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LEI Nº 11.381, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2011 Súmula: Institui o Código de Obras e Edificações do Município de Londrina. A CÂMARA MUNICIPAL DE LONDRINA, ESTADO DO PARANÁ, APROVOU E EU, PREFEITO MUNICIPAL, SANCIONO A SEGUINTE L E I : CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Fica instituído o Código de Obras e Edificações do Município de Londrina, o qual estabelece normas para a elaboração de projetos e execução de obras e instalações em seus aspectos técnicos, estruturais e funcionais. Parágrafo único. Todos os projetos de obras e instalações deverão estar de acordo com este Código, com a legislação vigente sobre Uso e Ocupação do Solo, Parcelamento do Solo e Preservação do Patrimônio Cultural, bem como com os princípios previstos na Lei do Plano Diretor Participativo do Município de Londrina, em conformidade com o § 1º do art. 182 da Constituição Federal. Art. 2º As obras de construção, reconstrução, ampliação, reforma, restauração, movimento de terra, como cortes, escavações e aterros, de iniciativa pública ou privada, somente poderão ser executadas após concessão da licença pelo órgão competente do Município. Art. 3º Nas edificações existentes que estiverem em desacordo com as disposições deste Código não serão permitidas obras de reconstrução parcial ou total, ampliação e reformas, excetos os serviços de pintura, troca de esquadrias, telhado, revestimentos de pisos e paredes, troca de instalações elétricas, hidráulicas, telefone, prevenção de incêndio e intervenções aprovadas pelos órgãos de preservação do Patrimônio Cultural em edificações de interesse cultural, desde que não impliquem em alterações estruturais. Art. 4º As obras realizadas no Município, de iniciativa pública ou privada, deverão estar de acordo com as exigências contidas neste Código e mediante a assunção de responsabilidade por profissional legalmente habilitado. Art. 5º Todos os logradouros públicos e edificações, exceto aquelas destinadas à habitação de caráter permanente unifamiliar e as áreas privativas das edificações de caráter multifamiliar deverão ser projetados de modo a permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas com necessidades especiais. Parágrafo único. A fim de permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas com necessidades especiais, os logradouros públicos e as edificações deverão seguir as orientações previstas em regulamento, obedecendo à NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

LEI 11381 2011 Codigo de Obras Londrina

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  • LEI N 11.381, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2011

    Smula: Institui o Cdigo de Obras e Edificaes do Municpio de Londrina.

    A CMARA MUNICIPAL DE LONDRINA, ESTADO DO PARAN, APROVOU E EU, PREFEITO MUNICIPAL, SANCIONO A SEGUINTE

    L E I :

    CAPTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 Fica institudo o Cdigo de Obras e Edificaes do Municpio de Londrina, o qual estabelece normas para a elaborao de projetos e execuo de obras e instalaes em seus aspectos tcnicos, estruturais e funcionais.

    Pargrafo nico. Todos os projetos de obras e instalaes devero estar de acordo com este Cdigo, com a legislao vigente sobre Uso e Ocupao do Solo, Parcelamento do Solo e Preservao do Patrimnio Cultural, bem como com os princpios previstos na Lei do Plano Diretor Participativo do Municpio de Londrina, em conformidade com o 1 do art. 182 da Constituio Federal.

    Art. 2 As obras de construo, reconstruo, ampliao, reforma, restaurao, movimento de terra, como cortes, escavaes e aterros, de iniciativa pblica ou privada, somente podero ser executadas aps concesso da licena pelo rgo competente do Municpio.

    Art. 3 Nas edificaes existentes que estiverem em desacordo com as disposies deste Cdigo no sero permitidas obras de reconstruo parcial ou total, ampliao e reformas, excetos os servios de pintura, troca de esquadrias, telhado, revestimentos de pisos e paredes, troca de instalaes eltricas, hidrulicas, telefone, preveno de incndio e intervenes aprovadas pelos rgos de preservao do Patrimnio Cultural em edificaes de interesse cultural, desde que no impliquem em alteraes estruturais.

    Art. 4 As obras realizadas no Municpio, de iniciativa pblica ou privada, devero estar de acordo com as exigncias contidas neste Cdigo e mediante a assuno de responsabilidade por profissional legalmente habilitado.

    Art. 5 Todos os logradouros pblicos e edificaes, exceto aquelas destinadas habitao de carter permanente unifamiliar e as reas privativas das edificaes de carter multifamiliar devero ser projetados de modo a permitir o acesso, circulao e utilizao por pessoas com necessidades especiais.

    Pargrafo nico. A fim de permitir o acesso, circulao e utilizao por pessoas com necessidades especiais, os logradouros pblicos e as edificaes devero seguir as orientaes previstas em regulamento, obedecendo NBR 9050, da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT.

  • Art. 6 Para construo ou reforma de edificaes e ou instalaes capazes de causar, sob qualquer forma, impactos ao meio ambiente, ser exigida licena prvia dos rgos ambientais estadual e municipal, quando da aprovao do projeto, de acordo com o disposto na legislao pertinente.

    Pargrafo nico. Consideram-se impactos ao meio ambiente natural e construdo, as interferncias negativas nas condies de qualidade das guas superficiais e subterrneas, do solo, do ar, de insolao e acstica das edificaes, dos edifcios e logradouros do setor histrico e das reas urbanas e de uso do espao urbano.

    Art. 7 Para efeito do presente Cdigo so adotadas as definies abaixo: I - afastamento: distncia entre o limite externo da projeo horizontal da edificao,

    no consideradas a projeo dos beirais e as divisas da data, podendo ser afastamento lateral ou de fundos;

    II - alinhamento: linha legal divisria limitando os lotes, chcaras ou datas; III - alpendre: rea coberta, saliente da edificao cuja cobertura sustentada por

    coluna, pilares ou consolos; IV - altura da edificao: distncia vertical da parede mais alta da edificao, medida no

    ponto onde ela se situa (frente, lateral e fundo), em relao ao nvel do meiofio neste ponto; V - alvar de construo: documento expedido pela Prefeitura que autoriza a execuo

    de obras sujeitas sua fiscalizao; VI - ampliao: alterao no sentido de tornar maior a construo, vertical ou

    horizontalmente; VII - andaime: obra provisria destinada a sustentar operrios e materiais durante a

    execuo de obras; VIII - antessala: compartimento que antecede uma sala, sala de espera; IX - apartamento: unidade autnoma de moradia em edificao multifamiliar de

    hotelaria ou assemelhada (flats, apart-hotel, etc.); X - rea construda coberta: rea da superfcie correspondente projeo horizontal das

    reas cobertas de cada pavimento; XI - rea construda descoberta: rea da superfcie correspondente construo que no

    disponha de cobertura, mas que implique em impermeabilizao do solo, tais como: piscina e pisos utilizveis;

    XII - rea de projeo: rea da superfcie correspondente maior projeo horizontal da edificao no plano do perfil do terreno;

    XIII - rea til: superfcie utilizvel de uma edificao, excludas as paredes; XIV - rea de uso exclusivo residencial: rea na edificao, de uso privativo, sendo esse

    valor computvel para clculo de vagas de estacionamento, reas de lazer e coeficiente de aproveitamento em edificaes residenciais multifamiliares;

    XV - rea de uso exclusivo comercial, industrial e prestador de servio: rea total da edificao, excluindo a rea de estacionamento, sendo esse valor computvel para clculo de vagas de estacionamento, carga e descarga e coeficiente de aproveitamento;

    XVI - tico/sto: compartimento com p direito mnimo de 2,00m situado entre o telhado e a ltima laje de uma edificao, ocupando rea igual ou inferior a 1/3 da rea do pavimento imediatamente inferior;

    XVII - trio: ptio interno de acesso a uma edificao;

  • XVIII - balano: avano da edificao acima do pavimento trreo sobre o recuo; XIX - baldrame: viga de concreto ou madeira que corre sobre fundaes ou pilares para

    apoiar o piso; XX - barraco: construo coberta, sem laje, com p-direito mnimo de 4,00m, com

    fechamento em todas as faces; XXI - beiral: prolongamento do telhado, alm da prumada das paredes, at largura de

    1,00m; XXII - brise: conjunto de chapas de material fosco que se pe nas fachadas expostas ao

    sol, para evitar o aquecimento excessivo dos ambientes, sem prejudicar a ventilao e a iluminao; XXIII - caixa de escada: espao ocupado por uma escada, desde o pavimento inferior

    at o ltimo pavimento; XXIV - caixilho: parte de uma esquadria onde se fixam os vidros; XXV - calada: parte da via reservada ao trnsito de pedestre e, quando possvel,

    implantao de mobilirio urbano, sinalizao, vegetao e outros afins; XXVI - certificado de vistoria de concluso de obra (Habite-se): documento expedido

    pelo Municpio, atestando a verificao da regularidade da obra, quando da sua concluso, que autoriza a ocupao ou uso de uma edificao;

    XXVII - crculo inscrito: o crculo mnimo que pode ser traado dentro de um compartimento;

    XXVIII - compartimento: cada uma das divises de uma edificao; XXIX - construo: realizao de qualquer edificao desde seu incio at sua

    concluso; XXX contraventado: um elemento de estabilizao de estruturas que funciona a

    trao e geralmente colocado na diagonal de uma estrutura retangular; XXXI - corrimo: pea ao longo e ao(s) lado(s) de uma escada e que serve de resguardo

    ou apoio para a mo de quem sobe e desce; XXXII - data: unidade imobiliria destinada edificao resultante de loteamento,

    desmembramento, remembramento e subdiviso, com pelo menos uma divisa lindeira via pblica; XXXIII - declividade: relao entre a diferena das cotas altimtricas de dois pontos e a

    sua distncia horizontal; XXXIV - demolio: deitar abaixo, deitar por terra qualquer edificao, muro ou

    instalao; XXXV - dependncias de uso comum: reas da edificao que podero ser utilizadas

    em comum por todos ou por parte dos titulares de direito das unidades autnomas de moradia, comrcio, servios e indstrias;

    XXXVI - dependncias de uso privativo: conjunto de reas de uma unidade de moradia, comrcio, servios e indstrias cuja utilizao reservada aos respectivos titulares de direito;

    XXXVII - edcula: denominao genrica para compartimento, acessrio de habitao, separado da edificao principal, destinada prtica de servios complementares da residncia;

    XXXVIII - embargo: ato administrativo que determina a paralisao de uma obra; XXXIX - escala: relao entre as dimenses do desenho e do que ele representa; XL - fachada, elevao ou vista: face externa da edificao; XLI - fundao: parte da construo destinada a distribuir as cargas sobre os terrenos; XLII - galpo: construo coberta, com p-direito mnimo de 4,00m, sem fechamento

    por meio de paredes;

  • XLIII greide: a linha que une dois a dois um certo nmero de pontos dados em um perfil;

    XLIV - guarda-corpo ou peitoril: elemento construtivo de proteo contra quedas, delimitando as faces laterais abertas de escadas, rampas, patamares, terraos, balces e mezaninos;

    XLV - habitao multifamiliar: edificao contendo unidades residenciais autnomas utilizadas para moradia;

    XLVI - habitao coletiva: alojamento, asilos, pensionatos e seminrios; XLVII - hachura: rajado, que no desenho produz efeitos de sombra ou meio tom; XLVIII - hall ou saguo: compartimento de entrada de uma edificao, servindo de

    ligao a outros compartimentos; XLIX - infrao: violao da lei; L - jirau: estrutura independente construda de materiais de fcil remoo com ocupao

    de, no mximo, 50% da rea do compartimento do qual faz parte, limitados a 30,00m e que no ser computada como rea construda;

    LI - copa ou kit: pequeno compartimento de apoio aos servios de copa de cada compartimento nas edificaes comerciais;

    LII - licenciamento: ato administrativo que concede licena e prazo para incio de uma obra, mediante expedio do Alvar de Construo, Reforma ou Demolio;

    LIII - logradouro pblico: toda parcela de territrio de domnio pblico e de uso comum da populao;

    LIV - materiais incombustveis: consideram-se, para efeito desta lei concreto simples ou armado, peas metlicas, tijolos, pedras, materiais cermicos ou de fibrocimento e outros cuja incombustibilidade seja reconhecida pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT;

    LV - marquise: cobertura em balano localizada na fachada frontal da edificao; LVI - meiofio: pea de pedra ou de concreto que separa em desnvel a calada da faixa

    de rolamento; LVII - mezanino: piso intermedirio entre o piso e o teto de um compartimento,

    subdividindo-o parcialmente e com rea de at 50% da rea inferior e computada como rea construda; LVIII - nvel do terreno: nvel mdio no alinhamento; LIX - parapeito: proteo de madeira, metal ou alvenaria de pequena altura colocada nas

    bordas das sacadas, terraos e pontes; LX - parede-cega/escura: parede sem abertura; LXI - passeio: parte do logradouro pblico destinado ao trnsito de pedestres; LXII - patamar: superfcie intermediria entre dois lances de escada ou rampa; LXIII - pavimento: conjunto de compartimentos de uma edificao situados no mesmo

    nvel, ou com uma diferena de nvel no superior a 1,50m; LXIV - pavimento trreo: pavimento cujo piso do acesso principal de pedestres est

    compreendido at a cota de 1,20m acima ou abaixo, em relao ao nvel do meiofio; para terrenos inclinados, considera-se nvel do meiofio, a mdia aritmtica dos nveis do meiofio junto s divisas;

    LXV - pavimento em pilotis: conjunto de colunas de sustentao do prdio que deixa livre o pavimento, o qual dever estar predominantemente aberto em seu permetro;

    LXVI - p-direito: distncia vertical medida entre o piso acabado e a parte inferior do teto ou forro de um compartimento;

    LXVII - prgula: construo destinada ou no a suportar vegetao, com elementos horizontais ou inclinados superiores, distanciados, sem constituir cobertura;

  • LXVIII - pilar: a estrutura vertical usada para suportar a distribuio de carga das vigas;

    LXIX - playground: local destinado recreao infantil, aparelhado com brinquedos e/ou equipamentos de ginstica;

    LXX- poro: parte de uma edificao que fica entre o solo e o piso do pavimento trreo, desde que ocupe uma rea igual ou inferior a 1/5 da rea do pavimento trreo com p direito inferior a 2,00m; no ser rea computvel no clculo do coeficiente de aproveitamento e da rea construda;

    LXXI - profundidade de um compartimento: distncia entre a face que dispe de abertura para insolao face oposta;

    LXXII - reconstruo: obra destinada recuperao de parte ou todo de uma edificao mantendo-se as caractersticas primitivas;

    LXXIII - recuo: faixa de terra localizada entre o alinhamento e a edificao; LXXIV - reforma: obra que altera a edificao no que se refere rea construda,

    estrutura, compartimentos ou volumetria; LXXV - restauro ou restaurao: recuperao de edificao tombada ou preservada de

    modo a restituir ou manter as suas caractersticas originais; LXXVI - salo comercial/industrial: construo coberta, com laje, com p-direito

    mnimo de 3,00m (trs metros), com fechamento em todas as faces; LXXVII - sarjeta: escoadouro, nos logradouros pblicos, para as guas de chuva; LXXVIII - subsolo: pavimento total ou parcialmente situado em nvel inferior ao

    pavimento trreo; LXXIX - tapume: vedao provisria usada durante a construo; LXXX - taxa de permeabilidade: percentual da rea da data que dever permanecer

    permevel; LXXXI - terrao: espao descoberto sobre edifcio ou ao nvel de um de seus

    pavimentos constituindo piso acessvel e utilizvel; no poder avanar sobre os recuos e afastamentos mnimos;

    LXXXII - testada: linha que separa a via pblica de circulao da propriedade particular;

    LXXXIII - toldo: elemento de proteo constituindo cobertura de material leve e facilmente removvel e somente poder avanar at 1,20m no recuo;

    LXXXIV - unidade autnoma: unidade imobiliria destinada ao uso privativo que compe um condomnio;

    LXXXV - varanda, sacada ou balco: espao aberto e coberto ou descoberto ao nvel dos pavimentos de uma edificao;

    LXXXVI - via pblica de circulao: rea destinada ao sistema de circulao de veculos e pedestres, existentes ou projetadas;

    LXXXVII - vistoria: diligncia efetuada pela prefeitura atravs de funcionrios habilitados com a finalidade de verificar as condies de regularidade e segurana de uma construo ou obra;

    LXXXVIII - verga: a estrutura colocada sobre vos ou o espao compreendido entre vos e o teto; e

    LXXXIX - viga: a estrutura horizontal usada para a distribuio de carga aos pilares.

  • CAPTULO II DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES

    SEO I DO MUNICPIO

    Art. 8 Cabe ao Municpio a aprovao do projeto de arquitetura e de urbanismo, observadas as disposies deste Cdigo bem como os padres urbansticos definidos pela legislao municipal vigente.

    Pargrafo nico. Alm da legislao municipal, cabe ao Municpio, observar normas e leis de outras esferas tais como o Plano Bsico de Zona de Proteo de Aerdromo, o Plano de Zoneamento de Rudo e da rea de Segurana Aeroporturia (ASA).

    Art. 9 O Municpio licenciar e fiscalizar a execuo e a utilizao das edificaes. 1 Compete ao Municpio fiscalizar a manuteno das condies de segurana e

    salubridade das obras e edificaes. 2 Os profissionais habilitados e fiscais do Municpio tero ingresso a todas as obras

    em execuo, mediante a apresentao de prova de identidade, no exerccio da funo.

    Art. 10. Em qualquer perodo da execuo da obra o rgo competente do Municpio poder exigir que lhe sejam apresentados projetos, clculos e demais detalhes que julgar necessrios.

    Art. 11. O Municpio dever assegurar, atravs do respectivo rgo competente, o acesso dos muncipes, inclusive atravs da rede mundial de computadores Internet, a todas as informaes contidas na legislao municipal pertinente aprovao e execuo de obras bem como o uso permitido.

    Pargrafo nico. A identificao do muncipe, quando necessria, ser feita eletronicamente por certificado digital, em caso de acesso via internet.

    SEO II DO PROPRIETRIO OU POSSUIDOR

    Art. 12. O proprietrio ou o possuidor do imvel responder pela veracidade dos documentos apresentados, no implicando sua aceitao, por parte do Municpio, em reconhecimento do direito de propriedade.

    1 Considera-se proprietrio do imvel a pessoa fsica ou jurdica detentora do ttulo de propriedade registrado em Cartrio de Registro Imobilirio.

    2 Considera-se possuidor a pessoa fsica ou jurdica bem como seu sucessor a qualquer ttulo que tenha de fato o exerccio pleno ou no de usar o imvel objeto da obra.

    3 Para efeito desse Cdigo o possuidor a justo ttulo, independentemente de sua transcrio junto ao registro de imveis, equipara-se ao proprietrio, quando se tratar do licenciamento de obras ou servios.

    Art. 13. O proprietrio do imvel, seu sucessor a qualquer ttulo, ou o possuidor responsvel pela manuteno das condies de estabilidade, segurana e salubridade do imvel bem como pela observncia das disposies deste Cdigo e das leis municipais pertinentes.

  • SEO III DO PROFISSIONAL

    Art. 14. O autor do projeto assume, perante o Municpio e terceiros, que seu projeto seguir todas as condies previstas neste Cdigo.

    Art. 15. O responsvel tcnico pela obra assume, perante o Municpio e terceiros, que sero seguidas todas as condies previstas no projeto de arquitetura aprovado de acordo com este Cdigo.

    Art. 16. Para efeito deste Cdigo somente profissionais habilitados devidamente inscritos na Prefeitura podero projetar, fiscalizar, orientar, administrar e executar qualquer obra no Municpio.

    Art. 17. S podero ser inscritos na Prefeitura os profissionais devidamente registrados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).

    Art. 18. O profissional habilitado poder atuar, individual ou solidariamente, como autor ou como executante da obra, assumindo sua responsabilidade no momento do protocolo do pedido de licena com a apresentao da Anotao de Responsabilidade Tcnica ART.

    Pargrafo nico. Para os efeitos desta lei ser considerado: I autor do projeto: profissional habilitado responsvel pela elaborao de projetos, que

    responder pelo contedo das peas grficas, descritivas, especificaes e exequibilidade de seu trabalho; e

    II responsvel tcnico pela execuo da obra: profissional habilitado responsvel pela obra que, desde seu incio at sua total concluso, responde por sua correta execuo e adequado emprego de materiais, conforme projeto licenciado pelo Municpio e observncia s normas da ABNT.

    Art. 19. So obrigatrias a substituio ou transferncia da responsabilidade profissional em caso de impedimento do tcnico atuante e facultativas nos demais casos.

    1 Quando a baixa e assuno ocorrerem em pocas distintas, a obra dever permanecer paralisada at que seja comunicada a assuno da nova responsabilidade.

    2 A Prefeitura se exime do reconhecimento de direitos autorais ou pessoais decorrentes da aceitao de transferncia de responsabilidade tcnica ou de solicitao de alterao ou substituio de projeto.

    3 O proprietrio dever apresentar, no prazo de 7 dias teis, novo responsvel tcnico, o qual dever enviar ao rgo competente do Municpio comunicao a respeito, juntamente com a nova ART de substituio, sob pena de no se poder prosseguir a execuo da obra.

    4 Facultativamente, os dois responsveis tcnicos, o que se afasta da responsabilidade pela obra e o que a assume podero fazer uma s comunicao, a qual dever conter a assinatura de ambos e do proprietrio.

    5 O documento que comunica o afastamento dever conter a descrio detalhada do estgio da obra at o momento em que houver a transferncia de responsabilidade tcnica.

    6 A alterao da responsabilidade tcnica dever ser anotada no Alvar de Construo.

  • Art. 20. obrigao do proprietrio da obra a colocao da placa nos termos estabelecidos na Seo IV do Captulo IV deste Cdigo.

    CAPTULO III DAS DISPOSIES ADMINISTRATIVAS E TCNICAS

    Art. 21. O Municpio de Londrina fornecer dados ou consentir com a execuo e implantao de obras e servios atravs da emisso de:

    I - Guia de Viabilidade Tcnica; II Consulta prvia de projetos; III Comunicao; IV Alvar de autorizao; V Alvar de execuo; VI Certificado de vistoria de concluso parcial de obra; e VII Certificado de vistoria de concluso de obra.

    SEO I DA GUIA DE VIABILIDADE TCNICA

    Art. 22. Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, o Municpio emitir guia de viabilidade tcnica do imvel da qual constaro informaes relativas ao uso e ocupao do solo, a incidncia de melhoramentos urbansticos e demais dados cadastrais disponveis.

    1 Ao requerente caber indicar: I - nome e endereo do proprietrio; II - endereo da obra, contendo data, quadra e bairro/loteamento; III - Inscrio imobiliria; e IV- destinao da obra detalhando a finalidade do empreendimento. 2 Ao Municpio cabe a indicao das normas urbansticas incidentes sobre a data,

    contendo informaes sobre zoneamento, usos permitidos, taxa de ocupao, coeficiente de aproveitamento, taxa de permeabilidade, altura mxima da edificao, recuos e afastamentos mnimos, de acordo com a Lei de Uso e Ocupao do Solo bem como indicao de quais rgos devero ser consultados, de acordo com a natureza do empreendimento.

    3 A emisso da guia de viabilidade tcnica de que trata o caput deste artigo dever ocorrer no prazo mximo de 60 (sessenta) dias.

    SEO II DA CONSULTA PRVIA DE PROJETO

    Art. 23. Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, o Municpio poder analisar o projeto arquitetnico, em etapa anterior ao seu desenvolvimento total e ao pedido de aprovao.

    1 As peas grficas do pedido, devidamente avalizadas por profissional habilitado, devero conter todos os elementos que possibilitem a anlise do projeto, implantao, plantas, cortes, elevaes e levantamento planialtimtrico cadastral.

  • 2 A aceitao da consulta prvia de projeto ter validade de 180 dias a contar da data da publicao do despacho de sua emisso, garantindo ao requerente o direito de solicitar aprovao, conforme a legislao vigente poca do protocolamento do pedido de consulta prvia, caso ocorra, nesse perodo, alterao na legislao pertinente.

    3 A anlise do projeto arquitetnico de que trata o caput deste artigo dever ocorrer no prazo mximo de 60 dias.

    SEO III DA COMUNICAO

    Art. 24. Em razo da natureza do servio, das obras a serem executadas ou ocorrncias a serem notificadas, dependero, obrigatoriamente, de Comunicao prvia ao Municpio:

    I a execuo de reparos externos em fachadas situadas no alinhamento; II o incio de servios que objetivem a suspenso de embargo de obra licenciada; III a transferncia, substituio, baixa e assuno de responsabilidade profissional; IV a paralisao de obra. 1 A comunicao ser apresentada em requerimento padronizado, assinada por

    profissional habilitado, quando a natureza do servio ou obra assim o exigir e instruda com peas grficas, descritivas ou outras julgadas necessrias sua aceitao.

    2 A comunicao ter eficcia a partir da aceitao, cessando imediatamente sua validade se:

    I - constatado desvirtuamento do objeto da comunicao, adotando-se, ento, as medidas fiscais cabveis;

    II - no iniciados os servios, objeto da comunicao, 90 dias aps a aceitao. 3 facultada a transmisso da comunicao e dos documentos que lhe forem anexos,

    atravs da rede mundial de computadores internet, pelo profissional habilitado portador de certificado digital ou outro meio legalmente previsto de identificao eletrnica segura.

    SEO IV DO ALVAR DE AUTORIZAO

    Art. 25. Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, o Municpio conceder, a ttulo precrio, Alvar de Autorizao, o qual poder ser cancelado a qualquer tempo, quando constatado desvirtuamento do seu objeto inicial, ou quando o Municpio no tiver interesse na sua manuteno ou renovao.

    1 Dependero obrigatoriamente de Alvar de Autorizao: I implantao e utilizao de edificao transitria ou equipamento transitrio, em

    conformidade com a Lei de Uso e Ocupao do Solo; II implantao ou utilizao de canteiro de obras em imvel distinto daquele onde se

    desenvolve a obra; III - implantao ou utilizao de estandes de vendas de unidades autnomas de

    condomnio a ser erigido no prprio imvel; IV avano de tapume sobre parte do passeio pblico; V utilizao temporria de edificao licenciada para uso diverso do pretendido; VI movimento de terra; e

  • VII - rebaixamento de meiofio. 2 O pedido de Alvar de Autorizao ser instrudo com peas descritivas e grficas e

    devidamente avalizado por profissional habilitado, quando a natureza da obra ou servio assim o exigir. 3 Ser permitido o avano do tapume no mximo em 1/3 da largura da calada e pelo

    prazo determinado de 30 dias, podendo este ser renovado por igual perodo, desde que no se constate prejuzo para o fluxo de pedestre.

    SEO V DA APROVAO DO PROJETO DEFINITIVO

    Art. 26. Mediante processo administrativo e a pedido do proprietrio ou do possuidor do imvel, o Municpio proceder aprovao de projetos de:

    I movimento de terra acima de 0,25m por m; II muro de arrimo acima de 1,80m; III construo de edificao nova; IV reforma (que implique mudana de uso ou dimenses internas - layout); V ampliao; VI obras de qualquer natureza em imvel de valor cultural e stios histricos; e VII obra de construo e instalao de antenas de telecomunicaes. Pargrafo nico. A aprovao poder abranger mais de um dos tipos de projetos

    elencados nos incisos deste artigo.

    Art. 27. O requerente apresentar o projeto para aprovao composto e acompanhado de: I - planta de situao na escala 1:200, 1:250, 1:500 ou 1:1000, de acordo com a dimenso

    do imvel; II - planta baixa de cada pavimento no repetido na escala 1:100 ou adequada, contendo

    no mnimo: 1 - rea total do pavimento; 2 - as dimenses e reas dos espaos internos e externos; 3 - dimenses dos vos de iluminao e ventilao; 4 - a finalidade de cada compartimento; 5- especificao dos materiais de revestimento utilizados; 6- indicao das espessuras das paredes e dimenses externas totais da obra; e 7 - os traos indicativos dos cortes longitudinais e transversais. III - cortes transversais e longitudinais na escala da planta baixa, com indicao de: 1- ps direitos; 2- altura das janelas e peitoris; 3- perfis do telhado; e 4 materiais. IV - planta de cobertura com indicao dos caimentos na escala 1:100 ou 1:200 ou

    adequada; V - planta de locao na escala 1:100 ou 1:200 (ou adequada) contendo: 1- projeto da edificao ou das edificaes dentro da data, indicando rios, canais e outros

    elementos constantes no terreno; 2 - demarcao planialtimtrica da data na quadra a que pertence;

  • 3 - as dimenses das divisas da data e os afastamentos da edificao em relao s divisas;

    4 - orientao da data em relao ao Norte; 5 - indicao da data a ser construda, das datas confrontantes e da distncia da data

    esquina mais prxima; 6 - perfil longitudinal da data, tomando-se como referncia de nvel (R.N) o nvel do eixo

    do terreno em relao calada; 7 - perfil transversal da data, tomando-se como referncia de nvel (R.N) o nvel do eixo

    do terreno em relao s divisas laterais; 8 - soluo de esgotamento sanitrio e localizao da caixa de gordura; 9 - posio do meiofio, largura da calada, postes, tirantes, rvores, hidrantes e bocas de

    lobo e outros obstculos; 10 - localizao das rvores existentes na data; e 11- indicao dos acessos. VI - elevao das fachadas voltadas para as vias pblicas na mesma escala da planta

    baixa; VII - elevao do gradil ou muro de fechamento; VIII - projetos complementares, quando for o caso; e IX - Anotao de Responsabilidade Tcnica ART de projeto arquitetnico.

    1 A Prefeitura poder exigir, caso julgue necessrio, a apresentao dos clculos estruturais dos diversos elementos construtivos e do movimento de terra, assim como desenhos dos respectivos detalhes.

    2 Nos casos de projetos para construo de grandes propores, as escalas mencionadas podero ser alteradas com anuncia prvia do rgo competente da Prefeitura.

    3 O projeto definitivo dever ser apresentado, no mnimo, em 3 vias impressas e 1 (uma) via em arquivo digital; uma das vias impressas e uma em arquivo digital sero arquivadas no rgo competente da Prefeitura e as outras vias impressas sero devolvidas ao requerente aps a aprovao, contendo em todas as folhas o carimbo APROVADO com o nmero da aprovao, o nome e assinatura do funcionrio responsvel.

    4 A concesso do alvar de licena para construo de imveis que apresentem rea de preservao permanente ser condicionada licena da Secretaria Municipal do Ambiente SEMA.

    5 Os projetos de edificao comercial com rea total acima de 100m e de edificaes residenciais acima de duas unidades devero ser apresentados com a consulta prvia de preveno de incndios emitida pelo Corpo de Bombeiros.

    6 A aprovao do projeto ter o prazo de validade de 2 anos, podendo ser revalidado a qualquer tempo, desde que esteja na vigncia da lei da data de aprovao.

    7 Decorrido o prazo de 2 anos e no havendo a revalidao a aprovao ser automaticamente cancelada.

    8 A aprovao do projeto, enquanto vigente, poder a qualquer tempo, mediante ato da autoridade competente, ser:

    I - revogada, atendendo a relevante interesse pblico; II - cassada, juntamente com o Alvar de Execuo, em caso de desvirtuamento, por

    parte do interessado, da licena concedida; e III - anulada, em caso de comprovao de ilegalidade em sua expedio.

  • 9 Ficam mantidos os alvars de construo e de licena expedidos em conformidade com a legislao anterior e aqueles cujos requerimentos tenham sido protocolados at a data de publicao desta lei.

    SEO VI DAS NORMAS TCNICAS DE APRESENTAO DE PROJETO

    Art. 28. Os projetos de arquitetura, para efeito de aprovao e outorga de licena para construo, somente sero aceitos quando legveis e de acordo com a NBR 6492.

    1 As folhas do projeto devero seguir as normas da ABNT quanto aos tamanhos escolhidos e ao seguinte:

    I - no caso de vrios desenhos de um projeto, que no caibam em uma nica folha, ser necessrio numer-las em ordem crescente;

    II - dever ser reservado espao para a declarao: Declaramos que a aprovao do projeto no implica no reconhecimento, por parte do Municpio, do direito de propriedade ou de posse da data; e

    III - espao reservado Prefeitura e demais rgos competentes para aprovao, observaes e anotaes.

    2 Nos projetos de reforma, ampliao ou reconstruo dever ser indicado o que ser demolido, construdo ou conservado de acordo com as seguintes convenes:

    I - cor preta ou colorido normal de plotagem - partes a conservar; II - cor vermelha - partes a construir; e III - cor amarela - partes a demolir. 3 So facultadas a transmisso e tramitao dos projetos de arquitetura, atravs da rede

    mundial de computadores internet no caso de todas as pessoas referidas no art. 29 desta lei, portadoras de certificado digital ou outro meio legalmente previsto de identificao eletrnica segura, no se dispensando a presena do interessado e de cpias dos documentos sempre que a anlise administrativa o exigir.

    Art. 29. Todas as vias de peas grficas e de memorial descritivo devero trazer campo para as seguintes assinaturas:

    I - do proprietrio ou possuidor do imvel onde vai ser feita a edificao; II - do responsvel tcnico pela autoria do projeto; III - do responsvel tcnico pela execuo da obra, quando a aprovao do projeto for

    pedida conjuntamente com a solicitao do alvar de licena, para execuo da obra; e IV - do responsvel tcnico pela execuo da obra.

    Art. 30. Os requerimentos sero indeferidos quando os projetos no se apresentarem na forma estabelecida neste Cdigo e demais regulamentos afins.

    1 No caso de os projetos apresentarem pequenas inexatides ou equvocos sanveis, ser feito um comunicado para que o interessado faa as alteraes ou correes, por meio de relatrio devidamente assinado pelo responsvel tcnico.

    2 No comunicado de que trata o pargrafo anterior devero ser definidas e esclarecidas, de forma clara e objetiva, as correes a serem feitas no projeto.

  • Art. 31. O rgo municipal competente proferir despacho nos requerimentos no prazo mximo de 30 dias.

    Art. 32. Os projetos relativos a imveis constantes da Listagem de Bens Culturais, alm das especificaes citadas anteriormente, devero obedecer s normas estabelecidas pela Lei de Preservao do Patrimnio Cultural.

    SEO VII DO ALVAR DE EXECUO

    Art. 33. Dependero obrigatoriamente de Alvar de Execuo expedido pelo Municpio de Londrina as seguintes obras:

    I obras de construo de qualquer natureza; II obras de ampliao de edificao; III obras de reforma de edificao que impliquem em demolio e/ou mudana de uso; IV obras de qualquer natureza em Imveis de Valor Cultural e Stios Histricos; V demolio de edificao de qualquer natureza; VI obras de implantao, ampliao e reforma de redes de gua, esgoto, energia

    eltrica, telecomunicaes, gs canalizado, central de Gs Liquefeito de Petrleo - GLP, cerca energizada e congnere, bem como para a implantao de equipamento complementar de cada rede, tais como armrios, gabinetes, estaes de regulagem de presso, transformadores e similares;

    VII obras de pavimentao e obras de arte; e VIII obras de construo/instalao de antenas de telecomunicaes. 1 O Alvar de Execuo poder abranger o licenciamento de mais de um tipo de

    servio ou obra, elencados nos incisos do caput deste artigo. 2 Os pedidos de Alvar de Execuo, excetuados aqueles para demolio, sero

    instrudos com: I - ART do Responsvel Tcnico de Execuo; II - cpia do projeto aprovado; e III - apresentao do Plano de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil

    PGRCC, aprovado pela SEMA. 3 O alvar de execuo poder ser parcial ou subdividido em matrculas vinculadas.

    Art. 34. Nenhuma demolio de edificao poder ser efetuada sem licenciamento expedido pelo Municpio, aps vistoria, atravs de Alvar de Execuo de demolio.

    1 O requerente apresentar o projeto para aprovao da demolio instrudo com os seguintes documentos:

    I - certido negativa de nus reais e de aes reais e pessoais reipersecutrias, original, e com menos de 30 dias da expedio pelo Cartrio de Registro de Imveis;

    II - certido negativa de dbitos junto Secretaria Municipal de Fazenda; III - procurao, caso a demolio seja solicitada por terceiro; e IV - termo de anuncia e concordncia assinado pelos proprietrios e cnjuges, com

    firma reconhecida. 2 Em se tratando de prdio com mais de 2 pavimentos ser exigida a ART de

    Responsvel Tcnico pela execuo da demolio.

  • 3 Qualquer edificao que esteja a juzo do rgo competente da Prefeitura, ameaada de desabamento, dever ser demolida no prazo mximo de at 60 dias do recebimento da notificao pelo proprietrio ou possuidor.

    4 A licena para demolio ser expedida juntamente com a licena para construo, quando for o caso.

    5 A destinao dos resduos provenientes das demolies devero estar de acordo com o Plano Municipal de Gerenciamento de Resduos Slidos.

    6 Pedidos de demolio de edificaes situadas na rea de abrangncia da aerofoto de 1949 e no Levantamento Aerofotogramtrico da cidade de Londrina, elaborado em janeiro de 1950 e atualizado em maio de 1951, devero ser submetidos anlise e parecer do rgo municipal de patrimnio cultural, em conformidade com a Lei Municipal de Preservao do Patrimnio Cultural.

    Art. 35. Esto isentas de Alvar de Execuo as seguintes obras: I - limpeza ou pintura interna e externa de edifcios que no exijam a instalao de

    tapumes; II reparo nas caladas dos logradouros pblicos em geral, respeitando as normas

    estabelecidas para tanto; III - construo de abrigos provisrios para operrios ou depsitos de materiais, no

    decurso de obras definidas j licenciadas; IV - reformas que no determinem acrscimo ou decrscimo na rea construda do

    imvel, no contrariando os ndices estabelecidos pela legislao referente ao uso e ocupao do solo, e que no afetem os elementos construtivos e estruturais que interfiram na segurana, estabilidade e conforto das construes; e

    V servios em edificaes em situao de risco iminente. Pargrafo nico. As edificaes provisrias para guarda e depsito, em obras j

    licenciadas, devero ser removidas ao trmino da obra principal.

    Art. 36. As obras a serem executadas pelos concessionrios de servios pblicos ou de utilidade pblica dependem de autorizao obtida nos termos dos respectivos contratos.

    Art. 37. No alvar de licena emitido pela Prefeitura, constar: I a indicao do nome do proprietrio; II a localizao da obra; III a finalidade e uso da obra; e IV o nome do Responsvel Tcnico pela execuo com o nmero e registro no CREA.

    Art. 38. No ato da aprovao do projeto poder ser outorgado o alvar de execuo, que ter o prazo de validade de 2 (dois) anos para o incio da obra, podendo ser revalidado a qualquer tempo, desde que esteja na vigncia da lei da data de aprovao.

    1 Quando se tratar de obra paralisada por mais de 12 meses, o alvar dever ser revalidado para a retomada das obras.

    2 Para efeito do presente artigo, uma obra ser considerada iniciada quando suas fundaes e baldrames estiverem concludos.

    3 Decorrido o prazo definido no caput sem que a construo tenha sido iniciada, considerar-se- automaticamente revogado o alvar bem como a aprovao do projeto.

  • 4 Em caso de paralisao da obra o proprietrio ou o responsvel tcnico dever comunicar o Municpio.

    5 O Municpio poder conceder prazos superiores ao estabelecido no caput deste artigo, considerando as caractersticas da obra a executar, desde que seja comprovada sua necessidade, atravs de cronogramas devidamente avaliados pelo rgo municipal competente.

    Art. 39. vedada qualquer alterao no projeto de arquitetura, aps sua aprovao. 1 As alteraes de projeto a serem efetuadas aps o licenciamento da obra devem ser

    requeridas e aprovadas previamente, exceto aquelas que no impliquem em aumento de rea e no alterem a forma externa e o uso da edificao, devendo nestes casos ser apresentada ao rgo competente, previamente execuo, uma planta elucidativa das modificaes propostas.

    2 Quaisquer alteraes efetuadas devero ser aprovadas anteriormente ao pedido de vistoria de concluso de obras.

    SEO VIII DAS OBRAS PBLICAS

    Art. 40. As obras pblicas executadas pelo Municpio, pelo Estado e pela Unio tambm ficam sujeitas obedincia das determinaes do presente Cdigo e demais legislaes municipais pertinentes.

    Pargrafo nico. Entendem-se por obras pblicas: I - a construo de edifcios pblicos; II - obras de qualquer natureza executada pelo Governo da Unio, do Estado ou do

    Municpio; e III - obras a serem executadas por instituies oficiais ou paraestatais, quando para sua

    sede prpria.

    Art. 41. O processamento do pedido de licenciamento para obras pblicas ter prioridade sobre quaisquer outros pedidos de licenciamento.

    SEO IX DO CERTIFICADO DE VISTORIA DE CONCLUSO DE OBRA - CVCO

    Art. 42. Uma obra considerada concluda quando tiver condies de habitabilidade. 1 considerada, em condies de habitabilidade a edificao que: I - garantir segurana a seus usurios e populao indiretamente a ela afetada; II - possuir todas as instalaes previstas em projeto, funcionando a contento; III - for capaz de garantir a seus usurios padres mnimos de conforto trmico,

    luminoso, acstico e de qualidade do ar, conforme o projeto aprovado; IV - no estiver em desacordo com as disposies deste Cdigo e demais legislaes

    aplicveis; V - atender s exigncias do Corpo de Bombeiros relativas s medidas de segurana

    contra incndio e pnico; e VI - tiver garantida a soluo de esgotamento sanitrio prevista em projeto aprovado.

  • 2 O Certificado de Vistoria de Concluso de Obra - CVCO poder ser parcial, desde que a parte concluda respeite o pargrafo acima.

    Art. 43. Concluda a obra, o proprietrio e o responsvel tcnico devero solicitar Prefeitura o Certificado de Vistoria de Concluso de Obra - CVCO da edificao, atravs de requerimento assinado pelo responsvel tcnico, acompanhado de uma via do projeto arquitetnico aprovado e ARTs dos projetos complementares conforme o Ato Normativo n 02, do CREA- PR, de 25 de agosto de 2006, e observncia das seguintes exigncias:

    I - edificao comercial, mista ou de prestao de servios, acima de 100,00m: laudo de vistoria expedido pelo Corpo de Bombeiros;

    II - edifcios residenciais ou comerciais: laudo de vistoria expedido pelo Corpo de Bombeiros, carta de aprovao e liberao das ligaes das instalaes prediais e energia eltrica;

    III - comprovante de recolhimento da taxa de ISS/Habite-se, emitida pela Secretaria Municipal de Fazenda.

    Art. 44. Por ocasio da vistoria, se for constatado que a edificao foi construda, ampliada, reconstruda ou reformada em desacordo com o projeto aprovado, o proprietrio ser notificado, de acordo com as disposies deste Cdigo e obrigado a regularizar o projeto, caso as alteraes possam ser aprovadas, ou fazer a demolio ou as modificaes necessrias para regularizar a situao da obra.

    Art. 45. A vistoria dever ser efetuada no prazo mximo de 15 dias, a contar da data do seu requerimento, e o Certificado de Vistoria de Concluso de Obra CVCO, concedido ou recusado dentro 15 dias, aps a vistoria.

    SEO X CERTIFICADO DE VISTORIA DE CONCLUSO PARCIAL DE OBRAS

    Art. 46. Poder ser concedido, a juzo do rgo competente, Certificado de Vistoria de Concluso Parcial, nos seguintes casos:

    I quando se tratar de edifcio composto de parte comercial e parte residencial, com a possibilidade de utilizao independentemente da outra e sem conflito na concluso da obra;

    II quando se tratar de apartamentos, caso em que poder, a juzo do rgo competente, ser concedido o certificado para cada pavimento que estiver completamente concludo, desde que o acesso no sofra interferncia dos servios at a concluso total da obra;

    III - programas habitacionais de reassentamentos com carter emergencial, desenvolvidos e executados pelo Poder Pblico ou pelas comunidades beneficiadas, em regime de mutiro; e

    IV quando se tratar de 2 ou mais edificaes construdas na mesma data e desde que o acesso no sofra interferncia dos servios at a concluso total da obra.

    Pargrafo nico. Em todos os casos devero ser atendidas as exigncias deste Cdigo e demais leis pertinentes, proporcionalmente rea liberada.

    CAPTULO IV DA EXECUO E SEGURANA DAS OBRAS

  • SEO I DO CANTEIRO DE OBRAS

    Art. 47. A implantao do canteiro de obras, fora da data em que se realiza a obra, somente ter sua licena concedida pelo rgo municipal competente mediante exame das condies locais de circulao criadas no horrio de trabalho e dos inconvenientes ou prejuzos que venham causar ao trnsito de veculos e pedestres, bem como aos imveis vizinhos e desde que, aps o trmino da obra, seja restituda a cobertura vegetal pr-existente instalao do canteiro de obras.

    Art. 48. proibida a permanncia de qualquer material de construo nas vias e logradouros pblicos, bem como a utilizao destes como canteiros de obras ou depsito de entulhos.

    1 A limpeza do logradouro pblico dever ser permanentemente mantida pelo responsvel da obra, enquanto esta durar e em toda a sua extenso.

    2 Quaisquer detritos cados da obra, bem como resduos de materiais que ficarem sobre qualquer parte do leito do logradouro pblico devero ser imediatamente recolhidos, sendo, caso necessrio, feita a varredura de todo o trecho atingido, alm da irrigao para impedir o levantamento de p.

    3 A no retirada dos materiais ou do entulho autoriza o Municpio a fazer a remoo do material encontrado em via pblica, dando-lhe o destino conveniente e a cobrar dos executores da obra a despesa da remoo, aplicando-lhe as sanes cabveis.

    4 Tratando-se de materiais que no possam ser depositados diretamente no interior dos prdios ou dos terrenos, sero toleradas a descarga e permanncia na via pblica com mnimo prejuzo ao trnsito, devendo ser removidos at as 18h00min do mesmo dia.

    5 Aps o prazo previsto no pargrafo anterior o responsvel pela obra poder optar pelo depsito de materiais em caambas, nos moldes estabelecidos no Cdigo de Posturas.

    6 No caso previsto no pargrafo 4, os responsveis pelos materiais devero advertir os condutores de veculos e pedestres, atravs de sinalizao provisria, em conformidade com o Cdigo de Trnsito Brasileiro.

    7 facultada a denncia de infrao ao disposto no caput deste artigo ao rgo municipal competente pela respectiva fiscalizao, atravs da rede mundial de computadores Internet, por qualquer pessoa portadora de certificado digital ou outro meio legal de identificao eletrnica segura.

    8 A utilizao da opo prevista no 7 deste artigo afasta a necessidade de assinatura em documentos, dispensa o comparecimento ao rgo municipal fiscalizador pelo denunciante e d a este o direito de obter eletronicamente informaes sobre o procedimento administrativo de notificao e autuao da infrao, se for o caso.

    SEO II DAS ESCAVAES E ATERROS

    Art. 49. Nas escavaes e aterros devero ser adotadas medidas de segurana para evitar o deslocamento de terra nas divisas da data em construo ou eventuais danos s edificaes vizinhas.

  • Art. 50. No caso de escavaes e aterros de carter permanente, que modifiquem o perfil da data, o responsvel legal obrigado a proteger as edificaes lindeiras e o logradouro pblico com obras de proteo contra o deslocamento de terra.

    Pargrafo nico. As alteraes no perfil da data devero constar no projeto arquitetnico indicando as curvas de nvel, conforme planta de loteamento aprovado.

    Art. 51. As escavaes, movimentos de terra, arrimo, drenagens e outros processos de preparao e de conteno do solo somente podero ter incio aps a expedio da devida autorizao do Municpio e rgos ambientais nas seguintes situaes:

    I - movimentao de terra com mais de 0,25m por m da data; II - movimentao de terra com qualquer volume em reas lindeiras a cursos dgua,

    reas de vrzea e de solos alagadios; e III - alterao de topografia natural do terreno que atinja superfcie maior que 1000m.

    Art. 52. O requerimento para solicitar a autorizao referida no art. 51 desta lei dever ser protocolizado somente pelo proprietrio do imvel ou responsvel tcnico e acompanhado dos seguintes documentos:

    I - certido de registro do imvel com prazo de validade no superior a 60 dias; II - levantamento topogrfico do terreno em escala, destacando cursos dgua, rvores,

    edificaes existentes e demais elementos significativos; III - memorial descritivo informando: a) descrio da tipologia do solo; b) volume do corte e/ou aterro; c) volume do emprstimo ou retirada; d) medidas a serem tomadas para proteo superficial do terreno; e) local para emprstimo ou bota-fora. IV - projetos contendo todos os elementos geomtricos que caracterizem a situao do

    terreno antes e depois da obra, inclusive sistema de drenagem e conteno; e V - Anotaes de Responsabilidade Tcnica (ARTs) da obra. Pargrafo nico. As disposies deste artigo devero ser igualmente aplicadas no caso

    de construo de subsolos.

    Art. 53. Toda e qualquer obra executada no Municpio, obrigatoriamente, dever possuir, em sua rea interna, um sistema de conteno contra o arrastamento de terras e resduos, com o objetivo de evitar que estes sejam carreados para galerias de gua pluviais, crregos, rios e lagos, causando-lhes assoreamento e prejuzos ambientais.

    1 O terreno circundante a qualquer construo dever proporcionar escoamento s guas pluviais e proteg-la contra infiltraes ou eroso.

    2 Antes do incio de escavaes ou movimentos de terra dever ser verificada a existncia ou no de tubulaes e demais instalaes sob a calada do logradouro que possam vir a ser comprometidas pelos trabalhos executados.

    3 As caladas dos logradouros e as eventuais instalaes de servio pblico devero ser adequadamente escoradas e protegidas.

  • 4 Durante a obra, enquanto houver possibilidade de carreamento de solo por guas pluviais, as bocas de lobo imediatamente jusante da obra devero ser protegidas no seu interior com manta geotxtil ou similar, de forma a filtrar a gua que escoa para dentro da galeria pluvial.

    5 Na situao do pargrafo anterior a manuteno das bocas de lobo que recebero proteo preventiva ser de total responsabilidade do executor da obra.

    SEO III DOS TAPUMES, ANDAIMES E EQUIPAMENTOS DE SEGURANA

    Art. 54. Enquanto durarem as obras, o responsvel tcnico dever adotar as medidas e equipamentos necessrios proteo e segurana dos que nela trabalham, dos pedestres, das propriedades vizinhas e dos logradouros e vias pblicas, observando o disposto nesta Seo e na Seo II deste captulo.

    Art. 55. Nenhuma construo, reforma, reparo ou demolio, poder ser executada no alinhamento predial, sem que esteja obrigatoriamente protegida por tapumes, salvo quando se tratar de execuo de muros, grades, gradis ou de pintura e pequenos reparos na edificao que no comprometam a segurana dos pedestres.

    1 Os tapumes somente podero ser colocados aps a expedio do Alvar de Autorizao.

    2 Tapumes e andaimes no podero ocupar mais do que 1/3 da largura da calada, sendo que no mnimo 1,20m ser mantido livre para o fluxo de pedestres, com no mnimo 2,00m de altura, devendo ser autorizados pelo rgo competente.

    3 O Municpio, atravs do rgo competente, poder autorizar temporariamente a utilizao do espao areo da calada desde que seja respeitado um p direito mnimo de 2,50m, que seja tecnicamente comprovada sua necessidade e adotadas medidas de proteo para circulao de pedestres.

    Art. 56. Nenhum elemento do canteiro de obras poder prejudicar a arborizao da rua, a iluminao pblica, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de trnsito e outras instalaes de interesse pblico.

    Art. 57. Durante a execuo da obra ser obrigatria a observao dos dispositivos estabelecidos na Norma de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo - NR-18 do Ministrio do Trabalho.

    Art. 58. No caso de paralisao da obra por prazo superior a 4 meses, os tapumes e andaimes devero ser retirados e providenciado o fechamento no limite da data e mantido em bom estado, com altura mnima de 2,00m.

    Art. 59. Nos prdios em construo e a serem construdos com trs ou mais pavimentos ser obrigatria a colocao de andaimes de proteo, durante a execuo da estrutura, alvenaria, pintura e revestimento externo, de acordo com a Norma de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo - NR-18 do Ministrio do Trabalho.

  • SEO IV DA PLACA DE OBRA

    Art. 60. No local da obra, enquanto durar a execuo, instalaes e servios de qualquer natureza, so obrigatrias a colocao e manuteno de placas visveis e legveis ao pblico, contendo:

    I o nome do autor e/ou coautor do projeto, seu ttulo profissional e o nmero de sua carteira expedida pelo CREA;

    II o nome do responsvel tcnico pela execuo dos servios, seu ttulo profissional e o nmero de sua carteira expedida pelo CREA, ou seu respectivo visto;

    III o nome da empresa encarregada da execuo da obra, com o nmero de seu registro no CREA; e

    IV os respectivos endereos.

    CAPTULO V DAS OBRAS EM LOGRADOUROS PBLICOS

    Art. 61. Todo servio ou obra que exijam alterao de calamento e meiofio ou escavao no leito de vias pblicas dever ser executado com o Alvar de Execuo e s expensas do executor, obedecidas as condies a seguir elencadas:

    I colocao de placas de sinalizao convenientemente dispostas contendo comunicao visual alertando quanto s obras e segurana;

    II colocao de iluminao de advertncia; III manuteno dos logradouros pblicos permanentemente limpos e organizados; IV manuteno dos materiais de abertura de valas ou de construo em recipiente

    estanque, de forma a evitar o espalhamento pela calada ou pelo leito da rua; V remoo de todo material remanescente das obras ou servios, bem como a varrio e

    lavagem do local imediatamente aps a concluso das atividades; VI responsabilidade pelos danos ocasionados aos imveis com testada para o trecho

    envolvido; VII - recomposio do logradouro de acordo com as condies e utilizao de materiais

    iguais ou similares aos originais aps a concluso dos servios; e VIII apresentao da ART do responsvel tcnico perante o Municpio. Pargrafo nico. Aps o devido licenciamento de que trata o artigo 2 desta lei, as obras

    e servios executados pela Unio, Estado e suas entidades da administrao indireta, bem como empresas por esses contratados tambm ficaro sujeitos s condies previstas neste artigo.

    CAPTULO VI DOS COMPONENTES TCNICOS CONSTRUTIVOS DAS EDIFICAES

    Art. 62. A especificao dos materiais e processos construtivos ser de responsabilidade do autor do projeto e/ou responsvel tcnico pela execuo da obra, cuja especificao dever constar em todas as peas grficas que, por sua vez, sero submetidas anlise para aprovao.

    SEO I DOS ELEMENTOS TCNICO-CONSTRUTIVOS

  • Art. 63. As caractersticas tcnicas dos elementos construtivos nas edificaes devem levar em considerao a qualidade dos materiais ou conjunto de materiais, a integrao de seus componentes, suas condies de utilizao, respeitando as normas tcnicas oficiais vigentes, quanto a:

    I segurana ao fogo; II conforto trmico; III conforto acstico; IV iluminao; e V segurana estrutural.

    Art. 64. As fundaes e estruturas devero ficar situadas inteiramente dentro dos limites da data, no podendo, em hiptese alguma, avanar sob as caladas ou imveis vizinhos.

    SEO II DOS ACESSOS

    Art. 65. A manobra de abertura e fechamento de portes de acesso dever ser desenvolvida a partir da testada da data, no avanando sobre a rea da calada.

    Pargrafo nico. Aplica-se o disposto neste artigo em toda esquadria, na construo edificada no alinhamento predial.

    SEO III DAS COBERTURAS

    Art. 66. Alm das demais disposies legais, dever ser observado o que segue em relao s coberturas das edificaes:

    I quando a edificao estiver junto divisa dever obrigatoriamente possuir platibanda; II todas as edificaes de beiral com caimento no sentido da divisa devero possuir

    calha quando o afastamento desta at a divisa for inferior a 0,50m; e III - no so considerados como rea construda os beirais com balano cuja projeo

    horizontal no ultrapasse 1,00m em relao ao seu permetro, no podendo a distncia do beiral at a divisa ser inferior a 0,50m.

    Art. 67. A cobertura de edificaes agrupadas horizontalmente dever ter estrutura independente para cada unidade autnoma e a parede divisria dever propiciar total separao entre as estruturas dos telhados.

    SEO IV DAS ESCADAS E RAMPAS

    Art. 68. As escadas de uso privativo ou coletivo devero ter largura suficiente para proporcionar o escoamento do nmero de pessoas que dela dependem, sendo:

    I - a largura mnima das escadas de uso coletivo ser de 1,20m; II as escadas de uso privativo ou restrito do compartimento, ambiente ou local, podero

    ter largura mnima de 0,80m; III - as escadas devero oferecer passagem com altura mnima nunca inferior a 2,10m;

  • IV as escadas em leque devero atender s prescries da norma brasileira especfica; V - as escadas devero ser de material incombustvel, quando atenderem a mais de dois

    pavimentos, excetuando-se as localizadas em habitao unifamiliar; VI as escadas devero ter um patamar intermedirio, de pelo menos 1,00m de

    profundidade, quando o desnvel exigir mais que 19 degraus; e VII - os degraus das escadas devero apresentar espelho (e) e piso (p), que

    satisfaam relao 0,63m

  • I - quando de uso privativo a largura mnima dos corredores ser de 0,90m; II - quando de uso coletivo a largura obedecer s normas da NBR 9077 da ABNT, bem

    como outras afins. 2 As portas de acesso principal a instalaes sanitrias e banheiros de uso coletivo,

    tero largura mnima de 0,80m, podendo as de uso privativo ter, no mnimo 0,60m. 3 A fim de permitir o acesso, circulao e utilizao por pessoas com necessidades

    especiais, as edificaes, exceto aquelas destinadas habitao de carter permanente unifamiliar e as reas privativas nas habitaes de carter multifamiliar, devero seguir as orientaes previstas em regulamento, obedecendo a Norma Brasileira (NBR) 9050 - Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).

    SEO VII DOS COMPARTIMENTOS

    Art. 75. As caractersticas mnimas dos compartimentos das edificaes residenciais e comerciais estaro definidas nas Tabelas I, II e III dos Anexos I, II e III, respectivamente, partes integrantes e complementares deste Cdigo.

    SEO VIII DA ILUMINAO E VENTILAO

    Art. 76. Todos os compartimentos, de qualquer local habitvel, para os efeitos de insolao, ventilao e iluminao devero atender ao definido nas Tabelas I, II e III dos Anexos I, II e III, respectivamente.

    1 As edificaes devero atender os parmetros de recuo e afastamentos dispostos na Lei de Uso e Ocupao do Solo.

    2 As distncias mnimas sero calculadas perpendicularmente abertura, da parede extremidade mais prxima da divisa.

    Art. 77. Os compartimentos sanitrios, vestbulos, corredores, stos, lavanderias e depsitos podero ter iluminao artificial e ventilao forada para rea ventilada, naturalmente, desde que sua viabilidade tcnica seja comprovada pelo profissional responsvel.

    Art. 78. Quando os compartimentos tiverem aberturas para insolao, ventilao e iluminao sob alpendre, terrao ou qualquer cobertura, a rea do vo para iluminao natural dever ser acrescida de mais 25% (vinte e cinco por cento), alm do mnimo exigido nas Tabelas I, II e III dos Anexos I, II e III, respectivamente, partes integrantes e complementares deste Cdigo.

    SEO IX DAS MARQUISES E SALINCIAS

    Art. 79. Nas edificaes afastadas do alinhamento, ser permitida construo de sacada em balano ou marquise de proteo ao pavimento trreo, no podendo exceder o limite mximo de 1,20m sobre os recuos e afastamentos previstos.

  • Art. 80. Sero permitidas a construo e reforma de marquise na fachada dos edifcios de uso predominantemente comercial, construdos junto ao alinhamento predial, desde que obedecidas s seguintes condies:

    I seja obtido licenciamento, conforme disposto no artigo 2 da presente lei; II esteja no permetro definido pela Lei de Uso e Ocupao do Solo, que determina os

    trechos de ruas cujo limite da edificao poder coincidir com o alinhamento predial; III no prejudicar a arborizao e a iluminao pblica e no ocultar placas de

    nomenclatura de ruas e outras indicaes oficiais dos logradouros; IV ter, na face superior, caimento em direo fachada do edifcio junto a qual ser

    convenientemente disposta calha, provida de condutor para coletar e encaminhar as guas, sob o passeio, sarjeta do logradouro;

    V no empregar material sujeito a estilhaamento; VI ser construda em material incombustvel, de boa qualidade, com tratamento

    harmnico com a paisagem urbana e ser mantida em perfeito estado de conservao; VII - ser construda sempre em balano; e VIII - a projeo da face externa do balano no dever ser superior a 1,00m. Pargrafo nico. Quando a edificao apresentar diversas fachadas voltadas para

    logradouro pblico, o inciso VII aplicvel a cada uma delas.

    Art. 81. obrigatria a apresentao de parecer tcnico com avaliao das condies e manuteno das marquises e sacadas das edificaes existentes no Municpio.

    Pargrafo nico. O parecer tcnico ser elaborado s expensas do proprietrio do imvel por profissional ou empresa comprovadamente habilitados, com registro no CREA, os quais devero anexar a respectiva prova de recolhimento da competente Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) vinculada ao parecer tcnico especfico.

    Art. 82. A cada perodo consecutivo de 5 anos depois da data de emisso do visto de concluso da obra ou da data do parecer tcnico, dever ser elaborado parecer tcnico, que, quando requisitado, dever ser apresentado pelo proprietrio s autoridades.

    1 Todas as alteraes feitas nas marquises e salincias ou utilizao necessitar de novo parecer tcnico, independente da validade do mesmo.

    2 obrigatrio novo parecer tcnico na constatao de qualquer anomalia. 3 So responsveis pela contratao da execuo do servio apontado pelo perito, pelo

    arquivamento do laudo e por sua exibio, quando requisitada, o sndico, o proprietrio da edificao ou o administrador, mesmo em se tratando de edifcio pblico.

    Art. 83. O parecer tcnico dever ser elaborado sobre, no mnimo, os seguintes tpicos: I - histrico dos laudos anteriores; II - cadastramento geomtrico com indicao das dimenses dos diversos elementos

    estruturais componentes das marquises ou das sacadas, inclusive seus guarda corpos, espessura dos revestimentos e impermeabilizao;

    III - condies das peas estruturais, quanto sua integridade (trincas, fissuras e similares);

  • IV - estado geral da impermeabilizao e situao do sistema de coleta de guas pluviais; e

    V - verificao das condies de segurana estrutural e durabilidade das marquises ou das sacadas, segundo as normas nacionais vigentes e pertinentes, definindo:

    a) a caracterizao do quadro patolgico encontrado; b) os procedimentos e eventuais medidas corretivas aplicveis, com previso,

    providncias e prazo limite para sua efetivao; e c) atestado da concluso da execuo dos servios prescritos.

    Art. 84. A critrio do profissional encarregado da elaborao do laudo e considerando-se as eventuais anomalias constatadas durante a vistoria, o parecer tcnico dever ser complementado por investigaes ou ensaios especiais, de forma a caracterizar completamente o comportamento estrutural e o grau de segurana da marquise ou da sacada.

    Pargrafo nico. Consideram-se anomalias relevantes: I - deformaes excessivas; II - distores; III - fissuras ou trincas; IV - sobrecargas no previstas originalmente; e V - armaduras expostas ou corrodas.

    Art. 85. Ao Municpio assiste o direito de, em qualquer tempo, exercer funo fiscalizadora para inspecionar as condies das marquises ou das sacadas e de exigir o competente parecer tcnico elaborado de acordo com a legislao especfica.

    Pargrafo nico. O servidor encarregado da fiscalizao dever constatar se o parecer tcnico apresentado encontra-se dentro do prazo de periodicidade determinado por legislao especfica.

    Art. 86. As fachadas podero ter salincias no computveis como rea construda, projetando-se ou no sobre os afastamentos obrigatrios, desde que atendam as seguintes condies:

    I formem molduras ou motivos arquitetnicos que no constituam rea de piso; II no ultrapassem em sua projeo, no plano horizontal, a 0,20m, com altura livre de

    2,50m no nvel da calada; e III nenhum elemento mvel como folha de porta, porto, janela, grade ou assemelhado

    poder projetar-se alm dos limites do alinhamento, em altura inferior a 3,00m acima do nvel do passeio.

    1 As salincias para contorno de aparelhos de ar condicionado podero avanar, no mximo 0,70m com altura livre de 2,50m no nvel da calada, com sistema de drenagem adequada.

    2 Nos logradouros onde forem permitidas edificaes no alinhamento, no podero ser projetadas salincias nas respectivas fachadas.

    SEO X DOS TOLDOS

    Art. 87. Para a instalao de toldos nas edificaes no alinhamento predial devero ser obedecidas as seguintes condies:

    I no excederem a largura de 1,20m sobre o passeio;

  • II no apresentarem quaisquer de seus elementos, com altura inferior a 2,40m, referida no nvel do passeio;

    III no prejudicarem a arborizao e iluminao pblicas e no ocultarem placas de nomenclatura de logradouros;

    IV no receberem, nas cabeceiras laterais, quaisquer fechamentos; V serem confeccionados em material de boa qualidade e acabamentos, harmnicos com

    a paisagem urbana; e VI - serem engastados na edificao, no podendo haver colunas de apoio. Pargrafo nico. Quando se tratar de imvel de valor cultural, dever ser ouvido o rgo

    competente do Municpio.

    Art. 88. Toldos instalados a ttulo precrio no recuo obrigatrio, em construes recuadas do alinhamento predial, devero atender s seguintes condies:

    I altura mnima de 2,40m, a contar do nvel do piso; e II distar no mnimo 0,50m do alinhamento predial, para que o escoamento das guas

    pluviais tenha destino apropriado no interior da data.

    Art. 89. de responsabilidade do proprietrio do imvel garantir as condies de segurana na instalao, manuteno e conservao dos toldos.

    Art. 90. As coberturas aprovadas sobre o recuo de 5,00m devero ser retiradas no prazo mximo de 5 anos, a contar da data de aprovao deste Cdigo.

    SEO XI DAS PORTARIAS E GUARITAS

    Art. 91. Portarias e guaritas situadas no recuo obrigatrio devero estar independentes, estruturalmente, da edificao principal cuja rea da projeo da cobertura no poder ultrapassar 20,00m.

    1 A portaria ou guarita dever estar recuada, no mnimo 1,00m do alinhamento predial, podendo sua projeo de cobertura estar no alinhamento.

    2 Quando determinado pelo Municpio, as edificaes de que trata o caput deste artigo devero ser removidas

    SEO XII DAS PRGULAS

    Art. 92. As prgulas no tero sua projeo includa na taxa de ocupao e coeficiente mximo da data, desde que:

    I seja obtido licenciamento conforme disposto no artigo 2 desta lei; II localizem-se sobre aberturas de iluminao, ventilao e insolao de

    compartimentos; e III tenham parte vazada, distribuda por metros quadrados correspondentes a, no

    mnimo, 70% da rea de sua projeo horizontal. Pargrafo nico. As prgulas podero ocupar, no mximo, da rea do recuo.

  • SEO XIII DAS FACHADAS, ELEMENTOS DECORATIVOS E COMPONENTES

    Art. 93. As fachadas das edificaes voltadas para o logradouro pblico ou para o interior da data devero receber tratamento arquitetnico, considerando o compromisso com a paisagem urbana e serem devidamente conservadas.

    Art. 94. A colocao de elementos decorativos e componentes nas fachadas somente ser permitida quando no acarretar prejuzo aos aspectos histricos em edificaes de interesse de preservao pelo Patrimnio Histrico e Cultural do Municpio.

    Art. 95. vedada a colocao de quaisquer elementos mveis nas fachadas, marquises ou aberturas das edificaes, no alinhamento predial ou a partir do mesmo, tais como: vasos, arranjos, esculturas e congneres.

    Art. 96. proibida a colocao de vitrines e mostrurios nas paredes externas das edificaes, avanando sobre o alinhamento predial ou sobre o recuo de 5,00m.

    SEO XIV DAS CHAMINS

    Art. 97. As chamins de qualquer tipo, tanto para uso domiciliar, comercial, de servio e industrial, devero ter altura suficiente para garantir a boa disperso dos gases.

    1 O rgo competente, quando julgar necessrio, poder determinar a modificao das chamins existentes ou o emprego de sistemas de controle de poluio atmosfrica.

    2 As churrasqueiras, quando posicionadas junto s divisas, devero ser dotadas de isolamento trmico; as chamins no podero ter aberturas junto s divisas.

    SEO XV DOS FECHAMENTOS EM CRUZAMENTOS

    Art. 98. As edificaes, inclusive muros, situados nos cruzamentos dos logradouros pblicos, sero projetados a fim de manter a visibilidade do cruzamento.

    Art. 99. O recuo e afastamentos das edificaes construdas no Municpio devero estar de acordo com o disposto na Lei de Uso e Ocupao do Solo.

    SEO XVI DAS REAS DE ESTACIONAMENTO DE VECULOS

    Art. 100. obrigatria a reserva de espaos para o estacionamento ou garagem de veculos vinculados destinao das edificaes, com rea e respectivo nmero de vagas calculadas de acordo com o tipo de uso do imvel, previstas na Lei de Uso e Ocupao do Solo.

    1 Cada vaga dever ter largura mnima de 2,30m e 4,60m de comprimento, livres de colunas ou qualquer outro obstculo, com espao de manobra com largura mnima de 5,00m, para vagas

  • dispostas em 90 circulao, circulao mnima de 4,00m para vagas dispostas em 30 circulao e circulao mnima de 3,50m para vagas dispostas em 45 circulao.

    2 Quando a divisa lateral da vaga coincidir com a parede, a largura da vaga dever ser, no mnimo, de 2,50m.

    3 Devero ser reservadas vagas de estacionamento para pessoas com necessidades especiais, atendendo o estabelecido pela NBR 9050 da ABNT.

    Art. 101. VETADO. Pargrafo nico. VETADO.

    SEO XVII DAS REAS DE RECREAO

    Art. 102. As reas de recreao em edificaes construdas no Municpio devero obedecer aos seguintes requisitos:

    I - do total da rea destinada a lazer e recreao de uso comum, 30% podero ter formato que permita a inscrio de um crculo de dimetro entre 5,00m e 3,00m e os 70% restantes devero ter formato que permita a inscrio de um crculo de 5,00m; e

    II - nas edificaes para uso misto obrigatria a construo de um pavimento intermedirio, com p direito mnimo de 3,00m, para uso exclusivo de recreao dos moradores, quando as dimenses da rea do lote no permitirem sobra de espao no trreo, para recreao, nos termos deste artigo.

    SEO XVIII DOS PISOS DRENANTES

    Art. 103. Os estacionamentos descobertos com rea superior a 50,00m e vias de circulao de pedestres, em reas de lazer, devero ser construdos com pisos drenantes.

    1 Para efeito da aplicao desta lei, considera-se piso drenante aquele que, a cada metro quadrado de piso, possuir, no mximo, 50% de sua superfcie impermeabilizada.

    2 Alternativamente, poder ser adotada a soluo de sumidouro, devidamente, dimensionado para atender at 50% da rea permevel.

    SEO XIX DAS CALADAS E MUROS

    Art. 104. Os proprietrios de datas urbanizadas que tenham frente para ruas pavimentadas ou com meiofio e sarjetas so obrigados a executar caladas, de acordo com o projeto estabelecido pelo Municpio, bem como conservar as caladas frente de suas datas.

    1 As datas voltadas para as vias pblicas sero vedadas por meio de muro ou cercas com altura mnima de 1,50m.

    2 vedado o uso de material contundente voltado para a rea pblica. 3 Para a construo de muros de arrimo dever ser apresentada a Anotao de

    Responsabilidade Tcnica ART junto ao CREA.

  • 4 Todas as caladas devero ser executadas em conformidade com a NBR-9050 da ABNT, em especial no que se refere declividade, acessibilidade, continuidade sem barreiras ou salincias no seu trajeto.

    5 No caso de no cumprimento do disposto no caput deste artigo ou quando as caladas se acharem em mau estado, o Municpio intimar o proprietrio para que providencie a execuo dos servios necessrios e, no o fazendo, dentro do prazo de 30 dias, o Municpio poder executar a obra, cobrando do proprietrio as despesas totais, dentro do prazo de 30 dias, acrescido do valor da correspondente multa.

    Art. 105. As caladas devem ser construdas, reconstrudas ou reparadas com material durvel, de fcil reposio, com superfcie regular, firme, estvel e antiderrapante sob qualquer condio climtica.

    Art. 106. As caladas localizadas fora do quadriltero central, em vias locais ou coletoras devero apresentar 0,70m para faixa gramada e/ou outro material que permita permeabilidade do solo, posicionada a partir do meiofio.

    Pargrafo nico. A construo ou manuteno de caladas de imveis pertencentes ao Poder Pblico dever ser feita com material pr-moldado e de fcil reposio.

    Art. 107. As caladas devem ser contnuas, sem degraus, sem mudana abrupta de nveis ou inclinaes que possam dificultar o trnsito dos pedestres, observados, quando possvel, os nveis imediatos das caladas vizinhas j executadas e ao seguinte:

    I - a inclinao longitudinal da calada deve acompanhar o greide das vias lindeiras; II - a inclinao transversal da calada deve ser de 2% em direo sarjeta, salvo em

    casos especiais de obras realizadas pelo poder pblico em que a inclinao transversal poder estar direcionada rea gramada interna de parques ou praas; e

    III - eventual desnvel entre a calada e a data lindeira dever ser acomodado exclusivamente no interior do imvel.

    Art. 108. Na rea de acesso aos veculos, a concordncia entre o nvel da calada e o nvel do leito carrovel na rua, decorrente do rebaixamento do meiofio, dever ocorrer numa faixa de at 0,85m na seo transversal.

    Art. 109. Nos logradouros pblicos as caladas devero apresentar faixa de piso ttil, para facilitar a identificao do percurso e constituir linha guia ou alerta para as pessoas com deficincia sensorial visual.

    1 As caladas do quadriltero central tm o prazo de at 365 dias, a partir da data de publicao desta lei, para providenciar a incluso da faixa de piso ttil, conforme parmetros descritos nesta lei e na NBR-9050 da ABNT.

    2 Para efeito desta lei caracteriza-se como quadriltero central a rea abrangida pela Avenida Juscelino Kubitscheck, Rua Uruguai, Avenida Leste Oeste e Rua Fernando de Noronha.

    Art. 110. A faixa de piso ttil pode ser do tipo direcional ou de alerta, com largura constante de 0,30m e afastamento de 0,40m, em relao ao alinhamento, com cor contrastante com a do piso adjacente, atendendo aos parmetros de relevo e de instalao previstos na NBR-9050 da ABNT.

  • Art. 111. Toda calada construda ou reformada em data de esquina deve apresentar rebaixamentos em rampas, compostas de um acesso principal com largura de 1,20m a 1,50m e abas laterais construdas junto ao meiofio com largura de 0,50m, conforme detalhes construtivos demonstrados no Anexo IV.

    Art. 112. A reconstruo e reparos de muros e caladas danificadas por concessionrias do servio pblico sero por estas realizadas dentro do prazo de 10 dias a contar do trmino de seu respectivo trabalho, mantendo-se as condies de origem.

    Art. 113. No sendo cumprida a disposio do artigo anterior, no prazo previsto, a Administrao Pblica, direta ou indiretamente, executar as obras e cobrar da concessionria responsvel seu custo acrescido de 20% a ttulo de gastos de administrao.

    Art. 114. Em casos especiais o Municpio poder permitir ou exigir o emprego de especificaes previstas neste Cdigo para o fechamento de terrenos na zona urbana.

    CAPTULO VII DAS INSTALAES EM GERAL

    SEO I DISPOSIES GERAIS

    Art. 115. As instalaes e equipamentos que abrangem os conjuntos de servios especficos executados durante a realizao da obra ou servio sero projetados, calculados e executados visando segurana, higiene e ao conforto dos usurios, de acordo com as disposies desta lei e das normas tcnicas oficiais vigentes da ABNT e legislao especfica.

    Pargrafo nico. Todas as instalaes e equipamentos de que trata o caput exigem responsvel tcnico legalmente habilitado no que se refere a projeto, instalao, manuteno e conservao.

    SEO II DAS INSTALAES DE GUAS PLUVIAIS

    Art. 116. O escoamento de guas pluviais da data edificado para a sarjeta ser feito em canalizao construda sob a calada.

    1 Em casos especiais de inconvenincia ou impossibilidade de conduzir as guas s sarjetas ser permitido o lanamento dessas guas nas galerias de guas pluviais, aps aprovao, pela Prefeitura, de esquema grfico apresentado pelo interessado.

    2 As despesas com a execuo da ligao s galerias pluviais correro integralmente por conta do interessado.

    3 A ligao ser autorizada a ttulo precrio, cancelvel a qualquer momento pela Prefeitura, caso haja qualquer prejuzo ou inconvenincia.

  • 4 guas pluviais provenientes das coberturas e de ptios descobertos sero esgotadas dentro dos limites da data, no sendo permitido o despejo em datas vizinhas ou sobre logradouros pblicos, exceto nos casos previstos no Cdigo Civil e legislao complementar.

    Art. 117. No permitida a ligao de condutores de guas pluviais rede de esgotos.

    Art. 118. Em todos os terrenos em que sejam erguidas construes com implantao de rua interna e ptios de mltiplo uso, seja para carga, descarga e depsito ou para condomnios residenciais edificados ou no, ser exigido projeto de drenagem com dispositivos de diminuio da vazo mxima de guas pluviais, conforme as normas vigentes e exigncias do rgo competente.

    1 Nos projetos para reas de terrenos superiores a 2.000m, necessariamente, o projeto de drenagem dever contemplar a implantao de reservatrio de captao ou deteno de guas pluviais.

    2 A regulamentao e normas para aplicao deste artigo sero definidas por decreto do Executivo, que trate da drenagem urbana municipal, a ser expedido no prazo de at cento e oitenta dias, contados da data de publicao desta lei.

    SEO III DAS INSTALAES HIDRULICO-SANITRIAS

    Art. 119. Todas as edificaes em datas com frente para logradouros pblicos que possuam redes de gua potvel e de esgoto devero, obrigatoriamente, servir-se dessas redes e suas instalaes.

    1 Devero ser observadas as exigncias da concessionria local quanto alimentao pelo sistema de abastecimento de gua e quanto ao ponto de lanamento para o sistema de esgoto sanitrio.

    2 As instalaes nas edificaes devero obedecer s exigncias dos rgos competentes e estar de acordo com as prescries da ABNT.

    Art. 120. Quando no houver rede de esgoto disponvel para atendimento da data, a edificao dever ser dotada de caixa sptica em conjunto, conforme as normas da ABNT.

    Pargrafo nico. As pias de cozinha devero, antes de ligadas rede pblica, passar por caixa de gordura localizada internamente.

    SEO IV DAS INSTALAES ELTRICAS

    Art. 121. As entradas areas e subterrneas de luz e fora de edifcios devero obedecer s normas tcnicas exigidas pela concessionria local.

    SEO V DAS INSTALAES DE CERCAS ENERGIZADAS

    Art. 122. Todas as cercas destinadas proteo de permetros (edificaes ou terrenos) e dotadas de tenso eltrica no mbito do Municpio de Londrina sero classificadas como energizadas.

  • Art. 123. As empresas e pessoas fsicas que se dediquem fabricao, projeto, instalao e manuteno de cercas energizadas devero possuir registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).

    Art. 124. Ser obrigatria, em todas as instalaes de cercas energizadas, a apresentao de Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART).

    Art. 125. O Executivo, por meio do rgo competente, proceder fiscalizao das instalaes de cercas energizadas no Municpio.

    Art. 126. As cercas energizadas devero obedecer, na ausncia de Normas Tcnicas Brasileiras (ABNT), s normas tcnicas editadas pela International Eletrotechnical Commission (IEC) que regem a matria.

    Pargrafo nico. A obedincia s Normas Tcnicas de que trata este artigo, dever ser objeto de declarao expressa do tcnico responsvel pela instalao e/ou manuteno, que responder por eventuais informaes inverdicas.

    Art. 127. A intensidade da tenso eltrica que percorre os fios condutores de cerca energizada no poder matar nem ocasionar nenhum efeito patofisiolgico perigoso a qualquer pessoa que porventura venha a tocar nela, devendo observar as legislaes especficas.

    Art. 128. Os elementos que compem as cercas energizadas (eletrificador, fio, isolador, haste de fixao e outros similares) s podero ser comercializados e/ou instalados no mbito do Municpio de Londrina se possuir certificado em organismo de certificao de produto credenciado pelo Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial.

    Art. 129. A resistncia do material dos fios energizados deve permitir a sua ruptura por alicate do Corpo de Bombeiros.

    Art. 130. proibida a instalao de cercas energizadas: I - nas unidades bsicas de sade, nos centros de educao infantil e nas escolas da rede

    pblica e particular de ensino; e II - a menos de trs metros dos recipientes de gs liquefeito de petrleo, conforme NBR-

    13523 (Central Predial de GLP - Gs Liquefeito de Petrleo) da ABNT.

    Art. 131. Os isoladores utilizados no sistema devem ser fabricados com material de alta durabilidade no hidroscpicos e com capacidade de isolamento mnima de dez quilowatts.

    Pargrafo nico. Mesmo na hiptese de utilizao de estrutura de apoio ou suporte dos arames de cerca energizada fabricada em material isolante, obrigatria a utilizao de isoladores com as caractersticas exigidas no caput deste artigo.

    Art. 132. obrigatria a instalao de placas de advertncia a cada quatro metros no lado da via pblica e a cada dez metros nos demais lados da cerca energizada.

  • 1 Devero ser colocadas placas de advertncia nos portes e/ou portas de acesso existentes ao longo da cerca e em cada mudana de sua direo.

    2 As placas de advertncia de que trata o caput deste artigo devero possuir dimenses mnimas de 0,10m x 0,20m e ter seu texto e smbolos voltados para ambos os lados da cerca energizada.

    3 A cor do fundo das placas de advertncia dever ser amarela. 4 O texto mnimo das placas de advertncia dever ser: Cuidado, cerca eltrica. 5 As letras mencionadas no pargrafo anterior devero ser de cor preta e ter as

    dimenses mnimas de: I - dois centmetros de altura; e II - meio centmetro de espessura. 6 obrigatria a insero, na mesma placa de advertncia, de smbolo que possibilite,

    sem margem de dvidas, a interpretao de um sistema dotado de energia eltrica que pode provocar choque.

    7 Os smbolos mencionados no pargrafo anterior devero ser de cor preta.

    Art. 133. Os arames utilizados para a conduo da corrente eltrica na cerca energizada devero ser do tipo liso, vedada a utilizao de arames farpados ou similares.

    Art. 134. Sempre que a cerca energizada for instalada na parte superior de muros, grades, telas ou outras estruturas similares, a altura mnima do primeiro fio energizado dever ser de dois metros e meio, em relao ao nvel do solo da parte externa do permetro cercado, se na vertical, ou dois metros e vinte centmetros do primeiro fio, em relao ao solo, se instalada inclinada em 45 para dentro do permetro.

    Art. 135. Sempre que a cerca energizada estiver instalada em linhas divisrias de imveis, dever haver a concordncia expressa dos proprietrios destes com relao referida instalao.

    Pargrafo nico. Na hiptese de haver recusa, por parte dos proprietrios dos imveis vizinhos, na instalao do sistema de cerca energizada em linha divisria, esta s poder ser instalada com ngulo de 45 mximo de inclinao para dentro do imvel beneficiado.

    Art. 136. A empresa ou o tcnico instalador, sempre que solicitados pela fiscalizao do Municpio, devero comprovar, por ocasio da instalao ou dentro do perodo mnimo de um ano aps a concluso da instalao, as caractersticas tcnicas da cerca instalada.

    Pargrafo nico. Para os efeitos de fiscalizao, estas caractersticas tcnicas devero estar de acordo com os parmetros fixados no artigo 127 desta lei.

    SEO VI DAS INSTALAES DE GS

    Art. 137. Ser exigida a aprovao do projeto pelo Corpo de Bombeiros nas edificaes residenciais, em sistema de condomnio acima de 2 unidades, e em todas as edificaes comerciais e industriais que necessitem deste sistema.

    Art. 138. As instalaes de gs em reformas e novas edificaes devero ser executadas de acordo com as prescries das normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT e aprovao do Corpo de Bombeiros.

  • SEO VII DAS INSTALAES DE PROTEO CONTRA INCNDIO

    Art. 139. As edificaes construdas, reconstrudas, reformadas, restauradas ou ampliadas, quando for o caso, devero ser providas de instalaes e equipamentos de proteo contra incndio, de acordo com as prescries das normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT e da legislao especfica do Corpo de Bombeiros.

    SEO VIII DAS INSTALAES DE ELEVADORES

    Art. 140. Para os edifcios que apresentarem cota superior a 10,00m, medidas do piso do trreo ao piso do ltimo pavimento, obrigatria a instalao de elevador, sempre obedecendo, quanto fabricao, instalao, manuteno e capacidade de trfego, s normas recomendveis pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas.

    1 Ser obrigatria a instalao de, no mnimo, dois elevadores, sempre que os edifcios apresentarem cota superior a 20,00m, medidos do piso trreo ao piso de ltimo pavimento.

    2 A existncia de elevadores no dispensa a escada geral. 3 Para os edifcios de uso coletivo que apresentarem cota superior a 4,00m, medidas do

    piso do trreo ao piso do ltimo pavimento, obrigatrio, constar no projeto previso de espao para o poo de elevador, em atendimento acessibilidade.

    Art. 141. Devero ser obedecidas a NBR-9077 da ABNT e as normas do Corpo de Bombeiros.

    SEO IX DAS INSTALAES EM GERAL

    Art. 142. S sero permitidas instalaes mecnicas, eltricas e de telecomunicaes, tais como: elevadores, escadas rolantes, planos inclinados, caminhos areos e quaisquer outros aparelhos de transporte para uso particular, comercial ou industrial, quando executados por empresa especializada, com profissional legalmente habilitado e devidamente licenciado pelo rgo competente.

    Pargrafo nico. Todos os projetos e detalhes construtivos das instalaes devero ser assinados pelo representante legal da empresa especializada em instalao e pelo seu profissional responsvel tcnico, devendo ficar arquivadas no local da instalao e com o proprietrio pelo menos uma cpia para ser apresentada municipalidade quando solicitado.

    Art. 143. Em cada instalao mecnica, eltrica e de telecomunicao dever constar, em lugar de destaque, placa indicativa do nome, endereo e telefone atualizados dos responsveis pela conservao.

    SEO X DAS INSTALAES PARA DEPSITO DE LIXO

    Art. 144. Toda edificao de uso coletivo e industrial, independente de sua destinao, dever ter no interior do lote abrigo ou depsito para guarda provisria de resduos, com separao com

  • capacidade adequada e suficiente para acomodar os diferentes recipientes dos resduos, em local desimpedido e de fcil acesso coleta, obedecendo s normas estabelecidas pelos rgos competentes.

    1 Os espaos destinados a abrigo ou depsitos de lixo devero ter p direito mximo de 2,00m e serem dotados de sistema de ventilao.

    2 So proibidas a instalao e uso de tubo de queda para coleta de resduos urbanos. 3 Conforme a natureza e volume do lixo ou resduos sero adotadas medidas especiais,

    para a sua remoo, obedecendo s normas estabelecidas pelo rgo competente, nos termos da legislao especfica.

    Art. 145. As lixeiras devero ser instaladas dentro do alinhamento predial, com vo suficiente para que a coleta possa recolher o saco de lixo (1,50m de altura) e as lixeiras j existentes devero ser substitudas no prazo de 90 dias contados da data da publicao desta lei.

    SEO XI DA PROTEO SONORA

    Art. 146. As edificaes que se caracterizarem como polo gerador de rudo devero receber tratamento acstico (solues tcnicas) adequadas, de modo a no perturbar o bem-estar pblico ou particular, com sons ou rudos de qualquer natureza que ultrapassem os nveis mximos de intensidade permitidos pelo Cdigo de Posturas do Municpio e legislao especfica.

    Pargrafo nico. Instalaes e equipamentos causadores de rudos, vibraes ou choques devero ter tratamento acstico e sistemas de segurana adequados acompanhado de ART do responsvel tcnico, a fim de prevenir a sade do trabalhador, usurios ou incmodo vizinhana.

    CAPTULO VIII DA CLASSIFICAO DAS EDIFICAES

    Art. 147. As edificaes, de acordo com as atividades nelas desenvolvidas e considerando sua utilizao ou permanncia, obedecida a legislao, classificam-se em:

    I edificao residencial; II edificao de uso comunitrio ou coletivo; III edificao de uso comercial e de servio; IV edificao de uso industrial; V edificao de uso agropecurio; VI edificao especial; VII mobilirio urbano; e VIII equipamento urbano. Pargrafo nico. Edificaes, nas quais sejam desenvolvidas mais de uma atividade,

    devero satisfazer os requisitos prprios de cada atividade.

    Art. 148. Os empreendimentos, que englobem usos habitacionais e outros usos na mesma data devero ter acessos independentes e exclusivos para cada atividade.

  • Art. 149. As edificaes e instalaes que abriguem inflamveis, explosivos ou produtos qumicos agressivos devero ser de uso exclusivo, completamente isoladas de edificaes vizinhas e afastadas do alinhamento predial.

    Pargrafo nico. Os afastamentos devero obedecer s Normas e Legislao especfica para cada atividade.

    Art. 150. Compreendem-se como mobilirio urbano todos os objetos, elementos e pequenas construes integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitria ou no, implantadas mediante autorizao do poder pblico, em espaos pblicos e privados, tais como:

    I circulao e transporte; II cultura e religio; III esporte e lazer; IV infraestrutura do sistema de comunicao; V infraestrutura do sistema de energia; VI infraestrutura do sistema de iluminao pblica; VII infraestrutura de sistema de saneamento; VIII segurana pblica; IX comrcio; X - informaes e comunicao visual; XI ornamentao da paisagem e ambientao urbana; e XII abrigo.