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Língua Portuguesa Ensino Médio Sumário Episódio 15: Buscando o meu lugar 1. Apresentação 2. Orientações sobre o conceito de texto e estratégias de textualização Capítulo 1 1. Introdução 1.1 Objetivos 1.2. Conteúdos 2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica 2.2. Sinopse 2.3. Orientações para o professor e alunos 3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica 3.2. Sinopse 3.3. Orientações para o professor e alunos 4. Mídias complementares 5. Suporte teórico 5.1. Sobre estratégias de referenciação e traços do discurso ideológico Capítulo 2 1. Introdução 1.2 Objetivos 1.3. Conteúdos 2. Vídeo – Capítulo 1 2.2. Ficha Catalográfica 2.3. Sinopse 2.4. Orientações para o professor e alunos 3. Áudio – Capítulo 1 3.2. Ficha Catalográfica 3.3. Sinopse 3.4. Orientações para o professor e alunos 4. Mídias Complementares 5. Suporte teórico 5.1. Sobre índices textuais e contextuais na construção da imagem dos interlocutores

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Língua Portuguesa Ensino Médio

Sumário

Episódio 15: Buscando o meu lugar

1. Apresentação 2. Orientações sobre o conceito de texto e estratégias de textualização

Capítulo 1 1. Introdução

1.1 Objetivos 1.2. Conteúdos

2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica 2.2. Sinopse 2.3. Orientações para o professor e alunos

3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica 3.2. Sinopse 3.3. Orientações para o professor e alunos

4. Mídias complementares 5. Suporte teórico

5.1. Sobre estratégias de referenciação e traços do discurso ideológico

Capítulo 2 1. Introdução

1.2 Objetivos 1.3. Conteúdos

2. Vídeo – Capítulo 1 2.2. Ficha Catalográfica 2.3. Sinopse 2.4. Orientações para o professor e alunos

3. Áudio – Capítulo 1 3.2. Ficha Catalográfica 3.3. Sinopse 3.4. Orientações para o professor e alunos

4. Mídias Complementares 5. Suporte teórico

5.1. Sobre índices textuais e contextuais na construção da imagem dos interlocutores

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Capítulo 3 1. Introdução

1.1. Objetivos 1.2. Conteúdos

2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica 2.2. Sinopse 2.3. Orientações para o professor e alunos

3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica 3.2. Sinopse 3.3. Orientações para o professor e alunos

4. Mídias complementares 5. Suporte teórico

5.1. Sobre traços do discurso polifônico Bibliografia recomendada

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1. Apresentação O décimo quinto episódio da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio”, intitulado “Buscando o meu lugar” destina-se a contextualizar o ensino de língua portuguesa no Nível Médio. O objetivo principal que perpassa os três capítulos em que se desdobra este episódio é reconhecer o discurso ideológico presente em textos de gêneros variados e identificar elementos de referenciação pessoal, temporal e espacial. O foco é dirigido principalmente ao estudo da construção da textualidade na oralidade e na escrita e na dimensão multimodal da linguagem. Entre os temas transversais e interdisciplinares, são abordados a pluralidade cultural, trabalho e consumo, inclusão social e História. Os gêneros textuais escolhidos para compor os episódios de vídeo e áudio dão suporte ao tratamento da língua em uso, aproximando as situações de ensino-aprendizagem das práticas discursivas autênticas da linguagem. As situações interativas permeadas pelos gêneros propiciam o desenvolvimento de competências de uso da língua nas modalidades oral e escrita, a participação social e a interação por meio das mídias disponíveis em nossa cultura, bem como a tomada de consciência de fenômenos particulares da língua de forma contextualizada. 2. Sobre o conceito de texto e estratégias de textualização Num sentido mais restrito, texto diz respeito a qualquer atividade verbal (oral ou escrita) produzida por um emissor e destinada a um receptor capaz de decodificá-la e reconhecer o seu sentido. De acordo com essa concepção, a língua é entendida apenas como um código e os usuários assumem os papéis de codificador (emissor) e decodificador (receptor), como se fosse possível manter-se numa atitude passiva. Num sentido mais amplo, considerando a situação interativa, com sujeitos envolvidos dialogicamente na construção do sentido, o texto é concebido como o próprio lugar da interação e da constituição dos interlocutores. Isso quer dizer que ambos participam ativamente na construção do sentido. O emissor, ao produzir um texto, faz escolhas de estratégias que acredita ser adequadas para que o texto possa fazer sentido ao receptor; e este, por sua vez, opera com diversas estratégias, que vão além do conhecimento do código lingüístico, como fazer inferências com apoio no conhecimento de mundo e no contexto da interação. Em síntese, o sentido do texto não se restringe ao conhecimento do código lingüístico, ele é construído pelos interlocutores durante a atividade de interação. Nessa perspectiva, o texto não se circunscreve somente ao uso de linguagem verbal, outros recursos semióticos (tais como imagens, gestos, formas, cores, aspectos prosódicos, sons, animações, etc.) associam-se à linguagem verbal e às vezes a substituem, por exemplo, em anúncios publicitários que são constituídos apenas de imagens. Cabe ainda dizer que os textos pertencem a gêneros, que são práticas sociocomunicativas que se estabelecem e são reconhecidas socialmente, como o anúncio, a notícia, a reportagem, a receita, a piada, a charge, o soneto, o romance, etc. Essas práticas são dinâmicas e podem provocar variações na constituição dos textos ao longo do tempo, propiciadas por diferentes fatores, como as recentes tecnologias que fornecem uma série de ferramentas para a criação de novas estratégias de textualização.

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CAPÍTULO 1

1. Introdução Seja bem vindo ao primeiro capítulo do episódio 15 da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio”. Fazem parte do Capítulo 1, um recurso em áudio e um recurso de vídeo, ambos de duração de dez minutos cada e relacionados ao mesmo propósito pedagógico, podendo ser usados de maneira independente ou complementar. Neste guia de uso, você poderá encontrar, além da descrição de objetivos e conteúdos, sinopses dos episódios, orientações para professor e aluno, suporte teórico para o tratamento dos conteúdos de aprendizagem e bibliografia. Com vistas a dar suporte ao alcance dos objetivos, este capítulo contempla vários gêneros textuais que permeiam as nossas práticas sociais para atender a diferentes propósitos comunicativos. Nos recursos de vídeo e áudio são exploradas relações informais entre jovens estudantes e diálogos com um orientador de aprendizagem que os encaminha para diversas atividades de pesquisa e convivência com usos da Língua Portuguesa por meio de gêneros textuais. Desejamos que este material traga boas contribuições para o seu processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa! 1.1. Objetivos Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer as estratégias de referenciação e traços do discurso ideológico em entrevistas e memórias. 1.2. Conteúdos O foco deste capítulo está nas estratégias de referenciação e traços do discurso ideológico em entrevistas e memórias. Entre os conteúdos interdisciplinares e transversais, estão presentes a pluralidade cultural, trabalho e consumo, inclusão social e História. 2. Vídeo – Capítulo 1 2.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 15 – Capítulo 1

Título: Buscando o meu lugar

Subtítulo: Entrevistas e memórias

Tipo de Recurso: Vídeo

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer as estratégias de

referenciação e traços do discurso ideológico em entrevistas e memórias.

Descrição do Recurso: Este material em vídeo tem duração de cerca de dez minutos

e é acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico

em PDF.

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Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Relações sociopragmáticas e discursivas

Autores: Andreia Turolo da Silva, Sérgio Quixadá.

Palavras-chave: Relações sociopragmáticas e discursivas, intertextualidade,

interdiscursividade e ideologia.

2.2. Sinopse Em mais uma missão de aprendizagem Rodrigo fica em dúvida sobre as suas ideias e opiniões: será que a sua opinião não é totalmente sua? Seus amigos Carol e Daniel, orientados pelo Comandante Cícero resolvem pesquisar sobre Estratégias de referenciação e traços do discurso ideológico em entrevistas e memórias para ajudar a responder esta questão que não é só de Rodrigo, mas de todos nós. Venha saber a resposta que eles encontram nesta emocionante viagem de aprendizagem!

2.3. Orientações para o professor e alunos Este material promove o estudo do discurso ideológico em entrevistas e memórias. O questionamento existencial dos tripulantes da Nave Paideia é o que desperta o interesse no tema: será que a nossa opinião é realmente “nossa”? Aproveite também os temas transversais pluralidade cultural, trabalho e consumo e inclusão social para orientar o seu trabalho. Antes de assistir ao vídeo, reflita sobre os significados do termo “cultura”. O que é cultura para você? O que é diversidade cultural? Como podemos reconhecê-la? Assista ao vídeo uma vez até o final e confronte as suas ideias iniciais com as que são abordadas no vídeo. Quais exemplos de diversidade cultural podemos encontrar no vídeo? Feito isso, volte a sua atenção para o termo “ideologia”. Qual o sentido do termo de acordo com o vídeo? Quais formações ideológicas podemos encontrar no vídeo? Que exemplos são trazidos para ilustrá-las? Se necessário, assista ao material em vídeo mais uma vez para poder responder a estes questionamentos. Como atividade sequencial, que tal escolhermos uma personagem de uma telenovela ou seriado preferido da turma e, pelo discurso dessa personagem, buscarmos identificar as formações ideológicas desta personagem? Cada um da turma, ou em grupos, também pode escolher uma personagem diferente da mesma telenovela ou seriado, ou uma obra literária, para fazer o estudo das formações ideológicas e, a partir daí, verificar como o encontro entre ideologias diferentes podem ou não gerar conflitos e como os conflitos podem, ou são, ser apaziguados na narrativa. Aproveite também o suporte teórico deste guia para ajudar nos seus estudos e tenha um bom trabalho de aprendizagem!

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3. Áudio – Capítulo 1 3.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 15 – Capítulo 1

Título: Buscando o meu lugar

Subtítulo: Entrevistas e memórias

Tipo de Recurso: áudio

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer as estratégias de

referenciação e traços do discurso ideológico em entrevistas e memórias.

Descrição do Recurso: Este material em áudio tem duração de cerca de dez

minutos, dividido em dois blocos de aproximadamente cinco minutos cada, e é

acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico em

PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Relações sociopragmáticas e discursivas

Autores: Andreia Turolo da Silva, Sérgio Quixadá.

Palavras-chave: Relações sociopragmáticas e discursivas, intertextualidade,

interdiscursividade e ideologia.

3.2. Sinopse O programa da Rádio Estação da Linguagem de hoje fala sobre marcas ideológicas dos textos, os conceitos de formação ideológica e formação discursiva entre outros fatores extralingüísticos associados ao contexto de produção de um texto. Não perca este riquíssimo programa da missão de aprendizagem da Língua Portuguesa! 3.3. Orientações para o professor e alunos Este material promove o estudo das formações discursivas e ideológicas presentes nos textos que nos cercam no dia a dia. Para isso, comece se questionando o que você já sabe sobre os termos discurso e ideologia – e formação discursiva e formação ideológica. Escute o primeiro bloco do áudio e responda a estes questionamentos ou compare as suas idéias iniciais ao que o material de áudio traz. Feito isso, ouça o segundo bloco, que expande o tema ‘formação discursiva e ideológica’ trazendo exemplos. Quais exemplos são trazidos no áudio? Como atividade sequencial, busque outros exemplos de formação discursiva e formação ideológica em anúncios publicitários atuais e compare-os com anúncios antigos. Busque estes anúncios em jornais, revistas, páginas da web, panfletos,

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outdoors, vinhetas de rádio e comerciais da televisão para verificar como se reconstroem as formações ideológicas e discursivas de acordo com o tempo. Após selecionar alguns anúncios, explique as formações discursivas e ideológicas contidas neles. Além das explicações do material em áudio, você também pode usar o suporte teórico deste guia para ajudá-lo na sua pesquisa. Observe as características do seu contexto de ensino/aprendizagem para buscar as melhores condições de apresentação de sua pesquisa e tenha um excelente estudo! 4. Mídias Complementares Esta unidade de ensino contém um material em áudio e outro em vídeo que são correspondentes e que podem ser usados complementarmente. Para saber mais sobre ideologia e formação ideológica, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia http://www4.pucsp.br/neils/downloads/v1_artigo_therborn.pdf http://www.discurso.ufrgs.br/sead/prog/s1_Caciane.pdf Para encontrar anúncios publicitários atuais e antigos, acesse: http://www.blogwmp.com/category/anuncios-publicitarios/ http://historiadapublicidade.blogspot.com/

5. Suporte Teórico 4.1 Sobre estratégias de referenciação e traços do discurso ideológico

Antes de tudo, vamos definir o que é discurso e o que é texto? De acordo com Abaurre e Abaurre (2005), o termo “discurso” refere-se ao uso da língua em um contexto específico, ou seja, à relação entre os usos da língua e os fatores extralinguísticos presentes no momento em que esse uso ocorre. Segundo Mussalim (2001, p. 110) qualquer discurso inscreve-se num terreno em que intervêm questões teóricas relativas à ideologia e ao sujeito, sendo o discurso a materialização da ideologia decorrente dos modos de produção social. Em outras palavras, o sujeito nunca é livre para dizer o que quer, mas é levado, sem que tenha consciência disso, a ocupar o seu lugar em determinada formação social e enunciar o que lhe é possível a partir do lugar que ocupa. O sujeito é sempre visto como uma representação, ou um conjunto de ideias, ou seja, como ele se representa a partir do discurso do pai, da família. Em seu discurso, é possível identificar as marcas ideológicas por meio de referências, entre outros traços. Todas as classes sociais deixam as marcas de sua visão de mundo, dos seus valores e crenças, ou seja, de sua ideologia, no uso que fazem da linguagem. Já o “texto”, para Abaurre e Abaurre (2005), refere-se ao espaço de concretização do discurso. Trata-se de uma manifestação individual, do modo como um sujeito escolhe organizar os elementos de expressão de que dispõe para veicular o discurso do grupo a que pertence. A liberdade do autor de um texto nunca será total, já que todos os membros de um grupo social expressam, em alguma medida, a formação discursiva que reflete a sua ideologia. Mas o que é ideologia? Se formos ao dicionário, encontraremos a seguinte definição para o termo: ideologia é um sistema de ideias (crenças, tradições, princípios e

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mitos) interdependentes, sustentadas por um grupo social de qualquer natureza ou dimensão as quais refletem, racionalizam e defendem os próprios interesses e compromissos institucionais, sejam estes morais, religiosos, políticos ou econômicos (Houaiss, 2001). Todo indivíduo recorre à linguagem para expressar sentimentos, opiniões, desejos. É por meio dela que interpretamos a realidade que nos cerca, construída historicamente a partir de uma série de filtros ideológicos que todos nos temos, mesmo sem nos darmos conta de sua existência. Esses filtros constituem uma formação ideológica, ou seja, um conjunto de valores e crenças a partir dos quais julgamos a realidade na qual estamos inseridos. As marcas de formação ideológica da sociedade podem ser identificadas em qualquer texto, de qualquer época. Para isso, precisamos saber que tipo de informações procurar no momento de ler e analisar um texto. Se a ideologia é definida como um sistema de ideias, podemos identificar as ideias básicas de um texto que podem ser associadas aos valores, princípios, as crenças de um determinado grupo social. Um exemplo para ilustrar as afirmações acima são textos que valorizam a medicina como a carreira ideal. Em anúncios publicitários de colégios pré-vestibulares as referências aos médicos traduzem-se em valores como: o médico é inteligente, educado, bem sucedido, sigiloso, feliz e, portanto a medicina constitui-se uma carreira ideal. Por trás de todos temas encontrados nos discursos em torno da figura do médico, podemos identificar uma mesma ideologia no que diz respeito ao papel destinado ao médico. São temas que encobrem elementos presentes em sua profissão, como lidar com a dor e a morte, com problemas variados, desde o nível familiar de seus pacientes até os fisiológicos dos mais indesejáveis, e que, por isso, vive uma realidade muito difícil em seu trabalho. Mas este lado da profissão é pouco mencionado na formação discursiva de jovens vestibulandos. Vemos que, a cada formação ideológica corresponde uma formação discursiva específica, cujas marcas podem ser identificadas nos textos. De acordo com Abaurre e Abaurre (2005), a formação discursiva é um conjunto de temas, como alegria, medo, vergonha, solidariedade, honra, liberdade, opressão, fracasso etc., e de termos, entendidos como elementos que se referem ao mundo natural: mesa, carro, árvore, mulher etc., e que concretizam uma visão de mundo específica. Sempre que for possível identificar, em um conjunto de textos (orais ou escritos), uma regularidade (recorrência de termos), estaremos diante de uma mesma formação discursiva.

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CAPÍTULO 2

1. Introdução Seja bem vindo ao segundo capítulo do Episódio “Buscando o meu lugar”. Fazem parte deste capítulo um recurso em áudio e um recurso em vídeo, ambos de duração de dez minutos cada e relacionados ao mesmo propósito pedagógico, podendo ser usados de maneira independente ou complementar. Neste guia de uso, você poderá encontrar, além da descrição de objetivos e conteúdos, sinopses dos episódios, orientações para professor e aluno, suporte teórico e bibliografia. Com vistas a dar suporte ao alcance dos objetivos, este capítulo contempla vários gêneros textuais que permeiam as nossas práticas sociais para atender a diferentes propósitos comunicativos. Nos recursos de vídeo e áudio são exploradas relações informais entre jovens estudantes e diálogos com um orientador de aprendizagem que os encaminha para diversas atividades de pesquisa e convivência com usos da Língua Portuguesa por meio de gêneros textuais. Desejamos que este material traga boas contribuições para o seu processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa!

1.1. Objetivos Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer os índices textuais e contextuais na construção da imagem dos interlocutores em debates.

1.2. Conteúdos O foco deste capítulo está os índices textuais e contextuais na construção da imagem dos interlocutores em debates. Entre os conteúdos interdisciplinares e transversais, estão presentes a pluralidade cultural, trabalho e consumo, inclusão social e História.

2. Vídeo – Capítulo 2

2.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 15 – Capítulo 2

Título: Buscando o meu lugar

Subtítulo: Interlocutores em debate

Tipo de Recurso: Vídeo

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer os índices textuais

e contextuais na construção da imagem dos interlocutores em debates.

Descrição do Recurso: Este material em vídeo tem duração de cerca de dez minutos

e é acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico

em PDF.

Observações (informações complementares):

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Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Relações sociopragmáticas e discursivas

Autores: Andreia Turolo da Silva, Sérgio Quixadá.

Palavras-chave: Relações sociopragmáticas e discursivas, intertextualidade,

interdiscursividade e ideologia.

2.2. Sinopse

Você já parou para pensar quem você realmente é? Esta é a pergunta que cada um dos tripulantes da Nave Paideia fazem em mais esta jornada de aprendizagem, inclusive o próprio Comandante Cícero. Para ajudar seus jovens aprendizes Carol, Rodrigo e Daniel, o Comandante Cícero organiza a missão de aprendizagem para investigar os índices textuais e contextuais na construção da imagem dos interlocutores em debates. Venha saber as respostas que nossos amigos da Nave Paideia encontram para suas dúvidas existenciais!

2.3. Orientações para o professor e alunos Este material promove o estudo de como se constroem as imagens dos interlocutores conforme interagem por meio da conversa ou do texto escrito. Para isso, o questionamento motivador desta missão de aprendizagem é existencial: Quem sou eu? Quem são estas pessoas que me cercam e como elas me veem? Ao assistir ao vídeo, você perceberá que estes questionamentos também afligem os tripulantes da Nave Paideia, inclusive o comandante Cícero. Por que? Como eles buscam entender melhor as individualidades humanas? Que respostas eles encontram? Após assistir ao material em vídeo, volte a pensar sobre você mesmo: você mudou de alguma forma do passado até o presente? Que eventos, experiências e/ou ideias levaram você a mudar e por que? Você acha que é mais feliz hoje? Qual é o seu ideal de felicidade? Como atividade sequencial, que tal pesquisarmos mais sobre o que as pessoas acreditam ser a felicidade? Para isso, busque nos jornais e revistas da atualidade indícios do ideal de felicidade de nossa sociedade – talvez estas respostas não estejam explicitas nos textos, mas você poderá descobrir pelas formações discursivas e ideológicas contidas neles. Aproveite também o suporte teórico deste guia para ajudar nos seus estudos e tenha um bom trabalho de aprendizagem!

3. Áudio – Capítulo 2

3.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 15 – Capítulo 2

Título: Buscando o meu lugar

Subtítulo: Interlocutores em debates

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Tipo de Recurso: Áudio

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico reconhecer os índices textuais

e contextuais na construção da imagem dos interlocutores em debates.

Descrição do Recurso: Este material em áudio tem duração de cerca de dez

minutos, dividido em dois blocos de aproximadamente cinco minutos cada, e é

acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico em

PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Relações sociopragmáticas e discursivas

Autores: Andreia Turolo da Silva, Sérgio Quixadá.

Palavras-chave: Relações sociopragmáticas e discursivas, intertextualidade,

interdiscursividade e ideologia.

3.2. Sinopse

Todo texto é construído conforme a imagem que os autores ou falantes têm de seus interlocutores. A missão da Nave da Aprendizagem hoje é justamente essa: investigar os índices textuais e contextuais na construção da imagem dos interlocutores. Para isso, vamos sintonizar a nossa Rádio predileta: Estação da Linguagem!

3.3. Orientações para o professor e alunos Este material promove o estudo de como se constroem as imagens dos interlocutores conforme interagem por meio da conversa ou do texto escrito. Para isso, o questionamento motivador desta missão de aprendizagem é existencial: Quem sou eu? Quem são as pessoas que me cercam e como elas me veem? Quando interagimos, a nossa linguagem tende a se adequar ao nosso interlocutor. Isso é natural na maioria das culturas. Agora reflita, com base em quais informações sobre nossos interlocutores mudamos a maneira como falamos ou escrevemos? Como podemos obter essas informações sobre os nossos interlocutores? Como a nossa linguagem muda de acordo com interlocutores diferentes? Você pode se lembrar de alguma vez que mudou a sua maneira de falar ou escrever para se aproximar mais de seu interlocutor? Após estas reflexões iniciais ouça o primeiro e o segundo blocos do material em áudio para verificar se suas hipóteses iniciais se encontram com as do material e de que maneira. Volte a sua atenção para os exemplos que são trazidos nas entrevistas da rádio Estação da Linguagem sobre o “interlocutor” e a sua importância na construção de um texto. Como atividade sequencial, busque identificar as imagens de interlocutores de textos variados, desde textos televisivos, como a telenovela, comerciais, programas de entrevistas, programas de rádio, textos de revistas, jornais etc. Busque os

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traços deste interlocutor para tentar reconstruí-lo a partir dos textos. Aproveite também o suporte teórico deste guia para ajudar nos seus estudos e tenha um bom trabalho de aprendizagem! 4. Mídias Complementares Esta unidade de ensino contém um material em áudio e outro em vídeo que são correspondentes e que podem ser usados complementarmente. Para saber mais sobre interlocução e interlocutores, acesse: http://pt.shvoong.com/humanities/1661576-interlocu%C3%A7%C3%A3o/ http://ead1.unicamp.br/e-lang/supletivo/c1a0p.php?c=1&ati=7&ativa=0&tipo=p&titulo=No??o%20de%20Interlocu??o http://aescritanasentrelinhas.d3estudio.com.br/?tag=interlocucao 5. Suporte Teórico 5.1 Sobre índices textuais e contextuais na construção da imagem dos interlocutores Todo texto, oral ou escrito, dirige-se a um interlocutor ou um grupo de interlocutores que possuem características especificas. O termo “interlocutor” designa cada um dos participantes da interação comunicativa oral ou escrita. Os interlocutores dos textos orais são os ouvintes, e dos textos escritos são os leitores, e em quem o autor pensa no momento de elaborá-lo. A participação dos leitores na “conversa” com o autor é sempre indireta, porque, embora não possam interagir diretamente com o autor, este sempre “conversa” com seu leitor com base na imagem que faz deles conforme escreve o seu texto. Ao definir os seus interlocutores, o autor leva em consideração as suas características especificas para que garanta a compreensão do que quer dizer. É o caso de muitos anúncios publicitários voltados para um público especifico, com um perfil específico – vemos que a linguagem do anuncio se aproxima com a do grupo de interlocutores. Porém, muitos dos textos com os quais entramos em contato, por meio de revistas e jornais, não podem se dirigir a interlocutores muito particulares. De modo geral, os autores de textos em jornais ou revistas de generalidades escrevem para um grande número de leitores e isso faz com que o perfil do interlocutor por eles representado tenha de ser mais genérico, ou “universal”. Já o autor do texto publicitário, como dissemos anteriormente, tende a ter uma imagem bem definida de seu interlocutor, aquele que será o consumidor do produto ou serviço que anuncia, um jovem, ou um adulto bem sucedido, ou uma dona de casa, etc. Ao analisar o texto, podemos perceber as características associadas a interlocutores de perfil mais específico, pois a intenção desses textos é sempre promover a identificação entre leitor e texto.

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CAPÍTULO 3

1. Introdução Seja bem vindo ao terceiro capítulo do Episódio “Buscando o meu lugar” da série “Língua Portuguesa – Ensino Médio”. Fazem parte deste capítulo um recurso em áudio e um recurso em vídeo, ambos de duração de dez minutos cada e relacionados ao mesmo propósito pedagógico, podendo ser usados de maneira independente ou complementar. Neste guia de uso, você poderá encontrar, além da descrição de objetivos e conteúdos, sinopses dos capítulos de áudio e de vídeo, orientações para professor e aluno, suporte teórico para o tratamento dos conteúdos de aprendizagem e bibliografia. Com vistas a dar suporte ao alcance dos objetivos, este capítulo contempla vários gêneros textuais que permeiam as nossas práticas sociais para atender a diferentes propósitos comunicativos. Nos recursos de vídeo e áudio são exploradas relações informais entre jovens estudantes e diálogos com um orientador de aprendizagem que os encaminha para diversas atividades de pesquisa e convivência com usos da Língua Portuguesa por meio de gêneros textuais. Desejamos que este material traga boas contribuições para o seu processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa!

1.1. Objetivos Este capítulo tem como objetivo específico explorar os traços do discurso polifônico em reportagens e depoimentos.

1.2. Conteúdos O foco deste capítulo está nos traços do discurso polifônico em reportagens e depoimentos. Entre os conteúdos interdisciplinares e transversais, estão presentes a pluralidade cultural, trabalho e consumo, inclusão social e História.

2. Vídeo – Capítulo 3 2.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 15 – Capítulo 3

Título: Buscando o meu lugar

Subtítulo: O discurso polifônico

Tipo de Recurso: Vídeo

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico explorar os traços do discurso

polifônico em reportagens e depoimentos.

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Descrição do Recurso: Este material em vídeo tem duração de cerca de dez minutos

e é acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico

em PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Relações sociopragmáticas e discursivas

Autores: Andreia Turolo da Silva, Sérgio Quixadá.

Palavras-chave: Relações sociopragmáticas e discursivas, intertextualidade,

interdiscursividade e ideologia.

2.2. Sinopse É o fim da jornada de aprendizagem da Nave Paideia. De volta a casa, Carol, Rodrigo e Daniel sentem saudades do ano que passou e conversam sobre como aprenderam não só sobre a língua portuguesa, mas também sobre as coisas do planeta Terra e como são indivíduos melhores. Buscando o seu lugar no mundo, dialogam sobre a construção de suas identidades por meio das influências que receberam e descobrem que nunca estamos prontos, mas sim em constante transformação. Assista ao último capítulo da jornada da Nave Paideia!

2.3. Orientações para o professor e alunos Neste último capítulo da série “Língua Portuguesa”, Carol, Rodrigo e Daniel retornam ao seu planeta após um ano de estudos sobre a língua que os brasileiros falam. Entre a sensação de nostalgia e saudades de suas aventuras, surge um questionamento: como tudo o que vivemos e as pessoas que encontramos influenciam e contribuem para a construção da nossa individualidade? Será que somos os mesmos ao final de cada experiência ou será que mudamos? Com estes questionamentos os tripulantes de Paideia estudam do discurso polifônico. Você já ouviu falar sobre isso? O que pode ser “polifonia”? Assista ao vídeo uma vez para buscar essas informações. Você perceberá que este é o mesmo questionamento que Carol, Rodrigo e Daniel fazem e buscam apoio na psicanálise para buscar entender o conceito de polifonia, que, por sua vez, leva ao questionamento da própria identidade. Após assistir ao vídeo, você percebe que Carol e Daniel buscam encontrar as “vozes” de outras pessoas em seus discursos. A exemplo do que fazem, você consegue encontrar evidencias de outras “vozes”, ou seja, de polifonia no discurso das pessoas próximas de você? Como a polifonia está presente no discurso destas pessoas? Aproveite também o suporte teórico deste guia para ajudar nos seus estudos e tenha um bom trabalho de aprendizagem!

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3. Áudio – Capítulo 3

3.1. Ficha Catalográfica

Ficha Catalográfica – Episódio 15 – Capítulo 3

Título: Buscando o meu lugar

Subtítulo: O discurso polifônico

Tipo de Recurso: Áudio

Objetivo: Este capítulo tem como objetivo específico explorar os traços do discurso

polifônico em reportagens e depoimentos.

Descrição do Recurso: Este material em áudio tem duração de cerca de dez

minutos, dividido em dois blocos de aproximadamente cinco minutos cada, e é

acompanhado de Guia do Professor com Suporte Teórico e Suporte Pedagógico em

PDF.

Observações (informações complementares):

Níveis de ensino: Ensino Médio

Componentes Curriculares: Língua Portuguesa

Temas: Relações sociopragmáticas e discursivas

Autores: Andreia Turolo da Silva, Sérgio Quixadá.

Palavras-chave: Relações sociopragmáticas e discursivas, intertextualidade,

interdiscursividade e ideologia.

3.2. Sinopse

A diversidade cultural permite uma riqueza de formações discursivas que se entrecruzam, influenciam e permeiam também o nosso próprio discurso. Este é o assunto do dia na Rádio Estação da Linguagem e os tripulantes da Nave da Aprendizagem Carol, Rodrigo e Daniel já estão sintonizados para aprender mais sobre a Língua Portuguesa. Não perca mais este programa feito pra você!

3.3. Orientações para o professor e alunos Neste último capítulo da série “Língua Portuguesa”, levantamos um questionamento para a sua última missão de aprendizagem conosco: como tudo o que vivemos e as pessoas que encontramos em nossos caminhos podem influenciar e contribuir para a construção da nossa individualidade? Será que somos os mesmos ao final de cada experiência ou será que mudamos? Com estes questionamentos ouça o material em áudio e compare as suas ideias às ideias levantadas nas discussões da Rádio da Aprendizagem. Você ouvirá o conceito

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de discurso polifônico e polifonia. Você já ouviu estes termos antes? O que eles significam? Após ouvir todo o material, que tal refletirmos mais sobre as nossas individualidades e a nossa identidade? Você consegue perceber evidências de outras “vozes” no seu próprio discurso, ou seja, a polifonia do seu discurso? De quem são essas vozes que atravessam o seu discurso? Como a polifonia está presente no seu discurso? Busque exemplos e pergunte às pessoas que vivem com você se elas percebem este fenômeno, peça exemplos a elas. Às vezes as outras pessoas percebem a polifonia de nosso discurso mais evidentemente do que nós mesmos – esse é o papel do psicanalista! Aproveite também o suporte teórico deste guia para ajudar nos seus estudos e tenha um bom trabalho de aprendizagem!

4. Mídias Complementares Esta unidade de ensino contém um material em áudio e outro em vídeo que são correspondentes e que podem ser usados complementarmente. Para saber mais sobre polifonia, acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Polifonia_(lingu%C3%ADstica) http://www.letramagna.com/PolifoniaemSlogans.pdf http://www.infopedia.pt/$polifonia Para refletir mais sobre a construção das identidades, veja: Freud, além da alma (1962), de John Huston Jornada da alma (2003) de Roberto Faenza

5. Suporte Teórico

4.1 Sobre o discurso polifônico

O conceito de discurso polifônico vem da psicanálise lacaniana que busca reconhecer um indivíduo, ou sujeito, como clivado, fragmentado e que se constroi e reconstroi por meio dos usos que faz da linguagem, ou seja, do seu discurso. Em diferentes contextos e situações nós produzimos e lemos textos em se materializam nossas formações discursivas. Nosso discurso, da perspectiva lacaniana, é sempre atravessado por vários outros discursos, ou outras “vozes”... é como se nosso discurso fosse sempre atravessado pelo discurso dos outros, ou do Outro, com diz Lacan. Assim, é tarefa do psicanalista fazer vir à tona através de um trabalho na palavra e pela palavra, essa cadeia de discursos do Outro, para que ajude o individuo a descobrir quem de fato é. A polifonia, grosso modo, pode ser definida como as “várias vozes” que atravessam o discurso de qualquer indivíduo e nenhum discurso está livre disso. Aqui não estamos falando de uma formação discursiva, de classe social, mas de um discurso polifônico no nível do indivíduo e os discursos de outros indivíduos que o cercam como o discurso da mãe, do marido, de um ídolo, de um professor. Para Lacan, a polifonia é uma condição do inconsciente. Daí mais uma vez, se justifica a importante tarefa de um psicanalista do discurso de ajudar um indivíduo compreender o lugar que ocupa por meio de seus usos da linguagem. Bibliografia recomendada

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ABAURRE, M. L.; ABAURRE, M. B. Produção de texto: interlocução e gêneros. São Paulo: Moderna, 2007. MUSSALIM, F; BENTES, A.M. Introdução a linguística: caminhos e fronteiras. Vol. 2. São Paulo: Editora Cortez, 2001.