Doenças silenciosas que merecem sua atenção

QUAL O VERDADEIRO VALOR DAS CALORIAS?Nutricionista explica!

RAIO-XConheça os prós e contras de 4 esportes olímpicos

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Faltando cerca de um mês para o início das Olimpíadas no Rio de

Janeiro, nada melhor do que descobrir como podemos levar uma

vida com mais saúde e bem-estar. Para isto, a edição de julho da

revista CUIDADOS PELA VIDA vai te levar por um tour nos esportes

olímpicos mais adorados pelos brasileiros!

A seção Raio-X deste mês está recheada de informações sobre ati-

vidades físicas. Convidamos Carla Nunes, profissional de Educação

Física e especialista em nutrição esportiva, que vai nos contar todos

os detalhes de quatro modalidades olímpicas e seus principais be-

nefícios. Além disso, a Dra. Flora Vieira, nutricionista, escreve uma

matéria exclusiva sobre o verdadeiro valor das calorias, explicando

que alimentos que contêm poucas calorias nem sempre é o que o

seu organismo precisa.

Pauta de muita discussão nos lares brasileiros, alimentos alergê-

nicos ganham destaque na edição de julho da revista CUIDADOS

PELA VIDA. A lei que regulariza o conteúdo dos rótulos de produ-

tos que contenham este tipo de substância entra em vigor no início

deste mês e nada melhor do que contar com um material pensado

justamente para quem convive com a alergia alimentar. Afinal, este

é o nosso compromisso: levar mais vida, com saúde e bem-estar,

para você!

Para finalizar, o oncologista Sidnei Epelman é o convidado principal

da nossa matéria de capa. Os cânceres do tipo linfoma vêm atin-

gindo cada vez mais brasileiros. A projeção do Inca é que cerca de

10.240 novos casos devem ser diagnosticados até o fim de 2016.

Apesar de grave, o linfoma leva consigo histórias de superação,

convivência e de cura. E você encontra todos esses casos na revista

CUIDADOS PELA VIDA!

Boa Leitura!

Equipe CUIDADOS PELA VIDA

//EDITORIALConteúdo

COORDENAÇÃO // MANUELA LUSQUIÑOS

REDAÇÃO // CONSTÂNCIA GARCÍA

RAFAEL MUNHOS

LEONARDO CAPITA

Arte

DIREÇÃO // LEANDRO SANTOS

DESIGN // JHONATHAN MARTINS

Projeto

CAMILA CRISPINIANO

RENATA HERNANDES MARCELINO

FRANSCISCO MALENA

ICONS4U

WEBEDIA

Agradecimentos desta edição:

ANTONIO CONDINO NETO, CARLA NUNES,

FLORA VIEIRA, LUCIA MORAES DE SIQUEIRA

GUERRA, SIDNEI EPELMAN, THAYANE

GUIMARÃES, OBSERVATÓRIO DA ONCOLO-

GIA, KAREN BARROS DA FONSECA, RAYANNA

FIGUEIRA, ADRIANO ALVIM DE OLIVEIRA,

DÉBORA DE OLIVEIRA AGUIRRE, MAURICIO

PAIÃO VARGAS, VÂNIA FERREIRA XAVIER,

ISABEL SILVEIRA, RAYANE VIEIRA, VINICIUS

NICOLAU

Produção

ICONS4U

Publicação Digital

YUMPU

Contatos

SITE // www.cuidadospelavida.com.br

FACEBOOK // www.fb.com/cuidadospelavida

EMAIL // revista@cuidadospelavida.com.br

A Revista CUIDADOS PELA VIDA é uma publicação de

distribuição gratuita, destinada aos participantes do CUIDADOS

PELA VIDA, o programa de benefícios do Aché Laboratórios.

Os artigos aqui assinados são de total responsabilidade

dos autores e não representam a opinião da revista, da

icons4u, do programa CUIDADOS PELA VIDA ou do Aché

Laboratórios. Não é permitida a reprodução total ou parcial

sem prévia autorização. O conteúdo apresentado não tem

como objetivo substituir as orientações médicas. Para

manter-se em dia com seu tratamento, visite regulamente

seu médico. O acesso à informação sobre saúde é o

primeiro passo para uma maior qualidade de vida.

Compartilhe esta ideia!

06 MUNDOACHÉ

Entenda como medicamentos e

produtos Aché são fabricados

SUMÁRIO

REVISTA CUIDADOS PELA VIDA // ANO 1 - EDIÇÃO 02 // JUL 2016

08 QUAL O VERDADEIRO VALOR DAS CALORIAS?

Nutricionista explica por que apenas

contar as calorias dos alimentos não

favorece a saúde

10 ALERGIAS ALIMENTARES

Saiba que alimentos serão listados

nos rótulos como componentes

alergênicos a partir de 03 de julho

18 RAIO-X

Conheça os prós e contras de

4 esportes olímpicos

22 QUEM FOI QUE DISSE?Compartilhe sua opinião. Participe!

20 ALIMENTOS PODEM AFETAR AS VARIZES?

Saiba o que evitar e conheça

substâncias que auxiliam a boa

circulação

14 CAPA // LINFOMASHODGKIN E NÃO-HODGKIN

Doenças silenciosas que transformam

glóbulos brancos, os defensores do

organismo, em vilões

MUNDO ACHÉ

O Aché Laboratórios surgiu com 3 propagandistas

que, em 1965, uniram forças para levar mais saúde

e vida aos brasileiros. 50 anos depois, este continua

sendo nosso lema e, agora, contamos com uma gran-

de aliada: a tecnologia. Os avanços na indústria far-

macêutica permitiram inovar e qualificar ainda mais

todo o processo de fabricação de um produto. Por

isso, convidamos você a conhecer os processos pelos

quais um medicamento passa até chegar na sua casa.

Por que existem medicamentos em comprimidos, cápsulas e na forma líquida?

As apresentações de medicamentos são definidas por

diversos fatores, desde seus ativos farmacêuticos até

a facilidade de administração em crianças e idosos,

sendo este último o principal motivo para a utilização

da forma líquida.

A forma em comprimidos é muito utilizada, pois traz

muita comodidade e facilidade no transporte e manu-

seio pelos pacientes. Além disso, nos dá uma boa di-

versidade de formatos e funcionalidades, desde com-

primidos simples até os revestidos, que proporcionam

mascaramento de sabor, proteção e controle de libe-

ração no local desejado, por exemplo, diretamente no

intestino, passando de maneira intacta pelo estômago,

que possui pH muito ácido. Alguns ativos não podem

sofrer compressão, o processo pelo qual damos for-

mato ao comprimido, dessa maneira normalmente

estes produtos são encapsulados, evitando danificar

as características desse ativo utilizando um processo

menos agressivo. Outro motivo pelos qual um medica-

mento pode tomar a forma de cápsula é a necessidade

de uma grande quantidade de ativos para uma deter-

minada dosagem, assim evitamos um comprimido de

grandes proporções e dificuldade de ingestão.

Quando temos em um único medicamento dois ati-

vos que são incompatíveis (a interação entre os dois

modifica as características de um deles ou até mesmo

de ambos), podemos optar pela utilização de compri-

midos com duas camadas, cada uma delas contendo

um princípio ativo, ou encapsulá-los, por esse motivo

existem produtos onde temos pó e comprimido den-

tro de uma mesma cápsula.

Quais são as etapas de fabricação de um medicamento?

Primeiro pesamos todos os itens na quantidade exa-

ta determinada na formulação de cada medicamento.

Depois disso, a apresentação do medicamento vai de-

finir as etapas seguintes.

06

DÉBORA DE OLIVEIRA AGUIRRE

e ADRIANO ALVIM DE OLIVEIRA

fazem parte da Diretoria de

Operações e Industrial do

Aché Laboratórios e VÂNIA

FERREIRA XAVIER é Gerente de

Suprimentos

0|REVISTA CUIDADOS PELA VIDA 7

O processo é todo automatizado?

Cerca de 90% dos nossos processos de fabricação e

embalagem são totalmente automatizados e os ou-

tros 10% são processos antigos, que estão sendo atu-

alizados para chegarmos a 100% de automatização.

Se faltar insumos para a produção do medicamento, o que acontece?

Dependemos do abastecimento de insumos para a

fabricação de medicamentos. Para garantir o aten-

dimento da demanda do mercado farmacêutico, o

Aché Laboratórios adota uma estratégia saudável para

a política de estoque de insumos, um planejamento

alinhado à área comercial e acordos de fornecimento

com parceiros qualificados. Estas ações são funda-

mentais para minimizar o risco de desabastecimento.

Quais são os cuidados necessários durante a produção do medicamento?

Tudo começa com colaboradores bem treinados e

comprometidos com as Boas Práticas de Fabrica-

ção, além das fábricas qualificadas para produção de

medicamentos, seguindo requisitos estabelecidos

pelo nosso órgão regulador, a ANVISA, com todos os

controles de temperatura, umidade e demais fatores

necessários para o processo funcionar perfeitamente

e você ter acesso ao melhor produto possível.

Na forma sólida (comprimidos/cápsulas), após a

pesagem fazemos a granulação e calibração dos

grânulos, depois a mistura, compressão ou encap-

sulamento, revestimento (pintura do comprimido) e,

finalmente, a embalagem.

Na forma líquida, fazemos a mistura e, depois da fil-

tragem, há o envase e a embalagem do produto.

As etapas de fabricação são as mesmas para os medicamentos genéricos?

Sim, utilizamos exatamente as mesmas etapas para

produção dos nossos medicamentos de marca e ge-

néricos.

Quanto tempo demora, em média, a fabricação de um remédio?

Esse tempo varia muito, pois depende da formulação

do medicamento e suas etapas, o processo completo

pode levar de 3 a 90 horas.FO

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08

Muita gente corre das calorias, mas é importante en-

tendê-las um pouco melhor. A caloria é uma medida

de calor, ela mede a energia que o alimento contém

ou a energia que gastamos em alguma atividade. Ou

seja, é um conceito quantitativo. Cada alimento tem

seu valor calórico, assim como temos um valor de

ingestão diária recomendado pela Organização Mun-

dial de Saúde (de 2000 a 2500 calorias para manter

um peso saudável), e podemos também calcular o va-

lor calórico gasto com determinada atividade, como

dormir, caminhar, praticar esportes etc.

É fundamental entender que calorias são essenciais,

pois delas vem a energia para realizarmos nossas di-

versas atividades. Porém, o corpo não se resume a um

cálculo matemático do tipo: se eu comer X calorias e

gastar Y calorias, obtenho um resultado Z. As calorias

provêm dos chamados macronutrientes, que são os

carboidratos, proteínas e gorduras. No entanto, para

que os processos metabólicos, bioquímicos e orgâni-

cos ocorram, são necessários outros alimentos, par-

ticipantes que não têm calorias, mas desempenham

papéis fundamentais, como, por exemplo, as vitami-

nas e os minerais, classificados como micronutrien-

tes. Compostos bioativos e fibras também têm fun-

ções importantíssimas e não fornecem calorias.

“Quer dizer que além de calorias, precisamos de mi-

cronutrientes, fibras e compostos bioativos?” Sim! Eles

vão proporcionar ao organismo qualidade, vitalidade

e processos metabólicos mais bem orquestrados. A

falta desses compostos pode ocasionar sintomas,

mal-estar e até mesmo doenças.

Um belo exemplo de alimento calórico que contém

diversos benefícios para a saúde é o abacate. Com

muita frequência escuto no consultório: “Mas, Dra.

Flora, eu posso comer qualquer fruta? Até abacate?

Não é muito calórico?”

O abacate é uma das minhas frutas preferidas, por ter

sabor suave e ficar bem em pratos salgados e doces. É

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QUAL O VERDADEIRO VALOR DAS CALORIAS?

CUIDADOS E BEM-ESTAR

POR FLORA VIEIRA

0|REVISTA CUIDADOS PELA VIDA 9

rico em gordura monoinsaturada, fitosteróis, fibras,

magnésio, potássio, diversas vitaminas do complexo

B, vitaminas E, C e K e glutationa – excelente antio-

xidante. O consumo de abacate tem efeito anti-in-

flamatório para o organismo, fornecendo proteção

cardiovascular e controlando os níveis de colesterol

(aumenta o HDL, o “bom” colesterol). Tem importante

papel no emagrecimento, pois promove saciedade

devido à densidade calórica (lado bom de ser rico

em calorias!) e tem alto teor de fibras e de água. A

fruta também possui carotenoides, luteína e zea-

INGREDIENTES

• 1 abacate maduro

• 2 colheres de sopa de cacau em pó

• 3 colheres de sopa de mel

Confira mais 2 receitas deliciosas e super nutritivas da Drª Flora no portal: http://goo.gl/yZEz6j

RECEITA

xantina, que garantem efeito protetor ao envelheci-

mento cutâneo, elasticidade à pele e reduzem riscos

de problemas na cartilagem, inflamação e oxidação,

prevenindo o desenvolvimento de osteoartrite, além

de oferecer benefícios à saúde ocular, apresentando

efeito protetor na degeneração macular e outras pa-

tologias.

Toda essa explicação é para mostrar que contar ca-

lorias não é tudo e, particularmente do meu ponto

de vista, é secundário. Mais importante ainda é saber

quais benefícios o alimento proporciona: quantos nu-

trientes, fibras e bioativos ele contém.

Para quem fica de olho nos rótulos, uma observação:

alimentos industrializados podem perder micronu-

trientes sensíveis aos diversos processamentos que

sofrem, além de serem acrescidos de conservantes,

acidulantes, aromatizantes, corantes, estabilizantes,

adoçantes, e por aí vai... Todos estes “antes” são pro-

dutos químicos, que, ao ingerirmos, atrapalham os

processos orgânicos, intoxicam e inflamam o orga-

nismo. Exatamente o que a gente não quer.

Agora que vimos que, além de calorias, existem muitas

outras coisas envolvidas, vamos escolher os alimentos

dando preferência aos naturais: menos processados,

sem aditivos químicos e orgânicos. Fica a dica!

MOUSSE DE ABACATE COM CACAU

MODO DE FAZER

Bata todos os ingredientes até formar um cre-

me homogêneo. Leve à geladeira por no míni-

mo 2 horas e sirva geladinho!

FLORA VIEIRA

Nutricionista com especialização

em nutrição clínica funcional,

fitoterapia funcional e mestrado

em nutrição materno infantil.

CRN: 4 09100287

As alergias alimentares são reações indesejáveis do

corpo, provocadas pelo contato de um alimento con-

sumido com uma substância produzida pelo sistema

imunológico, que acredita se tratar de um agente in-

vasor e passa a combatê-lo para proteger o corpo. E

não importa a quantidade: a reação pode surgir mes-

mo depois da ingestão de pequenas porções.

O problema chama cada vez mais a atenção dos

profissionais da saúde, já que o número de pessoas

alérgicas no mundo não para de crescer: estima-se

que a quantidade de casos no Brasil tenha aumentado

em 18% nos últimos 15 anos. O consumo de produtos

industrializados, que misturam diversos ingredientes,

torna difícil a identificação de um alimento capaz de

provocar uma reação alérgica.

Medida de precaução para os alérgicos

Para facilitar a vida do consumidor, a Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu, em junho

de 2015, que alimentos e bebidas devem informar a

presença de substâncias alergênicas. O regulamento

entra em vigor a partir do dia 3 de julho de 2016 e

contempla 17 ingredientes: ovo, avelã, soja, trigo, lei-

te, pecã, pinoli, peixes, nozes, crustáceos, amendoim,

macadâmia, pistache, amêndoa, látex natural, casta-

nha de caju e castanha do Brasil.

ANTONIO CONDINO NETO

Imunologista, formado pela

Faculdade de Ciências Médicas

da UNICAMP, membro da

Associação Brasileira de Alergia

e Imunologia (ASBAI) e atua em

São Paulo.

CRM-SP: 51204

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ALERGIAS ALIMENTARESSaiba quais alimentos são considerados componentes alergênicos e devem ser listados em rótulos a partir de 03 de julho de 2016

CUIDADOS E BEM-ESTAR

|REVISTA CUIDADOS PELA VIDA 11

O imunologista Antonio Condino Neto, membro da

Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, afirma

que o órgão apoia totalmente a decisão da Anvisa.

Segundo ele, a iniciativa é fundamental para a pre-

venção de alergias alimentares graves, que podem

produzir inúmeros prejuízos ao corpo.

As reações do corpo

As consequências de uma reação alérgica variam.

“Dependendo do grau de alergia, os pacientes desen-

volverão lesões inflamatórias que afetam o funciona-

mento e absorção dos alimentos no esôfago, estô-

mago e intestinos”, afirma o imunologista. Ele ainda

cita outras possíveis reações do corpo, como coceira,

vômito, diarreia, dermatite, urticária, mal-estar, dor

abdominal e choque anafilático.

Se a alergia produzir efeitos discretos, Condino Neto

diz que o paciente deve tomar um medicamento

antialérgico e interromper o consumo do alimento

QUE ALIMENTOS PASSARÃO

A SER INFORMADOS NOS

RÓTULOS?

Ovos

Leite

Soja

Trigo

Peixes

Crustáceos

Amendoim

Avelã

Pecã

Pinoli

Nozes

Macadâmia

Pistache

Amêndoa

Castanha de caju

Castanha do Brasil

Látex natural

causador da alergia. “Se o quadro for grave e houver

um choque anafilático, o paciente deve andar sem-

pre com adrenalina auto injetável”, explica o médico,

acrescentando que, depois de aplicá-la, o paciente

deve se dirigir a um hospital.

LINFOMASHodgkin e Não-Hodgkin: Doenças silenciosas que merecem atenção

SAÚDE E TRATAMENTO

Recentemente o ator Edson Celulari

divulgou que, em maio deste ano, foi

diagnosticado um subtipo de linfoma

Não-Hodgkin. Reynaldo Gianecchini

e Dilma Rousseff são outros exemplos

de quem passou pela mesma situação

e, após o tratamento, não convivem

mais com o câncer.

Estes nomes podem até parecer estra-

nhos, no entanto, as doenças são mais

comuns do que se imagina. Linfoma é

um tipo de câncer que ocorre quan-

do os glóbulos brancos, que deveriam

fazer a defesa do organismo, se trans-

formam em tumores. Os linfomas Ho-

dgkin e Não-Hodgkin divergem nas

células de origem e formas de apresen-

tação de tratamento, mas os dois apre-

sentam vários subtipos, têm caracterís-

ticas clínicas semelhantes e respondem

bem ao tratamento com quimioterapia

e radioterapia.

O linfoma Não-Hodgkin é o que mais

afeta brasileiros há uma década. Segun-

do o Instituto Nacional do Câncer (Inca),

estima-se que até o final do ano 10.240

novos casos de linfoma Não-Hodgkin

12

sejam diagnosticados no Brasil, ou seja,

o número duplicou nos últimos 25

anos, atingindo principalmente pessoas

com mais de 60 anos. A orientação de

especialistas para esta faixa etária é, se

surgir qualquer sintoma, consultar um

médico imediatamente.

Mais comum em jovens adultos (de 15

aos 40 anos), a incidência do linfoma

Hodgkin permaneceu estável nos úl-

timos cinquenta anos e, até o final do

ano, a perspectiva é de 2.470 novos

casos no Brasil. A boa notícia é que,

devido aos avanços dos tratamentos,

a incidência de mortalidade devido a

este tipo de linfoma reduziu 60% des-

de a década de 1970.

Para você entender melhor a doença e

aprender a identificar sintomas, falamos

com o oncologista Sidnei Epelman, pre-

sidente da Associação para Crianças e

Adolescentes com Câncer (TUCCA),

reunimos previsões do Observatório

da Oncologia e conversamos com duas

sobreviventes, Karen Barros da Fonseca

e Rayanna Figueira, que nos inspiram

com suas histórias de superação.IMA

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|REVISTA CUIDADOS PELA VIDA 13

O QUE É?

ONDE SE MANIFESTA

SINTOMAS

FATORES DE RISCO

FAIXA ETÁRIA ATINGIDA

PORCENTAGEM DE CURA

É um câncer que se divide em 4 subtipos e surge quando cé-

lulas do sistema linfático (que deveriam nos proteger contra

bactérias, vírus e outros perigos) se tornam malignas, cres-

cendo de forma descontrolada e “contaminando” o sistema

linfático.

LINFOMA HODGKIN

Pode aparecer em qualquer lugar do corpo, mas frequente-

mente se manifesta nos gânglios linfáticos presentes no tó-

rax, pescoço, axilas, região do abdômen e peito.

• Ínguas indolores

• Tosse

• Falta de ar

• Dor torácica

• Sensação de estômago cheio e distensão abdominal

• Pessoas com sistema imune comprometido, como doenças

genéticas hereditárias

• Uso de drogas imunossupressoras

• Infecção pelo HIV

Geralmente jovens, de 25 a 30 anos

Com os tratamentos atuais, o linfoma Hodgkin é curável em

cerca de 75% dos casos.

O LNH se divide em mais de 40 subtipos, devido à quantida-

de de linfócitos normais em nosso organismo (linfócitos B,

T e NK, tipos de glóbulos brancos), que desempenham dife-

rentes papéis no organismo, como combater infecções. As

células mais afetadas são as dos tipos B e T.

LINFOMA NÃO-HODGKIN

Este tipo de câncer manifesta-se pelo surgimento de peque-

nos grânulos (carocinhos) em regiões típicas de aparecimen-

to de ínguas, como pescoço, virilha e axilas.

• Aumento do grânulo no local afetado

• Sudorese noturna excessiva

• Febre

• Prurido (coceira na pele)

• Perda de peso

• Pessoas com sistema imune comprometido, como doenças

genéticas hereditárias

• Uso de drogas imunossupressoras

• Infecção pelo HIV

• Exposição a agentes químicos (pesticidas, solventes e fertili-

zantes) e altas doses de radiação

Geralmente acima dos 60 anos (a probabilidade de ocorrên-

cia aumenta com a idade)

A medicina avançou muito nos tratamentos de linfoma não-

-Hodgkin e as chances de cura são, em média, de 60 a 70%.

TRATAMENTOS

COMO DIAGNOSTICAR

Informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE)

• Quimioterapia

• Radioterapia

• Transplante de células tronco (quando o paciente não res-

ponde a outros tratamentos)

• Imunoterapia com anticorpos monoclonais produzidos em

laboratório com objetivo de agir em um alvo específico

Ambos os linfomas podem ser diagnosticados através de: Hemograma completo, biópsia do nódulo ou biópsia da medula

óssea, tomografia computadorizada, ressonância magnética e PET Scan.

• Quimioterapia

• Imunoterapia

• Radioterapia

• Transplante de medula óssea

Como identificar os sintomas do linfoma?

Alguns sintomas são aparentes em qual-

quer tipo de câncer. Se você perceber

gânglios no pescoço ou nas axilas,

ínguas (inflamações) ou tiver anemia,

é indicado consultar um médico, mas

estes não são sinais específicos do lin-

foma, são sintomas na maioria dos ca-

sos de câncer. A orientação é: se você

não está se sentindo bem, vá ao médi-

co. Câncer na infância e adolescência

é raro, mas um diagnóstico bem feito

pode fazer toda a diferença.

É verdade que a doença tem “prazo de validade”?

Sim, de 5 anos. Se, dentro deste espaço

de tempo o linfoma não retornar, não

há mais chance de volta. Já os linfomas

Não-Hodgkins agressivos têm prazo de

validade de 2 anos. Vale ressaltar que

cada caso é um caso e o acompanha-

mento médico é necessário para avalia-

ção individual do paciente.

Como se prevenir?

Linfoma é uma doença que não tem

prevenção. Em adultos, a doença é

mais fácil de identificar por causa de sin-

tomas mais frequentes, e também por

tipos de exames. Portanto, vá ao médi-

co se notar gânglios ou ínguas nos lo-

cais de maior incidência ou se perceber

quaisquer outros sintomas.

O linfoma é hereditário?

Não. Raramente está associado a alte-

rações genéticas, então não é uma do-

ença hereditária. Porém, se alguém da

família tem ou já teve a doença, e se

você tem características semelhantes,

é bom ficar atento, afinal, o quanto an-

tes for realizado o diagnóstico, melhor.

O que ajuda na cura?

Nós orientamos que é importante ter

alimentação saudável, ouvir música,

fazer atividades prazerosas, praticar al-

guma atividade física, ter manutenção

do peso. Essas recomendações ajudam

a lidar melhor com a doença e torná-la

menos dolorosa, tanto física quanto psi-

cologicamente.

SIDNEI EPELMAN

Oncologista e presidente do

Tucca (Associação Brasileira para

Crianças e Adolescentes com

Câncer) e diretor oncologista

pediatra do Hospital Santa

Marcelina.

5 DÚVIDAS SOBRE LINFOMA

Oncologista explica pontos importantes sobre linfomas Hodgkin e Não-Hodgkin

14

|REVISTA CUIDADOS PELA VIDA 15

1. Evite o tabagismo! Ele é o respon-

sável por cerca de 30% das mortes por

câncer.

2. Alimentos industrializados como

carnes processadas (salsicha, linguiça,

entre outros), e o excesso de sal podem

estragar seu dia. A Organização Mun-

dial de Saúde recomenda o consumo

de até 5g de sal (ou 2g de sódio por dia),

o equivalente a uma colher de chá.

3. A má qualidade do ar no ambiente

de trabalho é um fator importante na

incidência de câncer ocupacional. A

exposição dos trabalhadores ao ar po-

luído - 8 horas por dia, todos os dias, ao

longo de anos de trabalho – traz inú-

meros riscos à saúde.

4. O uso de bebidas alcoólicas pode

aumentar o risco de câncer de cavi-

dade oral, laringe, faringe, esôfago, fí-

gado, mama, colorretal em homens, e,

possivelmente, em mulheres.

5. As pessoas que se expõem ao sol de

forma prolongada e frequente cons-

tituem o grupo com maior risco de

contrair câncer de pele, principalmente

aquelas de pele, cabelo e olhos claros.

THOMAS HODGKIN

(17/08/1798 - 05/04/1866) foi um médico in-

glês pioneiro na medicina preventiva e é con-

siderado o maior patologista de seu tempo. Ele

foi o primeiro a relatar, em 1832, um tipo de

câncer e doença hematológica que, posterior-

mente, foi associado ao seu próprio nome, o

Linfoma de Hodgkin. Seu trabalho deu início

ao que hoje é conhecido como Patologia Clí-

nica, onde o patologista participa mais ativa-

mente do processo de decisão clínica.

CUIDADOS CONTRA O CÂNCER

Linfomas e leucemia, entre outros tipos de câncer, precisam de atenção especial,

e muito do que pode ser considerado prevenção se faz no dia a dia. O Instituto

Nacional do Câncer (Inca) lista 5 sugestões que fazem toda a diferença para uma

vida mais equilibrada:

Como descobriu a doença

K: “Surgiram dois caroços muito gran-

des e não doloridos na minha virilha.

Fui em médicos especialistas e nada

aparecia. Só fui diagnosticada quando

um clínico geral apalpou minha barriga

e sentiu tumores.”

R: “Em um dia quente, fui limpar o suor

do meu pescoço e senti um caroço

perto da clavícula, do tamanho de uma

azeitona. Fiz uma biópsia quando o

meu médico disse o que eu poderia ter

em seguida.”

Sintomas e tratamento

K: “Sentia cansaço e fraqueza extre-

mos, febre diária no fim da tarde e su-

dorese noturna. Para o meu tratamen-

to, fiquei internada durante 6 meses,

pois a quimioterapia era muito pesada

e intensa.”

R: “Às vezes, sentia que tinha 80 anos

e nem saía da cama, mas na maioria

dos meus dias eu estava bem, fazia até

academia. Pesei nessa época 73kg por

causa da medicação da quimioterapia.

Meu tratamento foi realizado no Inca

(Instituto Nacional do Câncer). Quase 6

meses nessa rotina de hospital.”

Após a descoberta

K: “A primeira coisa que eu quis saber

era se o meu seguro de vida estava váli-

do, e quem ia pagar a escola do meu fi-

lho. Pensar em raspar a cabeça foi o de

menos, você só quer ficar curada. Tem

gente que fala contra a quimioterapia,

bobagem. É um avanço da medicina

que devemos agradecer.”

R: “Pensei na possibilidade de morrer

e resolvi fazer uma lista com tudo o

que gostaria de fazer. Durante o tra-

tamento, meus cabelos co-

meçaram a cair. Não esperei

e eu mesma raspei. No início

estranhei, mas depois achei

super legal ser careca.”

Suporte de amigos e familiares

K: “Foi total, 100%. Minha

amiga Viviana ia toda sexta-feira dormir

comigo no hospital, pra gente ver fil-

me, falar bobagem e dividir o café da

manhã. Ela nem imagina como foi im-

portante pra mim.”

R: “Ficava na casa do meu tio em Ni-

terói. Ele me dava todo o apoio neces-

sário. A ideia do blog também foi um

grande apoio. Foi a forma que eu en-

contrei de permanecer lúcida.”

O que mudou em mim

K: “Tudo. Pouca coisa me aflige hoje em dia, nada é

realmente um problema.”

R: “Esse ano descobri que estou com mais um caroço

e estou esperando o resultado. Mesmo assim, aprendi

a ser mais otimista.”

HISTÓRIAS DE VIDA

RAYANNA FIGUEIRA24 anos, promotora de vendas,

residente em Campos dos

Goytacazes, RJ, descobriu a

Esclerose Nodular, um tipo de

linfoma Hodgkin em 2011 e

desde então o blog “A Menina do

Linfoma” avv)

KAREN B. FONSECA

37 anos, cineasta, natural e

residente no Rio de Janeiro, RJ,

passou por um tratamento de

6 meses no ano de 2011 após

descobrir o linfoma de Burkitt,

um tipo Não-Hodgkin.

“Pouca coisa me aflige hoje em dia, nada é realmente um

problema.”

16

|REVISTA CUIDADOS PELA VIDA 17

O linfoma Não-Hodgkin ficou mais

conhecido no Brasil após personalida-

des nacionais revelarem seus casos. O

ator Edson Celulari descobriu a doença

no final de maio. A informação saiu na

imprensa após o ator publicar no Insta-

gram uma foto com a cabeça raspada.

Celulari começou o tratamento com

sessões de quimioterapia, e mostra-se

bastante otimista.

Em março deste ano, o governador do

Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão,

foi diagnosticado com a doença. Ele

se afastou do trabalho para se dedi-

car à recuperação, que começou com

sessões de quimioterapia. No caso de

Pezão, os linfócitos do tipo T sofreram

mutação nos cromossomos 2 e 5. Essas

células alteradas, conhecidas como lin-

fomas, podem parar em qualquer lugar

do corpo, e se alojaram nos ossos do

político, comprometendo duas vérte-

bras que estão porosas.

O ator Reynaldo Gianecchini passou

por um processo bastante delicado em

2012. O linfoma do ator era de célula

E, considerada rara e mais agressiva

do que as demais. Na época ele disse

à ABRALE que começou a desenvolver

uma alergia após sentir gânglios na re-

gião do pescoço, e que inicialmente

achava ser uma virose. Depois de um

mês, com o resultado dos exames, o

tratamento foi rapidamente iniciado.

Em abril de 2009, Dilma Rousseff, à

época ministra-chefe da Casa Civil,

também foi diagnosticada com linfoma

Não-Hodgkin. Como estava no início

da doença, ela passou por sessões de

quimioterapia e radioterapia. Cerca de

5 meses após o início do tratamento,

Dilma já estava livre da doença e foi li-

berada dos remédios pelos médicos.

Edson Celulari, Reynaldo Gianecchini, Luiz Fernando Pezão e Dilma Rousseff: Veja quem passou pelo linfoma Não-Hodgkin

500 Kcal/horaGASTO CALÓRICO

380 Kcal/horaGASTO CALÓRICO

• Menos risco de lesões pelo benefício do meio aquático

• Benéfico para quem sofre de asma

• Desenvolvem força, coordenação e ritmo

• Desenvolve a psicomotricidade (estudo do homem

através do corpo em movimento) em razão da

música e de elementos de dança em harmonia

• Constante evasão no inverno, quando a piscina não

possui sistema de aquecimento

• Solidão pelo tempo extenso dentro da piscina

• Necessidade de equipamentos específicos e ginásio

devidamente aparelhado

• Maior incidência de lesões pelo alto impacto gerado

por movimentos (saltos, giros, rolamentos, movimentos)

NATAÇÃO*

GINÁSTICA ARTÍSTICA*

Com a chegada das Olimpíadas no Rio de Janeiro, os olhos de todos

os brasileiros se voltam para os esportes e, inspirada por conquistas

dos atletas e pelo espírito olímpico, a busca por atividades físicas

segue crescendo!

A profissional de Educação Física, Carla Nunes, fala sobre 4 esportes

olímpicos que brasileiros adoram assistir e praticar, explicando as

vantagens e desvantagens de cada uma das modalidades.

18

IMA

GE

NS:

TH

INK

STO

CK

Esportes Olímpicos

RAIO-X

Nadar e praticar ginástica olímpica ou rítmica, ambas modalidades da ginástica

artística, desenvolvem coordenação motora, destreza, equilíbrio, flexibilidade,

força e capacidade cardiovascular. Para as crianças, estimula a autonomia, res-

ponsabilidade, disciplina e perseverança.

NATAÇÃO E GINÁSTICA ARTÍSTICA*

MODALIDADE

MODALIDADE

* A peculiaridade do individualismo nessas modalidades chama a atenção para a necessidade de constante orientação pelo profissional quando se dirige a prática às crianças, pois as mesmas estão em processo de formação e educação.

**

**

|REVISTA CUIDADOS PELA VIDA 19

A principal característica destes esportes é a sociabilidade. Também desenvolvem

o condicionamento cardiocirculatório, a resistência e as forças explosiva e de im-

pulsão, coordenação motora e sincronia. Além disso, estimulam o espírito de equi-

pe e cooperação, são educativos em relação à aplicação de regras e estratégias.

BASQUETEE VÔLEI

220 Kcal/horaGASTO CALÓRICO

• Espírito de equipe e cooperação

• Educativos em relação à aplicação de regras,

estratégias e táticas

• Riscos para torções, principalmente tornozelos e

joelhos

• Pode gerar lesões traumáticas em ombros e punhos

VÔLEI

MODALIDADE

550 Kcal/horaGASTO CALÓRICO

• Condicionamento cardiocirculatório, forças

resistente e explosiva, impulsão

• Coordenação motora e sincronia

• Podem gerar lesões articulares

• Podem ocorrer possíveis colisões, por ser um esporte

de confronto direto entre os oponentes.

BASQUETE

MODALIDADE

CARLA NUNES

Profissional de Educação Física

e especialista em Nutrição

Esportiva.

CREF 1: 8705

* * É importante ressaltar que o gasto energético médio de cada pessoa depende de vários fatores como composição corporal, idade, condicionamento físico do período, intensidade da sessão da prática. Em geral, o que vemos na literatura são cálculos médios sobre indivíduos com 70kg (média) e em condições físicas dentro de padrões adequados à prática de atividades.

**

**

As varizes são veias insuficientes e dilatadas que po-

dem causar dores, inchaço, além do incômodo es-

tético com o aparecimento de pequenos vasinhos

nas pernas. O tratamento varia de acordo com o grau

da doença, mas medicamentos com outras interven-

ções indicadas pelo médico garantem ótimos resul-

tados. No dia a dia, uma dieta equilibrada pode ser

uma grande aliada para melhorar a circulação san-

guínea de forma geral. “Não existe uma alimentação

específica somente para combater varizes. Existem

alimentos que ajudam na manutenção da boa cir-

culação de uma forma geral”, explica a angiologista

Thayane Guimarães, do Rio de Janeiro.

O que evitar?

O sal é inimigo número um da circulação. O ali-

mentação retém líquido no nosso organismo, o que

dificulta o bombeamento do sangue, resultando na

pressão arterial elevada. “O ideal é manter a distân-

cia de alimentos industrializados, especialmente os

instantâneos, como sopas e temperos. Eles contêm

muito sódio e são vilões da boa circulação. O consu-

mo excessivo dessa substância é um dos fatores de

risco da hipertensão arterial”, afirma a médica, ressal-

tando a importância de alimentos naturais, de prefe-

rência orgânicos.IMA

GE

NS:

TH

INK

STO

CK

ALIMENTOS PODEM AFETAR AS VARIZES?

CUIDADOS E BEM-ESTAR

20

|REVISTA CUIDADOS PELA VIDA 21MAIS LIDADO PORTAL!www.cuidadospelavida.com.br

Confira abaixo uma lista de substâncias que auxiliam a boa circulação

A angiologista indica uma alimentação incluindo muitas frutas, legumes e verduras. “Um grande levantamento

feito aponta que cinco porções diárias de vegetais reduzem o risco de morte em 25%. A orientação já havia

sido estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas infelizmente 90% dos brasileiros não se-

guem a regra”, diz a médica. Veja a lista de substâncias e quais alimentos consumir para uma boa circulação:

VITAMINA C: Auxilia no fortalecimento das paredes

dos vasos sanguíneos, ajuda na prevenção de doen-

ças vasculares, como a aterosclerose. Esse nutriente

é encontrado em algumas frutas e outros alimentos,

como, por exemplo, laranja, limão, morango, kiwi e

brócolis.

GORDURA INSATURADA: Amendoim, nozes, casta-

nhas e amêndoas são alimentos que contém gordura

insaturada, que beneficia as artérias, além de possuir

propriedades antioxidantes. O azeite de oliva tam-

bém possui gorduras insaturadas e outros compo-

nentes que são favoráveis às veias e artérias.

AMIDO RESISTENTE: Presente na batata doce, auxi-

lia na redução da fração nociva do colesterol (LDL) e,

consequentemente, contribui na prevenção de doen-

ças vasculares.

ÔMEGA 3: Além de auxiliar na redução dos níveis do

colesterol LDL no organismo, também diminuem os

riscos de coagulação e inflamações nos vasos san-

guíneos. Ele é encontrado em peixes como salmão,

atum e sardinha e também em outros alimentos,

como nozes, castanhas, sementes de chia e linhaça.

POTÁSSIO: Tem várias funções importantes, incluin-

do regulação da pressão arterial e dos batimentos

cardíacos. Ajuda a eliminar o sódio e os produtos in-

dustrializados das células e, consequentemente do

corpo, pela urina. Boas fontes de potássio: manga

palmer, extrato de tomate, banana nanica, milho,

mandioquinha e romã.

POLIFENÓIS: São compostos bioativos que estão

presentes em alimentos de origem vegetal, como

verduras, legumes, frutas e cereais. Eles melhoram o

funcionamento do sistema circulatório, pois colabo-

ram na proteção das células contra os radicais livres,

além de auxiliarem na redução do acúmulo de gordu-

ra no organismo.

FIBRAS ALIMENTARES: Auxiliam na diminuição dos

níveis de colesterol LDL (o chamado colesterol “ruim”)

no sangue. Elas estão presentes em cereais, grãos,

frutas e verduras.

ALICINA: Presente no alho, possui componentes que

reduzem a capacidade de coagulação do sangue, ini-

bem processos inflamatórios e ajuda a prevenir o en-

tupimento dos vasos sanguíneos.

LICOPENO: É a substância responsável pela cor ver-

melha de alguns alimentos, como o tomate. Ele é um

potente antioxidante que auxilia na prevenção

de doenças vasculares, como a obstrução das

artérias, por exemplo.

VITAMINA E: Estimula o relaxamento mus-

cular e dos vasos sanguíneos, contribuin-

do para o controle da pressão arterial. Pro-

move saúde cardiovascular, auxiliando na

prevenção de doenças como derrame e

infarto. Pode-se obter mais de 90%

do valor diário de vitamina E

em apenas um quarto de xí-

cara de sementes de girassol.

THAYANE GUIMARÃES

Angiologista e cirurgiã vascular

especialista em diagnóstico

vascular não-invasivo, flebologia,

linfologia, tratamento de varizes

com laser.

CRM: 52943410

QUEM FOI QUE DISSE?

22

Raio-X

Muito bom! Adorei a matéria do raio-x

dos alimentos!

ROGERIO DANTAS – RIO DE JANEIRO / RJ

VIA FACEBOOK

Doação de sangue

No fim do ano passado o problema da

doação de sangue no Brasil se tornou

muito próximo a mim, pois minha mãe

precisou de mais de 30 transfusões em

decorrência de um tratamento oncoló-

gico. Eu já havia tentado doar sangue

antes, mas minha pressão baixa me

impediu. Dessa vez eu “vesti a camisa”,

recrutei amigos em redes sociais e doei

sangue pela primeira vez para ajudá-la.

Minha mãe conseguiu as transfusões

necessárias e depois disso me tornei

doadora regular. Com apenas uma pi-

cada, que dói menos do que uma inje-

ção, podemos salvar muitas vidas! Não

espere que o problema bata à sua por-

ta, seja um doador de sangue!

NAYARA FREITAS – SÃO PAULO / SP

VIA E-MAIL

revista@cuidadospelavida.com.br

facebook.com/cuidadospelavida

Referências bibliográfi cas: 1. Folheto Informativo: COLLESTRA;cápsulas gelatinosas. Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. 2. DEPARTAMENTO DE ATEROSCLEROSE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - SBC. V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol, v. 101, n. 4, Supl. 1, 2013. 3. BRICARELLO, L. P. A utilização de fi tosteróis na alimentação: atuação sobre o colesterol? Rev. Bras.

Med., v. 58, n. 3, p. 153-154, 2001. 4. ORTEGA, R. M. et al. Improvement of choleslerol levels and reduction of cardiovascular risk via the consumption of phytosterols. British Journal of Nutrition, v. 96, s. 1. p. 89-93, 2006. 5. GYLLING, H. et al. Plant sterols and plant stanols in the management of dyslipidaemia and prevention of cardiovascular disease. Atherosclerosis, v. 232, p. 346-360, 2014.

Os fi toesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis.Alérgicos: contém derivados de soja.

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DOAÇÃO DE SANGUE NO BRASIL

Referências bibliográfi cas: 1. Folheto Informativo: COLLESTRA;cápsulas gelatinosas. Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. 2. DEPARTAMENTO DE ATEROSCLEROSE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - SBC. V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol, v. 101, n. 4, Supl. 1, 2013. 3. BRICARELLO, L. P. A utilização de fi tosteróis na alimentação: atuação sobre o colesterol? Rev. Bras.

Med., v. 58, n. 3, p. 153-154, 2001. 4. ORTEGA, R. M. et al. Improvement of choleslerol levels and reduction of cardiovascular risk via the consumption of phytosterols. British Journal of Nutrition, v. 96, s. 1. p. 89-93, 2006. 5. GYLLING, H. et al. Plant sterols and plant stanols in the management of dyslipidaemia and prevention of cardiovascular disease. Atherosclerosis, v. 232, p. 346-360, 2014.

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por ele. Não interrompa seu tratamento, pois é parte importante de sua saúde e

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programa CUIDADOS PELA VIDA reserva-se ao direito de alterar ou interromper

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