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Língua Portuguesa Ensino Médio Sumário Episódio 3: A Língua Portuguesa é nossa! 1. Apresentação 2. Orientações sobre gêneros textuais Capítulo 1 1. Introdução 1.1 Objetivos 1.2. Conteúdos 2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica 2.2. Sinopse 2.3. Orientações para o professor 2.4. Orientações para o aluno 3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica 3.2. Sinopse 3.3. Orientações para o professor 3.4. Orientações para o aluno 4. Suporte teórico 4.1. Sobre o verbo Bibliografia recomendada Capítulo 2 1. Introdução 1.2 Objetivos 1.3. Conteúdos 2. Vídeo – Capítulo 1 2.2. Ficha Catalográfica 2.3. Sinopse 2.4. Orientações para o professor 2.5. Orientações para o aluno 3. Áudio – Capítulo 1 3.2. Ficha Catalográfica 3.3. Sinopse 3.4. Orientações para o professor 3.5. Orientações para o aluno 4. Suporte teórico 4.2. Sobre o substantivo Bibliografia recomendada Capítulo 3

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Língua Portuguesa Ensino Médio

Sumário

Episódio 3: A Língua Portuguesa é nossa!

1. Apresentação 2. Orientações sobre gêneros textuais

Capítulo 1 1. Introdução

1.1 Objetivos 1.2. Conteúdos

2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica 2.2. Sinopse 2.3. Orientações para o professor 2.4. Orientações para o aluno

3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica 3.2. Sinopse 3.3. Orientações para o professor 3.4. Orientações para o aluno

4. Suporte teórico 4.1. Sobre o verbo

Bibliografia recomendada Capítulo 2 1. Introdução

1.2 Objetivos 1.3. Conteúdos

2. Vídeo – Capítulo 1 2.2. Ficha Catalográfica 2.3. Sinopse 2.4. Orientações para o professor 2.5. Orientações para o aluno

3. Áudio – Capítulo 1 3.2. Ficha Catalográfica 3.3. Sinopse 3.4. Orientações para o professor 3.5. Orientações para o aluno

4. Suporte teórico 4.2. Sobre o substantivo

Bibliografia recomendada Capítulo 3

1. Introdução

1.1. Objetivos 1.2. Conteúdos

2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica 2.2. Sinopse 2.3. Orientações para o professor 2.4. Orientações para o aluno

3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica 3.2. Sinopse 3.3. Orientações para o professor 3.4. Orientações para o aluno

4. Suporte teórico 4.1. Sobre o adjetivo e o advérbio

Bibliografia recomendada

Episódio 3 A língua portuguesa é

nossa! Introdução

Orientações sobre gêneros textuais

Capítulo 1 Introdução Objetivos Conteúdos

Suporte Teórico Bibliografia

Capítulo 2 Introdução Objetivos Conteúdos

Suporte Teórico Bibliografia

Capitulo 3 Introdução Objetivos Conteúdos

Suporte Teórico Bibliografia

Vídeo Ficha Catalográfica

Sinopse Orientações para o

professor Orientações para o

aluno

Áudio Ficha Catalográfica

Sinopse Orientações para o

professor Orientações para o

aluno

Vídeo Ficha Catalográfica

Sinopse Orientações para o

professor Orientações para o

aluno

Áudio Ficha Catalográfica

Sinopse Orientações para o

professor Orientações para o

aluno

Vídeo Ficha Catalográfica

Sinopse Orientações para o

professor Orientações para o

aluno

Áudio Ficha Catalográfica

Sinopse Orientações para o

professor Orientações para o

aluno

1. Apresentação O terceiro episódio da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio”, intitulado “A língua portuguesa é nossa” destina-se a contextualizar o ensino da língua no nível Médio. Os objetivos principais que perpassam os três capítulos em que se desdobra este episódio são: 1) reconhecer a relação forma, função e significado dos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios; 2) reconhecer recursos de adequação da linguagem ao contexto. O foco é dirigido principalmente às relações entre forma, função e significado das seguintes categorias gramaticais: verbo, adjetivo e advérbio. Entre os temas transversais e interdisciplinares, são abordados: Pluralidade Cultural, Orientação Sexual, História e Geografia. Os gêneros textuais escolhidos para compor os episódios de vídeo e áudio dão suporte ao tratamento da língua em uso, aproximando as situações de ensino-aprendizagem das práticas discursivas autênticas da linguagem. As situações interativas permeadas pelos gêneros propiciam o desenvolvimento de competências de uso da língua nas modalidades oral e escrita, a participação social e a interação por meio das mídias disponíveis em nossa cultura, bem como a tomada de consciência de fenômenos particulares da língua de forma contextualizada.

2. Orientações sobre gêneros textuais A classificação clássica de gêneros – narração, descrição e dissertação (expositiva ou argumentativa), praticada por muito tempo nas escolas sob o nome de redação, limita o reconhecimento das possibilidades de uso da linguagem nos mais variados contextos sócio-comunicativos que vivenciamos em nosso dia-a-dia. Reconhecer nas unidades textuais selecionadas para a leitura e a produção em sala de aula apenas essas três formas de expressão significa excluir da prática escolar o exercício autêntico da linguagem. As teorias mais recentes sobre gêneros textuais estão mostrando que essa classificação não dá conta das diferentes práticas sociais da fala e da escrita, pois privilegiam somente as modalidades ou formas de organizar as informações nos mais variados gêneros, e tais formas podem ocorrer, não raramente, combinadas, ou seja, elas não são sempre predominantes e exclusivas num texto, nem são facilmente identificadas e delimitadas. Essas modalidades discursivas são atualmente conhecidas como sequências ou tipos textuais e englobam pelo menos seis formas básicas de estrutura do texto: narrativa, descritiva, argumentativa, expositiva, injuntiva e conversacional. Estas sequências, ao contrário dos gêneros, não têm a autonomia que se pensava ao ensiná-las na escola e, principalmente, não são reconhecidas pelos usuários da língua como objetos de interação. Vamos ver um exemplo: se alguém quer contar a um parente ou a um amigo distante como foi sua última viagem de férias para o litoral, não diz que vai enviar-lhe pelo correio uma narração dos fatos mais interessantes, acompanhada da descrição da cidade litorânea que conheceu, mas diz que vai escrever-lhe uma carta. A carta é o gênero, é o instrumento de intercomunicação nomeado socialmente e não a narração ou a descrição. Portanto, é a estrutura dos textos das cartas que pode ser de natureza narrativa, descritiva ou argumentativa, e pode ser de natureza mista, dependendo dos propósitos do emissor. Então, o que acontece na sociedade, em termos de relações interacionais, se dá por meio de gêneros textuais e não de formas de organizar e de transmitir as

informações que se reconhecem na estrutura textual. Trata-se, portanto, de escolhas que se definem em função de cada gênero e dos propósitos comunicativos nos mais diferentes contextos sociointeracionais.

Isso significa que há gêneros produzidos em situações muito formais e que seguem convenções mais rigorosas de produção como os da área jurídica, as leis ou um depoimento de acusado, por exemplo, e há outros gêneros mais informais, que possibilitam a criatividade, como o romance e o conto entre os literários, ou, na área da publicidade, os anúncios em geral, e ainda, no uso cotidiano e espontâneo da linguagem, um bilhete, uma piada, o relato de um fato qualquer, entre outros. Nessa perspectiva, os gêneros textuais são concebidos como práticas sociais de interação que se configuram em função dos propósitos comunicativos e variam de acordo com cada situação comunicativa e com as convenções estabelecidas nos diferentes grupos sociais. Estes criam seus gêneros próprios para efeitos comunicativos específicos ou se apropriam de outros já constituídos sócio-historicamente, como é o caso de muitos gêneros que migraram para o ambiente virtual e de outros que foram criados dentro dessa nova mídia. Para o tratamento dos gêneros em sala de aula, cabe ao professor propor atividades que promovam a ativação do conhecimento de gêneros estabelecidos socialmente, por meio de exercícios de análise e reconhecimento das propriedades comunicativas e formais de cada um, em função dos interlocutores nas situações concretas de comunicação. Sem isso, a escola corre o risco de continuar incorrendo na artificialidade das produções textuais, executadas como tarefa escolar e destinadas a um único leitor, o professor-avaliador. O professor também pode contar com o apoio dos livros didáticos para a sua prática pedagógica que atualmente vêm apresentando propostas de atividades orientadas pela concepção de gênero textual. A diversidade de gêneros explorada em muitas coleções inclui anúncios, histórias em quadrinhos, entrevistas, notícias, crônicas, entre outros. Há, porém, lacunas nas propostas de atividades de leitura e de produção que precisam ser preenchidas pelo professor, principalmente no que diz respeito à exploração das características dos gêneros nos seus aspectos sociais de uso e nos aspectos linguísticos e formais dos textos que os representam. As atividades de leitura e produção devem oportunizar aos alunos um exercício de reconhecimento e análise de gêneros textuais que circulam na sociedade, muitos dos quais fazem parte do cotidiano deles. Às vezes esta etapa é desprezada, ou porque o conhecimento prévio do aluno é supervalorizado, ou porque o professor não costuma deter-se em analisar as condições sócio-comunicativas de cada gênero e as suas características formais, privilegiando as atividades de produção textual em sala de aula. O reconhecimento de um gênero inclui a análise do contexto de uso, ou seja, o reconhecimento de onde e quando o gênero é praticado; a identificação dos interlocutores, isto é, as intenções e propósitos do emissor e a quem pode se destinar um dado gênero; a escolha da forma mais adequada de organizar linguisticamente as informações; a análise de características textuais e linguísticas que são típicas de cada gênero.

CAPÍTULO 1

1. Introdução Seja bem vindo ao primeiro capítulo do episódio 3 da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio”. Fazem parte do Capítulo 1, um recurso em áudio e um recurso de vídeo, ambos de duração de dez minutos cada e relacionados ao mesmo propósito pedagógico, podendo ser usados de maneira independente ou complementar. Neste guia de uso, você poderá encontrar, além da descrição de objetivos e conteúdos, sinopses dos episódios, orientações para professor e aluno, suporte teórico para o tratamento dos conteúdos de aprendizagem e bibliografia. Com vistas a dar suporte ao alcance dos objetivos, este capítulo contempla vários gêneros textuais que permeiam as nossas práticas sociais para atender a diferentes propósitos comunicativos. Nos recursos de vídeo e áudio são exploradas relações informais entre jovens estudantes e diálogos com um orientador de aprendizagem que os encaminha para diversas atividades de pesquisa e convivência com usos da Língua Portuguesa por meio de gêneros textuais. Desejamos que este material traga boas contribuições para o seu processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa! 1.1. Objetivos Este capítulo tem como objetivo específico explorar a categoria do verbo quanto a forma, função e significado, considerando a adequação da linguagem a situações de uso. 1.2. Conteúdos O foco deste capítulo está no conteúdo lingüístico que contempla recursos oferecidos pelo sistema verbal, contextualizados por meio dos seguintes gêneros textuais orais e escritos que estão estabelecidos na nossa sociedade: tirinhas, verbetes, anúncios e entrevistas. Entre os conteúdos interdisciplinares, estão presentes História e Geografia. 2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 3 – Capítulo 1

Título: A Língua Portuguesa é nossa!

Subtítulo: Verbo: significação, forma e função

Tipo de Recurso: Vídeo

Objetivo: Explorar a categoria do verbo quanto a forma, função e significado,

considerando adequação da linguagem a situações de uso.

Descrição do Recurso: Este material em vídeo tem duração de cerca de dez minutos

e é acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico

em PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Linguístico: O verbo: forma, função e significado; Transversal: Pluralidade

cultural, inclusão social; Interdisciplinares: História e Geografia

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Língua Portuguesa; Verbo; Orientação Sexual

2.2. Sinopse O amor está no ar! O Comandante Cícero relembra a sua juventude, quando era aprendiz em uma nave de aprendizagem... Ao recordar de uma antiga paixão, lança a missão: procurar textos que abordem as relações afetivas. Durante a pesquisa na biblioteca, os tripulantes Carol, Rodrigo e Daniel encontram textos orais e escritos que apresentam diferenças entre as percepções masculinas e femininas sobre o que é o amor e, ao analisá-los, descobrem a relação entre significado, forma e função dos verbos na Língua Portuguesa. 2.3. Orientações para o professor Aproveitando o tema do capítulo, inicie a sua aula propondo uma discussão com seus alunos sobre o “amor”. A percepção desse sentimento está relacionada ao sexo feminino ou masculino? À idade? Às condições sócio-econômicas? Ao tempo histórico? Peça que seus alunos tragam exemplos para ilustrarem as suas afirmações. A partir daí, exiba o vídeo sem interrupções para que os alunos confiram o tratamento do tema no material. Ao final, cheque com eles se houve encontros entre o que eles assistiram e as suas idéias colocadas no início da aula. Entre as discussões, assuntos como o ciúme e a infidelidade, a convivência, a separação e a saudade, religiosidade e a orientação sexual para prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis podem surgir já que aparecem no vídeo. Feito isso, comece a canalizar a atenção dos alunos para o tema lingüístico: verbo, função e significado. O primeiro texto escrito apresentado no vídeo é a tirinha “Gato e gata”. Busque explorar com seus alunos a intertextualidade com o texto mitológico sobre a esfinge de Tebas. Questione seus alunos sobre o seu conhecimento prévio acerca dos textos. Chame a atenção dos alunos para os verbos no imperativo: “Decifra-me ou te devoro”, que traz uma inversão da colocação pronominal em relação ao texto original “Decifra-me ou devoro-te”: será que a escolha linguística indica algum significado proposital? E quanto a resposta do gato: “Devora-me”, com o pronome posposto ao verbo, diferentemente da fala da “gatinha”. Será que podemos construir outras interpretações a partir dessa escolha linguística? Quando, ao final, a “gatinha” pergunta: “Fez reserva de mesa?”, o que ela quer dizer com isso? Na conversa entre o casal na portaria do prédio, o rapaz está impaciente esperando pela namorada. Existe alguma formação discursiva estereotipada nesta conversa? Qual a opinião dos alunos sobre o motivo de desentendimento do casal? Peça para

que eles justifiquem a resposta com base na análise dos tempos e aspectos verbais. Por fim, o anúncio de prevenção contra a AIDS pode ser explorado também do ponto de vista da intertextualidade. Peça para que seus alunos reflitam sobre a escolha do imperativo conjugado na segunda pessoa “ama - tu” e a significação que esta escolha pode construir. Teríamos o mesmo efeito se alterássemos a construção ou o modo verbal? Após o estudo do material, encaminhe outras atividades para que seus alunos continuem pesquisando e desenvolvam a produção textual. Entre as possibilidades, sugerimos buscar situações em conversas de casais que apresentem algum problema de interpretação que gere desentendimento. Os alunos podem coletar esses tipos de dados em telenovelas, romances, ou no dia a dia. Outra sugestão é a produção de um anúncio educativo sobre doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência, ou mesmo exploração de menores. A História e a Geografia podem ser exploradas a partir da referência à Esfinge de Tebas. Uma pesquisa sobre isso pode ser encaminhada. As possibilidades são muitas! Considere o seu contexto de ensino e tenha muito sucesso!! 2.4. Orientações para o aluno Antes do vídeo:

1. Você concorda que há várias formas de “amar”? A percepção desse sentimento está relacionada ao sexo feminino ou masculino? À idade? Às condições sócio-econômicas? Ao tempo histórico? Cite alguns exemplos para ilustrar as suas afirmações.

Durante o vídeo:

1. Ao assistir ao vídeo, perceba como os seguintes assuntos são abordados nas interações: o ciúme e a infidelidade, a convivência, a separação e a saudade, religiosidade e a orientação sexual para prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis. O que você havia pensado antes foi contemplado no material? O que foi diferente?

2. O primeiro texto escrito apresentado no vídeo é a tirinha “Gato e gata”. Existe intertextualidade com o texto mitológico sobre a esfinge de Tebas. Você já conhecia estes dois textos? Perceba que, na tirinha, alguns verbos estão no modo imperativo: “Decifra-me ou te devoro”, que traz uma inversão da colocação pronominal em relação ao texto original “Decifra-me ou devoro-te”. Será que a escolha linguística indica algum significado proposital? E quanto a resposta do gato: “Devora-me”, com o pronome posposto ao verbo, diferentemente da fala da “gatinha”. Será que podemos construir outras interpretações a partir dessa escolha linguística? Quando, ao final, a “gatinha” pergunta: “Fez reserva de mesa?”, o que ela quer dizer com isso?

3. Na conversa entre o casal na portaria do prédio, o rapaz está impaciente esperando pela namorada. Existe alguma formação discursiva estereotipada nesta conversa? Você concorda que a escolha do tempo verbal pode realmente gerar diferentes possibilidades de significados? Justifique a sua resposta.

4. No anúncio de prevenção contra a AIDS podemos também encontrar a intertextualidade. Teríamos o mesmo efeito de sentido se alterássemos o modo verbal ou não lançássemos mão da intertextualidade? Qual a sua opinião sobre esta escolha lingüística?

Após o vídeo:

1. Que tal buscarmos situações de conversas de casais que apresentem algum problema de interpretação devido às escolhas lingüísticas? Você pode encontrar esses tipos de dados em telenovelas, romances, ou no dia a dia. Outra sugestão é a produção de um anúncio educativo sobre doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência, ou mesmo exploração de menores.

3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 3 – Capítulo 1

Título: A Língua Portuguesa é nossa!

Subtítulo: Verbo: significação, forma e função

Tipo de Recurso: Áudio

Objetivo: Explorar a categoria do verbo quanto a forma, função e significado,

considerando adequação da linguagem a situações de uso.

Descrição do Recurso: Este material em áudio tem duração de cerca de dez

minutos, dividido em dois blocos de aproximadamente cinco minutos cada, e é

acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico em

PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Linguístico: o verbo: forma, função e significado; Transversal: Inclusão

social e respeito às diferenças; Interdisciplinares: História e Geografia.

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Língua Portuguesa; Verbos

3.2. Sinopse Existe forma mais interessante do que estudar a língua da maneira como ela é realmente usada? É pensando nisso que o Comandante Cícero sintoniza a Rádio Estação da Linguagem para que seus aprendizes analisem as realizações verbais nas conversas, anúncios e entrevistas. Assim, Carol, Daniel e Rodrigo aprendem sobre a diferença entre verbos lexicais e gramaticais, usos regionais e a relação entre forma, função e significado dos verbos de acordo com as escolhas dos falantes em contexto de comunicação. Participe também desta jornada de aprendizagem para descobrir que “a língua portuguesa é nossa!” 3.3. Orientações para o professor

Antes de ouvirem o áudio, peça para que seus alunos compartilhem o que já sabem sobre o estudo dos verbos. Para isso, organize-os em grupos pequenos e peça para que listem as suas contribuições por escrito. Feito isso, apresente o primeiro bloco do material em áudio ininterruptamente e, ao final, que comparem os encontros entre as suas idéias iniciais e o que o texto em áudio traz. Entre as discussões sobre o verbo contidas no primeiro bloco do material em áudio, está a diferenciação entre verbos lexicais e gramaticais. Peça para que os alunos anotem essa diferenciação e os exemplos trazidos. Canalize a atenção dos alunos para a lista de verbos trazida no verbete “bullying”. Como podemos classificá-los de acordo com as explicações da professora entrevistada? Antes de ouvirem o segundo bloco, apresente as seguintes afirmações aos alunos: “Eu precisava descansar” e “Eu preciso descansar”. Qual é o tempo verbal em cada uma delas? O significado de ambas as frases é semelhante ou elas podem significar intenções diferentes? Peça para que seus alunos justifiquem as suas afirmações e, antes de avaliá-las, apresente o segundo bloco do material para conferirem as suas hipóteses sobre o que foi discutido. Como tratamento posterior à escuta, sugerimos sistematizar com os alunos a relação entre forma, função e significado das demais expressões verbais presentes no texto em áudio. Use as explicações contidas no material como ponto de partida e insira outras informações sobre o tema conforme julgar necessário. Encaminhe mais pesquisas sobre o assunto em situações de uso da língua em diferentes contextos por meio de diferentes gêneros. A interdisciplinaridade pode ser abordada a partir da canção “Terral” apresentada, quanto aos aspectos históricos e geográficos da cidade de Fortaleza. E a inclusão social pode ser tratada a partir da discussão sobre “bullying”. Aproveite as sugestões deste Guia e use a sua criatividade: as possibilidades são inúmeras! 3.4. Orientações para o aluno Antes do áudio:

1. Antes de ouvir o material em áudio, tente se lembrar sobre o que você já estudou sobre os verbos em língua portuguesa. Anote as suas idéias.

Durante o áudio: 1. Ouça o primeiro bloco deste capitulo e confira se as suas idéias iniciais

combinam o que é apresentado no material. 2. Você já tinha ouvido falar em verbos lexicais e verbos gramaticais? O que é

léxico? Porque chamar os verbos de “lexicais”? Preste atenção nas explicações sobre essa classificação e os exemplos trazidos.

3. Ao final deste bloco, um anúncio educativo sobre “bullying” é apresentado. Você já conhecia o termo “bullying”? Os verbos listados como sinônimos de “bullying” são do tipo lexical ou gramatical? Justifique a sua resposta.

4. No segundo bloco, discute-se a relação entre forma e significado das seguintes construções: “eu preciso descansar” e “eu precisava descansar”. Quais interpretações podemos construir a partir da conversa do casal?

Após o áudio: 1. Busque outros exemplos sobre a relação entre tempo verbal e significado, de

acordo com o contexto de uso no material escutado.

4. Suporte Teórico

4.1 Sobre verbo Encontra-se nas gramáticas em geral o conceito de verbo como a classe de palavras que exprime ação, estado ou fenômeno da natureza, como uma categoria morfológica; e também como uma categoria sintática, pois, além de sua forma característica, com todas as suas flexões de modo, tempo, número e pessoa, ele é o núcleo do sintagma verbal e exerce função central na constituição da oração. Por essa razão, grande parte dos materiais que são disponibilizados ao professor centra o estudo do verbo num enfoque morfossintático que ressalta principalmente categorias morfológicas como flexão e classificação (regular, irregular, anômalo, defectivo, abundante, etc.) e categorias sintáticas como voz, concordância, regência, etc. Em decorrência disso buscamos, neste material, dar um tratamento voltado ao significado do verbo nos contextos de uso e discutir alguns pontos que envolvem os valores semânticos do verbo, sem, contudo, minimizar a importância do tratamento morfossintático. Tradicionalmente se estudam os tempos flexionais do verbo, porém nem sempre se faz uma comparação com o tempo real. Por exemplo, em “eu viajo amanhã cedo” e “eu viajo toda semana”, o verbo viajar está flexionado no presente do indicativo, mas o verbo na primeira frase tem um valor de futuro, enquanto na segunda expressa uma rotina – em nenhuma delas a ação se refere ao momento presente da fala. Essa funcionalidade é bastante recorrente e há muitas formas de o professor explorar o sentido dos tempos verbais em uso. Além de comparar o uso de uma mesma forma em contextos diferentes, é possível fazer um inventário de diversas maneiras de construir uma sentença num determinado tempo verbal e discutir as diferentes nuanças entre essas sentenças. Além disso, as formas verbais de flexão modificam-se conforme o grau de formalidade exigido por uma dada situação de comunicação. Enquanto num contexto informal nós podemos proferir uma sentença do tipo “eu ia viajar amanhã cedo”, em contextos mais formais flexionamos o verbo auxiliar em outro tempo verbal: “eu iria viajar amanhã cedo”, ou ainda usamos somente o verbo principal no futuro do pretérito: “eu viajaria amanhã cedo”. É interessante também observar o comportamento dos verbos em diversos tipos ou seqüências textuais. Em textos injuntivos (instrucionais), os verbos são flexionados predominantemente no modo imperativo. Quando se argumenta, colocam-se os verbos no presente, a fim de causar a impressão de que seja verdade o que se diz. Em narrativas, as ações são expressas geralmente com verbos no passado. Na narrativa abaixo, pode-se observar como as ações mais relevantes para a sequência temporal da história encontram-se no pretérito perfeito (em negrito), enquanto os verbos no pretérito imperfeito (sublinhados) são usados mais com um valor descritivo, num plano secundário.

Vilela não lhe respondeu; tinha as feições decompostas; fez-lhe sinal, e foram para uma saleta interior. Entrando, Camilo não pôde sufocar um grito de terror: – ao fundo sobre o canapé, estava Rita morta e ensangüentada. Vilela pegou-o pela gola, e, com dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão. (Machado de Assis – A cartomante)

Ainda sobre esse assunto, é possível distinguir duas formas de marcação do tempo verbal: uma em que se situa a ação expressa pelo verbo em relação ao falante, ou seja, antes, depois ou no momento de sua fala (presente, passado e futuro); e

outra em que se considera a duração do processo verbal. A gramática tradicional prioriza somente a primeira forma, o tempo verbal, e negligencia o estudo da segunda, o aspecto. Isso ocorre porque nem sempre é possível relacionar o aspecto às desinências de modo e tempo, sendo preciso buscar informações contextuais e/ou na própria semântica do verbo para identificar o aspecto. Por exemplo, há formas verbais que carregam o sentido de início da ação, como em “Maria partiu” ou “Maria começou a varrer a casa”. Nesses dois exemplos, é possível perceber que o mesmo aspecto foi expresso por duas formas diferentes, pelo próprio significado do verbo no primeiro caso, e pelo uso de um auxiliar no segundo. De modo análogo, há formas verbais que expressam o fim da ação, como em “Maria varreu a casa”, marcado pela flexão verbal do pretérito perfeito, e em “eu chego às duas”, reconhecido no significado do próprio verbo. Do mesmo modo, há aspectos expressos por uma ação em processamento, como em “estou lendo Dom Casmurro”, ao passo que outros aspectos indicam uma ação momentânea, como em “João caiu da bicicleta”. Além do tempo verbal, há outros tópicos potencialmente exploráveis e igualmente importantes da categoria do verbo. Os modos, por exemplo, são tratados pela gramática tradicional conforme a atitude do falante em relação ao que está sendo dito: o indicativo exprime certeza; o subjuntivo, dúvida, hipótese ou desejo; e o imperativo, ordem ou pedido, mas há outras formas verbais que podem expressar esses modos. Assim, numa oração como “Pedro virá à festa”, o falante exprime certeza do que diz, porém em “Pedro poderá vir à festa” ou em “Pedro terá de vir à festa” há, respectivamente, uma expressão de dúvida e de ordem, embora os verbos não estejam conjugados nos modos subjuntivo e imperativo. Quanto à voz do verbo, tradicionalmente se exploram as estruturas sintáticas que as caracterizam. Assim, a voz ativa é constituída tipicamente pela sequência sujeito-verbo-objeto direto; na voz passiva, invertem-se essas posições: há um sujeito paciente (objeto direto da voz ativa), um verbo auxiliar – principalmente o verbo ser – seguido do verbo principal no particípio e, opcionalmente, de um agente da passiva (sujeito da voz ativa); e, na voz reflexiva, tem-se o verbo acompanhado por um pronome oblíquo com função reflexiva. Exemplos: Voz ativa: Francisco comprou este carro. Voz passiva: Este carro foi comprado por Francisco. Voz reflexiva: Francisco endividou-se. Além da estrutura sintática que caracteriza as vozes verbais, é possível explorar certas funções desempenhadas pela escolha de uma voz em detrimento das demais. Em determinadas situações é comum ocultar deliberadamente o responsável por uma ação a partir da composição de uma frase na voz passiva. Assim, a sentença “João quebrou a vidraça”, construída na voz ativa, pode ser passada para a passiva, encobrindo o agente: “a vidraça foi quebrada”, aproximando-se do significado da frase “quebraram a vidraça”. Assim também, a escolha da ativa ou da passiva pode evidenciar o foco sobre o qual o leitor deverá voltar sua atenção. Em “o menino quebrou a vidraça”, o foco recai sobre o menino, ou seja, ele é o sujeito sintático da oração e é o responsável pela ação de quebrar, enquanto em “a vidraça foi quebrada pelo menino”, o sujeito passa a ser “a vidraça” e a função do agente fica atenuada, porque as informações novas que vêm a seguir são sobre a vidraça.

Bibliografia recomendada Para saber mais sobre verbos

PERINI, Mário A. Gramática descritiva do português. 3ª. Ed. São Paulo: Ática, 1998. Neste livro o autor descreve pormenorizadamente e num tom bastante didático a estrutura sintática, semântica e morfológica da língua portuguesa, apresentando tópicos nos quais se discutem a forma e a função dos verbos. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática: ensino plural. 3ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2007. Discutindo questões em torno do ensino de gramática, o autor apresenta propostas de ensino de verbos em que não somente aspectos estruturais são considerados, auxiliando os professores de língua materna a dar uma abordagem funcional à sua prática docente. Para saber mais sobre gêneros textuais BIASI-RODRIGUES, Bernardete. A diversidade de gêneros textuais no ensino: um novo modismo? Revista Perspectiva, Florianópolis: Ed. da UFSC, v.20, n.1, p. 49-64, jan./jun./2002. Este artigo apresenta uma discussão teórica sobre gêneros textuais, baseada em teorias recentes sobre o assunto contrapostas à visão dos PCNs acerca do tema e a algumas propostas didáticas para o tratamento de gênero. KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim Siebeneicher. (orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. Palmas e União da Vitória, PR: Kaygangue, 2005. Este livro apresenta oito capítulos que abordam a relação gênero e ensino. Questões como a produção de materiais didáticos, ensino a partir dos gêneros do jornal, letramento digital, multimodalidade e análise de gêneros são alguns dos temas tratados neste volume. CAPÍTULO 2

1. Introdução Seja bem vindo ao segundo capítulo de ensino do episódio 3 da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio”. Fazem parte do capítulo 2 um recurso em áudio e um recurso em vídeo, ambos de duração de dez minutos cada e relacionados ao mesmo propósito pedagógico, podendo ser usados de maneira independente ou complementar. Neste guia de uso, você poderá encontrar, além da descrição de objetivos e conteúdos, sinopses dos episódios, orientações para professor e aluno, suporte teórico para o tratamento dos conteúdos de aprendizagem e bibliografia. Com vistas a dar suporte ao alcance dos objetivos, este capítulo contempla vários gêneros textuais que permeiam as nossas práticas sociais para atender a diferentes propósitos comunicativos. Nos episódios de vídeo e áudio são exploradas relações informais entre jovens estudantes e diálogos com um orientador de aprendizagem que os encaminha para diversas atividades de pesquisa e convivência com usos da Língua Portuguesa por meio de gêneros textuais. Desejamos que este material traga boas contribuições para o seu processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa!

1.1. Objetivos

Este capítulo tem como objetivo específico explorar a categoria do substantivo quanto à forma, função e significado, considerando adequação da linguagem a situações de uso.

1.2. Conteúdos O foco deste capítulo está no conteúdo linguístico que contempla recursos oferecidos pelo sistema verbal, contextualizados por meio dos seguintes gêneros textuais orais e escritos que estão estabelecidos na nossa sociedade: documentário, verbete, entrevista e anúncio. Entre os conteúdos interdisciplinares, estão presentes História e Geografia.

2. Vídeo

2.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 3 – Capítulo 2

Título: A língua Portuguesa é nossa!

Subtítulo: Substantivos: Significação, forma e função.

Tipo de Recurso: Vídeo

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico explorar a categoria do

substantivo quanto à forma, função e significado, considerando adequação da

linguagem a situações de uso.

Descrição do Recurso: Este material em vídeo tem duração de cerca de dez minutos

e é acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico

em PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Linguístico: substantivo: forma, função e significado; Transversais:

Pluralidade cultural; Interdisciplinares: História e Geografia.

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Língua Portuguesa; substantivo; tradições populares.

2.2. Sinopse As cores das festas populares encantam os nossos jovens pesquisadores, que partem para mais uma viagem, direto da galáxia para o estado do Ceará. Na jornada, Carol, Rodrigo e Daniel aprofundam os estudos sobre substantivos no fértil campo de observação da cultura popular e dos regionalismos. Na região, entrevistam um mestre da cultura e pessoas locais sobre a experiência da manutenção das tradições populares como o Reisado e o Maracatu.

2.3. Orientações para o professor

Caro professor, você verá que este capítulo é rico em informações sobre as tradições populares nordestinas. Aproveite para trabalhar com seus alunos a pluralidade cultural brasileira. Sugerimos que, antes de exibir o vídeo, ajude seus alunos a resgatarem o seu conhecimento prévio sobre o assunto: tradições populares. Escreva na lousa as palavras “bacamarteiros”, “maracatu” e “reisado” para e ajude-os a construírem expectativas sobre o que irão assistir. Feito isso, exiba o vídeo uma vez sem interrupção para que seus alunos confirmem suas hipóteses construídas anteriormente. A partir daí, converse mais com seus alunos sobre essas tradições populares, seus significados, alegorias, e importância para a manutenção da cultura popular. Feito isso, da mesma maneira apresentada no vídeo, conduza a atenção dos alunos para a classe das palavras “bacamarteiros”, “maracatu” e “reisado” e a definição de substantivo. Apresente o vídeo mais uma vez para que os alunos verifiquem os substantivos presentes no texto em vídeo e relacionem a forma à função e ao significado em contexto. Como atividade seqüencial, sugerimos que os alunos pesquisem sobre outras tradições populares, de preferência locais, e que, ao estudarem os textos encontrados, analisem os substantivos presentes. A apresentação dos resultados pode ser em forma de painéis, apresentações orais, vídeo-documentários, ou mesmo convidando grupos de tradições locais para apresentações na escola. São muitas as possibilidades! Use nossas sugestões como ponto de partida para o seu planejamento e tenha sucesso!!

2.4. Orientações para o aluno Antes do vídeo:

1. Caro aluno, você conhece as tradições populares da região onde mora? Pode mencionar alguns exemplos?

2. Já ouviu falar dos “bacamarteiros”, do “maracatu” e do “reisado”? O que você sabe sobre eles?

Durante o vídeo: 1. Ao assistir ao vídeo pela primeira vez, verifique se as informações sobre os

“bacamarteiros”, o “maracatu” e o “reisado” são semelhantes as que você pensou anteriormente.

2. Voce sabe a qual classe de palavras pertence as seguintes: “bacamarteiros”, “maracatu” e “reisado”?

3. Como podemos identificar os substantivos? 4. Qual a importância dos substantivos para o discurso?

Após o vídeo:

1. Como atividade seqüencial, que tal investigarmos mais sobre as tradições populares da região onde vive? Busque textos, imagens, vídeos etc. sobre isso e, quando tiver o material em mãos, analise os substantivos presentes nos textos buscando relacionar a forma à função e ao significado dentro do contexto. Para apresentar os resultados você pode produzir painéis, vídeo-documentários ou mesmo uma reportagem para publicação no jornal ou no blog da escola. Mãos a obra!!

3. Áudio

3.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 3 – Capítulo 2

Título: A Língua Portuguesa é nossa!

Subtítulo: Substantivo: significação, forma e função.

Tipo de Recurso: Áudio

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico explorar a categoria do

substantivo quanto à forma, função e significado, considerando adequação da

linguagem a situações de uso.

Descrição do Recurso: Este material em áudio tem duração de cerca de dez

minutos, dividido em dois blocos de aproximadamente cinco minutos cada, e é

acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico em

PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Linguistico: substantivo: forma, função e significado; Transversal:

Pluralidade cultural e Meio ambiente; Interdisciplinares: História e Geografia.

Autores: Andréia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Língua Portuguesa; substantivo; cultura popular.

3.2. Sinopse Numa entrevista de rádio, um especialista estudioso do sertão nordestino fala sobre a relação do homem sertanejo com a natureza. A partir das ricas informações, os pesquisadores da Nave da Aprendizagem seguem investigando mais sobre a cultura popular nordestina e aprendem sobre preservação dos recursos naturais, principalmente a água. Nesse percurso, cumprem a missão de estudos da língua portuguesa com foco na identificação e análise dos substantivos, sua significação, forma e função nos contextos interacionais.

3.3. Orientações para o professor Caro professor, você perceberá que este capítulo é rico em informações sobre a cultura popular nordestina. Aproveite a oportunidade para trabalhar o assunto com seus alunos, estendendo o tema para as culturas populares locais de sua região. Além disso, o texto em áudio proporciona a oportunidade de discutir a relação do home com o meio ambiente e a preservação dos recursos naturais.

Antes de reproduzir o áudio, converse com seus alunos sobre o tema: cultura popular nordestina. Busque ajudar seus alunos a resgatar o conhecimento prévio que trazem sobre o assunto. Feito isso, exiba o primeiro bloco no capitulo em áudio para que verifiquem se existe encontros entre as suas idéias colocadas anteriormente e as informações contidas no texto em áudio da entrevista com o professor Olivenor Chaves. A seguir, peça para que os alunos ouçam o segundo bloco e verifique o nível de compreensão da historia contada por Manuel. Leve seus alunos a refletirem sobre o que pode causar dificuldade de compreensão e a que classe de palavras pertencem os exemplos que trarão. Conduza o assunto para o tema linguístico: substantivos e peça para que os alunos anotem as definições trazidas para o termo ao final do segundo bloco. Como atividade seqüencial, proponha pesquisas sobre histórias e “causos” da cultura popular de sua região, e que, após selecionarem os textos, sejam orais ou escritos, deem um tratamento aos substantivos, relacionando a forma à função e ao significado. As possibilidades são inúmeras! Use a sua criatividade e a dos alunos e tenha muito sucesso!!!

3.4. Orientações para o aluno Antes do áudio:

1. O que você já sabe sobre a cultura popular nordestina? E sobre a relação do homem com o ambiente geográfico daquela região? Anote tudo o que puder se lembrar.

Durante o áudio: 1. Ao ouvir o primeiro bloco, busque verificar se as informações trazidas são as

mesmas que anotou anteriormente, ou se existem novas informações sobre as quais não havia pensado.

2. Ouça o segundo bloco agora e avalie o seu nível de compreensão sobre a história contada por Seu Manuel. O que pode causar dificuldades de compreensão desse texto oral?

3. A que se referem as dificuldades de compreensão do texto de Seu Manuel pelos tripulantes da Nave da Aprendizagem? Você sentiu as mesmas dificuldades?

4. Como o termo substantivo é definido no material? Anote as explicações para usá-las posteriormente.

Após o áudio:

1. Que tal pesquisar as histórias e “causos” da cultura popular de sua região? Após selecionar alguns textos sobre isso, que podem ser orais ou escritos, analise os substantivos que estejam contidos ali, relacionando a forma à função e ao significado. Se tiver dificuldades, busque a ajuda de seu professor para isso. E tenha bastante sucesso!!

4. Suporte Teórico

4.1 Sobre o substantivo Substantivos são conhecidos como a classe de palavra que nomeia os seres em geral e em português podem variar, quanto ao seu aspecto morfológico, em

número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino), além de apresentarem uma variada classificação que pode ser estabelecida a partir de critérios semânticos: próprios ou comuns, concretos ou abstratos e coletivos, ou a partir de critérios morfológicos: simples ou compostos, primitivos ou derivados. No nível sintático, os substantivos geralmente ocupam a função de núcleo de sintagmas nominais. Assim, ao contrário dos verbos que preenchem uma posição específica na oração (núcleo de sintagmas verbais), os substantivos podem aparecer como núcleo de diversos constituintes oracionais (sujeito, complementos, agente da passiva, aposto etc.). Na oração “o menino caiu da bicicleta”, por exemplo, os substantivos destacados são núcleos, respectivamente, do sujeito e do complemento verbal. O SN SV

SP SN

Det.

N

V Prep

Det. N O Menino caiu De A bicicleta No nível textual, os substantivos têm fundamental importância, pois os sintagmas nominais são responsáveis principalmente pela introdução e também pela manutenção de objetos de discurso, ou seja, daquilo sobre o que se fala – também chamados de expressões referenciais ou referentes. Embora outras categorias, como pronomes, também possam servir para a manutenção de expressões referenciais, em geral os referentes são representados por sintagmas nominais que têm como núcleo um substantivo. Para a composição de um texto, as expressões referenciais são basilares uma vez que cada objeto de discurso estabelece uma relação coerente e coesa com os que o antecedem e com os que o sucedem, criando um todo significativo. A título de exemplificação, vejamos como alguns substantivos se comportam no texto abaixo.

Dez espécies de anfíbios são descobertas na Colômbia

Dez espécies de anfíbios foram descobertas no noroeste da Colômbia, incluindo três rãs venenosas e três quase transparentes, anunciou a organização americana Conservation International (CI), nesta segunda-feira. Essas descobertas – nove espécies de rãs e uma de salamandra – foram feitas durante uma expedição de que a Conservation International participou nas montanhas de Tacarcuna, na região de Darien, na fronteira com o Panamá, de acordo com a nota divulgada pela organização em Washington.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u497921.shtml)

Na construção desse texto, um referente é introduzido com o sintagma nominal dez espécies de anfíbios, que tem como núcleo o substantivo espécies. A progressão do texto efetua-se a partir da introdução de novos referentes, como três rãs venenosas, cuja entrada é possibilitada por uma relação anafórica de hiponímia com o referente já ativado na memória, retomando, portanto, dez espécies de anfíbios. Outros referentes ancoram expressões verbais, como essas descobertas, que nominaliza a passiva foram descobertas e também remete prospectivamente às

seguintes informações: novas espécies de rãs e uma de salamandra, que são sintagmas nominais. Bibliografia recomendada Para saber mais sobre substantivos e expressões nominais KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. Escrito numa linguagem objetiva e didática, o objetivo deste livro é tornar evidentes as principais estratégias utilizadas pelos leitores para a construção do sentido do texto. Bastante exemplificado, trata da função de sintagmas nominais, além de tratar de outros assuntos relevantes à prática docente, como contexto, gêneros textuais e intertextualidade. PERINI, Mário A. Gramática descritiva do português. 3ª. Ed. São Paulo: Ática, 1998. Neste livro o autor descreve pormenorizadamente e num tom bastante didático a estrutura sintática, semântica e morfológica da língua portuguesa, apresentando tópicos nos quais se discutem a forma e a função de verbos e substantivos. Para saber mais sobre gêneros textuais BIASI-RODRIGUES, Bernardete. A diversidade de gêneros textuais no ensino: um novo modismo? Revista Perspectiva, Florianópolis: Ed. da UFSC, v.20, n.1, p. 49-64, jan./jun./2002. Este artigo apresenta uma discussão teórica sobre gêneros textuais, baseada em teorias recentes sobre o assunto contrapostas à visão dos PCNs acerca do tema e a algumas propostas didáticas para o tratamento de gênero. KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim Siebeneicher. (orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. Palmas e União da Vitória, PR: Kaygangue, 2005. Este livro apresenta oito capítulos que abordam a relação gênero e ensino. Questões como a produção de materiais didáticos, ensino a partir dos gêneros do jornal, letramento digital, multimodalidade e análise de gêneros são alguns dos temas tratados neste volume. CAPÍTULO 3

1. Introdução

Seja bem vindo ao terceiro capítulo de ensino do episódio 3 da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio”. Fazem parte deste capítulo um recurso em áudio e um episódio em vídeo, ambos de duração de dez minutos cada e relacionados ao mesmo propósito pedagógico, podendo ser usados de maneira independente ou complementar. Neste guia de uso, você poderá encontrar, além da descrição de objetivos e conteúdos, sinopses dos episódios, orientações para professor e aluno, suporte teórico para o tratamento dos conteúdos de aprendizagem e bibliografia. Com vistas a dar suporte ao alcance dos objetivos, este capítulo contempla vários gêneros textuais que permeiam as nossas práticas sociais para atender a diferentes

propósitos comunicativos. Nos episódios de vídeo e áudio são exploradas relações informais entre jovens estudantes e diálogos com um orientador de aprendizagem que os encaminha para diversas atividades de pesquisa e convivência com usos da Língua Portuguesa por meio de gêneros textuais. Desejamos que este material traga boas contribuições para o seu processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa!

1.1. Objetivos Este capítulo tem como objetivo específico explorar a categorias do adjetivo e do advérbio quanto à forma, função e significado, considerando a adequação da linguagem a situações de uso.

1.2. Conteúdos O foco deste capítulo está no conteúdo linguístico que contempla recursos oferecidos pelo sistema verbal, contextualizados por meio dos seguintes gêneros textuais orais e escritos que estão estabelecidos na nossa sociedade: poesia em cordel, entrevista, texto didático. Entre os conteúdos interdisciplinares, estão presentes História, Geografia e Artes.

2. Vídeo 2.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 3 – Capítulo 3

Título: A Língua Portuguesa é nossa!

Subtítulo: Adjetivos e advérbios: significação, forma e função.

Tipo de Recurso: Vídeo

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico explorar a categorias do

adjetivo e do advérbio quanto a forma, função e significado, considerando

adequação da linguagem a situações de uso.

Descrição do Recurso: Este material em vídeo tem duração de cerca de dez minutos

e é acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico

em PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Linguísticos: O adjetivo e o advérbio: forma, função e significado;

Transversais: Pluralidade cultural, inclusão social, profissões e mercado de

trabalho; Interdisciplinares: História e Geografia, Artes

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues, Cibele Gadelha

Bernardino e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Língua Portuguesa; adjetivo; advérbio; poesia em cordel

2.2. Sinopse

Neste episódio, nossos tripulantes desembarcam no fantástico mundo da literatura de cordel. Com vôos panorâmicos sobre a arte da xilogravura e a poesia em cordel, procuram desvendar questões sobre adjetivos e advérbios. Na missão proposta pelo Comandante Cícero, Carol, Daniel e Rodrigo tentam desvendar o fenômeno de adjetivos realizando funções de substantivos e advérbios. Será que isso é realmente possível? Será que os viajantes da nave Paidéia conseguirão concluir a missão proposta?

2.3. Orientações para o professor

Caro professor, este material em vídeo traz riquíssimas informações sobre a arte do cordel e da xilogravura. Aproveite a oportunidade para explorar os temas interdisciplinares e transversais presentes. Antes de assistirem ao material em vídeo, prepare seus alunos ajudando-os a construírem expectativas sobre o assunto. Isso permitirá com que eles possam atingir níveis de compreensão maiores durante o vídeo. Nossa sugestão é propor uma discussão sobre o significado de arte. Qual é a arte da palavra? Ao assistirem ao vídeo, peça para seus alunos identificarem quantas formas de arte são apresentadas no material e o que pensam sobre elas. Inevitavelmente, o uso de adjetivos e advérbios surgirá na conversa. Então, chame a atenção dos alunos para essas classes de palavras. Qual a definição de advérbio e adjetivo trazida no texto em vídeo. Exiba novamente o vídeo e peça para que os alunos anotem todos os adjetivos e advérbios apresentados, classificando-os. Ao final, peça para que reformulem as descobertas finais dos aprendizes da nave sobre o fenômeno de adjetivos realizando funções de substantivos e advérbios. Proponha pesquisas posteriores em outros textos para que encontrem mais ocorrências desses fenômenos. Aproveite as nossas sugestões e tenham muito sucesso!!

2.4. Orientações para o aluno Antes do vídeo:

1. Caro aluno, você já reparou que o conceito de arte pode ser definido de maneiras diferentes? O que é “arte” para você? Cite exemplos.

Durante o vídeo: 1. Assista ao vídeo e verifique quantas formas de arte são apresentadas no

material. Você havia pensado nelas anteriormente? Porque elas são caracterizadas como arte popular?

2. Quais classes de palavras usamos para avaliar e qualificar os objetos do discurso ou as ações do discurso?

3. Como os termos “adjetivos” e “advérbios” são definidos no material? 4. Anote exemplos de adjetivos e advérbios contidos no texto em vídeo e

classifique-os de acordo com as definições e usos. 5. A palavra “cambaleante” no enunciado: “Caiu na terra cambaleante”

pertence a qual classe de palavras? Qual a sua função na frase?

Após o vídeo: 1. Que tal continuarmos investigando o fenômeno de adjetivos realizando

funções de substantivos e advérbios? Busque em outros textos sobre arte popular ocorrências desse fenômeno. Tenha bastante sucesso!!

3. Áudio

3.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 3 – Capítulo 3

Título: A língua Portuguesa é nossa!

Subtítulo: Adjetivos e advérbios: significação, forma e função.

Tipo de Recurso: Áudio

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico explorar a categorias do

adjetivo e do advérbio quanto a forma, função e significado, considerando

adequação da linguagem a situações de uso.

Descrição do Recurso: Este material em áudio tem duração de cerca de dez

minutos, dividido em dois blocos de aproximadamente cinco minutos cada, e é

acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico em

PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Linguístico: o adjetivo e o advérbio: forma, função e significado;

Transversais: Pluralidade cultural e inclusão social; Interdisciplinares: História e

Geografia, Arte.

Autores: Andreia Turolo da Silva, Bernardete Biasi Rodrigues; Cibele Gadelha

Bernardino e Larissa Pereira de Almeida.

Palavras-chave: Língua Portuguesa; adjetivo; advérbio; arte popular

3.2. Sinopse Para investigar o uso dos adjetivos e advérbios na língua portuguesa, os tripulantes da Nave da Aprendizagem passeiam pelo centro de Fortaleza e visitam uma feira de artes no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Durante a visita, os tripulantes assistem a espetáculos teatrais e musicais, e observam como a relação dos significados, forma e função dos adjetivos e dos advérbios está relacionada ao contexto de uso. Venha participar desse passeio e aprender mais sobre a nossa língua e cultura!

3.3. Orientações para o professor

Caro professor, este material em áudio traz exemplos da arte popular nordestina. Aproveite a oportunidade para explorar os temas interdisciplinares e transversais presentes. Antes de ouvirem o recurso em áudio, prepare seus alunos ajudando-os a construírem expectativas sobre o assunto. Isso permitirá com que eles possam atingir níveis de compreensão maiores durante a escuta. Nossa sugestão é propor uma discussão sobre o significado de arte. Qual é a arte da palavra? Feito isso, reproduza o primeiro bloco do áudio e verifique com os alunos se a forma de arte apresentada lhes é familiar. Qual a opinião dos alunos sobre ela? Inevitavelmente, o uso de adjetivos e advérbios surgirá na conversa. Então, chame a atenção dos alunos para essas classes de palavras. Reproduza o segundo bloco do recurso em áudio e peça para que os alunos fiquem atentos à definição de advérbio e adjetivo trazida no texto em áudio. Se possível, peça para que os alunos anotem todos os adjetivos e advérbios apresentados, classificando-os. Ao final, peça para que reformulem as descobertas finais dos aprendizes da nave sobre o fenômeno de adjetivos realizando funções de substantivos e advérbios. Proponha pesquisas posteriores em outros textos para que encontrem mais ocorrências desses fenômenos. Aproveite as nossas sugestões e tenham muito sucesso!!

3.4. Orientações para o aluno

Antes do áudio: 1. Caro aluno, você já reparou que o conceito de arte pode ser definido de

maneiras diferentes? O que é “arte” para você? Cite exemplos.

Durante o áudio: 1. Ouça o primeiro bloco do recurso em áudo e verifique quantas formas de

arte são apresentadas no material. Você havia pensado nelas anteriormente? Porque elas são caracterizadas como arte popular?

2. Quais classes de palavras usamos para avaliar e qualificar os objetos do discurso ou as ações do discurso?

3. Ouça agora o segundo bloco do recurso em áudio e preste atenção em como os termos “adjetivos” e “advérbios” são definidos no material?

4. Anote exemplos de adjetivos e advérbios contidos no texto em áudio e classifique-os de acordo com as definições e usos.

5. O que os tripulantes da Nave da Aprendizagem descobrem sobre a relação entre forma, função e significado das palavras “doido” e “infelizmente”? Como eles explicam esse fenômeno?

Após o áudio: 2. Que tal continuarmos investigando o fenômeno de adjetivos realizando

funções de substantivos e advérbios? Busque em outros textos sobre arte popular ocorrências desse fenômeno. Tenha bastante sucesso!!

1. Suporte Teórico

4.1 Sobre o adjetivo

Os adjetivos são palavras que têm a função de expressar atributos dos seres nomeados pelos substantivos. Observa-se, contudo, que muitos vocábulos, que

isoladamente são classificados como adjetivos em contextos frasais, comportam-se como substantivos, assim como o oposto acontece. É o caso de “Que verde bonito!”, no qual verde, normalmente um adjetivo, assume a função de substantivo e de “Que comerciante ladrão!”, em que ladrão, geralmente usado como substantivo, assume na frase a função de adjetivo. Isso ocorre porque morfologicamente substantivos e adjetivos apresentam as mesmas características, a variação em gênero e número, de modo que há necessidade de se verificarem as respectivas funções contextualmente, para identificar um e outro. Quanto ao aspecto sintático, os adjetivos desempenham a função modificadora dentro do núcleo de um sintagma nominal, como em “Precisamos comprar uma televisão nova.”, em que o vocábulo nova atribui uma das possíveis qualidades ao referente.

Os adjetivos, conforme a gramática tradicional, podem ocupar a função sintática de adjuntos adnominais, como na sentença “Aquele homem alto perguntou por você.”, mas também podem funcionar como predicativos, como em “Francisca é mais inteligente do que eu pensava”.

4.2 Sobre o advérbio

O advérbio é uma palavra invariável, isto é, não apresenta nenhum tipo de flexão (gênero, número, pessoa, tempo ou modo), e mantém relação com verbos, adjetivos e outros advérbios, com uma função modificadora. Quando se diz que um advérbio “modifica uma palavra”, significa que o sentido expresso por essa palavra associa-se ao sentido expresso pelo advérbio, criando, dessa forma, um bloco semântico integrado. Cabe dizer que essa função não é exclusiva dos advérbios: os adjetivos modificam (atribuindo certas qualidades a) o sentido dos seres nomeados por substantivos, ao passo que o significado expresso através de outras classes de palavras é modificado por advérbios, como em “corri muito”, em que o advérbio destacado estabelece relação modificadora com um verbo, ou em “tão barata essa camisa”, em que o advérbio modifica o sentido do adjetivo barata. Todavia, enquanto a modificação feita por adjetivos é basicamente atributiva, a realizada por um advérbio exprime determinadas circunstâncias como intensidade, modo, lugar, tempo, negação, dúvida, etc., de modo que são esses critérios semânticos que, na maioria das vezes, nos permitem identificar um advérbio. Somente parte dos advérbios de modo, que são formados com o sufixo –mente, apresenta este critério formal de identificação. Além disso, muitos advérbios exercem função dêitica, ou seja, demandam, para a sua compreensão, que os falantes saibam a respeito do lugar ou do tempo em que se encontra a pessoa que fala. Imaginemos uma situação em que numa conversa telefônica alguém diz “passo aí amanhã às nove pra te pegar”. O advérbio de lugar aí foi selecionado pela pessoa que falou de acordo com a sua perspectiva, de modo que, se invertermos a situação e colocarmos a frase na voz de seu interlocutor, temos “passe aqui às nove pra me pegar”. Portanto, esta função dêitica do advérbio de lugar está relacionada diretamente com as pessoas do discurso (eu/tu), que são dêiticos por excelência. Advérbios de tempo também assumem função dêitica. Suponhamos que, em vez de um telefonema, a pessoa tenha mandado um e-mail ou uma mensagem SMS com o mesmo conteúdo: “passo aí amanhã às nove pra te pegar”. Dias depois, ao reler a mensagem, qualquer um dos interlocutores só irá compreender o significado de

amanhã, considerando o momento em que o texto foi escrito, e não o momento em que relê o recado.

Bibliografia recomendada Para saber mais sobre adjetivos e advérbios HENRIQUES, Claudio Cezar. A estrutura dos advérbios: uma visão sincrônica. In: AZEREDO, José Carlos de (org.) Língua portuguesa em debate: conhecimento e ensino. Petrópolis: vozes, 2000. p. 135-141. Neste artigo o autor busca elencar características formais apresentada por advérbios, a despeito da noção tradicional de que o agrupamento da maioria dos advérbios seja baseado em critérios semânticos. PERINI, Mário A. Gramática descritiva do português. 3ª. Ed. São Paulo: Ática, 1998. Neste livro o autor descreve pormenorizadamente e num tom bastante didático a estrutura sintática, semântica e morfológica da língua portuguesa, apresentando tópicos nos quais se discutem a forma e a função de adjetivos e advérbios. Para saber mais sobre gêneros textuais BIASI-RODRIGUES, Bernardete. A diversidade de gêneros textuais no ensino: um novo modismo? Revista Perspectiva, Florianópolis: Ed. da UFSC, v.20, n.1, p. 49-64, jan./jun./2002. Este artigo apresenta uma discussão teórica sobre gêneros textuais, baseada em teorias recentes sobre o assunto contrapostas à visão dos PCNs acerca do tema e a algumas propostas didáticas para o tratamento de gênero. KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim Siebeneicher. (orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. Palmas e União da Vitória, PR: Kaygangue, 2005. Este livro apresenta oito capítulos que abordam a relação gênero e ensino. Questões como a produção de materiais didáticos, ensino a partir dos gêneros do jornal, letramento digital, multimodalidade e análise de gêneros são alguns dos temas tratados neste volume.