34
28/3/2011 1 Lipídeos Lipídeos (grego “lipos”, gordura) são moléculas apolares, solúveis em solventes orgânicos (metanol, clorofórmio, etc) e essencialmente insolúveis em água Lipídeos I. Classes de lipídeos II. Funções III. Transporte

Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

  • Upload
    vantruc

  • View
    223

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

1

Lipídeos

Lipídeos (grego “lipos”, gordura)

são moléculas apolares, solúveis em solventes orgânicos (metanol, clorofórmio, etc) e

essencialmente insolúveis em água

Lipídeos

I. Classes de lipídeos

II. Funções

III. Transporte

Page 2: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

2

Classes de Lipídeos

I. Ácidos Graxos

II. Glicerolipídeos

III. Glicerofosfolipídeos

IV. Esfingolipídeos

V. Esteróides

São ácidos carboxílicos com cadeia carbônica longa

(normalmente contendo número par de carbonos)

I. Ácidos Graxos: Estrutura

Page 3: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

3

OH

O

OH

O

OH

O

OH

O

-3

-6

-9

saturado

monoinsaturado

poliinsaturado

poliinsaturado

I. Ácidos Graxos: Nomenclatura

C 18:0

C 18:3

C 18:2

C 18:1 9

9,12

9,12,15

Exemplo:

II. Glicerolipídeos: Estrutura

Triacilglicerídeos

Diacilglicerídeos

Monoacilglicerídeos

Page 5: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

5

Ácido Graxo Ponto de Fusão

Cis-9-octadecenoic acid(Oleic acid)

Trans-9-octadecenoic acid(Elaidic acid)

Cis x Trans

Substituinte

III. Glicerofosfolipídeos: Estrutura

Page 6: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

6

Cerebrosídeos

Gangliosídeos

Glicolipídeos

IV. Esfingolipídeos: Estrutura

Fosfolipídeo

Colesterol

Esteres de Colesterol

Núcleo

EsteroidalCabeça

Polar

O

O

V. Esteróides

Page 7: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

7

Classes de LipídeosConsistent structure representation across classes

Fatty Acyls(FA)

Sterol Lipids (ST)

Glycerophospholipids (GP)

Sphingolipids (SP)

Prenol Lipids (PR)

Glycerolipids (GL)

E. Fahy 2010 ©

I. Ácidos Graxos

II. Glicerolipídeos

III. Glicerofosfolipídeos

IV. Esfingolipídeos

V. Esteróides

VI. Lipídeos contendo unidades

de isopreno

Lipídeos

I. Classes de lipídeos

II. Funções

III. Transporte

Reserva Energética

Componente de Membranas

Precursor de mediadores químicos

Page 8: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

8

Reserva Energética

O–

O

Ácidos graxos livres

16

Precursor de diversos mediadores...

Analgesicos/Antiinflamatórios

MediadoresInflamatórios

Page 9: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

9

Figure 1-5 (Voet) Schematic diagram of an animal cell accompanied by electron micrographs of its organelles.

Membranas delimitam as células e formam compartimentos

Componente de membranas

Membranas são formadas por uma

bicamada de fosfolipídeos

Page 10: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

10

Fig. Membranas biológicas (fonte Lenhinger). Membrana de eritrócito corado

com tetróxido de ósmio e visualizado sob microscopia eletrônica.

Membranas são formadas por uma

bicamada de fosfolipídeos

Ácidos Graxos formam Micelas

Page 11: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

11

Composição das Membranas

A membrana é composta de lipídeos e proteínas

Page 12: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

12

Fosfolipídeos

Glicolipídeos

Colesterol

Lipídeos de membrana

Proteínas de membrana

Proteínas Integrais

Proteínas Periféricas

Page 13: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

13

Proteínas Integrais (a,b,c) e

Periféricas (d,e)

Composição de aa da região transmembrana

Page 14: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

14

Fig. 11-11

Propriedades das Membranas

Fluidez

Permeabilidade

Page 15: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

15

Fluidez das Membranas

Difusão Lateral

Difusão Transversal

Page 16: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

16

31

Fatores que influenciam a fluidez das membranas

Temperatura

Composição de ácidos graxos

Colesterol

Temperatura de Transição

Líquido Gel “sólido”

Page 17: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

17

Composição de Ácidos Graxos

Quanto maior a proporção de ácidos graxos insaturados na membrana,

maior é a fluidez da membrana.

Colesterol

Page 18: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

18

35

Permeabilidade das Membranas

Fig. 11-28

Page 19: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

19

Lipídeos

I. Classes de lipídeos

II. Funções

III. Transporte

Page 20: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

20

Transporte de Lipídeospela Circulação Sanguínea

Lipídeos são transportados por lipoproteínas

ApolipoproteínaMonocamada de Fosfolipídeos

Triacilglicerídeos Colesterol

Ésteres de Colesterol

Page 21: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

21

4 tipos principaisLipoproteínas

Classificação e composição das Lipoproteínas

Quilomícrom é sintetizado no intestino e transporta os lipídeos da dieta

VLDL é sintetizada no fígado e transporta os lipídeos do fígado para os tecidos

extra-hepáticos

LDL é formada a partir da VLDL e tranporta o colesterol para os tecidos

HDL é tranporta o colesterol dos tecidos para o fígado

Page 22: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

22

1.

2.

3.

4.

5.

vesícula

Gordura da dieta

Sais bilares

emusificam gorduras

formando micelas

Lipases degradam

triacilglicerois

Ácidos graxos são absorvidos

pela mucosa intestinal e

convertido em triacilgliceroisTriacilglicerois, colesterol e apolipoproteínas

São incorporados em quilomicrons

quilomicron

Lipoproteína lipase, ativada por

apoC-II no capilar libera

ácidos graxos e glicerol

Quilomicrons são transportados

pelos sistemas limfáticos e

Sanguinos

Ácido graxo entra na c élula

Ácido graxo é utilizado como

combustível ou re-esterificado

para armazenamento

Miócito ou adipócito

Page 23: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

23

Quilomícrons

Os TG da dieta são transportados na forma de quilomícrons.

Quilomícrons

Com a remoção de TG formam-se os quilomícrons remanescentes

Page 24: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

24

QuilomícronsOs quilomícrons remanescentes são captados pelo fígado.

VLDL TG e colesterol sintetizados no fígado, são empacotados juntamente com outros lipídeos e apoproteínas e liberados na corrente sanguínea na forma de VLDL.

Page 25: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

25

VLDL IDL

A remoçao dos TG converte a VLDL em remanescentes de VLDL ou IDL

Uma parte dos remanescentes de VLDL ou IDL são removidos da circulação pelo fígado.

VLDL IDL

Page 26: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

26

A outra parte é convertido a LDL, uma partícula rica em ésteres de colesterol.

VLDL IDL LDL

Uma parte da LDL é captada pelo fígado

VLDL IDL LDL

Page 27: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

27

A outra parte da LDL distribui colesterol para os tecidos extra-hepáticos

VLDL IDL LDL

VLDL IDL LDL

Resumindo... VLDL, IDL e LDL são partículas relacionadas que transportam Triacilglicerol (Ac. Graxos) e Colesterol do Fígado para os Tecidos Extrahepáticos. Sendo a LDL a principal responsável pela distribuição de colesterol.

Page 28: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

28

HDL

Precursores de HDL são sintetizados no fígado e no intestino delgado.

HDLA HDL é responsável

pelo “transporte reverso do colesterol”

Page 29: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

29

HDLA HDL é captada pelos hepatócitos

No Fígado o Colesterol é Excretado por meio de sua conversão a Sais Biliares.

Nos organismos sadios os níveis de colesterol sanguíneo são mantidos pelo

controle de sua Síntese, Excreção e Utilização

(o orgão central nesse processo é o fígado)

Page 30: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

30

Defeitos Genéticos que afetam a captação da LDL pelo fígadoe/ou

Condições que aumentam a síntese ou ingestão de Colesterol

Aumento de LDL (“mau colesterol”)

(a) Indivíduos Normais

Page 31: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

31

(b) Hipercolesterolemia Familiar

Defeito na Captação de LDL pelo fígado

LDL

(c) Dieta Prolongada Rica em Colesterol

Repressão da síntese de receptores para LDL!!

Aumento de colesterol no fígado reprime a captação de LDL

LDL

Page 32: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

32

Consequências??

LDL

Page 33: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

33

Aterosclerose

LDL

Infarto do MiocárdioAcidente Vascular Cerebral

-Redução de síntese de colesterol

-Aumento da excreção na forma de sais biliares

-Diminuição de sua absorção

Terapias

Page 34: Lipídeos - Instituto de Química Enfermagem/Aula_Lipideos... · 28/3/2011 2 Classes de Lipídeos I. Ácidos Graxos II. Glicerolipídeos III. Glicerofosfolipídeos IV. Esfingolipídeos

28/3/2011

34

Lipídeos

I. Classes de lipídeos

II. Funções

III. Transporte

GUIA PARA RELATÓRIO DE LABORATÓRIO

• CAPA : Nome do experimento, integrantes do grupo...

• INTRODUÇÃO: Deve conter os fundamentos bioquímicos da metodologia empregada (aspectos teóricos da aula prática encontrados na literatura).

• OBJETIVOS: Colocar o(s) objetivo(s) da aula prática de forma clara e concisa.

• MATERIAIS E MÉTODOS: Descrever os procedimentos executados em laboratório incluindo todos os reagentes, materiais e equipamentos utilizados.

• RESULTADOS E DISCUSSÃO: Colocar todos os dados obtidos (utilizar tabelas, caso julgue necessário). Os gráficos serão aceitos em papel milimetrado ou no Excel. Comentar os resultados, discutir possíveis diferenças obtidas comparando com dados da literatura.

• CONCLUSÃO: Comentar quais as conclusões da aula prática. Ser claro e objetivo nas conclusões. Esclarecer se os objetivos propostos foram atingidos ou não.

• BIBLIOGRAFIA: Colocar todos os livros e artigos consultados.

• Resposta das questões complementares