim-bar a passagem para a 4.ª elimina-tória, cujo sorteio se realiza na sex-ta-feira, 23 de outubro, às 12 horas.

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uma prova “muito interessante”, porque se criou “uma expectativa muito forte de recordar alguns car-ros míticos dos ralis e outros mais modernos, e pilotos de várias gera-ções”. Além disso, o presidente da CAST previne o público, referindo que vão ter “zonas de espetáculos especificas” e com “acessos para que as pessoas lá consigam che-gar facilmente e que estejam em segurança”.

Já José Ferreira, presidente da Junta de Freguesia do Coronado, referiu que “só” o facto de ser uma prova com “carros que foram cam-peões nacionais ou mundiais e al-guns até conduzidos ainda pelos pi-lotos que foram campeões quer na época e com estes carros” foi “por si já um ingrediente aliciente para não recusar este desafio”. “Aceita-mos e encetamos todos os esfor-ços para que a prova se concreti-zasse e estou convencido que vai ser um sucesso, porque no fun-do aquilo que nos move é atrair e criar referências na nossa fregue-sia”, concluiu.

1.ª edição do Rally Spirit decorre nos dias 30 e 31 de outubro, na freguesia do Coronado

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Desportivo das Aves fez o Moreirense cair na Taça de Portugal

Prisco marcou o único golo da partida

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20 JORNAL DO AVE 21 OUTUBRO 2015 www.JORNALDOAVE.pt

Desporto// Modalidades

A 1.ª edição do Raid BTT da Trofa realizou-se no domingo, 18 de outubro, e ficou marca-da pelo mau tempo que não conseguiu afastar os cerca de 300 betetistas da prova.

Subidas “ a pique”, descidas íngremes e muita, mas muita, lama foram as características mais evidentes da primeira edi-ção do Raid BTT da Trofa que le-vou cerca de 300 atletas a redes-cobrir os trilhos e as paisagens do concelho trofense. A iniciati-va foi organizada por vários gru-pos da modalidade como a Bike Team Trofa, os Lobos do Mon-te BTT, a União de Ciclismo da Trofa, o Cicloturismo da Trofa e o Blog Sou Trofense e contou com um Raid de 50 quilómetros e um mini Raid de 25. Para Xavier Costa, responsável pela organi-zação, a primeira edição da pro-va de BTT teve um balanço “bas-tante positivo” e teve como ob-jetivo “ promover o ciclismo e a vertente de BTT” no concelho trofense. “O feedback do pes-soal que participou é também

Segundo dados da organiza-ção, “cerca de 1300 pessoas” de-safiaram S. Pedro e fizeram-se à estrada. Foi o caso de Paulo Cos-ta, de S. Mamede de Negrelos (Vila Nova do Campo), que mar-cou presença na iniciativa, em conjunto com um grupo de ami-gos. “Corremos ao domingo de manhã e lembramo-nos de vir a Vila das Aves. Gostamos da inicia-tiva”, frisou.

Para Paulo Costa, a corrida e o

Raid Btt reúne centenas de atletas

muito positivo, amigos meus do BTT deram-nos os parabéns e disseram que é um projeto ‘que tem pernas para andar’, foi uma ideia que nasceu agora e que é preciso encaminhá-la”, expli-cou o responsável acrescentan-do, que o Raid BTT da Trofa su-perou as expectativas “sem dú-vida nenhuma”. Daniel Santos de Alvarelhos foi o vencedor do raid de 50 quilómetros e consi-

derou o trilho, que continha “al-gumas descidas perigosas”, “exi-gente”. “Fico feliz por ter ganho, ainda a por cima correr na terra tem sempre um sabor especial”, explicou o atleta. Óscar Osório foi o vencedor da prova de 25 quilómetros e a equipa “Tralhos BTT”, de Guidões conquistou o prémio de equipa mais numero-sa em competição ganhando um leitão oferecido pelo Restauran-

te Flor do Ave.Xavier Costa aproveitou para

agradecer a todas as equipas que colaboraram com a organi-zação e aos patrocinadores da iniciativa. “Sem eles, isto não seria possível, temos que pen-sar que todos juntos somos mais fortes e esse é o lema que temos que ter e temos que mostrar o orgulho trofense” enalteceu o responsável.

Erro técnico causa indignaçãoAs inscrições estiveram, des-

de o início, limitadas a 300 par-ticipantes mas um erro técnico na plataforma online, fez com que o número de betetistas ul-trapasse o limite levando a or-ganização da prova a devolver o dinheiro a todos os lesados. Os problemas não ficaram por aqui e quando durante a prova foram vistos atletas com dorsais supe-riores ao número 300 a indigna-ção instalou-se. Xavier Costa, res-ponsável pela organização, expli-cou que o regulamento não per-mitia a participação de menores de 16 anos e como existiam al-guns, as inscrições dos mesmos tiveram que ser “anuladas”. “Ao existir a anulação, a pessoa que substitui o menor passa a ter o dorsal 301, 302 e por aí fora”, ex-plicou Xavier Costa. As trocas fo-ram outro dos motivos que cau-saram indignação, mas segundo Xavier, “as trocas feitas durante a competição entre colegas, são legais, porque eles pagaram e não existiu necessidade de subs-tituir o dorsal.

Aves em MovimentoFaça chuva, faça sol, os amantes da corrida não desmobili-

zam na hora de dar corda aos sapatos… ou melhor, às sapati-lhas. E a prova da fidelidade à modalidade foi dada na 1.ª edi-ção do Aves em Movimento, uma iniciativa integrada nas co-memorações dos 60 anos da Vila das Aves, que incluía uma cor-rida de dez quilómetros e uma caminhada de seis. CÁTIA VELOSO

desporto em geral “ajudam mui-to psicologicamente”. “Quem não faz desporto, deve fazer, porque é a melhor forma para relaxar e descontrair”, desafiou.

Também os avenses Nelson Cunha, Tânia Rebelo e Orlanda Oliveira correram os dez quiló-metros de prova e quiseram con-tribuir para o sucesso da iniciati-va. “Participamos pelo desporto e pela Vila”, afirmaram.

E no meio de tantos participan-tes de fora, foi um homem da ter-

ra que venceu a prova. Luís Men-des foi o mais rápido nos dez qui-lómetros e confessou que “o sen-timento” de “vencer em casa” é mais especial. “Treinei para ga-nhar esta prova, felizmente con-segui. Tenho o sentimento de de-ver cumprido”, frisou. Já Patrícia Pereira foi a atleta feminina mais rápida, vencendo na categoria de seniores.

A chuva dificultou a tarefa aos corredores, visto que a maior par-te do percurso foi feito em parale-lo, que estava escorregadio. Mes-mo assim, a organização foi bas-tante elogiada pelos vencedores.

A presidente da Junta de Fre-guesia de Vila das Aves estava muito satisfeita com a adesão à iniciativa e já só pensa em repe-tir a experiência. Elisabete Faria mostrou-se “surpreendida” com a presença das pessoas, apesar da chuva que caiu durante toda a manhã. “Normalmente, nas nos-sas primeiras iniciativas chove sempre. Eu acho que é uma bên-ção para que as próximas corram bem”, afiançou, em jeito de anún-cio para a próxima edição. “Sem dúvida, para o ano haverá mais”, garantiu.

A iniciativa nasceu “de uma

conversa informal”. Foi numa conversa informal

que nasceu a ideia de dinamizar esta iniciativa. “Arranjamos as pessoas empenhadas para que as coisas se fossem desenvolvendo, arranjamos os patrocínios e con-tamos com a presença de equipas federadas e campeões de atletis-mo”, contou. O presidente da Câ-mara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, assim como a vi-ce-presidente Ana Maria Ferreira e o vereador Tiago Machado Araú-jo, também marcaram presença e louvaram a iniciativa.

Multidão desafiou S. Pedro e participou na iniciativa mesmo a chover

Três primeiros classificados em seniores masculinos

Iniciativa contou com cerca de 300 betetistas

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Desporto// Modalidades

Sérgio Sousa, de 32 anos, despe-de-se assim do pelotão português, no qual cumpriu toda a sua carrei-ra: entre 2005 e 2010 representou o Boavista, saindo para a Efapel, onde esteve até 2014, altura em que assinou pela LA-Antarte. Este ano, o ciclista, que foi vice-campeão de fundo e medalha de bronze no con-trarrelógio dos Nacionais de estra-da de 2014, conseguiu o seu melhor resultado de sempre na Volta a Por-tugal, ao ser sétimo classificado e o melhor da LA-Antarte na geral.

À Agência Lusa, Sérgio Sousa afir-mou que “provavelmente não sen-tiria esta necessidade de ‘emigrar’”

A dupla José Manuel & Paulo Matos, do Grupo Columbófilo Tirsense, foi campeã concelhia de Santo Tirso de columbofilia. Os prémios da 23.ª competição, que se re-alizou de 29 de março a 20 de junho, foram entregues por José Pedro Machado, verea-dor do desporto da autarquia, parceira do Grupo Columbófilo “Azas de Água Longa” na organização da prova. O campeonato teve seis provas e, segundo a Câmara Mu-nicipal, “envolveu cerca de cem columbófi-los de cinco associações do concelho”. C.V.

Sabia que ao mesmo tempo que caminha/corre pode aju-dar associações locais? O Grupo PROEF, a ODLO e a Associação Empresarial do Baixo Ave (AEBA) estão a organizar a primeira Cor-rida e Caminhada Solidária do Ave, com início marcado para as 10 horas de 15 de novembro. A partida será dada a partir dos Parques Nossa Senhora das Do-res e Dr. Lima Carneiro e vai pas-sar “entre as freguesias do muni-cípio da Trofa”.

Ao par ticipar na iniciativa, constituída por uma corrida de dez quilómetros e uma caminha-da de cinco quilómetros, está a ajudar a Associação de Solidarie-dade e Ação Social de Santo Tir-so, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa

Academias (Pilates, Manuten-ção Homens), Andebol, Artes Mar-ciais (Alex Ryu Jitsu), Atletismo, Ballet, Campismo e Caravanismo,

Salvador Monteiro, atleta Sub8 do Clube de Ténis da Trofa (CTT), foi convocado para integrar um pequeno estágio num “grupo res-trito de pequenos atletas nacio-nais”, que vão ser submetidos “a testes físico e técnicos”, inseridos no Programa Nacional de Deteção de Talentos, a decorrer no Com-plexo de Ténis do Jamor, nos dias

Corrida e CaminhadaSolidária para apoiarassociações locais

(AHBVT) e os Vicentinos da Trofa.Caso esteja interessado em

participar, e quem sabe correr ao lado de “atletas olímpicos” – se-gundo a organização -, pode ins-crever-se “on-line até 10 de no-vembro”, através de http://www.desportave.pt/1a-corrida-e-ca-minhada-do-ave-trofa/, ou nas entidades organizadoras “até 14 de novembro”. Pode ainda efe-tuar a sua inscrição “presencial-mente no dia da prova até às 9 ho-ras”. A caminhada tem um custo de “três euros”, enquanto a prova de corrida, para participantes “a partir dos 18 anos”, custa “cinco euros”. Há “t-shirt e lembranças para todos os participantes”, sen-do que os primeiros três classifi-cados de cada escalão recebem

“um vale mais um trofeu”. P.P.

Sérgio Sousa vai representara Vorarlberg

se as equipas “olhassem mais para o calendário internacional”. “Este é um projeto que já ando à procura há muitos anos. Respeito o calendário e o ciclismo português, espero vol-tar a correr em Portugal, mas eu queria mais e sempre tive o sonho de correr as clássicas que via na te-levisão e esta equipa abre-me por-tas para isso e daí aceitar este de-safio”, adiantou ao JA, à margem da 2.ª edição do Sanguinhedo APIK.

Apesar de ser “uma altura difícil”

por ter sido “pai recentemente”, o ciclista espera que “daqui a um ano esteja novamente” no Sanguinhe-do APIK e “esteja satisfeito por este novo projeto”, que tem um calendá-rio “muito recheado e com muitas competições”. Sérgio Sousa men-cionou ainda que “o foco principal” da equipa austríaca, com quem vai ter “o primeiro contacto em de-zembro”, é a Volta à Áustria, por ser

“uma competição bastante tradicio-nal e muito competitiva”.

// Ténis

// Columbofilia

Salvador Monteiro entre os melhores nacionais24 e 25 de outubro.

Segundo fonte do clube, este reconhecimento constitui “uma enorme motivação para dar con-tinuidade ao trabalho desenvolvi-do pelo CTT, que com apenas três anos de existência, vê o seu nome representado nos campos de ténis emblemáticos do Jamor”.

P.P.

Vencedores do campeonato concelhio premiados

Ginásio Clube com inscrições abertasGinástica Rítmica, Natação, Ténis, Ténis de Mesa, Trampolins e Vo-leibol. Estas são as modalidades que o Ginásio Clube de Santo Tir-

so tem para oferecer para a épo-ca 2015/2016, estando abertas as inscrições.

A 27 de setembro, o tirsense Sérgio Sousa prometia, na sua página do Facebook “novida-des em breve” sobre os “no-vos desafios” traçados para

“2016”. Sete dias depois, o ci-clista tirsense anuncia que vai representar, na próxima épo-ca, a equipa austríaca Vorarl-berg. PATRÍCIA PEREIRA

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Multidão desafiou S. Pedro e participou na iniciativa mesmo a chover

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// ModalidadesDesporto

Depois de subir os cerca de 300 metros em menos tempo e de vencer os duelos, Luís Men-donça revalidou o título con-quistado o ano passado, ao ven-cer a 2.ª edição do Sanguinhe-do APIK, organizado pela Junta da União de Freguesias de Santo Tirso, Couto Santa Cristina, Cou-to S. Miguel e Burgães. “Foi mais

Luís Mendonça e Andreia Alves vencem Sanguinhedo APIKGustavo Veloso deu a pedalada de partida da 2.ª edição do

Sanguinhedo APIK, que se realizou a 10 de outubro, que teve como vencedores Luís Mendonça e Andreia Alves. PATRÍCIA PEREIRA

duro do que o ano passado, por-que cheguei mais cansado a esta prova”, contou.

Já o título de vencedora femi-nina foi entregue à portuguesa e campeã nacional de sub-23, An-dreia Alves, que derrotou no due-lo final a espanhola Maria Jesus Fernandez. “Era a última prova que ia fazer esta época e foi a me-lhor forma de a terminar. Gostei

da prova e como era a subir, que é o meu forte, decidi experimen-tar. Podia ser um bocadinho me-nos inclinada, mas está razoável, o ambiente é muito bom e gos-tei da organização da prova”, de-clarou.

A prova contou com muitos ci-clistas profissionais, como Gus-tavo Veloso, vencedor da Volta a Portugal 2015, o famalicense Tia-go Machado, Rui Sousa e Rui Por-to Nunes, que aceitaram o desafio do padrinho da prova, Sérgio Sou-sa, para participar no Sanguinhe-do APIK. “É um evento único em Portugal. Sanguinhedo está de parabéns pela maneira que nos recebe e os meus colegas profis-sionais quando vêm cá ficam fas-cinados pela paixão que as pes-soas têm pelo ciclismo”, mencio-nou o tirsense Sérgio Sousa.

Apesar da chuva, muita gen-te esteve espalhada pela mítica subida do Sanguinhedo, o que motiva Jorge Gomes, presidente da Junta da União de Freguesias Santo Tirso, Couto Santa Cristina, Couto S. Miguel e Burgães, a fazer um “balanço muito positivo” des-

ta 2.ª edição, que teve “cerca de 60 voluntários, entre escuteiros, bombeiros” e outras entidades.

“Pensamos sempre em fazer as ati-vidades descentralizadas e este sítio é lindíssimo e estas pessoas merecem e daí que tenha sido um sucesso”, referiu.

Uma das novidades desta edi-ção foi o Prémio Sérgio Sousa, que foi atribuído à Associação Amigos do Sanguinhedo. “Sen-

timos a necessidade e a obriga-ção de reconhecer aqueles que nos ajudam, que estão próximos, que reconhecem o nosso valor e estão empenhados a favor do ci-clismo e das populações”, expli-cou o presidente da Junta.

A 2.ª edição do Sanguinhedo APIK teve ainda uma vertente soli-dária, sendo que as receitas rever-teram para a Associação dos Ami-gos dos Animais de Santo Tirso.

Gustavo Veloso entregou troféu a Luís Mendonça

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Próxima edição do Ja é Publicada a 4 de novembroFicha Técnica

A propósito da notícia publica-da pelo Jornal do Ave na edição de 1 de julho de 2015, na página 12, com o título “Marcelo Rebelo de Sousa inaugura nova sede do PSD”, vem a secção do Partido So-cialista de Santo Tirso esclarecer o seguinte:

1. A líder do PSD/Santo Tirso tem direito à opinião e também tem direito a expressá-la. Tem ainda direito a estados de alma e pro-fissões de fé, como aqueles que foram tornados públicos pelos Órgãos de Comunicação Social aquando da inauguração da sede do PSD local;

2. A líder do PSD/Santo Tirso não tem direito a, com base em esta-dos de alma e profissões de fé, fal-tar à verdade e tentar enganar a população de Santo Tirso;

3. Não é por dizer uma menti-ra repetidamente que a realida-de se altera;

4. Para a líder do PSD/Santo Tir-so, os tirsenses estão cansados da gestão socialista e estão cansa-dos de mais do mesmo. A realida-de desmente-a: o Partido Socialis-ta ganhou as Eleições Autárquicas em 2013 com maioria absoluta. Ou se está no plano da esquizofrenia, em que quem ganha com a esma-gadora maioria dos votos da po-pulação de Santo Tirso parece ter perdido, ou a líder do PSD/Santo Tirso não deve ser levada a sério;

5. Para além de tentar, a todo o custo, mas sem sucesso, porque a população de Santo Tirso tem me-mória e não se deixa enganar, alte-rar a realidade, a líder do PSD/San-to Tirso parece demonstrar um confrangedor desconhecimento sobre o concelho e os projetos lan-çados em Santo Tirso pelos execu-tivos municipais liderados pelo PS;

6. É natural: a líder do PSD local não vive em Santo Tirso, só vem ao concelho aos fins de semana para marcar presença em eventos so-ciais e políticos, não aparece nas Assembleias Municipais e, está vis-to, não acompanha as decisões to-madas nas reuniões de Câmara;

7. Depois de ter inaugurado uma nova forma de fazer política, ao ausentar-se das reuniões de Câ-

mara de forma ilegal, o PSD local descobriu agora que a Câmara Municipal inaugura projetos. Per-cebe-se o embaraço do PSD local: como não tem projetos nem pro-postas a apresentar à população de Santo Tirso, recorre à dema-gogia e ao populismo para des-viar atenções;

8. A Câmara Municipal não inau-gura projetos, apresenta-os, para que a população de Santo Tirso tome conhecimento de como está a ser gasto o dinheiro de todos. A Câmara Municipal não inaugura projetos – inaugura obras. E, em dois anos de mandato, tem lança-do um conjunto de medidas funda-mentais em matéria de redução de todos os impostos, de apoios so-ciais, de criação de emprego, de valorização do património arqui-tetónico e natural, de criação de melhores condições de ensino e aprendizagem, entre outros;

9. Santo Tirso não só já está no mapa como está mesmo na moda, tendo uma voz cada vez mais for-te no âmbito da Área Metropolita-na do Porto. Na qualidade de pri-meiro vice-presidente do Conse-lho Metropolitano do Porto, o pre-sidente da Câmara Municipal tem feito um esforço para afirmar San-to Tirso como um concelho em pé de igualdade com os outros 16 mu-nicípios e dado contributos essen-ciais no âmbito dos fundos comu-nitários. Para os mais distraídos, como parece ser o caso da líder do PSD local, a Câmara Municipal garantiu mais de oito milhões de euros dos fundos que restavam do antigo quadro comunitário. Tam-bém por ação do presidente da Câ-mara Municipal, os 16 municípios consideraram, por unanimidade, o Parque Metropolitano de Mon-te Córdova como prioritário para a Área Metropolitana do Porto;

10. Maquiavel defendia que há duas formas de fazer política: di-zer bem de si próprio ou, se não for possível, dizer mal do adversá-rio. Como não tem um programa, um projeto ou uma ideia política para Santo Tirso, o PSD local opta, inexoravelmente, por apenas dizer mal do adversário. Só se conhece

uma posição ao PSD local: estar contra tudo o que venha do ad-versário e fazer ataques pessoais;

11. Também é natural: o que fez a líder do PSD local e deputada na Assembleia da República? No concelho de Santo Tirso, não se conhece nenhuma posição polí-tica ou contributo digno de rele-vo para melhoria da qualidade de vida da população de Santo Tirso. Na Assembleia da República, a lí-der do PSD local destacou-se por, em quatro anos, ter assinado cin-co iniciativas parlamentares e um projeto de lei:1) Atividade de guarda-noturno2) Salvaguarda do acervo docu-mental do fundo de defesa mili-tar do Ultramar3) Criação do arquivo de Camarate4) Desaparecimento de correspon-dência sobre o Irão5) Promoção da coesão territorial6) Obras de dragagem no porto da Póvoa de Varzim12. O que fez a líder do PSD local em matéria de:1) Defender o Hospital de San-to Tirso?2) Repor o horário das 35 horas para os funcionários da Câmara Municipal?3) Evitar o levantamento da cláu-sula que impedia o aumento da taxa de IMI acima dos 75 euros?4) Cobertura de 100 por cento da rede de cuidados de saúde primá-rios no concelho?5) Construção da nova esquadra da PSP?6) Criação dos Parques Urbanos da Rabada e do Ribeiro do Mata-douro?7) Requalificação do parque esco-lar do concelho?8) Reabilitação da Quinta de Fora da Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento?9) Recuperação da Fábrica de San-to Thyrso?10) Requalificação do Museu Mu-nicipal e construção do museu da autoria de Siza Vieira?13. A questão que se impõe é: para isto, é preciso Santo Tirso ter um deputado na Assembleia da Re-pública?

Comunicado

Page 25: Jornal do Ave nº34

24 JORNAL DO AVE 21 outubro 2015 www.JORNALDOAVE.pt

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