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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA Direito das Pessoas com Deficiência: Lei 10.048/00 e Lei 10.098/00 Prof. Rafael Ravazolo CASA TRIBUNAIS

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA

Direito das Pessoas com Deficiência: Lei 10.048/00 e Lei 10.098/00

Prof. Rafael Ravazolo

CASA TRIBUNAIS

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Legislação Específica

LEI 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000

Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

Art. 1º As pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

Art. 2º As repartições públicas e empresas con-cessionárias de serviços públicos estão obriga-das a dispensar atendimento prioritário, por meio de serviços individualizados que assegu-rem tratamento diferenciado e atendimento imediato às pessoas a que se refere o art. 1º.

Parágrafo único. É assegurada, em todas as instituições financeiras, a prioridade de atendimento às pessoas mencionadas no art. 1º.

Art. 3º As empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo reserva-rão assentos, devidamente identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portado-ras de deficiência e pessoas acompanhadas por crianças de colo.

Art. 4º Os logradouros e sanitários públicos, bem como os edifícios de uso público, terão normas de construção, para efeito de licencia-mento da respectiva edificação, baixadas pela autoridade competente, destinadas a facilitar o acesso e uso desses locais pelas pessoas porta-doras de deficiência.

Art. 5º Os veículos de transporte coletivo a se-rem produzidos após doze meses da publicação

desta Lei serão planejados de forma a facilitar o acesso a seu interior das pessoas portadoras de deficiência.

§ 1º (VETADO)

§ 2º Os proprietários de veículos de trans-porte coletivo em utilização terão o prazo de cento e oitenta dias, a contar da regula-mentação desta Lei, para proceder às adap-tações necessárias ao acesso facilitado das pessoas portadoras de deficiência.

Art. 6º A infração ao disposto nesta Lei sujeitará os responsáveis:

I – no caso de servidor ou de chefia respon-sável pela repartição pública, às penalida-des previstas na legislação específica;

II – no caso de empresas concessionárias de serviço público, a multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), por veículos sem as con-dições previstas nos arts. 3º e 5º;

III – no caso das instituições financeiras, às penalidades previstas no art. 44, incisos I, II e III, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964.

Parágrafo único. As penalidades de que tra-ta este artigo serão elevadas ao dobro, em caso de reincidência.

Art. 7º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 8 de novembro de 2000; 179º da Inde-pendência e 112º da República.

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Assentos reservados

em transporte coletivo.

Lei nº 10.048/2000Atendimento

Prioritário Dispensar serviços

individualizados que assegurem tratamento

diferenciado e atendimento imediato.

Onde? Repartições públicas,

concessionárias serviços públicos e instituições

financeiras.

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Questões

1. (FCC – 2018 – TRT – 15ª Região (SP) – Técni-co Judiciário)

As empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo re-servarão assentos, devidamente identifica-dos aos idosos,

a) gestantes, obesos, lactantes, pessoas portadoras de deficiência e genitores.

b) lactantes, genitores, obesos e pessoas acompanhadas por crianças de colo.

c) pessoas portadoras de deficiência e pessoas com animais.

d) gestantes, lactantes, pessoas portado-ras de deficiência e pessoas acompa-nhadas por crianças de colo.

e) lactantes, pessoas portadoras de de-ficiência, pessoas acompanhadas por crianças de colo e genitores.

2. (FCC – 2017 – TST – Técnico Judiciário)

Considera-se para fins de atendimento prioritário, por meio de serviços individu-alizados que assegurem tratamento dife-renciado, segundo a Lei nº 10.048/2000, as gestantes, as pessoas com criança de colo, os obesos, os idosos com idade

a) igual ou superior a sessenta anos, e as lactantes até 1 ano.

b) superior a sessenta anos, e as lactantes até seis meses.

c) superior a sessenta anos e as lactantes.d) igual ou superior a sessenta anos, e as

lactantes.e) igual ou superior a sessenta anos, e as

lactantes até 2 anos.

3. (FCC – 2018 – TRT – 6ª Região (PE) – Analis-ta Judiciário)

Conforme expressamente previsto pela Lei nº 10.048/2000, está assegurada a priorida-de de atendimento às pessoas com defici-ência em

a) cinemas e outros centros culturais. b) restaurantes. c) serviços de correios. d) Instituições financeiras. e) postos de saúde.

4. (FCC – 2018 – TRT – 6ª Região (PE) – Técni-co Judiciário)

A Lei nº 10.048/2000, que dispõe sobre prioridade no atendimento de determina-das pessoas e outros benefícios, prevê, den-tre seus dispositivos, para atender às pesso-as com deficiência,

a) a disponibilização de cadeira de rodas em mercados e estabelecimentos con-gêneres.

b) a meia entrada em eventos culturais.c) o planejamento de veículos de trans-

porte coletivo e sua adaptação para fa-cilitar seu acesso.

d) o acesso por meio de rampa e elevado-res a pisos mais elevados.

e) a elaboração em braile de panfleto com contatos mínimos de atendimento dos serviços públicos essenciais.

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5. (FCC – 2017 – TRT – 24ª REGIÃO (MS) – Téc-nico Judiciário)

Uma concessionária de transporte coletivo não reservou assentos, devidamente iden-tificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras de deficiência e pesso-as acompanhadas por crianças de colo, em alguns veículos utilizados diariamente. Con-forme as disposições da Lei nº 10.048/2000, essa infração sujeitará aos responsáveis

a) interdição temporária ou total do esta-belecimento.

b) prestação de serviços à comunidade. c) o pagamento de multa por veículo sem

estas condições mencionadas. d) embargo do estabelecimento. e) advertência e determinação de prazo

para realização das adaptações que se fizerem necessárias.

6. (FCC – 2016 – TRT – 20ª REGIÃO (SE) – Ana-lista Judiciário)

Em uma repartição pública, existem diversas pessoas aguardando por atendimento, dentre as quais se encontram as seguintes pessoas: uma pessoa com deficiência física (cadeirante), um jovem de 18 anos com o braço imobiliza-do temporariamente em razão de fratura no dedo indicador, uma pessoa com deficiência mental, um adolescente de 16 anos, uma mu-lher com 55 anos, uma mulher grávida com 30 anos, uma mulher com criança de colo, uma pessoa com doença grave, um homem obeso de 25 anos, uma mulher que deixou o seu filho de apenas 2 meses em casa e um homem com 60 anos. De acordo com a Lei nº 10.048/2000, têm direito ao atendimento prioritário

a) todas as pessoas mencionadas no exem-plo acima, com exceção do jovem de 18 anos com o braço imobilizado tempora-riamente em razão de fratura no dedo indicador e o homem obeso de 25 anos, pois são as únicas que não apresentam as características descritivas que permitem concluir que se encaixam nos critérios de prioridade previstos na referida lei.

b) todas as pessoas mencionadas no exemplo acima, pois as características descritivas de todas elas permitem con-cluir que se encaixam nos critérios de prioridade previstos na referida lei.

c) apenas a pessoa com deficiência física (cadeirante), a mulher grávida com 30 anos e o homem com 60 anos, pois es-sas são as únicas pessoas que apresen-tam as características descritivas que permitem concluir que se encaixam nos critérios de prioridade previstos na re-ferida lei.

d) apenas a pessoa com deficiência física (cadeirante), a pessoa com deficiência mental, a mulher grávida com 30 anos, a mulher com criança de colo, o homem obeso de 25 anos, a mulher que deixou o seu filho de apenas 2 meses em casa e o homem com 60 anos, pois estas são as únicas pessoas que apresentam as características descritivas que permi-tem concluir que se encaixam nos crité-rios de prioridade previstos na referida lei.

e) apenas a pessoa com deficiência física (cadeirante), a mulher grávida com 30 anos, a mulher com criança de colo, a pessoa com doença grave e o homem com 60 anos, pois estas são as únicas pessoas que apresentam as caracterís-ticas descritivas que permitem concluir que se encaixam nos critérios de priori-dade previstos na referida lei.

7. (FCC – 2017 – TRT – 21ª Região (RN) – Téc-nico Judiciário)

A “Rodo X” é empresa concessionária de transporte coletivo, constituída no ano de 2005, e presta serviços na cidade de Pal-mas. Ocorre que os veículos da referida empresa não estão cumprindo a exigência de reservar assentos, devidamente iden-tificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras de deficiência e pessoas acompanhadas por crianças de colo. Além disso, a maioria desses veículos não foi pla-nejada de forma a facilitar o acesso das pes-

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soas portadoras de deficiência. Nos termos da Lei nº 10.048/2000, a conduta praticada pela empresa sujeitará os responsáveis à multa de

a) R$ 50.000,00, independentemente da quantidade de veículos sem as condi-ções narradas no enunciado.

b) R$ 1.000,00 a R$ 3.000,00, por veículos sem as condições narradas no enuncia-do.

c) R$ 500,00 a R$ 2.500,00, por veículos sem as condições narradas no enuncia-do.

d) R$ 1.000,00 a R$ 5.000,00, por veículos sem as condições narradas no enuncia-do.

e) R$ 500.000,00, independentemente da quantidade de veículos sem as condi-ções narradas no enunciado.

8. (CESPE – 2017 – TRT – 7ª Região (CE) – Téc-nico Judiciário)

Estão em um ônibus público André, que é obeso, mas não tem mobilidade reduzida; Mariana, que está acompanhada por uma criança de oito anos; Lúcia, que está grávi-da; e Alessandra, que é lactante.

Nessa situação hipotética, considerando-se a Lei n.º 10.048/2000, a empresa concessio-nária de transporte coletivo deverá garantir assentos, devidamente identificados, so-mente para

a) Lúcia e Alessandra.b) André e Lúcia.c) Mariana e Alessandra.d) André e Mariana.

9. (CESPE – 2017 – SEDF – Monitor de Gestão Educacional)

O atendimento prioritário é assegurado às pessoas com deficiência, aos idosos, às ges-tantes, às lactantes, às pessoas acompanha-das de crianças de colo e aos obesos.

( ) Certo   ( ) Errado

10. (CESPE – 2016 – FUNPRESP-JUD – Assisten-te Previdencial)

As empresas públicas de transporte cole-tivo devem reservar assentos para idosos, gestantes, obesos e pessoas portadoras de deficiência.

( ) Certo   ( ) Errado

11. (CESPE – 2019 – TJ-BA – Juiz de Direito Substituto)

De acordo com a legislação que versa sobre a prioridade de atendimento a pessoa com deficiência, a concessionária que disponibi-lizar veículo de transporte coletivo sem as-sento reservado para pessoa com deficiên-cia estará sujeita a

a) multa única relativa ao veículo irregular.b) apreensão imediata do veículo e sus-

pensão das atividades até a regulariza-ção do veículo.

c) suspensão das atividades, até a regula-rização do veículo.

d) apreensão imediata do veículo e multa.e) multa diária até a regularização do veí-

culo.

12. (CESPE – 2018 – MPE-PI – Analista Ministe-rial)

A concessionária de transporte público co-letivo que não reservar assentos, devida-mente identificados, para idosos, gestantes e pessoas com deficiência estará sujeita à pena de multa, que será elevada ao dobro no caso de reincidência.

( ) Certo   ( ) Errado

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13. (FUNRIO – 2016 – IF-BA – Assistente)

A Lei nº 10.048/00 e o Decreto-Lei nº 5.296/05 também consideram, para efeitos de atendimento prioritário:

a) Idosos, acima de 65 anos.b) Idosos, acima de 60 anos.c) Idosos, acima de 55 anos.d) Pessoa que declare urgência para a ne-

cessidade de atendimento.e) Pessoas acompanhadas de crianças

com até 10 anos.

14. (IF-PA – 2019 – IF-PA – Pedagogo)

De acordo com a Lei Nº 10.048/2000 terão atendimento prioritário as pessoas com de-ficiência, os idosos com idade igual ou su-perior a ________________ anos, as ges-tantes, as _____________, as pessoas com crianças de colo e os ____________.

Os termos que completam corretamente a frase são:

a) oitenta, infeccionadas, parasitários.b) sessenta, lactantes, obesos.c) setenta, puérperas, macérrimos.d) sessenta, lactantes, macérrimos.e) oitenta, puérperas, obesos.

15. (EXATUS – 2015 – BANPARÁ – Técnico Ban-cário)

A lei 10.048/2000 trata da prioridade de atendimento às pessoas portadoras de de-ficiência, os idosos com idade igual ou su-perior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo. Sendo assim, assinale a al-ternativa correta sobre o atendimento prio-ritário com base nessa lei:

a) É assegurada, em todas as instituições financeiras, a prioridade de atendimen-to às pessoas mencionadas no art. 1º da lei 10.048/2000.

b) As repartições públicas e empresas con-cessionárias de serviços públicos não são obrigadas a dispensar atendimento prioritário uma vez que a constituição federal diz que todo cidadão é igual pe-rante a lei.

c) É assegurada, em todas as instituições comerciais, a prioridade de atendimen-to em ordem de chegada, salvo em caso idosos acompanhados de seus repre-sentantes legais.

d) As repartições públicas e empresas con-cessionárias de serviços públicos não são obrigadas a dispensar atendimento prioritário salvo em caso de manifesta-ções públicas que prejudiquem o aces-so ao local do atendimento.

e) No caso de servidor ou de chefia res-ponsável pela repartição pública infrin-gir essa lei, às penalidades previstas será prestação de serviço social em re-gime semiaberto.

Gabarito: 1. D 2. D 3. D 4. C 5. C 6. D 7. C 8. A 9. C 10. E 11. A 12. C 13. B 14. B 15. A

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LEI 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000

Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-guinte Lei:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais e crité-rios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços pú-blicos, no mobiliário urbano, na construção e re-forma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.

Art. 2º Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições:

I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equi-pamentos urbanos, edificações, transpor-tes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao pú-blico, de uso público ou privados de uso co-letivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobi-lidade reduzida; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

II – barreiras: qualquer entrave, obstácu-lo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à

circulação com segurança, entre outros, classificadas em: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados aber-tos ao público ou de uso coletivo; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes; (Reda-ção dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vi-gência)

d) barreiras nas comunicações e na infor-mação: qualquer entrave, obstáculo, atitu-de ou comportamento que dificulte ou im-possibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermé-dio de sistemas de comunicação e de tecno-logia da informação; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

III – pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barrei-ras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de con-dições com as demais pessoas; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

IV – pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, di-ficuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordena-ção motora ou da percepção, incluindo ido-so, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

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V – acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente pes-soal; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

VI – elemento de urbanização: quaisquer componentes de obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunica-ção, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indica-ções do planejamento urbanístico; (Reda-ção dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vi-gência)

VII – mobiliário urbano: conjunto de obje-tos existentes nas vias e nos espaços públi-cos, superpostos ou adicionados aos ele-mentos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modificação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nes-ses elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pon-tos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marqui-ses, bancos, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga; (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

VIII – tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, re-cursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcio-nalidade, relacionada à atividade e à parti-cipação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua auto-nomia, independência, qualidade de vida e inclusão social; (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

IX – comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de co-municação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a lin-

guagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunica-ções; (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

X – desenho universal: concepção de pro-dutos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnolo-gia assistiva. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

CAPÍTULO IIDOS ELEMENTOS DA URBANIZAÇÃO

Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e executa-dos de forma a torná-los acessíveis para todas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiên-cia ou com mobilidade reduzida. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

Parágrafo único. O passeio público, elemen-to obrigatório de urbanização e parte da via pública, normalmente segregado e em nível diferente, destina-se somente à circulação de pedestres e, quando possível, à implan-tação de mobiliário urbano e de vegetação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vi-gência)

Art. 4º As vias públicas, os parques e os demais espaços de uso público existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobi-liários urbanos deverão ser adaptados, obede-cendo-se ordem de prioridade que vise à maior eficiência das modificações, no sentido de pro-mover mais ampla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

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Parágrafo único. Os parques de diversões, públicos e privados, devem adaptar, no mí-nimo, 5% (cinco por cento) de cada brin-quedo e equipamento e identificá-lo para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, tanto quanto tecnicamente possível. (Incluí-do pela Lei nº 11.982, de 2009)

Parágrafo único. No mínimo 5% (cinco por cento) de cada brinquedo e equipamento de lazer existentes nos locais referidos no caput devem ser adaptados e identificados, tanto quanto tecnicamente possível, para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência, inclusive visual, ou com mobi-lidade reduzida. (Redação dada pela Lei nº 13.443, de 2017) (Vigência)

Art. 5º O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e privados de uso comuni-tário, nestes compreendidos os itinerários e as passagens de pedestres, os percursos de entra-da e de saída de veículos, as escadas e rampas, deverão observar os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da As-sociação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Art. 6º Os banheiros de uso público existentes ou a construir em parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um la-vatório que atendam às especificações das nor-mas técnicas da ABNT.

§ 1º Os eventos organizados em espaços públicos e privados em que haja instalação de banheiros químicos deverão contar com unidades acessíveis a pessoas com deficiên-cia ou com mobilidade reduzida. (Incluído pela Lei nº 13.825, de 2019)

§ 2º O número mínimo de banheiros quími-cos acessíveis corresponderá a 10% (dez por cento) do total, garantindo-se pelo menos 1 (uma) unidade acessível caso a aplicação do percentual resulte em fração inferior a 1 (um). (Incluído pela Lei nº 13.825, de 2019)

Art. 7º Em todas as áreas de estacionamento de veículos, localizadas em vias ou em espaços pú-blicos, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devi-damente sinalizadas, para veículos que trans-portem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção.

Parágrafo único. As vagas a que se refere o caput deste artigo deverão ser em número equivalente a dois por cento do total, garan-tida, no mínimo, uma vaga, devidamente si-nalizada e com as especificações técnicas de desenho e traçado de acordo com as nor-mas técnicas vigentes.

CAPÍTULO IIIDO DESENHO E DA LOCALIZAÇÃO

DO MOBILIÁRIO URBANO

Art. 8º Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação ou quaisquer outros elementos verticais de sinalização que devam ser instala-dos em itinerário ou espaço de acesso para pe-destres deverão ser dispostos de forma a não dificultar ou impedir a circulação, e de modo que possam ser utilizados com a máxima como-didade.

Art. 9º Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas deverão estar equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave, inter-mitente e sem estridência, ou com mecanismo alternativo, que sirva de guia ou orientação para a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a periculosidade da via assim determinarem.

Parágrafo único. Os semáforos para pedes-tres instalados em vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso aos servi-ços de reabilitação, devem obrigatoriamen-te estar equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave para orientação do pedestre. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

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Art. 10. Os elementos do mobiliário urbano de-verão ser projetados e instalados em locais que permitam sejam eles utilizados pelas pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 10-A. A instalação de qualquer mobiliário urbano em área de circulação comum para pe-destre que ofereça risco de acidente à pessoa com deficiência deverá ser indicada median-te sinalização tátil de alerta no piso, de acordo com as normas técnicas pertinentes. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

CAPÍTULO IVDA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS

PÚBLICOS OU DE USO COLETIVO

Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas por-tadoras de deficiência ou com mobilidade redu-zida.

Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, na construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser ob-servados, pelo menos, os seguintes requisi-tos de acessibilidade:

I – nas áreas externas ou internas da edifi-cação, destinadas a garagem e a estacio-namento de uso público, deverão ser re-servadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sina-lizadas, para veículos que transportem pes-soas portadoras de deficiência com dificul-dade de locomoção permanente;

II – pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impe-çam ou dificultem a acessibilidade de pes-soa portadora de deficiência ou com mobili-dade reduzida;

III – pelo menos um dos itinerários que co-muniquem horizontal e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, en-tre si e com o exterior, deverá cumprir os re-quisitos de acessibilidade de que trata esta Lei; e

IV – os edifícios deverão dispor, pelo me-nos, de um banheiro acessível, distribuindo--se seus equipamentos e acessórios de ma-neira que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilida-de reduzida.

Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza similar deverão dis-por de espaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas, e de lugares especí-ficos para pessoas com deficiência auditiva e vi-sual, inclusive acompanhante, de acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação.

Art. 12-A. Os centros comerciais e os estabe-lecimentos congêneres devem fornecer carros e cadeiras de rodas, motorizados ou não, para o atendimento da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

CAPÍTULO VDA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS

DE USO PRIVADO

Art. 13. Os edifícios de uso privado em que seja obrigatória a instalação de elevadores deverão ser construídos atendendo aos seguintes requi-sitos mínimos de acessibilidade:

I – percurso acessível que una as unidades habitacionais com o exterior e com as de-pendências de uso comum;

II – percurso acessível que una a edificação à via pública, às edificações e aos serviços anexos de uso comum e aos edifícios vizi-nhos;

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III – cabine do elevador e respectiva porta de entrada acessíveis para pessoas portado-ras de deficiência ou com mobilidade redu-zida.

Art. 14. Os edifícios a serem construídos com mais de um pavimento além do pavimento de acesso, à exceção das habitações unifamiliares, e que não estejam obrigados à instalação de elevador, deverão dispor de especificações téc-nicas e de projeto que facilitem a instalação de um elevador adaptado, devendo os demais ele-mentos de uso comum destes edifícios atender aos requisitos de acessibilidade.

Art. 15. Caberá ao órgão federal responsável pela coordenação da política habitacional regu-lamentar a reserva de um percentual mínimo do total das habitações, conforme a característica da população local, para o atendimento da de-manda de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

CAPÍTULO VIDA ACESSIBILIDADE NOS VEÍCULOS

DE TRANSPORTE COLETIVO

Art. 16. Os veículos de transporte coletivo deve-rão cumprir os requisitos de acessibilidade esta-belecidos nas normas técnicas específicas.

CAPÍTULO VIIDA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO

Art. 17. O Poder Público promoverá a elimina-ção de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinali-zação às pessoas portadoras de deficiência sen-sorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao trans-porte, à cultura, ao esporte e ao lazer.

Art. 18. O Poder Público implementará a forma-ção de profissionais intérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpre-tes, para facilitar qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de deficiência senso-rial e com dificuldade de comunicação. Regula-mento

Art. 19. Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens adotarão plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir o uso da lin-guagem de sinais ou outra subtitulação, para ga-rantir o direito de acesso à informação às pesso-as portadoras de deficiência auditiva, na forma e no prazo previstos em regulamento.

CAPÍTULO VIIIDISPOSIÇÕES SOBRE

AJUDAS TÉCNICAS

Art. 20. O Poder Público promoverá a supres-são de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação, mediante ajudas técnicas.

Art. 21. O Poder Público, por meio dos organis-mos de apoio à pesquisa e das agências de fi-nanciamento, fomentará programas destinados:

I – à promoção de pesquisas científicas vol-tadas ao tratamento e prevenção de defici-ências;

II – ao desenvolvimento tecnológico orien-tado à produção de ajudas técnicas para as pessoas portadoras de deficiência;

III – à especialização de recursos humanos em acessibilidade.

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CAPÍTULO IXDAS MEDIDAS DE FOMENTO

À ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS

Art. 22. É instituído, no âmbito da Secretaria de Estado de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, o Programa Nacional de Acessibilidade, com dotação orçamentária específica, cuja exe-cução será disciplinada em regulamento.

CAPÍTULO XDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 23. A Administração Pública federal direta e indireta destinará, anualmente, dotação orça-mentária para as adaptações, eliminações e su-pressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios de uso público de sua propriedade e naqueles que estejam sob sua administração ou uso.

Parágrafo único. A implementação das adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas referidas no caput deste artigo deverá ser iniciada a partir do primeiro ano de vigência desta Lei.

Art. 24. O Poder Público promoverá campanhas informativas e educativas dirigidas à população em geral, com a finalidade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessibilidade e à inte-gração social da pessoa portadora de deficiên-cia ou com mobilidade reduzida.

Art. 25. As disposições desta Lei aplicam-se aos edifícios ou imóveis declarados bens de interes-se cultural ou de valor histórico-artístico, desde que as modificações necessárias observem as normas específicas reguladoras destes bens.

Art. 26. As organizações representativas de pes-soas portadoras de deficiência terão legitimida-de para acompanhar o cumprimento dos requi-sitos de acessibilidade estabelecidos nesta Lei.

Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179º da Inde-pendência e 112º da República.

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• Critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida...

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;II - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em:a) urbanísticas: espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo;b) arquitetônicas: edifícios públicos e privados;c) nos transportes: sistemas e meios de transportes;d) nas comunicações e na informação: qualquer entrave/obstáculo/comportamento.

Lei nº 10.098/2000

III - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas;IV - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso;

Lei nº 10.098/2000

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Adaptações em espaços de uso público: (há também regras para edifícios de uso privado em que seja obrigatória a instalação de elevadores – art. 13 a 15)• Brinquedo e equipamento de lazer: mínimo 5%• Estacionamento de veículos: reserva de vagas próximas dos acessos de circulação = 2% do

total, no mínimo 1 vaga.• Banheiros de uso público: pelo menos 1 sanitário e 1 lavatório que atendam às normas ABNT.• Edifícios de uso coletivo: pelo menos 1 dos acessos ao interior da edificação deverá estar

livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos e 1 banheiro acessível.• Qualquer mobiliário urbano que ofereça risco de acidente: sinalização tátil de alerta no piso.• Semáforos para pedestres (vias com grande fluxo de veículos e periculosidade): mecanismo

que emita sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, ou mecanismo alternativo, que sirva de orientação para a travessia de deficientes visual.• Centros comerciais e estabelecimentos congêneres: devem

fornecer carros e cadeiras de rodas, motorizados ou não.• Locais de espetáculos, conferências, aulas: espaços reservados

para pessoas que utilizam cadeira de rodas e lugares específicos para pessoas com deficiência.

Lei nº 10.098/2000

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Questões

1. (CESPE – 2017 – TRF – 1ª REGIÃO – Técnico Judiciário)

A respeito do direito das pessoas com defi-ciência, julgue o item a seguir, considerando a legislação pertinente.

De acordo com a legislação, será considera-da pessoa portadora de deficiência aquela cuja dificuldade de movimentar-se gere, permanentemente, redução efetiva da mo-bilidade, da flexibilidade, da coordenação motora e da percepção.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (CESPE – 2017 – TRF – 1ª REGIÃO – Técnico Judiciário)

A respeito dos direitos da pessoa portadora de deficiência, julgue o item a seguir, consi-derando a legislação pertinente.

O Ministério Público exige que os semáforos nas vias públicas sejam equipados com me-canismo que emita sinal sonoro ou outro al-ternativo como guia ou orientação para a tra-vessia de pessoas portadoras de deficiência visual, independentemente da intensidade do fluxo de veículos e a periculosidade da via.

( ) Certo   ( ) Errado

3. (CESPE – 2017 – SEDF – Monitor de Gestão Educacional)

Conforme definição legal, barreira é neces-sariamente uma barreira física, isto é, con-siste em um entrave ou obstáculo que im-peça a participação social da pessoa bem como a sua liberdade de movimento e o acesso à informação e circulação com segu-rança; se retirados esses impasses físicos, os direitos da pessoa ficam assegurados.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (CESPE – 2017 – SEDF – Monitor de Gestão Educacional)

A definição de acessibilidade inclui a pos-sibilidade e a condição de alcance para a utilização, com segurança e autonomia, de serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

( ) Certo   ( ) Errado

5. (CESPE – 2017 – SEDF – Monitor de Gestão Educacional)

Somente mediante solicitação dos interes-sados, os semáforos para pedestres serão instalados com mecanismo que sirva de guia ou de orientação para a travessia de pessoa com deficiência visual ou com mobi-lidade reduzida.

( ) Certo   ( ) Errado

6. (CESPE – 2016 – FUNPRESP-JUD – Assisten-te Previdencial)

Idosos, gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo e obesos são considerados pessoas com mobilidade reduzida porque apresentam dificuldades de movimentação, permanente ou temporária, que geram re-dução efetiva da mobilidade, da flexibilida-de, da coordenação motora ou da percep-ção.

( ) Certo   ( ) Errado

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7. (CESPE – 2017 – TRT – 7ª Região (CE) – Téc-nico Judiciário)

De acordo com a Lei n.º 10.098/2000, na construção, ampliação ou reforma de edi-fícios públicos ou privados, destinados ao uso coletivo, deve ser observado o seguinte requisito de acessibilidade:

a) nas áreas internas para a garagem do edifício, devem ser reservadas vagas para veículos de pessoas com dificulda-de de locomoção temporária.

b) deve haver disponível no edifício pelo menos um banheiro cujos equipamen-tos e acessórios se distribuam de forma acessível para utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade re-duzida.

c) nas áreas externas para o estaciona-mento do edifício, devem ser reserva-das vagas para veículos de pessoas com dificuldade de locomoção temporária.

d) todos os itinerários do edifício que se comuniquem horizontal e verticalmen-te entre si e com o exterior devem estar livres de barreira arquitetônica.

8. (FCC – 2018 – TRT – 2ª REGIÃO (SP) – Técni-co Judiciário)

Em vias públicas, parques e demais espa-ços existentes, conforme previsão da Lei nº 10.098/2000, cada brinquedo e equipamen-to de lazer existente devem ser adaptados e identificados, tanto quanto tecnicamente possível, num percentual de no mínimo,

a) 5% para utilização de pessoas com defi-ciência, inclusive visual, ou com mobili-dade reduzida.

b) 10% para utilização de pessoas com de-ficiência, inclusive visual, ou com mobi-lidade reduzida.

c) 20% para utilização de pessoas com de-ficiência, inclusive visual, ou com mobi-lidade reduzida.

d) 5% para utilização de pessoas com defi-ciência, excluindo-se a deficiência visu-al, ou com mobilidade reduzida.

e) 10% para utilização de pessoas com de-ficiência, excluindo-se a deficiência vi-sual, ou com mobilidade reduzida.

9. (FCC – 2018 – TRT – 14ª Região (RO e AC) – Analista Judiciário)

Considere a seguinte situação hipotética: a Prefeitura de Rio Branco inaugurará im-portante praça pública, na região central da cidade, denominada “Praça Para Todos”, que contará com inúmeros atrativos, entre eles, 40 equipamentos de lazer disponibi-lizados à população. Nos termos da Lei nº 10.098/2000, o número mínimo de equipa-mentos de lazer que devem ser adaptados e identificados, tanto quanto tecnicamente possível, para possibilitar a utilização por pessoas com deficiência, inclusive visual, ou com mobilidade reduzida, será

a) 15.b) 5.c) 10.d) 3.e) 2.

10. (FCC – 2018 – TRT – 15ª Região (SP) – Ana-lista Judiciário)

A Prefeitura da cidade “X” está construindo um centro de Convenções. De acordo com a Lei nº 10.098/2000, deverão ser reserva-das vagas próximas dos acessos de circula-ção de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção. Nesse caso hipotético, se o centro de Convenções possuir 500 vagas de estacionamento, deverão ser reservadas vagas destinadas aos veículos que trans-portem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção no seguinte quantitativo:

a) 25 vagas. b) 5 vagas. c) 15 vagas. d) 50 vagas. e) 10 vagas.

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11. (FCC – 2018 – TRT – 6ª Região (PE) – Analis-ta Judiciário)

Segundo a Lei nº 10.098/2000, barreiras ar-quitetônicas são aquelas

a) existentes nos edifícios públicos e privados. b) que representem entrave que dificulte

ou impossibilite a expressão. c) existentes nos meios de transporte. d) existentes em espaços públicos, abertos

ao público e de uso coletivo.e) que representem obstáculo que dificul-

te ou impossibilite a comunicação com terceiro.

12. (FCC – 2016 – TRT – 20ª REGIÃO (SE) – Téc-nico Judiciário)

De acordo com a Lei nº 10.098/2000 que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pes-soas portadoras de deficiência ou com mo-bilidade reduzida, e dá outras providências, é correto afirmar:

a) Todos os sanitários e lavatórios de uso público existentes ou a construir em par-ques, jardins e espaços livres públicos, deverão ser acessíveis e atender às espe-cificações das normas técnicas da ABNT.

b) Os centros comerciais e estabelecimen-tos congêneres devem fornecer carros e cadeiras de rodas, necessariamente mo-torizados, para o atendimento da pes-soa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

c) Não cabe ao Poder Público implementar a formação de profissionais intérpretes em escrita braile, linguagem de sinais e guias-intérpretes para facilitar a comu-nicação direta à pessoa com deficiência sensorial e com dificuldade de comuni-cação.

d) Em edifícios públicos, todos os acessos ao interior da edificação devem estar livres de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

e) As regras de acessibilidade se aplicam aos edifícios públicos e de uso coletivo, mas também existem regras impostas aos edifícios de uso privado em que seja obrigatória a instalação de elevadores ou edifícios com mais de um pavimento.

13. (FCC – 2017 – TRT – 21ª Região (RN) – Ana-lista Judiciário)

João é acompanhante de Marta, pessoa com deficiência. Conforme preceitua a Lei nº 10.098/2000, o acompanhante

a) acompanha a pessoa com deficiência e é, também, denominado de atendente pessoal.

b) deve, obrigatoriamente, desempenhar as funções de atendente pessoal.

c) não pode desempenhar as funções de atendente pessoal.

d) pode ou não desempenhar as funções de atendente pessoal.

e) deve possuir necessariamente mais de 35 e menos de 50 anos de idade.

14. (FCC – 2018 – TRT – 2ª REGIÃO (SP) – Técni-co Judiciário)

Segundo previsão expressa da Lei nº 10.098/2000, o acompanhante é aquele que

a) foi indicado como guardião da pessoa com deficiência em ação judicial pro-posta para esse fim.

b) acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as fun-ções de atendente pessoal.

c) possui parentesco com a pessoa com deficiência, representando-a junto aos serviços públicos.

d) foi constituído curador da pessoa com deficiência, representando-a judicial-mente.

e) é contratado ou disponibilizado à pes-soa com deficiência como seu cuidador, representando-o junto aos serviços de saúde.

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15. (FCC – 2017 – TRT – 24ª REGIÃO (MS) – Téc-nico Judiciário)

Um idoso está acompanhado por uma ges-tante. Esse idoso apresenta dificuldade de movimentação permanente, gerando redu-ção efetiva da mobilidade, da flexibilidade, e da coordenação motora. Nos termos da Lei nº 10.098/2000 e respectivas atualizações, a condição desse idoso é definida como uma pessoa

a) debilitada. b) com deficiência. c) incapacitada. d) deficitária. e) com mobilidade reduzida.

16. (FCC – 2017 – TRT – 21ª Região (RN) – Técni-co Judiciário)

Considere:

I. O comportamento de Maria limitou a par-ticipação social de determinada pessoa com deficiência.

II. O comportamento de João limitou o exer-cício do direito de acesso à informação de determinada pessoa com deficiência.

III. O comportamento de Joaquim impediu o exercício do direito de liberdade de expres-são de determinada pessoa com deficiência.

Nos termos da Lei nº 10.098/2000, especi-ficamente no que concerne à definição de “barreiras” constante do citado diploma le-gal,

a) nenhuma das situações é exemplo de barreira.

b) apenas a situação I traz exemplo de bar-reira.

c) apenas as situações I e II trazem exem-plos de barreira.

d) todas as situações são exemplos de bar-reiras.

e) apenas a situação III traz exemplo de barreira.

17. (FCC – 2017 – TST – Analista Judiciário)

A Prefeitura de determinado Município pre-tende instalar mobiliário urbano em área de circulação comum para pedestre. Esse mobiliário oferecerá risco de acidente à pes-soa com deficiência. Nos termos da Lei nº 10.098/2000, a instalação narrada

a) deverá ser indicada mediante sinaliza-ção tátil de alerta em postes, a fim de que a pessoa com deficiência possa, manualmente, constatar o mobiliário urbano, de acordo com as normas técni-cas pertinentes.

b) é absolutamente vedada. c) deverá ser indicada mediante sinaliza-

ção tátil de alerta no piso, de acordo com as normas técnicas pertinentes.

d) deverá ser indicada mediante sinaliza-ção sonora, com estridência, a fim de que a pessoa com deficiência tenha condições de constatar o mobiliário ur-bano, de acordo com as normas técni-cas pertinentes.

e) poderá ser indicada tanto mediante sinalização tátil de alerta em postes, como mediante sinalização sonora, ca-bendo ao poder público optar pela op-ção mais apropriada ao local e que me-lhor atenda às necessidades da pessoa com deficiência.

18. (FCC – 2017 – TRT – 21ª Região (RN) – Técni-co Judiciário)

A Lei nº 10.098/2000 estabelece algumas definições, dentre elas, a definição de comu-nicação. Assim, para os fins da mencionada Lei, comunicação é a forma de interação dos cidadãos e abrange, entre outras opções, as descritas a seguir, EXCETO:

a) o sistema de sinalização ou de comuni-cação tátil.

b) a linguagem simples, obrigatoriamente na forma oral.

c) a visualização de textos. d) os dispositivos multimídia. e) os modos, meios e formatos aumentati-

vos e alternativos de comunicação.

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19. (FCC – 2017 – TST – Analista Judiciário)

Considere:

I. As normas de acessibilidade não se apli-cam à zona rural, pela própria característica de tal ambiente, incompatível com regras de modificações e adaptações.

II. O passeio público destina-se somente à circulação de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano e vege-tação.

III. Nos edifícios de uso privado, caberá ao órgão municipal responsável pela coordena-ção da política habitacional regulamentar a reserva de um percentual mínimo do total das habitações, conforme a característica da população local, para o atendimento da de-manda de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Nos termos da Lei nº 10.098/2000, que tra-ta das normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilida-de reduzida, está correto o que consta em

a) II, apenas. b) III, apenas. c) I, II e III. d) I e II, apenas. e) I e III, apenas.

20. (FCC – 2017 – DPE-RS – Técnico)

Um edifício público destinado ao uso cole-tivo passará por uma reforma. Para que sua execução atenda às disposições da Lei nº 10.098/2000, dentre outros, deverá ser obser-vado o seguinte requisito de acessibilidade:

a) nas áreas externas ou internas da edi-ficação, destinadas a garagem e a esta-cionamento de uso público, deverão ser reservadas vagas, em qualquer local do espaço em referência, para veículos que transportem pessoas portadoras de de-ficiência com dificuldade de locomoção permanente.

b) todos os acessos ao interior da edifi-cação deverão estar livres de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que im-peçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

c) os edifícios deverão dispor de, no mí-nimo, dois banheiros acessíveis, dis-tribuindo-se seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora de defi-ciência ou com mobilidade reduzida.

d) pelo menos um dos itinerários que co-muniquem horizontal e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deve-rá cumprir os requisitos de acessibilida-de de que trata esta Lei.

e) pelo menos um dos percursos que co-muniquem horizontalmente as depen-dências e serviços internos do edifício com o exterior, deverá ser coberto para proteção contra as intempéries.

21. (FCC – 2017 – TST – Técnico Judiciário)

Nos termos da Lei nº 10.098/2000, as vias públicas de grande circulação

a) não podem estar equipadas com me-canismo que emita sinal sonoro, sendo que, em tais vias, a pessoa com defi-ciência, especialmente a visual, deve, obrigatoriamente, estar acompanhada de seu familiar ou atendente pessoal, ou ainda, de cão-guia.

b) podem estar equipadas com mecanis-mo que emita sinal sonoro ou com qual-quer outro mecanismo alternativo.

c) não precisam estar equipadas com me-canismo que emita sinal sonoro, pois apenas as vias públicas que deem aces-so aos serviços de reabilitação é que es-tão obrigadas a assim o fazer.

d) devem, obrigatoriamente, estar equi-padas com mecanismo que emita sinal sonoro com estridência e que seja inter-mitente, para orientação do pedestre.

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e) devem, obrigatoriamente, estar equi-padas com mecanismo que emita sinal sonoro suave para orientação do pedes-tre.

22. (FCC – 2017 – TST – Técnico Judiciário)

Considere:

I. As barreiras existentes nas vias e nos espa-ços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo denominam-se barreiras arquitetônicas.

II. Os terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações constituem exemplos de mobiliário urbano.

III. O acompanhante é aquele que acom-panha a pessoa com deficiência, devendo, obrigatoriamente, desempenhar as funções de atendente pessoal.

Nos termos da Lei nº 10.098/2000, está cor-reto o que consta em

a) I, II e III.b) II, apenas.c) I e II, apenas.d) III, apenas.e) I e III, apenas.

23. (FCC – 2016 – AL-MS – Agente de Polícia Le-gislativo)

Sobre a Lei nº 10.098/2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a pro-moção da acessibilidade das pessoas por-tadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências, é INCOR-RETO afirmar:

a) Os parques de diversões, públicos e pri-vados, devem adaptar, no mínimo, vinte por cento de cada brinquedo e equipa-mento e identificá-lo para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiên-cia ou com mobilidade reduzida, tanto quanto tecnicamente possível.

b) A instalação de qualquer mobiliário urbano em área de circulação comum para pedestre que ofereça risco de aci-dente à pessoa com deficiência deverá ser indicada mediante sinalização tátil de alerta no piso, de acordo com as nor-mas técnicas pertinentes.

c) Os semáforos para pedestres instalados em vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso aos serviços de re-abilitação, devem obrigatoriamente es-tar equipados com mecanismo que emi-ta sinal sonoro suave para orientação do pedestre.

d) Os centros comerciais e os estabele-cimentos congêneres devem fornecer carros e cadeiras de rodas, motorizados ou não, para o atendimento da pessoa com deficiência ou com mobilidade re-duzida.

e) A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destina-dos ao uso coletivo deverão ser execu-tadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de de-ficiência ou com mobilidade reduzida.

24. (FCC – 2017 – TRF – 5ª REGIÃO – Analista Judiciário)

No tocante aos elementos de urbanização, considere:

I. No mínimo 10% de cada brinquedo e equi-pamento de lazer existentes nas vias públi-cas e nos parques devem ser adaptados e identificados, tanto quanto tecnicamente possível, para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência, inclusive visual, ou com mobilidade reduzida.

II. O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e privados de uso co-munitário, nestes não compreendidos os itinerários e as passagens de pedestres, de-verão observar os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

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Legislação Específica – Prof. Rafael Ravazolo

III. Os banheiros de uso público existentes ou a construir em parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser acessí-veis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um lavatório que atendam às especificações das normas técnicas da ABNT.

De acordo com a Lei nº 10.098/2000, está correto o que se afirma APENAS em

a) II e III. b) I e II. c) III. d) I e III. e) I.

25. (FCC – 2017 – TRF – 5ª REGIÃO – Técnico Ju-diciário)

De acordo com a Lei nº 10.098/2000, os se-máforos para pedestres instalados nas vias públicas deverão estar equipados com me-canismo que emita sinal ou com mecanismo alternativo, que sirva de guia ou orientação para a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a periculosidade da via assim determinarem. Neste caso, o sinal sonoro que esses semáforos devem emitir será

a) suave, intermitente e sem estridência. b) forte, intermitente e estridente. c) suave, contínuo e sem estridência. d) forte, contínuo e estridente. e) forte, contínuo e sem estridência.

26. (FCC – 2018 – TRT – 15ª Região (SP) – Ana-lista Judiciário)

De acordo com a Lei nº 10.098/2000, o pla-nejamento e a urbanização das vias públi-cas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e exe-cutados de forma a torná-los acessíveis para todas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiência ou com mobilidade reduzi-da. O passeio público, elemento

a) facultativo de urbanização e parte da via pública, necessariamente segregado e em nível diferente, destina-se à circu-lação de pedestres e à implantação de mobiliário urbano e de vegetação.

b) obrigatório de urbanização e parte da via pública, necessariamente segregado e em nível diferente, destina-se à circu-lação de pedestres e à implantação de mobiliário urbano e de vegetação.

c) facultativo de urbanização e não inte-grante da via pública, normalmente se-gregado e em nível diferente, destina-se somente à circulação de pedestres e, quando possível, à implantação de mo-biliário urbano e de vegetação.

d) obrigatório de urbanização e parte da via pública, normalmente segregado e em nível diferente, destina-se somen-te à circulação de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano e de vegetação.

e) obrigatório de urbanização e não inte-grante da via pública, normalmente se-gregado e em nível diferente, destina-se à circulação de pedestres e à implanta-ção de mobiliário urbano e de vegeta-ção.

27. (FCC – 2017 – TST – Técnico Judiciário)

Determinado Município pretende instalar elementos verticais de sinalização em espa-ço de acesso para pedestres. Nos termos da Lei nº 10.098/2000, os citados elementos

a) deverão ser dispostos de forma a não dificultar ou impedir a circulação, e de modo que possam ser utilizados com a máxima comodidade.

b) não poderão ser instalados.c) poderão, excepcionalmente, impedir a

circulação local, haja vista sua impor-tância à coletividade.

d) poderão, excepcionalmente, dificultar a circulação local; no entanto, não pode-rão impedi-la, sob pena de infringir o di-reito à locomoção das pessoas

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e) inviabilizarão, como regra, a circulação local, no entanto, o Município deverá dispor de meios alternativos para suprir o acesso prejudicado.

Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. C 5. E 6. C 7. B 8. A 9. E 10. E 11. A 12. E 13. D 14. B 15. E 16. D 17. C 18. B 19. A 20. D 21. E 22. B 23. A 24. C 25. A 26. D 27. A