Lei Codigo Obras

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    1/57

    1

    LEI MUNICIPAL N 1.892, DE 24 DE OUTUBRO DE 2007

    Dispe sobre o Cdigo de Obras e

    Edificaes do Municpio de Carmo do

    Paranaba, e d outras providncias.

    O PREFEITO MUNICIPAL, fao saber que a Cmara Municipaldecreta, e eu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO IDOS OBJETIVOS

    Seo IDas Disposies Preliminares

    Art. 1 Este Cdigo estabelece as diretrizes e procedimentos administrativos aserem obedecidos no licenciamento, fiscalizao, projeto, execuo e preservao de obras eedificaes.

    Pargrafo nico. So aplicveis os dispositivos desta Lei aos imveisdestinados ao funcionamento de rgos ou servios pblicos, observado o disposto nalegislao estadual e federal pertinentes.

    Seo IIDas Finalidades do Cdigo de Obras

    Art. 2 O presente Cdigo tem as seguintes finalidades:

    I - regular a atividade edilcia;

    II - atribuir direitos e responsabilidades do Municpio, do proprietrio oupossuidor de imvel, e do profissional, atuantes na atividade edilcia;

    III - estabelecer documentos e instituir mecanismos destinados ao controle daatividade edilcia;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    2/57

    2

    IV - estabelecer diretrizes bsicas de conforto, higiene, salubridade esegurana a serem atendidas nas obras e edificaes;

    V - definir critrios a serem atendidos na preservao, manuteno einterveno em edificaes existentes.

    Seo IIIDas Definies

    Art. 3 Na aplicao desta Lei, e sem prejuzo dos dispositivos constantes naLei de Uso e Ocupao do Solo, so adotadas as seguintes definies:

    I- Acrscimo: aumento de uma construo, quer no sentido horizontal, quer

    no vertical, formando novos compartimentos ou ampliando compartimentos j existentes;

    II- Adorno: elemento decorativo da construo colocado com o objetivo decompletar a composio de uma fachada;

    III- Andar: qualquer pavimento situado acima do pavimento trreo e abaixoda caixa dgua, casa de mquinas, espao para barriletes e outros equipamentos de servio;

    IV- Alinhamento: linha projetada e locada pelas autoridades municipais paramarcar o limite entre o lote do terreno e o logradouro pblico;

    V- Altura da fachada: distncia vertical medida no meio da fachada, entre onvel do meio-fio e o nvel do pice da fachada, quando a construo estiver no alinhamentodo logradouro, ou entre o nvel do pice de fachada (sempre no meio desta) e nvel do terrenoou calada que a ela fica junto, quando a construo estiver afastada do alinhamento, noconsiderando os pequenos ornatos acima do pice, na medida da altura;

    VI - rea: parte do lote do terreno no ocupada por edifcio, excludas assuperfcies correspondentes s projees horizontais das salincias de balano superior a0,25m. (vinte e cinco centmetros);

    VII - rea aberta:a rea cujo permetro aberto em um dos lados, sendoguarnecido nos outros por paredes de edifcios ou divisas de lotes;

    VIII- rea comum: a rea que serve a dois ou mais prdios;

    IX- rea de divisa: a rea guarnecida, em parte por paredes do edifcio, e emparte por divisas de lote;

    X- rea edificada:a rea total coberta de uma edificao a ser consideradano clculo da rea edificada de um nico andar, excludos os beirais at 1,50m. (um metro e

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    3/57

    3

    cinqenta centmetros) de largura, as reas de poos e vazios em geral, exceto rea de poo deelevador, bem como de qualquer equipamento mecnico de transporte vertical;

    XI - rea externa: a rea que se estende, sem interrupo, por corpo deedifcio entre as paredes deste e as divisas do lote;

    XII-rea fechada: a rea guarnecida por paredes em todo o seu permetro;

    XIII - rea principal: a rea que se destina a iluminar e ventilarcompartimento de permanncia prolongada;

    XIV - rea secundria: a rea que se destina a iluminar e ventilarcompartimento de utilizao transitria;

    XV- Atio:parte do volume superior de uma edificao, destinada a abrigarcasa de mquinas, piso tcnico de elevadores, caixas dgua e circulao vertical;

    XVI - Atividade edilcia: o elenco de atividades ligadas ao projeto eexecuo de obras e edificaes;

    XVII- Calada de um prdio: revestimento de certa faixa do terreno, juntos paredes do prdio, com material impermevel e resistente;

    XVIII - Cava ou Subterrneo: espao vazio, com ou sem divises, situadosob o pavimento trreo circundante, e abaixo dele mais da metade de seu p-direito (sub-solo);

    XIX - Coberta: construo constituda por cobertura suportada, pelo menosem parte, por meio de coluna ou pilar e aberta em todas as partes ou parcialmente fechadas;

    XX- Cobertura Leve Retrtil: cobertura que possa ser totalmente recolhidapor meios manuais ou mecnicos;

    XXI- Cobertura Leve sobre Recuo Obrigatrio: cobertura leve construdacom materiais como lonas, chapas metlicas, fibras diversas, vidros, acrlicos, policarbonatosou outros materiais desenvolvidos por novas tecnologias, com peso, inclusive a estrutura, nosuperior a 50 kg/m2 (cinqenta quilogramas por metro quadrado), vedado o uso de concreto,

    cimento-amianto e outros materiais pesados;XXII- Conformao do Terreno: situao topogrfica existente, objeto do

    levantamento fsico que serviu de base para a elaborao do projeto e/ou constatao darealidade;

    XXIII- Conformao Original do Terreno: situao topogrfica constantede cartas grficas disponveis ou do arruamento aprovado, anteriores elaborao do projeto;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    4/57

    4

    XXIV - Coroamento: elemento de vedao, ou moldura, que envolveespacialmente o tico;

    XXV- Consertos de um prdio: obras de substituio de partes deterioradasde construo, desde que tais obras no excedam a metade (1/2) de todo o elementocorrespondente em cada compartimento onde devam ser executadas;

    XXVI- Construo: execuo de qualquer obra nova;

    XXVII- Demolio: total ou parcial derrubamento de uma edificao;

    XXVIII- Edificao: obra coberta destinada a abrigar atividade humana ouqualquer instalao, equipamento e material;

    XXIX-Edificao Clandestina: edificao feita sem aprovao da PrefeituraMunicipal de Carmo do Paranaba;

    XXX- Edificao Irregular: edificao executada em desconformidade como plano aprovado;

    XXXI - Edificao Provisria: aquela de carter no permanente, queservir como canteiro de obras, incluindo alojamento de pessoal, casa de guarda, sanitrios etoda construo necessria ao desenvolvimento de uma obra, bem como aquela de carter nopermanente que servir para eventos e tais edificaes sero autorizadas por tempodeterminado, exceto quando para canteiro de obra, cujo tempo ser, no mximo, o tempo daobra, devendo ser demolidas aps a sua utilizao;

    XXXII- Edificao Transitria: aquela de carter no permanente, passvelde montagem, desmontagem e transporte;

    XXXIII - Espelho dgua: tanque artificial de carter decorativo, com nomximo 0,50m. (cinqenta centmetros) de profundidade e com equipamento de circulao degua;

    XXXIV - Elementos essenciais de uma construo: so aqueles que estosujeitos a limites precisos, indicados na presente Lei;

    XXXV - Embasamento: parte do edifcio situada acima do terrenocircundante e abaixo do piso do primeiro pavimento;

    XXXVI - Frente ou testada do lote: divisa do lote que coincide com oalinhamento do logradouro pblico;

    XXXVII - Fundo do lote: lado oposto frente, sendo que em caso de lotetriangular em esquina, o fundo do tringulo no contguo via pblica;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    5/57

    5

    XXXVIII- Galpo: construo por cobertura sem forro, fechada pelo menosem trs faces, na altura total ou parcial, por meio de paredes ou tapume e destinada a indstria

    ou a depsito, no podendo servir de habitao;

    XXXIX- Habitao: edifcio ou parte de edifcio que serve de residncia auma ou mais pessoas;

    XL- Habitao coletiva: edifcio ou parte do edifcio que serve de residnciatemporria a pessoas de famlias diversas;

    XLI - Habitao particular: habitao ocupada por uma nica pessoa oufamlia;

    XLII- Indstria incmoda: indstria que, pela produo de rudo, emisso

    de poeira, fumo, fuligem, gases, exalao de mau cheiro, dentre outras, pode constituirincmodo para a vizinhana;

    XLIII - Indstria leve: indstria cujo funcionamento no incomoda nemameaa a vida ou a sade da vizinhana;

    XLIV- Indstria nociva: indstria que, por qualquer motivo, pode tornar-seprejudicial sade e/ou vida da vizinhana;

    XLV - Indstria perigosa: indstria que pode constituir perigo de vida vizinhana;

    XLVI - Indstria poluidora: indstria que se utiliza de elementos poluentesque podem prejudicar o meio ambiente em qualquer de suas formas;

    XLVII - Legislao edilcia: o elenco de atos normativos que disciplina aatividade edilcia;

    XLVIII - Logradouro pblico: lugar destinado, pela AdministraoMunicipal, a trnsito ou a recreio pblico;

    XLIX - Loja: primeiro pavimento ou andar trreo de um edifcio, quandodestinado a comrcio, servios ou funcionamento de pequenas indstrias;

    L- Lote: poro de terreno situada ao lado de um logradouro pblico, descritae assegurada por um ttulo de propriedade, pblico ou particular;

    LI - Modificao de um prdio: conjunto de obras destinadas a alterardivises internas, a deslocar, abrir, aumentar, reduzir ou suprimir vos ou a dar novas formas fachada;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    6/57

    6

    LII- Movimento de terra: modificao do perfil do terreno que implicar aalterao topogrfica superior a 1,00m. (um metro) de desnvel, ou 1.000,00m3 (mil metros

    cbicos) de volume ou em terrenos pantanosos ou alagadios;

    LIII - Muro de arrimo: muro destinado a suportar desnvel de terrenosuperior a 2,00m. (dois metros);

    LIV - Norma Tcnica Brasileira: norma emanada da ABNT (AssociaoBrasileira de Normas Tcnicas);

    LV- Obra: realizao de trabalho em imvel, independentemente do estadoem que estiver, ainda que paralisada ou concluda;

    LVI - Obra emergencial: obra de carter urgente, essencial garantia das

    condies de estabilidade, segurana ou salubridade de um imvel;

    LVII - Passadio: cobertura de tecido ou material plstico, sustentada porestrutura metlica apoiada sobre pilares, que serviro para proteger os pedestres nas entradasdas edificaes;

    LVIII - Passeio: parte do logradouro pblico destinada ao trnsito depedestres;

    LVIX - Pavimento: qualquer plano utilizvel de uma edificao, sendo queum pavimento poder desenvolver-se em dois ou mais planos, com a condio de que adiferena entre as cotas extremas no seja superior a 1,50m. (um metro e cinqentacentmetros);

    LX- Pavimento trreo: aquele definido pelo projeto para cada edificaoisoladamente, respeitando-se uma diferena de 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros)acima e 1,00m. (um metro) abaixo do nvel mediano do terreno natural na linha de projeohorizontal da fachada da edificao, considerada:

    a) quando os blocos das edificaes tiverem seus pavimentos trreos em ums plano de entrada, ou com diferena de cota at 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros),a referncia de nvel ser a linha da fachada do conjunto;

    b) no caso de unidades residenciais ou comerciais colocadas nos subsolos,

    estas sero computadas no coeficiente de aproveitamento para efeito de clculo da rea deconstruo permitida;c) o pavimento trreo poder ser desenvolvido em vrios planos, desde que

    sempre permaneam entre as cotas mais de 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros) emenos de 1,00m. (um metro) em relao ao terreno natural no ponto considerado, e nenhumponto da edificao tenha altura superior a 8,00m. (oito metros), distante menos de 3,00m.(trs metros) da divisa, quando a LUOS exigir afastamentos obrigatrios;

    d) sero permitidos o movimento de terra ou a colocao de subsolosnecessrios, para colocar o trreo no nvel do logradouro pblico de acesso edificao.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    7/57

    7

    LXI - Pea descritiva: texto descritivo de elementos ou servios para acompreenso de uma obra, compreendendo especificao de componentes a serem utilizados

    e ndices de desempenho a serem obtidos como memoriais e laudos;

    LXII- Pea grfica: representao grfica de elementos para a compreensode um projeto ou obra;

    LXIII - P-direito: distncia vertical entre o piso e o teto de umcompartimento, ou entre o piso ou a face inferior do frechal, quando no existir o teto;

    LXIV - Prgola: elemento vazado, horizontal ou inclinado, de carterdecorativo, com superfcie vazada superior a 80% (oitenta por cento) e nervuras com alturainferior a 0,60m. (sessenta centmetros);

    LXV- Piscina: tanque artificial destinado natao ou recreao;

    LXVI- Poro: pavimento inferior ao pavimento trreo, resultante de desnveldo terreno, com at 1,80m. (um metro e oitenta centmetros) de p-direito, usado apenas comodepsito em residncias, e, no caso de galeria de manuteno para acesso viela sanitria,ser permitido com p-direito superior a 2,00m.(dois metros), desde que autorizado pelaconcessionria de guas e esgotos, quando no ser computado na rea construda;

    LXVII- Profundidade do lote: distncia entre a frente ou testada e a divisaoposta, medida segundo uma linha normal frente, sendo que, se o lote for irregular, avalia-sea profundidade mdia;

    LXVIII - Reconstruo: obra destinada recuperao e recomposio deuma edificao, motivada pela ocorrncia de incndio ou outro sinistro fortuito, mantendo-seas caractersticas anteriores;

    LXIX - Reforma: obra que implica modificaes, com ou sem alterao deuso de rea edificada, estrutura, compartimentao vertical e volumetria;

    LXX- Reforma pequena: reforma com ou sem mudana de uso, na qual nohaja supresso ou acrscimo de rea;

    LXXI - Reparo: obra destinada manuteno de um edifcio, sem implicar

    mudana de uso, acrscimo ou supresso de rea, alterao de estrutura, de compartimentaohorizontal ou vertical, de volumetria e dos espaos destinados circulao, iluminao ouventilao;

    LXXII - Restauro e Restaurao: recuperao de edificao tombada oupreservada, de modo a restituir as caractersticas originais;

    LXXIII- Sobreloja ou Mezanino: pavimento intermedirio, situado entre opavimento trreo e o primeiro andar da edificao;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    8/57

    8

    LXXIV - Sto: espao utilizvel sob a cobertura, com p-direito varivel,no sendo considerado pavimento da edificao para efeito de nmero de pavimentos em

    residncias, sendo que sua colocao somente ser admitida em residncias que j contenhamtodas as acomodaes necessrias em pavimentos inferiores, e desde que a altura mximamedida, desde o piso do pavimento trreo at a cumieira seja de 10,00m. (dez metros), e,quando a altura da edificao for superior a 8,00m. (oito metros), deve ser observado oafastamento de 3,00m. (trs metros) em relao s divisas;

    LXXV- Terreno arruado: terreno que tem uma de suas divisas coincidindocom o alinhamento do logradouro pblico;

    LXXVI- Toldo: cobertura leve, fixada nas paredes, sem apoio de pilares dequalquer natureza, colocada com o objetivo de proteger as aberturas contra intempries, sobas quais no podero ser exercidas quaisquer atividades, e podero ser construdas com

    materiais como lonas, chapas metlicas, fibras diversas, vidros, acrlicos, policarbonatos ououtros materiais, no computados como rea construda;

    LXXVII-Vistoria administrativa: diligncia efetuada por um engenheiro deobras da Prefeitura Municipal, tendo como objetivo verificar as condies de uma construo,ou de uma instalao, quer quanto sua resistncia e estabilidade, quer quanto suaregularidade.

    Art. 4 Para efeito de citao neste Cdigo, as seguintes entidades ouexpresses sero identificadas pelas siglas ou abreviaturas abaixo:

    I- LE: Legislao Edilcia;

    II- LUOS: Legislao de Uso e Ocupao do Solo;

    III- NBR: Norma Brasileira Regulamentadora;

    IV- AMCP: Administrao Municipal de Carmo do Paranaba;

    V- UFMCP: Unidade Fiscal do Municpio de Carmo do Paranaba;

    VI- CPLE: Comisso Permanente de Aplicao da Legislao Edilcia;

    VII- PGT: Lei de Plos Geradores de Trfego;VIII- CREA: Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

    CAPTULO IIDOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    9/57

    9

    Seo IDa Administrao Municipal e da Aplicao da Legislao Edilcia

    Art. 5 Constituem atribuies da AMCP:

    I- licenciar os projetos aprovados;

    II - fiscalizar a execuo e manuteno das condies de estabilidade,segurana e salubridade das obras e edificaes;

    III- embargar a execuo de obras que no atendam ao disposto na legislaoedilcia.

    Art. 6 Fica criada junto Secretaria Municipal de Obras e Desenvolvimento

    Urbano a Comisso Permanente de Aplicao da Legislao Edilcia do Municpio deCarmodo Paranaba - CPLE, com a seguinte composio:

    I - um representante da Secretaria de Administrao, Planejamento e Finanas;

    II - um representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econmicoe de Meio Ambiente;

    III - um representante da Secretaria Municipal de Obras e DesenvolvimentoUrbano;

    IV - um representante da Procuradoria-Geral do Municpio;

    V - um representante da concessionria de guas e esgotos;

    VI - um representante dos engenheiros e arquitetos de Carmo do Paranaba;

    VII - um representante da construo civil de Carmo do Paranaba;

    VIII - um representante das empresas do setor imobilirio e da habitao deCarmo do Paranaba e regio;

    IX - um representante da Associao Regional dos Escritrios de Arquitetura

    de Carmo do Paranaba (AREA);X - um representante da APAE, ou Conselho representante das Pessoas com

    Deficincia e com Necessidades Especiais.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    10/57

    10

    1 A comisso, de carter consultivo, ter como finalidades dirimir dvidasrelativas aplicao da LE, emitir parecer quanto sua atualizao e quanto a novas tcnicas

    ligadas atividade edilcia, fixando, para tanto, os seguintes objetivos:

    I- promoo de avaliaes peridicas da legislao, reunindo os resultados dostrabalhos tcnicos que sero desenvolvidos para a sua modernizao e atualizao;

    II- adoo de novos procedimentos que permitam a reunio do maior nmerode experincias e informaes de entidades e rgos tcnicos AMCP;

    III - estabelecimento de rotinas e sistemticas de consulta a entidadesrepresentativas da comunidade.

    2 Os membros da Comisso sero nomeados por Decreto do Executivo,

    para mandato de 2 (dois) anos, mediante indicao do rgo ou entidade que, como titular ousuplente, iro representar.

    3 A Comisso instituir seu Regimento Interno, do qual constar, inclusive,a forma de escolha de seu Presidente.

    Art. 7 O proprietrio ou o possuidor so responsveis pela manuteno dascondies de estabilidade, segurana e salubridade do imvel, bem como pela observncia dasprescries deste Cdigo e legislao correlata, sendo assegurada a disponibilizao de todasas informaes cadastradas na AMCP, relativas propriedade.

    1 Quando houver necessidade de apresentao do ttulo de propriedade, ouprova da condio de possuidor, o proprietrio ou o possuidor, respectivamente, responderocivil e criminalmente pela sua veracidade, no implicando sua aceitao por parte da AMCPem reconhecimento do direito de propriedade.

    2 Quando houver discrepncia entre as medidas da escritura e as reaisexistentes no local, o projetista dever obedecer as medidas existentes no local, se estas foremmenores que as da escritura para efeito de recuos, afastamentos, taxa de ocupao e altura daedificao, sendo que, para o clculo do coeficiente de aproveitamento, dever ser utilizada area real existente no local.

    Seo IIDo Profissional Habilitado e do Proprietrio ou Construtor

    Art. 8 Profissional Habilitado o tcnico credenciado pelo rgo federalfiscalizador do exerccio profissional, devidamente inscrito no departamento competente daAMCP, podendo atuar como pessoa fsica ou como responsvel por pessoa jurdica,respeitadas as atribuies e limitaes consignadas por aquele organismo.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    11/57

    11

    Art. 9 obrigatria a assistncia de profissional habilitado na elaborao dosprojetos, na execuo e na implantao de obras, sempre que assim o exigir a legislao

    federal relativa ao exerccio profissional, ou a critrio da AMCP, desde que esta entendaconveniente tal assistncia, ainda que a legislao federal no o exija.

    1 A inscrio no registro, requerida ao Prefeito pelo interessado, pessoafsica ou jurdica, depender das seguintes formalidades:

    a) apresentao da carteira profissional ou documento que a substitua,expedido ou visado pelo CREA;

    b) pagamento da taxa de registro.

    2 Deferido o requerimento, o registro ser feito, anotando-se todos os dadosda empresa ou do profissional, endereo profissional, transcrio das anotaes da inscrio

    junto ao CREA, e verificao da situao fiscal relativa aos tributos municipais.

    3 Declarao de compromisso assinada pelo profissional ou responsveltcnico, determinando a sua anuncia quanto ao cumprimento das prescries destalegislao.

    4 As atividades, em matria de construes, das pessoas ou empresasregistradas na AMCP, ficaro sujeitas s limitaes das respectivas carteiras e registrosprofissionais, podendo a AMCP solicitar informaes suplementares ao CREA.

    Art. 10.O profissional habilitado poder atuar, individual ou solidariamente,como Autor ou como Responsvel Tcnico pela Obra, assumindo sua responsabilidade nomomento em que protocolizar o pedido de licena, ou no incio dos trabalhos no imvel.

    1 Para os efeitos deste Cdigo ser considerado Autor o profissionalhabilitado responsvel pela elaborao de projetos, que responder pelo contedo das peasgrficas, descritivas, especificaes e exeqibilidade de seu trabalho.

    2 Ser considerado Responsvel Tcnico pela Obra o profissionalresponsvel pela direo tcnica das obras desde seu incio at sua total concluso,respondendo por sua correta execuo e adeqado emprego de materiais, conforme projetoaprovado na AMCP e observncia das NBR.

    Art. 11. facultada, mediante comunicao AMCP, a substituio doResponsvel Tcnico pela Obra, sendo obrigatria em caso de impedimento do tcnicoatuante.

    1 Quando a baixa de responsabilidade do Responsvel Tcnico pela Obrafor comunicada isoladamente, a obra dever permanecer paralisada at que seja comunicada aassuno de novo responsvel.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    12/57

    12

    2 A AMCP se exime do reconhecimento de direitos autorais ou pessoaisdecorrentes da aceitao de transferncia de responsabilidade tcnica ou da solicitao da

    alterao de projeto.

    CAPTULO IIIDO LICENCIAMENTO

    Seo nicaDos Documentos para Controle da Atividade Edilcia

    Art. 12. Mediante requerimento do interessado, e pagas as taxas devidas, aAMCP consentir na execuo e implantao de obras e edificaes, atravs da emisso de:

    I - alvar de construo;

    II - habite-se.

    Pargrafo nico. Nos casos seguintes, no ser necessria a apresentao deplanta, porm ser indispensvel a licena:

    a) para construir no decurso de obras definitivas j licenciadas, abrigosprovisrios de operrios de obra ou para depsito de materiais, desde que demolidos ao finalda obra;

    b) para consertos de prdios.

    Subseo IDo Alvar de Aprovao

    Art. 13. A pedido do proprietrio ou do possuidor do imvel, a AMCP emitirAlvar de Aprovao para:

    I- muro de arrimo;

    II- edificao;

    III- reforma.Pargrafo nico. O movimento de terra e o muro de arrimo, quando

    vinculados edificao, sero aprovados juntamente com esta, e a AMCP emitir ocorrespondente Alvar de Aprovao.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    13/57

    13

    Art. 14. Quando a obra for constituda por conjunto de edificaes, cujosprojetos foram elaborados por diferentes profissionais, estes respondero solidariamente

    quanto implantao do conjunto.

    Art. 15. O Alvar de Aprovao ter sua validade por 18 (dezoito) meses, acontar da data da publicao do deferimento do pedido, devendo ser requerido novo Alvar,dependendo do vulto da obra.

    Art. 16. O Alvar de Aprovao poder, enquanto vigente, receber termoaditivo para constar eventuais alteraes de dados, ou aprovao de projeto modificativo emdecorrncia de alterao no projeto original.

    Art. 17. O prazo de validade do Alvar de Aprovao ficar suspenso,mediante comprovao, atravs de documento hbil, da ocorrncia das seguintes hipteses:

    I - existncia de litgio judicial;

    II- calamidade pblica;

    III - declarao de utilidade pblica;

    IV - pendncia de processo de Tombamento.

    Art. 18. O Alvar de Aprovao poder ser cassado, mesmo durante suavigncia, juntamente com o Alvar de Execuo, em caso de desvirtuamento da licenaconcedida, ou anulado, em caso de ilegalidade em sua expedio, no cabendo ao proprietrioquaisquer indenizaes.

    Pargrafo nico. A cassao e a anulao sero formalizadas mediante ato doDiretor do Departamento responsvel pela sua expedio, ou pelo Secretrio da respectivarea.

    Art. 19. Aprovado o projeto modificativo e sendo deferido o pedido de novoAlvar de Aprovao, os prazos sero contados a partir do deferimento do novo pedido.

    Subseo II

    Do Habite-seArt. 20. Ao trmino da obra autorizada, e a pedido do proprietrio, a AMCP

    emitir o Certificado de Habite-se, documento indispensvel utilizao regular do imvel.

    1 O pedido ser instrudo com declarao do Responsvel Tcnico de que aexecuo se deu de conformidade com o projeto aprovado.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    14/57

    14

    2 Em residncias unifamiliares poder ser tolerada a abertura, como portase janelas, a menos de 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros) da divisa, permanecendo o

    afastamento mnimo de 1,00m. (um metro), desde que haja expressa anuncia do vizinhoprejudicado, que no haja a possibilidade de abertura para insolao e ventilao por outraparede ou pelo teto, e que as guas pluviais sejam coletadas dentro dos limites do prprioterreno.

    Art. 21. O Certificado de Concluso da edificao poder ser concedido emcarter parcial, se a parte concluda atender, para o uso a que se destina, s exignciasmnimas previstas na LE e na LUOS, exceto para residncias unifamiliares.

    Art. 22. Podero ser aceitas, desde que observada a legislao vigente pocado licenciamento inicial da obra, pequenas alteraes que no descaracterizem o projetoaprovado nem impliquem divergncia superior a 5% (cinco por cento) da rea construda

    constante do projeto aprovado, desde que no haja prejuzo dos recuos mnimos legaisobrigatrios, e pagas as taxas devidas pela rea excedente, sem necessidade de substituio doprojeto.

    1 Para efeito da presente Lei consideram-se "pequenas alteraes que nodescaracterizam o projeto aprovado" as seguintes:

    I - no prisma principal da edificao:

    a) as alteraes provocadas por engrossamento de paredes em razo derevestimentos;

    b) as salincias da estrutura, quando usadas como elementos decorativos;c)as alteraes provocadas por eventuais erros de locao, que desloquem o

    prisma principal para um dos lados em at 2% (dois por cento), devem ser toleradas, excetodeslocamentos para mais de um lado, que levem ao aumento da rea da edificao.

    II - nas reas de servio das partes comuns dos edifcios fora dos recuos eafastamentos obrigatrios, as alteraes provocadas por necessidades de abrigar equipamentoscomo mquinas de elevadores, cabines de transformadores, cabines de ar condicionado etorres de refrigerao dos mesmos, caixas dgua e espaos para barriletes;

    III - nas reas de recuos e afastamentos obrigatrios:

    a)as alteraes devidas a quadro de medidores de luz e fora, medidores degs e gua, quando abrigados em forma de armrios encostados s paredes;b) botijes de gs, mquinas de portes eletrnicos, transformadores

    compactos do tipo "pad mounted", cobertura de portes para proteger o pedestre enquantoaguarda autorizao para entrar, desde que no ultrapasse 1,50m2 (um metro e cinqentacentmetros quadrados) de projeo;

    c) cabines de ar condicionado e abrigo para compressores de ar, quando suaaltura total no ultrapasse 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros);

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    15/57

    15

    d)as vigas sobre portes, como suportes destes ou como elemento decorativo,desde que sua projeo no tenha largura superior a 0,40m. (quarenta centmetros);

    e)a soma das reas de todos os elementos, construdos nas reas de recuos eafastamentos, no poder ultrapassar o limite estabelecido pelo 1 do art. 54 desta Lei.

    2 A soma de todas as reas excedentes no poder ultrapassar os limitesestabelecidos no "caput" deste artigo.

    3 Durante a execuo da obra podero ser introduzidas modificaes,assumindo o Responsvel Tcnico e o Proprietrio a responsabilidade pelo cumprimento dalegislao vigente, e ao final da obra dever ser feita a substituio do projeto, recolhendo-se,se houver, a diferena de custas e emolumentos devidos.

    4 As modificaes de projetos durante a fase de construo, que no

    contrariem a legislao vigente, devem ser consideradas da seguinte forma:

    I - modificao da finalidade da construo: dever o interessado proceder substituio do projeto antes do Certificado de Habite-se;

    II - aumento de rea construda sem modificao da finalidade: devem serconsiderados os seguintes casos:

    a) nas modificaes com aumento de at 5% (cinco por cento) da rea totalconsiderar-se- o 1 deste artigo;

    b) nas modificaes com aumento superior a 5% (cinco por cento) da reatotal, haver necessidade de substituio de projeto.

    5 Em todos os casos de substituio de projeto, o interessado dever pagaras taxas referentes aprovao e a diferena, se houver, dos impostos, taxas e preos pblicosreferentes construo, sendo dispensado do pagamento de multas desde que atendida alegislao vigente.

    Art. 23. Comprovada pelo rgo competente da AMCP a concluso de umaobra, e no tendo ocorrido o pedido de Certificado de Habite-se, ser o seu proprietrionotificado para requer-lo no prazo de 30 (trinta) dias.

    Pargrafo nico. Decorrido o prazo previsto neste artigo, a AMCP

    providenciar a inscrio em dvida ativa dos valores relativos ao ISSQN.

    CAPTULO IVDOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

    Seo IDa Formalizao e Anlise dos Processos

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    16/57

    16

    Art. 24. Os requerimentos sero protocolados, devidamente instrudos com osdocumentos necessrios, e sero analisados pelos rgos tcnicos, com base na presente Lei,

    na LUOS e demais leis aplicveis.

    Pargrafo nico. Os projetos acompanham os requerimentos e seroinstrudos com:

    I- apresentao em duas vias impressas e uma cpia digital, sendo uma delasem dimenses mnimas de 0,20m. X 0,30m;

    II- devem ser datados e assinados pelo Autor e pelo proprietrio da construoprojetada;

    III - devem conter a designao dos nmeros do lote e da quadra onde ser

    erigida a construo, de acordo com a escritura do imvel;

    IV - planta do terreno, na escala mnima de 1:500, com exata indicao dasdivisas confinantes dos lotes ou partes de lotes encerrados em seus permetros, da orientaoda posio em relao aos logradouros pblicos e a esquina mais prxima;

    V - planta baixa cotada na escala de 1:50 de cada pavimento e de todas asdependncias;

    VI- elevao, na escala de 1:50, das fachadas;

    VII- sees longitudinais e transversais de prdio e de suas dependncias, naescala de 1:50, devidamente cotadas.

    Art. 25. Os pedidos de Alvar de Aprovao sero acompanhados docomprovante de recolhimento da taxa correspondente, prevista em legislao especfica.

    Pargrafo nico. No caso de haver diferena de rea verificada no curso daanlise do processo, a taxa correspondente ser recolhida quando for concluda a aprovao.

    Art. 26. O Autor do projeto e o Responsvel Tcnico da Obra responsabilizar-se-o pela observncia das demais exigncias da LE, tanto na esfera municipal como naestadual e na federal, bem como pelo atendimento das exigncias das empresas

    concessionrias de servios pblicos.Art. 27. Os processos que apresentarem elementos incompletos ou incorretos,

    e necessitarem de esclarecimentos, correes ou de complementao da documentao, seroobjetos de observaes no prprio processo pelo rgo competente da AMCP.

    1 As anlises e manifestaes dos diversos rgos municipais devero serconclusivas, de forma a concentrarem-se em uma nica comunicao do interessado.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    17/57

    17

    2 Na anlise dos clculos das reas apresentadas, sero toleradas diferenasiguais ou inferiores a 0,5% (meio por cento).

    3 Emitida a comunicao, a anlise a seguir se ater exclusivamente ao quefoi solicitado, mesmo que a continuao da anlise venha a ser feita por outro profissional, amenos que tenha havido modificao do projeto original ou que tenha sido constatado enganono comunicado, superiores s tolerncias estabelecidas neste Cdigo, referentes a um dosseguintes itens:

    a) zoneamento;b) quadro de reas;c) taxa de ocupao;d) ndice de aproveitamento;e) recuos e afastamentos;

    f) altura e nmero de pavimentos.

    Art. 28. No atendidas as exigncias do comunicado, o processo serencaminhado para julgamento final, a cargo do profissional que realizou a anlise ou de quemo esteja substituindo.

    Pargrafo nico. O despacho de indeferimento deve ser motivado, comindicao dos dispositivos legais contrariados.

    Art. 29. Da deciso que indeferir o pedido caber recurso para o Coordenador,Diretor e, em ltima instncia, para o Secretrio Municipal de Obras e DesenvolvimentoUrbano.

    Pargrafo nico. O prazo para os recursos previstos no caput ser de 15(quinze) dias, a contar da publicao da data do indeferimento no prprio processo.

    Art. 30. Na anlise dos clculos das reas apresentadas, sero toleradasdiferenas iguais ou inferiores a 1% (um por cento) para reas at 100,00m2 (cem metrosquadrados) e 0,5% (meio por cento) para reas superiores.

    Seo IIDos Prazos para Despachos e Retirada de Documentos

    Art. 31. O prazo para despacho final de liberao de alvar ou deindeferimento do pedido no poder exceder a 15 (quinze) dias, aps atendimento integral dasexigncias, inclusive para a deciso sobre recurso, salvo os pedidos de Habite-se, cujo prazode soluo no poder exceder a 10 (dez) dias.

    1 O curso desse prazo ficar suspenso durante a pendncia do atendimento,pelo requerente, de exigncias feitas em "comunique-se".

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    18/57

    18

    2 Transcorrido o prazo para deciso de processo relativo emisso doHabite-se, a obra poder ser utilizada a ttulo precrio, responsabilizando-se o Responsvel

    Tcnico da Obra por evento decorrente da falta de segurana ou salubridade.

    Art. 32. O prazo para retirada de documentos ser de 30 (trinta) dias a contarda data da publicao do despacho de deferimento, aps o qual o processo ser arquivado porabandono, sem prejuzo da cobrana de taxas devidas.

    Pargrafo nico. Arquivado o processo, o documento inicialmente requeridopoder ser retirado, mantendo-se, para efeito de sua validade, a contagem de tempo a partir dadata de publicao do despacho de deferimento do pedido inicial.

    Seo III

    Disposies Gerais

    Art. 33. Os prazos constantes do presente Captulo podero ser prorrogadosuma nica vez, por igual perodo, a critrio do responsvel pelo procedimento administrativo,devidamente justificado.

    CAPTULO VDA FISCALIZAO

    Seo IDa Verificao da Regularidade da Obra

    Art. 34. Toda obra poder ser vistoriada pela municipalidade, devendo oservidor incumbido dessa atividade ter garantido livre acesso ao local.

    Art. 35. Constatada irregularidade na execuo da obra pela inexistncia dosdocumentos necessrios, ou pela execuo em desacordo com o projeto aprovado ou pelo noatendimento de qualquer das disposies deste Cdigo e demais leis aplicveis, o proprietrioe o Responsvel Tcnico da Obra sero intimados e autuados nos temos deste Cdigo elegislao vigente.

    1 Verificada a irregularidade, sero determinados o embargo da obra e a

    intimao para saneamento das irregularidades, com prazo para atendimento no superior a 30(trinta) dias.

    2 Nesse perodo poder o intimado, se for o caso, apresentar pedido desubstituio de projeto.

    3 Desrespeitado o prazo estipulado ou indeferido o pedido de substituio,ser lavrado Auto de Infrao e multa no valor previsto neste Cdigo.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    19/57

    19

    4 Durante o embargo, s ser permitida a execuo dos serviosindispensveis segurana do local e a eliminao das infraes, e subseqente liberao da

    obra.

    5 De qualquer ao fiscal caber recurso autoridade competente.

    Art. 36.Aps a lavratura do Auto de que trata o art. 35 desta Lei, o processoser encaminhado para as providncias administrativas de poder de polcia e/ou judiciaiscabveis.

    Pargrafo nico. O servidor municipal que lavrar a intimao e o Auto deInfrao ser responsvel pela inexatido dos dados que possam prejudicar as medidasadministrativas ou judiciais cabveis.

    Seo IIEstabilidade, Segurana e Salubridade da Edificao

    Art. 37. Verificada a inexistncia de condies de estabilidade, segurana ousalubridade de uma edificao, ser o proprietrio ou possuidor intimado a promover asmedidas necessrias soluo da irregularidade.

    Art. 38. No caso de a edificao irregular apresentar perigo de runa oucontaminao, o imvel ser interditado parcial ou totalmente e, se necessrio, o seu entorno,dando-se cincia aos proprietrios e ocupantes dos imveis envolvidos.

    1 No sendo atendida a intimao, o proprietrio ou possuidor ser autuado,e os servios, quando imprescindveis estabilidade da edificao, podero ser executados deimediato pela AMCP e cobrados do proprietrio, com atualizao monetria, multas,honorrios, sem prejuzo da aplicao das sanes cabveis.

    2 O atendimento da intimao no desobriga o proprietrio ou possuidor documprimento das formalidades necessrias regularizao da obra ou servio, sob pena daaplicao das sanes cabveis.

    3 O no cumprimento da intimao para a regularizao necessria, ouinterdio, implicar a responsabilidade exclusiva do intimado, eximindo-se a AMCP de

    responsabilidade pelos danos decorrentes de possvel sinistro.Art. 39. O proprietrio ou possuidor de imvel que apresente perigo de runa,

    independentemente de intimao, e assistido por profissional habilitado, poder dar incioimediato obra de emergncia, comunicando por escrito AMCP, justificando e informandoa natureza dos servios a serem executados.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    20/57

    20

    1 Comunicada a execuo dos servios, a AMCP verificar a necessidadede execuo das obras emergenciais.

    2 Excetuam-se do estabelecido no caputdeste artigo os imveis tombados,indicados para preservao ou em processo de tombamento, os quais devero obterautorizao do rgo competente antes de qualquer reforma.

    CAPTULO VIDOS PROJETOS

    Seo IDas Condies Gerais de Implantao

    Art. 40. Alm do atendimento s disposies previstas na LUOS e dosafastamentos em relao s guas correntes ou dormentes, faixas de domnio pblico derodovias e ferrovias, linhas de alta tenso, dutos e canalizaes, a implantao de qualqueredificao dever respeitar as normas previstas neste Cdigo, de modo a minimizar suainterferncia sobre as edificaes vizinhas.

    Art. 41. A edificao, no todo ou em parte, que possuir junto s divisas alturasuperior a 6,00m. (seis metros) para residncias e 8,00m. (oito metros) para edificaescomerciais, medida a partir do piso trreo at a cumieira, ficar condicionada, a partir dessaaltura, a afastamento mnimo de 3,00m. (trs metros) no trecho em que ocorrer tal situao.

    1 A edificao situada em zona para a qual a LUOS exige afastamento emrelao s suas divisas no poder possuir, junto s mesmas, muros com altura superior a 2,50m. (dois metros e cinqenta centmetros), medidos a partir do piso que se apresentar mais alto.

    2 O disposto no caputdeste artigo no se aplica edificao situada emzona para a qual haja expressa dispensa, pela LUOS, de recuos e afastamentos.

    Art. 42. Os elementos que apresentarem superfcie vazada, uniformementedistribuda, inferior a 80% (oitenta por cento) de sua superfcie total, sero considerados comoelementos opacos, integrantes do conjunto edificado do imvel para fins do disposto napresente Seo.

    1 Incluem-se no disposto no presente artigo, dentre outros, os gradis, osmuros vazados e as prgulas.

    2 livre a utilizao de elementos que apresentarem superfcie vazada,uniformemente distribuda, igual ou superior a 80% (oitenta por cento) de sua superfcie total.

    Art. 43. Para os terrenos, edificados ou no, a construo de muro em suasdivisas obedecer altura mxima de 3,00m. (trs metros), contados do lado em que o terrenose apresentar mais alto.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    21/57

    21

    Art. 44. Nos cruzamentos dos logradouros pblicos dever ser previsto cantochanfrado de 3,50m. (trs metros e cinqenta centmetros) normal bissetriz do ngulo

    formado pelo prolongamento dos alinhamentos, salvo se tal concordncia tiver sido fixada deforma diversa em arruamento ou plano de melhoramento pblico.

    Pargrafo nico. Em zonas sujeitas a diretrizes urbansticas prprias, para asquais haja expressa dispensa da observncia dos recuos previstos na LUOS, ser admitido oavano sobre o canto chanfrado da parte da edificao que se situar em altura superior a 3,00m. (trs metros) do passeio.

    Art. 45. Respeitados os limites indicados para cada caso, so livres aimplantao e execuo, ainda que em recuos, afastamentos ou espaos exigidos por esteCdigo ou pela LUOS, de:

    I - salincias, terraos, varandas quando construdas em balano, floreiras eornatos com avano mximo de 0,40m. (quarenta centmetros);

    II - beirais e marquises com avano mximo de 1,50m. (um metro e cinqentacentmetros);

    III - piscinas descobertas;

    IV - espelhos dgua.

    1 As extremidades dos elementos previstos no inciso II no podero distarmenos de 0,50m. (cinqenta centmetros) da divisa do lote.

    2 Nas construes em condomnio, as extremidades dos elementosprevistos no inciso II em unidades autnomas devero estar distantes uma da outra, nomnimo, 1,00m. (um metro).

    3 O disposto nos 1 e 2 deste artigo no se aplica aos estacionamentos,postos de servio, galpes de fbricas, cobertura de docas e edificaes similares.

    4 As coberturas com metragem superior estabelecida nos 1 e 2 desteartigo no sero consideradas beirais.

    5 Os elementos relacionados no inciso I deste artigo podero ser colocados razo de 0,40m2 (quarenta centmetros quadrados) por metro de testada, com avanomximo de 1,00m. (um metro), quando no recuo obrigatrio, e 1,50m. (um metro e cinqentacentmetros), quando no recuo facultativo.

    Art. 46. Respeitados os limites indicados individualmente para cada caso e oslimites coletivos indicados nos pargrafos deste artigo, livre a execuo, ainda que emrecuos, afastamentos ou espaos exigidos por este Cdigo ou pela LUOS, de:

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    22/57

    22

    I prgolas, cujas nervuras tenham altura mxima de 0,60m. (sessentacentmetros) e ocupem at 15% (quinze por cento) da rea contida em seu permetro;

    II passadios, com largura mxima de 20% (vinte por cento) da testada doimvel, limitada ao mximo de 3,00m. (trs metros), caso em que os beirais seroconsiderados como reas construdas, para todos os efeitos;

    III - abrigos de gs e guarda de lixo;

    IV - guarita de segurana com 5,00m2 (cinco metros quadrados), quandosimples, e 7,00m2 (sete metros quadrados) quando possuir instalao sanitria.

    1 A execuo, individual ou em conjunto destes elementos, dever respeitaras seguintes disposies:

    a) no poder ocupar rea superior porcentagem "P" da rea no ocupvel doterreno, fixada pela LUOS, obtida pela frmula P=500VS, sendo S rea do terreno;

    b) respeitada a porcentagem "P" mxima obtida, no poder ocupar mais de60% (sessenta por cento) da faixa de recuo em que se situar.

    2 Ser considerado como parte integrante da edificao, para efeito desteCdigo e dos ndices da LUOS, tudo aquilo que ultrapassar os limites previstos neste artigo eno 1.

    Art. 47. Em atendimento ao Cdigo Civil Brasileiro, dever ser observadoque:

    I - nenhuma abertura poder estar voltada para a divisa do lote e dela distarmenos de 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros), exceto divisa com logradouro;

    II - haver previso para passagem de canalizao de guas pluviaisprovenientes de lotes a montante.

    Pargrafo nico. Sero permitidas as seteiras, culos de luz ou aberturas deventilao, desde que no ultrapassem a dimenso de 10 x 20 cm. (dez por vinte centmetros),e no sejam indispensveis s exigncias de ventilao, iluminao e insolao obrigatrias.

    Art. 48. permitida a instalao de toldos com rea de at 2,00m2 /m. (doismetros quadrados por metro) de testada da construo, no sendo necessria a aprovao daAMCP, e obedecidas as seguintes condies:

    I - quando instalado em zonas nas quais no exigido recuo, o toldo devermanter uma altura mnima sobre o passeio de 2,50m. (dois metros e cinqenta centmetros),no avanar alm da metade da largura do mesmo, e ter no mximo 1,20m. (um metro e vintecentmetros);

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    23/57

    23

    II - nas zonas nas quais exigido recuo obrigatrio no ser permitido oavano sobre o passeio.

    Art. 49. Fica permitida a Cobertura Leve sobre Recuo em atividadescomerciais das categorias de uso tipo restaurante, bar, lanchonete, sorveteria, destinadasexclusivamente a ambiente para alocao de pblico usurio no consumo de alimentos, edentro das seguintes condies:

    I - tenham altura mxima de 4,00m. (quatro metros) e no haja possibilidadede circulao ou permanncia de pessoas sobre os mesmos;

    II - as coberturas no despejem guas pluviais, atravs de beiral, sobre opasseio pblico e lote vizinho;

    III - no infrinjam disposies exigidas por lei quanto insolao e aeraodos ambientes existentes;

    IV - permaneam abertas, pelo menos, duas faces da rea coberta, sendo umadelas a voltada para a rua, a qual poder receber vedao fixa macia at 0,90m. (noventacentmetros) de altura, sendo que o restante desse vo s poder receber fechos fixos do tipograde vazada ou fechos inteirios que possam ser recolhidos, destinados unicamente proteo casual contra intempries.

    1 As coberturas de que trata o caput deste artigo sero consideradasedificaes transitrias, e sua autorizao dever ser renovada anualmente.

    2 Na hiptese de desapropriao, o proprietrio no far jus a qualquervalor indenizatrio relativo a esse tipo de edificao.

    3 Os interessados devero protocolizar requerimento na Prefeitura,anexando as respectivas plantas, a fim de obterem a devida autorizao para implantao.

    4 Ser devida, pela instalao da cobertura, uma taxa anual de 15 (quinze)UFMCP por metro quadrado de cobertura.

    Art. 50. Fica permitida a instalao de passadio para acesso a hotis, escolase hospitais, desde a porta de entrada at 0,40m. (quarenta centmetros) da guia do passeio,

    dentro das seguintes condies:I- manter uma altura mnima de 2,50m. (dois metros e cinqenta centmetros)

    em relao ao solo;

    II - ter uma largura mxima de 3,00m. (trs metros);

    III - ter a parte sobre o passeio, apoio, somente se este tiver mais do que3,00m. (trs metros) de largura, sendo o apoio feito por meio de at duas colunas metlicas,

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    24/57

    24

    igualmente distantes do alinhamento, a uma distncia deste de at 0,50m. (cinqentacentmetros) da guia.

    1 As coberturas de que trata o caput deste artigo sero consideradasedificaes transitrias e sua autorizao dever ser renovada anualmente.

    2 Na hiptese de desapropriao, o proprietrio no far jus a qualquervalor indenizatrio relativo a esse tipo de edificao.

    3 Os interessados devero protocolizar requerimento na Prefeitura, com asrespectivas plantas, para obterem a devida autorizao para a implantao.

    4 Ser devida, pela instalao da cobertura, uma taxa anual de 25 (vinte ecinco) UFMCP por metro quadrado de cobertura.

    Art. 51. Fica permitida a Cobertura Leve Retrtil, sendo que, uma vezconstruda sobre recuos, ser considerada, para todos os efeitos deste Cdigo, como CoberturaLeve sobre Recuo, no computada como rea construda.

    Art. 52. A AMCP poder determinar a retirada de qualquer cobertura leve,caso julgue que esta possa causar prejuzo esttica, ao trnsito ou prejudicar outros imveis.

    Art. 53. Respeitados os limites impostos pela LUOS, quanto taxa deocupao, livre a construo de rea de lazer coberta e a cobertura de vagas para automveisnos afastamentos obrigatrios, desde que as coberturas fiquem afastadas pelo menos 3,00m.(trs metros) da construo principal, excetuando-se aqueles que no podero receber este tipode cobertura, conforme disposto nas leis de zoneamento urbano.

    Seo IIDo Arejamento e Insolao da Edificao

    Art. 54. O arejamento da edificao e a insolao de seus compartimentosdevero ser proporcionados por uma das seguintes opes, em razo da volumetriaapresentada:

    I- recuos obrigatrios previstos na LUOS;

    II- reas livres internas do lote;

    III- espaos dos logradouros;

    IV- faixa de arejamento "A";

    V- espao de insolao "I";

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    25/57

    25

    VI- arejamento indireto;

    VII- alternativa que garanta desempenho equivalente ou superior aos mtodosprevistos neste Cdigo.

    Pargrafo nico. As reentrncias em fachadas, com largura igual ou superiora uma vez e meia sua profundidade, sero integradas ao espao lindeiro.

    Art. 55. A volumetria da edificao, que determinar os afastamentosnecessrios ao arejamento e insolao, ser obtida em razo da altura apresentada pelosandares, a partir:

    I - do desnvel - "d", medido em metros, de piso a piso entre pavimentosconsecutivos;

    II - do ndice volumtrico - "v", de cada andar da edificao, cujo valor ser:

    v = 1, se 2,00m. d 3,00m.,v = 1 + 1/3 (d-2), se d 2,00m.,v = 1 + 1/3 (d-3), se d 3,00m.

    III - dos ndices volumtricos "Vp" (parcial) e "Vt" (total) da edificao,determinados pela somatria, parcial ou total, dos ndices "v" dos andares considerados.

    1 Quando se tratar de andar nico ou de cobertura, o desnvel "d" ser o p-direito do andar.

    2 Quando o piso ou o teto for inclinado, o desnvel "d" ser consideradocomo a mdia da altura do andar.

    Art. 56. Os volumes que uma edificao poder apresentar so:

    I- Volume Inferior:o volume cujo ndice volumtrico "Vp" ou "Vt", obtidoa contar do piso do pavimento trreo, no ultrapasse o valor 3 (trs);

    II - Volume Superior: o volume cujo ndice volumtrico "Vp" ou "Vt",obtido a contar do piso do pavimento trreo, ultrapasse o valor 3 (trs).

    Art. 57. Os compartimentos situados no Volume Inferior ou em andaresabaixo do pavimento trreo tero arejamento e insolao naturais proporcionados por:

    I- espaos constitudos pelos recuos obrigatrios previstos na LUOS;

    II - espao livre dos logradouros pblicos, quando a LUOS admitirimplantao de edificao no alinhamento;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    26/57

    26

    III- espaos livres internos aos lotes que possurem rea mnima de 9,00m2(nove metros quadrados), e largura mnima de 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros).

    Art. 58. O Volume Superior de uma edificao dever ser sempre contornadopor uma faixa de arejamento "A", livre de qualquer interferncia, destinada a arejamento daedificao e de seu entorno, independentemente da existncia de aberturas, cuja dimensoser expressa em metros e obtida pela frmula A = 3 + 0,35 (Vt 14), respeitada a dimensomnima de 3,00m. (trs metros).

    1 A faixa "A" no poder ser reduzida ou desatendida quando da aplicaode soluo alternativa de arejamento e insolao.

    2 O coroamento das edificaes, as torres em geral e as chamins, isoladasou no, bem como as caixas dgua isoladas, devero observar as faixas "A", do andar mais

    elevado da edificao.

    3 O disposto neste Captulo no se aplica a fachada voltada para divisa oualinhamento, para a qual haja expressa dispensa, pela LUOS, da observncia de recuo ouafastamento em relao divisa considerada.

    Art. 59. Ser permitido o escalonamento da faixa "A", considerando-se, noclculo parcial, o ndice volumtrico "Vp", obtido a contar do piso do andar trreo at o andarconsiderado, inclusive.

    Pargrafo nico. O tico dever observar, no mnimo, a faixa "A", necessriaao andar mais elevado da edificao.

    Art. 60. A faixa "A" no poder ultrapassar as divisas do lote nem poderinterferir com as faixas "A" de outra edificao do mesmo lote, exceto para edificaes de at5 (cinco) pavimentos ou 15,00m. (quinze metros) de altura.

    1 A distncia entre os blocos de um mesmo lote ou gleba poder ser de 3,00m. (trs metros).

    2 Ser admitido o avano de 20% (vinte por cento) da largura da faixa "A"sobre o logradouro pblico em at 1/3 (um tero) da largura deste, desde que o avano sejaacrescido faixa "A" lindeira face oposta da edificao, caracterizando o deslocamento da

    edificao em direo ao mesmo.Art. 61. Os compartimentos situados no Volume Superior que, em razo da

    classificao citada no Captulo VIII, necessitem de condies privilegiadas de arejamento einsolao naturais, devero ser insolados por um espao "I", livre de qualquer interfernciafronteira s aberturas ou janelas de tais compartimentos.

    Art. 62. O espao "I", cujo valor ser expresso em metros, dever serdimensionado de forma a conter um semicrculo de raio "I", obtido pela frmula I = 3 + 0,70

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    27/57

    27

    (Vt 8), respeitado o raio mnimo de 3,00m. (trs metros), cujo centro dever estar situadoem plano vertical, que contenha, em projeo horizontal, no mnimo um ponto da fachada.

    Pargrafo nico. Ser integrado ao espao "I" o espao contado a partir dolimite do semicrculo que apresente profundidade:

    a) igual ao recuo edificao;b) igual distncia entre a edificao e a faixa "A" de outra edificao do

    mesmo lote.

    Art. 63. Ser permitido o escalonamento do espao "I", considerando-se, nesteclculo parcial, o ndice volumtrico "Vp", obtido a contar do piso do andar mais baixo a serinsolado, independentemente do volume em que se situe, at o andar considerado, inclusive.

    Pargrafo nico. O tico no poder interferir no espao "I" necessrio aoandar mais elevado da edificao.

    Art. 64. O espao "I" no poder ultrapassar as divisas do lote nem poderinterferir com as faixas "A" de outra edificao do mesmo lote.

    Pargrafo nico. Ser admitido avano de 20% (vinte por cento) do raio "I"sobre logradouro pblico em at 1/3 (um tero) da largura deste.

    Art. 65. Os compartimentos que no necessitarem de arejamento e insolaoprivilegiados podero ser arejados por:

    I- poo descoberto;

    II- duto de exausto vertical;

    III- duto de exausto horizontal;

    IV- meios mecnicos.

    Art. 66. O poo descoberto dever ter rea mnima AP, obtida pela frmulaAP = 4 + 0,40 (HP 9), respeitada a rea mnima de 4,00m2 (quatro metros quadrados),onde HP a altura total das paredes dos compartimentos servidos pelo poo, no sendo

    admitido escalonamento, e relao mnima de 2:3 entre os lados.Art. 67. O duto de exausto vertical dever ter:

    I - seo transversal capaz de conter um crculo de 0,40m. (quarentacentmetros) de dimetro;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    28/57

    28

    II - tomada de ar exterior em sua base, diretamente para andar aberto ou porduto horizontal com a mesma rea til do duto vertical, e sada de ar situada, no mnimo,

    1,00m. (um metro) acima da cobertura.

    Art. 68. O duto de exausto horizontal dever ter:

    I - rea mnima de 0,40m2 (quarenta centmetros quadrados), observada adimenso mnima de 0,20m. (vinte centmetros);

    II-comprimento mximo de 5,00m. (cinco metros), quando houver uma nicacomunicao direta com o exterior;

    III - comprimento mximo de 15,00m. (quinze metros), quando possibilitarventilao cruzada pela existncia, em faces opostas, de comunicaes diretas para o exterior.

    Art. 69. Os meios mecnicos devero ser dimensionados de forma a garantirquatro renovaes por hora do volume de ar do compartimento.

    Art. 70. Podero ser propostas solues alternativas visando ao arejamento e insolao da edificao, desde que, respeitada a faixa "A" e comprovado desempenho, nomnimo, similar ao obtido quando atendidas as disposies deste Cdigo.

    Seo IIIDas Obras junto a Represas, Lagos e Cursos dgua em Glebas no Loteadas

    Art. 71. Alm de observarem as diretrizes urbansticas estabelecidas pelaAMCP e as legislaes estadual e federal, as obras junto a represas, lagos, lagoas, rios,crregos, fundos de vale, faixa de escoamento de guas pluviais, galerias ou canalizaes,devero ser aptas a conter inundaes e a permitir o livre escoamento das guas.

    Art. 72. Devero ser observados recuos, de forma a constituir faixa deservido no edificvel, nas seguintes situaes:

    I - para galeria ou canalizao existente, de uma vez e meia a largura dabenfeitoria, observando o mnimo de 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros), a contar deseu eixo, de ambos os lados;

    II - para crregos, em que no haja previso de vias marginais ou faixas depreservao, de 3,00m. (trs metros), no mnimo, de suas margens;

    III- para fundos de vale ou faixa de escoamento de guas pluviais, de 2,00m.(dois metros), no mnimo, a contar do eixo da linha de maior profundidade, em ambos oslados;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    29/57

    29

    IV- para represas, lagos e lagoas, de 15,00m. (quinze metros), no mnimo, desua margem.

    1 Em funo do dimensionamento da bacia hidrogrfica e topografia local,o rgo municipal competente poder fixar recuo superior ao estabelecido neste Cdigo.

    2 O fechamento dos lotes no poder impedir o escoamento das guas nemas operaes de limpeza e manuteno do espao de servido.

    Art. 73. A implantao da obra pretendida poder ser condicionada execuo de benfeitorias indispensveis estabilidade ou saneamento locais.

    Seo IV

    Do Movimento de Terra

    Art. 74. O movimento de terra, quando permitido, dever ser executado comdevido controle tecnolgico, a fim de assegurar a estabilidade, prevenir eroso e garantir asegurana dos imveis e logradouros limtrofes.

    1 O aterro que resultar em altura superior a 9,00m. (nove metros), medidosa partir da conformao original do terreno, ficar condicionado, a partir dessa altura, aafastamento mnimo de 3,00m. (trs metros) no trecho em que ocorrer tal situao.

    2 S ser permitido o movimento de terra vinculado edificao oureforma.

    Seo VDo Imvel atingido por Plano de Melhoramento Pblico

    Art. 75. A implantao de edificao em imvel totalmente atingido por planode melhoramento pblico, e com decretao de utilidade pblica em vigor, ser permitida pelaAMCP, a ttulo precrio, e observado o disposto neste Cdigo e na LUOS, no sendo devidaao proprietrio qualquer indenizao pela benfeitoria ou acesso quando da execuo domelhoramento pblico.

    Art. 76. implantao de edificao em imvel parcialmente atingido porplano de melhoramento pblico aprovado por lei, e sem decretao de utilidade pblica emvigor, aplicam-se as seguintes disposies:

    I - a edificao nova e as novas partes de edificao existente na reforma comaumento de rea devero atender aos recuos mnimos obrigatrios, taxa de ocupao e aocoeficiente de aproveitamento estabelecidos pela LUOS em relao ao lote original;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    30/57

    30

    II - a edificao projetada dever observar solues que garantam, aps aexecuo do plano de melhoramento pblico, o pleno atendimento pela edificao

    remanescente, das disposies previstas na LUOS, em relao ao lote resultante dadesapropriao.

    Pargrafo nico. Observadas as disposies deste artigo, a execuo deedificao na faixa a ser desapropriada de imvel parcialmente atingido por plano demelhoramento pblico em vigor, poder ser permitida pela AMCP, a ttulo precrio, nosendo devida ao proprietrio qualquer indenizao pela benfeitoria ou acesso quando daexecuo do melhoramento pblico.

    Art. 77. A AMCP poder licenciar obra sobre a faixa de viela sanitria ouservido, mediante prvia anuncia da Concessionria de guas e Esgotos.

    CAPTULO VIIDA CIRCULAO E SEGURANA

    Art. 78. As disposies construtivas de todas as edificaes no Municpio deCarmo do Paranaba seguiro as Normas Tcnicas da Associao Brasileira de NormasTcnicas - ABNT e as normas do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais.

    Art. 79. Nas construes com rea construda inferior a 750,00m2 (setecentose cinqenta metros quadrados), e com altura inferior a 12 (doze) metros, exceo a locais dereunio de pblico, as reas de circulao sero classificadas em:

    I - Coletivas: aquelas que servem a mais de uma unidade residencial,comercial ou institucional, e tero largura mnima de 1,20m. (um metro e vinte centmetros);

    II - Privativas: aquelas que servem a uma nica unidade, e tero larguramnima de 0,80m. (oitenta centmetros);

    III-Restritas: aquelas que servem a depsitos ou instalao de equipamento,e tero largura mnima de 0,60m. (sessenta centmetros).

    Art. 80. As edificaes destinadas ao uso pblico, ou privadas no-residenciais, devero garantir plenas condies de acesso e permanncia a pessoas com

    deficincia, segundo normas tcnicas a serem definidas na regulamentao presente.

    CAPTULO VIIIDOS COMPARTIMENTOS

    Seo IDas Dimenses dos Compartimentos

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    31/57

    31

    Art. 81. Os compartimentos e ambientes devem ser posicionados naedificao de forma a proporcionar conforto ambiental, trmico, acstico, e proteo contra a

    umidade, obtidos pelo adeqado dimensionamento do espao e correto emprego dos materiaisdas paredes, cobertura, pavimento e aberturas, bem como das instalaes e equipamentos.

    Art. 82. Os compartimentos das edificaes classificar-se-o em "GRUPOS",em razo da funo a que se destinam, recomendando-se o dimensionamento mnimo e anecessidade de arejamento e insolao naturais, conforme disposto nos artigos seguintes,salvo disposio de carter restritivo constante de legislao prpria.

    Art. 83. Classificar-se-o no "GRUPO A" aqueles destinados a:

    I-repouso, em edificao destinada habitao ou prestao de servios desade e educao;

    II- estar, em edificao destinada habitao;

    III- estudo, em edificao destinada educao.

    1 O dimensionamento dever respeitar os mnimos de 2,50m. (dois metrose cinqenta centmetros) de p-direito e 8,00m2 (oito metros quadrados) de rea, e possibilitara inscrio de um crculo com 2,00m. (dois metros) de dimetro no plano do piso, e, havendomais de um dormitrio, ser permitido a um deles a rea mnima de 6,00m2 (seis metrosquadrados), e havendo dois dormitrios ser permitido um terceiro compartimento com 5,00m2 (cinco metros quadrados).

    2 Quando situados no Volume Superior, esses compartimentos devero serarejados e insolados pelo espao de insolao "I".

    Art. 84. Classificar-se-o no "GRUPO B" aqueles destinados a:

    I- repouso, em edificaes destinadas a servio de hospedagem;

    II-estudo, em edificao destinada prestao de servio de educao at onvel de pr-escola;

    III - trabalho, reunio, espera e prtica de exerccio fsico ou esporte, em

    edificao em geral. 1 O dimensionamento desses compartimentos dever respeitar o mnimo de

    2,50m. (dois metros e cinqenta centmetros) de p-direito e 10,00m2 (dez metros quadrados)de rea, e possibilitar a inscrio de um crculo de 2,50m. (dois metros e cinqentacentmetros) de dimetro.

    2 Quando situados no Volume Superior, esses compartimentos seropreferencialmente arejados e insolados pelo espao de insolao "I".

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    32/57

    32

    Art. 85. Classificar-se-o no "GRUPO C" aqueles destinados a cozinhas,copas, lavanderias e vestirios.

    1 O dimensionamento de cozinhas dever respeitar o mnimo de 2,50m.(dois metros e cinqenta centmetros) de p-direito, e possibilitar a inscrio de um crculo de1,40m. (um metro e quarenta centmetros).

    2 O dimensionamento das copas, lavanderias e vestirios dever respeitar omnimo de 2,50m. (dois metros e cinqenta centmetros) de p-direito, e possibilitar ainscrio de um crculo de 1,20m. (um metro e vinte centmetros).

    3 Quando situados no volume superior, esses compartimentos podero serarejados e insolados pela faixa de arejamento "A".

    4 Nos apartamentos com um compartimento de estar, e dois de repouso,ser admitida a classificao no "GRUPO C" dos demais compartimentos usualmenteclassificados no " GRUPO A".

    Art. 86. Classificar-se-o no "GRUPO D" aqueles destinados a:

    I- instalaes sanitrias;

    II- reas de circulao em geral;

    III- depsitos com rea igual ou inferior a 2,50m2 (dois metros e cinqentadecmetros quadrados);

    IV - qualquer compartimento que, pela natureza da atividade ali exercida,deva dispor de meios mecnicos e artificiais de ventilao e iluminao.

    1 O dimensionamento desses compartimentos dever obedecer ao mnimode 2,30m. (dois metros e trinta centmetros) de p-direito, e possibilitar a inscrio de umcrculo de 0,80m. (oitenta centmetros) de dimetro.

    2 Os compartimentos destinados exclusivamente a abrigar equipamentostero p-direito compatvel com sua funo.

    Art. 87. Os compartimentos destinados a usos no especificados nesta Seodevero obedecer s disposies constantes na legislao municipal, estadual e federal.

    Art. 88. O p-direito de habitaes populares de interesse social poder ser de2,40m. (dois metros e quarenta centmetros).

    Pargrafo nico. Considera-se habitao popular de interesse social aquelaque se enquadre nas seguintes condies:

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    33/57

    33

    a) no possua compartimentos com rea superior a 12,00m2 (doze metrosquadrados);

    b) no total da unidade autnoma, no possua rea til superior a:

    1. 30,00m2 (trinta metros quadrados) para unidade de um dormitrio;2. 45,00m2 (quarenta e cinco metros quadrados) para unidade de dois

    dormitrios;3. 60,00m2 (sessenta metros quadrados) para unidade de trs dormitrios.

    c) no possua elevadores.

    Seo IIDas Instalaes Sanitrias

    Art. 89. A edificao destinada a uso residencial dever dispor de instalaessanitrias nas seguintes quantidades mnimas:

    I- na unidade habitacional, uma bacia, um lavatrio e um chuveiro;

    II- na rea de uso comum de edifcio multifamiliar, uma bacia, um lavatrio eum chuveiro separados por sexo.

    Art. 90. A edificao destinada ao uso no-residencial dever dispor deinstalao sanitria quantificada em razo da populao, em quantidades recomendadas pelasnormas tcnicas aplicveis.

    1 Nesse clculo sero descontadas da rea bruta as reas destinadas prpria instalao sanitria e garagem.

    2 Quando a populao calculada exceder a 20 (vinte) pessoas, haver,necessariamente, instalaes sanitrias separadas por sexo, distribudas em decorrncia daatividade desenvolvida e do tipo de populao predominante.

    3 Nos sanitrios masculinos, 50% (cinqenta por cento) das bacias poderoser substitudas por mictrios.

    4 O percurso real de qualquer ponto de uma edificao, exceto shoppings, auma instalao sanitria, ser no mximo de 50,00m. (cinqenta metros), podendo situar-seem andar contguo ao considerado.

    5 Nos shoppings, os sanitrios devero estar localizados a 50,00m.(cinqenta metros) dos cinemas, teatros e praas de alimentao, tomando-se esta distnciaentre a porta do sanitrio e o ponto mais prximo da sala de teatro, cinema ou da praa dealimentao.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    34/57

    34

    6 No caso de indstrias, as instalaes sanitrias podero estar a maiordistncia, desde que permitido pelas leis trabalhistas.

    7 Ser obrigatria a previso de, no mnimo, uma bacia e um lavatrio juntoa compartimento destinado ao consumo de alimentos, devendo estar situados no mesmopavimento deste.

    8 Sero providas de antecmara ou anteparo as instalaes sanitrias quederem acesso direto a compartimentos destinados ao preparo ou consumo de alimentos.

    9 Quando, em razo da atividade desenvolvida, for prevista a instalao dechuveiros, estes sero calculados na proporo de 01 (um) para cada 20 (vinte) usurios.

    10. Ser obrigatria a previso de instalaes sanitrias para pessoas

    portadoras de deficincia fsica.

    Art. 91. As instalaes sanitrias sero dimensionadas em razo do tipo depeas que contiverem, conforme tabela abaixo.

    1 Junto ao chuveiro ser obrigatria a previso de vestirio, dimensionado razo de 1,20m (um metro e vinte centmetros quadrados) para cada chuveiro, salvo emunidade habitacional.

    2 Os lavatrios e mictrios coletivos dispostos em cocho serodimensionados razo de 0,60m. (sessenta centmetros) por usurio.

    TABELATipo de Pea Dimenso Mnima da

    instalao - largura (m)Dimensionamento rea (m)

    BACIA 0,80 1,00

    LAVATRIO 0,80 0,64

    CHUVEIRO 0,80 0,64

    MICTRIO 0,80 0,64

    BACIA E LAVATRIO 0,80 1,20

    BACIA, LAVATRIO ECHUVEIRO

    0,80 2,00

    BACIA/USO - DEFICIENTEFSICO

    1,40 2,24

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    35/57

    35

    Seo IIIDo Dimensionamento das Aberturas

    Art. 92. As portas e janelas tero sua abertura dimensionada na dependnciada destinao do compartimento a que servirem, e devero proporcionar resistncia ao fogonos casos exigidos.

    Art. 93. Com a finalidade de assegurar a circulao de pessoas portadoras dedeficincia fsica, as portas situadas nas reas comuns de circulao, bem como as de ingresso edificao e s unidades autnomas, tero largura livre mnima de 0,80m. (oitentacentmetros).

    Art. 94. As aberturas para arejamento e insolao dos compartimentosclassificados nos GRUPOS A, B e C", podero estar ou no em plano vertical, e devero

    ter dimenses proporcionais rea do compartimento de, no mnimo, 10% (dez por cento)para insolao e 5% (cinco por cento) para arejamento, observada a dimenso mnima de0,60m2 (sessenta centmetros quadrados).

    1 Quando o arejamento e a insolao dos compartimentos forem feitosatravs de outro compartimento, o dimensionamento da abertura voltada para o exterior serproporcional somatria das reas dos dois compartimentos.

    2 As propores das aberturas podero ser reduzidas quando se tratar deabertura zenital ou quando garantida ventilao cruzada do compartimento.

    3 Metade da abertura, no mnimo, dever estar contida no espao destinadoa proporcionar arejamento e insolao do compartimento.

    Art. 95. Quando o arejamento dos compartimentos classificados no GRUPOD" for feito atravs de aberturas, estas devero ter, no mnimo, 5% (cinco por cento) da reado compartimento.

    Art. 96. As aberturas dos compartimentos classificados nos GRUPOS B eC" podero ser reduzidas, desde que garantido o desempenho no mnimo similar ao exigidopela adoo de meios mecnicos e artificiais de ventilao e iluminao.

    CAPTULO IXDA CIRCULAO E ESTACIONAMENTO DE VECULOS

    Seo IDas Caladas, Passeios, Guias e Sarjetas

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    36/57

    36

    Art. 97. Os responsveis por imveis edificados ou no, lindeiros alogradouro pblico, dotados de guias, sarjetas e pavimentos, so obrigados a pavimentar os

    respectivos passeios na extenso correspondente sua testada.

    1 Tambm so obrigados a pavimentar os passeios os proprietrios de lotesvagos em ruas com guias e sarjetas, quando a quadra em que se encontrem esteja com 50%(cinqenta por cento) dos lotes construdos.

    2 No ser concedido Certificado de Concluso de Obra quando, existindoguias e sarjetas, no estiver concluda a pavimentao do passeio.

    3 Considerar-se-o responsveis pelas obras e servios previstos no caputdeste artigo:

    I - o proprietrio, titular do domnio til ou da nua propriedade, ou possuidordo imvel, a qualquer ttulo;

    II - a Unio, o Estado, o Municpio e entidades da administrao indireta,inclusive autarquias, em prprios de seu domnio, posse, guarda ou administrao;

    III - as concessionrias de servios pblicos ou de utilidade pblica e asentidades a elas equiparadas, em prprios de seu domnio, posse, guarda ou administrao.

    Art. 98. Os passeios no sentido longitudinal devero ser contnuos e mantidosem perfeito estado de conservao, para que os pedestres transitem com segurana e conforto,resguardados tambm os aspectos estticos e harmnicos dos passeios.

    Pargrafo nico. Considerar-se- como inexistente o passeio quando:

    a) construdo ou reconstrudo em desacordo com as especificaes tcnicas ouas disposies deste Cdigo, exceto aqueles realizados de acordo com a legislao vigente ata publicao deste Cdigo;

    b) a rea mal conservada exceder a 20% (vinte por cento) de sua rea total.

    Art. 99. Os passeios devero ser construdos, reconstrudos ou reparados,pelos responsveis pelo imvel, com materiais resistentes e duradouros, e no podero tersuperfcies escorregadias.

    1 Quando realizados em concreto devero possuir espessura de 0,07m. (setecentmetros) e resistncia mnima compresso de 23 (vinte e trs) MCK, sobre lastro deconcreto com resistncia de 10 (dez) MCK.

    2 Outros materiais podero ser autorizados pela AMCP, em funo daevoluo da tcnica e dos costumes.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    37/57

    37

    Art. 100. Na construo ou reconstruo dos passeios dever ser observado oseguinte:

    I- os passeios no sentido longitudinal devero ser contnuos, sem mudana dedeclividade que dificulte o trnsito seguro de pedestres;

    II- ter declividade transversal entre 2 e 3% (dois e trs por cento);

    III- no caso de ruas com declividade longitudinal de at 10% (dez por cento),a acomodao do passeio junto aos acessos de veculos dever ser feita de modo a preservarpelo menos 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros) de passeio, com no mximo4% (quatro por cento) de declividade transversal, livres de postes, rvores ou outroselementos que possam impedir o livre trnsito de portadores de deficincia de qualquernatureza;

    IV - no caso de ruas com declividade longitudinal superior a 10% (dez porcento), ser permitido o uso de patamares no lado interno das curvas, e dever ser previstauma faixa de trnsito contnua no lado externo de, no mnimo, 1,50m. (um metro e cinqentacentmetros), totalmente desobstruda;

    V - nos bairros permitido o ajardinamento dos passeios, desde que sejapreservada uma largura contnua, longitudinal e livre de postes, rvores e placas indicativas,de no mnimo 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros), seguindo a NBR 9050/94, sendoque a AMCP poder, em funo do trnsito de pedestres, estabelecer reas nas quaisno ser permitido o ajardinamento;

    VI- os proprietrios dos imveis com passeios ajardinados sero obrigados amant-los conservados;

    VII- as canalizaes para escoamento de guas pluviais devero passar sob ospasseios, sendo vedado o despejo de guas pluviais sobre o passeio;

    VIII- nos demais casos, o desnvel entre o passeio e o terreno lindeiro deverser feito no interior do imvel;

    IX - no alinhamento do logradouro com o lote, a declividade da caladadever ser igual declividade no eixo longitudinal na via, sendo que a concordncia do

    desnvel entre o passeio e o lote dever ser feita no interior do mesmo. 1 A AMCP poder determinar modificaes nos jardins dos passeios sempre

    que julgar que est havendo prejuzo para o trnsito de pedestres.

    2 O plantio, por particulares, de rvores de grande porte nos passeios,depende de autorizao da AMCP.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    38/57

    38

    Art. 101. O trecho rebaixado das guias poder estender-se longitudinalmenteat 1,00m. (um metro), alm da largura da abertura, e de cada lado desta, desde que o

    rebaixamento resultante fique inteiramente dentro do trecho do passeio em frente ao imvel eobedea tambm s condies de conforto, higiene e salubridade de que trata este Cdigo.

    Art. 102. Nos condomnios ou vilas, os passeios das vias internas podero terguias de altura inferior a 0,15m. (quinze centmetros), de modo a no ser necessrio orebaixamento ou que este possa ser mais suave, devendo o projetista demonstrar que o sistemade guas pluviais ser feito de tal modo a no permitir o avano de gua de chuva sobre osmesmos.

    Art. 103. A utilizao do passeio pblico, para colocao de tapume de obra,somente ser permitida se disponibilizada uma passagem livre para a circulao de pedestresde 1,50m. (um metro e cinqenta centmetros), livre de quaisquer embaraos.

    Pargrafo nico. A utilizao do passeio de maneira diferente da estabelecidano caputdeste artigo ser permitida mediante apresentao de projeto e pagamento do preopblico, na forma estabelecida na legislao prpria.

    Art. 104. Os passeios podero ter mudana de direo na parte estritamentecorrespondente s aberturas de acesso para espao destinado a baias para carga e descarga epara embarque e desembarque que atendam a txi, ao transporte coletivo e ao transportefretado, por meio de guias e acessos que concordem horizontalmente, em curva de raiomnimo adeqado com as do logradouro, possibilitando o prosseguimento do pavimento davia pblica at o interior do lote, e desde que a concordncia fique inteiramente dentro dotrecho fronteiro ao imvel objeto do espao para tal fim, sendo respeitada a largura dacalada.

    Art. 105. Os passeios devero ser mantidos em perfeito estado deconservao.

    Pargrafo nico. Os proprietrios dos imveis cujos passeios estejam comqualquer tipo de defeito sero intimados a repar-los, no prazo de 30 (trinta) dias e, nocumprida a intimao, estaro sujeitos multa de 50 UFMCP a cada 30 dias dedesobedincia.

    Art. 106. A notificao de que trata este Cdigo ser dirigida, pessoalmente,

    ao responsvel ou seu representante legal, podendo efetivar-se ainda por via postal, com avisode recebimento, no endereo constante no Cadastro Imobilirio Fiscal.

    Pargrafo nico. A notificao pessoal, ou postal com aviso de recebimento,ser concomitante publicao do edital no Dirio Oficial do Municpio.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    39/57

    39

    Art. 107. Fica o responsvel pelo imvel obrigado a comunicar aodepartamento competente da Administrao Municipal o trmino dos reparos, indicando o

    nmero da notificao e do contribuinte.

    Art. 108. Compete municipalidade a definio da localizao de mobiliriourbano nos passeios, praas, canteiros centrais de vias pblicas e demais logradourospblicos.

    Pargrafo nico. Consideram-se como mobilirio urbano, para efeito desteartigo, os equipamentos que sirvam de suporte ao estar e circular nos espaos pblicos, sejamvias ou praas, tais como suportes de iluminao e de rede eltrica, telefones pblicos,lixeiras, postes de sinalizao vertical e de semforos, grade de separao, bancos, abrigos deembarque e desembarque, floreiras, gradis de publicidade e informao, banca de jornal, deflores ou frutas e quiosques.

    Seo IIDos Tipos de Estacionamento

    Art. 109. Os estacionamentos tero seus espaos para acesso, circulao eguarda de veculos, projetados, dimensionados e executados, livres de qualquer interfernciaestrutural ou fsica que possa reduzi-los, eximindo-se a AMCP pela viabilidade de circulaoe manobra dos veculos, e podero ser dos seguintes tipos:

    I- Privativo:de utilizao exclusiva da populao permanente da edificao;

    II- Coletivo: aberto ao uso pblico;

    III- Comercial: aberto ao uso pblico mediante remunerao.

    Art. 110. Os espaos para acesso, circulao e guarda de caminhes e nibussero dimensionados em razo do tipo e porte dos veculos que os utilizaro.

    Art. 111. Em reas de estacionamento com mais de 100 (cem) vagas, acirculao de pedestres dever ser em espao segregado da circulao de veculosmotorizados.

    Seo IIIDos Acessos

    Art. 112. Os acessos aos estacionamentos classificam-se em:

    I- acesso simples para veculos, quando possibilita um nico fluxo;

    II- acesso duplo para veculos, quando possibilita dois fluxos simultneos;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    40/57

    40

    III- acesso para pedestres.

    1 O acesso de veculos ao imvel compreende espao situado entre a guia eo alinhamento do logradouro.

    2 Os acessos de veculos e pedestres devem ser independentes.

    Art. 113. Os acessos de veculos aos imveis no podero ser feitosdiretamente nas esquinas, devendo-se respeitar um afastamento mnimo, do ponto deinterseco dos alinhamentos das guias das duas vias confluentes, conforme as seguintescondies:

    I- quando t 6,00m. A = 6,00 m.;

    II- quando t 6,00m. A = t, sendo "A" a distncia entre o ponto de interseodos alinhamentos das guias (PI) e o incio do acesso, "t" o comprimento da tangente entre o PIe o incio ou fim da curva;

    III- quando da aplicao do inciso II resultar "A" fora dos limites do terreno,o acesso ser feito junto s divisas do terreno dos lados opostos esquina.

    Pargrafo nico. Quando o raio de curvatura da guia for superior a 30,00m.(trinta metros), no ser considerada a esquina.

    Art. 114. Quando um acesso tornar-se perigoso ou estiver prejudicando ofluxo de pedestres ou de veculos na via pblica, a AMCP poder determinar modificaespara adeq-lo melhor nova situao.

    Art. 115. Os acessos devero, ainda, respeitar as seguintes condies:

    I - quando a capacidade do estacionamento for superior a 100 (cem) veculos,ou quando o acesso se destinar a caminhes e nibus, o pavimento da pista de rolamento dologradouro poder prosseguir at o interior do lote;

    II - a acomodao do acesso entre o perfil do logradouro e os espaos decirculao e estacionamento ser feita exclusivamente dentro do imvel, de modo a no criardegraus ou desnveis abruptos na calada;

    III - a abertura do acesso para veculos de passeio dever ter largura mnimade 3,00m. (trs metros) para um sentido de trnsito e 6,00m. (seis metros) para dois sentidos,sendo que a abertura do acesso para veculos comerciais, caminhes, nibus e utilitrios, alargura mnima dever ser de 3,50m. (trs metros e cinqenta centmetros) para acessosimples e 7,00m. (sete metros) para acesso duplo;

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    41/57

    41

    IV - no caso de veculos, caminhes, nibus e utilitrios, a largura mnimadever ser de 3,50m. (trs metros e cinqenta centmetros) para cada sentido de trnsito, e a

    mxima de 12,00m. (doze metros);

    V - no caso de acesso duplo, as aberturas para entrada e sada devero serseparadas por meio ou por sinalizao, sendo permitida a entrada e sada por ruas distintas;

    VI - no caso de estacionamento privativo com capacidade de at 60 (sessenta)veculos, e comercial com capacidade de at 30 (trinta) veculos, a entrada poder ser feita porum nico acesso simples;

    VII - os acessos devero cruzar o alinhamento em direo perpendicular a este;

    VIII - o acesso dever ter guias rebaixadas, e a concordncia vertical de nvel

    dever ser feita por meio de rampas avanando transversalmente at um tero da largura dopasseio, respeitados o mnimo de 0,50m. (cinqenta centmetros) e o mximo de 1,00m. (ummetro);

    IX - as vagas de carga e descarga, assim como as de embarque e desembarque,podero ser colocadas sobre as faixas de recuo obrigatrio;

    X - visando segurana dos pedestres, a sada de veculo do imvel deverreceber sinalizao de alerta.

    Seo IVDas Rampas

    Art. 116. Para veculos de passeio e utilitrios, as rampas devero apresentar:

    I- declividade mxima de 20% (vinte por cento) nos trechos retos e na parteinterna mais desfavorvel nos trechos em curva;

    II - a sobre-elevao da parte externa ou declividade transversal no poderser superior a 5% (cinco por cento);

    III - quando para acesso a nvel inferior, incio da curva vertical de

    concordncia do perfil transversal do passeio com a rampa de acesso, iniciando 2,00m. (doismetros) afastado do alinhamento para o interior do imvel e quando para acesso a nvelsuperior, fica dispensado este afastamento;

    IV- raio de curva vertical igual ou maior a 12,00m. (doze metros).

    1 Dever o projetista apresentar um corte longitudinal pelo eixo da rampa,demonstrando a sua viabilidade.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    42/57

    42

    2 A demonstrao ser dispensada se forem obedecidas as relaes abaixo:

    a) para acesso a nvel inferior: relao entre a distncia do alinhamento aoponto mais desfavorvel por onde dever passar o veculo e a diferena de nvel entre a cotainferior da laje e a cota da guia, para o caso de acesso ao nvel inferior.

    b) para acesso a nvel superior: relao entre a distncia do alinhamento dopiso sobre o qual o veculo ir estacionar.

    3 Para fins desta Seo, consideram-se:

    a) DI: a distncia horizontal entre o alinhamento do terreno e o ponto maisbaixo da estrutura do edifcio, sob a qual ir passar o veculo;

    b) CI: a diferena de nvel entre a cota da guia no prolongamento do eixolongitudinal da rampa para o nvel inferior e a cota do ponto mais baixo da estrutura do

    edifcio, sob a qual ir passar o veculo;c) DS: a distncia horizontal entre o alinhamento do terreno e o final da

    rampa para o nvel superior;d) CS: a diferena de nvel entre a cota da guia no prolongamento do eixo

    longitudinal da rampa e a cota do piso da garagem inferior;e) D: a diferena de nvel entre as cotas da guia nos prolongamentos dos eixos

    longitudinais das rampas de acesso inferior e superior.

    4 No caso de DI=DS, a diferena de nvel entre as cotas da guia noprolongamento do eixo longitudinal das entradas ser igual a D, para uma altura deestrutura no ponto crtico de 0,15m. (quinze centmetros) e, caso a estrutura tenha uma alturasuperior a 0,15m. (quinze centmetros), a diferena de nvel dever ser acrescida na mesmaproporo.

    5 A tabela a seguir apresenta o disposto na presente Seo:

    RAMPAS DE ACESSODI = DS CI CS D

    2,00 2,16 0,20 2,11

    2,50 2,15 0,27 2,03

    3,00 2,12 0,36 1,91

    3,50 2,06 0,45 1,764,00 1,98 0,55 1,58

    5,00 1,78 0,75 1,18

    6,00 1,58 0,95 0,78

    7,00 1,30 1,15 0,38

    8,00 1,10 1,35 -0,02

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    43/57

    43

    9,00 0,90 1,55 -0,42

    10,00 0,70 1,75 -0,82

    Art. 117. Para caminhes e nibus, as rampas devero apresentar:

    I- declividade mxima de 12% (doze por cento) nos trechos retos e na parteinterna mais desfavorvel nos trechos em curva;

    II- a sobre-elevao da parte externa ou declividades transversais no poderser superior a 2% (dois por cento);

    III- o incio da curva vertical de concordncia do perfil transversal do passeiocom a rampa de acesso dever ter incio 5,00m. (cinco metros) afastado do alinhamento para ointerior do imvel.

    Art. 118. Os edifcios pblicos e os estabelecimentos privados, comoshoppingscom mais de 5.000,00m2 (cinco mil metros quadrados) de rea construda, salas decinema, clnicas, escolas, supermercados, com mais de 1.000,00m2 (mil metros quadrados)por pavimento, devero dispor de rampa ou elevadores para deficientes fsicos.

    Seo VDas Vagas, Espao de Manobra e Circulao

    Art. 119. Os espaos de manobra e estacionamento de automveis seroprojetados de forma que essas operaes no sejam executadas nos espaos dos logradourospblicos.

    Art. 120. Os estacionamentos coletivos e comerciais devero ter rea deacumulao, acomodao e manobra dimensionada, de forma a comportar, no mnimo, 3%(trs por cento) de sua capacidade.

    1 Essa porcentagem poder ser inferior, desde que comprovado que a reade acumulao possua capacidade de absorver 90% (noventa por cento) da fila provvel nahora de pico.

    2 No clculo da rea de acumulao, acomodao e manobra, podero serconsideradas as rampas e faixas de acesso s vagas de estacionamento, desde que possuam alargura mnima de 6,00m. (seis metros) para sentido duplo.

    3 Quando se tratar de estacionamento com acesso controlado, o espao deacumulao dever estar situado entre o alinhamento do logradouro e o local de controle.

  • 7/24/2019 Lei Codigo Obras

    44/57

    44

    Art. 121. As faixas de circulao de automveis devero apresentar larguramnima, para cada sentido de trfego, de 2,75m. (dois metros e setenta e cinco centmetros), e

    altura livre de 2,10m. (dois metros e dez centmetros).

    Pargrafo nico. Ser permitida uma nica faixa de circulao, quando esta sedestinar, no mximo, ao trnsito de 60 (sessenta) veculos em estacionamentos privativos e 30(trinta) veculos em estacionamentos coletivos e comerciais.

    Art. 122. As faixas de circulao em curva tero largura e raio interno decurvatura adeqados circulao de veculos de passeio.

    Art. 123. Os espaos de manobra e acesso sero dimensionados em funo dongulo formado pelo comprimento da vaga e a faixa de acesso, respeitadas as dimensesmnimas, conforme a seguinte tabela:

    TABELATIPO DE VECULO NGULO (EM GRAUS)

    0 a 45 46 a 90

    PEQUENO 2,75 m 4,50 m

    MDIO 3,00 m 5,00 m

    GRANDE 3,30 m 5,50 m

    UTILITRIO 3,60 m 6,00 m

    CARRO FORTE 7,50 m 11,50 m

    CAMINHES 11,50 m 16,50 m

    NIBUS 11,50 m 16,50 m

    Art. 124. As vagas de estacionamento sero dimensionadas conforme a Tabelaprevista no art. 123 desta Lei, em funo do tipo d