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Escola Secundária c/ 3º Ciclo Henrique Medina Nº 14 — fevereiro 2013 Voz da Escola Nesta edição: Ficha Técnica Propriedade: Escola Secundária c/ 3º Ciclo Henrique Medina Coordenação: Equipa Coordenadora da Biblioteca Escolar Escola 2 Projetos 3 Visitas de Estudo 4-5 Poesia 6 St. Valentine’s Day 7 Biblioteca em ação 8-9 Solidariedade 10 Desporto 11-16 Editorial Olá a todos os nossos leitores! O jornal Voz da Escola está de volta. Apesar do ar “crisento” que hoje somos “obrigados” a respirar, o VE quer trazer algum oxigénio reflexivo que nos ocupe o espírito nem que seja por uns instantes. Nesta edição do nosso jornal, queremos refletir sobre a importância das atividades extracurriculares no desenvolvimento do aluno en- quanto pessoa. Olhando para trás, verifica-se que este assunto tem tido muitas dis- cussões e perspetivas que ainda hoje merecem tratados académicos e empíricos. Uns defendem que as atividades extracurriculares cons- tituem, categoricamente, um motivo de distração dos aspetos mais académicos da vida escolar. Mas outros consideram que estas ativi- dades promovem o desenvolvimento mais harmonioso do aluno pes- soal e socialmente. Ora, o cerne da questão está na gestão do tem- po. Os mais académicos surgem preocupados e apontam as suas críticas para o tempo que estas atividades retiram ao estudo. Assim, parece-nos que é importante fazer a distinção entre os diver- sos tipos de atividades extracurriculares. Há aquelas que são organi- zadas pela própria escola, fora do horário letivo. E estas podem ser académicas, como os concursos de línguas, matemática ou ciências ou podem ser mais lúdicas, nomeadamente, relacionadas com as atividades desportivas. Há depois as atividades extracurriculares organizadas pelos pais, fora da escola. Se olharmos hoje para a mai- or parte das famílias, o tempo livre de que dispõem para estar com os filhos diminuiu consideravelmente e, por isso, foi necessário colo- car os filhos em atividades extra, de forma a preencherem os seus tempos livres. Julgamos que estas ocupações extracurriculares são uma excelente forma de complementar a educação dos alunos/filhos pois, para além de aproveitarem o tempo livre, permitem evitar que os jovens passem demasiado tempo com a Internet, o computador, o telemó- vel, a televisão, ou, até, “fiquem à deriva”. São uma forma de fomen- tar o respeito pelos outros, o trabalho em equipa e, principalmente, a socialização com outros jovens da sua idade. Está nos livros e estu- dos de muitos académicos que estas atividades, designadamente, as ligadas ao desporto têm um efeito positivo no desempenho académi- co. Assim, queremos concluir, deixando no ar a importância das ativida- des extracurriculares, sempre que não sejam impostas, como oportu- nidade única para promover outros desenvolvimentos para além do cognitivo. A prática regular de uma atividade implica a existência de um sentido de responsabilidade e o estabelecimento de metas pes- soais. O que se constata nos estudos realizados neste âmbito é a perceção mais positiva da escola por parte dos alunos que partici- pam, de forma plena, na vida da Escola. Alunos que fazem mais exercício físico têm melhores resultados escolares É a conclusão de uma investigação reali- zada ao longo de cinco anos, junto de três mil alunos, por uma equipa de investiga- dores da Faculdade de Motricidade Huma- na, da Universidade Técnica de Lisboa. Os jovens com aptidão cardio-respiratória saudável tiveram um maior somatório das classificações a Português, Matemática, Ciências e Inglês. "Esta linha de investigação vem demons- trar a importância do jogo e actividade física informal e organizada para todas as crianças em contexto escolar", defende Carlos Neto, presidente da FMH/UTL. Veja a explicação para este efeito em: http://www.publico.pt/educacao/noticia/alunos- que-fazem-mais-exercicio-fisico-tem-melhores- resultados-escolares-1558459

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Page 1: Jornal_VozdaEscola_2013

Escola Secundár ia c/ 3º C ic lo Henr ique Medina

Nº 14 — fevere i ro 2013

Voz da Escola

Nesta edição:

Ficha Técnica

Propriedade: Escola Secundária c/ 3º

Ciclo Henrique Medina

Coordenação: Equipa Coordenadora da

Biblioteca Escolar

Escola 2

Projetos 3

Visitas de Estudo 4-5

Poesia 6

St. Valentine’s Day 7

Biblioteca em ação 8-9

Solidariedade 10

Desporto 11-16

Editorial

Olá a todos os nossos leitores! O jornal Voz da Escola está de volta.

Apesar do ar “crisento” que hoje somos “obrigados” a respirar, o VE

quer trazer algum oxigénio reflexivo que nos ocupe o espírito nem

que seja por uns instantes.

Nesta edição do nosso jornal, queremos refletir sobre a importância

das atividades extracurriculares no desenvolvimento do aluno en-

quanto pessoa.

Olhando para trás, verifica-se que este assunto tem tido muitas dis-

cussões e perspetivas que ainda hoje merecem tratados académicos

e empíricos. Uns defendem que as atividades extracurriculares cons-

tituem, categoricamente, um motivo de distração dos aspetos mais

académicos da vida escolar. Mas outros consideram que estas ativi-

dades promovem o desenvolvimento mais harmonioso do aluno pes-

soal e socialmente. Ora, o cerne da questão está na gestão do tem-

po. Os mais académicos surgem preocupados e apontam as suas

críticas para o tempo que estas atividades retiram ao estudo.

Assim, parece-nos que é importante fazer a distinção entre os diver-

sos tipos de atividades extracurriculares. Há aquelas que são organi-

zadas pela própria escola, fora do horário letivo. E estas podem ser

académicas, como os concursos de línguas, matemática ou ciências

ou podem ser mais lúdicas, nomeadamente, relacionadas com as

atividades desportivas. Há depois as atividades extracurriculares

organizadas pelos pais, fora da escola. Se olharmos hoje para a mai-

or parte das famílias, o tempo livre de que dispõem para estar com

os filhos diminuiu consideravelmente e, por isso, foi necessário colo-

car os filhos em atividades extra, de forma a preencherem os seus

tempos livres.

Julgamos que estas ocupações extracurriculares são uma excelente

forma de complementar a educação dos alunos/filhos pois, para

além de aproveitarem o tempo livre, permitem evitar que os jovens

passem demasiado tempo com a Internet, o computador, o telemó-

vel, a televisão, ou, até, “fiquem à deriva”. São uma forma de fomen-

tar o respeito pelos outros, o trabalho em equipa e, principalmente, a

socialização com outros jovens da sua idade. Está nos livros e estu-

dos de muitos académicos que estas atividades, designadamente, as

ligadas ao desporto têm um efeito positivo no desempenho académi-

co.

Assim, queremos concluir, deixando no ar a importância das ativida-

des extracurriculares, sempre que não sejam impostas, como oportu-

nidade única para promover outros desenvolvimentos para além do

cognitivo. A prática regular de uma atividade implica a existência de

um sentido de responsabilidade e o estabelecimento de metas pes-

soais. O que se constata nos estudos realizados neste âmbito é a

perceção mais positiva da escola por parte dos alunos que partici-

pam, de forma plena, na vida da Escola.

Alunos que fazem mais exercício

físico têm melhores resultados

escolares

É a conclusão de uma investigação reali-

zada ao longo de cinco anos, junto de três

mil alunos, por uma equipa de investiga-

dores da Faculdade de Motricidade Huma-

na, da Universidade Técnica de Lisboa.

Os jovens com aptidão cardio-respiratória

saudável tiveram um maior somatório das

classificações a Português, Matemática,

Ciências e Inglês.

"Esta linha de investigação vem demons-

trar a importância do jogo e actividade

física informal e organizada para todas as

crianças em contexto escolar", defende

Carlos Neto, presidente da FMH/UTL.

Veja a explicação para este efeito em: http://www.publico.pt/educacao/noticia/alunos-

que-fazem-mais-exercicio-fisico-tem-melhores-

resultados-escolares-1558459

Page 2: Jornal_VozdaEscola_2013

Escola

Página 2

Mensagem aos nossos alunos

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.”

De facto, e segundo estes versos de Camões, o mundo muda e cada um de nós

acompanha essa mudança, mudando também. E para que muita dessa mudança aconteça,

para que cada um de nós progrida no tempo, para que se desenvolva a vários níveis, fre-

quentar a escola torna-se essencial.

Mas, ir às aulas não representa apenas aprender conteúdos novos das várias disci-

plinas ou desenvolver o raciocínio e a inteligência. Não se limita ao facto de, todos os

dias, nos levantarmos para ouvir os professores, fazer exercícios, ter avaliações... É cla-

ro que essa é uma parte muito importante, mas estudar significa muito mais do que a

própria palavra representa. Para além de todos os conhecimentos que vamos adquirindo

na escola, vamos também percorrendo um caminho de aprendizagem e desenvolvimento

individual, através do qual vamos descobrindo como devemos comportar-nos com os ou-

tros e como devemos viver em sociedade.

É aqui que criamos, muitas vezes, amizades para toda a nossa vida, onde encontra-

mos pessoas que nos ajudam e nos marcam em todos os momentos. É aqui onde cresce-

mos como pessoas e onde aprendemos a ser mais pessoas. Onde vivemos aventuras, im-

possíveis noutro lugar. Onde experimentamos o erro e a sorte, o bom e o mau. É aqui que

reforçamos o nosso espírito e o nosso corpo, onde moldamos a nossa mentalidade, onde

abraçamos desafios e onde alcançamos metas que nos fazem aprender e compreender

tudo aquilo que a escola tem para nos oferecer.

Sem a escola seriamos um livro sem letras, sem conteúdo. Pobres corpos sem alma,

sem qualquer conhecimento. Existíamos sem qualquer objetivo, vaguearíamos pelo mundo

sem destino.

É por tudo isto que digo que, após termos concluído o nosso percurso escolar nesta

escola, fica o sentimento de missão cumprida, de que alcançamos todas as metas a que

nos propusemos, até chegar ao fim do ensino secundário. Que nos orgulhamos de ter es-

tudado aqui e de ter encontrado, no nosso percurso, pessoas sempre prontas a ajudar-

nos. Pessoas que nos proporcionaram todas as oportunidades para que pudéssemos che-

gar à nova fase da vida que se avizinha, para alguns: o ensino superior.

Assim, deixamos um conselho aos estudantes que aqui estudam: abracem a escola

como uma pequena grande fase da vossa vida e façam dela um palco de conhecimento e

sabedoria. E, finalmente, lutem sempre pelos vossos sonhos para que, um dia, se sintam

realizados como pessoas. Inês Rodrigues (aluna finalista do 12º ano, em 2011/2012)

Page 3: Jornal_VozdaEscola_2013

Projetos

Página 3

ESHM de volta à Assembleia da República

No passado dia 28 de novembro, a Escola Secundária c/ 3º Ciclo Henrique Medina

(ESHM) viajou de novo rumo à nossa capital onde, na Assembleia da República, o seu

prestígio foi novamente reconhecido. Tudo isto se deveu à sua participação na fase final do

programa Parlamento dos Jovens em Maio de 2012.

No âmbito deste programa, eu, Ana Isabel Silva, concorri ao prémio “Reportagem

Parlamento dos Jovens”, que se destina a incentivar as Escolas, que elejam “deputados” às

Sessões Nacionais do Parlamento dos Jovens, a divulgar a sua participação nesta iniciativa

através do jornal ou de outro meio de comunicação social da comunidade escolar e, sempre

que possível, na imprensa local ou regional.

Neste contexto, como jornalista representante da ESHM, redigi um trabalho no qual

foi descrita a experiência sentida pelos deputados da nossa escola que viveram esta iniciati-

va e tiveram a oportunidade de explorar o verdadeiro mundo da política.

As reportagens candidatas ao prémio foram avaliadas tendo em conta a apreciação da

correção, pertinência da informação, a criatividade na sua apresentação e o sentido crítico

das mesmas.

Assim, em meados do mês de novembro, o veredicto final foi anunciado e foi com

grande alegria que a nossa escola acolheu a notícia de que fora atribuída à reportagem por

mim enviada uma Menção Honrosa. Deste modo, no dia acima referido, voltei a sentar-me

junto dos verdadeiros deputados que todos os dias fazem a magia, que é a política. Depois

dos representantes de cada partido político deixarem a sua opinião a cerca da iniciativa em

questão, o deputado José Ribeiro e Castro felicitou os alunos congratulados a quem foram

entregues os respetivos certificados.

Concluo referindo apenas que, após bastante dedicação ao projeto “Parlamento dos

Jovens” e ao respetivo “Prémio Reportagem”, me senti orgulhosa, não só por ter visto todo

esse trabalho reconhecido, mas também,

por ter voltado à Assembleia da Repúbli-

ca, essa casa que pertence a todos nós.

Aproveito assim para incentivar os jovens

da nossa escola a participarem nesta inici-

ativa e outras demais que nos ajudam a

crescer e a saber viver e, principalmente, a

não terem receio de remar contra a maré

nestes dias difíceis que atravessamos.

Ana Isabel Silva, 11º B

Page 4: Jornal_VozdaEscola_2013

Visitas de Estudo

Página 4

UM DIA NO CENTRO HOSPITALAR DO ALTO MINHO

Os alunos do 1º ano do Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde, no âmbito das dis-

ciplinas de Saúde e Higiene, Segurança e Cuidados Gerais (HSCG), tiveram a oportunidade

de realizar uma visita de estudo ao Hospital de Santa Luzia em Viana do Castelo, no dia 6

de Dezembro. Tendo em atenção que este Hospital disponibiliza cuidados diferenciados em

diversas áreas da saúde, tivemos que acordar com a Direção do Hospital os locais a visitar.

Sendo assim, autorizaram que os alunos contactassem diretamente com o Departamento de

Ortopedia e de Medicina Interna deste Hospital, possibilitando a identificação e manusea-

mento de determinados materiais e equipamentos inseridos nestes serviços de cuidados de

saúde.

Ao longo desta visita, os alunos percecionaram as tarefas que se integram no âmbito de in-

tervenção do Auxiliar de Saúde sob orientação e supervisão de um profissional de saúde,

podendo reconhecer a importância da sua atividade para o trabalho de equipa multidiscipli-

nar.

É de salientar a importância fulcral deste tipo de atividades, pois possibilitam aos discentes a

vivência de uma realidade profissional intimamente relacionada com a sua futura formação

em contexto de trabalho, contribuindo, simultaneamente, para a aquisição de competências

imprescindíveis na definição do perfil de desempenho pretendido com a frequência deste

Curso Técnico.

Professora Ana Maria Pinto

Alunos do Curso Profissional

de Técnico Auxiliar de Saúde

no Serviço de Ortopedia do

Hospital de Santa Luzia de

Viana do castelo

Page 5: Jornal_VozdaEscola_2013

Visitas de Estudo

Página 5

VISITA DE ESTUDO AO MUSEU DO DEPARTAMENTO DE ANATOMIA

DA FACULDADE DE MEDICINA DO PORTO

No dia 17 de Janeiro, os alunos do 1º ano do Curso Profissional de

Técnico Auxiliar de Saúde, no âmbito das disciplinas de Saúde e

Higiene, Segurança e Cuidados Gerais (HSCG), participaram nu-

ma visita de estudo ao Museu do Departamento de Anatomia da

Faculdade de Medicina do Porto, no Hospital de S. João.

O Museu de Anatomia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto foi criado em 1825

pelos Professores Vicente José de Carvalho (1792-1851) e Bernardo Joaquim Pinto (1795-1852), os dois

primeiros professores de Anatomia da Escola de Cirurgia do Porto.

Atualmente, este Museu está localizado num espaço semi-

circular que envolve o Anfiteatro Norte da Faculdade de Medicina

da Universidade do Porto, propondo uma “viagem” única pelo

mundo do Corpo Humano, através de um acervo de milhares de

peças anatómicas que revisitam a história da Anatomia ao longo

dos últimos 150 anos.

Na primeira sala foi possível fazer uma breve incursão pela história da Anatomia na Faculdade

de Medicina do Porto através da exposição de quadros a óleo, dese-

nhos e fotografias dos antigos diretores do Instituto de Anatomia do

Professor J. A. Pires de Lima, bem como de documentos, de natureza

diversa, alusivos às suas carreiras e atividades. Nas salas seguintes, o

deslumbramento foi notório perante as numerosas peças de diferentes

órgãos do corpo humano, onde se salientavam as demonstrativas de

variações anatómicas. Ainda foi possível observar salas dedicadas à

Teratologia, à Anatomia Comparada e, finalmente, ao sistema ósseo,

com a exposição de vários esqueletos e uma coleção de crânios huma-

nos.

Com esta visita de estudo os alunos tiveram a oportunidade de consolidar determinadas apren-

dizagens já efetuadas em sala de aula, principalmente, no que concerne ao estudo da anatomia e fisiolo-

gia do corpo humano.

Professora Ana Maria Pinto

Page 6: Jornal_VozdaEscola_2013

Ciência

Página 6

Poesia

Página 6

O jovem estudante

Filho é de S. Paio

O menino estudante

Trabalhador e feliz

Nesta aldeia distante

Seu pai é Manuel

É de pobre família

Viveu muito tempo

Com muita agonia

Sua mãe é Maria

E de pobre herança

Esteve muitos anos

Em terras de Bragança

Ela é a mãe Maria

Ele é o pai Manuel

Vivem neste momento

Num mundo cruel

É Francisco seu nome

Laranjeira de apelido

Pode estar hoje em dia

Bastante agradecido

De idade tem quinze

É jovem admirador

De Maria, sua mãe

Sua paixão, seu amor

Um e setenta de altura

Igual ao seu pai

Um dia ele sonha

Ir até ao Paraguai

Assim foi a vida

Do pequeno menino

Que agora cresceu

E seguiu o ensino

Mecânico quer ser

Engenheiro um dia

Talvez no futuro

Professor na academia

Aluno do 1º TIE

PARABÉNS

«JOSÉ DE SOUSA SARAMAGO» Parabéns a você,

Nesta data querida,

Grande é nossa saudade,

Grande foi tua vida.

Em novembro, mês onze,

Viu nascer Azinhaga

O menino das letras,

Que o Mundo consagra.

Filho da terra lusa,

Mas casou em Espanha,

E viveu numa ilha

Com Pilar, que façanha!

Escrever, escreveu,

Mas sem pontuação,

Fá-lo-á o aluno,

Se tiver atenção.

Teve prémio Nobel

Teve o prémio Camões,

Já tem livros em filmes,

Sempre foi de paixões.

Poesias, romances,

Mais teatros e contos,

Mais viagens, memórias,

Tocou todos os pontos.

Viu nascer o convento,

Entre leis, tiranias,

Por promessas e sonhos,

Intenções, utopias.

Sete sóis-sete Luas,

Voador, eis Lourenço,

Personagens do livro,

Sofrimento imenso.

Viu a luz há noventa,

Saramago se foi,

Anos oitenta e sete,

Da escrita herói.

Ao lembrar seu natal,

Nós, felizes, cantamos

«Parabéns, obrigado»

Tua escrita adoramos. Prof. Américo Martins

Comemoração dos 90 anos de nascimento

do escritor, a 16 de novembro de 2012

Paz na Europa

Na Europa, a paz é o brilho das águas dos rios e lagos em todas as estações do ano. É o saltar de flor em flor no jardim de Inverno de Hel-sínquia. É o poder escalar os Alpes Franceses, cantar e dançar nas praças de Espanha e de Londres. É o poder gritar bem alto palavras feitas de esperança, solidariedade e amizade num eco audível desde o Ocea-no Glacial Ártico até ao Mediterrâneo e Mar Negro. É o reconfortante dar as mãos no Rossio em Lisboa,

estendido a todas as praças, desde a Venceslau, em

Praga, à Grande Place em Bruxelas ou simplesmente…

à casa do lado.

Sofia Pinto Carvoeiro, 11ºC

(Texto realizado no âmbito do Concurso "Paz, Europa, Futuro: que significa para ti a Paz na Europa?", promovido pelo Conselho Euro-peu, juntamente com a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu e em parceria com o Fórum Europeu da Juventude, por ocasião da

Page 7: Jornal_VozdaEscola_2013

Ciência

Página 7

St. Valentine’s Day

Página 7

February.14.2013

Dear LOVE

I´ve tried to run away, I´ve tried to escape,

to hide, but I just can´t. It hurts. It´s difficult and

risky, but I know I have to stay in. I´m in love with

you. And I just can´t give up of you. You know what

they say: “If you want something, then fight for it.”

Well, I´m fighting. I just hope to win your love.

But better than my awful love phrases, you can stay

with my whole heart, which I think is much better. I

know you´ll never let me down, because I can trust

you. I love all your details, because little things real-

ly matter when we are in love. And I am. Aren´t you?

You´re the missing piece, the sun inside of me. I

need you to give me unique LOVE.

With heart and soul, J. M. (10ºD)

I´d like to send you a kiss

On this special Valentine´s day

And tell you I will miss

Your beautiful smile everyday

It´s always a happy day

When I´m able to meet you

You ´ll always be on my way

It´s my sincere hope too

During all this time

Love was very hard to find

But now that I have you

You are always on my mind A. F. (7ºA)

My dearest Taeyang

From the moment I first saw you, you´ve been the only visible light in my way.

Years ago the night began to reign over this world, and a gloomy fog shrouded the world,

but unexpectedly I was touched by your light .The light of a bright full moon.

I was saved before shadows could possess me. Somehow I was not cursed, like eve-

ry single soul that has remained on Earth.

My heart fiercely pumps the blood to my veins. I can feel the power of love to-

wards nobody else… but YOU. I´m unable to fall in love with anyone else. Your heart is

pure. Impossible to be contaminated, unlike the earth people who have been living under

the shadows. YOUR HEART IS BRIGHT.

Today I had the confirmation in a dream that you´ve come down to Earth to rescue

this world from the dark times. So I leave this letter to fate, in the hope it gets to you.

I have no doubt soon we will be linked.

Always yours,

Sarang (A.R.11ºG)

Page 8: Jornal_VozdaEscola_2013

Biblioteca em Ação

Página 8

A nossa BE em revista...

"O 5 de Outubro dos escritores portugueses"

No intuito de assinalar o Dia da Implantação da República,

a BE descobriu, reuniu e divulgou, numa pequena exposição, o

que disseram alguns escritores portugueses, em diversos anos do

século XX, a propósito do 5 de outubro. Eis alguns desses escri-

tos:

Miguel Torga - 5 de Outubro de 1938

"Há quase um mês que não escrevo neste diário. Para quê escre-

ver todos os os dias a palavra solidão?

Hoje peguei na pena, não porque tenha muito que dizer, mas porque encontrei um bêbado na rua, aos tombos,

a resmungar isto:

- É preciso dar um jeito à vida!...

É preciso ter coragem! É preciso um homem aguentar-se no balanço!" (Diário I. Coimbra: ed. do autor, 6ª ed.

1978)

José Gomes Ferreira - 5 de Outubro de 1966

" O feriado de hoje não é obrigatório. E o Governo dificultou-o com a exigência da necessidade de uma licen-

ça especial para os estabelecimentos fecharem.

Mas segundo me disse a Rosália, as lojas da Baixa encerraram as portas.

Pequenina vitória dum sentimento-múmia que ainda faz estremecer alguns velhinhos doces: o

"republicanismo" " (Dias comuns I. Passos efémeros. Lisboa: D. Quixote, 1990)

Vergílio Ferreira - 5 de Outubro de 1982

"Viva o rei! É mentira. Era só para fazer ferro aos republicanos e ver quantos são os monárquicos no país

(...)" (Conta-corrente 4. Venda Nova: Bertrand, 1986)

16 de novembro “Dia do Desassossego”

Se José Saramago fosse vivo, faria, a 16 de novembro último, 90 anos. A Biblioteca Escolar não

quis deixar de assinalar esta data com uma pequena exposição sobre a vida e obra do escritor, com especi-

al destaque para Memorial do Convento, cuja 1ª edição foi há, precisa-

mente, 30 anos. A montagem desta exposição contou com a preciosa

colaboração dos alunos de Artes – do 12º E – que desenharam um

magnífico retrato, bem como algumas caricaturas do escritor.

Em jeito de homenagem ao Prémio Nobel da Literatura, um

grupo de alunos do 7ºA cantou os parabéns com uma letra alusiva ao

escritor. Depois, foi a vez dos alunos mais crescidos, do 12º A e B, di-

zerem alguns pensamentos do autor que escrevia "para desassossegar"

os seus leitores.

Page 9: Jornal_VozdaEscola_2013

Biblioteca em Ação

Página 9

Para saber mais sobre estas e outras atividades, consulte o blogue da BE em becomletras.blogspot.com

"Lendas e Astros" No dia 20 de novembro, a realidade e a ficção misturaram-se nas Sessões do Planetário, destinadas às tur-mas do 7º ano, orientadas pelo professor António Torres. A equipa da BE colaborou nesta iniciativa ao con-tar aos presentes a Lenda de Hércules, que explica a origem das constelações, protagonistas desta iniciati-va. Lenda de Hércules Hércules, o filho do deus Zeus/Júpiter e da bela mulher mortal Alcmena, foi o maior dos antigos heróis gre-gos. Começou a evidenciar a sua grande força física quando ainda era criança, mas, mais importante, refor-çou o seu forte carácter de adolescente quando encontrou duas mulheres chamadas Prazer e Virtude. Prazer prometeu-lhe divertimento, enquanto Virtude lhe prometeu trabalho árduo, mas também glória, como executante de grandes feitos para ajudar a humanidade. Escolheu Virtude e foi depois ensinado pelo sábio centauro Chiron. Os seus feitos incluem eliminar monstros que atormentavam o mundo. Lutou durante 30 dias com Leão de Némea até conseguir matá-lo. Depois destruiu a enorme cobra-d´água com sete cabeças de Lerna, que capturava e comia todos os que se aventurassem a passar perto do seu Pântano.

A cobra foi então atirada ao céu, onde está representada pela conste-lação da Hidra. Enquanto lutava com a cobra-d'água, Hércules ainda matou o caranguejo gigante que agora está na esfera celeste com o nome de Caranguejo. Capturou o javali de Erimanto, que destruía as vinhas, e ainda os bois de Gérion, que devastavam a terra. Hércules continuou o seu trabalho até completar 12 feitos. Vários anos depois foi envenenado por engano com sangue de um centauro. Quan-do morreu, os deuses levaram-no para o céu, onde pode ser visto co-mo um símbolo de quem se dedicou a ajudar a humanidade, realizan-do boas ações.

1ª Fase do Concurso Nacional

de Leitura

Decorreu, no passado dia 9 de janeiro,

a 1ª Fase do Concurso Nacional de Lei-

tura. As obras a concurso foram, no

Ensino Básico, Os Lusíadas contados às

crianças e lembrados ao povo, de João

de Barros, e, no Ensino Secundário, O

Mundo em que vivi, de Ilse Losa. Parti-

ciparam, nesta 1ª fase, 14 alunos do 3º

Ciclo e 81 do Ensino Secundário, tendo

sido apurados, para a 2ª Fase – Distri-

tal –, 3 alunos de cada Ciclo:

ENSINO SECUNDÁRIO:

Ana Isabel Silva, 11ºB

Daniela Salgueiro, 11ºC

João Ribeiro, 11ºB

ENSINO BÁSICO:

André Gonçalves, 9ºD

João Barbosa, 9ºD

Luís Silva, 7ºC

PARABÉNS AOS VENCEDORES!

Page 10: Jornal_VozdaEscola_2013

Solidariedade

Página 10 Página 10

“Bloco a bloco… se constrói uma Biblioteca”

Para um pouco para pensar e imagina como

seria a tua vida sem livros para ler... sem saber ler?...

e sem computador?... Já estamos a pedir demais…

Pois é, nem és capaz de imaginar!! Mas, há ainda

milhões de pessoas no mundo que não têm acesso a

estas coisas básicas que para ti são bens adquiridos.

É o caso dos estudantes de Itoculo, para os quais o

acesso a livros se faz, exclusivamente, na biblioteca.

Ora, a biblioteca existente naquela localidade resume

-se a um reduzido número de estantes onde se encon-

tram disponíveis os livros doados (alguns por ti).

A campanha “Bloco a bloco… se constrói

uma biblioteca” visa angariar fundos para a

construção de uma Biblioteca em Itoculo –

Moçambique, proporcionando aos jovens, de modo

especial aos estudantes, e à população em geral, a

possibilidade efetiva de melhorar a sua aprendizagem

e abrir-se às novas tecnologias digitais.

Itoculo é uma das regiões mais pobres da

Província de Nampula e, mesmo, da República de

Moçambique, embora um lento progresso se tenha

vindo a verificar no decurso dos últimos anos. O po-

vo, quase exclusivamente de etnia macua, pratica

uma economia de subsistência baseada no cultivo da

mandioca, do milho, da mapira e do feijão. Nalgu-

mas áreas, cultiva-se também o algodão.

No que se refere à educação, uma grande

parte das crianças não tem acesso à escola, ou porque

a escola mais próxima é demasiado longe, ou porque,

existindo escola, o número de vagas disponíveis é

muito inferior ao número de crianças em idade esco-

lar. Para obviar esta situação, criaram-se, ao nível

das comunidades cristãs, sob a coordenação da equi-

pa missionária, as chamadas escolas comunitárias

que têm o mérito de possibilitar a escolarização de

um número elevado de crianças que de outro modo

nunca poderiam frequentar a escola. Apesar das difi-

culdades logísticas e materiais e das deficiências do

sistema, há muitos jovens com vontade de aprender.

“Neste contexto, assumimos, como prioridade,

a atenção preferencial aos jovens e, nesta atenção,

um redobrado investimento na sua escolarização. No

contexto próprio dos meios rurais, como é o de Itocu-

lo, a única via séria e eficaz é a de criar centros de

consulta, formação e apoio a jovens estudantes, que

permitam minorar as dificuldades escolares com que

se debatem e aumentar as possibilidades de uma for-

mação mais prolongada e consistente.

O tipo de construção que se pretende fazer

consta de uma sala (56m2) com mesas, cadeiras e

armários para os livros; e uma sala anexa mais pe-

quena (24m2) também com mesas e cadeiras e mate-

rial informático. A despesa total prevista é de cerca

de 37000 euros.

Dada a onerosidade desta construção, será

impossível levá-la a cabo sem a vossa generosa

contribuição, face à qual estamos deveras

agradecidos.” P. Raul Viana

Para participares na campanha para a construção da

Biblioteca de Itoculo podes oferecer um

“bloco” (valor com que possas contribuir) por mês.

Será colocado na BE um bloco-mealheiro para rece-

ber os contributos de cada turma. O dia dedicado à

campanha será a primeira quarta-feira de cada mês.

Se não te for possível nesse dia, os mealheiros per-

manecerão na biblioteca até ao final dessa semana.

Um “bloco” da tua generosidade

pode significar o enriquecimento

promotor de mudança na vida de

colegas teus no norte de Moçambique.

O teu gesto faz a diferença !!!

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Desporto

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O Desporto na Escola Secundária Henrique Medina, Esposende

Agenda Desportiva 2012-2013

Estamos no 4ºano do ciclo de 2009-2013. A oferta desportiva para este ano e a mesma dos anos an-teriores pois e nosso objetivo consolidar as atividades planeadas no 1ºano deste ciclo. Visa proporcio-nar a toda a Comunidade Educativa o acesso a pra tica da atividade fí sica e desportiva como contributo essencial para a sua formaça o integral e aquisiça o de ha bitos de vida sauda vel.

Atividade Interna a realizar ao longo do ano letivo

Danças Sociais na Escola – 4ªfeiras – 14:55 a s 16:45 (Maurí cio Ribeiro) e 14:55 a s 16:45 (Conceiça o Couto); Torneios interturmas – 4ªfeiras – 14:00 a s 15:45 (Anto nio Veloso); Multiatividades – 4ªfeiras – 14:00 a s 15:45 (Rosa Viveiros) Atividade Externa (jogos com outras escolas), a realizar ao longo do ano Equipa de Juvenis masculinos de basquetebol - treinos a s 3ª e 6ª e jogos ao sa bado (Albino Machado); Equipa de iniciados femininos de voleibol - treinos a s 3ª, 4ª e 6ª e jogos ao sa bado (Cla udia Pinho); Equipa de juvenis femininos de voleibol - treinos a s 3ª, 4ª e 6ª e jogos ao sa bado (Cla udia Pinho); Equipa de juniores femininos de voleibol - treinos a s 4ª e 6ª e jogos ao sa bado (Anto nio Veloso); Equi-pa de iniciados masculinos de te nis de mesa - treinos a s 2ª, 3ª e 5ª e jogos ao sa bado (Albino Macha-do); Equipa de iniciados femininos e masculinos de golfe - treinos a s 2ª e 4ªe ao sa bado (Anto nio Campos)

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Desporto

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Atividades a realizar ao longo do ano

Curso de juizes/a rbitros de voleibol, basquetebol e te nis de mesa – 28 de novembro; Corta Mato Esco-lar 2012 – 12 de dezembro; Interturmas do Secunda rio - 13 de dezembro ; Projeto Mega Atleta – dias 23 e 30 de janeiro; IV JDECE – Corrida de Estrada – Marginal de Esposende; Corta Mato Distrital – Gui-mara es – fevereiro (data a definir); Compal Air local – Barcelos – fevereiro (data a definir pela organi-zaça o); Caminhada e Visita ao Castro de S.Lourenço – 12 de março de 2013; Dia do Fato de Treino – 15 de março ; Mega Atleta Distrital – Guimara es – data a definir; IV JDECE – andebol de 5x5 - 9 de abril; IV JDECE – basquetebol de 3x3 – 11 de abril; IV JDECE – voleibol de 4x4 – 12 de abril; Dia da Escola – multiatividades - 7 de junho. Comunidade educativa; Colo quios Desportivos – Va rios temas: “A corrida na Escola”, “A canoagem no Concelho de Esposende”, “A importa ncia da Escola na formaça o do jogador de futebol”, “O voleibol na Escola Secunda ria Henrique Medina”; “A sau de e o Desporto”, entre outros; Projeto MEXA-SE Pela sua sau de - durante o ano letivo: Caminhada e observaça o do patrimo nio biolo -gico da APPCB, em Paredes de Coura; Caminhada e observaça o do patrimo nio geolo gico, em Arouca; Atividades de Exploraça o da natureza; Caminhada na PNPGere s, observando o patrimo nio biolo gico e arqueolo gico; Caminhada no Litoral de Esposende, observando o patrimo nio natural, entre outras ati-vidades; Dia da Canoagem – Apo s o encerramento do ano escolar.

Formação de juízes árbitros de basquetebol e voleibol

Esta atividade encontra-se em execuça o. O objetivo dos colegas responsa veis, Cla udia Pinho, Anto nio Veloso e Albino Machado e formarem os alunos para a funça o de arbitragem nestas modalidades. A formaça o de ní vel II decorreu em Braga, nos dias 23 e 25 de janeiro, com a participaça o de 2 alunos no curso de voleibol e um no de basquetebol.

Corta Mato Escolar 2012

Realizou-se no passado dia 12 de dezembro, com um total de 406 envolvidos (12 professores; 369 alunos e 25 colaboradores). Destacamos os 3 primeiros classificados em cada escala o ge nero. Os seis primeiros classificados represen-tara o a escola nas provas de Corrida de Estrada e Corta Mato Distrital, a realizar em Esposende e Guimara es, nos dias 25 de janeiro e 6 de fevereiro. Infantis B femininos: 1ª (7ºB) MARTA SOUSA; 2ª (7ºB) ANA RODRIGUES; 3ª (7ºB) CATARINA FREI-XO; Infantis B masculinos: 1º (7ºD) ANDRE CARDOSO; 2º (7ºC) YANNIC DA SILVA; 3º (7ºC) NUNO PEREIRA; Iniciados femininos: 1ª (9ºC) MARINA DA SILVA; 2ª (9ºD) MARIANA MOREIRA; 3ª (9ºA) CATARINA ARAÚ JO; Iniciados masculinos: 1º (9ºD) TIBE RIO LEMOS; 2º (9ºB) MARCELO RODRI-GÚES; 3º(8ºC) PEDRO BARBOSA; Juvenis femininos: 1ª (11ºD) ANA FRADIQUE; 2ª (11ºA) CATARINA JARDIM; 3ª DOLGA DA SILVA; Juvenis masculinos: 1º (11ºB) FA BIO ABREU; 2º (10ºH) ANTONY LO-PES; 3º (10ºG) DANIEL DE BRITO; Juniores femininos: 1ª (12ºA) SOLANGE INE S; 2ª (12ºA) JE SSICA FARIA; 3ª(12ºC) DANIELA COÚTINHO; Juniores masculinos: 1º (12ºF) MIGUEL RODRIGUES; 2º (11ºG) JOAO FIGUEIREDO; 3º (12ºF) VICENTE MIQUELINO

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Torneio de Voleibol para o Ensino Secundário Realizou-se no passado dia 13 de dezembro, com 408 participantes (201 raparigas e 207 rapazes). Os campeões do torneio foram, nos de cimos anos, o 10ºF no ge nero feminino e o 10ºG no masculino; nos de cimos primeiros, o 11ºG no ge nero feminino e o 11ºF no masculino, e nos de cimos segundos anos, o 12ºG no ge nero feminino e o 12º C no masculino. Os alunos participantes, quer no corta-mato, quer no torneio de voleibol tiveram um desempenho de qualidade e um comportamento exemplar. Destacamos a contribuiça o destas atividades para a melho-ria dos resultados escolares, melhor integraça o na escola, aplicaça o dos conteu dos da disciplina e de outras a reas disciplinares, exercitaça o da corrida de fundo em competiça o, melhoria do desempenho socio-afetivo e aquisiça o de ha bitos de vida sauda veis. Sendo atividades que se realizam em grupo oposiça o/cooperaça o, representaram tambe m um excelente momento de Educaça o para a Cidadania. Podemos afirmar, pela percentagem elevada de participaça o e pelo comportamento alegre e diverti-do, que foram atividades do agrado dos alunos. O sucesso das iniciativas deveu-se ao empenho e compete ncia de todos os colegas de Educaça o Fí sica, a colaboraça o dos alunos do 2ºTAGD e ao apoio no som do colega Anto nio Torres.

MEXA-SE Pela sua saúde

Este projeto tem como suporte o Programa Nacional de Promoça o da Atividade Fí sica Desportiva”, (“Mexa-se” Na o fique parado. Pela sua Sau de”) e funciona como uma dimensa o de projeto educativo da escola, a desenvolver no a mbito do seu Plano Anual de Atividades. Trata-se de uma atividade inter-

disciplinar envolvendo as secço es de Educaça o Fí sica, Biologia, Geografia, Histo ria, equipa PES e Biblioteca Escolar. A sua Missa o e promover a aqui-siça o de ha bitos de vida sauda vel atrave s da pra tica de atividades fí sicas e desportivas em espaços livres, recreativos e de lazer. A secça o de Educaça o Fí sica, com o apoio das secço es referidas, fara a gesta o te cnico-pedago gica do projeto, selecionando, planeando, orientando, acompanhando, promo-vendo e avaliando as atividades. O Plano de aça o passa pela organizaça o, implementaça o e avaliaça o de programas de promoça o da atividade fí sica

junto da Comunidade Educativa e com uma prioridade: Mobilizar os sedentários. “Mexa-se” Não fique parado. Pela sua Saúde. “...De acordo com os modelos mais recentes, os benefí cios na sau de, nomeadamente para a prevença o

das doenças cro nicas, podem ser obtidos atrave s de uma atividade fí sica moderada, acumulada, num mínimo de 30 minutos diários, na maioria dos dias da semana...”; “...do ponto de vista de sau de pu blica, a prioridade e redu-zir as elevadas taxas de sedentarismo, apostando na pro-moça o de um estilo de vida ativo, onde a atividade fí sica, o exercí cio e o desporto estejam presentes na vida quotidia-na da populaça o”...)

Realizaram-se ja quatro atividades, a CAMINHADA NA A REA DE PAISAGEM PROTE-GIDA DE CORNO DE BICO no dia 01 de dezembro; a CAMINHADA de NATAL A RES-

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TINGA DO CA VADO no dia 19 de dezembro e CAMINHADA AO PICOTINHO no dia 19 de janeiro e a CAMINHADA NA SERRA DA FREITA, EM AROÚCA, no dia 9 de fevereiro.

Pedestrianismo na Serra da Freita

No dia 9 de fevereiro de 2013, um grupo de vinte e nove personalidades da ESHM resolveu participar numa caminhada na Serra da Freita, entre a aldeia de Albergaria da Serra e a aldeia de Castanheira, sen-do a segunda, um geossí tio que apresenta um feno meno raro no mundo, as populares pedras paridei-ras.

Integrados no projeto denominado “Mexa-se pela sua sau de”, os participantes da ini-ciativa começaram o seu percurso no miradouro da “Frecha da Mizarela”, contem-plando uma imponente queda de a gua com 70 m. de altura (A maior queda de a gua de Portugal Continental), que esta assente numa “debilidade estrutural” (uma falha) e que permitiu formar tal desní vel a custa da erosa o diferencial, ou seja, constituir uma escarpa no contacto litolo gico entre o “granito da Freita” mais resistente e o “complexo xisto-grauva quico ante-ordoví cico” menos resistente.

Antes dessa vista panora mica, uma parte da comitiva dependente da cafeí na, entrou entusiasticamente portas adentro no cafe “Ponto Alto” para degustar uma bica, que

mais parecia, segundo alguns bebedores, uma chico ria de qualidade duvidosa. Pena minha que os de-pendentes dessa adiça o na o tivessem bebido cafe turco, pois teria o prazer de ver uns tantos caminhei-ros a cuspir borras pelas suas entranhas gustativas. Outros caminheiros mais afoitos, uns verdadeiros guerreiros da montanha, ja dedilhavam as suas ma quinas fotogra ficas para mais tarde recordar. Eu ten-tava observar daquele lugar alcandorado, a ria de Aveiro, mas a neblina costeira negava-me essa possi-bilidade visual.

Saí dos desse ponto cumeeiro, fomos em direça o a uma ponte, onde se obser-varam “marmitas de gigante” no rio Caima, depresso es circulares escavadas no substrato rochoso que se devem aos redemoinhos de seixos e sedimentos mais finos, os principais agentes abrasivos. Antes da ponte, surgiram umas pequenas rochas com minu sculas depresso es, as chamadas “pias”, ainda um fila o de quartzo embutido nos xistos-grauvaques, micro-dobras e algumas rochas com maclas de cruz latina.

Mais a frente, quase em fila indiana, o grupo entrou num caminho que nos levou a uma aldeia remota, localidade parada no tempo, parecendo uma ge-nuí na herança pre -histo rica, o “Zeitgeist” na aldeia de Cabaços. Aí , alguns idosos preparavam os esta bulos do gado, ainda com camas de mato para dar conforto a s rezes. Algue m da nossa comitiva deu um solene bom dia a uma camponesa sem bigode e sem barba na benta, a qual respondeu imediata-mente, “olhe, so se for para si, que na o esta a trabalhar”! Depois deste episo -dio de bom humor serrano, prosseguimos o nosso trajeto, subindo uma ele-

vaça o pejada de tojo, aqui e ali, de umas cascalheiras de gravidade que ameaçavam uns belí ssimos tom-bos aos mais incautos salta-pedrinhas.

Posteriormente surgiu uma descida abrupta, onde se podia observar cavali-nha, uvas de ca o, lí rios, ansarinas e carqueja, sendo que esta u ltima planta, picava as perninhas a brava! Eu fui surpreendido mais na base da vertente montanhosa por uma sub-reptí cia raiz no solo e dei um bate-cu de fazer ar-roxear o glu teo. Mas, levantei-me rapidamente e tudo passou despercebido, sobretudo para os “coelhinhos” que esperavam la em baixo, junto ao valeiro de um encantador riacho, cuja passagem se fez pedra sobre pedra, num am-biente buco lico que respirava sau de. Úm legiona rio france s, pedestrianista

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de meada, la conseguira rede no seu telemo vel e telefonava para casa a contar as suas façanhas na Frei-ta.

Finalmente, o grupo foi chegando paulatinamente a aldeia de Castanheira e dirigiu-se ao Centro de Interpretaça o das Pedras Parideiras. Antes de che-gar ao centro, eu aproveitei para fotografar “espigueiros ou canastras”, te-lhados em ardo sia, ora modernos, ora mais antigos, socalcos e a capelinha da aldeia. No palanque do centro, um economista do grupo mirava a ladeira de acesso, ansiando precocemente por vitela arouquesa, enquanto uma se-nhora moçambicana chuchava no dedo polegar, desopilando o seu stress quotidiano! Quando la cheguei, foi tempo de abastecimento e um casal forja-

nense, portadores de uma bola e de um bolo, brindou-nos com umas provas gostosas das suas matinais merendas. A bola de carne estava divinal, ta o supimpa que escorregava na boca como queijo amantei-gado! Dois casais, ja sentadinhos num banco de pedra, um france s (de uma senhora biblioteca ria) e ou-tro ingle s (cujo marido era informa tico) descansavam as perninhas arranhadas pelo mato e hidrata-vam-se adequadamente.

Com o grupo todo reunido, passou-se de seguida, a explicaça o da maternidade das ditas “pedras pari-deiras”, evocando a mença o popular das “pedras que parem outras pedras”, na realidade a existe ncia de um granito nodular nesse aute ntico museu geolo gico, cuja formaça o tem va rias interpretaço es cientí ficas, na o sendo qualquer uma consensual. Todavia, estes no dulos disco ides sa o “biotites” ou micas negras que bro-tam dos granitos por termoclastia, depois de existir uma primeira fase, su-jeitas a crioclastia, que acontece no Inverno. Esta o, no dizer dos eruditos, associados a uma certa cristalizaça o magma tica do contempora neo granito da Serra da Freita e aqui, fala-se da separaça o de um fluido cloretado rico em vola teis. Mais, na o sei dizer, certo e que reparei que grande parte dos ouvintes estavam perplexos com esta magia petrolo gica e quase a dormir de olhos abertos! Eu pasmava de espanto naquele geossí tio! Entretanto, alguns compradores compulsivos entusiasmavam-se com a loja do centro e compravam pa o de abo bora, tilenes (punhos em la ), saquetas de cha e livros. No exterior do centro, uma caminheira bio loga carregava em ma os uma “turmalina em leque” e eu, juntamente com o geo logo do grupo, des-cobrí amos num “po rfiro granito ide”, um conjunto elevado de biotites de dimenso es variadas. Fica mos para tra s, de modo a observar cuidadosa-mente este feno meno í mpar a ní vel mundial, enquanto o resto do grupo se deslocava rapidamente ate aos locais sinalizados como antigas “minas de volfra mio”.

Mais a frente, numa a rea de queimada, viam-se afloramentos de quartzo, que ao longe davam a ideia de uma paisagem com neve. Passou-se tambe m por um pequeno ribeiro com pedras a parir dentro de a gua e viram-se bem perto algumas “dobras”. Es-ta vamos ja numa cumeada, onde surgiram as “mamoas” de Monte Calvo e os nossos historiadores manifestavam alegria nos seus olhos brilhantes. Daí avistavam-se majesta ticos “inselbergs” (Relevos Residuais), constituin-do o “Castle Kopje” de S. Pedro Velho. Nessa a rea plana ltica cirandava o Caima (Ja pro ximo da nascente) e junto a uma ponte de pedra viam-se “plantas higro filas” que libertavam O2 (oxige nio) e outras em decomposi-ça o, libertavam CH4 (metano). Nesse caminho mais aplanado observavam-se mariolas para orientar os caminheiros nesta PR (Pequena Rota), num trilho dentre muitos trilhos do Geoparque de Arouca. Num vale sinuoso, apareciam velhas azenhas pro ximas do leito do Caima, pauis em terrenos inclinados, pe-quenos abrigos de gado miu do (caprino e ovino) e ate terraços com enormes muros de pedra. Reparei ainda no conjunto de diacla ses sub-verticais que existiam nalguns granitos, devidas ao intemperismo fí sico, a s vezes com formato de bolsas, mas sem a disjunça o poligonal ou a fissuraça o das “pedras boro-as” de Junqueiro (Na o esta vamos longe desse local, tambe m na freguesia de Albergaria). Tí nhamos na nossa frente, uma paisagem indescrití vel para deleitar os nossos sentidos! Constata vamos tambe m que

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muitas a reas de montanha estavam delimitadas por irregulares muros, indicadores de divisa o da pro-priedade privada.

Em pequenos grupos, um a um, chega vamos a aldeia de Albergaria da Serra, o ponto de chegada que tambe m fora o ponto de partida. Porquanto, o sol baixava no horizonte e alguma vegetaça o arbo rea (pinheiros da casquinha, a lamos, ciprestes....) coava as radiaço es solares, pois ja passavam das 15 ho-ras da tarde. Seguimos o trajeto do rio ate uma nova ponte, onde se vis-lumbrou uma belí ssima cascata de a gua, a igreja da aldeia, um dourado coreto e uma ca lida casinha com uma “micropriedade” contí gua a uma le-vada e ao pro prio rio Caima. Boquiaberto com aquele local, eu nunca tinha visto na minha vida, um terreno ta o pequeno com meia du zia de couves galegas plantadas e por cima delas, umas pouquí ssimas videiras em latada! A seguir, o meu grupo chegou a um pequeno parque desportivo e aí , de-pois da passagem por uma ponte de madeira, foi homenageado por uma corpulenta vaca arouquesa, que nos fez a receça o com um “mou” de enor-me respeito cí vico!

A finalizar a caminhada, entrou-se na estrada que nos levaria ate ao autopullman e este, aguardava os nossos corpinhos suados e cansados desta aventura parideira! Sem faltar algue m ao grupo, o autocarro levou-nos a aldeia do Merujal, passando pelo parque de campismo que se via in loco e depois, pelo Pico do Gralheiro, onde se situa o radar meteorolo gico do Norte de Portugal e um parque eo lico.

A partir daqui, iniciou-se a descida da serra em direça o a Arouca, a vila que tem o importante “convento de Santa Mafalda” (Filha do nosso primeiro rei). Por volta das dezasseis horas chega vamos a Quinta do Novais (Hotel Rural) para provar as iguarias locais, onde se destacava no carda pio, uma chusma de entradas apaladadas e uma suculenta vitela arouquesa (Carne de raça auto ctone) regada com vinho Caiado de uma boa cepa alentejana e que caiou imperdoavelmente as nossas goelas so fre-gas. Num instante guloso e com as enzimas muito ativas, a comitiva provou no fim, um bolo de chocola-te que foi trinta vezes fatiado, de modo a servir todo o grupo de pedestrianistas e o guia local. O delicio-so bolo escorregou ta o bem pelas bocas, que ja havia algue m com ideias radicais no grupo, a pedir mais vinho Caiado para molhar os gorgomilos sequiosos.

Acabado o repasto (Denominado “tre s em um” – almoço, lanche e jantar em simulta neo), ja era pratica-mente noite e as luzes translu cidas la fora, ofuscavam as vistinhas turvas de uns e as barriguinhas chei-as de outros que queriam dormir no autocarro! Mas, tal na o acontecera! Úma parte do grupo na o se contentou so com a tardia refeiça o e dirigiu-se a uma pastelaria para comprar o famoso pa o-de-lo local e uns paste is parideiros que por la existiam.

Diverte-te lendo o

VE!!!

No regresso a casa, viemos todos a cantar com afinco mu sicas de Tony Carreira, A gata, Ana Malhoa, entre outros cantores, de tal modo que a comoça o geral na o estancava com tantos í dolos populares. Na o se podia dormir com um Karaoke de elevadí ssimo ní vel! E a narrativa desta aven-tura pela Serra da Freita acaba aqui com a revelaça o de novos cantores, talentos que estavam no anonimato e que pariram brilhantes desafinan-ços vocais! Pode-se mesmo dizer que terminava a visita a “Disneyla ndia dos geo logos portugueses”, numa a rea com 41 geossí tios importantes que fazem parte da Rede Europeia de Geoparques da ÚNESCO, onde ha pedras que se descolam de uma morada com 300 milho es de anos, ro-chas e metasedimentos que se dobram, a mais alta cascata do continente, fo sseis dos primeiros animais – gigantes trilobites de Canelas e icnofo s-seis de Alvarenga (Isto na o vimos!), antigas minas de volfra mio, filo es de quartzo, conheiros (ouro aluvionar do tempo dos romanos) e um marco geode sico que permite observar o mar e as serras do Caramulo e da Es-trela. Foi um dia naturalmente diferente e inesquecí vel, o qual foi regista-do no livro de recordaço es para memo ria futura.

Professor Paulo Dias