12

jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio
Page 2: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 152Palavras do Presidente

Presidente: Thiers MontebelloVice-Presidente: Jair Lins NettoConselheiros: Fernando Bueno Guimarães

Antonio Carlos Flores de MoraesSérgio CabralNestor RochaMaurício Azêdo

Procurador-Chefe: Carlos Henrique Amorim Costa

Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro Em Pauta Ano IV nº 15 jul/ago/setembro de 2002

Editado pela Diretoria de Publicações do TCMRJ

Rua Santa Luzia nº 732 sls. 802 e 803

CEP: 20030-040 - Centro - Rio de Janeiro - RJ

Tel.: (21) 2262-7940 - Fax: (21) 3824-3655

E-mail: [email protected]

Home-page: www.tcm.rj.gov.br

Editor: Roberto Mota

Redatoras: Denise Cook, Pepa Saldanha e Vera Mary Passos

Equipe: Denise Losso e Rose Pereira de Oliveira

Editoração: Editora Gráfica Comunicação (Wayner Nascimento)

Fotos: Ivan Gorito Maurity

Capa: Fusão de imagens: ao fundo, a comunidade de Rio das Pedras.

Criação: Roberto Mota

PrestandoContasDando prosseguimento às

atividades culturaisimplementadas nos últi-

mos meses � apresentação dosCorais do TCE e da Comlurb,inauguração do Espaço das Ar-tes, exposições de artes plásti-cas, concerto doviolonista HélioRibeiro �, o TCMRJ,através do CentroCultural, lançou aidéia de criar o seupróprio Coral, for-mado pelos servi-dores que demons-trassem interesseem participar des-sa atividade.

A resposta àdivulgação da pro-posta de formaçãodo Coral foi sur-preendente: ao pri-meiro ensaio com-pareceram 36 ser-vidores, e agora jásão 59 inscritos.

Diante dessaexcelente acolhida, o TCMRJcontratou o Maestro Zeca,como regente do coral, e aprofessora de Técnica VocalGláucia Mancebo Henriques

D Gomes. Os ensaios ocorrem àsterças-feiras, das 12h às 14h, noauditório Luiz Alberto Bahia.

Ao proporcionar aos seusservidores esta atividade cultu-ral, o TCMRJ visa, igualmente,a promover maior integração

entre eles, num am-biente de descon-tração, fora dos li-mites de suas fun-ções diárias. O resul-tado tem sido posi-tivo em todos os as-pectos.

No final doano, o Coral doTCMRJ fará sua pri-meira apresenta-ção, que, certamen-te, será coroada desucesso, tendo emvista o entusiasmo ea dedicação de seusintegrantes.

Minha expec-tativa pessoal é deque este Coral venhaa se consolidar de-

finitivamente no contexto docanto coral do Rio de Janeiro ena história do TCMRJ.

• Durante o segundo trimestre de 2002 oTCMRJ realizou 22 Sessões Plenárias,apreciou 2.660 processos, analisou 144 editaisde concorrência, solicitou 622 diligências ejulgou 48 inspeções ordinárias e uma especial.

• Durante o primeiro semestre de 2002 oTCMRJ realizou 40 Sessões Plenárias,apreciou 4.517 processos, solicitou 1.042diligências, julgou 84 inspeções ordinárias, 2inspeções especiais e analisou 245 editais deconcorrência, no valor de R$ 6.187.854.40,gerando uma grande economia para omunicípio.

Cartas do LeitorO destaque de cartas do período

foi para o CD das Contas de Gestão daPrefeitura da Cidade do Rio de Janeiro,enviado pelo TCMRJ a diversos Tribu-nais de Contas e outras instituições detodo o País. O CD registra o Relatório e oParecer Prévio sobre as contas da Prefei-tura no exercício de 2001.

Dentre as diversas autoridadesque agradeceram a iniciativa e elogiaramo trabalho, destacamos o Presidente daCâmara Municipal do Rio de Janeiro,Sami Jorge; os Presidentes do TCE-RJ,Conselheiro José Graciosa; do TCE-SP,Cláudio Ferraz de Alvarenga e o do TCE-DF, Manoel Paulo de Andrade Neto.

Ao proporcionaraos seus servido-res esta ativida-

de cultural, oTCMRJ visa,igualmente, a

promover maiorintegração

entre eles, numambiente de

descontração,fora dos limitesde suas funçõesdiárias. O resul-tado tem sido po-

sitivo em todosos aspectos.

Thiers Montebello

Carlos Pinna de Assis – Presidenteda Atricon – ao saudar oGovernador de Sergipe, AlbanoFranco, por ocasião da entrega daMedalha Miguel Seabra Fagundes ,em 16.09.02, na sede do TCE-Aracaju.

“Só um governante que não

teme ser fiscalizado investe

no aprimoramento do sistema

Tribunal de Contas”

Page 3: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 15 3Recomendações do TCMRJviram decreto da Prefeitura

OTribunal aprovou, por maioria devotos, o Parecer Prévio sobre as con-tas do governo Cesar Maia, de 2001,

por não constatar irregularidades ou im-propriedades que comprometessem a exati-dão das contas. Fez, porém, várias reco-mendações � 36 ao todo.

O Prefeito do Rio, ao tomar conheci-mento, assinou o Decreto de nº 21497, em04.06.02, determinando que todas as Secre-tarias e Órgãos municipais, daquela dataem diante, sigam à risca as recomendaçõesdo TCMRJ, entre elas: inclusão de item pre-liminar destinado a esclarecimentos sobreas recomendações efetuadas no exercício

Criada pela Lei nº 2.155, de 30.05.1994,para otimizar os processos de traba-lho do Tribunal através da aplicação

da Tecnologia da Informação, a Assesoriade Informática do TCMRJ - ASI - conseguiu,com o apoio de todos os órgãos da Corte,ganhos e aperfeiçoamentos vitais para soli-dificar as ações de melhoria deste Tribunal.

Contando inicialmente com trêsmicrocomputadores PC-XT e três sistemascomputacionais X-BASE, a ASI evoluiu hojepara uma rede corporativa com 380 pon-tos, 530 usuários, 194 microcomputadorese 15 sistemas baseados em ambiente clien-te-servidor. Para atender a demanda proje-tada para os próximos anos, foram inicia-dos estudos visando ampliar a rede localexistente, tanto em velocidade de acesso,como em número de pontos disponíveis.

Atuando no desenvolvimento de sis-temas, na administração da rede, no supor-te técnico operacional, no treinamento e noapoio ao controle externo através da emis-são de parecer técnico em processos do Mu-nicípio, a ASI conta com uma equipe de 15servidores, altamente comprometidos comos resultados do TCMRJ. Conta tambémcom importante apoio da Empresa Munici-pal de Informática � IPLANRIO, com a qualcompartilha dos benefícios das ações do Sis-tema Municipal de Informática.

Quanto ao desenvolvimento de sis-temas, o destaque é para os sistemascorporativos próprios, verdadeiras soluçõesde Tecnologia da Informação, desenvolvi-dos por equipe interna, que permitiram aotimização dos trabalhos. Rotinas que de-moravam dias passaram a ser realizadas

anterior pois permitiria avaliar o empenhoda Administração em sanar as deficiênciasreveladas na gestão precedente; que a Pro-curadoria Geral do Município busque ummaior entrosamento com a Secretaria Mu-nicipal de Fazenda e a Controladoria Geraldo Município visando a sanar as imperfei-ções de seus Cadastros de contribuintes edo Cadastro da Dívida Ativa; que seja abolidaa prática de se efetuar despesas sem prévioempenho, evitando, desta forma, as �despe-sas a pagar�; que sejam destinados ao Fun-do de Conservação Ambiental, no mínimo,60% dos recursos dos royalties do petró-leo, conforme determinação do artigo 1º do

Decreto �N� nº 17.279/98; que o Poder Exe-cutivo exerça com mais proficiência a arre-cadação da Taxa de Autorização de Publici-dade, cuja receita no exercício de 2001 nãoreflete a expansão da exposição de publici-dade ao ar livre, com suas seqüelas de agres-sões à paisagem e ao meio ambiente e depoluição visual da Cidade; que o Poder Exe-cutivo proceda à contestação, na esfera ad-ministrativa ou judicial do débito deR$ 11.273.889,34 imputado ao Municípiopelo Serviço de Patrimônio da União � SPUpela utilização da Marina da Glória, cujaexploração proporciona benefícios somen-te à empresa nela instalada.

Informática deleta o atrasoA ASI não usa o dinheiro público para gerar tecnologia, mas a

tecnologia para apoiar o controle da aplicação do dinheiro público.

O

C em minutos, com confiabilidade esegurança.

� Com ampla participação dos usu-ários em seu desenvolvimento � observaRodolfo Luis Pardo, Assessor-Chefe da ASI- ressaltamos todo o ambiente criado paraacompanhar a fiscalização exercida pelostécnicos, bem como as decisões nas Ses-sões Plenárias. Guia de remessa eletrôni-ca, detalhamento técnico dos instrumen-tos recebidos, controle de prazos regimen-tais, cadastro das instruções do corpo téc-nico, dos pareceres da Procuradoria Espe-cial, dos relatórios e votos dos Conselhei-ros, emissão automatizada de pautas e ex-tratos das Sessões Plenárias, emis-são automatizada de ofício paraos órgãos jurisdicionados sãoapenas algumas das funciona-lidades que encontram-se emoperação. Muitas destas infor-mações encontram-se tambémdisponíveis na Internet.

Disponibilizado em 1997,o site do TCMRJ, no endereçohttp://www.tcm.rj.gov.br, permi-te a ampla publicidade dos resul-tados da fiscalização exercida,dando total transparên-cia às ações do Tribu-nal. Com uma mé-dia mensal de5.500 visitas,disponibiliza,entre outros,consulta às in-formações pro-cessuais, a Bi-

blioteca On Line do TCMRJ, o Relatório eParecer Prévio sobre as Contas de Gover-no no Município do Rio de Janeiro, orien-tações aos jurisdicionados, inteiro teor dosrelatórios de inspeção, relatório de gestãofiscal, relatório de acompanhamento dagestão orçamentária dos órgãos e entida-des integrantes da estrutura organiza-cional da municipalidade carioca.

No treinamento � registra Rodolfo(foto) - está sendo preparado material di-dático para que cursos regulares sejamministrados internamente. Pouco notado,porém, de importância fundamental, opessoal da administração da rede man-tém todo o ambiente computacional em

operação, garantindo o compartilha-mento de recursos e, visando amparartecnicamente os usuários durante aexecução de suas tarefas, a equipe dosuporte técnico não mede esforços

para apoiá-los sempre que aci-onada. Afinal, de nada adi-antaria tal avanço tecno-

lógico se as informa-ções geradas não

fossem combi-nadas com

as experi-ê n c i a s ,crenças evalores decada um. O

c o n h e c i -mento está

nas pessoas, afir-ma o Assessor-

Chefe da ASI.

Page 4: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 154

Émanhã de sol na Barra da Tijuca:os técnicos de controle externoda 2ª Inspetoria Geral (IGE), An-

tonio Sergio Ribeiro Poço e Alfredo LoboBorges, entram no helicóptero Bell JetRanger III portando uma câmera digi-tal. A cena, ocorrida no último dia 22 dejulho, marca a primeira inspeção aéreado TCMRJ e mostra como o órgão vem seequipando para cada vez mais agilizarsuas atividades.

Mais do que permitir uma visãocompleta do andamento das obras decanalização e dragagem dos rios Gran-de/Arroio Fundo, Anil e das Pedras, emJacarepaguá, o uso de helicóptero foi fun-damental para acabar com impasses naconclusão da análise dos processos refe-rentes a esses projetos, que se estendemdesde 1996 e nunca puderam serinspecionados porque o acesso a um des-ses rios era impossível por terra ou bar-co. O helicóptero em questão é adminis-trado pela Secretaria Municipal deTransportes, que o disponibiliza ao Tri-bunal por uma hora a cada mês.

Esse recurso foi recebido comentusiasmo pelos inspetores, que disse-ram pretender lançar mão dele sempreque uma obra estiver em local de difícilacesso ou que exija uma visão mais am-pla, como as dos projetos Favela Bairro eMorar sem Risco, cujas inspeções sãofeitas a cargo da 4ª IGE, geralmente emmorros e comunidades de difícil acesso,o que dificulta � e, algumas vezes, atémesmo impossibilita � o trabalho dos téc-nicos do Tribunal.

� Estava pensando seriamente emsuspender as inspeções em algumas fa-

Os professores Diogo Figueiredo e SérgioFerraz - constitucionalistas - reuniram-se no TCMRJ,dia 28.08 e trataram do Encontro que o Tribunal deContas de Portugal e a Associação Nacional de Tri-bunais de Contas do Brasil � ATRICON � promove-rão em Lisboa ano que vem, com a participação dejuristas de renome internacional. Participaram tam-bém da reunião os presidentes do TCE/RJ, José Gra-ciosa; da ATRICON, Carlos Pinna de Assis; do Insti-tuto Rui Barbosa, Sergio Quintella, e conselheiros doTribunal.

Posteriormente à reunião, o presidenteThiers Montebello recebeu do presidente daATRICON, o seguinte telegrama: �Agradeço a V.Exª.a agradável e proveitosa reunião/almoço de ontem,promovido pelo valoroso TCMRJ Afetuoso abraço,Carlos Pinna /Atricon.�

Novos equipamentosdinamizam inspeções de obras

Encontro em Lisboa

velas até saber do helicóptero � diz Lú-cia Knoplech, inspetora-chefe da 4ª IGE.

Além do helicóptero e de câmerasdigitais, 16 laptops acabam de ser lici-tados para que os técnicos relatem a ins-peção concomitantemente, abreviando osresultados conclusivos.

� A utilização da câmera digital éum avanço e tanto para a qualidade dosrelatórios. Entre os benefícios, permite

disponibilizar em rede as imagens obti-das durante a inspeção. Já os laptopsvão garantir muito mais agilidade e umacompanhamento simultâneo do traba-lho que está sendo realizado pela co-missão de inspetores � comenta Simo-ne de Souza Azevedo, inspetora-chefeda 2ª IGE, que coordena, ainda, a ela-boração do Manual de Inspeções deObras do TCMRJ.

É

Foto aérea mostra que obra não foi concluída.

Da esq. para dir. Cons. NestorRocha, Cons. Sérgio Quintella(Pres. Inst. Ruy Barbosa), Cons.Thiers Montebello, Cons. JoséGomes Graciosa, Cons.Fernando Bueno Guimarães,Cons. Flavio Regis (TCE-MG),Prof. Diogo Oliveira FigueiredoNeto, Cons. Carlos Pinna (Pres.ATRICON), Prof. Sergio Ferraze Cons. Jair Lins Netto.

Da esq. para dir. Cons. JoséGomes Graciosa, Cons.Thiers Montebello, Prof.Diogo Figueiredo, Prof. SergioFerraz e Cons. Carlos Pinna.

Page 5: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 15 5as mais expressivas, para que qualquercidadão possa consultá-las, dando for-ma, assim, ao esforço de tornar a insti-tuição mais transparente.

As inspeções não estão só melho-res, mas também em maior número. Emparte por denúncias externas (só na 4ªIGE foram oito, no primeiro semestredeste ano), mas também motivadas pordúvidas surgidas durante a análise deprocessos. Quando isto acontece, recor-re-se ao artigo 50 do Regimento Interno

O trabalho dos técni-cos da 2ª, 4ª e 6ª IGEs, tem oobjetivo de oferecer umroteiro de linguagemacessível para que os ins-

petores, mesmo que nãosejam engenheiros civis,

possam realizar uma audito-ria in loco sabendo exatamente como e o que devem ve-rificar.

Helicóptero, laptops,câmeras digitais, um novo

manual � não se encer-ram aí os novos instru-mentos para as inspe-ções reali-zadas peloTribunal. Treinamen-tos, como o curso de

mestrado em adminis-tração pública, oferecido

através de convênio com aFundação Getúlio Vargas, eparticipações em seminários econgressos vêm formando téc-nicos de controle externo mais

preparados. Os resultadostêm sido relatórios maisdensos, segundo apontaLúcia Knoplech.

� Os trabalhos es-tão mais substanciais,

contendo informaçõesque cruzamos graças a

acessos a sistemas de dadosfinanceiros da Prefeitura, ju-

risprudências de outros tribunais e ou-tras informações obtidas pela internet �diz ela.

E foi com total confiança na suaatuação que o Tribunal decidiu, pionei-ramente, publicar em sua home pageos relatórios de suas inspeções ordinári-

O TCMRJ teve a honra de receber em junho, em suasede, o Procurador - Geral de Justiça do Rio de Janeiro,José Muiños Piñeiro Filho, acompanhado de outros ilus-tres membros do Ministério Público. Na foto ao lado, daesq. para dir., Carlos Henrique Amorim Costa, Procurador-Chefe do TCMRJ, Conselheiros Sergio Cabral e Nestor Ro-cha; José Muiños Piñeiro Filho, Procurador-Geral de Justi-ça; Thiers Montebello, Presidente do TCMRJ; MaurícioAssayag, Assessor-adjunto da Procuradoria de Justiça; JoséLuiz Domingues, Promotor de Justiça; Conselheiro Maurí-cio Azêdo, do TCMRJ; Astério Pereira dos Santos, Promo-tor de Justiça; Conselheiro Jair Lins Netto, do TCMRJ;Antonio Vicente da Costa Júnior, Promotor de Justiça; HugoJerke, Sub-Procurador e Marcos André Chut, Assessor deAssuntos Parlamentares da Procuradoria Geral de Justiça.

O Presidente do TCE-SC, SalomãoAntonio Ribas Junior, visitou a sede doTCMRJ em 5 de agosto, sendo recebido peloPresidente-Conselheiro Thiers Montebello,e conheceu as instalações acompanhado deassessores do Tribunal. Na foto ao lado, daesq. para dir., representando o TCMRJ oChefe de Gabinete da Presidência ,

Sergio Aranha; o Diretor daSecretaria de Controle Externo,Carlos Augusto Werneck deCarvalho; ao centro, o Pre-s idente , Conselheiro ThiersMontebello; o Assessor da Secre-taria Geral, Marco AntonioScovino, e o visitante.

Visitas ao Tribunal

do Tribunal, que permite apurar fatosin loco ainda na fase instrutiva dos pa-péis.

� Neste último ano, tivemosum aumento desse expediente,que é fundamental para dar cer-teza ao opinamento do corpo téc-nico � ressalta Josecéu LuchiniRodrigues, inspetor-chefe da 6ªIGE, que contabiliza em torno deduas saídas por trimestre fora daprogramação prevista.

O Tribunal, por meio de sua 3ª Inspeto-ria Geral de Controle Externo, realizou, dentro doplanejamento aprovado pelo Plenário para o anode 2001, Inspeção Ordinária na Secretaria Muni-cipal de Educação, objetivando fiscalizar a execu-ção dos contratos relativos à aquisição de gêne-ros alimentícios e o efetivo fornecimento de me-renda aos alunos das Escolas Municipais.

Os técnicos verificaram que apesar documprimento regular das obrigações por partedas empresas e, portanto, da correta aplicaçãodos recursos públicos, várias escolas não esta-vam servindo a refeição completa, com todos osnutrientes necessários ao processo de desenvol-vimento dos alunos, mas apenas o denominadolanche emergencial integral.

Das 1027 escolas municipais, apenas67% forneciam refeição completa, sendo apuradoque o problema residia não na falta de alimentos,mas na carência dos profissionais responsáveispelo preparo, ou seja, das merendeiras.

QUANTO CUSTA A ATUAÇÃO DO TCMRJ?

A Secretaria Municipal de Educação,ao tomar conhecimento do Relatório da Inspe-ção, atuou imediatamente no sentido de soluci-onar os problemas, consultando o TCMRJ so-bre a possibilidade de contratação temporáriade 1.500 merendeiras, até o necessário preen-chimento através de concurso público, sendodecidido que sim, em Sessão de 30.10.2001, afir-mativamente, nos termos do voto do Conse-lheiro Maurício Azêdo (processo nº 40/003709/2001).

Em nova Inspeção propiciou aumen-to significativo no fornecimento de refeiçõescompletas aos alunos da rede, já estando pre-sente em aproximadamente 97% das escolasmunicipais.

Sem dúvida, a atuação pedagógicaapresentou resultados mais vantajosos para asociedade e, principalmente, para o futuro denossas crianças do que se simplesmente o Tri-bunal exercesse a sua função sancionadora.

Como mensurar esta atuação?

Silvio Freire de Moraes - Secretário Geral do TCMRJ

Page 6: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 156Votos

Submete-se a exame desta Corte de Con-tas o requerimento formulado pelo fun-cionário Aureo Fernandes Rocha, ma-

trícula nº 40/900.472, lotado na 5ª IGE/SCEcom o cargo em comissão de Assessor, atra-vés do qual pleiteia lhe seja reconhecido odireito à percepção, a título de direito pesso-al, do valor atribuído ao cargo de comissãode Secretário Municipal, exercido no períodode 07.07.89 a 10.02.92.

Esclarece o Requerente que já haviaefetuado pleito idêntico por intermédio doprocesso nº TCMRJ-05430/93, em 23.09.93,com fulcro no disposto no art. 205, § 2º, daLei Orgânica do Município do Rio de Janeiroe em casos análogos, pedido esse que restouindeferido em sessão plenária realizada em03.09.96, sob o argumento de que o referidodispositivo legal e seus §§ 1º e 2º teriam sidodeclarados inconstitucionais.

Não se conformando com aquela de-cisão, o Requerente reitera somente em10.09.01 o seu pedido, argumentando, emresumo, que:

a) a declaração de inconstitu-cionalidade somente teria gerado efeitos apartir da data em que foi pronunciada, ouseja, ex nunc, estando protegidos os direi-tos adquiridos anteriormente;

b) o parecer da lavra do Procurador-Chefe em exercício na Procuradoria de Pes-soal, datado de 13.04.95, acolhido in totumpela então Procuradora Geral do Município,Dra. Sonia Rabello de Castro, que passou ater o caráter de Orientação Normativa, dis-pôs que quem exerceu cargo comissionadofora do Município do Rio de Janeiro teriaassegurada a incorporação ou revisão dorespectivo cargo em comissão até 05.02.96;

c) o parecer PG/PPE/30/97/GVS re-conheceu o direito à funcionária RosângelaBello de revisar a incorporação percebida,de símbolo DAS-8 em cargo de Subsecretá-rio, tendo em vista o exercício do cargo deSubsecretário de Saúde no Estado do Rio deJaneiro no período de 01.01.95 a 07.01.98;

INCORPORAÇÃOPedido de reconsideração- TCMRJ

Conse lhe i ro -Relator Jair Lins NettoProcesso n.º : 40/003.275/2001Sessão de 02.04.02Apenso: TCMRJ - 05430/93

Ante a ausência de norma legal, osdireitos adquiridos inexistem.

d) estaria sofrendo um tratamentodesigual, tendo em vista que o próprio Tribu-nal de Contas já teria reconhecido a legali-dade de diversas aposentadorias que apre-sentavam situações análogas;

e) a jurisprudência, inclusive desteTribunal, seria majoritária no sentido de queuma determinada vantagem funcional, jáconstituída no passado e cujos efeitos juridi-camente se perfizeram, não deveria seralcançada pela declaração de inconsti-tucionalidade da norma que lhe serviu de su-porte em razão dos efeitos gerados;

f) o parecer elaborado pelo Dr. RaulCid Loureiro, com base no qual foi indeferidoo seu pleito anterior, interpretou equivoca-damente o art. 205 da LOMRJ, porquanto olegislador não teria estabelecido a exigênciade que o cargo exercido fosse no Municípiodo Rio de Janeiro, não podendo o intérpretedistinguir onde a lei não distingue.

O Departamento Geral de Pessoal,após relatar o ocorrido no processo TCMRJ-05430/93, apenso, e resumir os fundamentosdo pleito sob exame, sugere a oitiva da As-sessoria Jurídica desta Corte de Contas, porse tratar de matéria estritamente jurídica.

A Secretaria-Geral protesta, da mes-ma forma, pela audiência da douta Assesso-ria Jurídica, não sem antes esclarecer que opresente expediente, embora sob a vestimentade novo pedido, deve ser enfrentado comoPedido de Reconsideração da decisão anteri-ormente proferida por este Tribunal de Con-tas e transcreve os artigos 155 e seguintesda Lei nº 94/79, que trata do Pedido deReconsideração e do prazo prescricional naesfera administrativa, assim como o art. 68 eseguintes do Decreto Municipal nº 2477/80,que versam sobre os pedidos revisionais.

A Assessoria Jurídica, manifestou oseguinte entendimento:

�Inicialmente cumpre-me dizer que amanifestação do Ilustre Procurador do Esta-do, Dr. Raul Cid Loureiro não pode merecerqualquer reparo.

Entende o parecerista dirigir-se o art.205 e seus §§ aos ocupantes de cargos emcomissão e/ou funções gratificadas desteMunicípio, ou como especifica, cargos inte-grantes da própria administração do Muni-cípio do Rio de Janeiro.

O raciocínio do douto Procurador éclaro e direto (verbis):

�trata-se, pois, de regra geral, debalizamentos quantitativos e qualitativostocantes à permanência de funcionários doMunicípio do Rio de Janeiro em cargos inte-grantes de sua própria Administração, paraela e por ela criados e ocupados em função eproveito diretos do serviço público desteMunicípio e não de qualquer outra comuna(fls. 13, proc. citado).�

De fato, não há qualquer base para oMunicípio do Rio de Janeiro pagar benefíci-os a funcionários que por largo período esti-veram prestando serviços a outros entes daAdministração Pública, federal, municipal ouestadual, sem qualquer proveito, em princí-pio, para esta comuna.

Também cabe inteira razão ao Dr.Raul Cid Loureiro quando invoca a tese dehermenêutica de que as normas benéficas,como p. ex: isenção tributária e outras de-vem ser interpretadas restritivamente, ra-zão pela qual não pode haver extensão dodireito à incorporação aos funcionários quepor determinado lapso de tempo estiveramafastados do serviço público municipal.

Tudo o que foi visto acima foi ditoantes da declaração de inconstitucionalidadedas normas da LOMRJ nas quais buscou oapoio o Requerente, razão pela qual o corpoinstrutivo e a douta Procuradoria Especial,assim como o Ilustre Conselheiro Relatorapenas fizeram menção ao julgado, sem apoi-ar-se no parecer acima mencionado.

Resta examinar, ainda, a alegadasegurança jurídica invocado pelo Reque-rente.

Entendo ser o referido princípio jurí-dico aplicável às hipóteses nas quais o conti-nuado lapso de tempo vem a estratificar odireito, ou melhor, venha incorporar-se aopatrimônio jurídico de determinado indiví-duo, sanando possíveis vícios de origem nosatos ou fatos geradores do direito.

Torna-se necessário, salvo engano,a existência de dois requisitos básicos: o atoviciado não seja daqueles geradores de nuli-dade absoluta ou com base em entendimen-tos grosseiros, hipótese em que a adminis-tração tem o poder dever de declará-la, con-forme dispõe a Súmula 473 do PretórioExcelso.

Os institutos jurídicos mais conheci-dos quando se fala em segurança jurídicasão os da prescrição e da decadência, no di-reito civil, e os da preclusão e da coisa julgadaem direito processual, todos garantidores daordem social.

No caso é fato ter a norma legal naqual se estribou o Requerente sido fulminadapelo vício da inconstitucionalidade, por deci-

S

Page 7: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 15 7são do Tribunal competente, antes de seraplicada em proveito do requerente. Ainconstitucionalidade é o vício maior que podea lei (lato sensu) sofrer.

Aplicar-se retroativamente uma leideclarada pela coisa julgada inconstitucionalseria no meu entender dar-se à exceção sob omanto do princípio da segurança jurídicavalor superior à regra geral de que a leiinconstitucional é algo nati-morto que nãoestá passível de aplicação, desde onascedouro, pois, não chegou a entrar nomundo jurídico, tendo aplicação ex-tunc adeclaração de inconstitucionalidade.

O Requerente não chegou a desfru-tar do direito previsto na norma inconsti-tucional, tinha apenas simples expectativa dedireito, uma vez que, ao ser prolatada a deci-são, seu processo estava em curso, como vis-to no início deste.

No tocante aos antecedentes admi-nistrativos invocados pelo Requerente é ne-cessário esclarecer que:

1 - No caso do parecer PG/PPE nº 15/JRNVCP, cujas conclusões foram revistas peloVisto da então titular da PGM, é de salien-tar-se que se tratava de pedido de revisão deincorporação e não de novo benefício, aindamais, de tempo de serviço em cargo em co-missão no Estado do Rio de Janeiro, concedi-da sob égide do DL. nº 73/75 o qual em seuartigo 1º reconhecia tal direito, apenas quan-do tratava-se de servidor do Município à dis-posição do Estado do Rio de Janeiro, ao con-siderar o tempo de serviço prestado à entãonovel unidade da federação por funcionáriosmunicipais seria considerado para todos osefeitos.

Observe-se que o Decreto Lei em cau-sa, baixado na época em que o Governadordo recém-criado Estado reunia Poderes Exe-cutivo e Legislativo, foi revogado pelo ad-vento do Estatuto Municipal (Lei nº 94/79) epela Lei Orgânica do Município do Rio deJaneiro.

2 - Verifica-se que a revisão pleiteadae concedida em face do Visto discordante tevepor arrimo o artigo 206 da LOMRJ, o qual,salvo engano, não foi declarado por senten-ça, inconstitucional, apesar de padecer devício de iniciativa, fundamento para a decla-ração proferida tendo por alvo o art. 205 eseus parágrafos.

3 - O mesmo se aplica ao caso daservidora Rosângela Bello, igualmente invo-cado pelo Requerente, porque ali também setrata de revisão de incorporação prevista noart. 206 da LOMRJ.

4 - A Orientação Normativa baixadapela SMA, à qual, diga-se de passagem, nãoestá sujeito este Tribunal, ante a sua autono-mia administrativa constitucionalmente as-segurada, fixou, como data limite para a con-cessão de revisão das incorporações pretéri-tas (já formalizadas) 05 de fevereiro de 1996,data em que, evidentemente, a concessão nova(não a revisão) pleiteada pelo Requerente nãohavia sido concedida.

5 - O precedente desta Corte, tambémtrazido à colação pelo Requerente é um bri-

lhante voto do Eminente Conselheiro ThiersMontebello, em hipótese diversa, que tam-bém não ajuda à sua pretensão.

Ali estava-se diante de parcelas leva-das aos proventos do servidor do LegislativoMunicipal, consideradas indevidas pelo cor-po Instrutivo e pela douta Procuradoria Es-pecial,

No caso trata-se de ato já praticado(fixação de proventos) tendo gerado efeitosfinanceiros em que não se apresentou a hi-pótese de erro grosseiro, julgando o E. Ple-nário desta Corte, em nome da segurançajurídica, passível de registro, como está bemclaro no Voto aprovado à unanimidade.

CONCLUINDO.Sem examinar a hipótese de prescri-

ção da pretensão do Requerente, ante o tem-po decorrido entre a decisão do E. Plenário eo presente recurso, o qual pode ser recebido,s.m.j., como pedido de revisão, pelos fatosnovos trazidos pelo servidor, constantes dasdecisões administrativas já mencionadas eexaminadas (Reg. Int. TCMRJ, art. 116, IV).

No mérito, pelas razões expostas,bem como, pelos fundamentos inatacáveisdo parecer do Dr. Raul Cid Loureiro, bemcomo, em face da declaração de inconsti-tucionalidade do art. 205 e §§ 1º e 2º daLOMRJ, tendo sido ultrapassada a data li-mite prevista na O. Normativa do então titu-lar da SMA sem solução para o pedido inici-al, sou levado a opinar pelo indeferimentodo presente pleito revisional, mantida a de-cisão Plenária de 03 de setembro de 1996.�

Referido parecer mereceu aprovaçãodo ilustre Conselheiro-Presidente, Dr. ThiersMontebello, em despacho constante de fls. 31.

A douta Procuradoria Especial, emparecer visado pelo Sr. Procurador-Chefe,endossa o opinamento da Assessoria Jurídi-ca desta Corte de Contas, manifestando-setambém pelo indeferimento do pleito deduzi-do à fls. 02/12 destes autos.

É o relatório

O pedido de incorporação decargo em comissão, ora reite-

rado, não tem o menor suporte legal, comomuito bem evidenciado pelos pareceres pro-duzidos pela Assessoria Jurídica da Presi-dência desta Corte de Contas tanto no pro-cesso nº TCMRJ- 05430/93, apenso, quantonos presentes autos.

O parecer exarado pelo ilustre As-sessor Raul Cid Loureiro nos autos do pro-cesso acima mencionado já enfrentava aquestão, de início, da seguinte forma:

�2.1 A inexistência de previsão legalensejadora da excogitada incorporação, umavez que o invocado permissivo da LOM (art.205) refere-se, a toda evidência, aos requisi-tos cronológicos e aos valores a serem in-corporados pelos funcionários, na confor-midade dos cargos deste e neste Municípiopor eles ocupados; trata-se, pois, de regrageral, de balizamentos quantitativos e qua-litativos tocantes à permanência de funcio-nários do Município do Rio de Janeiro em

cargos integrantes de sua própria Adminis-tração, para ela e por ela criados e ocupadosem função e proveito diretos do serviço pú-blico deste Município e não de qualquer ou-tra comuna.�

Registre-se que, em momento algum,ao contrário do que sustenta o Requerente,o brilhante parecerista tratou da inconstitu-cionalidade do § 2º do art. 205 da LOMRJ,tema esse que somente veio à baila mais tar-de, quando da manifestação da 5ª IGE/SCE(fls. 44/45 do apenso).

O mesmo caminho foi trilhado peloilustre Assessor Dr. Fernando AntonioCorrêa de Araújo, ao afirmar que...

�De fato, não há qualquer base parao Município do Rio de Janeiro pagar benefí-cios a funcionários que por largo períodoestiveram prestando serviços a outros entesda Administração Pública, federal, munici-pal ou estadual, sem qualquer proveito, emprincípio, para esta comuna.�

Aliás, ressalte-se que nem mesmo ospareceres carreados aos autos pelo Reque-rente, juntos à Capa de Documentos apensa,socorrem o pleito de incorporação em dis-cussão nestes autos, como se verá a seguir:

Efetivamente, o Parecer PG/PPE nº15/JRNVCP, de 20/03/95, da lavra da ilustreProcuradora deste Município, Dra. JaquelineRipper Nogueira do Vale Cuntin Perez, dis-punha que:

�..................................Ocorre que, em primeiro lugar, não

há amparo legal para que se contabilize otempo de exercício em cargo comissionadoestranho ao Município para o efeito preten-dido, qual seja, a incorporação da respectivaremuneração aos seus vencimentos.

.....................................O Estatuto do funcionalismo munici-

pal, tal qual os diplomas aludidos pelos juris-tas acima invocados, que vieram a codificaros temas de que tratam, varreu todas as dis-posições conflitantes, mormente aquelas quepreviam situações excepcionais por ele nãocontempladas, como é o caso do indiscuti-velmente caduco art. 1º do Decreto-Lei nº 73/75.

A inexistência de qualquer dispositi-vo que permita a incorporação ora pretendi-da já foi brilhantemente abordada pelo d.Procurador-Chefe desta especializada(Opinamento PG/PPE/09/94/FBMC), Dr.Fernando Carvalho, que esclarece que:

�As únicas hipóteses estatutárias emque se há de ter assegurada a utilização portempo de serviço alheio ao Município compropósitos de assimilação da gratificação porcomissão encontram-se regulamentadas nosarts. 74, § 3º e 132, da Lei nº 94/79.

A primeira beneficia apenas os servi-dores que tenham sido investidos em cargosem comissão - não funções gratificadas - in-tegrantes das estruturas administrativas dasantigas unidades da Federação que origina-ram o atual Estado do Rio de Janeiro.

Já o referido art. 132 permite a ob-tenção da vantagem na hipótese de tempo deserviço prestado ao extinto Estado da

V O T O

Page 8: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 158Guanabara, exclusivamente aos servidoresegressos daquela antiga unidade federada edesde que inexistente incorporação anteriorcom fulcro nas Leis números 231 e 267, ambasde 1975. Valerá aqui, indistintamente, o exer-cício de cargo em comissão ou funçãogratificada.

Afora as disposições estatutáriasenfocadas, a Lei nº 318/82, com a regula-mentação dada pelo Decreto nº 3491/82,excepciona, ainda, a viabilidade da incorpo-ração aos funcionários do Estado do Rio deJaneiro que tenham optado por permanecernos quadros do Município, considerado aquio tempo de comissionamento nos antigosEstados da Guanabara e do Rio de Janeiro,bem como no atual Estado do Rio de Janei-ro.�

A pretensão, como se vê, não encon-tra socorro em nenhum dispositivo em vi-gor, nem mesmo nos artigos apontados napeça de fls. 2/3, quais sejam, os artigos 64,incisos XVIII e XIX e 129 da Lei 94/79, e osparágrafos 2º e 3º do artigo 205 da Lei Or-gânica.

....................................Submetida a exame a hipótese de in-

corporação de gratificação por exercício decargo comissionado estranho ao Município,

concluo, com base nas razões acimaexpendidas, pela sua total impossibilidade,em virtude da falta de previsão legal paratanto, visto que o Decreto-Lei nº 73/75 dei-xou de vigorar com a edição do Estatuto dosFuncionários Públicos do Poder Executivo doMunicípio do Rio de Janeiro, Lei nº 94, de 14de março de 1979, o qual, regulando inteira-mente a matéria em questão, não contem-plou a exceção antes prevista pelo art. 1º domencionado Decreto-Lei, subtraindo, destamaneira, qualquer suporte jurídico que pu-desse fundamentar semelhante pretensão.

O ato que reconheceu o direitoinexistente é nulo, e como tal deve ser decla-rado, para que seja a Administração Munici-pal expurgada da ilegalidade cometida.�

(o grifo é nosso)Referido parecer foi sufragado parci-

almente pelo douto Procurador-Chefe em exer-cício à época, Dr. Eduardo de Oliveira Gouvêa,tendo ressalvado tão-somente que, em nomeda segurança e das relações jurídicas, devi-am ser mantidas as concessões pretéritas,porquanto a exegese administrativa se reve-lava de impossível retroação, o que efetiva-mente não é o caso dos autos, ficando veda-das, desde então e ad futurum, incorpora-ções semelhantes à mingua de suporte legal.

Trata-se de Consulta formulada pelaSenhora Secretária Especial de Promoção e Defesa dos Animais, vaza-

da nos seguintes termos:�Tendo em vista a Resolução Con-

junta SMS/SEPDA nº 001 de 28.09.01 quesubstituiu o extermínio sistemático de ani-mais urbanos excedentes, instituindo comoprograma de saúde pública a esterilizaçãomaciça e gratuita dos referidos animaiscomo substitutivo à prática anti-ética doextermínio antes adotada, e considerandoa necessidade imperiosa de iniciar de ime-diato o programa de esterilização dos ani-mais para controlar a explosãopopulacional e evitar a propagação dezoonoses que ponham em risco a SaúdePública, vimos através deste, consultar

CONSULTAContratação temporária� SEPDA

Conselheiro-RelatorFernando Bueno GuimarãesProcesso nº: 40/000.961/2002Sessão Plenária de 30.04.02

A consulta formulada não se reveste dorequisito de admissibilidade, vez que tal

prerrogativa é reservada ao Prefeito.

T V.Exª no sentido de viabilizar, uma vez quea categoria de Médico-Veterinário é exclu-siva da Secretaria de Saúde, a contrataçãotemporária através de serviço terceirizado� Pessoa Jurídica, dos referidos profissio-nais pela Secretaria Especial de Promoçãoe Defesa dos Animais, contratação estacapaz de permitir a implementação, emcaráter de urgência, da 1ª Campanha deesterilização maciça de animais urbanosexcedentes.�

A 2ª IGE, após análise e enfatizarque a �a terceirização deverá ser de servi-ços e não de mão-de-obra (...) observado odevido processo de licitação pública� pro-nuncia-se pelo não conhecimento da con-sulta, devido ao não preenchimento dosrequisitos básicos da admissibilidade (art.

6º, XII, da Lei nº 289/1981 e o art. 1º doDecreto nº 6.815/87).

O Senhor Secretário-Geral, apósdissertar sobre as diferenças entre ocontrato individual de trabalho e aterceirização por meio de execuçãoindireta de serviços, concorda com a ins-trução preliminar pelo não conhecimentoda Consulta, sugerindo que sejam encami-nhados à ilustre consulente os pronuncia-mentos do Corpo Instrutivo e a decisãodesta Corte.

A douta Procuradoria Especialopina também pelo não conhecimento daConsulta, nos termos do pronunciamentodo Senhor Secretário-Geral.

Preliminarmente, a indaga-ção da Senhora Secretária

não se reveste de requisito de admi-ssibilidade, vez que tal prerrogativa éreservada ao Senhor Prefeito (Lei nº 289,de 25 de novembro de 1981, art. 6º, XII eRegimento Interno, art. 8º, § 2º).

Voto, pois, acordemente com as ma-nifestações vindas aos autos, pelo não co-nhecimento da Consulta.

Adoto, ademais, a sugestão doSenhor Secretário-Geral de remessa àilustre consulente de cópia da instruçãoprocessual, que aborda com propriedade amatéria.

Por fim, lembro que o pleito da SrªSecretária, conquanto não resolvido naforma em que foi proposto, poderia ser en-dereçado à Secretaria Municipal de Saúdeno sentido de lhe ser colocado à disposiçãoum médico-veterinário.

Ressalte-se que o antecedente admi-nistrativo apontado pelo Requerente não sepresta ao fim colimado, visto se tratar depedido de revisão de incorporação, e não denovo benefício, com fulcro no art. 206 daLOMRJ, não declarado inconstitucional, as-sim como o voto do ilustre Conselheiro ThiersMontebello, que discutia a validade de ato jápraticado, no qual não se vislumbrou a hipó-tese de erro grosseiro e que já teria geradoefeitos financeiros.

Direitos adquiridos, ante a ausênciade norma legal que estribe a pretensão doRequerente, inexistem, por óbvio.

Por fim, a discussão sobre a retroati-vidade da declaração de inconstituciona-lidade do § 2º do art. 205 da LOMRJ se tornadespicienda, na medida em que tal dispositi-vo, como visto anteriormente, não teria dequalquer forma aplicação à espécie dosautos.

Em decorrência das razões aqui ex-postas e do opinamento do ilustre AssessorJurídico da Presidência desta Corte de Con-tas, corroborado pelo parecer da douta Pro-curadoria Especial, recebendo o pleito de fls.02/12 como Pedido de Revisão, voto pelo seuindeferimento, por absoluta falta de supor-te legal.

V O T O

É o relatório

Page 9: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 15 9

Trata o presente processo da análiseconjunta do Contrato nº 78/2000 ce-lebrado entre a Riourbe e a Ingebau

Consultoria e Urbanização Ltda. e seus res-pectivos apensos. O processo em tela temcomo objeto a prestação dos serviços de en-genharia referente a serviços de manuten-ção preventiva e corretiva em prédios escola-res da E/9ª CRE.

Processo 40/003.783/2000 (Termo deRerratificação nº 152/00) - retificar a cláusu-la quinta do contrato adaptando a redaçãoda mesma àquela constante da minutacontratual aprovada neste Tribunal quandoda análise do respectivo Edital.

Processo 40/005.616/2000 (TermoAditivo nº 249/00) - modificar a planilha ori-ginal de quantidades conforme os termos doparágrafo quinto da cláusula terceira do Con-trato nº 078.

Processo 40/000.809/2001 (Termo deRerratificação nº 11/01) � retificar cláusulasegunda do contrato nº 078/00 para elimi-nar os seus 4 (quatro) parágrafos, mantidaa redação do caput; retificar a cláusula ter-ceira desse contrato, eliminando o seu pará-grafo sétimo, mantendo os seis anteriores;retificar os itens 1 e 2 da alínea �a� da cláusu-la décima sexta do contrato; modificar a nu-meração das cláusulas seguintes � cláusulavigésima terceira passa a ser a vigésima quar-ta, cláusula vigésima quarta para a ser a vi-gésima quinta, cláusula vigésima quinta pas-sa a ser a vigésima sexta.

Processo 40/001.642/2001 (4º TermoAditivo nº 72/01) � alterar o caput da cláusu-la quarta do contrato original nº 78/00.

Processo 40/002.244/2001 (5º TermoAditivo nº 118/01) - alterar o caput da cláu-sula terceira e seu parágrafo primeiro, pror-rogando o prazo para 01.06.01.

Processo 40/002.503/2001 (6º termoAditivo nº 136/01) � alteração da planilhaoriginal de quantidade.

A 7ª IGE, retificando o que já foraanalisado anteriormente, verificou que nãoconsta nenhuma impropriedade, sugerindoassim, o conhecimento para fins de arquiva-mento do termo em tela (processo 40/002.196/2000 � Contrato nº 78/00) e seus apensos,com recomendação para que nos termos deaditamentos futuros seja observado com

CONTRATOPrestação de serviços deengenharia � RiourbeConselheiro-Relator Antonio Carlos F. de Moraes Processo: 40/002.196/2000Apenso: 40/003783/2000, 40/005.616/2000, 40/000.809/2001, 40/001642/2001, 40/002.244/2001,40/002.503/2001Sessão Plenária de 23.01.01

Qualquer modificação implementada pos-teriormente à aprovação do projeto básicoserá considerado ato excepcional, devendo

ser justificada de forma clara e minuciosa.

maior rigor o disposto no art.437, I, doRGCAF, quanto ao valor do aditamento e asinformações sobre os recursos orçamentári-os, assim como seja inserida nos autos e re-metido a esta Corte de Contas, sempre quepossível, o maior número de dados que pos-sam atestar não só elementos de composiçãode custos ( com memória de cálculo inclusi-ve), como também elementos que comprovema real necessidade de se fazerem acréscimosou supressões.

A Secretaria de Controle Externo e aSecretaria Geral manifestam o mesmo enten-dimento. A douta Procuradoria Especial,igualmente, acompanha o pronunciamentodo Corpo Instrutivo.

É o relatório

Cuida o presente processo daanálise do Termo de Contrato

nº078/00 e seus respectivos aditivos referen-te a obra de execução dos serviços de manu-tenção preventiva e corretiva em prédios es-colares da E/9º CRE, adjudicada a empresaIngebau Consultoria e Urbanização Ltda.,pelo período de 270 dias corridos com custoinicial previsto de R$ 823.004,82 (oitocen-tos e vinte e três mil, quatro reais e oitenta edois centavos), iniciadas em 06.06.00 comtérmino previsto para 05.03.01.

Em atendimento à diligência desig-nada na Sessão ordinária de 23.01.01, ajurisdicionada celebra em 19.02.01 TermoAditivo de Rerratificação nº 11/01 para ade-quação das cláusulas do Contrato nº 078/00aos termos da ERRATA publicada no D.ORIO em 03.03.00.

A realização do Aditivo nº 152/01 ser-viu a mesma finalidade, celebrado em23.08.00 deu nova redação a Cláusula Quin-ta do Contrato nº 078/00 � (condição de pa-gamento).

Já o Termo Aditivo nº 249/00 de30.11.00 promoveu a primeira alteração do§ 5º da Cláusula Terceira do Contrato origi-nário implementando modificação naplanilha original de quantidades. A justifica-tiva apresentada à fl. 09 daquele termo �temem vista a necessidade de realização de ser-viços não incluídos no planejamento do atu-al contrato devido à escala de prioridade

estabelecida inicialmente�.A licitação de obra ou serviço consti-

tui o segundo passo de todo o procedimentolicitatório. O primeiro corresponde a préviaelaboração e aprovação de projeto básicocomo expressamente determina os artigos6º, inciso IX e I do § 2º do artigo 7º da Lei nº8666/93. Logo, qualquer modificaçãoimplementada posteriormente a sua aprova-ção será considerado ato excepcional, deven-do, portanto, ser justificada de forma clara eminuciosa sob pena de �desleixo no cumpri-mento daquele dever�, como assegura oDesembargador Jessé Torres.

A justificativa apresentada não dei-xa claro se a modificação requerida guardacompatibilidade com a hipótese prevista naletra �a� do inciso do artigo 65 daquela lei ouse, ao contrário, sinaliza para objeto diversodo inicialmente licitado.

Assim, diante desse fato, deve ajurisdicionada esclarecer de forma inequívo-ca os reais limites da modificação requerida.

Como já esclarecido, a data de05.03.01 é a prevista para o termo final daobra licitada. Assim, em princípio, o 4º Ter-mo Aditivo de nº 72/01, celebrado em 07.05.01é inegavelmente inválido por ter sido cele-brado após o término da vigência do Con-trato nº 078/00. Ocorre que, o cronogramafísico-financeiro daquele Aditivo contém asseguintes informações:Período de suspensão02.01.01 à 28.02.01;

· A obra foi suspensa 58 dias na 6ªetapa;

· A obra foi prorrogada em 30 diasna 8ª etapa;

· Reinicio de contagem de prazo em01.03.01.

Assim, diante desse fato, deve ajurisdicionada indicar de forma clara e preci-sa o motivo da suspensão da execução daobra e a data de seu reinicio, uma vez que aautorização daquele Aditivo, fixou a data de21.03.01 não só para o reinicio de contagemde prazo como também para autorizar o acrés-cimo de valor requerido, não conferindo, aoque tudo indica, eficácia retroativa ao ato.

O Aditivo seguinte de nº 118, cele-brado em 11.06.01, por evidente, terá suavalidade condicionada à justificativa presta-da no que se refere ao termo inicial fixadopara o reinicio da contagem de prazo. Res-salto ainda, que apesar de autorizado desde24.05.01, o contrato foi celebrado apenas em11.06.01, fixando novo termo final para01.06.01.

Por último, resta apenas constatar aefetiva invalidade do Aditivo nº 136/01 pac-tuado como o objetivo de implementar novamodificação da planilha original de quanti-dades.

Tal conclusão se infere pelo simplesconfronto de datas, tanto da que confereautorização para a celebração do Aditivo emcomento � 27.06.01 � como daquela que fixao termo final do Aditivo anterior em 01.06.01.

Assim, por todas essas razões votoa favor do conhecimento para fins de arqui-vamento do Termo de Contrato nº 078/00 edos Aditivos nºs 152/00 e 011/01, submeto,todavia, à diligência os demais termos paraque a jurisdicionada remeta a esta Corte as

V O T O

T

Page 10: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 1510

Cuida o presente processo de re-presentação baseada no art. 113,§ 1º da Lei n.º 8.666/93, tendo

como interessada a Riopark Estaci-onamentos e Garagens S/C Ltda.,contra a Concorrência n.º 005/2002 da Empresa Municipal deUrbanização - Riourbe

O Sr. Inspetor Geral da 7ªIGE, informa que o Edital a quese refere a Representação em tela,foi baixado em diligência em Ses-são de 09.04.02, tendo sido a li-citação correspondente adiadapara o dia 09.05.02.

Prossegue, considerandoestar configurada nos autos a le-gitimidade e o interesse da repre-

REPRESENTAÇÃOConcorrência nº 005/2002� Riourbe

Conse lhe i ro -Re la tor Nestor RochaProcesso nº40/001.780/2002Sessão Plenária de 07.05.02

Cópia do processo deve ser encaminhadaà jurisdicionada para que esta se pronun-

cie sobre os argumentos apresentados.

Trata-se do Contrato n.º 15/01 firma-do em 08.10.01 entre a Empresa Mu-nicipal de Multimeios Ltda. � Multirio

e Coopecen � Cooperativa de Prestação deServiços de Cenografia e Apoio a Artes Cê-nicas Ltda., para prestação de serviçostelevisivos de conteúdo didático e produçãode impressos, na forma do artigo 24, incisoIV da Lei n.º 8666/93, cujo valor é deR$ 347.901,51 (trezentos e quarenta e setemil, novecentos e um reais e cinqüenta e umcentavos).

A instrução da 7ª IGE aponta paraa forma de contratação com base na dis-pensa de licitação emergencial, usada

CONTRATOPrestação de serviçostelevisivos Multirio

Conselheiro-Relator Sérgio CabralProcesso n.º 40/004.197/2001Sessão Plenária de 30.07. 02

Deixando de dar o devido encaminhamen-to licitatório, corre-se o risco de se adotarum procedimento inadequado, com possi-

bilidades de prejuízo ao erário.

indevidamente pela Administração em vezde providenciar o procedimento licitatóriocompetente.

Sendo assim, opina aquela Inspeto-ria pelo conhecimento e arquivamento doContrato, recomendando novamente quea jurisdicionada envide esforços no sentidode ultimar a Concorrência n.º 01/02, adju-dicando ao vencedor a prestação dos servi-ços tão-somente pelo prazo necessário paracriação e preenchimento dos empregos daMultirio na forma determinada pelo artigo37, inciso II da Constituição Federal,.

Da mesma forma, manifestam-se oSr. Diretor da Secretaria de Controle Ex-

terno, o Sr. Secretário-Geral e a Procura-doria Especial.

É o relatório.

A 7ª IGE alerta para a formade contratação utilizada pela

Multirio, optando pela dispensa licitatóriasob alegação de emergência, sem perseguiro ordenamento jurídico básico da licitação,uma vez que ficou demonstrada a previsãoda necessidade do serviço.

Deixando de dar o devido encaminha-mento licitatório, tudo é feito no �atropelo�da última hora, correndo o risco de se adotarum procedimento inadequado com possibili-dades de prejuízo ao erário.

A emergência, como o próprio nomediz, surge da situação sem previsão e quevenha causar problemas na continuidade doserviço.

No caso em questão, conforme expli-ca a própria Multirio, tratava-se de ativida-de cuja interrupção causaria paralisaçãoquase que total dos serviços.

Tal alegação, por si só, já demonstraa previsibilidade da jurisdicionada, tendo emvista tratar-se de atividade fim.

Discussões à parte sobre o cabimen-to ou não da dispensa do certame licitatório,o fato é que a empresa foi contratada e jáestá prestando os serviços avencados.

Sendo assim, voto pelo conhecimen-to do Contrato com a recomendação de rea-lização de concorrência.

V O T O

seguintes informações:· Quanto ao Aditivo nº 249/00 � jun-

tar aos autos justificativa minuciosa, paraanálise dos reais limites da modificaçãorequerida.

· Quanto ao Aditivo nº 072/01:1. Esclarecer as razões que leva-

ram a suspensão da execução da obra e operíodo correspondente.

2. Informar ainda a data de seureinicio com a juntada aos autos da autori-zação expedida pela autoridade competen-te para este fim.

T

· Quanto ao 5º Termo Aditivo nº 118/01 condiciono a sua validade e por conseqüên-cia o seu arquivamento ao teor das informa-ções que deverão ser prestadas com relaçãoao aditivo anterior de nº 072/01.

Finalmente, quanto ao Aditivo nº136/01, considerando que a atuação da Ad-ministração Pública está pautada pela estri-ta obediência ao princípio da legalidade, oque significa dizer que o administrador pú-blico só pode fazer o que a lei determina enão aquilo que a lei não proíbe como no di-reito privado que privilegia o princípio da

autonomia da vontade, considerando aindaque, exatamente por força do princípio dalegalidade, a observância às formalidadesconstitui requisito de validade do ato admi-nistrativo, é que determino diligência paraque a jurisdicionada informe a esta Corte,sob pena de aplicação de multa pecuniária, onome do servidor responsável pelo procedi-mento ilegal no que se refere a celebração deTermo Aditivo após o término de vigência docontrato original, lotado na Assessoria Jurí-dica do Órgão Riourbe

Prazo: 30 (trinta) dias.

C

Page 11: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 15 11sentante e, em respeito ao prin-cípio do contraditório e da ampladefesa, expressamente menciona-do no inciso LV do art. 5º daConstituição Federal, sugere queo presente processo deva ser, porcópia, encaminhado à Riourbe, afim de que a mesma se pronuncie

sobre os argumentos apresenta-dos pela Riopark Estacionamen-tos e Garagens S/C Ltda.

O Sr. Diretor da SCE, o Sr.Secretário-Geral e a douta Procu-radoria Especial, da mesma for-ma se manifestam.

É o relatório.

Submete-se à apreciação desta Cor-te de Contas o Processo nº 40/003.665/2002, relativo ao Edital

de Concorrência nº 02/2002 da Secre-taria Municipal de Educação, que tempor objeto a aquisição de microônibuspara transporte de alunos com dificul-dade de locomoção às escolas da redepública municipal e aos serviços ofere-cidos pelo Instituto Helena Antipoff.

A especificação detalhada do ve-ículo e a quantidade a ser adquirida es-tão contidas na Proposta-Detalhe e noAnexo IV, que são partes integrantesdo presente Edital.

A 7a. IGE destacou que a jurisdi-cionada:

I � não enviou a estimativa doimpacto orçamentário-financeiro noexercício e nos dois exercícios subse-qüentes (inciso I do art. 16 da Lei Com-plementar nº 101/2000-LRF);

II � não enviou a declaração doordenador da despesa de que o aumen-to tem adequação orçamentária e fi-nanceira com a lei orçamentária anuale compat ib i l i dade com o p lanoplurianual e com a lei de diretrizes or-çamentárias (inciso II do art. 16 daLei Complementar nº 101/2000-LRF);

III � elaborou o orçamento combase no preço médio obtido a partir depesquisa de preços realizada junto atrês empresas distintas. Entretanto, emobediência ao princípio da econo-

EDITALAquisição de microônibus� SME

Conselheiro-Relator Maurício AzêdoProcesso nº: 40/003.665/2002Sessão Plenária de 06.08.02

Quando se trata de dinheiro público, nãopode haver liberalidade por parte de

quem usa nem de quem controla.

micidade, o valor estimado da concor-rência deveria ter sido estabelecido uti-lizando o menor preço pesquisado, con-soante decisão deste Tribunal de Con-tas no Processo nº 40/1524/2001;

IV � se equivocou na represen-tação da fórmula matemática (H =3,25m) relativa �à altura total externaigual ou inferior a 3,50 metros�.

A 7a, esclareceu, ainda, que aadoção do preço médio para estabele-cimento do valor estimado poderia serrelevado, em virtude de a diferençaentre o mesmo e o valor obtido utili-zando-se do menor preço pesquisadosignificar um total de R$ 22.666,64,equivalente a 2,3% do valor estimadopara a licitação, percentual este inferi-or ao limite estabelecido no art. 422,parágrafo único, do RGCAF.

Às fls. 43, a 7a. IGE concluiu peloconhecimento do Edital nº 02/2002 daSME para fins de arquivamento, reco-mendando à jurisdicionada que obser-ve o apontado no item III, adote as pro-vidências cabíveis quanto ao item IV,bem como remeta a esta Corte de Con-tas, antes da realização do certame, oselementos indicados no item I-6 da pre-sente Instrução.

Os Senhores Diretor da Secre-taria de Controle Externo, o Secretá-rio-Geral, bem como a douta Procura-doria Especial, opinaram pelo conhe-cimento, para fins de arquivamento,

do presente Edital, nos precisos ter-mos da Instrução.

É o relatório.

Em que pesem as considera-ções emitidas pelo Corpo

Instrutivo no sentido de ser relevada anão observância, por parte da jurisdi-cionada, da decisão prolatada por esteTribunal por ocasião da apreciaçãodo Processo nº 40/1524/2001, bem comoo não encaminhamento dos elementosprevistos nos incisos I e II do art. 16 daLei Complementar nº 101, de 4 de maiode 2000 e considerando o fato de o art.15 do referido diploma legal estabelecerque �serão consideradas não autoriza-das, irregulares e lesivas ao patrimôniopúblico a geração de despesa ou assunçãode obrigação que não atendam o dispos-to nos arts. 16 e 17�, voto por diligên-cia, para que a Secretaria Municipal deEducação:

I � promova a revisão do valorestimado para a presente licitação, à luzda decisão prolatada no Processo nº 40/1524/2001, uma vez que o valor e o índi-ce citados na instrução (R$ 22.666,64 e2,3%) se referem a dinheiro público, emrelação ao qual não pode haver liberali-dade nem da jurisdicionada, nem do Cor-po Instrutivo, nem do Corpo Deliberativodo Tribunal de Contas;

Deve ainda a jurisdicionada in-formar como será o sistema de utilizaçãoe operação dos veículos, já que a esserespeito há apenas uma informação enpassant e até abreviada, como na refe-rência ao Instituto Helena Antipoff, men-cionado sumária e economicamente comoIHA, bem como se serão veículos tiposquentão da linguagem popular ou dota-dos de equipamento de ar-condiciona-do;

II � envie os elementos previstosnos incisos I e II do art. 16 da Lei Com-plementar nº 101/2000, em relação àqual, como referido no item anterior, tam-bém não pode haver leniência ou libera-lidade;

III � retifique o equívoco aponta-do no item IV da Instrução.

S

V O T O

Em face do exposto,voto pela remessa, por

cópia, do presente processo paraa Riourbe, a fim de que a mesmase pronuncie sobre os argumen-tos apresentados pela Riopark Es-tacionamentos e Garagens S/CLtda.

V O T O

Page 12: jul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 Djul/ago/set 2002 - ano IV - n” 15 3 Recomendaçıes do TCMRJ viram decreto da Prefeitura OTribunal aprovou, por maioria de votos, o Parecer PrØvio

jul/ago/set 2002 - ano IV - nº 1512

A convite do Centro Cultural, o Se-cretário da Secretaria Especial de Preven-ção à Dependência Química, Cel. Francis-co Duran Borjas, falou no auditório doTCMRJ, sobre drogas legais � álcool ecigarro � e ilegais.

Explicou qual o grande objetivo desua Secretaria e o que será feito para atin-gi-lo: �A prevenção é que vai nos dar o pi-lar. Através de palestras em escolas primá-

Onaugurado em junho deste ano, coma exposição do artista plástico e ins-petor setorial do TCMRJ Vasco Neto,

o Espaço das Artes, localizado no CentroCultural, no 13º andar, foi criado com o ob-jetivo de divulgar manifestações artísticase culturais, bem como promover aintegração permanente dos funcionários,através da realização de um calendário re-gular de eventos. A exposição de Vasco Netofoi visitada por 116 pessoas, que adquiri-ram quadros do pintor.

ODiretor Presidente da COMLURB, Paulo Carva-lho Filho, apresentou no auditório do TCMRJ,dia 19 de junho, os novos planos de trabalho da

Empresa, como grupos de garis nas escolas municipaispara conscientizar as crianças da importância da lim-peza do ambiente e preservação do patrimônio público;programa de coleta seletiva para reciclagem; e o cami-nhão �porta-a-porta� para recolher esse tipo de lixo.

HomeopatiaNa série de palestras sobre

saúde para os funcionários, o CentroCultural, em parceria com o ServiçoMédico, convidou o presidente doInstituto de Homeopatia James TylerKent , Conrado Mariano TarcitanoFilho, para falar sobre o assunto, dia29 de agosto último, no auditório.Abordando desde as origens daHomeopatia, os aspectos sociais ehumanos desta especialidade e atécasos concretos, a palestra despertougrande interesse e participação dospresentes.

RegistroEspaço das Artes

I

Dependência Química

COMLURB

Pres. da COMLURB, Paulo Carvalho Filho

Em seguida, o coral de funcio-nários da COMLURB, regido pelo maes-tro José Carlos de Paulo, interpretou di-versas músicas brasileiras. Para o Con-selheiro Maurício Azêdo, foi um privilé-gio emocionante ver esse coral que �é acara do povo brasileiro�.

No mesmo dia, no Espaço Cultu-ral do TCMRJ, inaugurou-se a exposi-ção de trabalhos de vários artistas plás-ticos, numa iniciativa da COMLURB, uti-lizando material reciclado e lixo na cria-ção das obras.

Com repertório variado, passandopelo clássico, moderno, choro e MPB,apresentou-se no auditório, em agos-

to último, o violonista Helio Ribeiro, inau-gurando a série �Encontro ao meio-dia�,concebido para ocupar o horário do almo-ço com programas culturais e de entreteni-mento. A iniciativa foi muito bem recebida,e o evento bastante prestigiado pelos ser-vidores, que lotaram o auditório.

Encontro aomeio-dia

rias, universidades, grupos de serviços emIgrejas, condomínios, clubes, empresas, es-peramos sensibilizar, conscientizar e aí simreduzir o consumo das drogas a níveis, pelomenos, toleráveis.�

A pedido do presidente do Tribu-nal, Conselheiro Thiers Montebello, o Ve-reador José Moraes entregou ao Secretá-rio Francisco Borjas a medalha de agrade-cimento pela palestra proferida.

Dois novos encontros para de-bater a Lei de ResponsabilidadeFiscal, seus aspectos gerais e pon-tos polêmicos foram realizados emjunho último, no auditório. O pri-meiro, de 3 a 6, contou com a parti-cipação dos técnicos do TCMRJ; e osegundo, nos dias 17,18 e 19, comservidores da administração muni-cipal, interessados em manter o de-bate iniciado por ocasião do 2º En-contro Técnico. Em ambos, o temafoi abordado pelo Secretário � Ge-ral do Tribunal, Silvio Freire deMoraes, especialista no assunto.

LRF em debate

Chocado, como toda a socie-dade, com o cruel assassinato do jor-nalista Tim Lopes, no exercício desuas atividades profissionais, oTCMRJ enviou mensagem à famíliado jornalista, ao Prefeito Cesar Maia,à Associação Brasileira de Imprensa,ao Sindicato dos Jornalistas e às Or-ganizações Globo, manifestando re-púdio e indignação pela torpeza emonstruosidade do ato.

Considerando que cabe àsautoridades constituídas oferecer àsociedade a resposta que esta recla-ma, o Tribunal cobrou às institui-ções da sociedade civil e do PoderPúblico �uma apuração sem tréguasdessa ignomínia, para a prisão deseus autores e sua responsa-bilização criminal�.

Tim LopesC

O

Coral da COMLURB

Arqu

ivo

Cent

ro C

ultu

ral