12
Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) 1 Marco Novovitch Graziella Lossasso Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) Psicólogos e psiquiatras descobrem os benefícios terapêuticos de uma prática conhecida há milhares de anos Série Caminhos

Livrando-se dos Antidepressivos (e da Depressão) - Novovitch e Lossasso - MAR DE LIVROS

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Os fármacos têm um papel muito importante no combate à depressão. Mas quem quer se libertar desse mal - que aparentemente não deixa marcas - paga um preço muito alto quando o tratamento passa pela via química. É fundamental que os doentes tenham à disposição uma terapia que seja, ao mesmo tempo, barata e sem efeitos colaterais nocivos. De uns 30 anos para cá, os psiquiatras têm se dedicado a pesquisar e avaliar os efeitos de outras “portas de saída” para quem está aprisionado pela depressão e acabaram encontrando uma alternativa extremamente viável, poderosa e que está há milênios à disposição da humanidade. Este livro apresenta as últimas comprovações a respeito do assunto assinadas pela pesquisa científica e chama a atenção dos que hoje são dependentes dos fármacos para a alternativa libertadora que está – digamos – ao alcance de suas mãos e das mãos de qualquer pessoa.

Citation preview

Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) 1

Marco NovovitchGraziella Lossasso

Livrando-se dosantidepressivos(e da depressão)Psicólogos e psiquiatrasdescobrem os benefíciosterapêuticos de uma práticaconhecida há milhares de anos

Séri

e C

amin

hos

Livrando-se dosantidepressivos(e da depressão)

Marco Novovitch e Graziella Lossasso

Psicólogos e psiquiatrasdescobrem os benefíciosterapêuticos de uma práticaconhecida há milhares de anos

São Paulo2016

1a Edição

MAR DE LIVROS

Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) 4

Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) 5

É com imensa satisfação que inauguramos a série Caminhos coma publicação desta obra escrita pelo jornalista Marco Novovitch e pelapedagoga Graziella Lossasso. Obra que reúne informação precisaapresentada de modo didático, o que resulta num texto de fácilentendimento, numa efetiva comunicação. Livrando-se dosantidepressivos (e da depressão) apresenta aos que sofrem desseterrível mal uma alternativa de tratamento que os próprios psiquiatrasrecomendam com base em pesquisas científicas: a meditação. Al-ternativa que custa muito pouco e não traz efeitos colaterais inde-sejáveis.

Um tipo de meditação focada, que pede a quem a pratica atençãoplena no momento presente, no aqui e no agora. Meditação desligadade qualquer religião e que tem um extraordinário efeito terapêutico.

Meditação que, na verdade, se resume a um treinamento mental,um modo de atingir a autoconsciência de que não somos nossas mentes,que podemos nos distanciar dela e encarar os acontecimentos na suareal dimensão. Afinal de contas, nas palavras de Osho, a raiz de todosos problemas está na mente: “problemas crescem na mente como asfolhas crescem nas árvores”, diz o mestre hindu.

A série Caminhos tem o objetivo de trazer alternativas válidaspara problemas atuais, que nos afligem. Desejamos ardentemente quecumpra seu objetivo.

O Editor

Palavras iniciais

1 - Uma luz no final do negro túnel ............................... 092 - Sobre ruminações e pilotos automáticos ................... 133 - Um pensamento passou por aqui .............................. 194 - Medicação versus Meditação. E a vencedora é ......... 275 - No mundo das meditações também existe grife ......... 396 - Você não é a sua mente. A sua mente não é você ...... 417 - Que tal meditar lavando louça? ................................ 438 - Referências e bibliografia ......................................... 49

Sumário

Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) 8

Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) 9

Adepressão é uma doença que não deixa marcas. Nãoaparentemente. Mas incapacita para o trabalho e atéleva à morte. Hoje, ela é considerada a quarta prin-

cipal causa de incapacitação em todo o mundo. E, de acordocom projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS),ela será a doença dominante em todo o planeta daqui a 15anos, mais ou menos.

Um estudo epidemiológico a respeito da depressão noseu mais alto grau de intensidade(*), publicado em 2011 noBMC Medicine, um jornal especializado, estimava que maisde 120 milhões de pessoas sofriam de depressão em todo omundo. O número, no entanto, é bem maior. Comunicadorecente da OMS estima que, em 2015, haja cerca de 350 mi-lhões de pessoas afetadas por esse distúrbio. Estamos citan-do estimativas, porque os levantamentos estatísticos à dis-posição baseiam-se em manifestações da doença segundoos padrões ocidentais. E esses padrões não correspondem

Uma luzno fimdo negrotúnel

1

(*) - Também conhecida como depressão maior, depressão severa ou depressãoclínica.

Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) 10

ao que ocorre no lado oriental do globo, nem no africano.Mesmo assim, as diferenças reveladas por esses levan-

tamentos são muitas. Na Índia, por exemplo, quem tem pou-cos anos de estudo parece apresentar 14 vezes mais chancesde sofrer depressão. No Japão e na China, quanto mais anosde educação formal mais deprimidas estavam as pessoasentrevistadas. O mesmo aconteceu quando a análise enfocouo estado civil. Enquanto estar separado ou divorciado au-mentava o risco de se cair em depressão na maioria dos 18países palco da pesquisa divulgada pelo BMC Medicine, emoutros essa condição não fez a menor diferença. Nos paísesdesenvolvidos, os mais pobres apresentavam um risco apro-ximadamente duas vezes maior de ter a doença. Já nos paí-ses considerados em desenvolvimento não houve diferençasignificativa.

A megalópole de São Paulo apresentou índices pareci-dos com os registrados nos países desenvolvidos. Se o re-sultado estatístico das mais de 5 mil entrevistas realizadasna capital paulista fosse estendido para todo o Brasil, pode-ríamos dizer que 18 em cada grupo de 100 pessoas estariamdeprimidas e isso daria ao país o indesejável primeiro lugarentre os países em desenvolvimento. Mas os números nãovalem para todo o Brasil, já que foram retirados de um estu-do do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Pau-lo intitulado São Paulo Megacity e, portanto, restrito ao es-tilo de vida dos que habitam numa das cidades mais popu-losas do mundo.

De qualquer modo, os números assustam. Quem con-tribuiu para as pesquisas mundiais da OMS chama a aten-ção para o fato de que o episódio depressivo maior deveriacolocar em alerta quem se preocupa com a saúde públicaem toda a Terra, porque esse é um distúrbio recorrente, li-gado às doenças médicas, à mortalidade e à diminuição daqualidade de vida.

Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) 11

Uma pessoa deprimida pode, entre outras manifesta-ções, perder ou ganhar peso, comer muito menos ou muitomais do que o habitual, ter dificuldades de concentração eapresentar perturbações do sono, que podem resultar eminsônia ou na necessidade de dormir muito mais do que onormal. Existe fadiga e falta de energia para qualquer ativi-dade, até mesmo para sair da cama. As menores dificulda-des ou obstáculos parecem impossíveis de se vencer. A pes-soa pode parecer lenta e sem a mínima vontade de fazeralguma coisa, ou rápida, irrequieta. O doente carrega umprofundo sentimento de culpa e de inutilidade.

Se essa dor e essa imensa autocrítica persistirem, a pes-soa deprimida pode vivenciar sentimentos de incapacidadee desespero, que a levarão a um comportamento autodes-trutivo, a pensamentos de morte e suicídio. A grande maio-ria das pessoas com depressão grave está mais propensa acometer suicídio do que as pessoas não afetadas pela de-pressão e há quem chegue às vias de fato. Há casos em queas pessoas deprimidas desenvolvem delírios e alucinações.

O rápido panorama do estrago provocado por essa ter-rível doença é suficiente para revelar como é importantedescobrir um modo de evitar que tantas capacidades se per-cam, que tantas vidas deixem de pulsar vida.

Os fármacos têm um papel muito importante a desem-penhar nesse terreno. Mas quem quer se libertar da depres-são paga um preço muito alto quando o tratamento passapela via química.

É fundamental que os doentes tenham à disposição umaterapia que seja, ao mesmo tempo, barata e sem efeitos cola-terais nocivos.

Felizmente, de uns 30 anos para cá, os psiquiatras sededicaram a pesquisar e avaliar os efeitos de outras “portasde saída” para quem está aprisionado por esse distúrbiomental e acabaram encontrando uma alternativa extrema-

Livrando-se dos antidepressivos (e da depressão) 12

mente viável, poderosa e que está há milênios à disposiçãoda humanidade.

Este livro apresenta recentes comprovações a respeitodo assunto assinadas pela pesquisa científica e chama a aten-ção dos que hoje são dependentes dos fármacos para a al-ternativa libertadora que está – digamos – ao alcance de suasmãos e das mãos de qualquer pessoa.