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Universidade de Lisboa Faculdade de Farmácia M M A A N N U U A A L L D D E E A A P P O O I I O O A A O O E E S S T T Á Á G G I I O O D D E E L L I I C C E E N N C C I I A A T T U U R R A A FARMÁCIA COMUNITÁRIA E FARMÁCIA HOSPITALAR Coordenado pelo Núcleo de Estágios da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa LISBOA 2002

Manual Apoio Estagio

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Page 1: Manual Apoio Estagio

Universidade de Lisboa

Faculdade de Farmácia

MMAANNUUAALL DDEE AAPPOOIIOO

AAOO EESSTTÁÁGGIIOO DDEE LLIICCEENNCCIIAATTUURRAA

FFAARRMMÁÁCCIIAA CCOOMMUUNNIITTÁÁRRIIAA

EE

FFAARRMMÁÁCCIIAA HHOOSSPPIITTAALLAARR

CCoooorrddeennaaddoo ppeelloo NNúúcclleeoo ddee EEssttáággiiooss ddaa FFaaccuullddaaddee ddee FFaarrmmáácciiaa ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee ddee LLiissbbooaa

LLIISSBBOOAA 22000022

Page 2: Manual Apoio Estagio

IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

O Regulamento dos Estágios e as respectivas Normas Programáticas têm constituído o suporte documental da organização e orientação dos Estágios de Pré-Licenciatura em Ciências Farmacêuticas. No entanto, desde há vários anos era sentida a necessidade de uma verdadeira ferramenta pedagógica, de utilização efectiva no quotidiano do Estágio, sendo este um tema recorrente nas reuniões do Núcleo de Estágios, e na nossa interacção com os Orientadores.

O presente Manual de Apoio ao Estágio de Licenciatura, foi elaborado pelos elementos do Núcleo de Estágios da Faculdade de Farmácia de Lisboa e por um grupo de colegas de Farmácia Comunitária e Hospitalar convidados para o efeito. Esta versão resultou de uma ampla colaboração que, além do contributo dos autores, beneficiou das sugestões das organizações profissionais, e de um grupo de colegas que se disponibilizou para um período de utilização experimental.. Para além da experiência pessoal de todos aqueles que contribuíram com a sua experiência e saber, foram utilizadas diversas fontes bibliográficas, com destaque para o Manual de Boas Práticas de Farmácia Comunitária e o Manual de Boas Práticas de Farmácia Hospitalar, editados pela Ordem dos Farmacêuticos.

Todo este processo decorreu durante ao longo do ano lectivo de 2001/2002, para o que muito contribuiu o impulso do Dr. José Aranda da Silva, e culminou na presente versão, à qual não gostaríamos de chamar final. O Manual deve ser visto como um documento dinâmico, sujeito aos melhoramentos que a sua utilização sugerir, e deverá reflectir a evolução da prática profissional. Um aspecto que desde já merece referência, é a necessidade de uma maior homogeneidade entre as secções de Farmácia Comunitária e Farmácia Hospitalar, aspecto que não deixaremos de ter em conta para a próxima versão.

Este Manual pretende, em suma, ser um guia para Orientadores e Estagiários, visando também a uniformização dos Estágios, e foi concebido de forma a abranger todas as áreas previstas nas Normas Programáticas. Está organizado por módulos, sendo para cada um deles indicados objectivos a atingir, os respectivos conteúdos e as metodologias recomendadas. No final de cada módulo de Farmácia Comunitária, incluiu-se uma grelha de objectivos, cujo preenchimento por parte do Estagiário e do seu Orientador, permitirá a ambos a monitorização da eficácia pedagógica do Estágio. Dada a diversidade dos locais de Estágio, haverá sempre alguns onde, pelas suas características, não será possível atingir todos os objectivos indicados. Também a sequência pela qual os diferentes temas são abordados deverá ser encarada com flexibilidade, pois a articulação dos conteúdos depende obviamente das características do local de Estágio. É desejo de todos os elementos do Núcleo de Estágios da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa que este Manual de Apoio ao Estágio de Licenciatura seja útil a todos os colegas que connosco colaboram e aos nossos Estagiários, e futuros colegas. Esperamos, e pensamos estarem reunidas as condições, para que constitua um instrumento pedagógico eficaz, que contribua para a uniformização dos Estágios, e para a sua melhoria contínua.

Os Docentes do Núcleo de Estágios:

Dr. Afonso Cavaco Dra Ana Paula Martins

Dr. António Groen Duarte Dr.ª Carla Barros

Dr.ª Fátima Falcão Dr.ª Filipa Duarte Ramos

Dr.ª Isalinda Bastos Prof. Dr. José Cabrita

Page 3: Manual Apoio Estagio

Colaboraram na elaboração do presente Manual:

Afonso Miguel Neves Cavaco

António Groen Duarte

Armando Alcobia

Fátima Falcão

Graça Morais Almeida

Helena Correia

Henrique Santos

Isalinda Bastos

José Aranda da Silva

Lúcia Martinez

Marta Pinto

Olga Freitas

Ondina Martins

Paula Iglésias

Page 4: Manual Apoio Estagio

PLANO DE ESTÁGIO - FARMÁCIA COMUNITÁRIA

1.º Módulo - Organização da Farmácia 1. Recursos humanos: funções e responsabilidades 2. Instalações e equipamentos: descrição e finalidade 3. A informática na Farmácia 4. Legislação farmacêutica 2.º Módulo - Informação e Documentação Científica 1. Documentação oficial 2. A biblioteca básica da Farmácia 3. Organização da documentação científica 4. Fontes de informação electrónicas 5. Centros de Informação 3.º Módulo - Os medicamentos e outros produtos de saúde 1. Os medicamentos em geral: formas farmacêuticas e classificação farmacoterapêutica 2. Medicamentos genéricos 3. Psicotrópicos e estupefacientes 4. Preparações oficinais e magistrais 5. Medicamentos e produtos farmacêuticos homeopáticos 6. Produtos fitoterapêuticos 7. Produtos para alimentação especial e dietéticos 8. Produtos cosméticos e dermofarmacêuticos 9. Dispositivos médicos 10. Medicamentos e produtos de uso veterinário 4.º Módulo - Aprovisionamento e Armazenamento 1. Fornecedores 2. Fichas de produto e ponto de encomenda 3. Critérios de aquisição 4. Realização de encomendas 5. Recepção e conferência de encomendas 6. Marcação de preços 7. Critérios e condições de armazenamento 8. Prazos de validade 9. Devoluções

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Page 5: Manual Apoio Estagio

5.º Módulo - Aspectos Básicos da Interacção Farmacêutico-Utente-Medicamento 1. A interacção com o utente 2. Aspectos éticos 3. Aspectos de comunicação 4. Uso racional do medicamento 5. Indicações terapêuticas 6. Posologia e modo de administração 7. Precauções de utilização e contra-indicações 8. Promoção da adesão à terapêutica 9. Interacções, efeitos indesejáveis e reacções adversas 10. Farmacovigilância 11. Conservação domiciliária de medicamentos 12. Conceito de acto farmacêutico 6.º Módulo - Dispensa de medicamentos 1. A prescrição médica 2. Validação da prescrição 3. Interpretação e avaliação farmacêutica 4. Medicamentos comparticipáveis 5. Subsistemas de Saúde e entidades comparticipadoras 6. A prescrição de psicotrópicos ou estupefacientes 7. Contactos com outros profissionais de Saúde 8. Aconselhamento farmacêutico 9. As necessidades de aconselhamento: utentes, patologias e medicamentos 10. Informação escrita e informação verbal 11. Aferição da eficácia do aconselhamento 12. Seguimento farmacoterapêutico 7.º Módulo – Automedicação 1. Controlo da razão risco/benefício na automedicação 2. Protocolos de actuação 3. Conselho e vigilância sobre a utilização inadequada de medicamentos 8.º Módulo – Aconselhamento e Dispensa de outros Produtos de Saúde 1. Produtos de dermofarmácia, cosmética e higiene 2. Produtos dietéticos para alimentação especial 3. Produtos dietéticos infantis 4. Fitoterapia e suplementos nutricionais (nutracêuticos) 5. Homeopatia 6. Medicamentos de uso veterinário 7. Dispositivos médicos: material de penso, material de ostomia, produtos para ortopedia, puericultura e

cuidados na gravidez e pós-parto, acessórios para cuidados dentários, acessórios para cuidados otológicos, acessórios para prevenção alérgica e doentes asmáticos, acessórios para os cuidados do diabético, acessórios diversos

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Page 6: Manual Apoio Estagio

9.º Módulo - Outros Cuidados de Saúde Prestados na Farmácia 1. Determinação de parâmetros bioquímicos e fisiológicos 2. Distribuição domiciliária de medicamentos 3. Programas de Educação para a Saúde 4. Protocolos da Diabetes, Asma e Hipertensão 5. Troca de seringas 6. Terapêutica de substituição com metadona 7. etc., etc. 10.º Módulo - Preparação de Medicamentos 1. Material e equipamento de laboratório 2. Preparações extemporâneas 3. Matérias primas e reagentes 4. Preparações oficinais e receituário magistral 5. Regimento de Preços dos Medicamentos Manipulados

11.º Módulo - Contabilidade e Gestão na Farmácia 1. Gestão e formação contínua de recursos humanos 2. Processamento de receituário e facturação 3. Articulação com os serviços de Contabilidade 4. Aspectos fiscais

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Page 7: Manual Apoio Estagio

PLANO DE ESTÁGIO - FARMÁCIA HOSPITALAR

1.º Módulo - Gestão e Organização dos Serviços Farmacêuticos 1. Organização e gestão do serviço 2. Gestão de existências 3. Sistemas e critérios de aquisição 4. Armazenamento de medicamentos 2.º Módulo - Distribuição 1. Sistemas de distribuição 2. Distribuição clássica 3. Reposição de stock por níveis 4. Distribuição personalizada 5. Distribuição individual diária em dose unitária 6. Distribuição a doentes em ambulatório 7. Medicamentos sujeitos a controlo especial 3.º Módulo - Produção e Controlo 1. Conceito integrado de garantia de qualidade 2. Preparação de misturas endovenosas 3. Preparação de formas farmacêuticas não estéreis 4. Reembalagem de medicamentos 4.º Módulo - Informação e Actividades de Farmácia Clínica 1. Critérios de selecção, registo e arquivo de informação 2. Apoio informativo a outros profissionais de saúde e comissões técnicas 3. Farmacovigilância 4. Participação nos ensaios clínicos 5. Nutrição assistida 6. Farmacocinética clínica 7. Acompanhamento da visita médica 8. Actividades farmacêuticas na enfermaria. Protocolos e linhas orientadoras de terapêutica 9. Comissões técnicas

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Page 8: Manual Apoio Estagio

FFAARRMMÁÁCCIIAA CCOOMMUUNNIITTÁÁRRIIAA

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Page 9: Manual Apoio Estagio

11..ºº MMÓÓDDUULLOO

OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO DDAA FFAARRMMÁÁCCIIAA

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivos gerais

No final deste módulo, o estagiário deverá:

Conhecer os princípios básicos da legislação farmacêutica em vigor

Reconhecer a Farmácia como local de prestação de cuidados de saúde

Saber caracterizar a estrutura da Farmácia em termos de espaço, equipamento e recursos humanos

Sentir-se parte integrante dessa estrutura

1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo o estagiário deverá ser capaz de:

Caracterizar, em traços gerais, o quadro legal em vigor para o sector das farmácias

Circunstanciar as alterações à prática impostas pela emissão de normativos legais e profissionais

(INFARMED; Ordem dos Farmacêuticos).

Particularizar a importância das informações e recomendações emanadas pelas associações

profissionais.

Citar a composição do quadro de pessoal da Farmácia e as funções de cada um dos seus elementos

Descrever as responsabilidades do director técnico, seus substitutos e adjuntos

Descrever o espaço físico da Farmácia e as suas divisões funcionais

Identificar os elementos exteriores e interiores distintivos da Farmácia

Descrever os equipamentos gerais e específicos da Farmácia

Identificar o parque informático, em termos de hardware e software

2. Conteúdos

2.1. Legislação Farmacêutica

Lei n.º 2125, de 20 de Março de 1965

Decreto-Lei n.º 48547, de 27 de Agosto de 1968

Legislação complementar

Estatuto da Ordem dos Farmacêuticos

Código Deontológico dos Farmacêuticos

Boas Práticas de Farmácia

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Page 10: Manual Apoio Estagio

2.2. Recursos humanos

Legislação aplicável

Código Deontológico dos Farmacêuticos

Boas Práticas de Farmácia

Política da Qualidade

Organigrama da Farmácia

2.3. Instalações e equipamentos

Legislação aplicável

Boas Práticas de Farmácia

Política da Qualidade

Planta da Farmácia e memória descritiva

Normas de higiene e segurança no trabalho, incluindo os procedimentos de emergência

Procedimentos básicos de utilização dos equipamentos

2.4. A informática na farmácia

Manual da Qualidade (caso exista)

A rede informática e as comunicações na Farmácia

Manual da aplicação/programa informático – Ficheiro de “Ajuda”

3. Metodologia

3.1. Legislação farmacêutica

Análise da legislação aplicável à farmácia e ao exercício farmacêutico, evidenciando como as peças

legais são uma forma de contrato entre a sociedade, representada pelo Estado, e a Farmácia, com vista

à satisfação de determinadas necessidades das populações

Referência ao papel auto-regulador desempenhado pela Ordem dos Farmacêuticos, bem como as suas

atribuições disciplinares

Leitura e interpretação dos tópicos da legislação aplicável ao quotidiano da Farmácia Comunitária

Análise do Código Deontológico da Ordem dos Farmacêuticos

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Page 11: Manual Apoio Estagio

3.2. Recursos humanos

Apresentação esquemática da estrutura laboral e das relações hierárquicas entre os colaboradores

Descrição das funções e responsabilidades de cada colaborador, com a participação dos próprios

3.3. Instalações e equipamentos

Referência aos elementos legais distintivos da Farmácia, tais como a designação social, o alvará, a

propriedade e a direcção técnica, bem como outros elementos que articulam o seu funcionamento com

o Estado (por exemplo, registo de cadastro comercial, números fiscal e de segurança social, filiação

associativa)

Alusão ao historial da Farmácia, características da comunidade onde se insere, principais actividades

que desenvolve e programas em que participa no âmbito dos cuidados de saúde

Referência aos aspectos exteriores distintivos da Farmácia (acessibilidades, fachada e sinalética,

montras, escala de serviços, etc.)

Referência aos requisitos legais referentes a instalações e equipamentos

Percurso pelos espaços da Farmácia, acompanhado com a descrição das actividades que aí têm lugar

Destaque sobre os aspectos relativos ao ambiente (luz, temperatura, humidade, ruído, etc.) e seu

controlo (iluminação, climatização, limpeza, isolamento acústico, etc.), em particular na sala de

atendimento ao público, no laboratório e no armazém

Caracterização presencial dos equipamentos existentes, incluindo o mobiliário relacionado com a

prestação do serviço farmacêutico

Descrição e breve demonstração do funcionamento dos instrumentos de medida existentes na área de

atendimento e no laboratório

Referência às precauções de utilização e aos procedimentos de manutenção desses equipamentos

Referência aos equipamentos de segurança obrigatórios por lei (saídas de emergência, extintores, etc.),

ao postigo para atendimento nocturno, assim como a outros equipamentos de segurança, caso existam

(circuito interno de TV, alarmes, detectores de incêndio).

3.4. A informática na farmácia

Descrição e caracterização geral do equipamento informático e de comunicações (computadores,

dispositivos de leitura óptica, impressoras, telefone, fax, etc.), com especial ênfase sobre os aspectos

práticos da sua utilização

Referência ao equipamento informático e substituição de consumíveis

Caracterização geral da aplicação informática utilizada, com referência à sua articulação com as áreas

funcionais da farmácia (vendas, encomendas, dicionários, facturação, etc) e à necessidade da sua

actualização

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Page 12: Manual Apoio Estagio

Diferenciação das várias perspectivas de utilização dos recursos informáticos: aspectos burocráticos,

aspectos técnico-científicos e aspectos de gestão

Realização exemplificativa de algumas tarefas sem apoio informático (recepção de um pedido, dispensa

de medicamentos prescritos, processamento do receituário de um subsistema pequeno)

OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO DDAA FFAARRMMÁÁCCIIAA

Grelha de Objectivos

Caracterizar, em traços gerais, o quadro legal em vigor para o sector das farmácias

Circunstanciar as alterações à prática impostas pela emissão de normativos legais e profissionais (INFARMED; Ordem dos Farmacêuticos).

Particularizar a importância das informações e recomendações emanadas pelas associações profissionais.

Citar a composição do quadro de pessoal da Farmácia e as funções de cada um dos seus elementos

Descrever as responsabilidades do director técnico, seus substitutos e adjuntos

Descrever o espaço físico da Farmácia e as suas divisões funcionais

Identificar os elementos exteriores e interiores distintivos da Farmácia

Descrever os equipamentos gerais e específicos da Farmácia

Identificar o parque informático, em termos de hardware e software

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Page 13: Manual Apoio Estagio

22..ºº MMÓÓDDUULLOO

IINNFFOORRMMAAÇÇÃÃOO EE DDOOCCUUMMEENNTTAAÇÇÃÃOO

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivos gerais

No final deste módulo, o estagiário deverá saber como localizar, seleccionar e recolher informação de

qualidade, através da utilização das diversas fontes de informação acessíveis na Farmácia.

1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo o aluno deverá ser capaz de:

Definir a necessidade da existência uma biblioteca básica de farmácia

Descrever a forma como a biblioteca de farmácia está organizada e de que forma se actualiza

Identificar as publicações de existência obrigatória nas farmácias, e saber utilizá-las

Reproduzir informação válida, relevante e actual, utilizando alternadamente fontes de informação

primárias (artigos científicos), secundárias (monografias, revisões bibliográficas) e terciárias (bases de

dados e índices)

Consultar um Centro de Documentação e Informação

2. Conteúdos

Definição legal das publicações de existência obrigatória nas farmácias

Boas Práticas de Farmácia

Critérios de organização e classificação da biblioteca da Farmácia

Centros de informação e documentação relevantes no contexto da Farmácia Comunitária (CIM,

CEDIME, CIMI, etc.)

3. Metodologia

Apresentação da biblioteca da Farmácia e da sua organização, com referência à origem das fontes de

informação, sua classificação, triagem e organização

Demonstração exemplificativa da utilidade das fontes de informação obrigatórias (Farmacopeia,

Formulário Galénico, Regimento Geral dos Preços, Estatutos da Ordem e Código Deontológico dos

Farmacêuticos)

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Page 14: Manual Apoio Estagio

Realização de pesquisas bibliográficas em fontes impressas e através de meios informáticos para a

elucidação de casos teóricos

Realização conjunta das pesquisas e/ou consultas necessárias para o esclarecimento de questões reais

que surjam no quotidiano

Realização conjunta de uma consulta a um Centro de Informação

IINNFFOORRMMAAÇÇÃÃOO EE DDOOCCUUMMEENNTTAAÇÇÃÃOO

Grelha de Objectivos

Definir a necessidade da existência de uma biblioteca básica de farmácia.

Descrever a forma como a biblioteca de farmácia está organizada e de que forma se actualiza.

Identificar as publicações de existência obrigatória nas farmácias, e saber utilizá-las.

Reproduzir informação válida, relevante e actual, utilizando alternadamente fontes de informação primárias (artigos científicos), secundárias (monografias, revisões bibliográficas) e terciárias (bases de dados e índices).

Consultar um Centro de Documentação e Informação.

Descrever o espaço físico da Farmácia e as suas divisões funcionais

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Page 15: Manual Apoio Estagio

33..ºº MMÓÓDDUULLOO

MMEEDDIICCAAMMEENNTTOOSS EE OOUUTTRROOSS PPRROODDUUTTOOSS DDEE SSAAÚÚDDEE

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivos gerais

No final deste módulo, o estagiário deverá:

Compreender o regime jurídico dos medicamentos e saber distingui-los dos outros produtos de saúde

Saber utilizar os sistemas de classificação mais utilizados em Farmácia Comunitária: classificação ATC,

classificação farmacoterapêutica, classificação por forma farmacêutica

Saber localizar os diferentes medicamentos e produtos de saúde nas instalações da Farmácia

1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Explicar a especificidade legal e técnica dos medicamentos, distinguindo-os dos outros produtos de

saúde

Definir com rigor os conceitos de medicamentos, substância psicotrópica, estupefaciente,

medicamento genérico, preparado oficinal, fórmula magistral

Identificar as diferentes gamas de produtos de saúde disponíveis na Farmácia

Verificar, com e sem a utilização da aplicação informática, a existência de qualquer medicamento ou

produto de saúde e localizá-lo nas instalações da Farmácia

Realizar uma actualização do dicionário de medicamentos na aplicação informática

2. Conteúdos

Decreto-Lei n.º 72/91, de 8 de Fevereiro e legislação complementar

Manual de Qualidade (se existir)

Procedimentos de arrumação dos medicamentos e produtos de saúde disponíveis na Farmácia

Utilização do sistema informático para localizar e quantificar as existências dos medicamentos e

produtos de saúde disponíveis na Farmácia

3. Metodologia

Leitura crítica do enquadramento legal e das respectivas normas de qualidade referentes aos

medicamentos e outros produtos de saúde existentes na Farmácia

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Page 16: Manual Apoio Estagio

Percurso acompanhado pelas instalações da Farmácia, com referência à localização dos diversos

medicamentos e outros produtos de saúde

Participação na arrumação dos medicamentos e produtos de saúde

Demonstração da utilidade da aplicação informática para verificar as existências de um medicamento

ou produto de saúde

Realização de uma actualização do dicionário de medicamentos na aplicação informática

MMEEDDIICCAAMMEENNTTOOSS EE OOUUTTRROOSS PPRROODDUUTTOOSS DDEE SSAAÚÚDDEE

Grelha de Objectivos

Explicar a especificidade legal e técnica dos medicamentos, distinguindo-os dos outros produtos de saúde.

Definir com rigor os conceitos de medicamentos, substância psicotrópica, estupefaciente, medicamento genérico, preparado oficinal, fórmula magistral.

Identificar as diferentes gamas de produtos de saúde disponíveis na Farmácia.

Verificar, com e sem a utilização da aplicação informática, a existência de qualquer medicamento ou produto de saúde e localizá-lo nas instalações da Farmácia.

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Page 17: Manual Apoio Estagio

44..ºº MMÓÓDDUULLOO

AAPPRROOVVIISSIIOONNAAMMEENNTTOO EE AARRMMAAZZEENNAAMMEENNTTOO

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivo geral

No final deste módulo o estagiário deverá ser capaz de executar de forma autónoma as funções

relacionadas com o aprovisionamento, armazenamento e gestão de existências dos medicamentos e

produtos de saúde disponíveis na Farmácia

1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Compreender e exemplificar critérios para a selecção de um fornecedor

Compreender e enunciar os critérios de aquisição dos diferentes medicamentos e produtos de saúde

Enumerar os critérios de armazenamento e garantir a sua aplicação

Determinar o ponto de encomenda

Criar uma ficha de um produto novo na aplicação informática

Elaborar, transmitir, recepcionar e conferir uma encomenda

Identificar os motivos que justificam uma devolução e processá-la correctamente

Desenvolver os procedimentos necessários no que respeita a medicamentos novos, alteração de

código, redimensionamento de embalagem, descomparticipação, retirada do mercado, de acordo com a

informação dos diversos organismos reguladores

Aplicar as margens legais de comercialização na marcação de preços

Executar correctamente o controlo de prazos de validade

2. Conteúdos

Manual de Qualidade (caso exista)

Critérios de selecção de fornecedores e de aquisição de produtos

Módulo de Encomendas da aplicação informática

Vantagens e desvantagens das diferentes modalidades de aquisição

Aspectos funcionais e técnicos do armazenamento e sua influência sobre a estabilidade e qualidade dos

produtos farmacêuticos

Utilização da informática no controlo dos prazoz de validade

Aspectos legais em vigor da marcação de preços

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Page 18: Manual Apoio Estagio

Aspectos legais da recepção de psicotrópicos e estupefacientes

Aspectos legais da recepção de matérias primas

3. Metodologia

Referência aos critérios para a selecção dos fornecedores diários, bem como aos fornecedores

ocasionais

Interpretação e preenchimento conjunto das fichas dos produtos tanto para os novos como para

promover alterações ou eliminações, relacionando esta informação com a execução das encomendas

Análise conjunta dos dados informáticos acerca dos consumos médios dos medicamentos e outros

produtos de saúde, demonstrando a sua importância para a adequada gestão das existências

Execução da recepção e conferência das encomendas

Execução conjunta da aplicação das margens de comercialização para definir o P.V.P de um produto

de saúde

Elaboração conjunta de uma encomenda e sua transmissão

AAPPRROOVVIISSIIOONNAAMMEENNTTOO EE AARRMMAAZZEENNAAMMEENNTTOO

Grelha de Objectivos

Compreender e exemplificar critérios para a selecção de um fornecedor.

Compreender e enunciar os critérios de aquisição dos diferentes medicamentos e produtos de saúde.

Enumerar os critérios de armazenamento e garantir a sua aplicação.

Determinar o ponto de encomenda.

Elaborar, transmitir, recepcionar e conferir uma encomenda.

Identificar os motivos que justificam uma devolução e processá-la correctamente.

Aplicar as margens legais de comercialização na marcação de preços.

Executar correctamente o controlo de prazos de validade.

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Page 19: Manual Apoio Estagio

55..ºº MMÓÓDDUULLOO

AASSPPEECCTTOOSS BBÁÁSSIICCOOSS DDAA IINNTTEERRAACCÇÇÃÃOO FFAARRMMAACCÊÊUUTTIICCOO--UUTTEENNTTEE--

MMEEDDIICCAAMMEENNTTOO

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivo Geral

No final deste módulo, o estagiário deverá dominar os princípios e técnicas que permitem a recolha e a

transmissão da informação necessária para conciliar necessidades e expectativas do utente, com a

promoção do uso racional do medicamento.

1.2. Objectivos Específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Citar os princípios éticos que devem nortear a interacção com o utente

Adequar a sua postura e linguagem ao nível sócio-cultural do utente

Prestar informação verbal e escrita ao utente, relativamente à posologia e ao modo de administração

dos medicamentos

Reconhecer como e quando transmitir ao utente informação relativa a precauções de utilização e

contra-indicações

Investigar a ocorrência de interacções, efeitos indesejáveis e reacções adversas dos medicamentos

Compreender, promover e aplicar os princípios da farmacovigilância

Promover a conservação adequada dos medicamentos no domicílio

Providenciar o correcto reencaminhamento dos medicamentos fora de uso

2. Conteúdos

A ética farmacêutica: credibilidade da informação, sigilo profissional e honestidade profissional

As boas práticas de dispensa e a importância da adesão aos regimes farmacoterapêuticos

Técnicas de comunicação: questionário, escuta, silêncio, confrontação, interpretação, empatia,

reafirmação e resumo

A comunicação escrita

Princípios para a conservação medicamentos no domicílio e inutilização dos medicamentos fora de uso

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Page 20: Manual Apoio Estagio

3. Metodologia

Referência aos princípios deontológicos aplicáveis à interacção utente-farmacêutico-medicamento

Revisão das características farmacológicas dos principais grupos farmacoterapêuticos

Diagnóstico e desenvolvimento das capacidades comunicacionais do estagiário, com referência a

técnicas de comunicação verbal, não verbal e escrita que facilitem a interacção com o utente

Demonstração prática da aplicação desses princípios durante a dispensa de medicamentos, com

envolvimento gradual do estagiário

Preenchimento de uma ficha de Notificação de Reacções Adversas de Medicamentos

Análise conjunta de um artigo publicado no Boletim de Farmacovigilância do INFARMED

Discussão dos princípios contidos no Manual Valormed e preenchimento de uma Ficha de Contentor

AASSPPEECCTTOOSS BBÁÁSSIICCOOSS DDAA IINNTTEERRAACCÇÇÃÃOO FFAARRMMAACCÊÊUUTTIICCOO--UUTTEENNTTEE--

MMEEDDIICCAAMMEENNTTOO

Grelha de Objectivos

Citar os princípios éticos que devem nortear a interacção com o utente.

Adequar a sua postura e linguagem ao nível sócio-cultural do utente.

Prestar informação verbal e escrita ao utente, relativamente à posologia e ao modo de administração dos medicamentos.

Reconhecer como e quando transmitir ao utente informação relativa a preocupações de utilização e contra-indicações.

Investigar a ocorrência de interacções, efeitos indesejáveis e reacções adversas dos medicamentos.

Compreender, promover e aplicar os princípios da farmacovigilância.

Promover a conservação adequada dos medicamentos no domicílio.

Providenciar o correcto reencaminhamento dos medicamentos fora de uso.

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Page 21: Manual Apoio Estagio

66..ºº MMÓÓDDUULLOO

DDIISSPPEENNSSAA DDEE MMEEDDIICCAAMMEENNTTOOSS

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivo Geral

No final deste módulo, o estagiário deverá saber efectuar de forma autónoma a dispensa de um

medicamento e o seguimento da sua utilização, de acordo com os requisitos farmacêuticos, éticos e legais,

recorrendo sempre que necessário, a fontes de informação, e aplicando os seus conhecimentos científicos

de modo a que o utente possa dispor de uma terapêutica medicamentosa efectiva e segura.

1.2. Objectivos Específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Efectuar com segurança a leitura das prescrições médicas

Efectuar a recepção administrativa da prescrição e confirmar a sua validade/autenticidade

Avaliar/interpretar (avaliação farmacêutica) a prescrição médica (aspectos terapêuticos, posologia,

contra-indicações, interacções, adequação ao indivíduo, aspectos sociais e económicos), recorrendo se

necessário a fontes de informação, de forma a reconciliar as intenções do prescritor com o problema

de saúde apresentado pelo doente

Comunicar com o doente ou com o prescritor para esclarecer alguma dúvida relacionada com a

prescrição

Interpretar os símbolos médicos mais comuns utilizados na prescrição (para posologia, duração do

tratamento, dose, intervalos, etc.)

Transmitir eficazmente a posologia e o modo de administração dos medicamentos que dispensa

Transmitir ao utente informação relacionada com precauções e contra–indicações dos medicamentos

Efectuar a dispensa de um medicamento sujeito a receita médica em urgência

Efectuar a verificação farmacêutica da receita médica (após a dispensa)

Utilizar a aplicação informática no contexto da dispensa de medicamentos

Reconhecer os princípios dos acordos existentes com o SNS e com as outras entidades

Enumerar os requisitos legais em vigor relativamente à dispensa de psicotrópicos/estupefacientes

Enunciar os princípios subjacentes aos diversos regimes de comparticipação

Dispensar um produto ao abrigo do protocolo de prevenção de diabetes

Caracterizar o enquadramento legislativo relativo à dispensa de genéricos

Descrever os fundamentos do seguimento farmacoterapêutico no âmbito dos cuidados farmacêuticos

Efectuar uma dispensa domiciliária de um medicamento

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Page 22: Manual Apoio Estagio

2. Conteúdos

Legislação referente à dispensa de medicamentos ao público

Manual de Qualidade (caso exista)

Boas Práticas de Farmácia

Acordos para dispensa de receituário ao SNS e entidades

Legislação de psicotrópicos e estupefacientes

Módulo de dispensa de medicamentos da aplicação informática

Protocolo Nacional de Prevenção da diabetes

Normas para dispensa domiciliária de medicamentos

Conceito de história farmacoterapêutica do utente

Protocolos de seguimento farmacêutico

3. Metodologia

Revisão da legislação aplicável à dispensa de medicamentos

Verificação farmacêutica sistemática do receituário dispensado, até conseguir efectuar com segurança a

leitura das prescrições de forma a desenvolver as capacidades de descodificação

Realização conjunta da avaliação/interpretação farmacoterapêutica da prescrição

Demonstração dos requisitos da dispensa de psicotrópicos/estupefacientes e referência aos respectivos

livros de registo

Revisão/estudo com consulta a fontes de informação dos medicamentos dos principais grupos

farmacoterapêuticos dispensados na farmácia ( especialmente da terapêutica da diabetes, hipertensão e

asma)

Pesquisa de informação durante a dispensa de medicamentos

Realização conjunta de uma dispensa domiciliária de um medicamento (FARMA 24)

19

Page 23: Manual Apoio Estagio

DDIISSPPEENNSSAA DDEE MMEEDDIICCAAMMEENNTTOOSS

Grelha de Objectivos

Efectuar com segurança a leitura das prescrições médicas

Efectuar a recepção administrativa da prescrição e confirmar a sua validade/autenticidade

Avaliar e interpretar a prescrição médica, reconciliando as intenções do prescritor com o problema de saúde apresentado pelo doente.

Comunicar com o doente ou com o prescritor para esclarecer alguma dúvida relacionada com a prescrição.

Interpretar os símbolos médicos mais comuns utilizados na prescrição

Transmitir eficazmente a posologia e o modo de administração dos medicamentos que dispensa.

Transmitir ao utente informação relacionada com precauções e contra–indicações dos medicamentos.

Efectuar a dispensa de um medicamento sujeito a receita médica em urgência.

Efectuar a verificação farmacêutica da receita médica (após a dispensa)

Utilizar a aplicação informática para a dispensa de medicamentos.

Reconhecer os princípios dos acordos existentes com o SNS e com as outras entidades.

Enumerar os requisitos legais em vigor relativamente à dispensa de psicotrópicos/estupefacientes

Dispensar um produto ao abrigo do protocolo de prevenção de diabetes.

Caracterizar o enquadramento legislativo relativo à dispensa de genéricos

Descrever os fundamentos do seguimento farmacoterapêutico

Efectuar uma dispensa domiciliária de um medicamento

20

Page 24: Manual Apoio Estagio

77..ºº MMÓÓDDUULLOO

AAUUTTOOMMEEDDIICCAAÇÇÃÃOO

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivo geral

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de prestar um serviço farmacêutico de qualidade no

âmbito da automedicação, favorecendo a segurança e a eficácia, tanto ao nível do aconselhamento e

dispensa de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), como no acompanhamento e

avaliação do seu uso.

1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Compreender e enunciar os princípios legais que regulamentam a automedicação

Distinguir entre medicamentos sujeitos e não sujeitos a receita médica

Identificar os quadros sintomáticos que exigem cuidados médicos

Enumerar e despistar os riscos da automedicação

Identificar claramente os quadros sintomáticos que requerem terapêutica medicamentosa, e distingui-

los dos que podem ser abordados apenas com medidas não farmacológicas

Efectuar a indicação farmacêutica de um MNSRM em face do quadro sintomático apresentado pelo

utente e da sua história farmacoterapêutica

Complementar a dispensa de um medicamento não sujeito a receita médica com as indicações

necessárias e suficientes para promover o seu uso racional (posologia, modo de administração,

precauções de utilização, contra-indicações, interacções, efeitos indesejáveis e reacções adversas)

Apontar, sempre que possível, medidas não farmacológicas complementares do regime

medicamentoso

Conhecer e aplicar protocolos em automedicação

2. Conteúdos

Requisitos legais para a classificação de MNSRM

Classes de MNSRM disponíveis no mercado

Terapêutica farmacológica e medidas não farmacológicas adequadas a cada patologia

Principais aspectos legais

Conjunto de perguntas a fazer ao utente

Protocolos em automedicação

21

Page 25: Manual Apoio Estagio

3. Metodologia

Revisão da composição e indicações terapêuticas dos MNSRM existentes na farmácia

Caracterização farmacoterapêutica das substâncias activas presentes nos MNSRM, tendo em atenção as

suas indicações, principais efeitos secundários, contra-indicações e interacções

Revisão das situações patológicas na área em que é admissível a automedicação, com especial ênfase

sobre o despiste de situações graves que podem ser confundidas com patologias menores

Avaliação crítica, à luz de critérios de racionalidade, dos MNSRM disponíveis, com especial incidência

sobre os medicamentos compostos: adequação face às indicações terapêuticas, eficácia, segurança e

balanço custo/benefício

Reflexão crítica sobre a imagem, cartonagem, folheto informativo e outros aspectos da sua publicidade

Observação presencial das solicitações dos utentes na área da automedicação

Estudo das principais perguntas a fazer em qualquer situação de aconselhamento na área da

automedicação . Estudo de protocolos já existentes

Elaboração de um protocolo à escolha do estagiário ou proposto pelo orientador

22

Page 26: Manual Apoio Estagio

AAUUTTOOMMEEDDIICCAAÇÇÃÃOO

Grelha de Objectivos

Compreender e enunciar os princípios legais que regulamentam a automedicação

Distinguir entre medicamentos sujeitos e não sujeitos a receita médica

Identificar os quadros sintomáticos que exigem cuidados médicos

Enumerar e despistar os riscos da automedicação

Identificar claramente os quadros sintomáticos que requerem terapêutica medicamentosa, e distingui-los dos que podem ser abordados apenas com medidas não farmacológicas

Efectuar a indicação farmacêutica de um MNSRM em face do quadro sintomático apresentado pelo utente e da sua história farmacoterapêutica

Complementar a dispensa de um medicamento não sujeito a receita médica com as indicações necessárias e suficientes para promover o seu uso racional (posologia, modo de administração, precauções de utilização, contra-indicações, interacções, efeitos indesejáveis e reacções adversas)

Apontar, sempre que possível, medidas não farmacológicas complementares do regime medicamentoso

Conhecer e aplicar protocolos em automedicação

23

Page 27: Manual Apoio Estagio

88..ºº MMÓÓDDUULLOO

AACCOONNSSEELLHHAAMMEENNTTOO EE DDIISSPPEENNSSAA DDEE OOUUTTRROOSS PPRROODDUUTTOOSS DDEE SSAAÚÚDDEE

NOTA: Devido à grande diversidade de produtos de saúde disponíveis nas farmácias, este módulo está

sistematizado de acordo com a terminologia mais corrente, individualizando objectivos, conteúdos e

metodologias para cada tipo de produto.

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivos gerais

No final deste módulo, o estagiário deverá saber aconselhar e dispensar correctamente os produtos de

saúde disponíveis na Farmácia, bem como demonstrar, acompanhar e avaliar a sua utilização.

A – PRODUTOS DE DERMOFARMÁCIA, COSMÉTICA E HIGIENE

A.1.2 Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Identificar e caracterizar os diversos produtos e gamas de dermofarmácia, cosmética e higiene

Efectuar uma abordagem crítica das potencialidades terapêuticas deste tipo de produtos

Enumerar os principais aspectos legais que condicionam os mesmos

Identificar por observação as principais patologias, imperfeições estéticas ou situações dermatológicas

para as quais os produtos são indicados, e, no caso das patologias, as linhas de orientação terapêutica

mais actualizadas

Diferenciar entre situações passíveis de correcção mediante um produto de dermofarmácia de outras

situações mais graves que requeiram atenção médica

Informar o utente acerca do correcto modo de aplicação do produto, eventuais efeitos adversos,

duração do tratamento, e outros condicionantes

A.1.3 Conteúdos

Produtos e gamas de dermofarmácia, cosmética e higiene

Legislação referente a estes produtos: Dec. Lei nº296/98 e Dec. Lei nº209/99.

Patologias dermatológicas para as quais são indicados estes produtos

Defeitos e imperfeições estéticas, para as quais existem cosméticos à venda na farmácia.

Outros problemas cutâneos ou das mucosas para os quais existem diversos produtos de higiene à

venda na farmácia

Princípios activos permitidos e não permitidos em dermocosmética. Condicionantes legais de doses permitidas.

24

Page 28: Manual Apoio Estagio

A.1.4 Metodologia

Referência aos diversos produtos, gamas de dermofarmácia, higiene e cosmética disponíveis na

farmácia

Análise da documentação técnico-científica referente aos produtos

Revisão sumária sobre a fisiologia da pele e sobre as linhas de tratamento das respectivas patologias

com recurso a produtos dermofarmcêuticos em exclusivo ou como medida adjuvante de terapêutica

farmacológica

Referência à classificação dos produtos tendo em conta a sua composição e adequação desta aos

parâmetros de terapêutica das patologias em questão, favorecendo o desenvolvimento de uma visão

crítica, independente dos aspectos publicitários, e baseada em critérios racionais de segurança, eficácia

e custo.

Elaboração de fichas resumo dos produtos disponíveis, agrupando os produtos de marcas diferentes

com indicações idênticas, permitindo a sua comparação

B – PRODUTOS DIETÉTICOS PARA ALIMENTAÇÃO ESPECIAL

B.1.2 Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Identificar e caracterizar a gama de produtos para alimentação especial disponíveis

Descrever as principais patologias ou situações que podem conduzir à necessidade de recurso a

alimentação especial

Descrever o esquema de comparticipação de alguns destes produtos pelos diversos subsistemas de

saúde

Efectuar correctamente a dispensa destes produtos e o aconselhamento, atendendo ao seu modo de

administração e factores condicionantes

B.1.3. Conteúdos

Produtos para a alimentação especial

Patologias e situações que obriguem ao recurso a alimentação especial

Legislação em vigor referente a estes produtos: Dec. Lei nº227/91 e 226/99, Port. 64/84 e 1138/92

Legislação referente à comparticipação pelo SNS destes produtos: Desp.9/85

Lista de produtos dietéticos comparticipados pelo SNS (Desp. 53/94) e condicionantes da sua

prescrição

Procedimentos para o correcto processamento de uma receita com produtos dietéticos, em termos de

facturação

25

Page 29: Manual Apoio Estagio

B.1.4. Metodologia

Referência aos produtos para alimentação especial disponíveis

Análise da documentação técnico-científica referente a estes produtos

Revisão sumária das patologias ou situações que conduzem à necessidade destes produtos

Análise dos aspectos legais da dispensa deste tipo de produtos, com especial incidência sobre a sua

comparticipação

Referência aos protocolos de aconselhamento para utentes que necessitem de alimentação especial,

sobretudo nos casos em que a intervenção farmacêutica é fundamental (Exemplos: doentes no pós-

operatório de cirurgia maxilo-facial, convalescentes que necessitem de um suplemento proteico ou

energético, idosos com má nutrição, grávidas e mulheres a amamentar)

C - PRODUTOS DIETÉTICOS INFANTIS

C.1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Enumerar os princípios da alimentação habitual da criança dos 0 aos 3 anos

Descrever os benefícios do aleitamento materno e de como o promover

Identificar e caracterizar os leites, farinhas e boiões existentes no mercado farmacêutico

Citar os principais aspectos de administração: dose de leite em pó e de água, cuidados com a

esterilização dos biberons e tetinas, etc.

Descrever os principais incómodos e patologias associados à alimentação do lactente e seus sintomas.

Identificar as principais situações que originam alterações ao esquema habitual da alimentação infantil

Enunciar o enquadramento legal da alimentação para lactentes

C.1.3. Conteúdos

Alimentação do lactente, aleitamento materno, necessidade de suplementação e alimentação com leite

artificial.

Legislação referente aos leites para lactentes: Dec. Lei nº220/99.

Regime de preços.

Métodos de esterilização de biberons e tetinas

Patologias relacionada com a alimentação do lactente

Classificação dos leites para lactentes

Farinhas lácteas e não lácteas, com ou sem glúten.

Alimentos em boião.

26

Page 30: Manual Apoio Estagio

C.1.4. Metodologia

Referência aos produtos para alimentação infantil disponíveis na Farmácia

Análise crítica dos rótulos e outra documentação sobre a composição, as indicações, as contra-

indicações e o modo de administração destes produtos

Revisão sumária sobre o aleitamento materno, incluindo os aspectos da legislação em vigor

Referência à utilização de suplementos dietéticos em crianças, e aos procedimentos a seguir na

alimentação mista ( leite materno + leite artificial), para prevenir abandono do aleitamento materno.

Referência à preparação e utilização de biberons e tetinas, com particular incidência sobre a correcta

diluição do leite e o controlo da temperatura

Demonstração prática da forma correcta de abordar as solicitações das utentes no âmbito da

alimentação infantil, com envolvimento gradual do estagiário

D - FITOTERAPIA E SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS

D.1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Identificar e caracterizar os vários produtos e gamas de fitoterapia e suplementos alimentares existentes

na farmácia

Realizar aconselhamento na área da fitoterapia e suplementos nutricionais com segurança

Enunciar os aspectos relacionados com os princípios activos existentes nas plantas dos produtos

fitoterapêuticos: processos de extracção, concentração do produto em princípio activo, eficácia

comprovada, dosagem e forma de administração, efeitos adversos, interacções e aspectos de

farmacovigilância

D.1.3. Conteúdos

Produtos de fitoterapia, incluindo plantas e princípios activos envolvidos nos produtos e evidência

científica de eficácia

Aspectos de farmacovigilância de produtos de fitoterapia (ex. Hypericum perforatum)

Suplementos nutricionais

Fórmulas mistas (extratos de plantas, sais minerais, vitaminas, etc.)

Situações disfuncionais susceptíveis de tratamento adjuvante com fitoterapia ou com suplementos

nutricionais

27

Page 31: Manual Apoio Estagio

D.1.4. Metodologia

Referência aos produtos e gamas de fitoterapia, assim como suplementos nutricionais, disponíveis na

farmácia.

Referência à classificação dos produtos fitoterapêuticos por planta ou princípio activo extraído da

mesma, comparando a concentração, os preços, etc.

Revisão sumária dos princípios farmacognósicos envolvidos na fitoterapia

Revisão sumária das patologias que comprovadamente beneficiam com a utilização adjuvante da

fitoterapia

E - HOMEOPATIA

E.1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Identificar e caracterizar os diversos produtos e gamas de homeopatia à venda na farmácia e conhecer

as suas indicações terapêuticas

Enunciar os princípios da homeopatia, e a legislação que regulamenta a comercialização destes

produtos

Reconhecer os limites da homeopatia, identificando os quadros patológicos que requeiram outro tipo

de terapêutica

Descrever os principais aspectos do modo de administração dos medicamentos homeopáticos

E.1.3. Conteúdos

Definição, fundamentos, princípios da homeopatia.

Medicamentos e produtos homeopáticos existentes no mercado farmacêutico

Principais patologias passíveis de tratamento homeopático

Legislação sobre homeopatia: Dec. Lei 94/95.

E.1.4. Metodologia

Referência aos produtos homeopáticos, e suas indicações terapêuticas

Análise crítica dos folhetos informativos, com especial atenção para a forma de administração

Revisão sumária da homeopatia, com recurso a fontes de informação

28

Page 32: Manual Apoio Estagio

F - MEDICAMENTOS DE USO VETERINÁRIO (M.U.V)

F.1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Enunciar os princípios fundamentais da legislação referente a M.U.V.

Identificar as principais situações patológicas em que são solicitados os M.U.V.

Identificar e caracterizar os diversos produtos e especialidades veterinárias à venda na farmácia.

Aconselhar medidas de profilaxia e higiene adequiadas às espécies animais mais frequentes

F.1.3. Conteúdos

Enquadramento legislativo: Dec. Lei nº184/97, entre outros.

Fisiologia e patologia dos animais para os quais são solicitados os M.U.V.

Medicamentos veterinários: princípios activos, doses, forma de administração.

Produtos para higiene animal

F.1.4. Metodologia

Referência aos M.U.V. mais solicitados pelos utentes, com particular incidência sobre as indicações

terapêuticas e modo de administração

Revisão sumária sobre os aspectos mais relevantes da saúde nos animais de companhia: alimentação,

higiene, esquemas de vacinação, luta anti-parasitária e contracepção

G - DISPOSITIVOS MÉDICOS (D.M.)

G.1.2. Objectivos específicos

No final o aluno deve ser capaz de:

Identificar os requisitos legais referentes aos D.M., em Portugal e na Europa

Enumerar as diversas classes de D.M. existentes na farmácia

Identificar e caracterizar os D.M. que a farmácia comercializa, e o seu papel como adjuvantes,

preventivos, curativos na patologia ou situação de saúde para as quais são indicados

Demonstrar os principais aspectos de funcionamento e modo de utilização dos D.M.

29

Page 33: Manual Apoio Estagio

G.1.3. Conteúdos

Legislação em vigor sobre DM: Dec. Lei nº273/95, com destaque para a definição de dispositivo

médico, critérios de classificação, classes, organismos de tutela, sistema de garantia de qualidade, e

marcação CE.

Notificação em relação a D.M. (Centro Nacional de vigilância de D.M.)

Principais grupos de D.M. à venda nas farmácias

Patologias ou situações às quais os D.M. se destinam

G.1.4. Metodologia

Aanálise crítica da legislação em vigor, com particular incidência sobre os requisitos de classificação

dos D.M.

Referência aos D.M. disponíveis na farmácia, suas indicações e modo de utilização

Análise sistemática da documentação técnica dos D.M. mais solicitados pels utentes

Referência ao sistema de notificação ao INFARMED de reacções adversas e de irregularidades

referentes aos D.M.

30

Page 34: Manual Apoio Estagio

AACCOONNSSEELLHHAAMMEENNTTOO EE DDIISSPPEENNSSAA DDEE OOUUTTRROOSS PPRROODDUUTTOOSS DDEE SSAAÚÚDDEE

Grelha de Objectivos

A-PRODUTOS DE DERMOFARMÁCIA, COSMÉTICA E HIGIENE Identificar e caracterizar os diversos produtos e gamas de dermofarmácia, cosmética e higiene Efectuar uma abordagem crítica das potencialidades terapêuticas deste tipo de produtos Enumerar os principais aspectos legais que condicionam os mesmos

Identificar por observação as principais patologias, imperfeições estéticas ou situações dermatológicas para as quais os produtos são indicados, e, no caso das patologias, as linhas de orientação terapêutica mais actualizadas

Diferenciar entre situações passíveis de correcção mediante um produto de dermofarmácia de outras situações mais graves que requeiram atenção médica

Informar o utente acerca do correcto modo de aplicação do produto, eventuais efeitos adversos, duração do tratamento, e outros condicionantes

B – PRODUTOS DIETÉTICOS PARA ALIMENTAÇÃO ESPECIAL Identificar e caracterizar a gama de produtos para alimentação especial disponíveis

Descrever as principais patologias ou situações que podem conduzir à necessidade de recurso a alimentação especial

Descrever o esquema de comparticipação de alguns destes produtos pelos diversos subsistemas de saúde

Efectuar correctamente a dispensa destes produtos e o aconselhamento, atendendo ao seu modo de administração e factores condicionantes

C - PRODUTOS DIETÉTICOS INFANTIS Enumerar os princípios da alimentação habitual da criança dos 0 aos 3 anos Descrever os benefícios do aleitamento materno e de como o promover Identificar e caracterizar os leites, farinhas e boiões existentes no mercado farmacêutico

Citar os principais aspectos de administração: dose de leite em pó e de água, cuidados com a esterilização dos biberons e tetinas, etc.

Descrever os principais incómodos e patologias associados à alimentação do lactente e seus sintomas.

Identificar as principais situações que originam alterações ao esquema habitual da alimentação infantil

Enunciar o enquadramento legal da alimentação para lactentes

31

Page 35: Manual Apoio Estagio

D - FITOTERAPIA E SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS

Identificar e caracterizar os vários produtos e gamas de fitoterapia e suplementos alimentares existentes na farmácia

Realizar aconselhamento na área da fitoterapia e suplementos nutricionais com segurança Enunciar os aspectos relacionados com os princípios activos existentes nas plantas dos produtos fitoterapêuticos

E - HOMEOPATIA Identificar e caracterizar os diversos produtos e gamas de homeopatia à venda na farmácia e conhecer as suas indicações terapêuticas

Enunciar os princípios da homeopatia, e a legislação que regulamenta a comercialização destes produtos

Reconhecer os limites da homeopatia, identificando os quadros patológicos que requeiram outro tipo de terapêutica

Descrever os principais aspectos do modo de administração dos medicamentos homeopáticos F - MEDICAMENTOS DE USO VETERINÁRIO (M.U.V) Enunciar os princípios fundamentais da legislação referente a M.U.V.

Identificar as principais situações, e para que tipo de animais, em que são solicitados os M.U.V. na farmácia onde está a estagiar.

Identificar e caracterizar os diversos produtos e especialidades veterinárias à venda na farmácia.

Aconselhar medidas de profilaxia e higiene adequiadas às espécies animais mais frequentes G - DISPOSITIVOS MÉDICOS (D.M.) Identificar os requisitos legais referentes aos D.M., em Portugal e na Europa

Enumerar as diversas classes de D.M. existentes na farmácia

Identificar e caracterizar os D.M. que a farmácia comercializa, e o seu papel como adjuvantes, preventivos, curativos na patologia ou situação de saúde para as quais são indicados

Demonstrar os principais aspectos de funcionamento e modo de utilização dos D.M.

32

Page 36: Manual Apoio Estagio

99..ºº MMÓÓDDUULLOO

OOUUTTRROOSS CCUUIIDDAADDOOSS DDEE SSAAÚÚDDEE PPRREESSTTAADDOOSS NNAA FFAARRMMÁÁCCIIAA

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivo geral

No final deste módulo, o estagiário deverá:

Conhecer os fundamentos e as técnicas de medição dos diferentes parâmetros bioquímicos e

fisiológicos determinados no local de estágio

Conhecer as funções do farmacêutico na distribuição domiciliária de medicamentos

Conhecer e realizar todas as actividades dos diferentes programas de acompanhamento de

utentes/doentes que estejam em curso no local de estágio

1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo o estagiário deve ser capaz de:

Utilizar correctamente todos os aparelhos e restante material (tiras teste, reagentes, etc.) necessários à

execução das determinações de parâmetros bioquímicos e fisiológicos que se executem no local de

estágio

Identificar e resolver, com recurso à documentação específica, eventuais problemas relacionados com

os diferentes aparelhos

Executar as técnicas das diferentes determinações

Reconhecer as condições ideais para a realização dessas determinações

Indicar o intervalo de valores normais para cada um dos parâmetros que determina

Enunciar as patologias que originam a necessidade de realização de alguns desses testes

Identificar os fármacos mais utilizados nessas patologias

Executar registos dos resultados, de forma correcta

Identificar os temas que devem ser abordados com os utentes que recorrem a esses serviços na

farmácia e qual a melhor forma de o fazer. Exemplos: terapêutica não farmacológica, adesão à

terapêutica, etc.

Identificar, perante os resultados obtidos, quando encaminhar o utente / doente ao médico.

Decidir quando é necessário comunicar com o médico assistente do utente / doente.

33

Page 37: Manual Apoio Estagio

1.3. Conteúdos

Procedimentos de utilização dos instrumentos e respectivos acessórios, utilizados para as diferentes

determinações de parâmetros bioquímicos e fisiológicos

Protocolos dos programas de acompanhamento de utentes / doentes em curso na farmácia

1.4. Metodologia

Análise dos manuais dos diferentes aparelhos, com vista ao conhecimento da técnica de utilização,

calibração, limite superior e inferior de leitura, tipo de tiras diagnóstico utilizadas (quando for caso

disso), manutenção necessária do aparelho, etc.

Estudo dos protocolos dos programas de acompanhamento de utentes / doentes em curso na

farmácia, com a finalidade de conhecer os objectivos a alcançar, os critérios de escolha dos utentes /

doentes a incluir, metodologia e avaliação de resultados.

Revisão das patologias mais usuais, nomeadamente no que respeita a sinais, sintomas e valores normais

de alguns parâmetros fisiológicos ou bioquímicos associados, não esquecendo os factores de risco

associados e aprofundando os principais grupos de fármacos utilizados, assim como a terapêutica não

farmacológica mais aconselhada.

Referência ao material de apoio ao utente existente e revisão conjunta desse material Exemplo:

folhetos a distribuir aos utentes

Demonstração do correcto preenchimento dos “cartões” de registo dos resultados ou de fichas de

perfil farmacoterapêutico

Demonstração da forma correcta de interagir com o utente durante a preparação e determinação dos

parâmetros fisiológicos e bioquímicos, com envolvimento gradual do estagiário

Colocação em prática das técnicas de determinação em “voluntários” da equipa da farmácia, antes de

passar à execução em utentes

34

Page 38: Manual Apoio Estagio

OOUUTTRROOSS CCUUIIDDAADDOOSS DDEE SSAAÚÚDDEE PPRREESSTTAADDOOSS NNAA FFAARRMMÁÁCCIIAA

Grelha de Objectivos

Utilizar correctamente todos os aparelhos e restante material (tiras teste, reagentes, etc.) necessários à execução das determinações de parâmetros bioquímicos e fisiológicos que se executem no local de estágio

Identificar e resolver, com recurso à documentação específica, eventuais problemas relacionados com os diferentes aparelhos

Executar as técnicas das diferentes determinações

Reconhecer as condições ideais para a realização dessas determinações

Indicar o intervalo de valores normais para cada um dos parâmetros que determina

Enunciar as patologias que originam a necessidade de realização de alguns desses testes

Identificar os fármacos mais utilizados nessas patologias

Executar registos dos resultados, de forma correcta

Identificar os temas que devem ser abordados com os utentes que recorrem a esses serviços na farmácia e qual a melhor forma de o fazer.

Identificar, perante os resultados obtidos, quando encaminhar o utente / doente ao médico.

Decidir quando é necessário comunicar com o médico assistente do utente / doente

35

Page 39: Manual Apoio Estagio

1100..ºº MMÓÓDDUULLOO

PPRREEPPAARRAAÇÇÃÃOO DDEE MMEEDDIICCAAMMEENNTTOOSS

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivo geral

No final deste módulo o aluno deverá:

Conhecer os aspectos legais, éticos e farmacêuticos relativos à preparação de um medicamento no

laboratório da farmácia comunitária

Saber preparar um manipulado, efectuar os respectivos registos e controlo de qualidade

Saber seleccionar a embalagem de acondicionamento e elaborar o respectivo rótulo.

1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deve ser capaz de:

Descrever os aspectos gerais da organização de um laboratório de preparação de medicamentos

(manipulados) numa farmácia

Identificar os aspectos técnicos mais importantes aplicáveis às instalações. Exemplos: normas de

limpeza e segurança dos locais, tipo de materiais das superfícies, extracção de fumos, Hotte, etc.

Efectuar o controlo de temperatura e humidade do laboratório. Exemplos: controlo das condições

ambientais e frigorifico, se aplicável.

Identificar as listas obrigatórias de matérias primas e de material de laboratório.

Efectuar a entrada de matéria-prima, o respectivo controlo de qualidade e armazenamento.

Identificar a legislação e os aspectos técnicos referentes às condições de armazenamento das matérias

primas e determinação da validade das mesmas.

Caracterizar e preencher uma ficha de recepção de matérias primas.

Identificar os diversos materiais e tipos de embalagem (pvc, pp, papel, vidro, conta-gotas, tampas e

rolhas).

Interpretar/avaliar uma prescrição magistral, identificando as principais abreviaturas médicas ( ex.: ãã,

f.s.a ., q.b.p.)

Caracterizar as unidades de medida e os cálculos mais importantes utilizados na preparação oficinal de

medicamentos.

Executar preparações magistrais e oficinais e respectivo controlo de qualidade.

Enunciar as principais operações farmacêuticas necessárias à preparação de medicamentos

manipulados.

36

Page 40: Manual Apoio Estagio

Seleccionar e utilizar com técnica adequada os diferentes equipamentos de laboratório. Exemplos:

diferentes buretas, pipetas, provetas e matrases na medição de volumes; balanças de laboratório de

acordo com a pesagem em causa, incluindo os conceitos de carga mínima, erro de pesagem,

sensibilidade da balança, calibração periódica e verificação periódica.

Preencher uma ficha de manipulação (atribuindo o respectivo n.º de lote no copiador de receituário).

Calcular o preço dos medicamentos preparados pelo Regimento Geral de Preços.

Efectuar a rotulagem de manipulados assim como conhecer o respectivo enquadramento legal

obrigatório,. Exemplos: “uso externo”, “inflamável”, etc.

Atribuir a validade ao produto acabado com base nos conhecimentos adquiridos sobre estabilidade e

conservação dos mesmos.

Definir os conceitos de matérias primas “não-estéreis” e matérias primas estéreis, assim como as

técnicas de manipulação aplicáveis à obtenção de produto acabado estéril ou “não-estéril”

Enunciar as especificações da água purificada para preparação de medicamentos (incluindo suspensão

extemporâneas de antibióticos), sua preparação e conservação na farmácia, se for caso disso.

Consultar a bibliografia adequada e necessária para a preparação de manipulados. Exemplos:

especificações da FP para as formas farmacêuticas mais comuns (comprimidos, supositórios, colírios,

pomadas e cremes, cápsulas, xaropes, soluções, suspensões e injectáveis); ensaios mais comuns

(uniformidade de conteúdo, uniformidade de massa, doseamento, etc.) no controlo de qualidade dos

mesmos.

Enquadrar os medicamentos manipulados no regime de comparticipações em vigor com o SNS e as

diversas entidades.

2. Conteúdos

Legislação referente a preparação de medicamentos Desp 18/91, incluindo bibliografia oficial e

complementar. Exemplos: Farmacopeia VI (e anexos 1998, 1999 e 2000), Farmacopeia IV, Formulário

Galénico Nacional (1969).

Boas Práticas de Laboratório e legislação sobre Higiene e Segurança em laboratório.

Regimento Geral dos Preços de Medicamentos e Manipulações.

Documentação do laboratório (ficha de matérias primas, ficha de manipulação, rótulos das matérias

primas, livro copiador de receituário, normas de trabalho, folhas de registo de calibração /verificação

do equipamento).

Listagens de matérias primas e reagentes, material de laboratório e respectivo equipamento

Materiais de embalagem de manipulados e material de rotulagem (frascos, caixas, rótulos de produto

acabado).

Prescrições magistrais e preparações oficinais.

Acordos para dispensa de manipulados ao SNS e entidades

37

Page 41: Manual Apoio Estagio

3. Metodologia

Ao aluno deve ser apresentado o laboratório e a sua organização, salientando todos os aspectos

relacionados com a segurança na manipulação de matérias primas e produtos químicos, cuidados a ter

com os equipamentos de modo a evitar a contaminação das mesmas (cruzada ou bacteriana).

Dar a conhecer os equipamentos e material de laboratório, consultando os respectivos procedimentos

de utilização existentes.

Registo de uma entrada (e respectivo controlo), sob a supervisão do orientador, de uma matéria prima.

Preenchimento de uma ficha de manipulação e respectivos cálculos farmacêuticos.

Elaboração de pelo menos um exemplo de cada uma das seguintes formas farmacêuticas: sSolução,

Suspensão e Pomada ou creme.

Realização da pesquisa bibliográfica prévia à preparação de um manipulado, consultando a legislação

referente à preparação de manipulados na farmácia e estudando as especificações descritas na

Farmacopeia Portuguesa para as formas a preparar.

Deve proceder à embalagem e rotulagem do medicamento preparado, evidenciando a correcta

utilização do Regimento Geral de Preços para calculo do preço do medicamento preparado.

Deve proceder à consulta de legislação referente à Higiene e Segurança no Trabalho e Boas Práticas de

Laboratório aplicáveis.

Aconselha-se que o aluno faça a leitura de alguns textos, em particular o capítulo das “Prescrições

Gerais” da Farmacopeia VI, a monografia de “Água Purificada” na FP VI, e as Boas Práticas de

Farmácia (Norma 2 e 4)

O aluno deve ainda efectuar durante 30 dias o controlo das condições de temperatura e humidade do

laboratório e frigorifico, se aplicável.

38

Page 42: Manual Apoio Estagio

PPRREEPPAARRAAÇÇÃÃOO DDEE MMEEDDIICCAAMMEENNTTOOSS

Grelha de Objectivos

Descrever os aspectos gerais da organização de um laboratório de preparação de medicamentos (manipulados) numa farmácia

Identificar os aspectos técnicos mais importantes aplicáveis às instalações.

Efectuar o controlo de temperatura e humidade do laboratório.

Identificar as listas obrigatórias de matérias primas e de material de laboratório.

Efectuar a entrada de matéria-prima, o respectivo controlo de qualidade e armazenamento.

Identificar a legislação e os aspectos técnicos referentes às condições de armazenamento das matérias primas e determinação da validade das mesmas.

Caracterizar e preencher uma ficha de recepção de matérias primas.

Identificar os diversos materiais e tipos de embalagem

Interpretar/avaliar uma prescrição magistral, identificando as principais abreviaturas médicas

Caracterizar as unidades de medida e os cálculos mais importantes utilizados na preparação oficinal de medicamentos.

Executar preparações magistrais e oficinais e respectivo controlo de qualidade.

Enunciar as principais operações farmacêuticas necessárias à preparação de medicamentos manipulados.

Seleccionar e utilizar com técnica adequada os diferentes equipamentos de laboratório.

Preencher correctamente o copiador de receituário.

Preencher uma ficha de manipulação

Calcular o preço dos medicamentos preparados pelo Regimento Geral de Preços.

Efectuar a rotulagem de manipulados assim como conhecer o respectivo enquadramento legal obrigatório

Atribuir a validade ao produto acabado com base nos conhecimentos adquiridos sobre estabilidade e conservação dos mesmos.

Definir os conceitos de matérias primas “não-estéreis” e matérias primas estéreis, assim como as técnicas de manipulação aplicáveis à obtenção de produto acabado estéril ou “não-estéril”

Enunciar as especificações da água purificada para preparação de medicamentos

Consultar a bibliografia adequada e necessária para a preparação de manipulados.

Enquadrar os medicamentos manipulados no regime de comparticipações em vigor com o SNS e as diversas entidades.

39

Page 43: Manual Apoio Estagio

1111..ºº MMÓÓDDUULLOO

CCOONNTTAABBIILLIIDDAADDEE EE GGEESSTTÃÃOO NNAA FFAARRMMÁÁCCIIAA

1. Objectivos do módulo

1.1. Objectivos gerais

No final deste módulo, o estagiário deverá:

Conhecer a legislação laboral aplicável no âmbito da Farmácia Comunitária, e colaborar de uma forma

activa na formação contínua de recursos humanos

Dominar as principais actividades relacionadas com o processamento de receituário e facturação a

entidades comparticipadoras

Conhecer os aspectos funcionais e legais dos diversos dos documentos contabilísticos e compreender

as metodologias de organização e arquivo dessa documentação

Compreender as diversas formas de incidência fiscal no contexto da Farmácia Comunitária

1.2. Objectivos específicos

No final deste módulo, o estagiário deverá ser capaz de:

Compreender e citar os factores que condicionam a atribuição de funções e responsabilidades entre os

vários colaboradores da Farmácia

Enunciar os princípios gerais da legislação laboral aplicável no contexto da Farmácia Comunitária:

regimes de laboração, obrigações contributivas, horário, férias, contratos colectivos e tabelas de

remuneração

Conceber, planificar e realizar uma sessão de formação (máximo de 30 minutos) dirigida à equipa de

trabalho onde está integrado

Identificar os requisitos legais e administrativos das várias fases do processamento de receituário, e

facturação a entidades comparticipadoras.

Efectuar de forma correcta e autónoma as tarefas relacionadas com o processamento de receituário e

facturação: fecho de lotes, emissão dos respectivos verbetes, impressão da relação-resumo de lotes e

emissão das facturas mensais

Caracterizar, nos seus aspectos funcionais e legais, os seguintes documentos contabilísticos: guia de

remessa, factura, recibo, nota de devolução, nota de crédito, inventário e balancete

Citar os princípios gerais que regulam o IRS, o IRC e o IVA no contexto da Farmácia Comunitária

40

Page 44: Manual Apoio Estagio

2. Conteúdos

2.1. Gestão e formação contínua de recursos humanos

Boas Práticas de Farmácia

Princípios da legislação com aplicação à gestão de recursos humanos em Farmácia Comunitária

Manuais de formação dos diversos colaboradores

2.2. Processamento de receituário e facturação

Módulo de facturação da aplicação informática

Normativo em vigor relativo ao processamento de receituário e facturação

2.3. Articulação com os serviços de contabilidade

Apesar do recurso a empresas de contabilidade ser cada vez mais a regra, o Farmacêutico deverá ter

noções mínimas, que lhe permitam fazer a ligação com esses serviços e interpretar a informação por eles

fornecida. Quando se fala de contabilidade e gestão, é incontornável falar de toda uma panóplia de

documentos que a toda a hora chegam à Farmácia, e cuja organização é central para o seu bom

funcionamento. É por isso fundamental saber distinguir esses diversos documentos, tanto numa

perspectiva funcional (para que servem e que informação veiculam), como nos aspectos legais (quais

devem ser mantidos e durante quanto tempo).

2.4. Aspectos Fiscais

No contexto da fiscalidade, aplicam-se em grande medida as considerações referidas para a contabilidade.

Pretende-se aqui dotar o Estagiário de um conhecimento geral, mas rigoroso, dos mecanismos fiscais

(escalões, taxas, incidência sobre bens, serviços e rendimentos, declarações, deduções, retenções e

pagamentos) relativos ao IVA, IRS e IRC.

3. Metodologia

3.1. Gestão e formação contínua de recursos humanos

Reflexão sobre os factores que condicionam a distribuição diferenciada de funções e responsabilidades

entre os vários colaboradores da Farmácia e sua influência sobre a formação contínua

Leitura crítica dos diplomas mais relevantes da legislação laboral aplicável em Farmácia Comunitária,

que deverão ser discutidos com o Orientador.

41

Page 45: Manual Apoio Estagio

O estagiário deverá, em conjunto com o orientador, seleccionar um tema considerado de interesse para

toda a equipa e planificar uma sessão de formação com a duração de cerca de 30 minutos

3.2. Processamento de recituário e facturação

Deverão ser recapitulados os diversos requisitos respeitantes à validade das prescrições, ao seu loteamento

e à emissão dos documentos de facturação. Como actividade prática, propõe-se que durante o último mês

de Estágio e sob supervisão do Orientador, o Estagiário assuma todas as tarefas relacionadas com o

processamento de receituário e facturação, para um determinado subsistema.

3.3. Articulação com os serviços de contabilidade

Na rotina da Farmácia Comunitária, os documentos contabilísticos mais correntes são as guias de remessa,

as facturas, os recibos, as notas de devolução, as notas de crédito, o inventário e o balancete. Sugere-se

que, à vista de um exemplo de cada um destes documentos, o Estagiário seja esclarecido quanto aos

aspectos funcionais e legais acima referidos. Sugere-se, para esta actividade, a colaboração com os serviços

de contabilidade.

3.4. Aspectos Fiscais

Recapitulação dos princípios regulamentares do IVA, do IRC e do IRS, no contexto da Farmácia

Comunitária, com recurso a documentação contabilística que permita a sua compreensão. Sugere-se, para

esta actividade, a colaboração com os serviços de contabilidade.

CCOONNTTAABBIILLIIDDAADDEE EE GGEESSTTÃÃOO NNAA FFAARRMMÁÁCCIIAA

Grelha de Objectivos

Compreender e citar os factores que condicionam a atribuição de funções e responsabilidades entre os vários colaboradores da Farmácia

Enunciar os princípios gerais da legislação laboral aplicável no contexto da Farmácia Comunitária

Conceber, planificar e realizar uma sessão de formação (máximo de 30 minutos) dirigida à equipa de trabalho onde está integrado

Identificar os requisitos legais e administrativos das várias fases do processamento de receituário, e facturação a entidades comparticipadoras.

Efectuar de forma correcta e autónoma as tarefas relacionadas com o processamento de receituário e facturação

Caracterizar, nos seus aspectos funcionais e legais, os seguintes documentos contabilísticos: guia de remessa, factura, recibo, nota de devolução, nota de crédito, inventário e balancete

Citar os princípios gerais que regulam o IRS, o IRC e o IVA no contexto da Farmácia Comunitária

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Page 46: Manual Apoio Estagio

Bibliografia de Apoio

Farmacopeia VI - Edição Oficial.. Lisboa, 1997 ( e anexos 1998, 1999 e 2000)

Farmacopeia IV - Edição Oficial. Lisboa, 1935

Formulário Galénico Português. Lisboa: Imprensa Nacional, 1969

Winfield, A. J.; Richards, R.M.E, Pharmaceutical Practice.. Edinburgo: Churchill Livingstone,

1998

Ordem dos Farmacêuticos/Associação Nacional das Farmácias. Boas Práticas de Farmácia -

Manual de Objectivos de Qualidade., Lisboa, 1997

Ordem dos Farmacêuticos/Associação Nacional das Farmácias/Grupo Farmacêutico da União

Europeia Boas Práticas de Farmácia., Lisboa, 1995

Prista, L. N. e outros. Técnica Farmacêutica e Farmácia Galénica. Lisboa: Fundação Calouste

Gulbenkian, 1975

Nogueira, A.L.Alguns Problemas da Posologia em Pediatria. Publicações Farmácia Portuguesa,

1995

Cohen-Letessier, A. Preparations Magistrales en Dermatologie. Paris, 1990

Fernandez-Montes, E. A. Formulário Magistral de Medicamentos de Uso Dermatológico. Editorial

Ciência, s/d

Hager Tratado de Farmácia Prática. Madrid: Editorial Labor, 1942

Costa, A. F. Farmacognosia. 3ª ed., Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984

Le Hir, A. Noções de Farmácia Galénica. S. Paulo: Andrei Editora, 1997

Mesquita, A. Direito Farmacêutico Anotado. 2.ª ed. Lisboa: Publicações Farmácia Portuguesa,

2000

Ordem dos Farmacêuticos. Código Deontológico dos Farmacêuticos, Lisboa, 1998

De Vries e outros. Guia para a boa prescrição médica.– Programa de Acção sobre Medicamentos

Essenciais, Porto Alegre: O.M.S., 1998

British Medical Association/Royal Pharmaceutical Society of Great Britain. British National

Formulary. 41.ª Ed., Londres, 2001

INFARMED, Prontuário Terapêutico 2

43

Page 47: Manual Apoio Estagio

FFAARRMMÁÁCCIIAA HHOOSSPPIITTAALLAARR

44

Page 48: Manual Apoio Estagio

1.ºMÓDULO

GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS

O estagiário deverá conhecer de forma global o Sistema de Aprovisionamento e Gestão dos Serviços

Farmacêuticos, enquadrando-o no Manual de Boas Práticas da Farmácia Hospitalar e na legislação em

vigor sobre esta matéria.

1. Organização e Gestão do Serviço:

Introdução:

Os Serviços Farmacêuticos são departamentos com autonomia técnica, que estão sujeitos à orientação

geral dos órgãos da Administração, perante os quais respondem pelos resultados do seu exercício. Estão

organizados de forma diversa nas várias Instituições, enquadrados numa estrutura complexa e em

constante alteração. Da sua organização e gestão depende a prestação correcta dos Cuidados

Farmacêuticos, absolutamente imprescindíveis no ambiente hospitalar.

Objectivo:

Apresentação dos Serviços Farmacêuticos ao aluno (pelo(a) Director(a) ou Responsável do Serviço).

Perspectivar o estágio que se irá iniciar.

Entrega do manual de procedimentos de cada Secção.

O estagiário deverá conhecer:

o horário de funcionamento dos Serviços Farmacêuticos (S.F.)

os recursos humanos disponíveis e suas funções

os vários sectores de actividade, equipamento e sua localização nos S.F.

o plano e relatório de actividades

a natureza e competência dos órgãos de Administração, Direcção Técnica, Apoio Técnico e de

Participação e Consulta

Avaliação:

Do diálogo estabelecido deve aferir-se o grau de integração do estagiário no Serviço, nomeadamente ao

nível de horários, recursos humanos e suas funções e sectores de actividade em que irá participar.

45

Page 49: Manual Apoio Estagio

2. Aprovisionamento

Objectivos específicos:

O estagiário deverá compreender o processo de selecção, aquisição, recepção, conservação e gestão de

stocks dos medicamentos designada por função aprovisionamento e da sua interligação com outros

sectores do Hospital.

2.1 Gestão de Existências:

Introdução

Uma correcta gestão de stocks, deve garantir a assistência a todos os utentes do hospital, no que respeita a

medicamentos, dispositivos médicos e outros produtos farmacêuticos, sem interrupções ou atrasos. Para

isso deve adequar-se os fornecimentos efectuados pelos laboratórios aos consumos previstos no hospital.

Objectivo:

Dar a conhecer ao estagiário o processo de gestão de existências na Farmácia Hospitalar com a

componente de urgência, por vezes associada a situações de consumo imprevisível, tão característica do

ambiente hospitalar

Actividades a desenvolver:

Acompanhamento da actividade do farmacêutico do sector de aquisições

Conhecimento de critérios de selecção de medicamentos, dispositivos médicos ou outros produtos

farmacêuticos (política do medicamento no hospital)

Conhecimento do processo de elaboração de previsões de consumo

Conhecimento do processo de definição de pontos de encomenda

Conhecimento do mecanismo de emissão do pedido de compra/nota de encomenda

Conhecimento da interligação com Serviço de Aprovisionamento

Conhecimento da aplicação informática/ sistema manual de gestão de stocks

Avaliação:

Avaliação contínua dos conhecimentos adquiridos, pelo farmacêutico orientador de estágio nesta área

Elaboração de previsões de consumo e pontos de encomenda para alguns fármacos

46

Page 50: Manual Apoio Estagio

2.2 Sistemas e Critérios de Aquisição

Introdução:

A selecção de medicamentos é um processo contínuo, multidisciplinar e participativo que tem por

objectivo a aquisição dos medicamentos mais adequados às necessidades farmacoterapêuticas dos doentes

da responsabilidade do hospital (internamento e ambulatório), tendo em conta a qualidade, segurança

eficácia, eficiência e economia

Objectivo:

Dar a conhecer ao estagiário os procedimentos envolvidos na selecção e aquisição de medicamentos,

dispositivos médicos e outros produtos farmacêuticos e a sua envolvência legal.

Actividades a desenvolver

O estagiário deverá conhecer:

os diferentes processos de aquisição legislados (concurso público, concurso limitado, consulta prévia,

ajuste directo

os Contratos Públicos de Aprovisionamento do IGIF

a existência das condições especiais do caderno de encargos dos concursos para aquisições

o processo de actuação em situações de emergência (por ruptura ou consumo anormal de determinado

fármaco, dispositivo médico ou outro produto farmacêutico)

os processos de aquisição de medicamentos que necessitam autorização especial de utilização

Avaliação:

Avaliação contínua dos conhecimentos adquiridos, pelo farmacêutico orientador de estágio nesta área

Situações práticas envolvendo diferentes processos de aquisição (ajuste directo, consulta prévia,

pedido de empréstimo a outro hospital etc.)

2.3 Recepção e Conferência de Produtos Adquiridos

47

Page 51: Manual Apoio Estagio

Introdução:

Os Serviços Farmacêuticos como porta de entrada de produtos farmacêuticos no Hospital, devem

garantir a qualidade dos produtos recebidos. Todos os produtos recebidos devem ser sujeitos a um

apertado controlo em termos de verificação de conformidade (legislação em vigor)

Objectivo:

Dar a conhecer ao estagiário os cuidados exigidos na recepção de produtos farmacêuticos

Actividades a desenvolver:

O estagiário deverá conhecer:

o circuito de recepção e conferência de medicamentos, dispositivos médicos e outros produtos

farmacêuticos (conferência guia de remessa/nota de encomenda, quantidade/qualidade do produto

farmacêutico)

os cuidados especiais de recepção, controlo e arquivo de documentação técnica relativamente a

hemoderivados, psicotrópicos e estupefacientes, benzodiazepinas, citotóxicos, medicamentos em fase

de ensaio clínico, medicamentos termolábeis, medicamentos inflamáveis, etc.

o circuito de entradas na aplicação informática ou sistema manual de gestão de stocks

Avaliação:

Avaliação contínua dos conhecimentos adquiridos, pelo farmacêutico orientador de estágio nesta área

3. Armazenamento

Introdução:

O stock imobilizado no Armazém dos S. Farmacêuticos, tanto em termos económicos, como de

qualidade, representa uma responsabilidade acrescida em termos da garantia de condições de segurança

para o seu armazenamento

48

Page 52: Manual Apoio Estagio

Objectivo:

Dar a conhecer ao estagiário as condições necessárias para o armazenamento de todos os produtos

farmacêuticos.

Actividades a desenvolver.

O estagiário deverá conhecer:

os critérios gerais de arrumação (organização do armazém ou armazéns do S.F.

as condições especiais de armazenamento de medicamentos termolábeis (circuito de frio)

as condições especiais de armazenamento de medicamentos inflamáveis

as condições especiais de armazenamento de matérias-primas

as condições especiais de armazenamento de citotóxicos

as condições especiais de armazenamento de psicotrópicos e estupefacientes e benzodiazepinas

as condições especiais de armazenamento de medicamentos em fase de ensaio clínico

as condições especiais de armazenamento de medicamentos fotossensíveis

Avaliação:

Avaliação contínua dos conhecimentos adquiridos, pelo farmacêutico orientador de estágio nesta área

Métodos e processos de aprendizagem:

acompanhamento das actividades do farmacêutico do sector de aquisições

pesquisa bibliográfica

realização de tarefas específicas desta área, sob supervisão directa do farmacêutico responsável

(exemplo):

⋅ elaboração de estimativas de consumos

⋅ contacto com laboratórios farmacêuticos

⋅ recepção, arquivo de documentação

⋅ recolha de informação

⋅ visita a todos os departamentos deste sector

⋅ conhecimento das funções específicas de cada elemento desta área (farmacêuticos, técnicos

de diagnóstico e terapêutica, administrativos, auxiliares de acção médica)

49

Page 53: Manual Apoio Estagio

Plano de Avaliação

Avaliação continua dos conhecimentos teórico-práticos através da interacção com o farmacêutico

orientador nesta área

Preenchimento de grelha de avaliação pelo Orientador de Estágio

Referências Bibliográficas

Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos, 7ª edição, INFARMED, Ministério da Saúde, 2000

Manual de Boas Práticas em Farmácia Hospitalar, Ordem dos Farmacêuticos, 1999

Manual Dispositivos Médicos, Ordem dos Farmacêuticos,

Índice Nacional Terapêutico 2001

Legislação em vigor sobre Aquisições de Medicamentos, Dispositivos Médicos e Outros Produtos

Farmacêuticos

50

Page 54: Manual Apoio Estagio

2.º MÓDULO

Distribuição

Objectivo Geral

O estagiário deverá conhecer de forma global os vários sistemas de distribuição de medicamentos

existentes, suas vantagens e desvantagens, enquadrando-os na legislação em vigor e no Manual de Boas

Práticas.

1 - Sistemas de Distribuição ( periodicidade; circuitos)

Introdução

A Distribuição de Medicamentos é uma função da Farmácia Hospitalar que com metodologia e conceitos

próprios, torna disponível o medicamento correcto, na quantidade e qualidade certas, para cumprimento

da prescrição médica, para cada doente e todos os doentes do hospital.

Objectivo

Dar a conhecer ao estagiário os circuitos, a periodicidade utilizada e as vantagens/ desvantagens

associadas aos vários sistemas de distribuição utilizados.

1.1 - Distribuição Clássica

Introdução

Foi o primeiro sistema de distribuição de medicamentos. Cada enfermaria dispõe de um stock de

medicamentos e outros produtos farmacêuticos que é controlado pelo pessoal de enfermagem. Utiliza-se

em serviços em que as suas características particulares não permitem utilizar sistema de distribuição

individual diário em dose unitária.

Actividades a desenvolver

O estagiário deverá conhecer:

As requisições utilizadas.

O circuito de distribuição

A periodicidade habitual.

51

Page 55: Manual Apoio Estagio

Avaliação

Através do diálogo com o aluno deverá ser aferido o conhecimento sobre as vantagens e inconvenientes

deste tipo de sistema de distribuição; com base numa questão real ou fictícia, deverá ser avaliado se o

aluno consegue entender as dificuldades inerentes a este tipo de distribuição: ausência de interpretação da

prescrição médica, falta de intervenção do farmacêutico na terapêutica de cada doente, maior dificuldade

de integração na equipa prestadora de cuidados de saúde, risco de acumulação de medicamentos, e

possibilidade de erros de transcrição.

1.2 - Reposição de stock por níveis

Introdução

Sistema de distribuição mais avançado do que a distribuição clássica. Cada enfermaria possui um stock de

medicamentos fixo, e controlado, adaptado ás patologias habitualmente tratadas, que é reposto

periodicamente. A quantidade de cada medicamento é definida de acordo com o consumo médio e é

considerada suficiente para o período compreendido entre duas reposições.

Actividades a desenvolver

O estagiário deverá conhecer:

Processo de reposição

Metodologia utilizada e recursos humanos necessários.

Periodicidade de reposição.

Avaliação

Através do diálogo deverá ser aferido o conhecimento do aluno sobre as vantagens e inconvenientes deste

tipo de sistema de distribuição; com base numa questão real ou fictícia, deverá ser avaliado se o aluno

entendeu o modo como se definem os níveis de medicamentos, e se é capaz de relacionar os serviços

clínicos (suas características) com a utilização deste método de distribuição.

52

Page 56: Manual Apoio Estagio

1.3 - Distribuição Personalizada

Introdução

Os medicamentos necessários a cada doente são pedidos pelo pessoal de enfermagem de forma

individualizada, e são fornecidos pelos Serviços Farmacêuticos também de forma individualizada. Este

método de distribuição permite estabelecer uma relação entre a terapêutica medicamentosa e cada doente,

vigiar o cumprimento de "guidelines" e protocolos, e utilizar o sistema de justificação para medicamentos

com características especiais (ex. extra-formulário e antibióticos).

Actividades a desenvolver

O estagiário deverá conhecer:

Método utilizado na realização do pedido de medicamentos / doente

Forma como é efectuada a análise da terapêutica / doente

Método utilizado no fornecimento da medicação

Características dos serviços abrangidos por este sistema ( urgências e cuidados intensivos)

Avaliação

Através do diálogo deverá ser aferido o conhecimento do aluno sobre as vantagens e inconvenientes deste

tipo de sistema de distribuição; com base numa questão real ou fictícia, deverá ser avaliado se o aluno

entendeu o circuito utilizado, e que ao ser utilizado este método se mantém a possibilidade de existência

de erros de transcrição. Não existe controlo da administração dos medicamentos ao doente por parte dos

Serviços Farmacêuticos.

1.4 - Distribuição Individual Diária em Dose Unitária

Introdução

O Despacho conjunto dos Gabinetes dos Secretários de Estado Adjunto do Ministro da Saúde e da Saúde,

de 30 de Dezembro de 1991, publicado no Diário da República nº 23 - 2ª série de 28 de Janeiro de 1992

converte em imperativo legal o sistema de distribuição individual diária em dose unitária. Este sistema de

distribuição permite que o farmacêutico intervenha na farmacoterapia, uma vez que é responsável pela

interpretação e validação da prescrição médica, originando a elaboração do perfil farmacoterapêutico. Os

medicamentos são dispensados em doses unitárias, para um período de 24 horas, sendo centralizado o

processo de reembalagem.

53

Page 57: Manual Apoio Estagio

Actividades a desenvolver

O estagiário deverá conhecer:

A forma como é interpretada e validada a prescrição médica

A importância da existência do perfil farmacoterapêutico

As características a que devem obedecer os medicamentos para poderem ser dispensados por este

método de distribuição ( necessidade de reembalamento)

O modo como é efectuado o enchimento e conferência das gavetas

A importância de avaliação das devoluções de terapêutica

A necessidade da existência de stock de apoio

Avaliação

Através do diálogo deverá ser aferido o conhecimento do aluno sobre as vantagens e inconvenientes deste

tipo de sistema de distribuição; com base numa questão real ou fictícia, deverá ser avaliado se o aluno

entendeu a importância da interpretação da prescrição médica e a diminuição do nº de erros de medicação

associada a este sistema de distribuição.

1.5 - Distribuição a Doentes em Ambulatório

Introdução

A dispensa de medicamentos a doentes em regime ambulatório por parte dos Serviços Farmacêuticos

Hospitalares surge da necessidade de vigilância e controlo de determinadas patologias crónicas, bem como

da necessidade de vigilância da terapêutica prescrita para as referidas patologias, em estabelecimentos de

cuidados de saúde diferenciados. Surge ainda da necessidade de fazer face a situações de emergência, em

que o fornecimento dos medicamentos não possa ser assegurado pelas farmácias comunitárias.

Actividades a desenvolver

O estagiário deverá conhecer:

A legislação em vigor que dá suporte a este tipo de distribuição.

Os factores que justificam esta vigilância (características da patologia, maior potencial de efeitos

secundários dos fármacos utilizados no seu tratamento e elevado valor económico).

As situações em que se procede à dispensa gratuita de medicamentos

As situações em que se procede à venda de medicamentos

O modo como é prestada a informação e feito o aconselhamento ao doente.

Os mecanismos utilizados para promover a adesão à terapêutica.

Os procedimentos administrativos necessários

54

Page 58: Manual Apoio Estagio

Avaliação

Através do diálogo deverá ser aferido o conhecimento do aluno sobre as patologias crónicas mais

frequentemente seguidas no hospital; com base numa questão real ou fictícia, deverá ser avaliado se o

aluno distingue as situações em que se deve fazer dispensa gratuita de medicamentos daquelas em que se

deve proceder a uma venda. Considera-se importante que o aluno tenha possibilidade de fazer simulações

de aconselhamento a doentes.

2 - Medicamentos sujeitos a controlo especial

2.1 - Substâncias e suas preparações compreendidas nas tabelas I, II, III e IV com excepção da

II-A, anexas ao Decreto-Lei nº 15/93 de 22 de Janeiro com rectificação de 20 de Fevereiro,

Decreto Regulamentar nº 61/94 e Portaria nº 981/98.

Introdução

Ao abrigo da legislação em referência são adquiridos e dispensados os medicamentos contidos nas tabelas

acima mencionadas. Este conjunto de diplomas teve como objectivo:

Privar os que se dedicam ao tráfico de estupefacientes do produto das suas actividades criminosas.

Adoptar medidas adequadas ao controlo e fiscalização de todas as substâncias cuja facilidade de

obtenção e disponibilidade possam contribuir para o aumento do fabrico clandestino de

estupefacientes e psicotrópicos.

Reforçar e complementar as medidas previstas na Convenção de Estupefacientes de 1961

Objectivo

Dar a conhecer ao estagiário a legislação vigente e seus objectivos, bem como o circuito de requisição,

registo, distribuição e dificuldades de aplicação da lei, tendo em conta os recursos humanos necessários e

horário de funcionamento dos serviços farmacêuticos hospitalares.

Actividades a desenvolver

O estagiário deverá conhecer:

A legislação em vigor e seu fundamento

O tipo de requisição, dispensa e registo normalizado

O circuito de medicamentos estupefacientes, psicotrópicos e benzodiazepinas (prescrição, dispensa,

registo de administração e arquivo).

55

Page 59: Manual Apoio Estagio

A responsabilização imputada a cada um dos profissionais envolvidos neste circuito associada à

necessidade de rigor implícito a este procedimento

Avaliação

Através de diálogo deve ser verificado se o estagiário percebeu o fundamento da lei em vigor, a

importância da sua aplicação, bem como o circuito de benzodiazepinas, psicotrópicos e estupefacientes,

desde a sua prescrição até à administração ao doente, com arquivo dos documentos respectivos.

2.2 - Hemoderivados

Introdução

Ao abrigo do Despacho nº 11291/97 (2ª série), da Secretaria de Estado da Saúde, publicado no Diário da

República nº 267 de 18 de Novembro de 1997, são adquiridos e dispensados todos os medicamentos

hemoderivados. A necessidade de organizar e uniformizar ficheiros hospitalares que registem, com rigor, a

identificação dos lotes/fabricantes/distribuidores dos medicamentos hemoderivados e dos doentes aos

quais são administradas unidades medicamentosas dos mesmos, a fim de que se possa, credivelmente,

investigar a eventual relação de causalidade entre a administração terapêutica destes medicamentos e a

detecção de doença infecciosa transmissível pelo sangue, levou à emanação do referido despacho, o qual

tem em consideração as orientações da Comissão Europeia sobre medicamentos derivados do plasma

humano.

Objectivo

Dar a conhecer ao estagiário a legislação vigente e seus objectivos, bem como o circuito de requisição,

registo, distribuição e dificuldades de aplicação da lei, tendo em conta os recursos humanos necessários e

horário de funcionamento dos serviços farmacêuticos hospitalares.

Actividades a desenvolver

O estagiário deverá conhecer:

A legislação em vigor e seu fundamento

O tipo de requisição, dispensa e registo normalizado

O circuito do medicamento hemoderivado desde a sua prescrição, dispensa, registo de administração e

arquivo

A responsabilização imputada a cada um dos profissionais envolvidos neste circuito associada à

necessidade de rigor implícito a este procedimento

56

Page 60: Manual Apoio Estagio

Avaliação

Através de diálogo deve ser verificado se o estagiário percebeu o fundamento da lei em vigor, a

importância da sua aplicação, bem como o circuito do medicamento hemoderivado desde a sua prescrição

até à administração ao doente, com arquivo dos documentos respectivos.

2.3 - Medicamentos extra-formulário

Introdução

"Um Formulário Hospital tem como filosofia a terapêutica limitada e ser um veículo de educação e

racionalização da escolha de medicamentos" (Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos, 7ª

edição, 2000). Dado que o formulário não é um instrumento limitativo da prescrição médica e que,

sobretudo para patologias específicas e hospitais especializados ou diferenciados, o FHNM pode não

contemplar situações especiais, podem as Comissões de Farmácia e Terapêutica e outras suas

dependentes, deliberar ponderadamente a utilização de fármacos não contemplados no mesmo; estas

comissões podem ainda elaborar normas orientadoras e protocolos de utilização de determinados

medicamentos e outros produtos farmacêuticos, devendo os serviços farmacêuticos hospitalares contribuir

para a sua divulgação, implementação e velar pela boa aplicação dos mesmos. É evidente que não pode ser

esquecida a vertente económica no contexto duma terapêutica racional, pelo que os medicamentos extra-

formulário devem estar submetidos a controlo especial.

Objectivo

Pretende-se que o estagiário se aperceba da diferença quantitativa dos medicamentos extra-formulário

prescritos e dispensados em relação aos do formulário e que os relacione, tendo como base o princípio de

que este valor pode constituir um indicador de qualidade importante, em função das características do

hospital; é ainda importante transmitir ao estagiário que a dispensa de medicamentos extra-formulário

deve ser feita de modo a cumprir, com rigor, as indicações/restrições do seu uso no hospital em causa,

contribuindo assim para a educação na prescrição e racionalização da terapêutica.

Actividade a desenvolver:

O estagiário deverá:

Conhecer as requisições especiais para medicamentos extra-formulário, adoptadas pelo hospital em que

está inserido, bem como o seu circuito.

Participar na avaliação das justificações de prescrições extra-formulário; verificar a sua adequação à

situação clínica do doente e sugerir alternativas igualmente eficazes, seguras e económicas.

Acompanhar o circuito de distribuição e arquivo respectivo, se for caso disso.

57

Page 61: Manual Apoio Estagio

Avaliação

O estagiário deverá demonstrar que percebeu a filosofia subjacente ao controlo da dispensa de

medicamentos extra-formulário, e a importância da sua contribuição para o peso económico dos gastos

com medicamentos. É importante avaliar se o estagiário percebeu a importância da prescrição extra-

formulário como indicador geral de qualidade em saúde.

2.4 - Antibióticos

Introdução

" A infecção hospitalar é uma preocupação crescente para todos os profissionais e sistemas de saúde. A

sua dimensão e gravidade torna indispensável uma gestão sensata dos antimicrobianos disponíveis. Cada

hospital tem a sua flora bacteriana própria, nomeadamente no respeitante ao padrão de sensibilidade aos

antibióticos." (Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos, 7ª edição, 2000). Torna-se também

indispensável considerar a flora própria da área de influência do hospital.

Objectivo

Pretende-se que o estagiário se aperceba da existência de políticas de antibióticos e sua finalidade. Saiba

distinguir entre antibióticos disponíveis e antibióticos de reserva. Deve ainda conhecer a diferença

existente entre terapêutica profilática, empírica e documentada.

Actividade a desenvolver:

O estagiário deverá:

Conhecer as requisições especiais para antibióticos, adoptadas pelo hospital em que está inserido, bem

como o seu circuito.

Participar na avaliação das justificações de prescrições de antibióticos de reserva, verificar a sua

adequação à situação clínica do doente e sugerir alternativas de antibióticos incluídos na lista de

antibióticos disponíveis existente no hospital.

Acompanhar o circuito de distribuição e arquivo respectivo, se for caso disso.

58

Page 62: Manual Apoio Estagio

Avaliação

O estagiário deverá demonstrar que percebeu a filosofia subjacente ao controlo da dispensa de

antibióticos, e a importância da sua contribuição para o peso económico dos gastos com medicamentos. É

importante avaliar se o estagiário percebeu a importância da prescrição de antibióticos como indicador

geral de qualidade em saúde.

2.5 - Anti-sépticos e Desinfectantes

Introdução A correcta utilização dos desinfectantes e anti-sépticos é um dos factores na prevenção da infecção

hospitalar.

Objectivo

Pretende-se que o estagiário se aperceba da existência de políticas de desinfectantes e anti-sépticos, sua

finalidade e conheça a política existente no hospital, se for caso disso. Uma boa adesão à política em vigor

tem reflexo sobre os custos directos e indirectos e sobre a qualidade.

Actividade a desenvolver:

O estagiário deverá:

Conhecer a política de desinfectantes e anti-sépticos e perceber o seu fundamento.

Acompanhar o circuito de distribuição e arquivo respectivo, se for caso disso.

Avaliação

O estagiário deverá demonstrar que percebeu a filosofia subjacente ao controlo da dispensa de

desinfectantes e anti-sépticos da sua contribuição para o controlo da infecção hospitalar.

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Page 63: Manual Apoio Estagio

3.º MÓDULO

PRODUÇÃO E CONTROLO

A evolução dos Cuidados de Saúde determina uma prestação de Cuidados Farmacêuticos cada vez mais

dirigidos ao doente, o que pode implicar a adaptação da terapêutica farmacológica. Nem sempre, no

entanto, a indústria farmacêutica dá resposta a essa necessidade de adaptação pelo que a Farmácia

Hospitalar, no cumprimento da sua missão, tem necessidade de integrar uma área de Produção e

Controlo. Na Farmácia Hospitalar fazem-se assim preparações farmacêuticas que são utilizadas no

tratamento de doentes específicos e preparações em escala alargada, por lotes, preparadas com

antecedência e destinadas a doentes potenciais.

Objectivo Geral

No final deste módulo o estagiário deverá sentir-se integrado nestas áreas estando apto a definir critérios

de produção e controlo de qualidade em todas as actividades relacionadas com a preparação de misturas

estéreis, não estéreis e reembalagem de fármaco. Atendendo a que esta área da Farmácia Hospitalar

assenta no conceito de Garantia de Qualidade Total e se ramifica na preparação de misturas estéreis,

preparação de misturas não estéreis e reembalagem de fármacos os objectivos específicos e as actividades

a desenvolver são função de cada uma dessas áreas.Todas as actividades desenvolvidas pelos alunos

estagiários serão coordenadas, orientadas, supervisionadas e validadas pelo orientador e/ou monitores de

estágio.

1 - Conceito integrado de garantia de qualidade

Introdução

“...A garantia de qualidade é um conceito suficientemente envolvente para cobrir todos os pontos que,

individual ou colectivamente influenciam a qualidade de um produto. É um conjunto de acções

organizadas que assegura que os medicamentos têm a qualidade exigida para o fim a que se destinam...”

Guia para o Bom Fabrico de Medicamentos

Pode considerar-se que a garantia de qualidade engloba não só as práticas de bom fabrico, mas também

um leque de procedimentos antes, durante e após produção que determinam o Conceito Integrado de

Garantia de Qualidade.

60

Page 64: Manual Apoio Estagio

Objectivo

A este nível, pretende-se que no final deste módulo o estagiário esteja apto a:

Consultar, interpretar e utilizar as fichas de preparação e controlo.

Aplicar as normas de “Guia para o Bom Fabrico de Medicamentos”, ( publicado no D.R.- Portaria n.º

42/92 de 23/01 ), com ou sem técnica asséptica.

Consultar a Farmacopeia Portuguesa e/ou Europeia de forma a estabelecer as especificações relativas

às matérias primas, ao material de embalagem, fecho e rótulos e à análise do produto final.

Consultar o manual de procedimentos do sector.

Analisar os indicadores de qualidade, usados para avaliação da actividade do departamento.

Avaliar os custos de produção.

Actividades a desenvolver:

Análise da documentação relativa ao controlo e garantia de qualidade.

Avaliação dos indicadores de qualidade usados no departamento.

2 - Preparação de Misturas Intravenosas

2.1 - Misturas para Nutrição Parentérica

Introdução

As misturas para Nutrição Parenteral preparadas pela Farmácia Hospitalar são adaptadas a cada doente,

sendo formuladas em função do balanço azotado, do balanço hídrico, do ionograma, da patologia de base,

das patologias secundárias, do peso e da terapêutica farmacológica instituída. Estas misturas são feitas de

acordo com as normas definidas para a produção de misturas estéreis em câmara de fluxo de ar laminar

horizontal.

Objectivo

A este nível, pretende-se que no final deste módulo o estagiário:

Saiba interpretar uma prescrição de nutrição parentérica.

Esteja apto a calcular as necessidades específicas do doente atendendo à sua patologia, ao balanço

azotado, ao balanço hídrico, ao ionograma e à terapêutica instituída.

Conheça as normas de preparação de misturas nutritivas e esteja apto a prepará--las.

Saiba qual a forma correcta de identificar e acondicionar estas misturas.

61

Page 65: Manual Apoio Estagio

Saiba qual a validade a atribuir a estas preparações.

Conheça o circuito de distribuição destes produtos.

Saiba qual a forma correcta de administração das misturas de nutrição parentérica.

Actividades a desenvolver:

Estudo das soluções de aminoácidos, de lipídios, de glúcidos, de electrólitos, de oligoelementos e de

vitaminas existentes no Serviço e que servem de base à preparação das misturas.

Análise dos protocolos existentes.

Revisão dos cálculos base usados no estabelecimento das fórmulas de nutrição parentérica.

Análise das possíveis interacções entre os diversos componentes das misturas.

Interpretação de prescrições de nutrição parentérica, atendendo ao ionograma, balanço hídrico e

balanço azotado.

Elaboração de cálculos.

Preenchimento de folhas de produção.

Elaboração de rótulos.

Preparação das misturas de nutrição parentérica em câmara de fluxo laminar horizontal

Colheita de amostras para controlo microbiológico.

Análise visual do produto final.

Embalamento e identificação das misturas de nutrição parentérica.

Integração das preparações no sistema de distribuição.

Análise dos consumos.

Análise e discussão de casos clínicos.

2.2 - Reconstituição de Fármacos Citotóxicos

Introdução

A manipulação de fármacos citotóxicos deve efectuar-se de forma centralizada nos Serviços

Farmacêuticos, o que permite:

Racionalizar a utilização destes fármacos.

Uma melhor gestão do risco, porque os fármacos são preparados em câmara de fluxo laminar vertical,

por profissionais qualificados.

Integrar o farmacêutico na equipa de oncologia.

Disponibilizar o tempo dos médicos e enfermeiros para tarefas para as quais estão mais vocacionados.

Uma gestão de stocks mais eficaz.

62

Page 66: Manual Apoio Estagio

Objectivo

A este nível, no final deste módulo, o estagiário deverá:

Estar integrado na rotina do Serviço, conhecendo a forma como se planifica o trabalho semanal e

diário.

Saber interpretar a prescrição médica.

Saber consultar e analisar a ficha terapêutica do doente.

Estar apto a preencher a ficha terapêutica por doente.

Conhecer as normas de segurança relativas ao manuseamento, acondicionamento, identificação e

distribuição dos fármacos citotóxicos.

Saber executar a reconstituição dos citotóxicos.

Conhecer o circuito de distribuição destes fármacos no hospital.

Conhecer as normas relativas a uma administração correcta e segura destes fármacos.

Saber como actuar em caso de derrame ou extravasão.

Saber como proceder para inutilizar citotóxicos.

Actividades a desenvolver:

Revisão dos fármacos mais usados.

Integração na rotina de trabalho ( atendendo ao plano semanal e diário ).

Análise das folhas farmacoterapêuticas.

Análise das prescrições.

Preenchimento das folhas farmacoterapêuticas por doente.

Preenchimento dos rótulos.

Selecção dos fármacos nas dosagens mais adaptadas e dos solventes para cada ciclo.

Execução da reconstituição/diluição dos citotóxicos em câmara de fluxo laminar vertical de acordo

com as boas práticas de preparação e atendendo às normas de segurança necessárias à manipulação

destes fármacos.

Embalamento e identificação adequados.

Distribuição dos citotóxicos de acordo com as normas definidas no hospital para estes fármacos.

Análise dos consumos.

Análise e discussão de casos clínicos.

63

Page 67: Manual Apoio Estagio

2.3- Preparações Extemporâneas Estéreis

Introdução

Algumas preparações extemporâneas estéreis deverão ser formuladas em câmara de fluxo de ar laminar

horizontal por forma a proteger a preparação ( ex: anfotericina lipossómica ) e a permitir o

fraccionamento de doses com aproveitamento do fármaco remanescente (ex: levotiroxina inj. ).

Objectivo

A este nível, no final deste módulo o estagiário deverá estar apto a:

Analisar a prescrição médica.

Efectuar os cálculos adequados para a obtenção do produto na concentração desejada.

Estabelecer quais as soluções mais ajustadas à reconstituição e diluição.

Estabelecer qual o material de embalagem e fecho indicado.

Actividades a desenvolver:

Análise de prescrição médica.

Selecção do solvente mais apropriado.

Cálculo das diluições a efectuar.

Preparação da solução em câmara de fluxo laminar horizontal.

Embalamento e identificação.

Análise dos consumos.

3.3 - Preparação de Formas Farmacêuticas não Estéreis

O ajuste da terapêutica determina a necessidade de fraccionamento de doses. A partir de formas

farmacêuticas existentes no mercado ( ex: Papéis medicamentosos ) ou a necessidade de criar fármacos em

forma farmacêutica adaptada aos doentes ( ex: xaropes ).

Objectivo

No final deste módulo, o estagiário deverá:

Saber interpretar as prescrições médicas.

Estar apto a fazer os cálculos para a diluição de um principio activo ( sólido ou líquido ).

Conhecer a técnica de Preparação de Papéis Medicamentosos.

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Page 68: Manual Apoio Estagio

Saber interpretar e executar a preparação de uma prescrição magistral.

Saber executar preparações oficinais.

Actividades a desenvolver:

Revisão sobre os métodos e técnicas de produção das fórmulas não estéreis mais usuais como papéis

medicamentosos, xaropes, suspensões, soluções desinfectantes.

Contacto com o equipamento e material de laboratório disponível nos Serviços Farmacêuticos.

Interpretação de prescrições de preparações não estéreis, atendendo a:

⋅ Reconhecimento dos princípios activos e excipientes, acção dos componentes, interacções, prazos

de validade, conservação.

⋅ Metodologia a utilizar na manipulação

⋅ Acção farmacológica

Execução das preparações não estéreis de acordo com o Guia para o Bom Fabrico de Medicamentos.

3.4 – Reembalagem

A dispensa de fármacos em Dose Unitária determina muitas vezes a necessidade de reembalar os

fármacos, ajustando assim a oferta da Indústria Farmacêutica ao serviço prestado pelos Serviços

Farmacêuticos.

Objectivo

No final deste módulo, o estagiário deverá saber:

Quais os critérios que determinam que um fármaco seja reembalado em dose unitária.

Qual a informação a constar no rótulo do produto reembalado.

Quais as normas de trabalho que este sector tem que respeitar.

Actividades a desenvolver

Contacto com o sector da reembalagem atendendo às normas de trabalho e ao equipamento (

sistemas automatizados – ATC, etc. ).

Métodos e processos de aprendizagem:

Pesquisa bibliográfica.

Análise das fichas de produção e controlo.

Análise das fichas de preparação.

65

Page 69: Manual Apoio Estagio

Análise das prescrições médicas.

Preenchimento das folhas por doente.

Preenchimento das fichas de preparação.

Execução de cálculos para preparação de formulações.

Estudo dos fármacos citotóxicos e sua estabilidade nas soluções solventes utilizadas.

Preenchimento dos rótulos para identificação das preparações.

Reconstituição/diluição de citotóxicos em câmara de fluxo laminar vertical.

Preparação de soluções estéreis em câmara de fluxo laminar horizontal.

Colheita de amostras para controlo microbiológico das câmaras de fluxo laminar.

Preparação de formulações não estéreis ( papéis medicamentosos, xaropes, soluções antisépticas /

desinfectantes, enchimento de cápsulas, etc. ).

Embalagem e rotulagem adequada das preparações.

Integração das preparações farmacêuticas realizadas no circuito de distribuição.

Análise do processo de reembalagem.

Análise e discussão de casos clínicos.

Plano de Avaliação

Avaliação dos conhecimentos teórico-práticos através de diálogo com o estagiário.

Avaliação na execução das actividades diárias.

Preenchimento de uma grelha de avaliação pelo orientador de estágio com vista a verificar se os

objectivos propostos foram alcançados.

Referências Bibliográficas

Farmacopeia Portuguesa V edição.

Manual de Procedimentos do Sector de Produção e Controlo de Qualidade do Serviço.

Guia para o Bom Fabrico de Medicamentos.

Manual de Antineoplásicos e Imunomoduladores ( Conselho do Colégio da Especialidade em Farmácia

Hospitalar ).

Manual de Boas Práticas em Farmácia Hospitalar, Ordem dos Farmacêuticos, 1999

Guidelines Aspen; Clinical Nutrition.

Martindale, The Extra Pharmacopea..

66

Page 70: Manual Apoio Estagio

4.º MÓDULO

Informação e Actividades de Farmácia Clínica

O estagiário deverá reconhecer a importância da informação sobre medicamentos, como base para a

resolução dos problemas farmacoterapêuticos dos doentes e para promover o uso racional dos

medicamentos

1 - Consulta de livros básicos e especializados, publicações periódicas (primárias e

secundárias), “Índices de Nomenclatura”, Formulários Hospitalares, bases de dados,

internet

Introdução

A actividade de informação é uma tarefa complexa que exige uma selecção e avaliação de informação.

Com frequência também é necessário emitir opinião crítica e resolver questões relacionadas a uma

situação clínica de um doente concreto.

É importante que o estagiário distinga entre Centro de Informação de Medicamentos (CIM) e Serviço de

Informação de Medicamentos (SIM), já que nem todos os Serviços de Farmácia Hospitalar possuem um

CIM, embora todos devam fornecer SIM.

Objectivo

Dar a conhecer os diferentes tipos de fontes de informação; distinguir entre fontes de informação

primária, secundária e terciária

Actividades a desenvolver

o estagiário deverá conhecer:

as fontes de informação disponíveis e seu manejo

as técnicas de selecção de fontes bibliográficas num CIM ou SIM

os critérios de avaliação da literatura científica

as técnicas de pesquisa de informação

os sistemas eficazes para proporcionar informação aos profissionais de saúde, de acordo com as

características do hospital

67

Page 71: Manual Apoio Estagio

Avaliação

Através de diálogo deverá ser aferido o conhecimento sobre os diferentes tipos de informação; com base

numa questão concreta real ou fictícia, deverá ser avaliado se o estagiário é capaz de seleccionar o tipo de

fontes de informação em função da questão colocada

2 - Critérios de selecção, registo e arquivo de informação

Introdução

Toda a informação existente num CIM ou SIM deve ser facilmente acessível, pelo que deve ser

armazenada segundo algum sistema de classificação. Os livros de texto são arrumados por matérias e por

ordem alfabética; as revistas arrumadas, igualmente por ordem alfabética. A informação proveniente de

laboratórios, artigos interessantes, revisões recentes, etc., pode ser guardada em arquivadores, mediante

classificação prévia. Idealmente, a classificação e o arquivo devem estar combinados num sistema único

que deve cumprir vários requisitos:

simplicidade: a classificação de um novo artigo ou folheto informativo deve poder ser executada

rapidamente e com o mínimo de trabalho burocrático; este pode ser manual ou informatizado; deve ser

igualmente fácil e rápido de encontrar

adaptabilidade: deve ser possível abrir uma nova secção quando de interesse

expansibilidade: deve ser possível aumentar o espaço de uma área sem prejudicar outras

eliminar: deve ser retirado o material que passa a não ser útil

Objectivo

Proporcionar ao estagiário uma visão sobre os métodos de selecção, registo e arquivo de informação

Actividade a desenvolver:

o estagiário deve ser confrontado com a complexidade e variedade de informação que está ao dispor

dos profissionais de saúde

o estagiário deve tomar contacto com os critérios de selecção, registo e formas de arquivo de

informação

ao estagiário deve ser dada a possibilidade de proceder à avaliação, selecção e arquivo de algum tipo de

informação

68

Page 72: Manual Apoio Estagio

Avaliação:

verificar se o estagiário interiorizou a importância da selecção, registo e arquivo e informação

avaliar a selecção, registo e arquivo de informação efectuada pelo estagiário, tendo em conta o sistema

de classificação, as palavras chave, assunto ou tema, subdivisão de títulos com criação de novas portas

de entrada, verificar se o material merece mais do que um título, importância e interesse da informação,

tipo de fonte, etc.

o estagiário deve ser capaz de proceder ao registo e arquivo de informação seleccionada.

3- Apoio informativo a outros profissionais de saúde e comissões técnicas. Respostas a pedidos

de informação sobre medicamentos, aplicados a situações clínicas concretas

Introdução

A investigação, o desenvolvimento de novos medicamentos, as novas tecnologias de produção, a

competitividade da indústria farmacêutica e a quantidade e variedade de fontes de informação, dificultam a

selecção e a obtenção de informação adequada e independente. Os serviços farmacêuticos são cada vez

mais solicitados para a colaboração na prestação de informação quer a comissões técnicas ou grupos de

trabalho, quer individualmente a profissionais de saúde ou utentes e em situações clínicas concretas ou

gerais.

Considera-se informação passiva a que tem origem na iniciativa de um consultante, que pede informação

para resolver qualquer dúvida ou problema relacionado com um medicamento ou caso clínico

Objectivo

Informação passiva, elaboração de uma resposta; informação activa. O estagiário deve ser confrontado

com uma situação de informação passiva, à qual deve dar resposta. Devem ser observados os requisitos

impostos a este tipo de informação: correcta (a resposta deve ajustar-se à evidência científica e

documentação avaliada); objectiva (separação clara entre opiniões e factos); completa (assegurar que a

pesquisa de informação permitiu localizar todos os pontos relevantes); rápida (deve ser avaliada a urgência

da situação e a forma de resposta, isto é, oral ou escrita); além disto, a resposta deve ser adaptada à

realidade do meio em que será aplicada e ter em conta o emprego eficiente dos recursos. O estagiário deve

ser capaz de estruturar a informação para ser apresentada.

69

Page 73: Manual Apoio Estagio

Actividade a desenvolver:

O estagiário deverá elaborar a resposta a uma pergunta concreta, real ou fictícia, para o que deve:

avaliar a consulta recebida (tipo, urgência ...)

identificar consultor ou destinatário (médico, enfermeiro, técnico de diagnóstico e terapêutica, utente ..)

obter dados adicionais do doente ou do tema de consulta

proceder à pesquisa de informação com recolha de dados e análise dos mesmos

preparar e elaborar a resposta atendendo ao nível de complexidade

comunicar ou apresentar a resposta, decidindo da necessidade ou não de a estender a outros

profissionais de saúde ou comissões

fazer o seguimento da consulta: para observar o resultado e verificar se há necessidade de continuação

de pesquisa de informação

Avaliação

verificar se o estagiário colheu os dados necessários à percepção da questão colocada, destinatário e sua

urgência, isto é, verificar se o estagiário avaliou adequadamente a consulta recebida

verificar a preparação da resposta: verificar a forma como o estagiário realizou a pesquisa de

informação nas fontes disponíveis; examinar a informação, valorizando a fiabilidade das fontes

utilizadas

verificar a elaboração da resposta quanto aos seguintes aspectos:

- correcta, objectiva, completa e em tempo útil; resumo conciso dos pontos mais importantes

para a resposta; anotação de dados adicionais necessários para explicar a resposta

- apresentação clara e concisa da informação seleccionada: lista de todas as referências, tendo em

conta os graus de recomendação baseados na evidência científica

- informação a outros: avaliar se o estagiário valorizou a necessidade de transmitir a informação a

outros profissionais de saúde, comissões, etc.

4.- Farmacovigilância.

Introdução

A introdução de um novo fármaco no mercado implica a realização prévia de uma série de ensaios que

fornecem a informação mais relevante sobre o seu perfil farmacológico, tanto terapêutico como tóxico;

pelo contrário, certos aspectos da sua actividade farmacológica não são detectados. Para além disto,

durante os ensaios clínicos, a população alvo nem sempre coincide com aquela na qual o medicamento vai

ser aplicado. Assim, torna-se necessário estabelecer um programa de farmacovigilância pós

70

Page 74: Manual Apoio Estagio

comercialização, que obriga a comunicar os efeitos inesperados ou tóxicos causados por medicamentos, ao

Centro Nacional de Farmacovigilância.

Objectivos

Pretende-se:

Sensibilizar e consciencializar o estagiário para a importância da existência de programas de

monitorização de reacções adversas medicamentosas / acontecimentos adversos e da sua comunicação

Que o estagiário conheça o sistema de farmacovigilância e os meios de notificação

Actividade a desenvolver:

o estagiário deve ser informado sobre o sistema nacional de farmacovigilância do INFARMED

o estagiário deve tomar contacto com os diferentes tipos de notificação, distinguindo-se os

profissionais de saúde a que se destinam

deve ser facultado ao estagiário o contacto com o protocolo de monitorização de reacções adversas /

acontecimentos adversos para os medicamentos de AUE (autorização de utilização especial)

Avaliação

O estagiário deve ser questionado sobre os conhecimentos que adquiriu sobre farmacovigilância e meios

de notificação

5 - Participação do farmacêutico nos ensaios clínicos

Introdução

A investigação clínica num hospital, exige a presença de equipas multidisciplinares que permitam um

desenvolvimento mais eficaz do ensaio clínico. Os serviços farmacêuticos hospitalares constituem um dos

elementos básicos que permitem optimizar a gestão dos medicamentos em investigação, assim como

garantir a máxima segurança e eficácia dos estudos.

Objectivo

Pretende-se que o estagiário tome contacto com a legislação sobre ensaios clínicos, e que perceba o papel

e funções do farmacêutico hospitalar nesta área

71

Page 75: Manual Apoio Estagio

Actividades a desenvolver

dar a conhecer ao estagiário a legislação sobre ensaios clínicos; papel da Comissão de Ética

possibilitar ao estagiário o contacto com as actividades desenvolvidas pelo farmacêutico na área dos

ensaios clínicos, nomeadamente no controlo das amostras do ensaio: recepção das amostras,

conservação, dispensa e devolução da medicação ao promotor

Avaliação

o estagiário deve ser questionado sobre a legislação em vigor para ensaios clínicos

6 - Nutrição assistida

Relacionar a clínica com o esquema de nutrição instituído

Introdução

A nutrição artificial consiste no aporte de macro (proteínas, hidratos de carbono e lípidos) e

micronutrientes (electrólitos, oligoelementos e vitaminas) quantitativa e qualitativamente adequados a cada

doente, de modo a manter ou recuperar o seu estado nutricional. Administrada por via entérica ou

parentérica, é considerada uma terapêutica segura e eficaz desde que se observem os seguintes requisitos: a

adequação do esquema nutritivo à situação clínica do doente, monitorização clínica e laboratorial e

correcção dos aportes em função da evolução.

Objectivo

Pretende-se que o estagiário consolide a informação de que a terapêutica nutricional é uma das áreas de

intervenção farmacêutica, permitindo a sua integração em equipas multidisciplinares e a afirmação do

farmacêutico como elemento indispensável na equipa de suporte nutricional artificial; como qualquer

outra terapêutica não é isenta de riscos, pelo que a intervenção farmacêutica deve estabelecer-se não só

ao nível da preparação de misturas intravenosas como também ao nível da selecção, instituição de

esquemas de nutrição e monitorização das possíveis complicações associadas (mecânicas, metabólicas e

infecciosas).

72

Page 76: Manual Apoio Estagio

Actividades a desenvolver

deve ser possibilitado ao estagiário o contacto com a nutrição artificial, nomeadamente no que diz

respeito à relação do esquema de nutrição entérica ou parentérica instituído, com a situação clínica do

doente;

assim, o estagiário deve poder verificar que os aportes nutricionais variam com a patologia de base, a

evolução clínica e sua estabilidade ou instabilidade, o que vai determinar a inclusão do doente em

esquemas de nutrição estandardizados ou personalizados;

ao estagiário deve ser dada a possibilidade de equacionar os custos relacionados com as decisões

tomadas e os benefícios para o doente

Avaliação

Deve ser avaliado se o estagiário interiorizou a importância deste tipo de terapêutica (nutricional artificial)

e a adequação da formação académica de base do farmacêutico para intervenção nesta área

7 - Farmacocinética Clínica: monitorização de fármacos na prática clínica

Introdução

A farmacocinética clínica consiste na aplicação dos princípios farmacocinéticos e critérios

farmacodinâmicos à prática clínica, com o fim de alcançar a máxima eficácia e segurança dos tratamentos

farmacológicos. A farmacocinética aplicada à clínica é assim, um instrumento de trabalho que permite a

optimização da utilização terapêutica de fármacos.

Objectivo

Pretende-se que o estagiário tome contacto com um sector de farmacocinética clínica, que entenda a

importância da sua formação nesta área de intervenção farmacêutica e tenha a possibilidade de verificar a

aplicabilidade dos conceitos farmacocinéticos teóricos à prática clínica

Actividade a desenvolver

o estagiário deve verificar como se organiza um sector de farmacocinética clínica

familiarizar-se com programas informáticos e dados populacionais

deve acompanhar o trabalho de rotina do sector

73

Page 77: Manual Apoio Estagio

deve acompanhar o estabelecimento de esquemas posológicos, atendendo aos factores clínicos e

parâmetros laboratoriais, que contribuem para a interpretação dos parâmetros farmacocinéticos e na

decisão da selecção do regime posológico mais adequado à situação clínica em causa

Avaliação

O estagiário deve ser questionado sobre a organização do sector de farmacocinética, os princípios da

farmacocinética aplicada à clínica, e pode ser confrontado com a resolução de um caso prático, real ou

fictício.

8 - Acompanhamento da visita médica

Introdução

A integração do farmacêutico hospitalar na equipa multidisciplinar de saúde obriga à sua participação na

designada visita médica. Esta participação permite maximizar a sua intervenção directa através da emissão

de opinião sobre a terapêutica instituída a um doente, esquemas posológicos, formas e vias de

administração de fármacos, detecção e ou prevenção de efeitos secundários e interacções fármaco-fármaco

ou fármaco-nutriente, detecção de doentes desnutridos ou com défices nutricionais específicos, vigilância

do cumprimento de protocolos terapêuticos instituídos ou detecção da necessidade da sua implementação,

etc.. Esta participação permite uma contribuição mais eficaz do farmacêutico para a racionalização da

terapêutica e a melhoria da qualidade dos cuidados prestados ao doente.

Objectivo

Pretende-se que o estagiário perceba a importância da participação do farmacêutico no acompanhamento

da visita médica; para além disto, pretende-se também transmitir ao estagiário, a importância da forma de

abordagem dos assuntos, que deve ser feita de forma correcta, eficaz e baseada sempre em conhecimentos

adquiridos e bem fundamentada. Assim, a formação permanente e a actualização contínua, são obrigações

para o exercício da profissão farmacêutica.

Actividade a desenvolver

O estagiário deve acompanhar o farmacêutico em pelo menos uma visita médica; considera-se que a

oportunidade da sua participação em mais do que uma destas funções farmacêuticas, beneficiará a

formação complementar do estagiário, sobretudo se efectuada em diferentes valências ou especialidades

médicas

74

Page 78: Manual Apoio Estagio

Avaliação

O estagiário deve ser questionado sobre diferentes aspectos da visita médica, no sentido de avaliar se

entendeu a importância da mesma; pode também participar na elaboração de respostas a questões

colocadas durante a visita e a serem apresentadas mais tarde, avaliando a sua capacidade de resolução das

mesmas

9 - Actividades farmacêuticas na enfermaria. Protocolos e linhas orientadoras de terapêutica,

vigilância da conservação de medicamentos em stock

Introdução

A presença do farmacêutico na enfermaria permite a vigilância da conservação de stocks de

medicamentos, bem como a verificação do cumprimento de protocolos e linhas orientadoras de

terapêutica, de forma mais eficaz, actualizada e adaptada às características de cada enfermaria

Objectivo

Pretende-se que o estagiário perceba a importância da presença física do farmacêutico na enfermaria, não

só no sentido da observância do cumprimento de protocolos e linhas orientadoras da terapêutica, como

também no controlo de sotcks e prazos de validade

Actividade a desenvolver:

O estagiário deverá acompanhar o farmacêutico à enfermaria participando e colaborando nas actividades

por este desenvolvidas

Avaliação

Em função do tipo de actividades desenvolvidas, o estagiário deve ser questionado sobre estas, no sentido

de avaliar se o estagiário se integrou no esquema de trabalho e entendeu o objectivo das tarefas em

questão

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Page 79: Manual Apoio Estagio

10 - Reuniões periódicas de aperfeiçoamento. Discussão de casos clínicos, sessões clínicas

hospitalares, sessões bibliográficas, revisões de actualização farmacoterapêutica

Introdução

A formação permanente e a actualização contínua são indispensáveis para o exercício da profissão

farmacêutica, para a integração em equipas multidisciplinares e para a afirmação da classe farmacêutica

como elemento indispensável nos cuidados de saúde

Objectivo

pretende-se que seja proporcionado ao estagiário participar em acções de formação, sessões clínicas

hospitalares, revisões de actualização, etc., de forma a melhorar ou consolidar os seus conhecimentos

pretende-se ainda estimular o interesse pela formação actualizada

Actividade a desenvolver

O estagiário deve, sempre que se considere oportuno e adequado participar em todas as acções que

permitam melhorar os seus conhecimentos; também e sempre que possível, o estagiário deve ser

acompanhado por um elemento da equipa dos serviços farmacêuticos onde efectua estágio

Avaliação

o estagiário deve ser questionado sobre a acção formativa em que participou, nomeadamente no que

respeita ao interesse que considerou na formação e esclarecimento de dúvidas

o estagiário deve também ser capaz de distinguir a informação obtida dependendo do tipo de acção de

formação em que participou (exemplo: apresentação de produto pela indústria farmacêutica ou sessão

clínica hospitalar)

11 - Comissões técnicas. Tomar conhecimento das comissões existentes no hospital e das

actividades por elas desenvolvidas

Introdução

As comissões técnicas, são órgãos consultivos indispensáveis para a implementação de regras, normas de

procedimentos e de utilização de medicamentos e outros produtos farmacêuticos. São de importância vital

como instrumentos multidisciplinares de decisão sobre emanação de pareceres que condicionam,

adequam, normalizam e contribuem para a qualidade dos cuidados ao doente.

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Page 80: Manual Apoio Estagio

Objectivo

Pretende-se que o estagiário conheça as diferentes comissões técnicas existentes no hospital, a legislação

que as suporta, suas competências e funções, bem como a sua composição multidisciplinar

Actividade a desenvolver

deve ser facultada ao estagiário a legislação referente às comissões técnicas, de modo a que este esteja

informado sobre as competências, funções e composição

o estagiário deve tomar conhecimento das comissões técnicas existentes no hospital onde efectua

estágio

dentro do possível, deve ser dada informação geral sobre as actividades que têm sido ou estão a ser

desenvolvidas pelas referidas comissões, de modo a que o estagiário possua uma percepção mais eficaz

do tipo de trabalho desenvolvido

se considerado adequado e oportuno, o estagiário pode colaborar com o farmacêutico, na obtenção de

informação necessária à emissão de parecer por parte de alguma das comissões existentes no hospital

onde se encontra em estágio

Avaliação

o estagiário deve ser questionado sobre o tipo de comissões contempladas pela legislação e sua

importância

deve ser verificado se o estagiário percebeu as funções das diferentes comissões e a importância e o

papel da participação do farmacêutico nas diferentes comissões do hospital

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