livro TCC versão 2011-II - 25

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Capa Parte Externa - Obrigatrio Margem superior: 3 cm 1

Espaamento 1

UNIVERSIDADE DE CINCO LAGOS - UCL FACULDADE DE CINCIAS CURSO DE BACHARELADO EM CINCIA

Autoria obrigatrio

Logotipo da Instituio opcional

Giovani ScaramellaMargem lateral: esquerda 3 cm Margem lateral: direita 2 cm

NORMAS E ORIENTAES PARA ELABORAO DE TRABALHOS ACADMICOS: Estrutura e forma MonografiaNatureza Subttulo: condicionado necessidade Ttulo: Obrigatrio

Folha branca / Modelo A4 21 x 29,7 cm Fonte preta Arial 12ou TNR 12

Os elementos apresentados encontram-se na ordem

Volume IIndicao do volume condicionado necessidade

nico elemento que no contado

Local da instituio obrigatrio

UF obrigatria em caso de homnimos

Cinco Lagos (RJ), 2011Margem Inferior: 2 cm

Ano de depsito: Obrigatrio

Folha de rosto Elemento Pr-textual (anverso) - Obrigatrio 2

GIOVANI SCARAMELLAAutoria obrigatrio

Incio da contagem das pginas

Obrigatrio

NORMAS E ORIENTAES PARA ELABORAO DE TRABALHOS ACADMICOS: Estrutura e formaCondicionado necessidade

Volume INatureza: obrigatria Objetivo: obrigatrio

Obrigatrio

Monografia apresentada para obteno do ttulo de Bacharel em Cincia, Faculdade de Cincias, Universidade de Cinco Lagos - UCL.. Orientador: Prof. Fulano de Tal Co-orientador: Prof. Cicrano de talNota: obrigatria / Espaamento simples

Condicionado necessidade

Obrigatrio

Obrigatrio

Cinco Lagos (RJ), 2011

Folha de rosto (verso) Elemento Pr-textual - Obrigatrio 3

Deve conter ficha catalogrfica, conforme Cdigo de Catalogao Anglo-Americano vigente

Scaramella, Giovani. Normas e orientaes para elaborao de trabalhos acadmicos / Giovani Scaramella. 21. ed. Rio de Janeiro : Angkor, 2011. 164 p. : il. ; 21 cm.

Bibliografia: p. 132-135. 1. Metodologia. 2. Pesquisa. 3. Normas. 4. Trabalhos acadmicos. 5. ABNT.

Errata Elemento Pr-textual Condicionado necesssidade

1 espao de 1

ERRATA

At o sumrio, 4 o ttulo deve ser em caixa alta, em negrito, centralizado e sem indicativo numrico

SCARAMELLA, Giovani. Normas e orientaes para elaborao de trabalhos acadmicos. 21. ed. Rio de Janeiro: Angkor, 2011. folha 8 53 linha 12 17 onde se l reao ver leia-se relao viver

Folha de aprovao Elemento Pr-textual Obrigatrio 5

Obrigatrio

GIOVANI SCARAMELLAObrigatrio

NORMAS E ORIENTAES PARA ELABORAO DE TRABALHOS ACADMICOS: Estrutura e formaMargem esquerda dever coincidir com uma linha imaginria que divide a mancha da folha em duas partes iguais Objetivo: obrigatrio Instituio: obrigatrio Texto no normatizado Espaamento simples Natureza: obrigatrio

Monografia aprovada como requisito bsico para a obteno do ttulo de bacharel em Cincia, Faculdade de Cincias - FC, Universidade de Cinco Lagos - UCL.

Data de aprovao: 29 / 07 / 2011. Banca Examinadora:Obrigatrio

Presidente:Obrigatrio

Prof. Mestre Fulano de Tal Universidade de Cinco Lagos

Obrigatrio

Obrigatrio

1o. Examinador: Prof. Doutor Cicrano de Tal Universidade de Cinco LagosObrigatrio Obrigatrio

2o. Examinador: Prof. Doutor Beltrano de Tal Universidade de Cinco LagosObrigatrio Obrigatrio

Dedicatria Elemento Pr-textual Opcional Sem ttulo 6

Dedico este trabalho aos meus amigos.

Agradecimento (s) Elemento Pr-textual Opcional 7

Recomendao:margem de incio de pargrafo de AGRADECIMENTOS 2 cm

A elaborao deste trabalho contou com a colaborao de inmeros colegas que, ao longo de minha trajetria acadmica, contriburam para que esta idia se concretizasse. Primeiramente a eles agradeo. Agradeo tambm aos meus alunos e ex-alunos, muitos hoje colegas de trabalho, que fizeram observaes, sugestes e correes, proporcionando a melhoria na qualidade deste manual.

Epgrafe Elemento Pr-textual Opcional 8

Sem aspas

Fazer uma tese significa divertir-se ...Autoria

Umberto Eco

Resumo em lngua verncula Elemento Pr-textual Obrigatrio 9 Sem Margem de incio de pargrafo

RESUMO

Este manual tem como objeto normas e orientaes para apresentao de trabalhos acadmicos, obrigatoriamente elaborados sob as normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT. Foi elaborado para ser utilizado em aulas de cursos de graduao e ps-graduao, sobretudo como referncia para elaborao de trabalhos monogrficos. Desenvolve-se o contedo deste trabalho de forma detalhada e, sempre que possvel, definindo os elementos que compem um documento cientfico, citando diretamente as normas da ABNT. A apresentao desse contedo seguiu a estrutura das normas acima citadas, com apoio de caixas de texto (Microsoft Word), recurso presente em praticamente todas as sees. Esta publicao exemplo de como dever ficar seu trabalho acadmico.

Palavras-Chave: Trabalhos Acadmicos. Normas da ABNT. Cincia.

Obrigatrio

Utilizar pontos

Resume o contedo de Introduo Concluso. Mnimo de 150 e mximo de 500 palavras Preferencialmente em um nico pargrafo

Resumo em lngua estrangeira Elemento Pr-textual Apenas uma obrigatria Resumo em lngua estrangeira Elemento Pr-textual Um obrigatrio 10 Ttulo traduzido

ABSTRACT

This manual aims to standards and guidelines for presentation of scholarly work produced under the mandatory rules of the Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT. It is designed to be used in classes of undergraduate and postgraduate students, especially as a reference for preparation of monographs. Develop the content of this work in detail, where possible by defining the elements of a scientific paper quoting directly from the norms. The presentation of such content followed the structure of the rules mentioned above, with the support of text boxes (Microsoft Word), the feature present in virtually all sections. Keywords: Academic Works. Norms. Science.

Todo o texto traduzido

Resumo em lngua estrangeira Elemento Pr-textual Mais de um opcional 11

RSUM

Ce manuel vise des normes et des directives pour la prsentation des travaux scientifiques produits dans le cadre des rgles impratives de l' Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT. Il est conu pour tre utilis dans des classes d'tudiants de premier cycle et de troisime cycle, notamment en tant que rfrence pour la prparation de monographies. Dvelopper le contenu de ce travail en dtail, si possible, en dfinissant les lments d'un document scientifique cite directement les normes. La prsentation de ces contenus, suivi de la structure des rgles mentionnes ci-dessus, avec le soutien des zones de texte (Microsoft Word), la fonctionnalit prsente dans pratiquement toutes les sections. Mots-cls: Travaux universitaires. Normes. Science.

Resumo em lngua estrangeira Elemento Pr-textual Mais de um opcional 12

RESUMEM

Este manual tiene como objetivo a las normas y directrices para la presentacin de los trabajos acadmicos producidos al amparo de las normas imperativas de la Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT. Est diseado para ser utilizado en las clases de los estudiantes de pregrado y postgrado, especialmente como referencia para la preparacin de monografas. Desarrollar el contenido de esta obra en detalle, de ser posible mediante la definicin de los elementos de un artculo cientfico una cita directa de las normas. La presentacin de dicho contenido seguido la estructura de las normas mencionadas anteriormente, con el apoyo de los cuadros de texto (Microsoft Word), la caracterstica presente en casi todas las secciones. Palabras-llave: Trabajos acadmicos. Normas. Ciencia.

Lista de ilustraes Elemento Pr-textual Opcional 13

LISTA DE ILUSTRAES

Figura 1 - Projeto e sua relao com a atividade de pesquisa ____________ 24 Figura 2 - Estrutura de um projeto __________________________________ 26 Figura 3 - Pirmide de Quops, Egito ________________________________ 29 Figura 4 - O foco central em uma pesquisa cientfica encontra-se no problema a ser investigado _______________________________ 32 Figura 5 Relao entre problema, hiptese, tese e execuo da pesquisa 34 Figura 6 - Configurao das grafias dos ttulos das selees de acordo com seu nvel ___________________________________________ 48 Figura 7 - Exemplo de iluso de tica intitula da Iluso do tabuleiro de damas _______________________________________________ 51 Figura 8 - Principais espaos de uma tabela __________________________ 53 Figura 9 - Elementos de uma tabela _________________________________ 56 Figura 10 - Estrutura de um trabalho acadmico ______________________ 57 Figura 11 - Exemplo de paginao referente a cada elemento listado no sumrio, apenas com a indicao da pgina onde iniciada a seo onde se encontra o ttulo ____________________________ 68 Figura 12 - Exemplo de paginao referente a cada elemento listado no sumrio, com a indicao da pgina inicial e pgina final da correspondente _________________________________________ 69 Figura 13 - Estrutura e ordenao dos elementos textuais ______________ 70 Figura 14 - Exemplo de apndice nico (sem indicao por letra) ________ 75 Figura 15 - Exemplo de apresentao de mais de um apndice (com indicao por letra) ______________________________________ 76 Figura 16 - Exemplo de anexo nico (sem indicao por letra) ___________ 76 Figura 17 - Exemplo de apresentao de mais de um anexo (com indicao por letra) ______________________________________ 77 Figura 18 - Representao de um grifo de autoria de Sir John Tenniel em Alice in Wonderland de Lewis Carroll _______________________ 56

Lista de tabelas Elemento Pr-textual Opcional 14

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Questes orientadoras para elaborao de um projeto por respostas e sees ______________________________________ 25 Quadro 2 - Exemplo de cronograma _________________________________ 40 Quadro 3 - Questes orientadoras para elaborao de um projeto de pesquisa por sees e orientaes complementares __________ 42 Quadro 4 - Orientao para elaborao de referncias _________________ 114 Quadro 5 - Expresses latinas por significado e utilizao _____________ 125Mnimo cinco itens Todos os itens devem ser listados Itens em ordem de ocorrncia Indicao da pgina correspondente

Lista de Abreviaturas, siglas e smbolos Elemento Pr-textual Opcional 15

LISTA DE ABREVIATURAS SIGLAS E SMBOLOS CBA Centro de Arqueologia Brasileira CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico IAB Instituto de Arqueologia Brasileira IPHAN - Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional ISCB Instituto Superior de Cultura Brasileira MNRJ Museu Nacional do Rio de Janeiro / UFRJ

Sumrio Elemento Pr-textual Obrigatrio 16 Ttulos ordenados com fonte idntica a da seo Pgina correspondente

SUMRIO

1 INTRODUO _________________________________________________ 21 2 PROJETO DE PESQUISA ________________________________________ 22 2.1 Estrutura ____________________________________________________ 25 2.1.1 Elementos pr-textuais _______________________________________ 27 2.1.2 Elementos textuais __________________________________________ 27 2.1.2.1 Parte introdutria ___________________________________________ 28 2.1.2.1.1 Tema ___________________________________________________ 28 2.1.2.1.2 Problema _______________________________________________ 31 2.1.2.1.3 Hiptese ________________________________________________ 33 2.1.2.1.4 Objetivo _________________________________________________ 34 2.1.2.1.5 Justificativa ______________________________________________ 35 2.1.2.1.6 Referencial terico_________________________________________ 36 2.1.2.1.7 Metodologia ______________________________________________ 36 2.1.2.1.8 Recursos ________________________________________________ 38 2.1.2.1.9 Cronograma______________________________________________ 39 2.1.2.1.10 Pessoal envolvido ________________________________________ 40 2.1.3 Elementos ps-textuais ______________________________________ 40 2.1.3.1 Referncias _______________________________________________ 40 3 FORMA E ESTRUTURA DE UM TRABALHO ACADMICO _____________ 42 3.1 Formato _____________________________________________________ 42 3.1 Margens_____________________________________________________ 42 3.3 Fonte _______________________________________________________ 43 3.4 Paginao ___________________________________________________ 44 3.5 Pargrafos___________________________________________________ 44 3.6 Alneas e subalneas __________________________________________ 45 3.7 Sees ______________________________________________________ 46 3.8 Ttulos ______________________________________________________ 46 3.9 Numerao progressiva das sees _____________________________ 47 3.10 Abreviaturas e siglas _________________________________________ 48 3.11 Equaes e frmulas _________________________________________ 48 3.12 Ilustraes _________________________________________________ 49

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3.13 Tabelas ____________________________________________________ 51 3.13.1 O topo e seus elementos ____________________________________ 51 3.13.2 O centro e seus elementos ___________________________________ 51 3.13.3 O rodap e seus elementos __________________________________ 53 3.13.4 A diagramao de uma tabela ________________________________ 53 3.13.5 Dados de uma tabela________________________________________ 54 3.14 Estrutura ___________________________________________________ 54 4 PARTE EXTERNA E INTERNA ____________________________________ 57 4.1 A capa ______________________________________________________ 57 5 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS _____________________________________ 59 5.1 Folha de Rosto _______________________________________________ 59 5.2 Verso da folha de rosto ________________________________________ 60 5.3 Errata _______________________________________________________ 60 5.4 Termo de aprovao __________________________________________ 61 5.5 Dedicatria __________________________________________________ 62 5.6 Agradecimentos ______________________________________________ 62 5.7 Epgrafe _____________________________________________________ 63 5.8 Resumos ____________________________________________________ 64 5.8.1 Resumo em lngua verncula _________________________________ 64 5.8.2 Resumo em outros idiomas ___________________________________ 65 5.9 Listas _______________________________________________________ 65 5.10 Sumrio ____________________________________________________ 66 6 ELEMENTOS TEXTUAIS _________________________________________ 69 6.1 A introduo _________________________________________________ 69 6.2 O desenvolvimento ___________________________________________ 70 6.3 A concluso _________________________________________________ 70 7 ELEMENTOS PS-TEXTUAIS _____________________________________ 72 7.1 As referncias bibliogrficas ___________________________________ 72 7.2 A bibliografia recomendada ____________________________________ 73 7.3 O glossrio __________________________________________________ 73 7.4 Os apndices ________________________________________________ 73 7.5 Os anexos ___________________________________________________ 74 7.6 O ndice _____________________________________________________ 76

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8 NORMAS PARA REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ___________________ 80 8.1 Transcrio dos elementos _____________________________________ 81 8.1.1 Autoria ____________________________________________________ 82 8.1.1.1 Autor pessoal ______________________________________________ 83 8.1.1.2 Tipos de responsabilidade ____________________________________ 83 8.1.1.3 Autor entidade _____________________________________________ 84 8.1.1.4 Autoria desconhecida ________________________________________ 85 8.1.2 Ttulo e subttulo ____________________________________________ 85 8.1.3 Edio_____________________________________________________ 87 8.1.4 Local ______________________________________________________ 88 8.1.5 Editora ____________________________________________________ 88 8.1.6 Data_______________________________________________________ 90 8.1.7 Descrio fsica _____________________________________________ 91 8.1.8 Ilustraes _________________________________________________ 93 8.1.9 Dimenses _________________________________________________ 94 8.1.10 Sries e colees __________________________________________ 94 8.1.11 Notas ____________________________________________________ 95 8.2 Ordenao das referncias _____________________________________ 95 8.2.1 Sistema alfabtico ___________________________________________ 96 8.2.2 Sistema numrico ___________________________________________ 96 8.3 Chaves e modelos de referncias ________________________________ 97 8.3.1 Monografia no todo __________________________________________ 98 8.3.1.1 Livros, folhetos, manuais, guias, catlogos, enciclopdias, dicionrios, dentre outros _____________________________________________ 98 8.3.1.2 Trabalhos acadmicos, dissertaes, teses, dentre outros ___________ 98 8.3.2 Monografia no todo em meio eletrnico _________________________ 98 8.3.3 Parte de monografia _________________________________________ 99 8.3.4 Parte de monografia em meio eletrnico ________________________ 99 8.3.5 Publicao peridica_________________________________________ 100 8.3.5.1 Publicao peridica como um todo ____________________________ 100 8.3.5.2 Partes de revista, boletim etc. (volume, fascculo, nmeros especiais e suplementos, dentre outros, sem ttulo prprio)____________________ 100

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8.3.5.3 Artigo e/ou matria de revista, boletim etc. (partes de publicaes peridicas, comunicaes, editorial, entrevistas, recenses, reportagens, etc.) ____ 100 8.3.5.4 Artigo e/ou matria de revista, boletim etc. em meio eletrnico ________ 101 8.3.5.5 Artigo e/ou matria de jornal (comunicaes, editorial, entrevistas, recenses, reportagens, resenhas, etc.) __________________________________ 101 8.3.5.6 Artigo e/ou matria de jornal em meio eletrnico ___________________ 102 8.3.6 Separatas __________________________________________________ 102 8.3.7 Evento como um todo (documentos reunidos em atas, anais, etc.) ___ 102 8.3.7.1 Evento como um todo em meio eletrnico ________________________ 103 8.3.8 Trabalho apresentado em evento ______________________________ 103 8.3.8.1 Trabalho apresentado em evento em meio eletrnico _______________ 103 8.3.9 Patente ____________________________________________________ 104 8.3.10 Documento jurdico (legislao, decises judiciais e doutrinas) ____ 104 8.3.10.1 Legislao _______________________________________________ 104 8.3.10.1.1 Constituies e suas emendas ______________________________ 105 8.3.10.1.2 Textos legais infraconstitucionais (leis complementares e ordinrias, medidas provisrias, decretos, normas, atos normativos, instrues normativas, portarias, resolues, ordens de servio, comunicados, avisos, circulares, decises administrativas, etc.) _______________________ 105 8.3.10.2 Jurisprudncia (smulas, enunciados, acrdos, sentenas e demais decises judiciais.) ________________________________________ 105 8.3.10.3 Documento jurdico em meio eletrnico _________________________ 106 8.3.11 Imagem em movimento (filmes, videocassetes, DVD, etc.) _________ 106 8.3.12 Documento iconogrfico (inclui pintura, gravura, ilustrao, fotografia, desenho tcnico, diapositivo, filme, material estereogrfico, transparncia, cartaz entre outros) _____________ 106 8.3.12.1 Documento iconogrfico em meio eletrnico _____________________ 107 8.3.13 Documento cartogrfico _____________________________________ 107 8.3.13.1 Documento cartogrfico em meio eletrnico _____________________ 107 8.3.14 Documento sonoro no todo (disco de vinil, CD, cassete, rolo, etc.) _ 107 8.3.15 Documento sonoro em parte _________________________________ 108 8.3.16 Partitura __________________________________________________ 108 8.3.17 Documento tridimensional (esculturas, maquetes, objetos etc.) ____ 108

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8.3.18 Documento de acesso exclusivo em meio eletrnico (bases de dados, listas, sites, arquivos, programas, conjuntos de programas e e-mails, etc.) ___________________________________________ 109 9 NOTAS DE RODAP E CITAES _________________________________ 111 9.1 Notas de rodap ______________________________________________ 111 9.2 Citao _____________________________________________________ 112 9.2.1 Citao direta_______________________________________________ 112 9.2.2 Citao indireta _____________________________________________ 113 9.2.3 Citao de citao ___________________________________________ 113 9.3 Sistema de chamada __________________________________________ 114 9.3.1 Sistema autor-data de chamada________________________________ 114 9.3.2 Sistema numrico chamada ___________________________________ 120 9.4 Expresses latinas ____________________________________________ 120 9.5 Utilizao de parnteses _______________________________________ 121 9.6 Utilizao de colchetes ________________________________________ 121 9.7 Utilizao grifos ______________________________________________ 122 9.8 Utilizao aspas ______________________________________________ 124 10 CONSIDERAES FINAIS ______________________________________ 125 REFERNCIAS __________________________________________________ 126 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ___________________________________ 129 GLOSSRIO ____________________________________________________ 130 APNDICE A - Folha guia _________________________________________ 150 APNDICE B Modelo de sumrio __________________________________ 152 APNDICE C - Estrutura dos elementos textuais ______________________ 154 APNDICE D - Exemplo de mancha e margem estabelecida a partir de sua metade _________________________________________________ 156 ANEXO A - Quadro de abreviatura dos meses (NBR 6023) ______________ 158 NDICE _______________________________________________________ 160

Introduo Elemento Textual Obrigatrio

2 cm 21

2 cm

1 INTRODUO

Incio da numerao das pginas

Este manual tem como objeto normas e orientaes bsicas para apresentao de trabalhos acadmicos, obrigatoriamente elaborados sob as normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT e foi idealizado com objetivo de atender necessidade deste autor face ao desenvolvimento de suas aulas, em cursos de graduao e ps-graduao, que exigiam o ensinamento de normas que orientassem os trabalhos solicitados por professores, bem como para os alunos que necessitavam apresentar monografias de concluso e curso. H inmeros manuais impressos e em mdia digital, muitos deles obtidos gratuitamente na internet e oferecidos por instituies de ensino superior destinados a seus alunos. Nesse mesmo intuito o autor elaborou e adaptou, ao longo de anos, este manual de forma a complementar suas necessidades didtico-pedaggicas em aula. Este manual apresenta detalhadamente as normas da ABNT em modelo desenvolvido pelo autor, marcado pelas seguintes caractersticas: inmeras caixas de texto (Microsoft Word), em cor cinza-claro, para orientao e esclarecimento imediatos, como tambm a utilizao do prprio texto como exemplo para a configurao de um documento cientfico. Este trabalho apresenta duas partes bsicas para o desenvolvimento de um trabalho de pesquisa: a primeira volta-se a elaborao de um projeto e a segunda focaliza a apresentao dos resultados obtidos. Ambas se complementam. Juntamente com este texto segue um arquivo digitado em documento Word (tipo 97-2003) que servir de base para que os interessados possam digitar seus trabalhos acadmicos em arquivo j configurado. Seguramente a utilizao esse arquivo minimiza significativamente o trabalho e digitao de documentos cientficos que devem obedecer s normas da ABNT.

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2 PROJETO DE PESQUISA

Para apresentar normas e orientaes gerais para elaborao de um projeto de pesquisa cientfica faz-se necessrio, inicialmente, conceituar cincia e pesquisa antes de focar a estrutura e apresentao de um projeto. Conceituar cincia extremamente difcil, entretanto, pode ser entendido como o estudo de problemas formulados adequadamente em relao um objeto procurando para aqueles solues plausveis atravs da utilizao de mtodos cientficos (BARROS; LEHFELD, 1986, p.67). Nesse sentido, a chave para o entendimento encontra-se no seu mtodo de atuao, na forma como a cincia produz conhecimento, bastante distinto dos conhecimentos religiosos e populares, por exemplo. Toda atividade cientfica que objetiva a produo de conheciemnto desenvolvida a partir de atividades de pesquisa caracterizadas por procedimentos lgicos, racionais e sistemticos, que so devidamente fundamentados, descritos e apresentados a crtica. Nesse sentido, sabe-se quem, quando, onde e sob quais condies um determinado conhecimento produzido.

Pode se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemtico que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que so propostos. A pesquisa requerida quando no se dispe de informao suficiente para responder ao problema, ou ento quando a informao disponvel se encontra em tal estado de desordem que no possa ser adequadamente relacionada ao problema (GIL,1986, p.19)

A palavra projeto tem sua origem etimolgica no termo latino proiectus que significa lanado. Assim, a concepo de projeto est associada idia de lanar algo para frente, atirar, planejar ou, de acordo com a norma NBR 15287, como descrio da estrutura de um empreendimento a ser realizado (ABNT, 2011b p. 2). Especificamente projeto de pesquisa um documento que compreende uma das fases da pesquisa. a descrio da sua estrutura (ABNT, 2005 p. 2).

O Projeto de Pesquisa nada mais que o planejamento, ou melhor, o primeiro passo da pesquisa. A prpria palavra projetar aponta para esta direo, significa antever etapas para a operacionalizao de um trabalho. O agente da pesquisa no pode agir de forma

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assistemtica. O Projeto um instrumental tcnico que conduz a uma ao especfica, com nases em recursos humanos, tcnicos e financeiros (CIRIBELLI, 2000, p. 19).

Um projeto de pesquisa deve ser ento compreendido como um documento cujo contedo reflete o amadurecimento de um conjunto de idias integradas e organizadas preparatrias para o desenvolvimento de uma investigao cientfica.

[Projeto a] mobilizao de recursos para a consecuo de um objetivo predeterminado, justificado econmica ou socialmente. Em prazo tambm determinado, com o equacionamento da origem dos recursos e detalhamento das diversas fases a serem efetivadas at sua execuo (BELCHIOR apud RUDIO, 1990, p. 45)

Figura 1 - Projeto e sua relao com a atividade de pesquisa.

Fonte: o autor, 2010.

Como preparatrio de um futuro a ser desenvolvido, um projeto deve ser considerado como o principal orientador de uma atividade de pesquisa, tornando-se, sempre, um referencial de consulta sistemtica para que a atividade executada no se distancie do que, amadurecidamente, foi projetado. Nesse sentido reconhecida a sua importncia.

Nem sempre os pesquisadores compreendem a importncia da elaborao de um projeto para o desenvolvimento da pesquisa cientifica; para alguns, seria mesmo, uma perda de tempo. Como impossvel em qualquer atividade cientfica deixar de traar um

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caminho, de planejar, tambm inconcebvel para a realizao de uma Pesquisa Cientfica a inexistncia de um projeto. (CIRIBELLI, 2000, p. 19).

A elaborao de um projeto de pesquisa deve ser comparada a elaborao do projeto de uma casa, por exemplo. Quando algum se prope a construir uma casa, antes feito um projeto de forma a amadurecer uma idia e a viabilizar seu empreendimento. Para tanto deve-se considerar algumas questes norteadoras na elaborao de um projeto (vide tabela 1), so elas: a) O que fazer? b) Para que fazer? c) Por que fazer? d) Como fazer? e) Quando fazer? f) Com quem fazer? g) Onde fazer? h) Quanto custa fazer?

As questes acima descritas e respondidas de forma integrada em relao de co-dependncia permitem que se tenha uma idia global sobre toda e qualquer atividade a ser desenvolvida. Se uma parte, ou uma das respostas associadas s questes orientadoras no estiver bem amadurecida ou embasada, o conjunto pode ficar comprometido e o resultado da atividade projetada pode ser desastroso: no saber claramente o que se projeta fazer imobiliza seu autor; no ter objetivos estabelecidos impossibilita estabelecer uma estratgia de ao; objetivos sem importncia so natimortos; aes no previstas ou pouco amadurecidas podem levar a resultados distantes dos esperados ou equivocados; um tempo de execuo mal calculado pode impossibilitar a execuo do projeto; pessoal insuficiente ou desqualificado pode comprometer a execuo e seus resultados, o custo de um projeto pode inviabilizar sua execuo ou concluso. Esses so apenas alguns dos exemplos de como o tratamento de um projeto com suas partes integradas e co-dependentes podem comprometer o todo e torn-lo inexequvel ou inaceitvel.

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Quadro 2 - Questes orientadora para elaborao de um projeto por respostas e seesQuestes orientadores O que fazer? Para que fazer? Por que fazer? Respostas sintticas para a construo de uma casa Uma casa Para no pagar mais aluguel Porque o dinheiro do aluguel pode ser investido em outras necessidades Ser rascunhada a forma Sero comprados os materiais Ser contratada uma firma Ser iniciada a obra Ser entregue a casa Incio das atividades em maro e trmino em julho do mesmo ano 1 pedreiro 2 ajudantes Empreiteira Obras Ltda. R$ 40.000,00 Respostas sintticas para a realizao de uma viagem Viagem para Urgup Para descansar Porque h a necessidade de relaxar e repor as energias para continuar trabalhando Ser reservado o hotel Ser comprada a passagem Ser realizada a viagem de ida Ser visitada a cidade de Urgup Ser realizada a viagem de volta Incio das atividades em maro e trmino em julho do mesmo ano 1 agente de viagem

Como fazer?

Quando fazer?

Com quem fazer?

Onde fazer? Quanto custa fazer?

Viagem Tour Ltda. R$ 6.000,00

Fonte: o autor, 2010.

Para a elaborao de um projeto de pesquisa os principais conselhos so os seguinte: pense bem, amadurea as idias, embase a proposta e esteja atento s partes e ao todo. Para melhor orientar o leitor quanto a elaborao das partes de um projeto pode-se, alm de trabalhar as questes orientadoras, associ-las a outras mais que possam possibilitar o entendimento das sees. Seguramente a traduo das idias em palavras uma atividade que aponta, como toda traduo, para uma perda de qualidade, assim, quando essas questes forem respondidas deve-se ter muita ateno e detalhamento para que reflitam exatamente o que foi idealizado. Normalmente, sobretudo para os iniciantes, nem tudo que pensado passa a ser escrito, fazendo com que o contedo seja subentendido pelo leitor. 2.1 Estrutura

A estrutura de um projeto de pesquisa em parte aproveitada daquela elaborada para os trabalhos acadmicos (NBR 14724), sendo que algumas sees suprimidas e adaptaes podem ser feitas como exigncias para apresentao de

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um projeto. Assim para a simplificao deste manual indica-se ao leitor se reportar tambm s sees subsequentes neste livro.Figura 2 - Estrutura de um projeto.

PROJETO

Parte Externa

Parte Interna

Parte Externa

Capa*

Capa*

Elementos Pr-textuais

Elementos Textuais

Elementos Ps-textuais

Folha de rosto*

Parte introdutria*: tema, problema a ser abordado hiptese(s), quando couber(em) objetivo(s) justificativa(s).

Refernias*

Verso da folha de rosto**

Bibliografia Recomendada **

Termo de aprovao**

Glossrio

Errata** Referencial terico *

Apndices Anexos

Dedicatria**

Agradecimentos* * Epgrafe**

ndice Metodologia*

Recursos*

Resumo em portugus** Resumo em outro idioma**

Cronograma*

Listas

Sumrio*

Legenda: * Elementos obrigatrios em projetos; * Elementos exigidos em trabalhos acadmicos (NBR 14724), porm no citados para projetos (NBR 15287) Fonte: o autor, 2010.

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A estrutura bsica de um projeto segue a ordem semelhante s normas para trabalhos acadmicos. Como primeiro elemento da parte externa, na capa no prevista a indicao de volume. A lombada, quando passvel de registro de informao deve seguir o constante em norma prpria (NBR 12225).

2.1.1 Elementos pr-textuais

Referente a folha de rosto, primeiro elemento pr-textual previsto em na estrutura de um projeto, destaca-se o ttulo principal do trabalho que deve ser suficientemente claro e preciso. Da mesma forma a NBR 14724 norma aponta para a discriminao do tipo de projeto de pesquisa assim como para o nome da entidade a que deve ser submetido e rea de concentrao. Tanto na capa quanto na folha de rosto a norma NBR 14724 no contempla a indicao de eventual orientador de projeto. Assim, orientamos pela complementao da norma, tendo em vista a exigncia dessa informao na maioria dos modelos de projetos solicitados em cursos de graduao e programas de prgraduao. Elementos pr-textuais como: verso da folha de rosto, errata, folha de aprovao, dedicatria, agradecimentos, epgrafe, resumo na lngua verncula e resumo em lngua estrangeira no fazem parte das exigncias de NBR 14724. Entretanto, as listas (de ilustraes de tabelas, abreviaturas e siglas, e de smbolos) fazem presentes como elementos opcionais e o sumrio como elemento obrigatrio.

2.1.2 Elementos textuais

Por terem necessidades prprias face s especificidades de cada rea do conhecimento ou das caractersticas intrnsecas a cada projeto, a norma NBR 15287 (ABNT, 2011b p. 3) no define especificamente as sees que devem estar contidas dentre os elementos textuais. As referncias existentes apontam para uma parte introdutria que deve conter informaes referentes ao tema, o problema, a hiptese (quando couberem), ao objetivo e a justificativa. Alm dessa parte introdutria h a necessidade de apontar para o referencial terico que embasa o projeto, a metodologia, os recursos e o cronograma. A forma desse contedo ser

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propriamente apresentado caber s normas institucionais que complementam essa norma, s orientaes de profissionais que atuam especificamente com esse contedo disciplinar e, finalmente, s escolhas feitas pelos prprios pesquisadores face a sua formao, experincia, tradio e histria profissional.

2.1.2.1 Parte introdutria

Como foi descrito acima, a parte introdutria deve conter informaes bsicas que apontam especificamente para o objeto pesquisado, o problema, a hiptese, alm dos objetivos e justificativa. Esse contedo pode ser tratado dentro de uma seo que contenha o ttulo introduo ou pode ser dividida ou subdividida em tantas sees quantas forem necessrias de acordo com o modelo de projeto utilizado. No modelo proposto neste manual a parte introdutria ser composta por sees primrias que apresentam os seguintes ttulos: tema, problema, hiptese, objetivo, justificativa. Salvo o tema, as demais sees podem ter seu ttulo no plural.

2.1.2.1.1 Tema

Para um iniciante em pesquisa a escolha do tema normalmente o primeiro contato com o processo de produo cientfica. Se a um aluno solicitada uma monografia, sua primeira dificuldade se reduz inicialmente a uma questo: sobre o que? Esse um dos momentos mais importantes para definir a qualidade de seu trabalho e, possivelmente, sua relao com a atividade de pesquisa. Primeiramente faz-se necessrio diferenciar assunto de tema. Um projeto de pesquisa pode ser elaborado focando a pirmide egpcia de Quops e em princpio essa idia poder parecer absolutamente clara para quem tem pouca experincia na elaborao de um projeto. Esse exemplo enquadra-se perfeitamente na idia de assunto por ser bastante abrangente e vago. Quando se trata de um tema esse deve ser bem focado, bastante claro e definido. Existem infinitos detalhes que podem ser destacados se considerada a cultura material: o revestimento, o desgaste pela ao das intempries, o sistema de segurana, o alicerce, relao com demais estruturas construtivas locais, dentre outros. Numa perspectiva mais abstrata a observao dessa mesma pirmide pode despertar o interesse por outros

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aspectos: tecnologia construtiva; relao com a religiosidade, rituais funerrios, estrutura social; relao com os conhecimentos astronmicos da poca, modelo arquitetnico, etc.

Figura 2 - Pirmide de Quops, Egito.

Fonte: o autor, 2010.

A um iniciante que imagina um projeto de pesquisa, quando perguntado sobre o tema este normalmente aponta para o assunto. Quando indagado sobre o que propriamente dito este se aproxima mais do tema. Normalmente, observa-se que o que inicialmente verbalizado ou escrito no propriamente corresponde, integralmente, idia inicial pensada.No sentido comum, tema um assunto que se deseja provar ou desenvolver. No ponto de vista da msica, o tema constitui o motivo, o ponto de partida de um trecho musical. Para isto, deve compreender elementos bem caracterizados, a fim de fornecer matria para o desenvolvimento da composio e apresentar unidade e coerncia nos planos dinmico, meldico, rtmico e harmnico. No estudo que vamos fazer, no interessa somente saber que o tema da pesquisa indica um assunto (aparecendo s vezes de modo vago, geral, indefinido), mas o importante a elaborao que se realiza, para que ele se torne concreto,determinado, preciso, de forma bem caracterizada e com limites bem definidos (RUDIO, 1990, p. 72).

Vemos ento que o tema deve ser bem definido, claro, delimitado e para tanto deve passar a ser bastante conhecido pelo pesquisador e para eleg-lo devese levar em considerao alguns aspectos. Referenciais espaciais e cronolgicos

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so bastante comuns em sua delimitao. Ao delimitar um tema h espao para a definio de termos (CERVO; BREVIAN, 2002, p. 82) de forma a permitir maior clareza e objetividade s idias. importante observar se existe bibliografia disponvel para que o tema seja bem desenvolvido. Eventualmente alguns temas podem ter sido pouco tratados pela cincia, ou especial e tradicionalmente desenvolvidos em outros pases, podendo as fontes serem raras, de difcil acesso fsico ou dificultado por barreiras de idioma. Mesmo com bibliografia especfica disponvel restrita, um tema pode ser desenvolvido observando aquela tangencial, o que tende a proporcionar uma pesquisa de carter original. No h dvida alguma que a curiosidade, as inclinaes e aptides pessoais com o tema so de fundamental importncia para o bom desenvolvimento da atividade de pesquisa. Se o comportamento lgico, sistemtico, ordenado e racional move o desenvolvimento de uma atividade de pesquisa, na emoo que o cientista tem a gerao de energia para dar prosseguimento ao seu trabalho investigativo. essa emoo pela busca que torna a cincia viva!

A experincia mais bela que podemos viver o mistrio. Ele a fonte de toda verdadeira arte e de toda verdadeira cincia. Quem no conhece esta emoo, quem no tem o dom de ser maravilhar, mais valeria que estivesse morto, pois seus olhos esto fechados. Albert Einstein. (EINSTEIN, apud SELEES DO READERS DIGEST, 1979)

Cabe frisar que no s com um tema bem delimitado e com boa vontade que se executa uma boa pesquisa. Para os iniciantes, ou de acordo com exigncias contextuais, a escolha do orientador fundamental. O orientador um professor-pesquisador que, por sua experincia na atividade de pesquisa indissociada do ensino, orienta no desenvolvimento da pesquisa. Inmeras vezes os orientadores sugerem temas que fazem parte de seu universo de pesquisa, o que facilita sua atuao como orientador, e no enquadramento em linhas de pesquisa, normalmente associados a cursos de stricto sensu. A escolha do orientador, ento, deve ser muito bem pensada, observando a relao entre orientador e tema, as relaes pessoais e as qualificaes de cada parte.

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Seguramente as qualificaes e aptides pessoais so de fundamental importncia para a escolha de um tema. Os assuntos ou temas so desenvolvidos com mais facilidade quando j ntimos do pesquisador em sua formao acadmica. Entretanto, nada impede que temas novos para o pesquisador, assim como eventuais migraes para reas afins possam se tornar dificultosas ou prejudiciais. Pelo contrrio, a multidisciplinaridade e transdisciplinaridade tornaram-se, ao longo dos anos, mais comuns, proporcionando eventuais rupturas de vcios nas construes de quadros tericos, metodolgicos e interpretativos no processo de produo de conhecimento. Finalmente, cabe lembrar para todos os iniciantes que seu tempo vale ouro! Normalmente associado aos trabalhos de concluso de curso de graduao os alunos costumam deixar para depois o que poderiam fazer com mais antecedncia. Essa mentalidade acaba comprometendo a qualidade de inmeros trabalhos que so finalizados s pressas para serem depositados em data fixada pelas coordenaes de curso.

2.1.2.1.2 Problema

Ponto inicial para a idealizao de uma atividade de pesquisa a escolha do assunto e subsequente delimitao do tema a ser tratado. Para o estabelecimento da estratgia de pesquisa h a necessidade, para o incio do processo de produo de conhecimento, que seja identificado um problema relacionado ao estado do conhecimento sobre determinado assunto ou tema. Um problema o mvel que faz com que uma investigao seja realizada. Sem problema no h necessidade de pesquisa.

[...] a viso clara do tema do trabalho, do assunto a ser tratado, a partir de determinada perspectiva, deve completar-se com sua colocao em termos de problema. O raciocnio parte essencial de um trabalho no se desencadeia quando no se estabelece devidamente um problema. Em outras palavras, o tema deve ser problematizado. Toda argumentao, todo raciocnio desenvolvido num trabalho logicamente constitudo uma demonstrao que visa solucionar determinado problema. A gnese dessa problemtica darse- pela reflexo surgida por ocasio das leituras, dos debates, das experincias, da aprendizagem, enfim da vivncia intelectual no meio

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do estudo universitrio e no ambiente cientfico e cultural (SEVERINO, 2000, p. 74-75).

Considerando que um mesmo tema ou assunto pode permitir a identificao (ou construo) de problemas diversos fundamental que a formulao do problema, ou problemtica, i. e., como o problema colocado de acordo com o recorte terico, seja feita tambm de forma clara e precisa.Formular o problema consiste em dizer, de maneira explcita, clara, compreensvel e operacional, qual a dificuldade, com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas caractersticas. Desta forma, o objetivo da formulao do problema da pesquisa torn-lo individualizado, especfico, inconfundvel (RUDIO, 1990, p. 75)

A identificao de um problema se faz pela inconsistncia, inexistncia (lacuna), divergncia ou relativa desordem no conhecimento (situao nebulosa) das explicaes para um mesmo tema, e podem ser encaradas como um problema a ser resolvido no processo de investigao. O problema o foco central que permitir o desenvolvimento de uma pesquisa cientfica.

Figura 3 O foco central em uma pesquisa cientfica encontra-se no problema a ser investigado.

Fonte: o autor, 2010.

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2.1.2.1.3 Hiptese

Uma hiptese uma construo, uma resposta provisria, uma soluo (solutionem) idealizada para desfazer, dissolver, resolver um problema estabelecido. Um problema marca o ponto de partida da hiptese a ser testada, orienta o estabelecimento do caminho a ser tomado, a metodologia a ser adotada.Hiptese uma suposio que se faz na tentativa de explicar o que se desconhece. Esta suposio tem por caracterstica o fato de ser provisria, devendo, portanto, ser testada para se verificar sua validade. Trata-se, ento, de se antecipar um conhecimento, na expectativa de ser comprovado para poder ser administrado. [...] Na verdade, as hipteses servem para preencher lacunas do conhecimento (RUDIO, 1990, p.78)

Etimologicamente hiptese (hippo, sob; thesis, posio) significa o que se encontra sob a tese, o que sustenta uma tese. Por tese (posio, ) entende-se uma tomada de posio, academicamente uma proposio sustentada por uma resposta provisria (hiptese) a ser testada no processo de pesquisa cientfica.De qualquer modo, exige-se uma idia daquilo que se pretende dizer a respeito do assunto escolhido e que se apresenta como uma tomada de posio sobre o tema-problema. Este adquire ento a forma lgica de tese, de idia central, ou seja, de proposio portadora da mensagem principal do trabalho que dever ser demonstrada logicamente atravs do raciocnio. Todo discurso cientfico pretende demonstrar uma posio a respeito do tema problematizado (SEVERINO, 2000, p. 75).

Uma hiptese no pode ser confundida com pressuposto, i. e., ela aponta para um ponto de vista diferenciado do estado do conhecimento, no se resumindo a sntese de conhecimentos cientficos (SEVERINO, 2000, p. 75). Vrias situaes no mbito da cincia apontam para casos em que inexistem, ou so raros, os dados sobre um tema especfico a ponto de impossibilitarem a identificao de um problema propriamente dito. Para esses casos so elaborados projetos com objetivo de coletar dados atravs de levantamentos preliminares (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 82).

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Figura 4 - Relao entre problema, hiptese, tese, e execuo da pesquisa.

Fonte: o autor, 2010.

2.1.2.1.4 Objetivo

O objetivo ou os objetivos de um projeto apontam para onde o responsvel por sua elaborao ou encomenda quer chegar: as metas a serem alcanadas com a concluso da atividade de pesquisa, em se tratando de uma investigao cientfica. A quantidade de objetivos no importante, a importncia encontra-se na qualidade do(s) objetivo(s) estabelecido(s), o que tambm ser discutido na seo relacionada a justificativa de um projeto. Devem ser estabelecidos os objetivos que possam ser realmente alcanados e para tanto devem ser bastante amadurecidos, pensados e repensados em associao com todas as sees que compem um projeto nos moldes aqui apresentados. Quando da elaborao dos objetivos de um projeto importante considerar essa dica: os objetivos so listados com o verbo no infinitivo, exemplo:

a) Conscientizar a populao quanto [...]; b) Conhecer detalhadamente o modelo de funcionamento [...]; c) Despertar o interesse pela [...]; d) Descobrir as causas que [...];

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Muitos autores apontam para elaborao e diviso dos objetivos entre geral e especficos.Nesta parte do projeto indica-se o produto da pesquisa (de natureza terica ou prtica) expresso atravs de objetivos gerais e especficos alcanveis no decorrer e ao final do trabalho (BRAZIELLAS, 1996, p. 87)

Objetivo geral pode ser entendido como aquele maior ou central que justificam os esforos que sero desenvolvidos para propriamente alcan-lo. a grande meta que impulsionou a elaborao do projeto, e que propriamente utilizado para justific-lo, em suma [...] o que pretende o pesquisador no desenvolvimento do assunto, independente da justificativa (KELLER, 1993, p. 57).[...] respeitante idia central que serve de fio condutor no estudo proposto de fenmenos e eventos particulares; encontra-se ligado compreenso geral de todo, vinculando-se diretamente prpria significao da tese que se prope defender e explanar (LAKATOS; MARCONI, 1992, p. 167)

Os objetivos especficos podem ser entendidos como aqueles decorrentes do objetivo geral em nveis inferiores que auxiliam na estruturao das aes a serem desenvolvidas, constituindo-se assim as etapas intermedirias que, sob aspectos instrumentais, permite atingir o objetivo geral (LAKATOS; MARCONI, 1992, p. 168). Quando apresentadas sob a forma de um documento cientfico, nesse sentido os objetivos especficos: [...] constituiro possveis captulos no decorrer da estruturao do trabalho (KELLER, 1993, p. 57). Finalmente, quando estiver elencando os objetivos de um projeto de pesquisa, no confunda com o objeto a ser perquisado.

2.1.2.1.5 Justificativa A justificativa de um projeto responde inicialmente a pergunta: por que fazer? Deve ser entendida como o que motivou ou a razo que levou o autor elaborao do projeto. Como todos os projetos tm suas partes concatenadas como uma rede, os objetivos se relacionam intimamente com o que os justificam. Essa seo focaliza a importncia da atividade projetada, atendo-se inicialmente ao

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objetivo geral proposto. A importncia profissional e pessoal para o autor do projeto podem tambm ser explicitadas, desde que bem contextualizadas numa perspectiva histrica de formao e dos interesses futuros. O que no tem importncia num projeto deve ser descartado. Um projeto cuja justificativa fraca ou mal elaborada pode ser entendido como um projeto sem importncia. Um projeto sem importncia um projeto morto! Normalmente os iniciantes em pesquisa cientfica confundem justificativa com objetivos, assim, portento, muita ateno na hora de sua elaburao.

2.1.2.1.6 Referencial terico

Referencial, quadro, marco terico sintetiza uma reviso da literatura sobre o tema escolhido, apontando para o status atualizado do conhecimento que serve de base para a elaborao do projeto. Assim, o referencial terico uma rede de conhecimentos que entrecruzam autores e fontes diversas quer propiciam a orientao ao trabalho que est sendo projetado e que ser executado. Com esse enfoque observa-se a importncia na escolha e recorte das fontes cientficas (vide referncias) que sero utilizadas numa pesquisa especfica. Quando a metodologia associada ao referencial terico, a seo intitulada referencial terico-metodolgico, ou similar. Nesse caso, inclui-se no referencial as contribuies de diversos autores na construo das orientaes metodolgicas que devero ser tomadas como referncia na execuo do projeto.

2.1.2.1.7 Metodologia

Comumente se utiliza o termo metodologia como sinnimo dos princpios ticos e do(s) mtodo(s) a ser(em) empregado(s) na construo do conhecimento. Tal como a construo do quadro terico, a metodologia tambm emprestada do que fora anteriormente produzido e utilizado por outros pesquisadores. Isso no significa que o autor de um projeto no deva ou no possa inovar

metodologicamente, muito pelo contrrio, mas o que se observa que grande parte da produo cientfica se faz com base na referncia a inmeras obras dentro de uma rea especfica ou de adaptaes de modelos, transplantando-se paradigmas.

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Mtodo a forma de proceder ao longo de um caminho. Na cincia os mtodos constituem os instrumentos bsicos que ordenam de incio o pensamento em sistemas, traam de modo ordenado a forma de proceder do cientista ao longo de um percurso para alcanar um objetivo (TRUJILLO,1974, p. 24).

A metodologia pode e deve estar tambm baseada nos princpios na produo cientfica que reflete o status do conhecimento atual e sua construo refletir, ento, o entendimento do autor de como a pesquisa dever ser desenvolvida para que os objetivos sejam alcanados. Para quem est iniciando uma pesquisa cientfica, inmeras dvidas podem surgir quanto forma de percorrer o caminho, o mtodo, para alcanar os objetivos.No h receitas corretas e eficientes para se fazer uma boa pesquisa. Como se ver mais adiante, acontecimentos imprevisveis podem ter importante papel em diferentes etapas do processo da investigao cientfica; o bom pesquisador saber capt-los e tirar deles todo proveito (FREIRE-MAIA, 1990, p.141).

A produo cientfica, independente da rea do conhecimento, extremamente vasta, e extenso tambm rol de pesquisadores e,

consequentemente, a lista de produes cientficas que podem ser utilizadas na construo do quadro metodolgico muito vasto. Nesse sentido, a presena de um professor-orientador de fundamental importncia na indicao da bibliografia e, subsequentemente, na forma de proceder o desenvolvimento da pesquisa. Seguramente, para todo e qualquer iniciante, problemas sero encontrados e devem ser encarados como obstculos a serem superados no processo de aprendizagem. A formao de um cientista nunca estar concluda.Para os iniciantes em pesquisa cientfica o mais importante deve ser a nfase, a preocupao na aplicao do mtodo cientfico do que propriamente a nfase nos resultados obtidos. O objetivo dos principiantes deve ser a aprendizagem quanto forma de percorrer as fases do mtodo cientfico e a operacionalizao de tcnicas de investigao. medida em que o pesquisador amplia o seu amadurecimento na utilizao de procedimentos cientficos, torna-se mais hbil e capaz de realizar pesquisas cientficas. Isto significa que a persistncia necessria e que o lema aprender-fazendo. No existem receitas mgicas para a realizao de pesquisas. O principiante precisa ter em mente que toda investigao pode possuir

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resultados falveis. No deve se desencorajar frente s dificuldades surgidas no processo de pesquisa (BARROS; LEHFELD, 2000, p.88).

Dependendo da metodologia utilizada o executor de um projeto pode alcanar um ou outro resultado, diferentes e aceitos cientificamente. A cincia no absoluta, as opes metodolgicas so vrias e a qualidade relativa.

A idia a semente; o mtodo o solo que lhe fornece as condies de se desenvolver, de prosperar e de dar os melhores frutos segundo sua natureza. [...] O mtodo, por si mesmo, no produz coisa alguma (BERNARD apud FREIRE-MAIA, 1990, p.147).

A metodologia pode ser apresentada como uma sequncia de passos, fases ou etapas que devero ser desenvolvidas na execuo do projeto. Quando descritas, essas etapas devem ser apresentadas exatamente na mesma sequncia em que sero implementadas. No se trata simplesmente da listagem de uma sequncia de fases, mas a discriminao detalhada do significado de cada uma dessas etapas que sero desenvolvidas importante grifar que a metodologia est intimamente relacionada aos objetivos a serem alcanados. No se deve executar nada alm ou aqum do que o necessrio para que os objetivos sejam satisfatria e cientificamente alcanados.

2.1.2.1.8 Recursos

O estabelecimento dos recursos necessrios para a execuo de um projeto cientfico uma idia de administrao fundamental, que, se pouco amadurecida, pode inviabilizar em qualquer uma das etapas o empreendimento. Essa seo uma estimativa das necessidades prticas para a execuo da pesquisa, podendo envolver: construes, material permanente (bens durveis), material de consumo (bens a serem consumidos durante a execuo do projeto), coordenadores, pesquisadores, estagirios, pessoal administrativo, viagens,

alimentao, reagentes, dentre inmeros outros itens fundamentais para cada pesquisa idealizada. As monografias de fim de curso normalmente envolvem recursos j disponveis nas universidades.

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Quando esses recursos se traduzem em recursos financeiros essa seo assume o ttulo de oramento.

2.1.2.1.9 Cronograma

Cronograma o estabelecimento do tempo de execuo de um projeto, observando os procedimentos metodolgicos adotados. Como qualquer outra seo, o cronograma pode inviabilizar a execuo de um projeto, seja pela impossibilidade de realizao de uma fase em uma data ou perodo especfico, ou de tempo mal calculado para o termino da atividade de pesquisa. O cronograma pode ser organizado de acordo com os grupos de aes, em classe,s nessa seo estabelecida, ou ainda com a listagem das fases estabelecidas na metodologia, associando-se a elas uma data ou perodo previsto para sua execuo. Em caso de utilizao de perodos, esses devem ser estabelecidos de acordo com as exigncias tcnicas que permitam uma melhor visualizao do tempo necessria para a execuo do projeto: dias, semanas, meses, dentre outros. O quadro a seguir exemplifica a apresentao e um cronograma:

Quadro 2 - Exemplo de cronograma Fases Levantamento de fontes primrias Coleta de dados Anlise dos dados coletados Elaborao da monografia Reviso da monografia Depsito da monografia Defesa da monografia Fonte: o autor, 2010. Data / Perodo 01-02-12 a 01-03-12 01-03-12 a 01-05-12 01-05-12 a 01-07-12 15-07-12 a 15-09-12 15-09-12 a 30-09-12 07-10-12 01-11-12

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2.1.2.1.10 Pessoal envolvido

O pessoal envolvido na execuo de um projeto de pesquisa pode ser discriminado em seo prpria, de acordo com os interesses e modelo adotado pelo pesquisador, pela instituio que o abriga ou pela agncia financiadora. A equipe, quando necessria resume-se ao staff que dever ser formado para que os objetivos estabelecidos em projeto sejam alcanados. Mal elaborada essa seo pode tornar um projeto inexequvel. Um trabalho de concluso de curso, como uma monografia, um projeto tcnico ou um plano de negcios, conta com a participao limitada de um orientador, um professor e seu orientando, o aluno que desenvolver o trabalho sob sua orientao

2.1.3 Elementos ps-textuais

Os elementos ps-textuais limitam-se a obrigatoriedade das referncias e a opo de utilizar glossrio, apndice, anexo e ndice, seguindo as mesmas regras para trabalhos acadmicos. A seo bibliografia recomendada no citada na NBR 14724. Finalmente, as regras gerais de apresentao de projeto seguem as mesmas previstas para trabalhos acadmicos, que podem ser observadas nas sees subsequentes, sendo elas: formato, margem, espacejamento, notas de rodap, indicativos de seo, ttulos sem indicativo numrico, numerao progressiva, paginao, citaes, abreviaturas e siglas, equaes e frmulas, ilustraes e tabelas.

2.1.3.1 Referncias

Todas as fontes citadas (vide citao) no corpo do projeto de pesquisa devem ser referendadas (vide referncias), apontando, no final do seu projeto, para todas as fontes (livros, revistas, artigos, dicionrios, mapas, dentre outras) que serviram de base na estruturao de suas idias, de seu projeto.

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Quadro 3 - Questes orientadora para elaborao de um projeto de pesquisa por sees e orientaes complementaresQuestes orientadores O que fazer? Sees de um projeto de pesquisa Objeto / Tema Questes complementares Sobre o que especificamente Orientaes gerais Delimitar o tema Definir ou conceituar termos No confundir com objetivo No importa a quantidade de objetivos Estabelecer objetivos que possam realmente ser alcanados Utilizar verbos no infinitivo No confundir com objeto O que no tem importncia deve ser descartado Um projeto sem importncia um projeto morto No confundir com justificativa

Para que fazer?

Objetivos

Onde quero chegar? Quais minhas metas? Para quem?

Por que fazer?

Justificativa

Qual a importncia do projeto? Qual importncia em alcanar cada objetivo estabelecido? Qual importncia profissional? Qual importncia pessoal? As aes previstas na metodologia fazem referncia sempre ao futuro Quais os passos que devem ser dados para alcanar os objetivos estabelecidos? Os passos previstos devem ser suficientes para alcanar os objetivos: nem a mais nem a menos. Estabelecer ttulos para cada fase prevista Discriminar detalhadamente em pargrafos como ser a execuo de cada fase prevista Quando ser realizada cada faze prevista na metodologia?

Como fazer?

Metodologia

Eventualmente parte integrante de uma seo intitulada quadro terico-metodolgico ou similar No confundir com objetivo

Quando fazer?

Cronograma

Associar cada fase prevista, atravs de seus ttulos, a uma data ou perodo As datas ou perodos estaro sempre no futuro Apresentar em quadro Pode ser estabelecida em seo prpria em caso de uma estruturada ou de exigncias institucionais Instituto de Pesquisas Avanadas de Morsing

Com quem fazer?

Pessoal envolvido

Onde fazer? Quanto custa fazer?

Instituio Oramento O que ser gasto para a realizao do projeto?

realizado normalmente de acordo com parmetros, orientaes ou normas institucionais Valor total discriminado Eventualmente apresenta seo secundria de contrapartida

Problema / Lacuna / Situao nebulosa Hiptese Referencial terico

Qual o ponto de partida?

Qual a Resposta provisria? Baseado em que? Qual o estado do conhecimento sobre o tratado no projeto? Baseado em que? So listadas apenas as fontes que forem citadas

Referncias

Fonte: o autor, 2010.

Um espao separa a numerao do ttulo

Contedo e forma dos ttulos devem ser idnticos ao constante no sumrio

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3 FORMA E ESTRUTURA DE UM TRABALHO ACADMICO1 espaamento de 1

A criao de um manual para digitao de trabalhos acadmicos, como tambm para os trabalhos acadmicos propriamente ditos, um trabalho rduo que necessita de grande ateno no somente na aplicao de normas referenciais como tambm na padronizao de um modelo proposto. As normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, aqui adotadas, apresentam parmetros bsicos para a estandardizao de documentos acadmicos que so

complementados por autores diversos, resultando assim em manuais bastante diferenciados em suas apresentaes, mas que permitem a identificao do modelo bsico, da matriz ABNT, facilitando a manipulao pelos estudantes, professores e cientistas, apenas para citar o universo acadmico. Assim ser possvel observar manuais distintos que seguem literalmente as normas da ABNT, embora com aparncias distintas. Assim,quando da confeco de seu trabalho acadmico importante consultar seus professores sobre o modelo que dever ser utilizado. 3.1 FormatoAt o quinto nvel. Exemplo: 2.1.1.1.1

Os trabalhos acadmicos devem ser digitados em folhas brancas, modelo A4 (21cm x 29,7cm), gramatura do papel entre 75 e 90 g/m2, Os elementos prtextuais devero ser digitados exclusivamente no anverso (frente) da folha, salvo a folha de rosto que em seu verso (trs) est prevista a impresso da ficha catalogrfica do trabalho. Para os elementos textuais e ps textuais recomenda-se a digitao no anverso e verso de cada folha. 3.2 MargensContedo e forma dos ttulos devem ser idnticos ao constante no sumrio Espaamento de 1

A rea til para de apresentao do contedo de um trabalho no est limitada pelas bordas de uma folha, mas sim por margens paralelas a essas estabelecidadas, de acordo com a norma NBR14724. As margens de uma folha so, ento, as distncias entre as bordas da folha e o texto, obnedecendo os seguintes padres (ABNT, 2011a, p. 6):

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a) Margem superior 3 cm b) Margem lateral esquerda 3 cm c) Margem lateral direita 2 cm d) Margem inferior 2 cm

No caso de serem seguidas as recomendaes de digitao no anverso e verso das folhas dos elementos textuais e ps-textuais as margens laterais esquerda e direita para o verso das folhas devero estar invertidas.

3.3 Fonte

A norma NBR 14724 aponta para a utilizao de fonte cor preta, recomendando tamanho 12 para o texto e tamanho menor para citaes longas, notas de rodap, paginao e legendas das ilustraes e tabelas (ABNT, 2011a. p. 5). Para esses ltimos casos recomenda-se a utilizao de fonte tamanho 11. Recomenda-se a fonte tipo arial ou times new roman, ou semelhante, por serem pouco cursivas o que facilita a leitura do texto. A opo por um tipo de fonte torna-a padro para todo o texto. Neste modelo esse padro ser aplicado inclusive para os ttulos, independentemente de seu nvel (primrio, secundrio, tercirio, etc.). Acredita-se que para este caso quanto menos variaes, menores sero as incidncias de erros. Para eventuais necessidades de diferenciao sero existem formas diferenciadas de grifo assim como da utilizao de letras maisculas e minsculas que associados permitem combinaes e destaques diversos. Para notas de rodap, citaes longas e numeraes de chamada existem as fontes sero do mesmo tipo adotado nos pargrafos normais (times new roman ou arial) entretanto com tamanho inferior, neste modelo ser adotado o tamanho 11.

Espao em branco referente ao deslocamento do ttulo da seo 2.4 para a pgina seguinte

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3.4 Paginao

Ttulo forosamente deslocado para esta pgina para no permanecer dissociado de seu texto na pgina anterior

A partir da folha de rosto (elemento pr-textual) todas as folhas de um trabalho acadmico so contadas, entretanto somente recebem a impresso da numerao a partir da introduo (primeiro elemento textual). A numerao feita com algarismos indo-arbicos e impressas a 2 cm da borda superior e 2 cm da borda lateral esquerda. Para trabalhos constitudos por mais de um volume, o segundo volume e subsequentes tero suas folhas contadas com a utilizao dos critrios aqui expostos, entretanto daro continuidade contagem estabelecida no volume precedente. No caso de impresso no verso da folha a numerao dever ser feita em posio simtrica a do anverso. 3.5 PargrafosRecomendao: margem de incio de pargrafo de 2 cm

A norma NBR 14724 prev que os documentos cientficos devem ser digitados com espacejamento padro de 1 , sendo certo que as citaes de mais de trs linhas, as notas, as referncias, as legendas das ilustraes e tabelas, a ficha catalogrfica, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituio a que submetida e a rea de concentrao devem ser digitados ou datilografados em espao simples (ABNT, 2011a, p. 6). A distncia entre as linhas do texto importante para que eventuais correes ou observaes possam ser feitas nos trabalhos acadmicos. A distncia entre um pargrafo e outro definida por uma mudana de linha, ou seja, um pargrafo subsequente a outro deve ser iniciado na linha subsequente. Para maior facilidade de leitura pode-se acrescentar um ajuste feito automaticamente por editores de texto que na configurao dos pargrafos distanciam levemente um pargrafo de outro sem acrescentar nova linha. Recomenda-se ao iniciar um pargrafo, o estabelecimento de uma margem (margem de incio de pargrafo) de 2 cm exclusiva para a sua primeira linha.

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3.6 Alneas e subalneas

Quando houver a necessidade de enumerar diversos assuntos que no tenham ttulo prprio faz-se necessrio a utilizao de alneas. De acordo com a NBR 6024 as alneas so [...] subdivises de um documento, indicada por uma letra minscula e seguida de parnteses (ABNT, 2003, p.1). As alneas assumem as seguintes caractersticas:

Alnea

a) precedidas por um texto que iniciado com letra minscula e terminado com dois-pontos;Ponto e vrgula at a penltima linha

Indicador alfabtico

b) dispostas em ordem alfabtica uma sob a outra;

c) terminadas por ponto-e-vrgula, salvo para a ltima que encerra a listagem com um ponto-final; d) destacadas com um recuo da margem esquerda do pargrafo; e) tm a margem esquerda estabelecida da segunda e subsequentes linhas alinhadas sob a primeira letra da primeira linha da prpria alnea; f) feita a letra z e havendo necessidade de outras, segue-se a ela a alnea aa, ab, ac, e assim sucessivamente; g) em caso de serem subdivididas as alneas em assuntos distintos, podem ser criadas subalneas. (ABNT, 2003, p.1), obedecendo os seguintes critrios: iniciadas por hfen seguido de um espao, sem indicao de numerao ou hierarquizao, dispostas uma sob a outra,Vrgula at a penltima linha

Alinhamento

Subalnea

-

o texto de cada subalnea iniciado com letra minscula, terminadas por vrgula, salvo para a ltima que encerra a listagem com um ponto-final.

-

destacadas com um recuo da margem esquerda do pargrafo em relao s alneas.Ponto na ltima linha

Alinhamento

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3.7 Sees A norma NBR 6024 define seo de um trabalho como a parte em que se divide o texto de um documento, que contm as matrias consideradas afins na exposio ordenada do assunto (ABNT, 2003, p. 1), podendo ser dividida em:

a) Seo primria - corresponde principal diviso de um texto, ao primeiro nvel de diviso a partir do qual um texto foi estruturado e organizado; b) Outros nveis de seo - As sees primrias podem ser subdivididas em tantas sees e nveis hierrquicos quantos forem necessrios, podendo ser: Seo secundria - correspondente ao segundo nvel de hierarquizao; Seo terciria - correspondente ao terceiro nvel de hierarquizao; Seo quaternria - correspondente ao quarto nvel de hierarquizao; Seo quinria - correspondente ao quinto nvel de hierarquizao; Outras.

3.8 Ttulos

Os ttulos das sees devero ser representados em formato diferente do texto, de forma a destac-los. Como padro adotado neste modelo todos os ttulos estaro escritos com o mesmo tipo de fonte adotado para o texto com gradativos diferenciais de recursos distintos como: negrito, itlico ou grifo e redondo, caixa alta ou modo versal; e suas combinaes com letras maisculas e minsculas. No Havendo numerao progressiva os ttulos devero ser escritos centralizados na folha.

47

A

NBR6024

no

admite

a

sequncia

de

dois ttulos,

mesmo

hierarquicamente distintos, sem a existncia de um texto a cada um correspondente, em outras palavras deve sempre haver um texto entre dois ttulos. A distncia entre ttulo e texto e vice-versa deve ser de um espao de 1,5 cm (intercalado por uma linha de 1 e ). No caso de ser seguida a recomendao de digitao em anverso e verso para os elementos textuais e pstextuais, fica obrigatria a abertura de uma seo primria em pgina impar, ou seja, no anverso da folha.

3.9 Numerao progressiva das sees

Os ttulos das sees de um documento podem ter um indicativo numrico de forma a facilitar a identificao dos nveis hierrquicos das sees e a estrutura sobre a qual o trabalho foi organizado, conforme observado na norma NBR 6024.

Figura 6 - Configurao das grafias dos ttulos das sees de acordo com seu nvel.

Fonte: o autor, 2010.

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O indicativo da seo localizado esquerda do seu ttulo correspondente, separado por somente por um espao, consequentemente antecede a seo propriamente dita, sendo representado por nmeros inteiros indoarbicos iniciando no nmero 1, ou grupo numrico, ambos em ordem crescente limitado seo quinaria, i. e., ao quinto nvel de subdivises que pode ter um documento, em se tratando de um grupo numrico. As sees secundrias tero o indicativo do nmero da seo primria a qual se integra, seguido de um ponto (que no devem ser lidos em caso de exposio oral) e de uma nova numerao com os mesmos princpios formais estabelecidos para as sees primrias. Suas subdivises (sees tercirias quaternrias e quinrias) obedecero a esse mesmo princpio, sendo que a configurao de sua grafia deve obedecer padres hierrquicos diferenciados. Os ttulos com numerao progressiva devero estar alinhados esquerda, diferente daquelas sem indicao numrica que devero estar centralizados em relao s margens do documento. 3.10 Abreviaturas e siglas

Quando mencionada pela primeira vez no texto o a forma completa do nome deve preceder a abreviatura (ABNT, 2005 p.6) ou a sigla (ABNT, 2002, p.6; ABNT, 2005 p.6) entre parnteses.

Exemplos: Centro Brasileiro de Arqueologia (CBA) Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) Instituto Superior de Cultura Brasileira (ISCB)

3.11 Equaes e frmulas Havendo a necessidade de registrar frmulas ou equaes em textos, especificamente no prprio pargrafo e caso contenha elementos com configurao distinta, como ndice ou expoente, dentre outras, poder ser utilizada uma entrelinha maior de forma a permitir sua melhor visualizao (ABNT, 2002, p. 6; ABNT, 2005,

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p.6).

A Frmula de Bhskara

aqui representada um

excelente exemplo de como o entrelinhamento pode ser modificado. As frmulas e equaes tambm podem ser representadas em destaque, centralizadas, neste caso podendo ser acompanhadas por indicao com nmeros indo-arbicos entre parnteses alinhados direita (ABNT, 2002, p. 6).

Exemplos: a2=b2+c2

(1)

(2)

Quando por falta de espao frmulas ou equaes tiverem que ser interrompidas e divididas em linhas seguidas, isto ser feito imediatamente antes de um sinal de igualdade (=) ou imediatamente aps dos sinais de adio (+), subtrao ( - ), multiplicao ( . ) e diviso ( / ) (ABNT, 2002, p. 6). . Exemplo:

3.12 Ilustraes A tese de que mais vale uma imagem do que mil palavras no se aplica aos textos cientficos. A utilizao de ilustraes deve ser sempre associada a um texto que a introduza no contexto do trabalho. Uma ilustrao deve ser utilizada como elemento explicativo, auxiliar a descries tcnico-metodolgicas e

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complementares a explicaes de idias exploradas no texto. Assim, ilustrao sem texto absolutamente reprovvel nos trabalhos desenvolvidos na academia. Tanto prevista na norma NBR 14724 quanto na norma NBR 15287, ao serem utilizadas em trabalhos acadmicos, todas as ilustraes, sejam elas desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, grficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos , dentre outros, devem ser identificadas da seguinte forma: tipo; nmero de ordem no texto, com a utilizao e algarismos indo-arbicos; ttulo ou legenda e, finalmente, a fonte (ABNT, 2011a, p. 6; ABNT, 2011b, p.6).Espaamento simples, negrito e fonte menor Figura 7 - Exemplo de iluso de tica intitula da Iluso do tabuleiro de damas

tipo

ordem numrica

Fonte: WIKIPEDIA, 2010.

Obrigatria referncia

A figura acima bem exemplifica a necessidade de texto explicativo para apontar para dados importantes que numa passada de vista inicial seria imperceptvel ou at inacreditvel: os quadrados onde se encontram as letra A e B tm exatamente a mesma cor. O exemplo acima aponta para caractersticas do sistema visual humano, tanto fisiolgicas quanto cognitivas. No vemos necessariamente o que observamos,

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mas o que o crebro humano percebe e constri cognitivamente sobre o mundo que nos cerca. 3.13 Tabelas Tabela um elemento demonstrativo de sntese que constitui unidade autnoma, citada nas normas NBR 14724, NBR 6029, NBR 6022 e NBR 15287 (ABNT, 2011a, p, 2; ABNT, 2006, p. 3; ABNT, 2003, p. 2; ABNT, 2011b, p. 2). De acordo com a ABNT (2002, p. 6; 2005, p. 6) as tabelas devem ser apresentadas em obedincia quela editada pelo IBGE (1993) definida como [...] forma no discursiva de apresentar informaes, das quais o dado numrico se destaca como informao central. [...] (IBGE, 1993, p. 9). A estrutura estabelecida pelo IBGE divide uma tabela em trs espaos principais bem definidos, so eles: topo, centro e rodap.

3.13.1 O topo e seus elementos

O topo de uma tabela o espao onde fica registrado o nmero, com algarismos indo-arbicos (exemplo: 1, 2, 3, etc.), em ordem crescente, precedido pela palavra tabela, que a identifica (em caso de haver mais de uma tabela). O nmero de uma tabela pode tambm estar subordinada a seo correspondente (exemplo: 8.1, 8.10, 10.7, etc.). Associado ao nmero segue seu ttulo correspondente que aponta para o seu contedo, abrangncias geogrficas e temporal (precisa ou intervalo) dos dados numricos, por extenso e sem abreviaes, de forma clara e concisa. (IBGE, 1993, p. 12).

3.13.2 O centro e seus elementos O centro de uma tabela definido como espao central de uma tabela destinado moldura, aos dados numricos e aos termos necessrios sua compreenso (IBGE, 1993, p. 10). O centro subdividido em: espao do cabealho, linha, coluna e clula.

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O cabealho, com seu espao prprio, apresenta uma sequncia de termos indicadores dos contedos das colunas, que complementam seu ttulo. Quando necessrio, os cabealhos podem conter o registro das unidades de medida, com a indicao de seus smbolos ou palavras entre parnteses.

Figura 8 - Principais espaos de uma tabela.

Fonte: o autor, 2010.

Uma coluna um espao vertical onde so registrados dados numricos, neste caso definida como coluna de dados numricos, ou os indicadores de linha, definida como coluna indicadora. Cada coluna de dados numricos ter em seu cabealho um identificador numrico que um conjunto de traos estruturadores dos dados numricos e dos termos necessrios sua compreenso (IBGE, 1993, p. 11). Para cada coluna indicadora ser observada uma sequncia de Indicadores de linha definidos como um conjunto de termos indicadores do contedo de uma linha (IBGE, 1993, p. 11). Quando necessrio, a coluna indicadora pode conter o registro das unidades de medida, com a indicao de seus smbolos ou palavras entre parnteses. recomendado que para ambos tipos de indicadores os termos sejam por extenso. Uma linha deve ser compreendida como um espao horizontal reservado ao registro de dados numricos em clulas. Por fim, uma clula deve ser entendida

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como espao mnimo do centro de uma tabela, resultante do cruzamento de uma linha com uma coluna, destinado ao dado numrico ou ao sinal convencional (IBGE, 1993, p. 10).

3.13.3 O rodap e seus elementos

O rodap um espao localizado na parte inferior da tabela que tem como objetivo o registro de fonte, nota geral e nota especfica (IBGE, 1993, p. 11). A fonte a referncia que indica o responsvel pelos dados na tabela contidos (IBGE, 1993, p. 20). Referncia bibliogrfica tambm aplicvel a identificao da origem dos dados. Em se tratando de uma nica fonte para todas as tabelas e caso essa informao esteja registrada no texto, o registro da fonte na prpria tabela no se torna obrigatrio. Aps o registro da fonte pode ser registrada uma nota geral desde que sejam teis para esclarecer o contedo geral da tabela. O contedo dessa nota deve estar precedido pela palavra Nota ou Nota(s). Da mesma forma, uma nota especfica pode ser registrada para esclarecimento de um elemento especfico. Para tanto chamadas podem ser criadas correlacionando a nota especfica ao elemento referido atravs da utilizao de numerais indo-arbicos entre parnteses, entre colchetes ou exponencial,

obedecendo a sequncia de leitura da escrita. Sua representao no rodap dever obedecer a sequncia em ordem crescente.

3.13.4 Diagramao de uma tabela

Moldura um recurso grfico representado por uma linha reta em posio horizontal que deve ser utilizada para separar as trs reas supracitadas. Uma moldura tambm limita a base do cabealho (vide 2.13.1) e a primeira linha do texto. Havendo necessidade, divises do texto podero ser destacadas por outras linhas, simples ou duplas. Toda tabela que em quantidade de linhas ultrapassar o limite de uma pgina poder ter representada sua continuidade nas pginas seguintes, repetindo o contedo do topo, do cabealho e dos indicadores de linha. Nesse caso a primeira

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pgina dever conter a indicao continua, na pgina seguinte continuao e na ltima pgina concluso. No caso da existncia de poucas colunas, a tabela poder ser dividida em duas ou mais partes separadas por um trao vertical duplo, repetindo-se o cabealho (IBGE, 1993, p. 20). Por analogia, o mesmo pode ser feito com uma tabela com poucas linhas e muitas colunas. Nesse caso, alm do cabealho, os indicadores de linha devem ser repetidos. Finalmente, recomendado que uma tabela seja representada em uma nica pgina

3.13.5 Dados de uma tabela

As normas de apresentao tabular do IBGE prevem que toda tabela deve conter dados numricos, nessa mesma norma definidos como quantificao de um fato especfico observado (IBGE, 1993, p. 11). Quando esses dados estiverem divididos por uma constante, devero conter a indicao numrica precedida de smbolos ou palavras associadas a essa unidade, entre parnteses. A citada norma faz referncia exclusivamente a dados quantitativos, o que no impede de servirem de parmetro para a utilizao de colunas com dados qualitativos. 3.14 Estrutura

Considera-se que o mais importante de um trabalho acadmico o seu texto, constitudo por seus elementos prprios, neste trabalho disposto. Assim, verifica-se a base da classificao dos elementos de um texto acadmico, considerando todos aquele que aparecem antes do texto e aqueles posteriores a ele, sendo criada a estrutura dividida entre: elementos pr-textuais, elementos textuais e elementos ps-textuais. A ordem de disposio dos elementos em cada uma desses partes prevista na norma NBR 14724 (ABNT, 2011a, p. 3), o que pode ser melhor visualizado no Anexo B. Neste trabalho esses elementos sero abordados em captulo prprio, de forma a permitir melhor aproveitamento por parte de quem o consulta.

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Figura 9 - Elementos de uma tabela.

Fonte: o autor, 2010.

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Figura 10 - estrutura de um trabalho acadmico.

TRABALHOS ACADMICOS

Parte Externa

Parte Interna

Parte Externa

Capa*

Capa*

Elementos Pr-textuais

Elementos Textuais

Elementos Ps-textuais

Folha de rosto* Verso da folha de rosto* Termo de aprovao* Errata Dedicatria Agradecimento s Epgrafe Resumo em portugus* Resumo em outro idioma*

Introduo* Desenvolvimen to* Concluso*

Refernias bibliogrficas* Bibliografia recomendada Glossrio Apndices Anexos ndice

Listas Sumrio*

Legenda: * Elementos obrigatrios Fonte: o autor, 2010.

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4 PARTE EXTERNA E INTERNA

A norma NBR 14724 divide um trabalho acadmico em duas partes: interna e externa. A parte interna composta pelos elementos pr-textuais, textuais e os ps-textuiais, compreendendo respectivamente a sees de apresentao, as sees que correspondem ao corpo ou texto desenvolvido que discriminam o trabalho e, finalmente, as sees que complementam o texto exposto. Por serem bastante amplas esssas sees sero apresentadas em captulos individuais, como se segue. A parte externa compreende dois elementos, so eles: a) capa (obrigatrio); b) lombada (opcional);

4.1 A capa

A capa de natureza obrigatria, tal como previsto na norma NBR 14724, que a define como proteo externa do trabalho e sobre a qual se imprimem as informaes indispensveis sua identificao (ABNT, 2011a, p. 2). O contedo apresentado na capa, como nas demais sees de um trabalho acadmico, deve ser registrado na mancha (vide exemplo em Apndice D) definida nas normas NBR 6021 e NBR 6029 como a rea de grafismo de um leiaute ou pgina, tambm chamada mancha grfica. (ABNT, 2003, p. 2; ABNT, 2006, p. 3). A capa deve ter as informaes abaixo relacionadas e apresentadas nessa mesma ordem:

a) nome da instituio (opcional); b) nome do autor (obrigatrio); c) ttulo (obrigatrio); d) subttulo (condicionado necessidade); e) nmero do volume (condicionado necessidade, para os trabalhos divididos em mais de um volume); f) local (cidade) da instituio (obrigatrio);

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-

Obrigatrio acrescentar entre parnteses sigla da unidade federativa em caso de homnimos.

g) ano de depsito (obrigatrio).

A capa apresenta dois elementos importantes que devem ser alvo de ateno por parte de que produz e publica trabalhos acadmicos. Primeiramente importante registrar que a autoria de uma obra atribuda ao responsvel intelectual por sua produo e no o responsvel operacional por sua publicao. Em segundo lugar, a escolha do ttulo de um trabalho deve ser bastante amadurecida de forma a refletir de maneira clara e precisa o seu contedo (ABNT, 2002, p. 4).

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5 OS ELEMENTOS PR-TEXTUAIS A norma NBR 14724 define elementos pr-textuais como elementos que antecedem o texto com informaes que ajudam na identificao e utilizao do trabalho (ABNT, 2011a, p. 2). So eles:

a) folha de rosto (obrigatrio); b) errata (opcional); c) folha de aprovao (obrigatrio); d) dedicatria(s) (opcional); e) agradecimento(s) (opcional); f) epgrafe (opcional); g) resumo na lngua verncula (obrigatrio); h) resumo em lngua estrangeira (obrigatrio); i) lista de ilustraes (opcional); j) lista de tabelas (opcional); k) lista de abreviaturas e siglas (opcional); l) lista de smbolos (opcional); m) sumrio (obrigatrio). 5.1 A folha de rosto (anverso)

A folha de rosto, elemento pr-textual obrigatrio e sem ttulo, prevista na norma NBR14724 onde definida como a folha que contm os elementos essenciais identificao do trabalho (ABNT, 2011a, p. 2). Essa a primeira folha contada, entretanto no recebe numerao, o que est previsto para os demais elementos pr-textuais a partir deste ponto. A folha de rosto deve ter as informaes abaixo relacionadas e apresentadas nessa mesma ordem:

a) nome do autor (obrigatrio): responsvel intelectual do trabalho; b) ttulo principal do trabalho (obrigatrio); c) subttulo (condicionado necessidade);

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d) nmero do volume (condicionado necessidade); e) natureza (tese, dissertao, trabalho de concluso de curso e outros) e objetivo (aprovao em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituio a que submetido; rea de concentrao; f) nome do orientador e, se houver, do co-orientador; g) local (obrigatrio); Obrigatrio acrescentar entre parnteses sigla da unidade federativa em caso de homnimos. h) ano (obrigatrio). A alnea e, acima observada refere-se a informaes que devero ser apresentadas de forma distinta das demais: sua margem esquerda dever coincidir com uma linha que divide a mancha da folha no seu meio (ABNT, 2002, p. 4) e escritos com espao simples (ABNT, 2002, p. 6). 5.2 O verso da folha de rosto

A folha de rosto, elemento pr-textual obrigatrio, rosto a nica folha que apresenta contedo impresso em seu verso que, de acordo com a norma NBR14724, dever apresentar a ficha catalogrfica do documento, escrito com espao simples (ABNT, 2011a, p. 6), conforme Cdigo de Catalogao AngloAmericano vigente. (AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION, 1983) que estabelece um padro internacional de identificao de documentos. Como as normas so bastante especficas, os interessados devem procurar um dos bibliotecrios de sua instituio para que este proceda, em um prazo previamente estabelecido, a elaborao dessa ficha. Neste manual, na parte em que compete a apresentao da ficha catalogrfica, observe um exemplo. 5.3 A errata

De acordo com a norma NBR 14724, a errata um elemento pr-textual, condicionado a necessidade, com ttulo sem indicativo numrico e centralizado

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(ABNT, 2003, p. 2), que quando encadernada localiza-se imediatamente aps a folha de rosto, sendo normalmente em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois de impresso (ABNT, 2011a, p. 2). Esse elemento apresentado com a referncia do trabalho seguido do texto da errata propriamente dito, sendo definido como lista das folhas e linhas em que ocorrem erros, seguidas das devidas correes (ABNT, 2011a, p. 2).

Exemplo de errata:

SCARAMELLA, Giovani. Normas e orientaes para elaborao de trabalhos acadmicos. 21. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011.

Folha 8

Linha 12

Onde se l reao

Leia-se relao

negrito

5.4 O termo de aprovao

A folha de aprovao um elemento pr-textual, sem ttulo e sem indicativo numrico, obrigatrio em documentos cientficos. Com texto no normatizado, definida na NBR 14724 como a folha que contm os elementos essenciais aprovao do trabalho (ABNT, 2011a, p.2), devendo conter:

a) nome do autor do trabalho; b) ttulo do trabalho e subttulo (se houver); c) natureza; d) objetivo; e) nome da instituio a que submetido; f) rea de concentrao; g) componentes da banca examinadora: campo para assinatura, nome,

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-

titulao, instituio a que pertencem, assinatura.

h) data de aprovao. As alneas c, d e e, acima observadas referem-se a informaes que devero ser apresentadas de forma distinta das demais: sua margem esquerda dever coincidir com uma linha que divide a mancha da folha no seu meio (ABNT, 2002, p. 4) e escritos com espao simples (ABNT, 2002, p. 6).

5.5 A dedicatria Dedicar uma palavra de origem latina (dedicare) que significa oferecer com palavras (RUBERTIS, 2008). A dedicatria um elemento pr-textual, sem ttulo e sem indicativo numrico, no-obrigatrio, com localizao prevista imediatamente aps a folha de aprovao, com texto no-normatizado, definida na NBR 14724 como a folha onde o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho (ABNT, 2011a, p.2). Mesmo sendo facultativo, orienta-se que essa seo seja feita. Seguramente uma norma no poder impor que um autor dedique sua obra a quem quer que seja, entretanto a praxe acadmica parece apontar para essa seo como sendo de bom senso sua elaborao. Primeiramente importante observar que a dedicatria uma seo bastante distinta de agradecimento. Para dedicatria h o oferecimento dos esforos focando no uno, i. e., o autor oferece seus esforos que foram desprendidos durante a realizao do seu trabalho. Dedicatria uma homenagem que se faz a uma pessoa, a um grupo, a uma entidade, a uma instituio, a uma divindade, etc. Nessa seo a emoo a fonte de inspirao. 5.6 Os agradecimentos

De acordo com a norma NBR 14724 a seo destinada aos agradecimentos um elemento pr-textual definida como folha onde o autor faz

63

agradecimentos dirigidos queles que contriburam de maneira relevante elaborao do trabalho (ANBT, 2011a, p. 2). A seo de agradecimentos opcional e localiza-se imediatamente aps a dedicatria, sendo seu ttulo centralizado e sem indicao numrica. Da mesma forma, como fora orientado para a elaborao da seo dedicatria orienta-se tambm que essa seo seja feita. Normalmente observa-se que toda trajetria acadmica (ou parte dela) trilhada com ajudas, acompanhamentos, orientaes, compreenses, favores, dedicaes e toda uma sorte de interaes que ultrapassam os esforos de um indivduo isoladamente. de bom tom que sejam agradecidos aos professores, e, em casos especiais nominados aqueles que merecem maiores destaques. Normalmente esse comportamento se aplica tambm, quando houver, aos orientadores que, independente do grau de acompanhamento, assina a responsabilidade formal de ter orientado o autor do trabalho. Em muitos trabalhos monogrficos observam-se registros de

agradecimentos a colegas de turma, instituies, governos, familiares, chefes de trabalho, amigos, financiadores (pessoa fsica e jurdica), etc. Como muitos professores orientam a seus alunos que escrevam os agradecimentos com o corao, observa-se ento nessa seo uma linguagem mais livre. Em muitos casos, observa-se, inclusive, referncias a divindades. 5.7 A epgrafe A origem da palavra epgrafe aponta para o grego () significando inscrio. A norma NBR 14724 define epgrafe como folha onde o autor apresenta uma citao, seguida de indicao de autoria, relacionada com a matria tratada no cor