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Na Europa não houve uma arte moderna uniforme. Houve, sim, um conjunto de tendências artísticas – muitas vezes provenientes de países diferentes – com propostas específicas, embora as aproximassem certos traços, como o sentimento de liberdade criadora, o desejo de romper com o passado, a expressão da subjetividade e certo irracionalismo. Paris era o grande centro cultural europeu da época e de onde as novas ideias artísticas se irradiavam para o resto do mundo ocidental. Essas tendências, que surgiram na Europa antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial, receberam o nome de correntes de vanguarda. Na Europa não houve uma arte moderna uniforme. Houve, sim, um conjunto de tendências artísticas. Arte Moderna: Liberdade e Ação 7 Prof. Fábio Coelho Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias Língua Portuguesa

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Na Europa não houve uma arte moderna

uniforme. Houve, sim, um conjunto de tendências

artísticas – muitas vezes provenientes de

países diferentes – com propostas específi cas,

embora as aproximassem certos traços, como

o sentimento de liberdade criadora, o desejo

de romper com o passado, a expressão da

subjetividade e certo irracionalismo.

Paris era o grande centro cultural europeu

da época e de onde as novas ideias artísticas

se irradiavam para o resto do mundo ocidental.

Essas tendências, que surgiram na Europa

antes, durante e depois da Primeira Guerra

Mundial, receberam o nome de correntes de

vanguarda.

Na Europa não houve uma arte moderna uniforme.

Houve, sim, um

conjunto de tendências artísticas.

Arte Moderna: Liberdade e Ação

nº7Prof. Fábio coelho

Linguagens, Códigos eSuas Tecnologias

Língua Portuguesa

FB NO ENEM2

Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias

Exercícios1.

O sono (1937) exemplifica o interesse dossurrealistas pelo inconsciente. As muletas que apoiam a

cabeça indicam a fragilidade dos alicerces que sustentama realidade;

• Arteplásticatambémcomunica!

Analisando os traços, os contornos,o poder sugestivo das imagens apresentadas nos quadros anteriores, percebe-se um certo espírito de irreverência, de ruptura com o passado clássico das artes plásticas.Esses quadros podem ser exemplos,respectivamente, dos seguintes movimentos de vanguarda:

A) Expressionismo/ImpressionismoB) cubismo/Dadaísmoc) surrealismo/surrealismoD) cubismo/surrealismoE) cubismo/cubismo

2.

O MEu Guri

Quando, seu moçoNasceu meu rebentoNão era o momentoDele rebentarJá foi nascendocom cara de fomeE eu não tinha nem nomePrá lhe dar

como fui levandoNão sei lhe explicarFui assim levandoEle a me levarE na sua meniniceEle um dia me disseQue chegava láOlha aí! Olha aí!

chico Buarque

• Analisando estilisticamente o “MeuGuri”, de Chico Buarque, vê-se corretamente que:A) pode-se fazer uma intertextualidade com

uma cantiga trovadoresca de amigo, já que se trata de um eu-lírico feminino, desabafando com um “amigo”.

B) não é possível enxergar nenhuma relação com cantigas trovadorescas medievais, visto que é uma produção musical contemporânea.

c) a linguagem apresentada no texto reflete a valorização da linguagem coloquial, bem demonstrada também pelos poetas parnasianos, que primavam pela valorização da musicalidade.

D) é possível fazer uma certa comparação com “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga, pois o diálogo, com o uso do vocativo, está bem presente nos dois poemas.

E) em “cara de fome”, vê-se uma impropriedade linguística denominada de catacrese.

Quadro 1

Quadro 2

FB NO ENEM

Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias

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3.

VAi LEVANDO

Mesmo com toda a famacom toda a brahmacom toda a camacom toda a lamaA gente vai levandoA gente vai levandoA gente vai levandoA gente vai levando essa chama

Mesmo com todo o emblemaTodo o problemaTodo o sistemaToda IpanemaA gente vai levandoA gente vai levandoA gente vai levandoA gente vai levando essa gema

Mesmo com o nada feitocom a sala escuracom um nó no peitocom a cara duraNão tem mais jeitoA gente não tem cura

Mesmo com o todaviacom todo diacom todo iaTodo não iaA gente vai levandoA gente vai levandoA gente vai levandoA gente vai levando essa guia

BUARQUE, chico e VELOsO, caetano. “Vai levando”.In: chico Buarque & Maria Bethânia.

LP Philips nº 6349 146,1975. L. 2. f. 7.

• Um olhar documental na literaturabrasileiracontemporâneamostraquecontinua um bom desenvolvimentode uma literatura engajada, ou seja,voltada para as questões sociais,inclusive,preocupaçãocomanaturezahumana.

Analisando a letra da música “Vailevando”,deChicoBuarqueeCaetanoVeloso,pode-seconcluirque:

i. o termo mesmo(linha1)sugereaideia de concessão;

ii. fama (linha 1) e brahma (linha 2)demonstramaproximaçãosemântica;

iii. cama (linha 3) e lama (linha 4)constituem uma mesma configuração morfossemântica.

Assinaleoitemcorreto.A) Apenas I é correto.B) Apenas II é correto.c) Apenas III é correto.D) Apenas I e II são corretos.E) I, II e III são corretos.

4.MEtAMOrfOsEMeu avô foi buscar pratamas a prata virou índio.

Meu avô foi buscar índiomas o índio virou ouro.

Meu avô foi buscar ouromas o ouro virou terra.

Meu avô foi buscar terrae a terra virou fronteira.

Meu avô, ainda intrigado,foi modelar a fronteira:

E o Brasil tomou forma de harpa.

cassiano Ricardo. Martim Cererê. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1974. p. 127.

FB NO ENEM4

Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias

Pelotexto,analisandoaintençãoartístico-literáriadoautor,lembrandooseuenquadramentoliterárioeasterminalidadesdesuageraçãoartística,pode-seafirmar corretamente que:A) demonstra ironia, humor, traços marcantes da segunda geração do Modernismo brasileiro.B) a apresentação estética, com versos bem metrificados, nos lembra o exercício poético

neoclássico, inclusive pela citação do ouro, levando-nos a Minas Gerais.c) o título “Metamorfose”, semanticamente, faz alusão tão somente ao período inicial da

colonização brasileira.D) espelha nacionalismo crítico. Os primeiros modernistas interessavam-se por temas brasileiros,

buscando valorizar nossa tradição e cultura (geração de 22), da qual fez parte o autor do texto.E) não se trata de um texto modernista, pois apresenta (predominantemente) estrofes com

dois versos, lembrando a métrica regular do estilo clássico.

5.

CÁLiCE

“Pai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...

composição: chico Buarque e Gilberto Gil.

DesdeaAntiguidadejáseproduziamtextoscujoobjetivoeraregistrar,documentar,provocarreflexõessobreaspectospolíticos,econômicos,religiososesociais.

Nessa composição de Chico Buarque, linguística e semanticamente, percebe-secorretamente que:

A) há uma intenção político-social, evidenciando um determinado período histórico brasileiro.B) o uso da linguagem metafórica prejudica, através do vocábulo “cálice”, o entendimento,

por parte do leitor (ou ouvinte), com relação à presença de valores humanos e sociais.c) “cálice” deve ser percebido semanticamente como um objeto que se usa, tão somente, para

beber vinho.D) a repetição do vocábulo “Pai”, no início dos primeiros versos, representa o recurso estilístico

denominado de anástrofe.E) entende-se pela expressão: “De vinho tinto de sangue”, que o sofrimento é apenas de

âmbito pessoal.

GABARITO(V.6)

1 2 3 4 5

E C B C E

ProfessorColaborador:JoãoSaraiva

De que me valeser filho da santaMelhor seriaser filho da outraOutra realidadeMenos mortaTanta mentiraTanta força bruta...”

como beberDessa bebida amargaTragar a dorEngolir a labutaMesmo calada a bocaResta o peitosilêncio na cidadaNão se escuta

OSG: 43634/11 - Andre 22/02/11 – REV.: TSS