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Pós-Graduação em Direito Público Disciplina: Direito Administrativo LEITURA COMPLEMENTAR – AULA 2

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Pós-Graduação em Direito Público

Disciplina: Direito Administrativo

LEITURA COMPLEMENTAR – AULA 2

LEITURA OBRIGATÓRIA – AULA 1

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Recurso em Mandado de Segurança nº 22.450 – RS

Servidora pública – Permanência no cargo e aquisição de estabilidade – Ausência de aprovação em estágio probatório – Exigência concomitante de lapso temporal e aprovação em estágio probatório – Fato punido em sindicância utilizado como fa-tor desabonador na avaliação de estágio probatório – Possibilidade.

Superior Tribunal de Justiça

EMENTA

Administrativo. Processual Civil. Suposta afronta ao art. 462 do Código de Pro-cesso Civil. Servidora pública estadual. Permanência no cargo e aquisição auto-mática da estabilidade. Ausência de aprovação em estágio probatório. Ofensa ao direito adquirido. Não ocorrência. Exigência concomitante de lapso temporal e aprovação em estágio probatório. Inteligência do art. 41 da Carta Magna de 1988. Ofensa ao princípio do non bis in idem. Fato punido em sindicância utili-zado como fator desabonador na avaliação de estágio probatório. Possibilidade. Reprovação em estágio probatório baseada em situações pontuais. Obrigatorie-dade de ponderação global dos períodos de estágio probatório. Ofensa aos prin-cípios da razoabilidade e proporcionalidade. Ocorrência.

1. A aquisição da estabilidade no serviço público somente ocorre após o implemen-to, cumulativo, de dois requisitos: (i) o transcurso de 3 (três) anos no cargo preten-dido e (ii) a aprovação na avaliação de estágio probatório.

2. A utilização de fato ocorrido durante o estágio probatório para caracterizar con-duta desabonadora, mesmo que já punido em anterior sindicância, não caracteriza ofensa ao princípio do non bis in idem, por trata-se de verificação da satisfação dos requisitos necessários ao desempenho satisfatório no cargo público e não de puni-ção.

3. Esta Corte Superior de Justiça, bem como o Supremo Tribunal Federal, têm ad-mitido a possibilidade de o Poder Judiciário apreciar, excepcionalmente, a razoabi-lidade e a proporcionalidade do ato praticado pela Administração.

4. Considerando as peculiaridades do caso dos autos, é perfeitamente compatível com os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade a determinação de que seja ponderado o desempenho global da servidora para, assim, permitir a aprovação no estágio probatório.

5. Recurso ordinário conhecido e provido.

Recurso em Mandado de Segurança nº 22.450 - RS (2006/0169832-5) – 5ª Turma – Recorrente: Rosa Maria Haas – Adv.: Thales Nilo Trein – Impetrado: Procurador Ge-ral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul – Recorrido: Estado do Rio Grande do Sul – Proc.: Elisa Helena Ferrari Nedel e Outro(s) – Relatora: Minª. Laurita Vaz – DJE nº 711, div. 10.12.2010, pub. 13.12.2010

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ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráfi-cas a seguir, por unanimidade, dar provimento ao recurso, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Honildo Amaral de Mello Castro (Desembargador convocado do TJ/AP) votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Gilson Dipp.

Brasília (DF), 25 de novembro de 2010 (Data do Julgamento)

MINISTRA LAURITA VAZ

Relatora

RELATÓRIO

A EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ:

Trata-se de recurso ordinário em mandado de segurança interposto por ROSA MARIA HAAS com fundamento no art. 105, inciso II, alínea b do permissivo constitucional, contra acórdão proferido pelo próprio Tribunal daquela unidade federativa que de-negou o writ.

O acórdão restou ementado nos seguintes termos, in verbis:

“SERVIDOR PÚBLICO. ESTÁGIO PROBATÓRIO. EXONERAÇÃO. MANUTENÇÃO DA DECI-SÃO ADMINISTRATIVA. ARGUMENTO DE DUPLA PUNIÇÃO QUE NÃO SE MATERIALIZOU.

O procedimento administrativo tendente a proceder a avaliação funcional da impe-trante foi regularmente instaurado, no qual foi possibilitada a ampla defesa e o contraditório. A defesa, inclusive, foi apresentada com auxílio de advogado. Inexis-tência de afronta ao princípio constitucional contido no art. 5º, LV, CF-88, desca-racterizando qualquer alegação em sentido de acolher o pretendido desvio de fina-lidade na base do ato administrativo. Constatação da proporcionalidade entre o fato administrativo e a respectiva solução a que chegou o Poder Público, ou seja, de não confirmá-la no cargo em que estava em estágio probatório por insuficiência de desempenho globalmente considerada. Alegação de vícios por parte da Comissão Processante não configurados. Ausência de ilegalidade.

SEGURANÇA DENEGADA. “ (fl. 948)

Nas razões do recurso ordinário, a Recorrente aponta violação art. 41, § 4º, da Constituição Federal, aduzindo contrariedade ao princípio da Segurança Jurídica, porquanto ultrapassado o prazo de 3 (três) anos do estágio probatório, a avalianda adquire o direito de “estabilidade no cargo”, a despeito de existir correntes doutri-nárias contrárias à tese, que foram adotadas pelo acórdão recorrido.

Acrescenta, ainda quanto a esse ponto, que as leis, regulamentos e provimentos locais da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul dão emba-samento normativo à aquisição automática da estabilidade após os 3 (três) anos de estágio probatório, em especial a Portaria 95/2000, Provimento nº 14/2000 e Lei

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Estadual nº 13.349/1999.

Sustenta vulnerado o art. 462 do Código de Processo Civil, ao fundamento de que, por analogia, o dispositivo mencionado conferiria a Recorrente o direito de perma-necer no cargo de Assessor Jurídico ante a “inércia desmedida da Administração. “ (fl. 970)

Pontua que há mais de 5 (cinco) anos permanece no exercício regular do cargo.

Assevera violação aos princípios do “non bis in idem” e da isonomia, conforme a Súmula nº 19 da Suprema Corte, ao fundamento de que a servidora já havia sido punida pela sua conduta nos termos de sindicância, consoante os arts. 177, inciso III, da Lei Complementar Estadual nº 10.098/94, em 31/10/2003. (fl. 972)

Aponta que, à época da punição em sindicância, já existia a possibilidade de “avali-ação especial” com o intuito de impor a exoneração da servidora pelo órgão, nos termos do art. 7º, §1º, do Provimento nº 14/2000, e que nenhuma atitude foi levada a efeito. Esse contexto, segundo a Recorrente, militaria em seu favor no sentido de que sua conduta não seria grave a ponto de ocasionar a inabilitação em estágio probatório.

Na mesma linha, assenta que em caso semelhante, registrado na Ata nº 12/2004 da Procuradoria Geral de Justiça Estadual, o órgão opinou pela manutenção da Asses-sora no cargo, requerendo, assim, igual tratamento.

Entende por malferido o princípio da razoabilidade, sob o argumento de que a Co-missão de Avaliação de Estágio Probatório não poderia se utilizar de conduta prati-cada pela servidora, já apurada e punida em anterior sindicância, como fator nega-tivo na avaliação de desempenho.

Por fim, defende que “[...] ainda que fosse considerado por Vossas Excelências in-satisfatório e deficiente o período de estágio probatório cumprido na Promotoria de Justiça Novo Hamburgo (apenas 1 semestre), a recorrente teria todo o mérito para ser confirmada na carreira, fruto do que ocorreu nos outros 5 (cinco) semes-tres, ou seja, fica patenteada a iniqüidade atroz de que foi vítima.” (fl. 981)

Admitido o recurso ordinário na origem (fl. 982) e apresentadas as contrarrazões (fls. 986/994), subiram os autos a esta Corte.

Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal opinou pelo desprovimento do presente recurso ordinário. (fls. 1009/1013).

É o relatório.

VOTO

A EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ (RELATORA):

A controvérsia diz respeito ao processo administrativo de estágio probatório da Re-corrente, servidora do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, ocupante do cargo de Assessor Área do Direito, Classe ‘R’, referente ao período de 02 de abril de 2001 a 01 de abril de 2004.

Acatando os termos do parecer da Comissão de Avaliação de Desempenho do Minis-tério Público do Estado do Rio Grande do Sul – o qual opinava pela existência de desempenho insatisfatório da ora Recorrida –, o Procurador-Geral de Justiça do Es-tado do Rio Grande do Sul determinou a exoneração da servidora.

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Irresignada, a Impetrante ajuizou o presente writ of mandamus , o qual teve a se-gurança denegada, aos argumentos de que o processo administrativo observou as exigências do contraditório e da ampla defesa e de que o ato de exoneração obser-vou o princípio da proporcionalidade, sendo punição adequada a ser aplicada frente às condutas perpetradas pela servidora.

Daí a interposição do presente recurso ordinário.

Feita essa breve resenha fática dos autos, passo à análise das questões postas no apelo.

Inicialmente, cumpre destacar que a Constituição Federal impõe, como requisito necessário à aquisição da estabilidade pelo servidor público, a aprovação em está-gio probatório, nos seguintes termos, in verbis:

“Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

[...]

§ 4.º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avalia-ção especial de desempenho por comissão instituída para essa finalida-de. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)” (grifei)

Da mesma forma, de acordo com o provimento n.º 14/2000 da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o estágio probatório dos servidores esta-duais do Ministério Público Estadual terá duração de 03 (três) anos, senão veja-mos,litteris:

“Art. 1º – O estágio probatório terá duração de 03 (três) anos para os servidores ingressantes no Quadro de Pessoal de Provimento Efetivo da Procuradoria-Geral de Justiça, no âmbito do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, a partir de 04 de junho de 1998.

Parágrafo Único – O desempenho do servidor, durante o estágio probatório, estará sob análise semestral da sua Chefia Imediata, no período máximo de até 36 (trinta e seis) meses, na forma deste Provimento.

Art. 2º – A avaliação especial de desempenho dos servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, no Quadro de Pessoal da Procuradoria-Geral de Justiça, no âmbito do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, a que se refere o art. 6º da Emenda Constitucional Federal nº 19, que alterou a redação do art. 41 da Constituição Federal, será efetuada pela Co-missão de Avaliação de Estágio Probatório, instituída para esta finalidade. (Reda-ção alterada pelo Provimento nº 24/2005.)"

Como se vê, a aquisição da estabilidade no serviço público somente ocorre após o implemento, cumulativo, de dois requisitos: (i) o transcurso de 3 (três) anos no car-go pretendido; e (ii) a aprovação na avaliação de estágio probatório.

Portanto, seja por expressa previsão constitucional, seja por previsão normativa estadual, o implemento de ambas as condições para continuidade no cargo afasta a tese de ofensa ao princípio da segurança jurídica, inserta no art. 41 da Carta Políti-ca de 1988 e no art. 462 do Codex Processual, por não haver direito adquirido ou situação estabilizada contra a própria Constituição Federal.

A propósito, confiram-se os seguintes julgados que,mutatis mutandis, abalizam ra-

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ciocínio semelhante,litteris:

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO. REPROVAÇÃO EM ES-TÁGIO PROBATÓRIO. ASSÉDIO MORAL PROFISSIONAL. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. AVALIAÇÃO PELO CHEFE IMEDIATO. AUSÊNCIA DE PEDIDO DE REVISÃO PARA A COMISSÃO DE AVALIAÇÃO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE. DESCABIMENTO. ATO DE EXONERAÇÃO APÓS MAIS DE TRÊS ANOS DE EFE-TIVO EXERCÍCIO. ILEGALIDADE. NÃO OCORRÊNCIA.

1. O Recorrente não comprova, por meio de prova documental pré-constituída, a existência de qualquer fato ou conduta dos Impetrados capaz de configurar sua alegação. Nessa linha, sendo vedada a dilação probatória na via do mandado de segurança, inexiste direito líquido e certo à anulação de sua avaliação por “assédio moral profissional”.

2. A avaliação de desempenho deve ser realizada pela chefia imediata do servidor, pois é esta a autoridade que acompanha diretamente as suas atividades. Preceden-te.

3. Não há violação ao art. 41, § 4º, da Constituição Federal quando a Comissão de Avaliação funciona como órgão revisor das avaliações efetuadas pela chefia imedi-ata do servidor e como órgão emissor do parecer final do estágio probatório.

4. Se as avaliações do estágio probatório são concluídas nos primeiros três anos de efetivo exercício, não se mostra ilegal a exoneração do servidor públi-co após esse triênio, uma vez que o ato de exoneração, nessa hipótese, tem natureza declaratória. Precedentes. 5. Recurso ordinário desprovido. “ (RMS 23.504/RO, 5.ª Turma, Rel.ª Min.ª LAURITA VAZ, DJe 02/08/2010; sem grifos no original.)

“RMS – CONSTITUCIONAL – ADMINISTRATIVO – TRANSFERÊNCIA DE CARGO PÚBLICO APÓS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO – INE-XISTÊNCIA DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO INVOCADO – PRECEDENTES.

1. Com o advento da Carta Política de 1988, a conquista da estabilidade deve ser precedida de necessária aprovação em concurso público, ratificada pela aprovação em estágio probatório. Inexistindo os dois requisitos, trata-se de forma precária de ingresso no serviço público podendo o ato de nomeação ser desconstituído, a qualquer tempo.

2. Despicienda a invocação da transferência de cargo haver se realizado a mais de cinco anos, pois a alegação está dissociada da norma inserta no art. 37, II, da CF/88. Inexiste, assim, o direito líquido e certo invocado. Precedentes (ADIN nº 231-STF e RMS 2.607-DF, RMS nº 5.434-PI, RMS nº 4.544-PB, todos do STJ).

3. Recurso desprovido. “ (RMS 6.314/PB, 5.ª Turma, Rel. Min. GILSON DIPP, DJ de 21/02/2000; sem grifos no original.)

Doutra banda, quanto à suposta ofensa ao princípio do non bis in idem, consubstanciada na tese de que o fato apurado na sindicância não poderia ser utilizado como fator desabonador na avaliação de estágio probatório, cabe asseve-rar que o posicionamento do Tribunal local está em perfeita consonância com a jurisprudência desta Corte, segundo a qual eventual reprovação no estágio probató-rio não possui caráter de penalidade administrativa mas, ao contrário, trata-se de verificação do cumprimento quanto aos requisitos necessários ao desempenho satis-

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fatório no cargo público.

Nesse sentido:

“RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. VITALICIAMENTO. IMPUGNAÇÃO. AFASTAMENTO DAS SUAS ATI-VIDADES. LEGALIDADE. ALEGAÇÃO DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO DOS MEMBROS DO CONSELHO SUPERIOR. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA.

I- Não cabe, na estreita via do mandamus, aferir sobre a suspeição ou impedimento de membros de comissão julgadora de processo administrativo, tendo em vista a necessidade de dilação probatória.

II- a Lei Federal n.º 8.625/93, que dispõe sobre normas gerais para a organização do Ministério Públicos dos Estados, cuja observância pelos Estados é obrigatória (art. 80), impõe que a impugnação ao vitaliciamento de membro do Ministério Pú-blico se dê no prazo de dois anos, não estabelecendo qualquer outro requisito de natureza temporal para a instauração do procedimento de impugnação.

III- Em se tratando de impugnação ao vitaliciamento de membro do Ministério Pú-blico, a norma do art. 60 da Lei Federal nº 8.625/93 impõe o afastamento compul-sório do membro do Ministério Público até decisão final sobre a sua permanência ou não, inadmitindo-se qualquer discricionariedade quanto à permanência ou não no cargo.

IV - A decisão administrativa que conclui pela não-permanência do membro do Ministério Público, por não satisfeitos os requisitos do estágio probatório, não constitui penalidade administrativa, mas tão-somente um exame sobre a apti-dão ou eficiência para o exercício das funções, o qual se exige seja devidamen-te fundamentado, não havendo qualquer vedação a que sejam levados em con-sideração fatos já apurados em processo administrativo disciplinar.

Recurso ordinário desprovido. “ (RMS 19.248/AC, 5.ª Turma, Rel. Min. FELIX FIS-CHER, DJ de 05/02/2007; sem grifo no original.)

“ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. DEMISSÃO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCI-PLINAR. DISCRICIONARIEDADE DA ADMINISTRAÇÃO. FALTA GRAVE. COMPETÊNCIA DO COMANDANTE-GERAL DA POLICIA MILITAR PARA O ATO DE EXCLUSÃO.

- Tratando-se de punição administrativa, não sujeita à disciplina do art. 125, 21 4 167, da CF/88, é legítima a competência do Comandante-Geral da Polícia Militar para a prática do ato de exclusão.

- Tendo a exclusão do impetrante decorrido de sindicância regular e posterior processo administrativo disciplinar, onde foram apurados outros elementos da conduta do servidor, não há que se falar em bis in idem na aplicação da sanção pelo mesmo ato.

- Recurso ordinário a que se nega provimento. “ (RMS 11.404/GO, 6ª Turma, Rel. Ministro PAULO MEDINA, DJ de 17/05/2004; sem grifo no original.)

Contudo, quanto à ausência de proporcionalidade na avaliação realizada por ocasi-ão do estágio probatório, melhor sorte socorre a Recorrente.

A esse respeito, cumpre transcrever os seguintes trechos do relatório de avaliação do estágio probatório da servidora – 1.º (primeiro) e 2.º (segundo) períodos –, reali-

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zado pela Comissão de Avaliação de Desempenho, in verbis:

“[...]

A servidora Rosa Maria Hass entrou em exercício em 02/04/2001, tendo completa-do o SEGUNDO período de estágio probatório em 01/04/2002.

O período anterior foi examinado pela Comissão, que recomendou a continuação do cumprimento do estágio probatório.

Ao exame das informações prestadas pela Chefia Imediata, verificou-se que o ser-vidor avaliado apresentou índices relativos aos itens DISCIPLINA, EFICIÊNCIA, RES-PONSABILIDADE, PRODUTIVIDADE e ASSIDUIDADE suficientes para permanecer no desempenho de suas atividades, continuando o período de estágio probatório.

[....]

Assim, verificou-se que os conceitos dados pela chefia imediata do servidor avali-ando foram idênticos nos dois períodos avaliativos, gerando a impressão de que não houve evolução no trabalho da servidora em tela.

A partir disso, este relator tomou a iniciativa de contatar com a chefia imediata e com o servidor avaliando, com o fim de informar-se do porquê da não evolução da servidora de um semestre para o outro. Destas conversas, resultou que há carên-cias, na Promotoria, que atrapalham o desenvolvimento de todas as tarefas da ser-vidora. Atualmente, só a servidora está lotada na Promotoria de Justiça Especiali-zada de Caxias do Sul, que tem movimentação grande de processos, judiciais e ad-ministrativos (inquéritos civis, compromissos de ajustamento, e outros), resultando na impossibilidade da servidora efetuar as suas verdadeiras atribuições - por faltar tempo -, especificamente por ter que realizar o trabalho administrativo da Promo-toria.

Isto foi confirmado pela chefia imediata da servidora, que completou as infor-mações sobre o trabalho da Promotoria e sobre o desempenho da avalianda. Disse que os assuntos tratados na Promotoria são diversificados, o que, soma-do a grande demanda, afugenta Promotores e servidores. [...]

Assim posto, este membro da Comissão recomenda a permanência do servidor no desempenho de suas funções, continuando o seu triênio probatório. Recomenda, ainda, que a seja oficiado ao Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Admi-nistrativos,relatando a situação da Promotoria de Justiça Especializada de Ca-xias do Sul, quanto à falta de pessoal, questão que impede que a servidora realize a totalidade de suas atribuições, inclusive desempenhando outras que não são de sua alçada. [...]” (fls. 48/49; sem grifos no original.)

Após devolução da ficha de avaliação de desempenho relativa ao 3.º período, que havia sido encaminhada à Promotoria de Novo Hamburgo, a Promotoria de Caxias do Sul informou as mesmas circunstâncias ocorridas nos dois primeiros períodos de ava-liação, concluindo, em suma, que a servidora teve desenvolvimento satisfatório, apesar de ocupar-se constantemente de “tarefas mecânicas (ofícios e notifica-ções) “. (fl. 425).

Por outro lado, peça Informativa de Desempenho elaborada pela chefia imediata da 3.ª Promotoria Cível de Novo Hamburgo/RS, elaborada em 29/04/2003, que acom-panhou a ficha atinente ao 4.º período do estágio probatório avaliado de

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02/10/2002 a 01/04/2003, assim consignou, litteris :

“[...]

2 - Constitui entendimento comum da Chefia Imediata e dos Promotores de Justiça que trabalharam com a servidora Rosa Maria de que não é possível adaptá-la às exigências da Instituição, nem de mantê-la no cargo nesta Promotoria de Justiça, ante a total quebra de confiança na responsabilidade e qualidade desempenhada pela servidora.

3 - Orientações de toda ordem foram reiteradas à servidora, como, por exemplo, a prioridade que deve ser atribuída aos processos de mandado de segurança e tutela antecipada, orientações de português, jurídica e de estilo, sem êxito, porquanto tornou a repeti-los. Salienta-se, por fim, que todas as fontes de pesquisa foram colocadas à disposição da servidora, sem que a mesma fizesse uso.

4 - Opina-se pela exoneração. “ (fl. 89)

Posteriormente, foi aberto processo n.º SPI: 012495-09.00/01-3, no qual o relator recomendou a abertura de vistas dos documentos e ofícios que denotavam a insufi-ciência no desempenho da servidora, recomendando, dentre outras providências, a abertura de procedimento investigatório sobre a necessidade de antecipação da “Avaliação Especial de Desempenho”. (fl. 257/258)

A mencionada decisão teve por base a avaliação insuficiente obtida na Promotoria de Novo Hamburgo, especificamente quanto ao 4.º (quarto) período de avaliação.

O 5º (quinto) período de avaliação de estágio probatório ocorreu na Subprocurado-ria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais. Extraem-se as seguintes observa-ções veiculadas na ficha informativa de desempenho quanto aos quesitos eficiência e produtividade, colhidos no período de 02/04/03 a 01/10/03, in verbis:

“[...]

II - EFICIÊNCIA

Observações: A servidora sempre se empenha em cumprir suas obrigações es-tando sempre disposta a realizar novas atribuições.

[...]

Observações: A servidora é extremamente organizada, tendo desempenhado impor-tante papel na atividade desenvolvida - correições e IGP [...]

IV - PRODUTIVIDADE “

Observações: A servidora sempre se empenha ao máximo para realizar as tarefas a ela afetas.” (fl. 476/477; sem grifos no original.)

Em sequência, o 6º (sexto) e último período de avaliação ocorreu na Promotoria da cidade de Itaqui, e a respectiva avaliação, na parte que interessa, possui as seguin-tes observações, in verbis:

“[...]

MANIFESTAÇÃO DA CHEFIA IMEDIATA

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1. Que qualidades em estágio probatório contribuem diretamente para o desempe-nho favorável no cargo?

Bom relacionamento com os colegas, dedicação, interesse e bom senso. Preo-cupa-se em juntar jurisprudência doutrina em seus trabalhos.

2. Que aspectos precisam ser aprimorados para que o servidor em estágio probató-rio apresente um melhor desempenho no cargo?

A servidora necessita sempre se manter atualizada juridicamente para que sempre possa render mais e melhorando a qualidade jurídica dos trabalhos. “ (fl. 592; sem grifos no original.)

Como se vê, no tocante à avaliação realizada no período em que esteve lotada na Promotoria de Itaqui, conquanto a chefia imediata não tenha tecido maiores co-mentários elogiosos à servidora, constata-se o desenvolvimento satisfatório da ser-vidora avaliada.

A esse aspecto, aliás, cabe ressaltar que, ao contrário do que ocorreu na Promoto-ria de Novo Hamburgo, não se vislumbrou recomendação para a não permanência no cargo, e sim, tão somente, a recomendação para que a servidora realizasse cur-sos de atualização.

Nesse contexto, cumpre asseverar que esta Corte Superior de Justiça, bem como o Supremo Tribunal Federal, têm admitido a possibilidade de o Poder Judiciário apre-ciar, excepcionalmente, a razoabilidade e a proporcionalidade do ato praticado pela Administração.

Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes desta Corte e do Supremo Tri-bunal Federal:

“ADMINISTRATIVO. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. DEMISSÃO POR ATO DE IMPROBIDADE. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. PENA MENOS SEVERA. O órgão do Ministério Público, que oficiou na instância de origem como custos legis (art. 10 da Lei nº 1.533/51), tem legitimidade para recorrer da decisão proferida em mandado de segurança.Embora o Judiciário não possa subs-tituir-se à Administração na punição do servidor, pode determinar a esta, em homenagem ao princípio da proporcionalidade, a aplicação de pena menos se-vera, compatível com a falta cometida e a previsão legal. Este,porém, não é o caso dos autos, em que a autoridade competente, baseada no relatório do processo disciplinar, concluiu pela prática de ato de improbidade e, em conseqüência, apli-cou ao seu autor a pena de demissão, na forma dos artigos 132, inciso IV, da Lei nº 8.112/90, e 11, inciso VI, da Lei nº 8.429/92.

Conclusão diversa demandaria exame e reavaliação de todas as provas integrantes do feito administrativo, procedimento incomportável na via estreita do writ, con-forme assentou o acórdão recorrido. Recurso ordinário a que se nega provimento. “ (STF, RMS 24.901/DF, 1.ª Turma, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 11/02/2005; sem grifo no original.)

“RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. JULGAMENTO DE MANDADO DE SEGURAN-ÇA. PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA VERSUS PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. DECISÃO EXTRA PETITA. INOCORRÊNCIA.

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1- Em excepcionalíssimos casos, o julgador pode, desaferrando-se da rígida litera-lidade da lei, aplicar a melhor solução ao caso concreto, sem que isto signifique extrapolar o controle de legalidade consagrado ao Poder Judiciário, motivo pelo qual, na espécie, ficam afastadas as alegações de julgamento extra petita e de violação ao Princípio da Congruência.

2- Recurso especial a que se nega provimento. “ (STJ, REsp 772,705/AC, 6.ª Turma, Rel. Min. CELSO LIMONGI (Desembargador Convocado do TJ/SP), DJe de 22/02/2010.)

“ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTI-COS. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE.

1. O recurso foi interposto nos autos de ação de improbidade administrativa movi-da pelo Ministério Público do Estado de Goiás contra ex-prefeito do Município de Firminópolis/GO em razão do uso indevido – em benefício próprio - de servidores municipais da área de mecânica de automóveis.

2. O Tribunal a quo confirmou na íntegra a sentença que havia condenado o recor-rente a ressarcir os cofres públicos pela importância equivalente a 31 (trinta e uma) horas de serviços dos funcionários utilizados de forma indevida – totalizando R$1.550,00 (mil e quinhentos e cinqüenta reais) –, aplicando multa civil fixada em duas vezes o acréscimo patrimonial decorrente desta irregularidade e declarando a suspensão de seus direitos políticos por oito anos.

3. O recorrente postula única e exclusivamente elidir a suspensão dos direitos polí-ticos por oito anos, tendo se conformado com as condenações de ressarcir os cofres públicos e recolher a multa civil.

4. É inequívoco que a conduta do recorrente encerra uma ilicitude palmar, eviden-ciando uma reprovável confusão entre a coisa pública e o patrimônio privado, ten-do-se utilizado de servidores públicos municipais como se fossem seus empregados domésticos, beneficiando, assim, seu patrimônio pessoal em detrimento do serviço público municipal.

5. Não se pode olvidar que a suspensão dos direitos políticos é a mais drástica das sanções estipuladas pela Lei nº 8.429/92 e que sua aplicação importa impedir – ainda que de forma justificada e temporária – o exercício de um dos direitos fun-damentais de maior magnitude em nossa ordem constitucional.

6. A suspensão dos direitos políticos do administrador público pela utilização inde-vida do trabalho de servidores municipais em um total 31 (trinta e uma) horas não se coaduna com os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, os quais impõem o afastamento dessa sanção.

7. Recurso especial provido. “ (REsp 1.055.644/GO, 2.ª Turma, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJe de 01/06/2009.)

“ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. CONTROLE JURISDICIONAL. PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. DEMISSÃO. ILEGALIDADE. CONCESSÃO DA SEGURANÇA.

1. O controle jurisdicional em mandado de segurança é exercido para apreciar a legalidade do ato demissionário e a regularidade do procedimento, à luz dos prin-cípios do devido processo legal, contraditório e ampla defesa, bem como a propor-

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cionalidade da sanção aplicada com o fato apurado. Precedentes.

2. A conduta do Impetrante não se ajusta à descrição da proibição contida no art. 117, inciso XI, da Lei n.º 8.112/90, tendo em vista que a Comissão Processante não logrou demonstrar que o servidor tenha usado das prerrogativas e facilidades re-sultantes do cargo que ocupava para patrocinar ou intermediar interesses alheios perante a Administração.

3. Ordem concedida, para determinar a reintegração do Impetrante ao cargo públi-co, sem prejuízo de eventual imposição de pena menos severa, pelas infrações dis-ciplinares porventura detectadas, a partir do procedimento administrativo discipli-nar em questão. “ (STJ, MS 9621/DF, 3.ª Seção, Rel.ª Min.ª LAURITA VAZ, DJe de 24/06/2008.)

“ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO TEMPORÁRIO. DEMISSÃO. PORTARIA INAUGURAL. DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DOS FATOS. DES-NECESSIDADE. PRODUÇÃO DE PROVAS. INDEFERIMENTO MOTIVADO. DESÍDIA. NÃO-CONFIGURAÇÃO. EFEITOS PATRIMONIAIS. RETROAÇÃO. SÚMULAS 269 E 271/STF. INAPLICABILIDADE. SEGURANÇA PARCIALMENTE CONCEDIDA. AGRAVO REGIMENTAL PREJUDICADO.

[...]

4. A desídia, passível da aplicação de pena disciplinar máxima de demissão, con-forme os arts. 117, XV, e 132, XIII, da Lei 8.112/90, pressupõe não um ato único ou isolado, mas uma forma de proceder desatenta, negligente, desinteressada e reite-rada do servidor público.

5. Havendo indícios de conduta desidiosa, impõe-se que a Administração proceda à apuração dos fatos e, se for o caso, aplique ao acusado uma pena mais branda, até mesmo para que ele tenha conhecimento a respeito do seu baixo rendimento fun-cional. Caso persista na prática do ilícito disciplinar, será cabível a demissão.

6. A aplicação da pena de demissão por desídia, sem a existência de antecedentes funcionais relacionados à mencionada conduta, apresenta-se extremamente des-proporcional porque imposta a servidor público que não tinha ciência de que sua conduta funcional se apresentava irregular.

[...]

10. Segurança concedida em parte. Agravo regimental prejudicado. “ (STJ, MS 12.317/DF, 3.ª Seção, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJe de 16/06/2008.)

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO DO PO-DER JUDICIÁRIO FEDERAL. EXERCÍCIO DE FUNÇÃO COMISSIONADA. OPÇÃO PELO RE-CEBIMENTO DE 70% DO VALOR DA FUNÇÃO MAIS A REMUNERAÇÃO DO CARGO EFETI-VO. ART. 14, § 2º, DA LEI 9.421/96. REVOGAÇÃO PELA LEI 9.527/97. NÃO-OCORRÊNCIA. PRECEDENTES.

1. Sedimentou-se neste Superior Tribunal de Justiça o entendimento de que a Lei 9.527/97 – que extinguiu a incorporação da retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natu-reza Especial – não revogou a regra contida no art. 14, § 2º, da Lei 9.421/96 - que faculta aos servidores do Poder Judiciário exercentes função comissionada optarem pelo recebimento de 70% (setenta por cento) do valor-base da função mais a remu-

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neração do cargo efetivo.

2. Agravo regimental improvido. “ (STJ, AgRg no Ag 528.487/DF, 6ª Turma, Rel.ª Min.ª MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, DJ de 26/03/2007.)

Na linha desse entendimento, forçoso reconhecer que o caso em tela possui peculi-aridades capazes de alicerçar o resultado pretendido pela servidora, qual seja, a aprovação no estágio e a continuidade no serviço público.

Isso porque o Tribunal a quo, ao julgar improcedentes os pedidos formulados pela Autora, afastou-se da aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionali-dade, porquanto verifica-se que a exoneração da Recorrente está calcada em seu insatisfatório grau de desempenho das atividades – eficiência e produtividade e em fato apurado em sindicância que redundou em sua repreensão escrita, ambos rela-tivos ao 3º período de estágio probatório.

A propósito, insta registrar que, na hipótese, foram realizadas 6 avaliações em pe-ríodos subsequentes e semestrais, sendo que, em cinco deles, a ora Recorrente, embora não tenha obtido a nota máxima – principalmente nos quesitos eficiência e produtividade –, obteve grau satisfatório, tendo sido recomendada a sua permanên-cia no cargo.

Com efeito, esses fatores não são suficientemente graves de modo a afastar os de-sempenhos satisfatórios obtidos nas demais avaliações ocorridas nos 1º, 2º, 4º, 5º e 6º períodos.

Nessas condições, tenho que perfeitamente compatível com os princípios da propor-cionalidade e razoabilidade a determinação de que seja ponderado o desempenho

global da servidora, o que, ao contrário do que afirma o acórdão recorrido, permite a sua aprovação no estágio probatório.

Ante o exposto, CONHEÇO e DOU PROVIMENTO ao recurso ordinário para, refor-mando o acórdão recorrido, conceder a segurança pleiteada.

É o voto.

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na ses-são realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

“A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora.”

Os Srs. Ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi e Honildo Amaral de Mello Castro (Desembargador convocado do TJ/AP) votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Gilson Dipp.

Brasília, 25 de novembro de 2010

LAURO ROCHA REIS

Secretário

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Como citar este artigo

Disponível em: < www.stj.jus.br >. Acesso em: 29 agosto 2012. Material da 2ª aula da Disciplina: Direito Administrativo, ministrada no Curso de Pós Graduação em Direito Público - Anhanguera-Uniderp | Rede LFG.