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londrina · novembro 2013 · ano xiv · n°167

londrina · novembro 2013 · ano xiv · n°167 · Agora para o encerramento do Ano da Fé será fixado permanentemente o Alfa e Ômega, símbolos de Jesus ontem e hoje, principio

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londrina · novembro 2013 · ano xiv · n°167†

VIDA EM AÇÃO N°1672

Para o ser humano que crê em Deus e professa sua crença celebrando mistério da Fé em sua vida compreende que tudo vêm de Deus. Ele nos ama tanto a ponto de entrega seu Filho, o qual consequentemente, entrega a própria vida na cruz, por isso nada mais natural, portanto, que se colocar diante d'Ele em atitude de agradecimento, de louvor e saber que Deus é uma benção na tua vida.

Quantos cristãos comemoram sucessos profissionais (ou similares) com cervejada, banquete, festa e, depois, alguns “mandam” rezar uma missa "por uma graça alcançada", ou, acendem uma vela aos pés de alguma imagem, de preferência a um santo que o “ajude a ganhar mais”. Um grande número de cristãos ainda não entenderam que oferecer algo concreto, parte do fruto do seu trabalho, também, é culto e um dos grandes gestos de agradecimento a Deus. É nesta linha que caminha a conscientização do dízimo na comunidade.

“O dízimo é resultado da fé em Deus; um reconhecimento que tudo vem de Deus e que parte dos bens recebidos são a Ele devolvidos e aplicados na comunidade; tudo isso gratuitamente. Entregar o dízimo é vencer a tentação da auto-suficiência, tão em voga nestes nossos dias. O dízimo não é, em absoluto, retribuição a Deus em proveito próprio, mas gesto de fé e de gratuidade”.

A gratuidade de quem se dispõe a entregar o dízimo é demonstração de fé de quem sabe retribuir não só com palavras ou orações, mas até mesmo com aquilo que é ganho material. Haverá algo mais contundente, em nossos dias, que contrapor a tentação de ganhar e lucrar sempre, com a generosidade de tirar parte do que é seu para oferecer a Igreja para a sua manutenção e a continuidade do culto ao Deus que creio?

Estamos iniciando a construção do nosso Lar Sacerdotal para a acolher nossos padres em situações adversas como fruto do dízimo e mais, quando você vem à igreja participar da Santa Missa, percebe que tudo existe aqui é para o seu próprio bem. Você encontra tudo o que é necessário para uma celebração. Você entra e senta nos bancos, está tudo limpo; olha para o altar, velas acesas e flores; olha para cima, a luz está iluminando, o sistema de som funcionando, e não percebe que alguém está contribuindo para que isso aconteça. Não podemos nos esquecer, ainda, da compra de materiais e utensílios litúrgicos (hóstias, vinho, cálices, cibórios), da conta de água, telefone, material para a secretaria, côngruas do padre, salário dos funcionários, manutenção da igreja, despesas pastorais, com a formação, manutenção dos locais de reuniões, da casa paroquial, promoção humana e social.

“Contribuir com o dízimo é solidarizar-se com os demais membros da comunidade, com as demais comunidades da Paróquia e com as demais Paróquias da Diocese. O dízimo cria a comunhão fraterna na Família de Deus. Deus é nosso Pai, a Igreja é nossa Mãe e nós somos os filhos. Somos uma família e todos unidos estamos ligados á comunidade, que é a Igreja de Jesus”

seja dizimista...

VOZ D

O PA

STOR

INFO

RMAÇ

ÕES

pe. joel ribeiro medeiros

EXPEDIENTE

(43) 33390252 | [email protected]

diretorPe. Joel Ribeiro Medeiros

jornalista resp.: Carolina Thomazequipe pastoral da comunicação

design e diagramação

Somma Studiowww.sommastudio.com (41) 30925120 | (43) 99757836

impressão: midiograf · tiragem: 1.500

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SEJA DIZIMISTA!

NOVEMBRO | 20133

Estamos chegando na reta final do Ano da Fé. Iniciado em 11 de outubro de 2012, ele vai se concluir oficialmente no dia 24 de deste mês de novembro.

Ele foi instituído pelo Papa Emérito Bento 16, e será concluído pelo Papa Francisco. Sua motivação principal esteve ligada ao Concílio. Isto explica a data do seu início, no dia em que se completavam 50 anos da abertura do Concílio.

Todo documento oficial do Vaticano é identificado por suas primeiras palavras, que geralmente são escolhidas por evocarem, de maneira especial, o assunto principal do documento.

Desta vez, as palavras escolhidas foram: “Porta Fídei”, isto é: “A Porta da Fé”. Na verdade, são uma citação bíblica. Foram palavras usadas por Barnabé e Paulo, ao voltarem da primeira excursão apostólica em terras pagãs do império romano. Traziam a “boa notícia” de que “Deus abriu aos pagãos a porta de fé” (Atos 14, 27). Na iminência de concluir este “Ano da Fé”, nos damos conta que a palavra “porta” se presta bem, não só para celebrar um ano, mas para designar o novo espírito, a nova postura, o novo clima de relacionamento e de confiança, trazido para dentro da Igreja, muito além das expectativas iniciais do Ano da Fé.

Em nossa igreja, simbolicamente se fixou temporariamente na porta a expressão “Annus Fidei” que quer dizer “O Ano da Fé” para que todos que por ela adentram lembrem-se do convite de vivenciar autenticamente esse ano que se renova nossa fé. Agora para o encerramento do Ano da Fé será fixado permanentemente o Alfa e Ômega, símbolos de Jesus ontem e hoje, principio e fim.

Se Bento 16, com a promulgação do Ano da Fé usou as chaves de Pedro para abrir de novo a porta da fé, o Papa Francisco veio escancarar todas as portas. Vivemos agora sob o signo da porta aberta.

De fato, a Igreja é desafiada hoje a abrir as portas, sem receio de ser invadida e perder sua identidade. Ao contrário, a Igreja se sente desafiada a acolher todos os clamores que surgem das situações concretas. A Igreja se vê na obrigação, como portadora do Evangelho, de ter para com todas as pessoas uma palavra de ânimo, de esperança, e da certeza do amor de Deus.

Esta disposição de abrir as portas pode ser facilmente identificada na decisão tomada pelo Papa Francisco de convocar um sínodo extraordinário sobre a família, em outubro de 2014.

paulo tardivo

O interessante é perceber que já havia um sínodo sobre a família, convocado para 2015. Para que, então, um extraordinário sobre o mesmo assunto, em 2014? Aí mora a estratégia do Papa Francisco. Este primeiro sínodo é para “escancarar as portas” dos problemas muito sérios e profundos, que atingem hoje a família. Com esta decisão, o Papa “abre a porta” para que sejam colocadas à mesa da reflexão todas as situações, mesmo as mais complexas e difíceis.

Não como alguém que só recorda os grandes princípios, e com eles condena todos os que não os vivem em plenitude. Mas, isto sim, como alguém que escuta com atenção os problemas vividos hoje pelas famílias e se pergunta o que pode fazer para que continuem experimentando o amor que Deus tem para com cada pessoa, em qualquer situação que se encontre.

Assim se entende o grande elenco de questões, sobre as problemáticas mais complexas e novas, que atingem hoje a família, desde o divórcio, o casamento gay, os métodos contraceptivos, e tantas outras situações, provocadas pelas 38 perguntas do sínodo, colocadas em aberto, para todos os que quiserem expressar sua opinião.

Não é a Igreja que escolhe o “cardápio” dos problemas a serem enfrentados. Esses problemas são trazidos pela realidade. A Igreja reflete sobre eles, para entendê-los, sim, mas, sobretudo para se perguntar o que pode fazer pelas pessoas que os vivem. Ela olha a realidade, sob a luz da Boa Nova, e sob o prisma da misericórdia a ser administrada em nome de Cristo.

E eu, como vivenciei o Ano da Fé? Que portas da fé eu abri? Qual o propósito que levo para minha vida?

Viagens paraSANTUÁRIOS MARIANOS

PORTUGAL (Fátima)ESPANHA (S. Tiago de Compustela)

França (N.Sra. Lourdes)

Coroação do Ano da Fé

VIDA EM AÇÃO N°167

valquíria ohara

Capela Mãe da Divina Providência em festa

Mãe da Divina Providência é o título com o qual os Padres Barnabitas, as Irmãs Angélicas de São Paulo veneram Nossa Senhora desde o século xvii. Por volta de 1633, a angélica Luisa Mariana Gonzaga escreveu a vida da Madre Joana Barromeu e nela, conta que as angélicas realizavam uma solene procissão para homenagear e glorificar a doce soberana, Mãe da Divina Providência, sem a qual não se pode obter socorro ou graças celestiais.

Havia uma imagem que representava Maria com o Menino Jesus e era venerada como Mater Divinae Providentiae. Encontrava-se no corredor do claustro. Não ficava distante do confessionário e do coro, onde as Monjas ouviam as pregações. A ela eram atribuídas muitas graças alcançadas.

Em 1708, o Barnabita, Padre Gennaro Maffeti, confessor das angélicas, foi nomeado para São Carlo ai Catinari, Roma e lá no convento encontrou uma imagem de Nossa Senhora tendo nos braços uma linda criança representando a humanidade e colocou-a para a veneração pública, em 1732, dando o nome de Mater Divinae Providentiae. Nossa Senhora Mãe da Divina Providência despertou entusiasmo, foi recebida pelo povo com muito carinho atribuindo-lhe inúmeras graças obtidas sem interrupção.

O dia consagrado à Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, é o terceiro sábado do mês de novembro, sendo assim, neste ano de 2013, o Tríduo e as celebrações em homenagem à Mãe da Divina Providência , terão início no próximo dia 14/11, com a santa missa às 19h30 horas e o Dia da Palavra, na sexta 15/11 rezaremos Mil Aves Marias as 12h dedicadas a Mãe de Deus, pela paz no mundo e missa solene às 19h30; no sábado 16/11 as 15 horas teremos a Ordenação Diaconal de Ricardo Magno da Silva, e encerraremos no domingo, dia 17/11, às 12h um delicioso almoço Costela Fogo de Chão.

nossa senhora mãe da divina providência -

providenciai

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NOVEMBRO | 20135

ana carolina hespanhol rodrigues

VIVER BEM

O conceito de saúde não está relacionado somente ao funcionamento adequado do organismo, ou seja, ausência de doenças, mas principalmente, em uma boa qualidade de vida, que engloba o bem-estar físico, mental e social de um indivíduo.

Além das necessidades básicas individuais atendidas a cada pessoa, é necessário adotar um estilo de vida saudável com alimentação variada, todos os grupos alimentares incluindo frutas e verduras, uma grande ingesta diária de líquido, para uma boa hidratação e prática de atividades físicas regulares.

O não uso indiscriminado de bebidas alcoólicas, cigarros e outros tipos de drogas lícitas e ilícitas também é importante de ser lembrado, pois o uso das mesmas acarretam consequências drásticas à vida do usuário, como isolamento social e muitas vezes familiar e, em muitos casos, problemas sérios de saúde, levando até à incapacidade de realizar funções anteriormente de simples execução. Se problemas de vícios estão acontecendo procure apoio familiar, de amigos, profissional habilitado e principalmente de Deus, pois este, sem dúvida é o melhor caminho.

Em relação ao bem estar mental e social, é importante as pessoas se sentirem bem, trabalhando naquilo que gostam, convivendo com pessoas amigas, além de estarem sempre de bom humor, de bem consigo mesmos e transmitir essa felicidade de viver aos que o rodeiam, fazendo com que as atividades diárias sejam feitas da melhor forma e o menos estrassante possível.

Como, na vida corrida de hoje em dia, não é possível eliminar por completo o estresse diário, procure então, estar sempre em contato com pessoas e fazer programas agradáveis, que tragam felicidade e tranquilidade.

Portanto, tenha uma vida saudável, fazendo o que gosta, seja feliz e viva com saúde e bem estar.

VIDA EM AÇÃO N°167

O trabalho da Pastoral do Dízimo

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Você sabe o que é o dízimo? Se procurarmos o significado da palavra no dicionário temos o seguinte resultado: “é a décima parte de algo”. E para você, o que é o dízimo? A reportagem do Vida em Ação foi as ruas e obteve várias respostas, dentre elas estavam: “uma doação aos pobres”, “dinheiro arrecado para ajudar a igreja”, “não sei responder”.

A primeira contribuição para o esclarecimento dessa pergunta é a constatação de que dízimo não é um

pagamento e sim uma devolução. Em seu livro “Dízimo e Oferta na Comunidade”, Antônio Tatto diz que o dízimo é uma forma de dar ao doador. “Àquele que dá a nós o tudo, damos a Ele a parte do todo”. Podemos pensar ainda na reflexão: “dízimo não é uma porcentagem (10%), é um compromisso de fidelidade com Deus, a Igreja e aos pobres”.

Segundo a coordenadora da pastoral do dízimo da Paróquia São Vicente de Paulo, Denicélia Cupini Pinheiro, dízimo é partilha, “não temos outra palavra para definir o dízimo, ele é a expressão concreta da minha fé, porque a fé sem obras é morta".

Para ela, o Dízimo é uma das formas que o cristão tem para dizer a Deus o quanto é grato a Ele pela vida que Dele recebe, pela ressurreição que ganha como dom de vida eterna.

A reflexão de Denicélia vai além, quando ela afirma que é importante entendermos que o Dízimo é uma pastoral e não uma campanha financeira, não é promoção para ganhar mais dinheiro para a igreja. “Dízimo é uma pastoral para criar entre cristãos a consciência de Igreja. Só

NOVEMBRO | 2013

carolina thomaz

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FORM

AÇÃOpode haver dízimo se houver conscientização, alguém só

poderá se tornar "dizimistas" depois de ter-se convertido. Dízimo é fruto de uma conversão”, ressalta.

O Dízimo em uma paróquia busca desenvolver dentro da comunidade as três dimensões fundamentais como pastoral, dimensão religiosa, social e dimensão missionária. A coordenadora da pastoral do dízimo da Paróquia explica que na dimensão religiosa a contribuição é utilizada na manutenção da igreja, casa paroquial, salão, catequese e, além disso, investe-se em objetos litúrgicos como folhas e livros, vestimentas.

Já na dimensão social há o auxilio as pessoas mais carentes, com o intuito de ajuda-los a conquistar o espaço que ainda não tem na sociedade, no que se refere à educação, moradia, alimentação.

Segundo Denicélia, a dimensão missionária tem como objetivo “partilhar o Evangelho onde dificilmente chegaria a Palavra de Deus”.

A Pastoral do dízimo da Paroquia São Vicente de Paulo trabalha para cumprir suas responsabilidades com amor e dedicação. Atualmente conta com vinte e dois plantonistas, e estes fazem três reuniões anuais, “mas estamos precisando de mais pessoas para algumas escalas de missa, quem puder nos ajudar pode nos procurar” afirma Denicélia. Se você tem vontade de participar da pastoral do dízimo da paróquia São Vicente de Paulo, ligue na secretária da paróquia (43) 3339-0252.

Para concluir sua experiência na pastoral do dízimo, Denicélia diz que “ser dizimista é contribuir para o Reino de Deus seja edificado entre nós, é participar da formação, sustentação e missão de comunidades evangelizadoras, é fazer a sua parte para que todos conheçam o verdadeiro Deus. ser dizimista é partilhar do que se tem, mesmo que seja pouco, de todo o coração, é colocar em comum uma quantia que é fruto do trabalho ganho com honestidade. É pensar na comunidade e no próximo, com amor e compaixão”.

Denicélia é coordenadora da pastoral do dízimo junto com seu marido Rubens Alves Pinheiro e o casal agradece a todos da equipe da pastoral que doam seu tempo para essa grande partilha de Deus.

ORAçãO DOS DIZIMISTAS:

“Recebei Senhor, minha oferta! Não é uma esmola

porque não sois mendigo. Não é uma contribuição porque

não precisais. Não é o resto que me sobra que vos ofereço. Esta importância representa, Senhor, mEu REcoNhEcimENto, mEu amoR, pois, se tenho, é

porque me destes. amém”.

VIDA EM AÇÃO N°167

No dia 16 de novembro acontece a ordenação diaconal de Ricardo Magno da Silva na Capela Mãe da Divina Providência. Ricardo tem 48 anos, é economista e trabalha no sebrae há 27 anos, e tem uma rotina de estudo sobre o desenvolvimento de setores da economia, reuniões, orientação às empresas e entidades sobre Planejamento Estratégico. É casado com Maristela Lopes da Silva, têm dois filhos, Ricardo Magno Lopes da Silva e Marcely Lopes da Silva e uma neta, Sofia Rodrigues da Silva.

Há cinco anos pertence à comunidade da Paróquia São Vicente de Paulo, no entanto, o convite para o Diaconato aconteceu na Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Junto com a esposa, participa há 23 anos do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Há dois anos atua na Pastoral Familiar e como Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão.

Como aconteceu o convite para a missão de diácono?Nós participávamos da Capela da Santa Inês pertencente à Paróquia Nossa Senhora de Fátima e fazíamos parte do grupo de Catequese para Adultos quando o Pe Valeriano nos convidou. No momento do convite fiquei muito surpreso, e pedi para dar um tempo para pesquisar e pensar no assunto. Minha esposa foi a maior incentivadora para aceitar o convite de participar do curso preparatório, o que não tem relação direta

com a ordenação, apenas que ficamos a disposição para uma possível indicação.

Como você sentiu que esse chamado de Deus era pra sua vida?Existiram vários sentimentos, primeiro o sentimento de dúvida (será que realmente é para mim, será que o Padre não se enganou?); depois o sentimento de medo (e se for, o que vai mudar na minha vida?); depois o sentimento de incapacidade e indignidade (mesmo estudando não conseguirei ter um conhecimento mais aprofundado, como um Padre e tenho tantos defeitos e necessito de ser mais orante, mais caridoso). Com a participação no retiro inanciano de nove dias pude ter mais clareza que o chamado de Deus é para a pessoa com todas as suas limitações e que pela Graça de Deus que o ser humano pode desenvolver seu ministério. Compreendi também que o Projeto é de Deus e Ele nos convoca para sermos instrumentos nas mãos Dele, não precisamos ter todos os conhecimentos ou as respostas, mas deixar-se ser conduzido, para isto temos que nos dedicarmos a oração de forma mais perene e humilde. Hoje estou alegre por ter recebido este chamado e com a Graça de Deus se por a disposição da Igreja.

Quais são as responsabilidades de um diácono permanente que você mais se identifica? Coloco na seqüência de minha identificação, pois elas são interligadas, como segue o texto abaixo. 1) Diaconia da Caridade2) Diaconia da Palavra3) Diaconia Litúrgica A diaconia da caridade: A promoção da caridade e do serviço amoroso constitui um campo de evangelização vasto e diversificado. O diácono testemunha a presença viva da caridade de toda a Igreja e contribui para a edificação do corpo de Cristo, reunindo a comunidade dispersa, desenvolvendo o senso comunitário e o espírito de família. A diaconia da Palavra: A missão evangelizadora do diácono não se restringe à homilia ou ao anúncio da Palavra no contexto litúrgico. Como anunciador da Palavra, ele dá, antes de tudo, o testemunho de um ouvinte assíduo e convicto do Evangelho. A diaconia da liturgia: O serviço do altar. O diácono no sacrifício eucarístico representa o Povo fiel, ajudando-o de modo específico a unir a oferta da sua vida à oferta de Cristo; e, por outro lado, serve, em nome do próprio Cristo, a tornar participante a Igreja dos frutos do seu sacrifício. Seu ministério demonstra que a liturgia e a vida social não são duas realidades justapostas, mas polos de uma mesma economia, pulsações de um mesmo movimento, que através de Jesus Cristo vem de Deus e a Deus retorna. No culto o serviço encontra sua fonte; no serviço, o culto revela sua eficácia. O serviço litúrgico é

A comunidade da Paróquia São Vicente de Paulo celebra a Ordenação Diaconal de Ricardo Magno da Silva

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NOVEMBRO | 20139

Equilíbrio total!

Pezinhos protegidos

Passo a PassoConfort

Rua Sergipe, esquina com rua pernambuco.

carolina thomaz

o centro de gravidade do ministério diaconal exercido num serviço setorial da comunidade.

Qual é a importância e como está sendo a participação da sua família nessa sua caminhada para o diaconato?É fundamental a participação e aceitação da família, pois as responsabilidades e disponibilidade para o serviço é maior.

Durante a sua preparação para a ordenação de diácono, o que mais te tocou?O que mais me tocou foi o processo oficial para a ordenação, os Ritos obrigatórios que o Pe Joel ministrou, sendo: o Leitorato, o Acolitato, a Admissão e a Profissão de Fé. Este foram me conscientizando mais profundamente da Graça de Deus e da participação na hierarquia da igreja sendo instrumento da Graça de Deus para a comunidade e responsabilidade que isto significa.

O que você espera da sua caminhada como diácono?Espero dar testemunho de vida ser instrumento no projeto de Deus na comunidade e na Igreja.

Se pudesse definir o diácono com uma palavra, qual seria?Disponibilidade.

“quanto a nós, apresentamo-nos como vossos servos por amar a jesus” (Cf.2Cor 5,5b)

VIDA EM AÇÃO N°16710

Rua Guadalajara, 296 Tel: 3321-2823

luiz baldo

Esta pergunta tem sido feita várias vezes, depois de nosso retorno de Israel.

Tenho respondido dizendo que foi maravilhosa. Especialmente se considerando ela ocorreu dentro do Ano da Fé, com um grupo especial de pessoas e na companhia do nosso querido padre Joel.

Pessoalmente considero a viagem como um grande presente de Deus, no ano em que comemoro meus cinquenta anos de vida.

Desde criança ouvimos as histórias sobre os fatos que se deram na vida de Jesus. E nossa imaginação fica trabalhando, criando cenários de ficção. Imaginando deserto, Rio Jordão, oliveiras...

Chegou, porém, o dia de conferir de perto como seriam estes locais onde Jesus andou, falou e viveu.

- Ora, se Jesus escolheu viver naquela região é porque algo de especial lá existe!

De verdade, pudemos conferir de perto locais históricos como o Monte Tabor, o Mar da Galiléia, o Monte das Tentações, das Bem-Aventuranças e muitos outros.

Locais alegres como Belém, tristes como o Gólgota.Locais frios como a Via Dolorosa, quentes como o Deserto

da Judéia. Sóbrios como o Horto das Oliveiras e cheios de esperança

como Emaús.Além disso, conversamos com judeus e muçulmanos que

lá dividem espaço... tentando entender um pouco com se dá o convívio entre estes povos. Percebemos que grande maioria deles quer apenas viver suas vidas. Cuidar de suas famílias. Viver em paz, sem violência...

No final da viagem o Padre Joel, nos perguntou, quais locais mais nos marcaram na Terra Santa.

Havia respondido dizendo que o passeio de barco no Mar da Galiléia foi muito especial para mim. Mas depois, refletindo melhor, passei a considerar que os pontos fortes da viagem não foram isoladamente os locais históricos que visitamos... mas a Celebração das Missas naqueles lugares históricos.

As Missas que celebramos na Terra Santa fizeram toda a diferença!

Nelas nossa família se fez presente. Foi nas celebrações que a comunidade da São Vicente se

fez presente. Esteve perto de nós. Rezamos por ela. Rezamos com ela. Pudemos entregar aqueles pedidos e intenções que nos foram entregues antes da viagem. E ali Jesus se fez presente, conosco.

Foi assim, deste modo, que nossa viagem não se tornou apenas turismo, mas uma grande experiência com Deus, que recomendo a todos que puderem ir.

Paróquia São Vicente de Paulo. Novembro 2013.

Como foi a viagem para a Terra Santa?

NOVEMBRO | 201311

guilherme cestari

Pela pluralidade de sentidos da vida, do cotidiano e da morte

Em 2 de novembro celebramos o dia de Finados; dia de homenagear os mortos e também de refletir sobre a vida e seus caminhos. Data especial para admitirmos nossa inevitável finitude. É, ainda, dia de a comunidade revisitar seu passado e, dele, extrair interpretações e sentidos que embasarão ações no tempo presente.

Viver em comunidade é renovar esperanças a cada dia; nutrir e compartilhar expectativas, alimentar desejos comuns promovendo um esforço conjunto para que sejam concretizados. É lidar com decepções, angústias e frustrações; é, também, reconhecer a existência do próximo, é compadecer-se com ele, é respeitá-lo e consolá-lo. Viver em comunidade é perceber sua humanidade na constante interação com o outro. Numa vivência comunitária saudável e plural, circulam diferentes interesses e opiniões que, de modo ambivalente, se conflitam e complementam, originando modos híbridos de lidar com a vida.

Por outro lado, o que nos estimula a viver em comunidade? O que move as ações cotidianas de cada um? O que temos em mente a cada manhã ao acordar para um novo dia de trabalho, estudo ou de diversão? Cada uma de nossas condutas é orientada por sentidos; propósitos que, em maior ou menor medida, guiam nossa existência, nossos comportamentos. São vetores simbólicos, culturais, que nos impedem de desanimar. Como sociedade, estamos continuamente fabricando sentido; fabricar sentido é fazer política, tomar decisões, posicionar-se, adequar continuamente condutas a dilemas éticos. É parte do fazer político conferir valor às coisas diferenciando, conforme uma determinada situação que, porventura, se apresente, o adequado do inadequado.

Coletiva ou individualmente, precisamos de sentido para viver e para expressar-nos. Os sentidos parecem ser uma espécie de âncora que embasa e faz evoluir pensamento e comportamento humanos. Munidos de sentidos, vamos a lugares, conhecemos pessoas, aproveitamos oportunidades, aprendemos um ofício, aceitamos desafios.

Pode, afinal, existir um sentido único para a vida? Algo tão geral e verdadeiro que justifique e legitime, em última instância, todos os modos de vida que já existiram ou que possam existir? Além disso, se a busca diária por sentidos na vida já é desafiadora, como encontrar uma explicação para a morte? A morte é eminência da vida; é indício da calma e sutil brevidade da vida. A vida é suspiro frágil; viver é equilibrar-se. Se existe algo mais misterioso que a vida é, certamente, seu término. Se não fim último e estéril, a morte parece ser, no mínimo, um

redirecionamento brusco no fluir vital, um desvio profundo e repentino na forma como a vida conduz a si mesma.

Mas, para variar, não observemos a morte como eterna vilã, velha insistente, injusta e maliciosa que nos impede traumaticamente de continuar com nossos irmãos e companheiros de existência. Não. Prefiro reconciliar-me com ela, interpretá-la como um inevitável desatar de nó, um ato involuntário de desapego. A morte é o primeiro passo para a renovação. Para quem desfalece, é um alívio nem sempre desejado; para quem fica, é duro e necessário aprendizado.

Pode, afinal, existir um sentido único para a morte? Algo tão geral e verdadeiro que justifique e legitime, em última instância, a condução de todas as vidas que existiram e possam existir? Para mim, e é assim que construo meus sentidos, vida e morte são faces diferentes de um mesmo ímpeto criador, renovador; são ações complementares de uma força generosa que cria condições para que novas coisas existam e que, ao existirem, o façam com amor e intensidade. Ora, os valores, sentidos, aprendizados e superações da vida residem, justamente, em seus limites. Uma vida intensa e carismática extrai sentidos da simplicidade do cotidiano sem se conformar com a rotina; uma vida terrena caridosa sabe que, hora ou outra, chegará ao fim, mas, nem por isso, se entrega às dificuldades; pelo contrário: é nas fronteiras da vida que se podem encontrar seus sentidos mais sublimes. Somente você pode encontrar e reencontrar os limites e os sentidos da sua vida; e então, já descobriu quais são alguns deles?

VIDA EM AÇÃO N°167

PENSAMENTOS DE DOM GERALDO FERNANDES

PENSAMENTOS DE MADRE LEÔNIA MILITO

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A morte é o começo da verdadeira vida, da vida que não terá fim. É a maior festa da minha vida, da nossa vida. Não precisamente a morte física, mas o encontro com Deus e eu espero que seja feliz, pela bondade, pela graça e misericórdia de Deus que me envolve sempre.( 81)

Com a oração não teremos medo da morte, pois é o dia que cessará a nossa busca terrena e então o nosso encontro será um abrir de olhos para a face do Pai (78)

A vida presente é como esta viagem que estou fazendo, para acompanhar as minhas irmãs de ideal, com uma só diferença: nesta viagem, o desembarque será ainda num porto terreno, onde vamos fazer o bem e nos enriquecer de merecimentos para o céu... No fim da vida, o desembarque será já no porto da feliz eternidade (Circ. 67).

A vida presente não é uma excursão, mas uma marcha, uma peregrinação para a Casa do Pai, por isso, coragem e sempre avante... até o fim da nossa jornada aqui na terra. Tudo passa, somente Deus permanece. (Circ. 69).

Procuremos chegar à noite de nossa vida com a lâmpada da fé e da caridade acesa e com a consciência em paz por haver levado a termo a missão que Deus na sua bondade nos confiou. Coragem e confiança! A vida bem vivida é linda! E lá no céu a paz será infinita. Coloquemos toda nossa existência à disposição de Deus, mesmo quando isso custa sacrifício e sofrimentos. (Circ. 73).

Nosso corpo morto, sepultado no coração da terra, desabrochará imortal, como oferenda de louvor a Deus, nosso Pai. Essa atitude cristã confirma nossa profissão de fé: “Creio na Ressurreição da carne...” (Circ. 75).