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Luis Felipe Sperry Bratti
RASTREABILIDADE
Monografia apresentada como requisite parcialpara obten<;:8.o do trtulo de Especialista, no Cursode Especiarlza<;:aoem Higiene e Inspe<;:aodeProdutos de Origem Animal, Faculdade deGiencias Biclogieas e da Satide, UniversidadeTuiuti do Parana.
Orientador: Prof. Wellington Hartmann
Curitiba
2005
CONSUL TAINTEHN,o,
SUMARIO
RESUMO ..
ABSTRACT.
1 INTRODU!;AO ..
2 CONSIDERA!;OES GERAIS ..
2.1 CONCEITO E OBJETIVOS DA RASTREABILIDADE ..
2.2 CERTIFICAi;AO E RASTREABILIDADE ..
2.3 ROTULAGEM E IDENTIFICAi;AO ELETRONICA ....
3 BOVINOCUL TURA DE CORTE NO BRASIL
... vi
. vii
. 1
. 4.....4
. 6
. 6
......................8
3.1 REBANHO. . 8
3.2 PRODUi;AO DE CARNE.. 9
4 IMPORTANCIA DA RASTREABILIDADE ..
4.1 ASPECTOS GERAIS .
. 10
. 10
4.1.1 Importancia da Rastreabilidade para a Saude Publica e a Prote,ao do
Consumidor .. . 11
4.1.2 Importancia da Rastreabilidade de Animais e Produtos de Origem Animal na
Epidemiologia.. . 12
4.1.3 Importancia da Rastreabilidade na Gestao da Produ,ao da Carne Bovina 13
4.1.4 Rastreabilidade como Exigemcia Para Exporta,ao de Carnes.. . 14
4.1.5 Entraves do Sistema de Rastreabilidade. . 15
4.2 REGULAMENTA!;AO ..
4.2.1 Uniao Europeia .
. 15
. 15
4.2.1.1 Passaporte bovina au documento de identificat;80 animal 16
4.2.2 Brasil.. . 16
4.3 SISBOV .. . 17
4.3.1 Problemas e Obstaculos da Implanta,ao do SISBOV 18
4.3.2 0 SISBOV e suas Conlradi,oes . . 20
4.3.3 Altera,oes no SISBOV.. . 21
4.3.4 Novas Regras SISBOV - Versao Simplificada.. . 22
4.3.4.1 Identifica,ao dos animais.. . 22
4.3.4.2 Numeros oficiais.. . 24iv
4.3.4.3 Transporte dos animais .. . 24
4.3.4.4 Abate dos animais .. . 24
4.4 PROCESSO DE CERTIFICA<;AO.. . 25
4.5 IDENTIFICA<;AO ELETR6NICA E ROTULAGEM BOVINA 26
4.6 TECNICAS ANALiTICAS DE RASTREAMENTO BOVINO 29
5 CONCLUSAO ..
REFERENCIAS .
. 30
~ ~
RESUMO
Rastreabilidade Ii um mecanisme de centrale de animais que permite a identifica9aeindividual desde a nascimento ate 0 abate, registrando todas as ocorrenciasrelevantes aD longo de sua vida. Esta monografia tern como objetivo citar edescrever as principais metodos de identifica«;ao utilizados, discutir sua importanciae a condi~aoem que se encontra no Brasil, assim como a cadeia produt;va da carnebovina, alem de abordar 0 Sistema Brasileiro de IdentificaC;Bo e Certificacyao deOrigem Bovina e Bubalina (SISBOV).
vi
ABSTRACT
Rastreabilidade is a mechanism of control of animals that allows the individualidentification since the birth until abates it. registering all the excellent occurrencesthroughout its life. This monograph has as objective to cite and to describe the mainused methods of identification, to argue its importance and the condition where if itfinds in Brazil, as well as the productive chain of the bovine meat, besidesapproaching of the Brazilian System of Identification and Certification of Bovine andBubaline Origin (SISBOV).
vii
1 INTRODU<;:Ao
Oiversas mudanc;as vern ocorrendo no cenario da alimentaC;c30 mundial.
Expansao do comercio mundial de alimentos, mudanc;as nos hcftbitos alimentares,
maior demanda por produtos altamente processados, e ocorrencias de
contaminac;oes de alimentos e bebidas por micropatogenos ou residues tern levado
a mudam;as tambem no setor produtivo de alimentos. Alguns epis6dios que foram
amplamente divulgados, como a Encefalopatia Espongiforme Bovina - EEB nos
bovinos da Inglaterra, as hamburgueres contaminados por Echen"chia coli 0157H nos
Estados Unidos, as frangos e sui nos contaminados com dioxina na Belgica e as
fOGOSde febre aftosa na Argentina, Rio Grande do Sui e Inglaterra aumentaram a
preocupac;;ao dos consumidores e dos governantes em relac;ao a qualidade dos
alimenlas camercializadas (SARTO, 2002).
Ap6s indicias que carrelacianaram a EEB aa mal de Creutzfeldl-Jacab (CJD),
que afeta 0 sistema neurol6gico do ser humano, governos de diversos paises,
principalmente da Uniao Europeia, regiao mais afetada pe\a EEB, aprovaram
legislac;5es rigorosas para tentar cantrolar 0 problema. Essa nova regulamentac;ao
vi sou controlar, principalmente, 0 processo de produc;ao nas fazendas,
estabetecendo registros, controles e inclusive a identificac;ao individual. A esse
processo de controle, identificacao e certificacao de origem deu·se 0 nome de
rastreabilidade au rastreamento bovina.
Estes procedimentos sao ferramentas para garantir a Seguranc;a do Alimento,
tendencia de con sumo que considera as preocupac5es dos consumidores a respeito
da sanidade, garantia de qualidade e procedencia do produto e a idoneidade de
quem 0 produz.
Nesse contexto, a Uniao Europeia passou a exigir que todos os paises que
exportam para seu mercado adotem sistemas de controle e gerenciamento de risco
semelhantes ao seu processo de identificacao e registro de anima is, e tambem de
rotulagem, a tim de garantir a rastreabilidade. Tal exigencia e baseada no principia
2
de equivalt§ncia, estabelecido pelo Acordo de Medidas Sanitarias e Fitossanitarias
(SPS).
Este principia estabelece que urn paIs pode apenas exigir dos demais paises
exportadores 0 cumprimento de legislat;oes que sao aplicadas no seu mercado
domesticD. Portanto, a Uniao Europeia primeiramente organizou e implantou seu
sistema de identifica9ao de bovines para poder exigir esse mesmo sistema de
identifica980 e controle dos paises que para la exportam (SARTO, 2002).
Ap6s 0 primeiro passo dado pela Uniao Europeia, outros paises tambem
passaram a implantar e exigir as procedimentos para garantir a rastreabilidade e a
certifiCat;80 da carne bovina produzida em seus paises au importada. Por
conseqOencia, 0 Brasil, para nao perder urn de seus principais mercados (Uniao
Europeia), e se projetar a frente das exigemcias de outros mercados, teve de
adequar-se a esta tendencia e criar seu proprio sistema de rastreabilidade para
atender as exlgencias dos seus consumidores intern os e extern os.
No ambito interno, as deficiencias do controle sanitaria e ausencia de urn
sistema de registro e identificaryao nacional de bovinos foram alguns dos aspectos
que levararn uma missao da Uniao Europeia a classificar a Brasil, em abril de 2002,
como urn dos paises que apresentavarn risco de manifestar a EEB, apesar de nunca
ter havido um unico caso desta enfermidade no pais. Os motivos para tal
desconfianrya par parte das autoridades europeias deverarn-se as irregularidades no
preenchimento das Guias de Transito Animal (GTAs), que registram 0 transito de
animais e atestam a sanidade destes, irregularidades nas netas fiscais e tambem
pele fate de haver em nosse territ6rie animais vindos da Inglaterra (regiao origimiria
da EEB e mais afetada), cujo paradeiro era desconhecido.
Esta missao, segundo 0 Ministerio da Agricultura Pecuaria e Abastecimento,
apesar de reconhecer 0 esforryo do governo brasileiro em se impiementar urn
sistema de medidas preventivas e de monitoramento relacionado a EEB, fez duras
crfticas ao sistema de defesa agropecuaria existente no pais. Foi enfatizada a
ausencia de fatores essenciais para que 0 sistema de defesa funcione, citando
apropriadamente a nao existemcia de urn sistema de identificary2lo individual de
anima is como um dos principais fatores para que 0 combate a EEB seja eficiente.
Desta forma, a comissao nao encontrou maneiras de identificar se estes
animais podem ter vindo originalmente de outros paises onde a EEB se manifestou
porque os documentos oficiais brasileires apenas registram 0 n([mere de animais, e
nao a sua procedencia (SARTO, 2002).
Entao, esses fatores - seguran9a do alimenta, tendencia de certificayao dos
alimentos de origem animal e vegetal, equivalencia sanitaria e falta de cantrale de
registras de rebanho - levaram 0 Ministerio da Agricultura, Pecuaria e
Abaslecimenlo (MAPA) a cria9ao do SISBOV, Sislema Brasileiro de Idenlinca9ao e
Certificac;ao de Origem Bovina e Bubalina, que foi pramulgado atraves da Instrw;;ao
Normaliva nO01, de 10 de janeiro de 2002.
Apesar do SISBOV ler side criado para alender as exigencias da Uniao
Europeia, ele servira tam bern para rnodernizar a pecuaria nacional, que e urna
importante geradora de empregos, pelos investimentos existentes em estrutura e
divisas para a balan9a cornercial brasileira, onde atraves das exporta90es (embora
apresente uma produtividade baixa e deva modernizar-se) e, principalmente, por ser
uma das mais importantes fontes de proteina animal para a popu\a9~m, esta
atividade requer atenyao e reconhecimento dos orgaos publicos para seus
problemas.
4
2 CONSIDERA<;:OES GERAIS
2.1 CONCEITO E OBJETIVOS DA RASTREABILIDADE
VINHOLIS e AZEVEDO (2000), definem: urn sistema de rastreabilidade, seja
ele informatizado au nao, permite seguir, rastrear informac;:6es de diferentes tipos
(referente ao processo, produto, pessoal e DU servic;:o) a jusante e au montante de
urn elo de cadeia ou de urn departamento interno de uma empresa. A rastreabilidade
possibilita ter urn historico do produto, sendo que a complexidade do conteudo deste
hist6rico dependera do objetivo a que se pretende a\can'!(af. Este objetivo pade ser
influenciado pelas estrategias adotadas e pelo ambiente externo em que a empresa
esta inserida.
A rastreabilidade e urn mecanisme que permite identificar a origem do produto
desde a campo ate 0 consumidor, podendo ter sido, au nao, transformado au
processado. E. urn eonjunto de rnedidas que possibilitarn eontrolar e rnonitorar todas
as mOllimenta¢es nas unidades, de entrada e de saida, objetillando a produc;ao de
qualidade e com origem garantida.
E importante ressaltar que para que um sistema de rastreabilidade atinja a
sua maxima efieaeia, a identifieac;ao deve estar sempre aeompanhando 0
rastreamento do proeesso.
Existem dois tipos de rastreabilidade: a rastreabilidade descendente au "rio
abaixo" que consiste em encontrar a destino industrial au comercial de urn late de
produtos ate a armazenarnento no ponto de cornercializal,(ao; e a rastreabilidade
aseendente au "rio aeima" e aquela em que e possivel fazer 0 levantamento de
todos os estagios, comec;:ando de urn late de produto acabado ate encontrar 0
hist6rico e a origem do lote, em SCHAEFFER e CAUGANT (1998), citado em
ROCHA et al (2003).
A rastreabilidade funciona como um cornplemento no gerenciamento da
qualidade e quando aplicado isoladamente nao traduz seguran9a ao produto, nem
ao processo. Deve estar agregado a outros sistemas de contrale de qualidade, como
o HACCP (Hazard Analysis Critical Control Point) e c6digos de boas praticas como 0
Eurepgap no case de frutas. 0 HACCP e urn processo cientffico que enfatiza e
previne as riseas de contamina\!ao alimentar atraves de medidas de controle e
corretivas na industria de alimentos. Esse sistema e parte integrante da norma
"C6digo Internacional de Praticas Recornendadas para Principios Gerais de Higiene
Alimentar", do Codex AJimentarius, como forma de garantir a inocuidade alimentar,
citado em FERMAM (2003).
De acordo com JURAN e GRYNA (1992) citado em SOUZA (2001), a
rastreabilidade teria diversas finalidades tais como:
~ Assegurar que apenas materiais e componentes de qualidade entrem no
produto final,
- Identificar clara e explicitamente produtos que sao diferentes, mas que se
parecem a ponto de serem confundidos entre si,
- Permitir 0 retorno de produto suspeito numa base precisa e localizar falhas
e tomar medidas corretivas a pre(:o minimo.
Os produtos rastreados possuern urn diferencial no mercado, dessa forma,
tornam-se mais competitivDS e menos sujeitos as instabilidades do mundo
globalizado. Torna-se mais facil a detec(:ao de problemas ocorridos durante 0
processo de produ9ao, bern como a ado9ao de medidas preventivas e de a9ao
imediata no foco localizado.
MACHADO (2000) define a importancia da rastreabilidade para os segmentos
de distribui(:ao e varejo e da industria de alimentos:
- Eo diferencial de competitividade;
- Fortalece a imagem institucional da empresa·,
- Auxilia no posicionamento da marca no mercado;
- Estimula a concorr€mcia atraves da diferencia(:ao da qualidade, estreita
rela(:ao com os fornecedores;
- Contribui para a construyao de estrategias competitivas da empresa e,
com isso, pode passar a definir a estrutura de coordenar;ao vertical.
A rastreabilidade minimiza riscos de contaminar;ao e facilita a localiza(:ao do
foco de problemas do genero e tranquiliza a populayao e da credibilidade ao proprio
Estado (IBA et ai., 2003).
6
Urn sistema de rastreamento eficiente deve ser composto de normas e/au
referencias da qualidade que objetivam garantir e preservar; de procedimentos
estabelecidos; da rela<;ao de insumos permitidos e proibidos; de period as de
carencia ou transiC;8o baseados em normas; de exigencias dos produtores para que
mantenham comprovantes de compras e de vendas; de auditorias e vistorias
surpresas e peri6dicas (DULLEY e TOLEDO, 2003).
2.2 CERTIFICA<;AO E RASTREABILIDADE
A CertificaC;8o representa urn conjunto de procedimentos pelos quais uma
entidade certificadora - imparcial e independente - reconhece/atesta que 0 produto
alende a requisitos pre·estabelecidos. Deve ser feita por urn organismo
independente, que alesta atraves de urn sistema de rastreabilidade, ande atua como
urna ferrarnenta de qualidade e fornece as diretrizes basicas de controle.
Entao, urna produ9ao certificada nao garante que urn produto seja rastreavel,
porern um produto rastreado deve passar por urn processo de certificar;:ao do
sistema.
Oe acordo com MACHADO (2000), a certifica,ao de urn sistema de qualidade
faz parte da certifica980 de urn produto com atributo de rastreabilidade, mas 0
inverso nao e verdadeiro, ou seja, a certifica<;ao de urn produto nao faz parte da
certificayao de urn sistema de qualidade.
DULLEY e TOLEDO (2003) tam bern evidenciam que a rastreabilidade e urn
fator intrinseco a certifica9zm e que visa a garantir caracteris\icas de qualidade aos
aJimentos.
2.3 ROTULAGEM E IDENTIFICA<;AO ELETRONICA
A rotulagem em urn sistema de rastreabilidade tern importancia na
demonstra9ao dos registros feitos da cadeia produtiva e em assegurar a qualidade
ao consumidor, fornecendo-Ihe as informaty6es requeridas.
Para que isso seja passivel, deve existir urna correla9ao entre os elos da
cadeia que permita a transferencia das infarmaty6es de urn segmento a Dutro,
7
evitando que elas se percam ao longo do processo. Uma das formas de se atingir
esse objetivo pode 5er atraves da identifica~ao do prod uta.
o principio basico de qualquer forma de identifica9ao, segundo CERUTTI
(2002) implica em que cada uma seja unica e inequivoca, MACHADO e NANTES
(2000) afirmam que ela deve 5er permanente, 8em correr riscos de perda;
insubstituivel e positiva, ista e, sem gerar duvidas.
A identificac;:ao por si 56 naD passui nenhum significado. Ela deve estar
interligada a urn sistema central de armazenamento de dad as, que permite 0 acessa
a todos as el05 da cadeia produtiva, inclusive para a consumidor.
Segundo MACHADO (2002), a rastreabilidade nao deve ser encarada como
urn dado au uma mensagem que possa 5er transmitida. ~ urn sistema de interac;oes
entre fluxos fisicos e de informa~o. Entao, a identificaC;:8o representa a elo entre a
prod uta e todas as informac;:oes.
MACHADO e NANTES (2000) concluem que com a identifica9ao eletronica epossivel se conseguir uma confiabilidade dos dados rastreados, e, alem disso, ao
alimentar um banco de dados na ernpresa, escolher urn sistema de gestao que visa
a melhoria da qualidade de produ9ao,
Assim como existem normas padrao ISO para a gestao de sistemas de
qualidade, na area de Tecnologia de Informa98o existem as normas ISO 11784 e
11785 aprovadas em 1996. Essas norm as sao especificas para identificadores
eletr6nicos utilizados em animais, desenvolvendo-se urn s6 padrao entre os
fabricantes e facilitando a transmissao das informac;oes.
A transmissao dos dados pode ser feita atraves do EANCOM® EDI
(transmissao eletr6nica dos dados), que e relacionado ao numero de identifica9ao da
unidade logistica, 0 SSCC (c6digo serial de unidade logistica). A estrutura dos dad os
transmitidos por mensagem padronizada permite 0 reconhecimento da informa9f;io,
em termos de conteudo, significado e formato, de modo que nesse sistema as dados
sejam transmitidos rapidamente independente do software e hardware utilizados
(FELiCIO, 2001),
Atualmente, a rotulagem depende dos atributos de rastreabilidade, pois esta
rna is voltada para quest6es relacionadas a seguran98 alimentar. Embora a
rotulagem tradicional nao exija rastreabilidade.
8
3 BOVINOCUL TURA DE CORTE NO BRASIL
3.1 REBANHO
Segundo a estimativa da revista ANUARIO - DBO (2004), 0 rebanho bovino
brasileiro passou de 164,9 milhOes de cabe<;as em 2000 para 182,1 milh6es em
2004. Com previsao de taxa de desfrute (abate/ rebanho em %) de 20,11 % .
o Brasil viveu urn momento de primordial importancia, pois conta com 0
reconhecimento, pela Organiza<;ao Internacional de Epizootias (OlE), de area livre
de febre aftosa, sem vacina98o, para 0 rebanho de Santa Catarina, que representa
1,88% do rebanho nacionaL Tambem foram reconhecidos pela OlE, em maio de
2000, como livres de febre aftosa, com vacinac;ao, as rebanhos do Parana, Sao
Paulo, Mato Grosso, Goias, Distrito Federal e 50% de Minas Gerais. Sao mais de 70
milh6es de cabe<;as (41 % do rebanho nacional) com status para exporta<;ao,
principalmente de carne "in natura congelada" (FLORIANI, 2001).
Com 0 reconhecimento de area livre de febre aftosa, com vacina<;::ao,em maiode 2001, do Circuito Pecuario Leste (MS, TO, BA, SE, ES, RJ e 50% do rebanho de
Minas Gerais), sao mais 31% do rebanho nacional com esse status (FLORIAN I,
2001).0 Rio Grande do Sui, que representa 8,12% do rebanho nacional, alcan<;ou 0
reconhecimento de area livre de febre aftosa, sem vacinac;ao, em maio de 2000 e
teve nova mente a presenc;a de focos da doenga, em abril de 2001, optando pelo
retorno das vacina90es e esta realizando um grande trabalho para reconquistar 0
reconhecimento perdido. Nos demais Estados e/ou regi5es, que representam cerca
de 18% do rebanho bovino nacional, uma serie de medidas de ousada
operacionalizayao estao sendo desenvolvidas, com 0 objetivo de que seus rebanhos
tambem conquistem a condi9ao de area livre de febre aftosa e alcancem as
vantagens do mercado externo, no menor prazo possivel (FLORIANI, 2001).
9
3.2 PRODU<;AO DE CARNE
o Brasil e a maior exportador de carne bovina do mundo, com estimativas de
1.400 mil toneladas de equivalente carcac;:a e receita ao redor de 2.000 milhoes de
dolares por ano, detendo 18,1 % da produ~ao nacional (ANUALPEC, 2004).
Em 1996, 0 Brasil exportou 280 mil toneladas e importou 139 mil toneladas de
carne bovina. Apos esse ano, as exporta90es cresceram e, em 2000, atingiram 560
mil toneladas e as importac;:6es cairam para 57 mil toneladas de carne. 0 Brasil eo5° maior consumidor per capita de carne bovina do mundo, com uma disponibilidade
media de 40 kg/hab/ano (FLORIANI, 2001).
Apesar dcs percalc;:os (problemas sanitarios ainda naD resolvidos, por
exemple), 0 futuro da pecu~uia brasileir8 continua promissor. Analistas acreditam
que as politicas protecionistas perderao f61ego a partir de 2002, abrindo caminho
para a harmonizac;:ao das regras do jogo. Os criadores sabem que a evoluC;:2Io
tecnol6gica na pecuaria influencia 0 pre90 do produto e, p~r isso, investem
seguidamente nela (GLOBO RURAL, 2002).
o Brasil possui condic;6es para se consolidar como maior exportador de carne
bovina do mundo. Tecnologia e disponibHidade de area nao constituem a
problematica nacional, e sim a resolU9aO de questoes sanitiuias e a gestao da
produ,ao. 0 SISBOV seguramente ter;; importante pape\ para a\avancar essas
exporta90es. Primeiro, porque e parte das exigemcias dos paises importadores
(Uniao Europeia, principal mente) e, segundo, porque se constituira em uma
importante ferramenta na gestao da produ9ao e no contra Ie san ita rio do rebanho
naciona!.
10
41MPORTANCIA DA RASTREABILIDADE
4.1 ASPECTOS GERAIS
Oesde a decada de 80, a questao da inocuidade e qualidade dos alimentos
vern causando crescente preocupayao tanto para 0 poder publico e indus trias como
para os consumidores. A rastreabilidade dos animais e de seus derivados fai
ganhando importancia a medlda que 0 consumidor perdia 0 controle direto da
produc;ao e da venda de alimentos. Os sistemas de rastreabilidade de produtos
exigem uma cadeia transparente de ayoes para manter sua credibilidade e garantir
Sllas fun90es de transferencia de informac;c3o, devendo conter urn mecanisme
confiavel e que possa ser verificavel, para preservar a identidade dos exemplares ao
longo da cadeia alimentar (McKEAN, 2001).
Nos ultimos anos, as sistemas de rastreabilidade ap/icados para identificar os
animais, registrar 0 seu deslocamento e rastrear a origem dos produtos pecuarios
sofreram um notavel desenvolvimento. Hoje, e indispensavel harmonizar sistemas
comprovadamente capazes de melhorar a coer€mcia entre os parses implicados nas
transat;6es comerciais, com a objetivo de obter melhores garantias e facilitar os
intercambios internacionais de animais e produtos de origem animal (MAC DANIEL e
SHERIDAN,2001).
Os sistemas de rastreabilidade podem ser subdivididos em quatro categorias,
segundo sua apHcac;ao: no pais de origem, no varejista, na industria ou na
identifica980 do animal desde a fazenda ate a venda do produto final. Embora 0 usc
de computadores e da informatica possa aumentar a rapidez e exatidao dos
processos de obtem;:ao e manipula~ao dos dados, deve existir uma independencia
entre os sistemas e, ao mesmo tempo, eles devem ser compativeis (McKEAN,
2001).
A comercializat;8o e 0 uso na alimenta~ao humana da carne bovina perdem-
se na hist6ria, transcendendo a propria domesticac;:ao do boi. No Brasil, nas ultimas
11
decadas, poucas foram as iniciativas com 0 objetivo de rnodificar 0 perfil da carne
bovina e nenhuma para a estabelecimento au fortalecimento do habito de con sumo
desse produto. Possivelmente, a complexidade da cadeia produtiva da carne bovina.o conservadorismo predominante em diversos de seus segmentos e a grande
variedade de sistemas de produc;ao tenham contribuido para iS50. Uma analise
global desses fatOTes revelou que a transformayc3o dessa cadeia envolve a atuac;ao
coord en ada de diversos atores, implementando diretrizes voltadas a consecw;8o de
a~6es politicas, de desenvolvimento e de pesquisa (EUCLIDES FILHO et aI., 1999).
Alem de abrir as portas ao mercado europeu, a implementa~ao da
rastreabilidade possibilitara ao MAPA ter informac;oes mais detalhadas acerca do
rebanho nadonal e, principalmente, assegurar aos consumidores a estado sanitaria
e nutricional dos animais em concordimcia com padrt5es pre-estabelecidos de
qualidade. A rastreabilidade tam bern devera evidenciar a eficiencia de cada etapa do
sistema produtivo, tendo assim, a resposta para diverses problemas como, por
exempJe, a EEB causado pelo consume de rac;::t5esde origem animal. 8em con tar
que, ao propor a contra Ie da vida do animal, a sistema tambem facilitara a
localiza~ao de focos de doen~as (JUSTINO, 2002).
4.1.1 Importancia da Rastreabilidade para a Saude Publica e a Prote~ao do
Consumidor
Desde as anos 50, as consumideres do Reina Unido estao acostumados a
dispor de alimentos baratos e com condit;5es sanitarias garantidas. Nos anos 80 e
90, urna serie de epis6dios provocou nao 56 urn alarme, mas tam bern a perda de
confranc;::ado publico em rela-rao aos produtores e ao governo. Como consequencia,
a setor sofreu urn processo que desencadeou na apJicayao de novas metodos de
contrale em todas as fases da prodUl;ao. As fabricas de rat;oes animais, a produt;ao
de gada, as matadouros e a usa au descarte de subprodutos animais sofrem agora
cantrale de uma rigidez inconcebivel, antes da identificayao da encefalopatia
espongiforme bovina, no fim dos anos 80 (PETTITT, 2001).
Os consumidores do mundo inteiro estao mais exigentes com relac;::ao aqualidade de todo alimento consumido. Existe grande preocupa~ao com a EEB na
Europa, hamburgueres contaminados por Echerichia coli 0157:H7 nos Estados
12
Unidos, frangos e sufnos contaminados par dioxina na Belgica, coca-cola
contaminada na Franya, queijos com Listeria tambem na Francta e focos de febre
aftosa na Argentina, sui do Brasil (Rio Grande do Sui) e Inglaterra (FERREIRA e
MEIRELLES, 2002).
Esses novos interesses sabre a saude animal (Le., encefalopatia es-
pongiforme bovina) e sobre a seguranlY3 alimentar (Le., Escherichia coli 0157:H1,
Salmonella spp. e Dutras zoonoses) fazem com que 0 estabelecimento de urn
sistema retrospectivQ (rastreamento de informayoes) seja uma abordagem 169ica
para assegurar a confian9a do consurnidor na carne bovina (McALLISTER et aI.,
2001).
Na Europa, a rastreabilidade convert.eu-se numa questao de grande
importancia para as consumidores 8, por delegac;ao, para as numerosos varejistas
que abastecem 0 mercado. Os varejistas organizaram a cadeia alimentar, de modo
que fosse possivel garantir e controlar par auditaria 0 fornecimento de produtos COTTr
a maxima qualidade e que nao ofere cess em risco a saude do consumidor (PEnln,
2001).
4.1.2 Importancia da Rastreabilidade de Animais e Produtos de Origem Animal na
Epiderniologia
A epiderniologia estuda a causa de urna doen9a e tam bern todos os fatores
capazes de influencia-Ia. Estuda tambem seus efeitos e considera sua distribuiC;:80
no espa90, no tempo e no rebanho (contemplando. evidentemente, seus diferentes
extratos), ao mesmo tempo em que busea as principais eventos e eircunstancias
capazes de explicar e influenciar sua ocorrencia (CORTES, 1993).
Os veterinaries e eutros profissionais da medicina preventiva e de saude
publica servem-se de metodos epidemiol6gieos para a vigilancia sanitaria, a
investigat;;80 de surtos infecciosos e as estudos sabre os fatores de risco de
enfennidades zoon6tieas, tanto em populac;:oes humanas quanta animais. 0
conhecimento desses fatores de risco serve para orientar posteriores investigac;:oes
e para a aplicac;:ao de medidas de cantrale. A utilizatyaa de sistemas de analises de
risco e pontos criticos de controle (HACCP) depende, em boa parte, da inforrna9ao
que fornecern os estudos epiderniol6gicos (BARTLETI e JUDGE, 1997).
13
Os metodos epidemiol6gicos tam bern podem ser aplicados para determinar
a\=oes de vigilancia sanitaria destinadas a identificar as riscos mais importantes e
para determinar fatores de risco que podem constituir pontcs criticos de contrale dos
sistemas de produ~ao agroalimentar (BARTLETT e JUDGE, 1997).
A demanda de politicas globais e integradas de seguram;a alimentar por parte
dos consumidores dos paises industrializados fez da rastreabilidade dos animais e
de seus derivados urn tema prioritfuio para as governos desses paises (CAPORALE
et aI., 2001).
Segundo PIRES (2000), a rastreabilidade possui importante papel nas
campanhas de erradicac;ao de doenc;as, uma vez que 0 gerenciamento das
campanhas saniUirias sera mais agil e receberao informa~oes sabre as animals
participantes dos diversos rebanhos envolvidos. 0 conhecimento de cada animal
envolvido permitira a atuac;:ao sanitaria imediata e direcionada aos doentes dentro de
toda a popu\ayao de bovinos.
4.1.3 Importancia da Rastreabilidade na Gestao da Produ~ao da Carne Bovina
A moderna visao da agropecuaria reside na integrayao da propriedade ao
longo da cadeia produtiva, da tecn%gia em evoluc;:ao e da otimizac;:ao da relac;:ao
risco-retorno (JANK, 1997). A ado~ao da visao sistemica na cadeia prcdutiva da
carne bovina tern possibilitado a incorporac;:ao de novas tecnologias no sistema
produtivo, destacando-se 0 usc da tecnologia de informayao na gestao do
empreendimento. A identiflcay30 eletronica e a rastreabilidade permitem que 0
sistema de dados da propriedade rural seja alimentade cern dados confiaveis,
requisite indispensavel para 0 planejamento das atividades e melher coordenayao
entre os elos da cadeia (MACHADO e NANTES, 2000).
A amortizay-ao dos custos dessa tecnolegia pode vir de duas maneiras: par
meio da methor remunera9ao do produto, de acordc com a qualidade desejada pela
industria, ou na forma de ganhos na eficiencia produtiva, tendo par base urn
gerenciamento informatizado da produyao. A identificayao eletr6nica dos animais e a
rastreabilidade das informac;oes dentro das propriedades permite alimentar um
sistema de dados infonmatizado, flexibilizando os processos de gestao (MACHADO e
NANTES, 2000).
14
4.1.4 Rastreabilidade como Exigencia para Exporta9ao de Carnes
Hoje, a carne exportada segue urn modela de rotulagem com informac;6es
sabre a procedencia (no casa, 0 pais), enderec;o e localizac;ao do abatedoufO,
carimbo de inspe~ao do Servi~o de Inspe~ao Federal (SIF), tipo de produto (carne
resfriada sem osso, por exemplo), tipo de corte (file etc.), data de abate, prazo de
validade, sexo do animal, idade etc., com as quais e passivei deiimitar 0 grupo de
fornecedores (BEZERRA, 2001).
A Uniao Europeia quer identificar a causa primaria de urn eventual problema
sanitaria constatado nurn corte exportado para algum de seus paises membros.
Quer saber se 0 problema surgiu na fase de eria, engorda au processamento do
prodtrto, 0 que exige controle rigoroso; pDT isse, insiste na individualizac;ao. Grande
parte dos criadores considera que a normatizac;ao nesses termos naD passa de
barreira protecionista disfarc;ada, De qualquer forma, aceita como legitimo 0 zelo do
consumidor europeu com seguranc;a alimentar, depois do advento do "mal da vaca
Jouca", e a preocupac;ao geral com as casos de febre aftosa; embora ela nao seja
uma zoonose, representa. hoje, a maior entrave nas exporta'10es (BEZERRA., 2001)_
o Acordo sabre a Aplicac;ao de Medidas Sanitarias e Fitossanitarias da
Organizac;ao Mundial do Comercio admite a usa de medidas que incorporem a
rastreabilidade e que podem afetar direta au indiretamente as intercambios
internacionais, sempre e quando tais medidas nao infrinjam as disposic;oes do
acordo. Esse estipula que qualquer medida que se adote deva estar justificada do
ponto de vista cientifico, nao imponha mais Iimitac;6es do que as ja necessarias aD
comercio e seja coerente com 0 nivel de protec;ao apropriado do pais importador
(WILSON e BEERS. 200t).
Quando solicitado, 0 pais importador estan; obrigado a estudar as propostas
relativas a regionalizac;ao ou a possiveis medidas alternativas (sempre e quando
oferer;;;amum grau equivalente de proteyao) que os palses exportadores 7ormu\em
(WILSON e BEERS, 2001).
o Regulamento nO 1760/2000, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17
de Julho de 2000, estabelece 0 regime de identifica~ao e registro de bovin~s,
tambem relativo a rotulagem de carne bovina e dos produtos a base de carne
bovina, e revoga 0 Regulamento (CE) nO820/97 do Censelhe (CEE, 2000).
15
4.1.5 Entraves do Sistema de Rasireabilidade
No Brasil, a cadeia bovina e caracterizada por comportamentos adversos e de
desconfian", por parte dos pecuaristas e frigorificos (PIGATTO et ai, 1999). Isso
representa urn dos maiores entraves nas transa90es entre eles e tambem na
implanta.yao dos sistemas de rastreabilidade.
Ah~m disso, as produtores primarios enfrentam, na aplicayao do sistema de
rastreabilidade, falta de disponibilidade e altos custos dos testes existentes para 0
monitoramento e a verifica<;8.o dos perigos biol6gicos e quimicos do rebanho
(RASlL,2001).
Como se ve, para se implantar urn programa de rastreabilidade no Brasil nao
e muito simples. 1550 envolve custos e mudanyas nos canceitos de produ~o, com
pecuaristas oferecendo resistencia e descredito quanta a sua implementa<;ao e
desobedecendo as normas do governo e orienta96es dos tecnicos. Alem disso,
existe a falta de padroniza9ao dos indices zootecnicos nas fazendas, 0 que leva as
certificadoras a adotarem padr6es muito elevados e inviilVeis para a maioria dos
produtores.
4.2 REGULAMENTAC;;AO
4.2.1 Uniao Europeia
o Regulamenio (GE) 1760/2000, posteriormente regulamentado pelo
Regulamento (GE) 1825/2000 (GEE, 2000), eslabelece que os animais devem ser
identificados individualmente atraves de marcadores auriculares em ambas orelhas.
intraduz a uso do passaporte para a deslacamenta, determina a implanta9ao de uma
base de dados informatizada nacianal e implanta 0 sistema de roturagem d"a carne,
com informacoes sabre a carne do bovino, e 0 local de abate de onde a (s) animal
(is) provem.
16
4.2.1.1 Passaporte bovina au documento de identificat;ao animal
Este conceito surgiu na Franc;a, onde cada animal possuia uma caderneta
onde estavam anotados seus dados cadastrais e outras ocorr€mcias importantes
para a contra Ie sanitaria.
o Documento de Identificac;ao Animal (DIA) e um componente essencial do
sistema de identificac;ao e registro de atividade de gada bovino. Sem ele 0 animaf
nao pade circular. Essa exigencia pade ser abolida para circulac;ao dentro do proprio
pars, desde que disponha de uma base de dados informatizados operando
plena mente antes de 1° de janeiro de 2000.
Para a importac;:ao de carnes de paises terceiros, a Uniao Europeia exige que
o pais e as estabelecimentos produtmes sejam habilitados pm ela, e que possuam
urn certificado sanitaria e de saude publica ernitido pelos pafses membros da Uni8o.
4.2.2 Brasil
o MAPA instituiu, atraves da instruc;ao Normativa nO 01, de 09/01/2002
(MAPA, 2002), 0 Sistema Brasileiro de Identificayao e Certificac;ao de Origem Bovina-
e Bubalina (SISBOV). Determina, tambem, que a Secreta ria de Defesa Agropecuaria
(DAS/MAPA) seja responsavel pela normalizaC;:8o, regulamentaC;:80, implementaC;:80
e supervisao da execuyao das etapas de identificayao e registro individual do
rebanho brasileiro e credenciamento de entidades certificadoras, cujos dados estao
inseridos no Cadastro Nacional do SISBOV.
A DAS fica responsavel pelo desenvolvimento, implantac;:ao e gerenciamento
da base de dados informatizada nacional, de acordo com a InstruC;:80 Normativa nO
01/2002, do MAPA, a fim de que os objetivos da rastreabilidade sejam atendidoS'.
De acordo com 0 MAPA, os animais devem ser inclusos no SISBOV com 40
dias de antecedencia do abate (quarentena).
Atraves da Instruyao Normativa nO 21 de 26/02/2002 (MAPA, 2005), a
Secreta ria de Defesa Agropecuaria estabelece as diretrizes, requisitos, criterios e
parametros para 0 credenciamento de entidades certificadoras iunto ao SISBOV,
17
4.3 SISBOV
o Sistema Brasileiro de Identifica~ao e Certifica980 de Origem Bovina e
Bubalina - SISBOV e 0 conjunto de ay6es, medidas e procedimentos adotados para
caracterizar a origem, a estado sanitaria, a prodw;ao e a produtividade da pecuaria
nacional e a segurant;a dos alimentos provenientes dessa explorac;ao econOmica.
Tern como principais objetivos identificar, registrar e monitorar,
individua!mente, todos as bovinos e bubalinos nascidos no Brasil ou importados. asprocedimentos adotados nesse sentido devern ser previamente aprovados pelo
MAPA
o SISBOV aplica-se em todo a territ6rio nacional, as propriedades rurais de
cTia~o de bo'Vinos e bubalinos, as industrias frigorificas e as entidades
certificadoras, tendo os seguintes prazos limites para 0 registro de propriedade rural:
- OezembroJ2003: para os criat6rios que exploram animais cuja produ((ao
esteja voltada para os demais mercados importadores;
- OezembroJ2007: para os criat6rios de bovinos e bubalinos dos demais
Estados, (MAPA.).
Os animais devem ser inseridos no SISBOV com 40 dias de antecedencia de
abate (periodo de quarentena) e ap6s 1° de maio de 2004, esse periodo deve mudar
para 90 dias.
Segundo dados do SISBOV, ate 0 peri OdD de 10 de outubro de 2003,
estavam rastreados 9.560.371 animais, com 2.331.180 animais ja abatidos. A media
diaria de inclusao no sistema de identifica((80 e de 31.340 cabe((as de bovinos.
No Brasil esta para ser aprovada a certifica((ao de origem par propriedade. 0
Forum Nacional Permanente de Corte ja aprovou a proposta de certifica9ao de
origem por propriedade, elaborada pelo diretor da Associayao Brasileira dos
Criadores de lebu (ABCl) e outros tecnicos da Confederal'ao da Agricultura e
Pecuaria do Brasil (CNA). Com esse projeto, devera ser criado 0 Reglstro Geral das
Propriedades. reestruturando·se 0 Banco Nacional de Dados do SISBOV.
Os animais registrados no SISBOV terao a sua identifica((ao controlada pelas
entidades certificadoras credenciadas, devendo a OIA constar de:
- Ntimero do animal do SISBOV;
- Numero do animal na certiflcadora;
18
- Pais de origem;
- Ra,a;
- Saxo;
- Propriedade de nascimento;
- Data de identifical(c3o;
- Propriedade de identifica,ao;
- Data de nascimento;
- \dentifica<;ao da Certificadora e logotipo do MAPA.
Esse passaporte deve permanecer com 0 animal dUrante toda a sua vida, ate
a sua morte e em cada movimentac;ao do animal. Alem do passaporte, as animals
56 poderao circular, serem abatidos e comercializados mediante Guia de Transito
Animal (GTA).
A principal diferen,a da GTA e do DIA. e que a GTA representa apenas urna
notificac;ao de movimentac;ao do animal, permitindo que ele seja transportado de
uma reg taO a outra; par/3m nao cansta de informal(oes sobre a vida do animal como
oDIA.
4.3.1 Problemas e obstaculos da implanta,ao do SISBOV
Alguns dos problemas e obstaculos enfrentados pelos pecuaristas brasiieiros
neste processo de implanta,ao do SISBOV referem-se a geografia brasileira, adistribui980 espacial do rebanho, aos aspectos econ6micos e s6cio-culturais do
Brasil e a falta de um sistema eficiente de informac;:oes, fato que impede a
atualizaryc30 de alguns produtores em relaryc30 aos acontecimentos brasileiros e
mundiais.
A seguir, discute-se algumas dessas limitaryoes, que devern ser levadas em
consideraryao para irnplementaryc30 de urn programa abrangente como este:
- Custos: as custos para implementaryao da rastreabHfdade representam urn
entrave para a introduc;::ao do sistema. Isso porque, como ja relatado nos
t6picos anteriores. esses custos de rastreabilidade nao existiam hit. urn
ana para os produtores, e agora, os pecuaristas devem mobilizar parte de
suas rnargens para fazer frente a este novo custo. Como atualmente as
19
margens de comercializac;ao estao cada vez mais estreitas, 0 aumento
dos custos de ProdU9<30 apenas trara desvantagens ao produtor, jil: que ele
ainda nao esta tendo beneficios diretos com 0 sistema de rastreabilidade:
- Espacialidade: dadas as dimens5es do Brasil e do tato de que 0 rebanho
eSla distribuido par tOd05 as estados brasileiros, a implantac;ao de urn
sistema de rastreabilidade torna-se diflci\ principalmente quando·
comparada com paises europe us. que possuem rebanhos e taman has de
propriedade menefes que as existentes no Brasil;
- EducaC;8o: refere-se aD baixo nivel de escolaridade e educay8.o no melD
rural brasileiro. 0 nivel educacional e de informac;ao dificulta a implantac;ao
de novos e amptos programas. como 0 do SlSBOV, necessitando um
periodo longo para a difusao e 0 entendimento de todos sobre as novas
regulamentaqoes. Fazer com que os pecuarlstas e funcionarios realmente
compreendam a import~mcia e necessidade da rastreabilidade torna-se
uma tarefa diffciL A isso. somam-se as caracteristicas conservadoras dos
pecuaristas, que os tornam resistentes as mudanyas ou ao emprego de
novas tecnologias no seu sistema de produyao. Para irustrar far
dfficuldade, pode-se eitar 0 fato de que alguns presidentes de Sindicatos
Rurais, ou seja, lideres reg,ionais~ desconheciam 0 SlSBOV ate meados de
novembro, meses depois da instituic;ao e do inicio do funcionamento do
SISBOV, quando foi realizada uma reuniao sobre 0 tema na FAESP
(Federa~o da Agricultura do Estado de Sao Paulo};
- Sistema de Informa90es: falhas na cadeia de informa90es podem ser
relacionadas ao item anterior. Porem, e relativamente mais dificil fazer
com que uma informac;ao chegue a urn produtor no meio rural do que no
meio urbano, pela falta de meios de comunicagao (computadores ligado ainternet. iornais. telefone. etc) e tambem de canais publicitarios e
educativos que realmente levern a informayao diretamente ao publico-alvo;
- Adaptaq80 dos Agentes: alern dos produtores, os frigorfficos, as
certiflcadoras e 0 proprio Ministerio da Agricultura eSlao tendo que 5e
adaptar ao novo sistema. Os frigorificos, por exemplo, tern que ajustar
seus sistemas de controle, etiquetamento e linhas de produqBo, para
permitir 0 relacionamento do animal ao seu produto, a carne. Haverc:fl
modificaqoes fisicas e ajustes financeiros significativQs. Porern, 0 repasse
20
desse aumento de custos aos consumidores naD seria interessante e
poderia levar a uma reduc;ao no consume. Entao, como no case dos
produtores. as frig.orificos tambem tero3.o investimenlos e custos sem
retorno imediato com 0 sistema de rastreabilidade da carne bovina;
- Diferentes opini6es sobre 0 assunto: perguntados sobre 0 sistema de
rastreabilidade implantado no pais e quais as perspectivas em torna dele,
representantes de entidades de destaque nacional discordaram em variosaspectos, demonstrando que ainda naD ha. urn consenso sobre 0 SISBOV
entre todos as agentes da cadeia, dividindo opini6es e impifcano~o em
maiores difjculdades na sua implantaqao.
Resumindo, as principais obstaculos imediatos para a implementac;ao do
SISBOVsao:
a) 0 estabelecimento de regras naD bern definidas para 0 programa pelo
MAPA, 0 que tern gerado interpretaf,(oes diferentes em alguns aspec.tos
das Instruc;oes Normativas:
b) A tentativa de irnplantaf,(Bo, pelo governo, de urn sistema central, sem a
possibilidade de participaf,(ao da iniCiativa privada no processo;
c) 0 desenvolvimento de programas de computador pelas certificadoras e
pelo proprio Ministerio da Agricultura, como a Banco Nacional de Dados
(BND)enquanto0 SISBOVja esta em pleno funcionamento;
d) Mudan~as constantes pelo MAPA nas regras e exigencias do SISBOV
atraves de portarias.
E dificil estimar a influemcia destas questoes na velocidade de implantaf,(ao do
sistema de rastreabilidade no Brasil. Parern, vale a pen a lernbrar que elas
representam entraves refevantes e que deveriam ser considerados pelo MAPA na
ocasiao da cria~ao do SISBOV, nos ajustes e no estabelecimento dos prazos de
implantac;ao.
4.3.2 0 SISBOVe suas contradi~6es
Com a implanta~ao do SISBOV, surge uma duvida: como uma empresa
contratada pelo pecuarista para Ihe prestar servi~os relativos iJ identifica\'ilo dos
animais e registro de intarma~6es sobre as mesmas pade tambem garantir aa
21
governa a autenticidade desses dad OS, se existe uma rela9ao camerdal entre as
dois? (FRANCO, 2002).
Normalmente essa garantia e dada por empresas de certifica~ao
independentes, que trabalham com instrumentos espedficos de auditoria. Projetos
pioneiros de rastreabilidade, como as da Agropecuilria Jacarezinho e da Fazenda
Bartira (Ian~ados em dezembro passado, antes da publicatraD da Instru~ao'
Normativa nO 1) incluiram uma empresa para fazer coleta de dados e outra para
certificar 0 processo, buscando justamente credibilidade (FRANCO, 2002).
o MAPA preferiu escolher outro modelo, reservando para sl 0 papel de
auditor. Ha duvidas, contudo, quanta it capacidade tecnico-estrutural do 6r9aO para
realizar essa tarefa eficientemente (FRANCO. 2002).
Outras quest6es importantes sao: as frigorificos VaG conseguir anima is
rastreados em numera suficiente para manter as exportac;6es para a Uniao Europeia
nos niveis atuais? Como SeTa a rastreabilidade desde a sala de matanc;a ate as
pe.yas de carne? Como garantir a confian.ya das informa.yoes sem atrasar a rotina
dos frigorfficos?
4.3.3 Altera90es no SISBOV
Depois das altera.yoes e complementac;oes citadas abaixo:
- INSTRUI;AO NORMATIVA N' 1, DE 9 DE JANEIRO DE 2002;
- INSTRUI;AO NORMATIVA N" 21, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2002;
- PORTARIA N" 18, DE 18 DE ABRIL DE 2002;
- INSTRUCAo NORMATIVA N° 47, DE 31 DE JULHO DE 2002;
- OFiclO CIRCULAR N° 09;
- INSTRUC!\O NORMATIVA N" 52, DE 30 DE JUNHO DE 2003;
- INSTRUCAO NORMATIVA N° 59, DE 30 DE JULHO DE 2003;
- INSTRU<;AO NORMATIVA N" 88. DE 12 DE DEZEMBRO DE 2003;
- INSTRUC!\O NORMATIVA N° 18, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2003;
- INSTRUCAo NORMATIVA N" 21, DE 2 DE ABRIL DE 2004;
INSTRUCAO NORMATIVA N° 48, DE 18 DE JUNHO DE 2004;
- INSTRUCAO NORMATIVA N° 77, DE 28 DE OUTUBRO DE 2004.
22
Ficou estabelecido que, a partir de 29 de outubro de 2004, apenas as animals
cuja carne e destinada a exportayao precisam estar cadastrados no Sistema
Brasllelro de IdentifLca~aoe Certiflc~ao de Origem Bovlna e Bubalina (SISBOV)
(ALLFLEX, 2004). 0 registro deve ser leito ate 40 dias antes do gada e dos bulalos
serem abatidos nos frigorificos credenciados para atender 0 mercado externo. As
novas regras constam de Instruyao Normativa nl). 77, da Secretaria de Defesa-
Agropecuaria (SDA), publicada no dia 28 de outubro de 2004 do Diario Olicial da
Uniao (DOU).
As novas normas fixadas pelo Ministerio da Agricultura, Pecuaria e
Abastecimento (MAPA) tambem revogaram outras exigencias. A partir de agora, as
animais nao precisam estar registrados no SISBOV para participar de leilaes. feiras
e exposi90es realizadas no territ6rio nacional. Ah§m disso, a sistema m30 obrigara
mais 0 cadastro de animais destin ados aos frigorificos nao habilitados ao mercado
imernacionat
o animal procedente de propriedade cuja carne venha a ser exportada, sera
liberado para abate quando estiver registrado na base nacional de dados do
SISBOV par no minima 40 dias. Hoje, a SISBOV tem cerca de 35 milhOes de
animais cadastrados.
4.3.4 Novas Regras SISBOV - Versao Simplificada
4.3.4.1 Identificac;:ao dos anima is
- Torna·se obrigatorio para os fabricantes de brincos de identificac;:ao 0
fornecimento de planilhas de coleta de dados junta mente com as brincos.
As planilhas passam a ser impressa em duas Vla.s,de\(endo a prime ira ser
encaminhada a empresa certificadora, e a segunda armazenada pelo
criador, por um prazo minimo de cinco anos ap6s a venda ou morte do
animal (ALlFLEX, 2004).
- A identifica9ao dos animais passa a ser responsabilidade do criador. Efacultativo a certificadora assistir ao processo de identificar;:ao dos animais.
- 0 brinco auricular SISBOV sera confeccionado dentro do seguinte padrao:
23
Cor:
Amarela - primeira identifica«ao
Laranja. - brincos de reposi<;aoBranco - animals importados
Tamanho:
Largura: minima 55mm I maximo 58 mm
Altura: minima 66 rnm I maximo 78 mm
Marcacao:
Sigla SISBOV: 5 mm
Numero SISBOV: 5 mm
Manejo SISBOV: 22 mID.
Nota: Fabricantes de brincos devem ser cadastrados junto aD Ministerio da
Agricultura, e fiearn proibidos por lei de fornecer brincos oficiais fora do padrao
estabelecidCr.
Animais deverao ter identifical'ao dupla, podendo ser adotada uma das
seguintes oPl'oes:
- Urn brinco auricular na orelha dire ita e urn botton na orelha esquerda, com
numero de manejo SISBOV composto por 6 (sels) digitos, do go ao 14°
numero do SISBOV,
- Urn brinco auricular na orelha dire ita e uma tatuagem na orelha esquerda,
com 0 numero de manejo SISBOV composto por 6 (seis) digitos, do go ao
14° numero do SISBOV;
- Um brinco auricular na orelha direita e um dispositivo eletr6nico
obedecendo as normas ISO.
- Urn brinCD auricular na orelha direita e marca«ao a ferro quente, na perna
diisita traseiia do animal com os seis digitos de manejo SISBOV composto
por 6 (seis) diqitos. do go aD 14° numero do SISBOV. marcados tres a tres
em cima e em baixo.
- Para bovinos e bubalinos registrados em associat;5es de rat;a, e facultada
a utiliza~~o da tatu8gem com 0 numero de manejo SISBOV composto pOT
6 (seis) digitos, do go aD 14° numero do SISBOV em uma das orelhas. e a
segunda identifica9ao podendo ser 0 numero de registro do animal na
associa98o de ra9a a que pertence, desde que a mesma esteja aposta no
24
animal. 0 documento de registro do animal devera conter 0 nurnero do
animal no SISBOV e 0 numero de manejo SISBOV.
A obrigatoriedade do. dupla identifica~ao passa a vigorar a. partir de 10 oeJulho de 2004. Senda ate essa data obrigat6ria somente a identifica.yao com 0
brinco auricular da orelha direita, conforme mencionado acima.
4.3.4.2 Numeros oficiais
o MAPA passa a distribuir numeros oficiais so mente mediante 0 cadastro da
propri&dade: de destino, naG have:ndo mais a possibilidade de estocagem de-
numeros au brincos pre-gravados por parte das certificadoras.
A numerac;::ao afieial passa a ter 15 digitos, no seguinte formata: 3 (tres)
digitos iniciais caracterizando 0 pais de nascimento do bovino ou bubalino; 2 (dais)
digitos subsequentes representando a Unidade Federativa de origem do bovinc ou
bubalino; 9 (nove) d[gitos subsequentes identificando 0 bovina ou bubalino~ 1 (urn)
digito verificador.
4.3.4.3 Transporte dos animais
o transito de bovinos e bubalinos cadastrados no SISBOV, para quarquer
finalidade, 56 podera ocorrer quando 0 animal estiver devidamente identificado e
acompanhado do OIA (Oocumento de Identifica,ao Animal) e da GTA (Guia de
Transporte Animal) ..
A emissao da GTA para animais cadastrados no sistema s6 ocorrera
mediante a apresenta"ao dos 01 pelo produtor rurai.
4.3.4.4 Abate dos animals
S6 poder. ser aceito para abate, com vistas a exporta,80, 0 animai queestiver devidamente identificado e acompanhado do DIA e da GT A.
Quando 0 destine dos anima.isfor um estabelecimento de abate ha.bilitadoaexportayao e nao ocorrer a apresentaC(ao do DIA, a GTA devera ser emitida com
25
carimbo contendo a seguinte frase: "OS PRODUTOS E SUBPRODUTOS
ORIUNDOS DO ABATE DESTES ANIMAlS NAO PODERAO SER DESTINADOS AEXPORTA<;:Ao".
4.4 PROCESSO DE CERTIFICA<;:AO
o produtor e inscrito no SISBOV atraves de uma Certificadora Credenciada
mediante a assinatura de urn Termo de Compromisso. EntaD, e feita uma visita pelo
tecnico da Certificadora, 0 cadastramento da propriedade e a sele9ao dos animais
que se pretende inserir no programa. A Certificadora envia, via eletronica, 0 cadastre
ao Banco Nacional de Dados (BND) e solicita os c6digos de identifica9ao a serem
usados na identifica~aoem si.E feita a aplicayao no animal e a Certificadora retorna os dados
complementares ao BND, tais como data de nascimento, de compra, de chegada napropriedade e de brincagem, sexo e composi9ao racial.
Com isse, todos os animais que sairem da propriedade deverao cons tar do
Documento de Identifica9ao Animal (ou passaporte bovino), que e emitido pela
certificadora (Figura 1).
Os abates deverao ser feitos preferencialmente pelos frigorificos
credenciados no sistema. Todos as fatos ocorridos desde a abate ate a embalagem
final do produto deverao ser registrados pelo Servi90 de Inspe9ao. A embalagem
pod era receber a numero do animal au dos lates de cada estabelecimento.
A relac;:aa das entidades certificadoras pode ser encantrada no site do MAPA
(MAPA, 2005).
~~~~M~n~~t~e~n~O~d~O~A~g~ri~c~ul~ru~r_o__~~~==~===============I UPecu6,loe Abostecimento .
=O-oc-u-m-.-n-:-to-:de-:-ld:-.-n"ti::-roc-'.-c'O'ao--::A-n:-hn-.-:I---1IttSl'O'4io.VI!~Tfc ••eoOACfllT'l~I!CIlt •••.••
Numero do Animal no SISBOV; •••••P'Iit_de NoKI_",."Q_d._))Sf58oY, tI/I""clplooUf,~. •••••PtIit-.d•.,...,..I\~••.•••• ••••nlcolo.lIlt:
~~:=:'~o.=-._~~,.u~..._..rUD£~::::~;~~_~FIGURA 1- MODELO OFICIAL DE CERTIFICADO DE ORIGEM
26
4.5 IDENTIFICA<;iiO ELETRONICA E ROTULAGEM BOVINA
A identifica9~o eletr6nica representa a primeiro passo para urn sistema de
certific8y2tO baseado na rastreabihdade de informa90es. E 0 primeiro pre.requisito
para se controlar uma produ~ao e 0 monitoramento do rebanho (AJIMASTRO e DA
PAZ, 1998). Com ela e possivel que seja feito 0 acompanhamento das informayoes
dos animais do nascimento ate 0 abate, permitindo 0 levantamento do seu hist6rico
e impedindo a disseminayao de doen,as (ERADUS e ROSSING (1994) citados em
MACHADO e NANTES. 2000a).
Em se tratando de identifica.;ao eletronica, devemos nos atentar para a
qualidade e agilidade no processo de coleta de dados. E muito comum se verifiear
em fazendas a coleta de informa90es sendo feita por funclonarios de forma<;ao
simples. IS50 acarreta possiveis erros e situa~es duvidosas. que serao
posteriormente utilizadas na tomada de decis6es pelo administrador. Para tanto,
atuais tecnicas e rnetadalagias avanrtadas de identificartaa tern sid a desenvalvidas
para atenuar essas dificuidades (AJIMASTRO e DA PAZ, 1998).
A atual situart~1;O de pagamenta pelas carCart8s e carne que sao ofertadas,
que exclui a forma de tipifica~ao, tem desestimulado e inabilitado a sua ado~aa
pelos pecuaristas. Os sistemas de rastreabilidade e qualidade de carca9as exigem
que a pagamento da carne seja feito em peso marta; tal medida ja tern sid a utiiizada
por alguns superrnercados, principais meios de distribuieyao de carnes, no Reina
Unido e em outros paises.
Na identificaeyao minima de urn prod uta cameo deve constar basicamente:
- Pais de origem do produto - nascimento, criartao e abate;
- Estabelecimento de abate - SIF;
- Marea do produto;
- Nome e c6digo do produto;
- Data de prodw;ao e ou vencimenta;
- Praza de validade.
Qutros iten5 que poderiam 5er adicionados: c6digo do lote, hora da embalagem
au produ.yaa - sistema de codigo de barras, selos de qualidade, identificaey80 dos
produtores e ou seus endereyos (CERUTTI, 2002).
27
Hoje. as tecnicas de identificayao mais utilizadas na bovinocultura de corte
brasileiro sao: colar, brincos de plastico (Figuras 2 e 3), etiquetas com c6digos de
barras, marcac;ao a ferro quente no couro e marc8c;ao a ferro frio com tinta spray.
Porem, esses sistemas apresentam muitas falhas, como toi observado par
MACHADO e NANTES (2000b). Eles apresentam problemas de visualizac;ao a longa
distancia, necessidade de contenc;ao animal, erros de leitura devido a abrasao dos
caracteres, sujeira, ah~m da possibilidade de existirem dois animais com as mesmas
identificac;oes.
No pais tem-se optado par aplicar as brincos eletronicos no animais per ser uma
OPC;130mais viiwel aos prod uta res, embora representem cerca de 80% do custo total
do re9i5tro de urn animal em urn sistema de rastreabilidade. Esses brincos podem
estar incorporados a urn transponder, podendo a leitura ser realizada atraves de urn
display, ou de urn c6digo de barras (mais condizente com a nossa realidade por ser
mais simples e mais barato).
SISBCN105510001234560IIUlIIIIUlIIIIIIIIDIOIU
23456FIGURA 2 - EXEMPLO DE BRINCO DE IDENTIFICAc;:AO VISUAL
FIGURA 3 - REBANHO IDENTIFICADO COM BRINCOS pLASTICOS
28
Os c6digos de barras existentes nos brincos permitem a identificac;:ao do
animal a partir de uma leitura 6ptica acionada por urn laser e posterior recebimento
dos dados por urn sistema computacionaL
o microchip eletr6nico (transponder) atualmente e utilizado pela Australia em
seu esquema de identificar;:ao e rastreabilidade chamado Esquema Nacional de
Identifica9ao de Animais (National Livestock Identification Scheme - NUS).
Esse dispositive e lido eletronicamente e as informac;:oes sao armazenadas
em urn banco de dados nacional disponivel a todos as el05 da cadeia atraves de
uma senha. No BrasH, esse sistema nao e muito difundido, mesma porque se trata
de urn sistema muito oneroso.
Tambem existe no mercado a opl):ao de identificac;ao animal por meio da
fotografia digital da retina. E caracterizado por se tratar de urn sistema inviolavel,
evitando a troca de animais e nao ser urn metoda invasivo, isto e, nao necessita de
atingir fisicamente a animal.
o gada tambem pode ser identificado a partir de um bolus ruminal (Figura 4)
que, de acordo com FERREIRA e MEIRELLES (2002) e um dos metod os mais
seguros e eficientes. Contudo, a sua demanda par equipamentos de alto custo e
tempo demorado de implantat;ao tern dificultado a seu usa. A sua inclusao e feita
nas carcac;as animais devendo estar baseada em uma legislayao especial.
FIGURA 4 - BOLUS INTRA-RUMINAL
29
Na Alemanha, as cortes de carne sao identificados com c6digos de barras,
que possuem uma correspondencia com a identifica9ao individual do animal. Os
produtos sao entregues de acordo com instrug6es emitidas por urn computador e
assim a mercadoria e distribuida em diversos pontes. Os motoristas recebem urn
microcomputador de bordo com as informac;oessobre as entregas, e se 0 c6digoeletr6nico do computador naD corresponder ao do velcula, 0 motor naD da partida.
Existe urn controle registrado das movimentag5es do caminhao, das condic;6es de
temperatura das eamaras e da situa\,ao das portas (IBA et al.,2003).
4.6 TECNICAS ANALiTICAS DE RASTREAMENTO BOVINO
Uma das tecnicas que esta sendo desenvolvida e a rastreamento par DNA.
Essa tecniea ja vern sendo testada na Australia e em alguns locais dos EUA. 0
metoda se baseia na retirada de algumas amostras do animal (podendo ser pelos)
ao nascimento e relacionadas a identificac;aa do animal (c6digo do chip). Dessa
forma, e passlvel confirmar a origem do animal em qualquer fase da sua vida atraves
do exame de DNA A amostragem tambem pode ser feita a partir das carcac;:as
assoeiando aD numero do animal (MANELLA e BOIN, 2001). Contudo, essa teeniea
nao e muito utilizada, devido aos altos custos e a existencia de outros metodos mais
sfmpies.
Alguns metodos de rastreamento ainda nos permitem saber se na producyao-
de determinado animal foram utilizadas substancias proibidas au nocivas a saude
humana, como as metodos analiticos indiretos que consistem em se detectar
sUbstancias especiais, considerando as efeitos de disturbios dessas subsiancias no
metabolismo. Geralmente utiliza·se a tecnica de espectrofotometria em massa para
detectar a moh~cula suspeita. Em bovinos, e possivel se determinar residuos
anabolizantes em amostras de urina, (PASCAL e MAHE, 2001). No Brasil essas
tecnicas nao tern sido muito utilizadas devido ao seu alto custo.
30
5 CONCLUSAO
A rastreabilidade atualmente e urn processo crescente e irreversivel, e para a
cadeia produtiva de carne vern 59 tornando urn poderoso elemento de "marketing" I
nurn pais com urn rebanho bovina de 182,1 milh6es de cabec;as, 225 milh6es de
hectares de pastagens, e com todo urn potencial para consolidar-se como 0 maior
produtor e exportador de carne bovina do mundo.
A importancia socioecon6mica dessa cadeia caracteriza uma das alavancas
do agroneg6cio nacional. Nossas condic;6es de competitividade sao inigualaveis
diante de tantas potencialidades. E imprescindlvel garantir a quaJidade dos produtos
que sao gerados por esta cadeia; e justamente esta necessidade que a
rastreabilidade vem preenche-F.
Os pecuaristas que aderiram ao SISBOV, atualmente recebem do frigorifico
urn adicional no valor da arroba do boi rastreado, no entanto, 0 sistema precisa
evoluir para se tomar viavel e factivel sua implanta<;ao no pais. Todavia querer negar
a sua imporUmcia para 0 futuro da carne brasileira e simplesmente desconhecimento
das tendencias mundiais.
o governo tern papel fundamental nesse contexto devendo fornecer
incentivos e subsidios, treinamentos especificos e orienta<;oes adequadas sobre °assunto, principalmente sabre 0 enfoque da questao de seguran9a alimentar.
o Brasil deveria passar a adotar a rastreabilidade dos alimentos de maneira
geral, nao apenas para atender aD mercado externo, mas tam bern para garantir a
saude da popuia~ao.
Fica evidente, portanto, que 0 esfor<;o conjunto dos setores prooutivos e do
governo para implementar e viabilizar 0 processo de rastreabilidade e urn passo
fundamental para garantir ao Brasil uma posi<;ao de destaque no cenario
internacional do agroneg6cio.
31
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