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MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO PARA EMPRESA DE MANUTENÇÃO DE AERONAVES PADRÃO C CLASSES 1 e 3 COM 6606-01/ANAC Ícaro de Aviação Ltda. Rodovia Washington Luiz, Km 450 Cx. Postal 58, Mirassol-SP CEP 15130-970 Manual – cópia 02: GTAR-SP/ANAC

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MANUAL DA ORGANIZAÇÃO

DE MANUTENÇÃO

PARA

EMPRESA DE MANUTENÇÃO DE AERONAVES

PADRÃO C CLASSES 1 e 3

COM 6606-01/ANAC

Ícaro de Aviação Ltda. Rodovia Washington Luiz, Km 450

Cx. Postal 58, Mirassol-SP CEP 15130-970

Manual – cópia 02: GTAR-SP/ANAC

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Prédios e instalações

A empresa Ícaro de Aviação Ltda., homologada pela ANAC sob o número 6606-01/ANAC no padrão C, classes 1 e 3, está estabelecida na Rodovia Washington Luiz, KM 450, na cidade de Mirassol-SP, e totalmente instalada em um hangar cujo telhado possui uma estrutura mista de madeira e ferro, coberto com telhas galvanizadas, construção em concreto e assoalho de cimento. Nas subdivisões deste hangar, encontram-se o escritório, o almoxarifado e a oficina de célula (RBAC 145, seção 145.103, item (a) (1)) propriamente dita. O escritório, sala da administração, sala vip, cozinha, sala de bateria, banheiros 1 e 3 possuem revestimento com pisos. Internamente, o hangar e suas subseções possuem, em sua iluminação, lâmpadas de diversos tipos (fluorescentes, LED, etc); duas luminárias iluminam a frente do hangar. Há tomadas de 220V-10 Amp e 110V-10 Amp em todo o prédio. O hangar tem seis portas de ferro com rolamentos e podem ser operadas manualmente. Há um pátio de grama em frente ao hangar. Um compressor elétrico com 150 PSI supre ar comprimido e filtrado para tomadas equipadas com separador de umidade, convenientemente posicionadas no hangar. Existe aparelho de ar condicionado instalado na sala da administração, escritório e na sala vip. Há extintores de incêndio dentro do hangar e uma caixa de primeiros socorros junto à seção de Estruturas. Esta empresa possui um quarto fora do hangar onde materiais e líquidos inflamáveis são armazenados (RBAC 145, seção 145.103, item (a)(2)(vii)). Data: 14/09/2017 Seção: I Pág. nº 1 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Planta baixa O M L P N K J I G H E H A N G A R Q F D X R C

T A S V B U A – Escritório I – Ferramentas Q – Estrutura 2 B – Administração J – Bateria R – Apoio C – Banheiro 1 K – Área Externa S – Arquivo Morto D – Hidráulica L – Produtos Inflamáveis T – Cozinha E – Eletricidade M – Compressor U – Banheiro 3 F – Estrutura 1 N – Carpintaria V – Sala Vip G – Depósito O – Banheiro 2 X – Solda H – Almoxarifado P – Pintura/Entelagem Data: 14/09/2017 Seção: I Pág. nº 2 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO Organograma

Proprietários e Gestor Responsável

Responsável pela Qualidade de Serviços (Responsável Técnico)

Chefe de Escritório Mecânico Inspetor (Controle Técnico de Manutenção)

Auxiliar de Escritório Mecânico Executante

Mecânico Auxiliar Auxiliar de Mecânico Data: 14/09/2017 Seção: II Pág. nº 1 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Deveres e responsabilidades

Proprietários e gestor responsável

Os proprietários são responsáveis por contratar pessoas competentes no que diz respeito à operação e contínua manutenção da empresa e:

por prover instrumentos, ferramentas, equipamentos e materiais necessários, a fim de que a oficina possa atender a todos os requisitos aplicáveis dos RBHA/RBAC e dos fabricantes;

pelo estabelecimento de padrões que garantam condições adequadas de trabalho e segurança, como extintores de incêndio e caixa de primeiros socorros;

por adquirir as publicações técnicas de cada modelo de aeronave – Manuais de Serviço e/ou de Manutenção, Catálogo de Partes, Boletins de Serviço, Diretrizes – contida no Adendo, bem como RBHA/RBAC e IAC/IS;

por contratar o pessoal técnico – Responsável pela qualidade dos serviços (Responsável técnico); mecânico(s) inspetor(es); mecânico(s) executante(s), mecânico(s) e/ou auxiliar(es), de acordo com os pré-requisitos requeridos pelo RBAC 43, RBHA 65 e RBAC 145, conforme for a necessidade da empresa. Para cumprimento dos atributos descritos no Anexo II, do Ofício Circular nº

003/2013/GGAC/SAR emitido pela ANAC em 07/08/2013, o Gestor Responsável (GR) é selecionado entre os sócios proprietários da empresa e cadastrado na ANAC. Caso haja necessidade de mudança de gestores, a ANAC será comunicada e um novo cadastramento será feito com o novo profissional designado. Responsável pela qualidade dos serviços (responsável técnico) O RPQS (RT) tem como função básica cuidar de assuntos administrativos da empresa. Sua qualificação deve seguir as determinações do RBAC 145 e IS 145.151-001 Revisão A. Além disso, ele também é responsável por:

projetar grandes modificações ou reparos, conforme o apêndice A do RBAC 43; garantir que uma aeronave, motor, hélice e parte componente dos mesmos, somente

seja liberado para o retorno ao serviço, após grande modificação, se forem utilizados dados técnicos aprovados pela ANAC;

oferecer treinamento, quando necessário, para os funcionários da empresa, no que diz respeito aos procedimentos estabelecidos no MOM da empresa, bem como familiarização de IAC/IS e de RBHA/RBAC.

certificar-se e manter toda a publicação técnica utilizada por esta empresa – DA, AD, RBHA/RBAC, IAC/IS, BS, EA, TCDS, Partes e Produtos Homologados – em dia (IS 145.109-001B).

designar o Mecânico Inspetor. Este inspetor é escolhido entre os mecânicos que preenchem os requisitos dos RBHA 65, RBAC 145 e RBAC 43.

Obs.: O RPQS (RT) será substituído pelo inspetor quando gozar férias ou sob licença

por motivos de saúde, por um prazo não superior a 30 dias. Tal interinidade será antecipada ou imediatamente comunicada a GTAR-SP/ANAC.

Data: 14/09/2017 Seção: III Pág. nº 1 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Deveres e responsabilidades Mecânico inspetor O Inspetor é responsável por fazer a inspeção final do serviço executado bem como verificar a qualidade da execução e as condições de trabalho e inspeção, a fim de liberar a aeronave para retorno ao serviço (RBAC 43, seção 43.7). Além disso, ele tem a autoridade para aprovar células, acessórios e componentes, de acordo com os certificados técnicos (carteiras) que ele possui e em concordância no seu cadastramento na GTAR-SP/ANAC. É dever do inspetor:

assistir, supervisionar e orientar todo o pessoal designado para o setor de inspeções bem como os mecânicos executantes;

conduzir a inspeção preliminar, de falhas ocultas, em trabalho e final de todos os artigos trabalhados pela empresa e registrar os resultados como estabelecido por este manual;

assegurar-se que todo o trabalho seja apropriadamente inspecionado antes de ser aprovado e que os registros de manutenção e inspeção juntamente com os relatórios e formulários pertinentes foram adequadamente registrados;

inspecionar todos os trabalhos que requeiram mecânicos especializados, tais como equipamentos eletrônicos, estruturas de células, sistemas elétricos e peso e balanceamento.

Mecânico executante O Mecânico Executante é responsável pela manutenção, revisão e recuperação de aeronaves. Além disso:

assegurar-se que todas as ferramentas de inspeção e equipamentos de precisão, que ele esteja usando, foram testados e calibrados;

assegurar-se que peças com defeito ou não aeronavegáveis não serão instaladas em qualquer componente ou célula. Caso sejam constatados defeitos, o mecânico pode submeter relatórios de dificuldade em serviço, de acordo com o RBAC 145, seção 145.221;

pela conservação do hangar, das oficinas e de todas as ferramentas em boas condições de utilização bem como pela organização dos almoxarifados;

pela garantia de manuseio adequado, manutenção e preservação de todas as partes durante todo processo de reparo, inclusive, instalação e estocagem, após o término do trabalho; Nota: O Mecânico Executante pode delegar os seus deveres para um assistente

qualificado (Mecânico Auxiliar) ou um aprendiz (Auxiliar de Mecânico), entretanto, tal delegação não o exime de suas responsabilidades quanto aos trabalhos da empresa.

Mecânico auxiliar e auxiliar de mecânico O Mecânico Auxiliar e o Auxiliar de Mecânico têm a responsabilidade de ajudar o Mecânico Executante em suas funções, assim como manter as ferramentas e o hangar sempre em ordem.

Data: 14/09/2017 Seção: III Pág. nº 2 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Deveres e responsabilidades Chefe de escritório (controle técnico de manutenção) O Chefe de Escritório (ou CTM) é responsável pelo controle da parte política de documentação e pela segregação, manutenção e identificação de partes utilizáveis e materiais recebidos. Adicionalmente, o Chefe do Escritório é responsável por:

manter as pastas dos aviões sempre organizadas, assegurando-se de que os registros de manutenção, a ordem de serviço foram preenchidos corretamente pelo Mecânico Executante e, se os formulários foram rubricados e assinados pelo Mecânico Inspetor e RPQS (RT), respectivamente;

proteger adequadamente os materiais, partes e suprimentos. Verificar todos os artigos e partes sujeitos à deterioração e o tempo de vida especificado. Prover instalações adequadas para não misturar matéria-prima nas oficinas e espaços de trabalho;

assegurar que haja suficiente equipamentos contra-incêndio e de segurança para uso no hangar e na oficina;

fazer o levantamento de toda a publicação técnica utilizada por esta empresa (DA, AD, RBHA/RBAC, IAC/IS, BS, EA, TCDS, Partes e Produtos Homologados) utilizando-se para isso os “sites”: http://www.faa.gov e www.anac.gov.br.

certificar-se e manter as últimas revisões dos Manuais de Serviço e Catálogo de Partes pertinentes às aeronaves contidas na Especificação Operativa (EO), bem como as Fichas de Inspeção, para verificar a atualidade dos mesmos.

Obs.: O Chefe de Escritório (ou CTM) será substituído pelo Auxiliar de Escritório

quando gozar férias ou sob licença por motivos de saúde, por um prazo não superior a 30 dias.

Auxiliar de Escritório O Auxiliar de Escritório é responsável por ajudar o Chefe de Escritório (ou CTM) e o RPQS (RT) em suas funções. Também é função do Auxiliar de Escritório:

manter o escritório e toda a documentação em ordem e guardados em seus devidos lugares;

certificar-se de que materiais, partes e suprimentos estejam protegidos e guardados de forma adequada;

auxiliar na confecção de registros de manutenção, conforme a necessidade; Assegurar que a Ficha de Controle de Inspeção/Calibração de Ferramentas e a Tabela

de Vencimento de Habilitações Técnicas, assim como os itens requeridos no RBAC 145, seção 145.161 estejam sempre atualizadas.

Data: 14/09/2017 Seção: III Pág. nº 3 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Introdução Este é o programa de treinamento da empresa Ícaro de Aviação Ltda. Sendo de

pequeno porte, a Ícaro oferece serviços de revisão, recuperação e manutenção de aeronaves que operam sob o RBAC 91. Seu quadro de funcionários é pequeno, e os serviços executados contam com a mão de obra técnica baseada na experiência dos mesmos.

A Ícaro de Aviação Ltda. é responsável pela garantia de que cada funcionário tenha entendimento suficiente para executar as tarefas que lhe foram designadas, sempre prezando pela formação contínua.

Por isso, este programa apresenta os procedimentos e as políticas apropriados para determinar os requisitos de treinamento e desenvolver seu programa de treinamento, além de sistematizar o controle dos documentos, registros e revisões. Todas as informações relacionadas aos registros dos cursos de treinamento estão disponíveis através do Responsável Técnico (RT) da organização.

Cada vez que houver a necessidade de revisão, alteração ou adequação desse programa uma cópia será encaminhada à ANAC.

A Ícaro de Aviação Ltda. possui um programa de treinamento estabelecido que inclui a doutrinação (inicial e recorrente), especializado e corretivo para os funcionários que executam manutenção (inclusive inspeção), manutenção preventiva, e modificações.

O programa de treinamento da Ícaro de Aviação Ltda. consiste dos seguintes componentes:

a) Assegurar as necessidades de treinamento, identificar as necessidades gerais e específicas para cada funcionário.

b) Definição dos cursos específicos e individuais. c) Identificar as fontes para treinamento e os métodos para identificar as opções e

selecionar como a Ícaro vai disponibilizar os cursos. d) Documentar o treinamento para assegurar que todos os registros para cada

funcionário estejam disponibilizados.

O nível mínimo de qualificação do instrutor é definido pela comprovação de conhecimento e experiência prática recentes na matéria que será dado o treinamento.

O instrutor contratado ou designado deverá obrigatoriamente apresentar o Conteúdo Programático do treinamento a ser ministrado, além de uma Lista de Presença dos participantes, e fornecer certificado de conclusão.

O certificado, emitido pelo instrutor, após a avaliação, deverá apresentar o título do curso, a data de conclusão, a carga horária, a nota de desempenho/ rendimento, o conteúdo programático e a assinatura do instrutor.

Todo treinamento deverá ser avaliado pelo próprio instrutor para verificar se os objetivos foram alcançados. As avaliações poderão ser teóricas ou práticas, dependendo do tipo de curso e de acordo com a legislação aeronáutica vigente. Avaliar as necessidades de treinamento

Avaliar as necessidades da Ícaro de Aviação Ltda. é um processo de duas partes que

inclui determinar as necessidades gerais e as necessidades específicas dos funcionários. Para avaliar as necessidades gerais, a Ícaro de Aviação Ltda. reviu os tipos de trabalho

executados (revisão, recuperação de célula, manutenção), identificou e atualizou os tipos de conhecimento e habilidades que são necessárias na empresa. Isto inclui rever também a especificação operacional, os requisitos dos clientes, o escopo esperado do serviço e a experiência relevante de cada técnico que será designado a executar alguma manutenção.

Data: 02/03/2018 Seção: IV Pág. nº 1 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

A avaliação das necessidades gerais resultou na descrição do conhecimento e habilidade que um funcionário necessita ter para apropriadamente executar as tarefas associadas com o trabalho a ele designado.

A Ícaro de Aviação Ltda. promove treinamento para seu pessoal quando: a) são identificadas deficiências nos conhecimentos de um funcionário. b) mudanças centrais são realizadas em uma tarefa a ser executada por um

funcionário. c) alterações propostas no escopo da tarefa venham a comprometer as habilidades, a

experiência ou o conhecimento. d) há introdução de novos requisitos pela legislação da autoridade de aviação civil. e) há novas ferramentas, equipamentos ou habilidades para executar o serviço

apropriadamente. f) o trabalho será executado para uma empresa RBAC 135.

A Ícaro de Aviação Ltda. pode identificar as deficiências de capacidade através de

avaliações internas que possam apontar tais evidências, além de não conformidades identificadas pelas autoridades de aviação civil.

O RT assegura que o programa acima é regularmente revisado para determinar a existência de qualquer evidencia de deficiência no treinamento. É responsável também por assegurar que o trabalho executado por pessoas que requerem treinamento adicional não afete a qualidade até que o treinamento tenha sido proporcionado. Isto pode ser obtido através de supervisão adequada ou por alterações no trabalho designado.

Toda vez que a empresa planejar alterar suas instalações, equipamentos ou escopo de trabalho em suas Especificações Operativas, o RT deve assegurar que, apesar das alterações, cada pessoa continue capaz de executar a manutenção, ou identificar os treinamentos necessários para continuarem capazes. O RT irá rever os resultados da autoavaliação (requerida pelas seções 145.209 e 145.215 do RBAC 145) e identificar se são requeridos novos treinamentos.

Sempre que a empresa contratar um novo funcionário ou transferir um funcionário para um novo posto, será feito um levantamento das qualificações e habilidades para esta nova função. A Ícaro pode aceitar os registros de treinamento anteriores de um funcionário, usar um exame formal escrito, um OJT (on-the-job-training), ou qualquer outro meio apropriado para determinar se é requerido qualquer treinamento para que este funcionário assuma o novo posto.

Avaliação dos custos

O GR (ou pessoa delegada) vai determinar os requisitos do programa de treinamento

para a organização e/ou para o pessoal, baseado nos resultados da avaliação das necessidades. Para cada categoria de funcionário, a Ícaro pode estruturar o treinamento em INICIAL ou RECORRENTE. Independentemente da fase do treinamento, os requisitos do treinamento inicial devem ser atualizados, o reforço no conhecimento deve ser regulamente ministrado, e eventuais falhas/erros devem ser corrigidos.

Enquanto define os cursos ou lições, as seguintes informações devem ser documentadas, conforme apropriado:

a) objetivos/resultados requeridos de desempenho – definir o conhecimento ou habilidade obtida ou a ser obtida do curso ou lição;

b) pré-requisitos – definir o conhecimento, habilidades, cursos, ou lições que necessitam serem lecionadas antes que um curso seja fornecido;

c) fontes do treinamento – definir toda e qualquer fonte disponível para fornecer treinamento ou ministrar aulas para a empresa (ex.: fabricante original, escola, operadores aéreos, agências, etc.);

Data: 02/03/2018 Seção: IV Pág. nº 2 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO d) métodos de treinamento – definir todo e qualquer método disponível (ex.: curso

em sala de aula, execução de tarefa específica em serviço, à distância, etc.) e) qualificações dos instrutores – definir o nível de conhecimento e habilidade dos

instrutores internos, ou as qualificações daqueles que vão fornecer as informações (caso seja conhecida);

f) materiais – definir os materiais que serão utilizados durante o treinamento (ex.: apostilas, guias, manuais, ferramentas, equipamentos, etc.).

A documentação associada a qualquer treinamento aceito ou fornecido pela Ícaro de Aviação Ltda. será retida nos arquivos do programa de treinamento ou nos arquivos individuais de cada funcionário, designado para executar a manutenção sob a certificação da empresa.

Independentemente da fonte do treinamento, a Ícaro de Aviação Ltda. continua sendo responsável pela administração, adequação e atualização do seu programa de treinamento, bem como pelo controle de arquivamento dos registros.

Tipos de treinamento

O parágrafo 145.163(a), (d) do RBAC 145 estabelece que um programa de treinamento de pessoal tenha treinamento inicial e recorrente. Treinamento inicial (doutrinação)

Para funcionários novos, consiste na apresentação da empresa e seu funcionamento, procedimentos, regulamentos, manuais, aspectos gerais sobre manutenção e legislação aeronáuticas. Para funcionários antigos, este treinamento deve ser efetuado quando algum tipo de procedimento for alterado. Treinamento técnico

Apropriado para mecânicos, inspetores e técnicos que executam tarefas no processo de manutenção, manutenção preventiva e modificações.

Esta modalidade de treinamento deve contemplar o manuseio de ferramentas, de equipamentos de testes, procedimentos para registros de inspeção, segurança do trabalho, entre outros.

A duração desse treinamento pode variar de acordo com as experiências e habilidades técnicas do individuo, sendo que o objetivo é assegurar que o funcionário seja capaz de executar corretamente as tarefas a ele atribuídas. Treinamento técnico especializado

Treinamento específico de capacitação para tarefas que exijam habilidades especiais ou de alta complexidade.

Treinamento corretivo

Este tipo de treinamento é requerido para corrigir falhas imediatamente na execução de alguma tarefa de manutenção por falta de habilidade ou conhecimento do(s) funcionário(s). E, assim, de modo positivo, orientá-lo para evitar que aconteça novamente.

No momento em que se identifica uma falha ou deficiência, a Ícaro de Aviação Ltda. designa um funcionário com maior experiência/conhecimento para rever os procedimentos. Geralmente, o treinamento corretivo é feito em serviço (on-the-job-training – OJT), no próprio posto de trabalho, utilizando-se equipamentos, acessórios e ferramentas de serviço.

Treinamento recorrente

Quando há uma nova tarefa designada a um empregado ou novos funcionários na empresa, o treinamento recorrente deve ser realizado para assegurar a compreensão das informações e a fixação dos procedimentos já explicados, seguindo a avaliação de necessidade. Data: 02/03/2018 Seção: IV Pág. nº 3 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Sempre que houver novas informações, exigências ou mudanças no funcionamento da empresa, bem como na legislação aeronáutica, o treinamento recorrente será realizado para atualizar os conhecimentos dos funcionários, conforme a necessidade. Fontes e métodos de treinamento

A Ícaro de Aviação Ltda. vai utilizar todas as fontes e métodos disponíveis para fornecer as informações necessárias aos seus funcionários para que eles executem corretamente as tarefas designadas de manutenção. Cada curso, oficina ou treinamento será estruturado, de acordo com a necessidade. As fontes, os métodos e as avaliações serão determinadas para cada lição ou curso.

Documento de treinamento

O RT assegurará que os registros de treinamento são gerados e mantidos para todos os funcionários da Ícaro de Aviação Ltda., tal que seja estabelecido que cada pessoa seja capaz de executar a manutenção designada.

Todos os documentos de comprovação de treinamento são mantidos enquanto a pessoa é empregada e, após, por mais 5 (cinco) anos, conforme o parágrafo 145.163 do RBHA 145.

Qualquer funcionário pode rever os seus registros de treinamento para verificar se estão atualizados. Se um funcionário notar uma incoerência nos registros de treinamento, ele deve informar o RT, sendo que qualquer atualização dos registros de um funcionário deve ser aprovada pelo GR também.

A empresa Ícaro de Aviação Ltda. registra os treinamentos no formulário Ficha de Registro de Treinamento (vide seção VI, anexo 07). Cada funcionário terá seu histórico de registro atualizado. Cópias de certificados expedidos por fabricantes e/ou empresas terceirizadas serão conservadas na pasta de cada empregado, no arquivo da empresa. Processo de revisão

Este programa de treinamento sofrerá revisões quando necessário, seja por ordem interna da empresa, seja pela legislação aeronáutica vigente, seguindo os procedimentos descritos no MOM (Controle do manual, página A).

Os funcionários serão sempre avisados quanto às mudanças, alterações e revisões e, caso houver necessidade, treinamentos serão organizados pelo GR e RT.

Trabalhando para operações RBAC 135

A Ícaro de Aviação Ltda. pode realizar serviços em aeronaves regidas pelo RBAC 135. Para isso, os procedimentos devem ser seguidos, conforme descritos no MOM.

Antes de executar serviços de manutenção para estes operadores, a empresa deve conduzir uma avaliação quanto à necessidade de treinamento para determinar se capacidades adicionais são necessárias ou não para seus funcionários. Trabalhadores temporários

Durante os períodos de grande quantidade de trabalho, a Ícaro de Aviação Ltda. pode

suplementar seu quadro de trabalho de funcionários para a manutenção. Antes que estas pessoas comecem suas atividades na empresa, o GR deverá determinar quais tarefas elas irão executar, para serem conduzidos à avaliação apropriada e ao treinamento adequado. Data: 02/03/2018 Seção: IV Pág. nº 4 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO Procedimentos para determinar a qualificação do instrutor O GR ou pessoa designada por ele fará a escolha do instrutor com base no conhecimento teórico-técnico no assunto que será tratado durante o treinamento. De acordo com a área, o instrutor pode ser o próprio RT, o Mecânico Inspetor, o CTM ou outro especialista. Para determinar sua qualificação, o instrutor deverá apresentar ao GR ou pessoa designada documentos de comprovação: diploma ou certificado de conclusão de curso, carteiras de habilitação da ANAC (se for o caso), seu currículo e declaração de tempo de serviço assinada pelo RT da empresa correspondente (se for o caso), para a comprovação de experiência prática recente. Procedimentos para medir a eficácia dos treinamentos Ao final do treinamento, uma prova escrita será aplicada a todos os participantes, para a avaliação de desempenho, sendo a nota mínima para a aprovação é 7 (sete). Quando o treinamento abordar execução de tarefas em aeronaves, ferramentas ou equipamentos, além da prova escrita, será aplicado teste prático. Registros durante a execução dos procedimentos previstos

A avaliação de necessidade, a definição da estrutura geral do treinamento, a medida de eficácia e a lista de presença dos participantes são registradas em seus formulários próprios. Uma cópia é arquivada na pasta de cada funcionário participante da empresa, sempre à disposição.

Procedimentos para determinar o conteúdo programático dos treinamentos

Com a avaliação de necessidade em mãos, o GR ou pessoa designada definirá a

estrutura geral do treinamento a ser ministrado: que tipo de curso, conteúdo, objetivo, resultado esperado, método, material e instrutor.

NOVOS FUNCIONÁRIOS ANTIGOS FUNCIONÁRIOS

Treinamento inicial (doutrinação) Treinamento inicial (atualização) *Todas as categorias de funcionários Apresentação do funcionamento da empresa; homologação junto à ANAC; Manual da Organização de Manutenção (MOM); aspectos gerais sobre manutenção e alteração de aeronaves; legislação da aviação civil; formulários.

Treinamento técnico (inicial) Treinamento técnico (atualização) *Mecânico executante, mecânico inspetor, auxiliar de mecânico que trabalham com manutenção, manutenção preventiva, modificações. Instrução sobre uso de ferramentas, equipamentos; preenchimento de formulários durante a inspeção; segurança no trabalho.

Treinamento técnico especializado (inicial) Treinamento técnico especializado (atualização)

*Mecânico executante, mecânico inspetor que realizam serviços de pintura e entelamento. Treinamento recorrente (revisão/fixação) Treinamento recorrente (revisão/atualização)

*Todas as categorias de funcionários Novas tarefas atribuídas; revisão de informações; fixação de conhecimentos e procedimentos; atualização sobre o funcionamento da empresa e legislação aeronáutica.

Treinamento corretivo Treinamento corretivo *Todas as categorias de funcionários Correção de uma falha na execução de uma tarefa, seja por procedimento equivocado seja por deficiência em informação/conhecimento.

Data: 26/04/2018 Seção: IV Pág. nº 5 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Geral / Política de Segurança O Mecânico Inspetor é responsável pela total conformidade com todos os procedimentos, estabelecidos nesta seção, como apropriado a qualquer item sendo inspecionado, reparado, revisado ou modificado pela empresa. A aeronavegabilidade de tais itens e a conformidade com os requisitos de registro dos operadores dos mesmos e da própria empresa dependem do atendimento aos procedimentos desta seção e da aprovação final do próprio inspetor.

Pessoal de inspeção É requerido que o Mecânico Inspetor e o RPQS/RT estejam totalmente familiarizados com todos os métodos, técnicas e equipamentos de inspeção usados em sua área de responsabilidade, visando determinar a qualidade da aeronavegabilidade de um artigo sob manutenção, reparo ou modificação. Todo o pessoal deve manter, também, proficiência na utilização dos vários tipos de equipamentos a serem usados para inspecionar um item, estando disponíveis para todo o pessoal de inspeção especificações atualizadas envolvendo tolerância, limitações e procedimentos estabelecidos pelos fabricantes de produtos sendo inspecionados, assim como outros tipos de informações tais como diretrizes de aeronavegabilidade, boletins dos fabricantes, manuais de manutenção, documentos de engenharia, cartas de serviço, RBHA/RBAC, IAC/IS, etc. O procedimento para manter a proficiência do pessoal de inspeção está descrito no capítulo IV (Treinamento de Funcionários) deste manual. O pessoal de inspeção designado para operar nas oficinas é obrigado a se familiarizar com os requisitos dos RBHA/RBAC e das IAC/IS aplicáveis à referida operação, com particular ênfase no seguinte:

RBHA/RBAC 39, 43, 45, 65, 91, 120, 135, 137, 145

MPR-100

IAC/IS

21-004B, 21.181-001B, 39-001A, 43-001A, 43.9-001A, 43.9-002A, 43.9-003A, 43.13-004A, 43.13-005A, 120-002A, 137.201-001B, 145-001B, 145-009A, 145-010A, 145.109-001B,

145.151-001A, 013-1001, 060-1002A, 060-1003, 180-1003.

Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 1 Edição: 01 Revisão: 00

ÍCARO DE AVIAÇÃO LTDA.

MANUAL DA ORGANIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO

Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Dados técnicos (RBAC 145, item (m), seção 145.209 e item (c)(1)(v), seção 145.211)

A biblioteca técnica, entenda-se Diretriz de Aeronavegabilidade, RBHA/RBAC, IAC/IS, Partes e Produtos Homologados, será mantida atualizada de acordo com os requisitos da IS 145.109-001B. Nas fichas de inspeção, o número do seu respectivo Manual de Serviços e/ou de Manutenção estará expresso, bem como sua última revisão. Caso alguma ficha esteja em língua estrangeira, será de responsabilidade do Responsável pela Qualidade dos Serviços (ou Responsável Técnico) (RPQS/RT), a sua tradução para o português.

O levantamento e a atualização de diretrizes de aeronavegabilidade serão feito através dos “sites”: http://www.faa.gov e http://www.anac.gov.br/. Os RBHA/RBAC e as IAC/IS também serão atualizados por meio do site da ANAC (www.anac.gov.br). Cada vez que um RBHA/RBAC e/ou IAC/IS for atualizado, uma cópia dessa atualização será arquivada no computador e a anterior será eliminada.

As publicações CESSNA e BEECHCRAFT são atualizadas através de assinaturas realizadas com seus respectivos fabricantes. As publicações CESSNA são conferidas através da internet no site www.cessna.com. As pesquisas são feitas pelo Chefe de Escritório (ou Controle Técnico de Manutenção – CTM) e controladas pelo RPQS/RT, conforme a entrada de aeronaves para fazer serviços de manutenção.

Esta empresa possui um contrato de assinatura com a empresa ATP (Aircraft Technical Publishers) para a atualização das publicações PIPER.

As publicações técnicas NEIVA são atualizadas por meio de assinatura realizada com a PUBTEC, já as publicações da AERO BOERO são atualizadas através do site do fabricante (http://www.aero-boero.com.ar/).

Os Manuais de Manutenção e Parts Catalogs são checados nos sites dos fabricantes e com os checklists fornecidos pelas empresas com as quais esta empresa tem contrato de assinatura. Caso alguma aeronave esteja fora de produção, a empresa entrará em contato com a ANAC ou Unidade Regional para tomar as devidas providências.

A empresa possui uma lista mestra que define suas publicações e suas últimas datas de atualização para melhor controle (seção 145.211, item (c)(1)(v) do RBAC 145).

Todos os funcionários da empresa têm acesso a todas as informações técnicas através do RPQS/RT ou pelo Chefe de Escritório (CTM) (seção 145.209, item (m) do RBAC 145).

Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 2 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção

Controle de ferramentas comuns O controle de uso de ferramentas do quadro é feito através de cartões coloridos, tendo em vista que cada vez que alguém retirar uma ferramenta, um cartão é colocado em seu lugar com a identificação de quem está utilizando-a. Antes da aprovação e entrega de um serviço, o quadro de ferramentas deverá estar completo. Quando é necessário pedir emprestada uma ferramenta, a Ícaro assina contrato com a empresa contratada e se exige dela o laudo de calibração/aferição válido. O mesmo procedimento acontece se a Ícaro emprestar ou alugar uma ferramenta sua. Isto porque a Ícaro de Aviação Ltda. possui uma lista mestra de ferramentas (comuns, especiais e equivalentes) e controle de calibração, o que facilita a gestão de empréstimos e de controle de seu quadro de ferramentas também. A Ícaro compromete-se pelo uso correto e cuidado necessário, inclusive, se responsabilizando pelo reparo, calibração ou substituição da ferramenta, se for o caso. Vale destacar que a empresa contratada é responsável pelo empréstimo da ferramenta em perfeito estado de conversação, condição de funcionamento e calibração/aferição válida. Controle dos cartões

Verde – Mecânico Auxiliar 01 Rosa – Mecânico Auxiliar 02 Vermelho – Mecânico Executante 01 Amarelo – Mecânico Executante 02 Branco – Mecânico Inspetor 01 Preto – Mecânico Inspetor 02 Laranja – Responsável pela qualidade dos serviços (Responsável Técnico) Azul – Chefe de escritório (CTM)

Dentro da seção de ferramentas, está fixada uma tabela de cores com o respectivo nome do detentor. RPQS, inspetor, mecânicos, auxiliares e chefe de escritório Tanto o RPQS/RT, o inspetor, os mecânicos, os auxiliares quanto o chefe do escritório (CTM) devem estar totalmente familiarizados com os requisitos deste manual, com os RBHA/RBAC, com as Diretrizes de Aeronavegabilidade e IAC/IS, com as ordens de engenharia e boletins de serviço pertinentes. O sistema de inspeções basicamente requer que o mecânico executor rubrique e ou carimbe o registro dos trabalhos executados por ele, antes de submetê-lo à aprovação do Inspetor. O inspetor indica sua aceitação do trabalho realizado com seu carimbo e/ou rubrica próximo ao registro do item no formulário apropriado. Política de ferramentas especiais equivalentes As ferramentas especiais equivalentes devem ser capazes de realizar todas as funções requeridas com precisão igual ou superior a da ferramenta especial recomendada. Identificadas com P/N próprio, a demonstração técnica de equivalência é descrita no formulário ANAC 900-77, assinado pelo RT e deve estar em concordância com os parágrafos 5.2.7 e 5.2.8 da IS Nº 43.13-005, conforme aplicável. O plano de manutenção e o calendário de calibração dependerão da necessidade individual de cada ferramenta. Data: 15/06/2018 Seção: V Pág. nº 3 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Qualificação e/ou supervisão de pessoal não certificado (RBAC 145, seção 145.211, item (c)(1)(vi) A qualificação de pessoal não certificado, mas, que tenha vínculo empregatício com a empresa, deve ser feita através dos treinamentos descritos na seção IV (Treinamentos de Funcionários) e supervisionado durante seus trabalhos pelo mecânico inspetor. Desta maneira, o pessoal não certificado se familiariza com os procedimentos e as normas dos fabricantes dos produtos aeronáuticos e com a legislação em vigor. Para o pessoal não qualificado, sem vinculo com a empresa, o mecânico inspetor, juntamente com o RPQS/RT, devem fazer um acompanhamento dos serviços realizados por tal pessoal, para garantir que todos os trabalhos estejam de acordo com as normas e os procedimentos descritos pelos fabricantes do artigo aeronáutico e pela legislação em vigor. Política de recebimento de partes (RBAC 145, seção 145.211, item (c)(1)(i))

Todo o material recebido (miscelânea AN ou MS, partes, componentes, equipamentos ou outros) é verificado quanto à quebra de lote, ao estado de conservação, uso, defeitos ou falhas aparentes por meio de uma inspeção que pode ser feita pelo Mecânico Inspetor. O resultado dessa inspeção será registrado na Ficha de Inspeção de Recebimento (vide seção VI, anexo 08), sendo mantido junto com o artigo até o momento que seja liberado para uso.

Caso a oficina venha a adquirir partes específicas em determinadas quantidades para uso em diversas aeronaves, a organização deverá ter seu próprio controle do lote que se encontra em sua posse, além da quebra de lote do fornecedor. O controle deve ser efetuado através do uso de anotações em cartões, com a descrição de seus respectivos produtos. Estes cartões ficarão junto dos produtos no almoxarifado.

Para que haja melhor rastreabilidade, como, por exemplo, a quebra de lote do que estava estocado, o cartão irá conter também a data de aquisição do produto e quantidade; a quantidade utilizada, data e aeronave na qual o produto foi usado.

Assim que um material chega na empresa, as informações são checadas para assegurar conformidade com o pedido que foi feito no ato da compra (quantidade, p/n, n/s, etc.) e/ou outras especificações aplicáveis, como:

Documento de quebra de lote feita pelo fornecedor, que deve ter uma cópia anexada a Ficha de Inspeção de Recebimento;

Especificação técnica e origem conhecida, comprovando ser material aprovado que satisfaça os padrões mínimos de segurança previstos nos RBHA/RBAC;

Registros de manutenção (histórico, última inspeção, revisões, reparos e/ou alterações sofridas, conforme aplicável);

Atestado de boa condição de uso do material emitido pelo fabricante. Qualquer produto que deixe de atender aos requisitos aplicáveis receberá etiqueta de

“não utilizável”. As discrepâncias serão anotadas e será devolvido para o fornecedor. Para evitar que tais produtos sejam utilizados, o Chefe de Escritório (CTM) os manterá no escritório até que sejam reembalados para devolução.

Obs.: Antes de usar qualquer material, checa-se a data final de material com o tempo de vida em prateleira, sendo usado o material com menos tempo disponível para o caso, desde que ainda não vencido. Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 4 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Requisitos gerais de testes

1. Componentes novos fabricados sob um Certificado de Homologação para Produção, conforme uma Ordem Técnica Padrão; qualquer componente, que tenha sido reparado ou sofrido revisão geral ou ainda, que tenham sido recondicionados pelo fabricante, requerem uma inspeção visual no ato do recebimento antes de serem liberados para retorno ao serviço.

2. Todos os componentes que necessitarem de verificação funcional, esta será feita de acordo com instruções do fabricante. Entretanto, se tais instruções específicas não estiverem disponíveis, os requisitos para a verificação funcional serão determinados pelo Mecânico Inspetor e descritos em um formulário visando prover um meio de determinar conformidades com os mesmos. Se não existirem facilidades adequadas de teste na empresa, os componentes podem ser verificados funcionalmente na aeronave. Em qualquer caso, todas as verificações funcionais devem ser acompanhadas e registradas pelo Inspetor ou pessoa por ele designada.

3. O Responsável pela Qualidade dos Serviços/Responsável Técnico pode requerer uma verificação funcional de qualquer componente que tenha sofrido reparo ou revisão geral em outra oficina, se, em sua opinião, tal verificação for necessária antes da liberação do componente para retorno ao serviço.

4. Todas as partes novas ou com revisão geral compradas de fornecedores devem ser verificadas quanto à apropriada documentação de aprovação, garantia de qualidade e comprovante de compra antes de serem liberadas para instalação na oficina.

Ordem de serviço A partir do recebimento de um pedido de serviço de manutenção, revisão ou modificação em uma célula, uma Ordem de Serviço (vide parte VI, ANEXO 03) pode ser aberta pelo RPQS/RT, Inspetor, Mecânico Executor ou Chefe de Escritório. O formulário é pré-numerado e esse número será a referência básica para os registros dentro do arquivo mantido no escritório. A Ordem de Serviço especificará o trabalho a ser realizado e será suplementada, como necessário, com instruções detalhadas de inspeções contidas em formulários apropriados, visando assegurar a inspeção, a manutenção e/ou reparo da unidade envolvida. O número de formulários adicionais usados será colocado na Ordem de Serviço.

Cada Ordem de Serviço é arquivada dentro da pasta da sua respectiva aeronave e conservada no arquivo do escritório. Uma O.S. tem uma ordem numérica, toda a informação necessária para identificação da aeronave, instruções especiais para o caso, o trabalho a ser desenvolvido e o nome e endereço do cliente.

Será responsabilidade do Chefe de Escritório assegurar que instruções suplementares sejam fornecidas, garantindo o progresso adequado, dos serviços, das inspeções e dos testes do produto envolvido. O Mecânico Executante deverá registrar os trabalhos executados e rubricar o término do trabalho no formulário. O Inspetor usará rubrica para aprovar o trabalho e o retorno ao serviço, e o Responsável pela Qualidade dos Serviços assinará para liberar a aeronave.

Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 5 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção

Registro de trabalhos Deve ser conservado um registro detalhado de todos os serviços pela empresa. Uma cópia da Ordem de Serviço com todos os seus anexos são mantidos na pasta da referida aeronave arquivada no escritório da empresa. Cada registro de serviço é verificado pelo Inspetor quanto ao trabalho realizado, peças usadas e assinatura do Mecânico que realizou o serviço. O Responsável pela Qualidade dos Serviços faz a checagem final da documentação. Os registros serão mantidos em arquivo por cinco (05) anos. Todos os registros de manutenção devem estar de acordo com o item 43.9 ou 43.11 (conforme aplicável) do RBAC 43. Inspeção preliminar (RBAC 145, seção 145.211, item (c)(1)(ii)) O Mecânico Inspetor é responsável pela execução de inspeções apropriadas, incluindo testes funcionais, visando assegurar que todas as aeronaves enviadas à oficina para manutenção, modificação ou reparo, de acordo com os privilégios do Certificado de Homologação da Empresa 6606-01, sejam submetidas a uma inspeção preliminar para determinar o estado de preservação e quaisquer defeitos dos itens envolvidos.

Esta inspeção será registrada na Ficha de Inspeção Preliminar (vide seção VI, anexo 04) com todas as discrepâncias observadas pelo Mecânico Inspetor e Mecânico Executante. Tal formulário deve ser anexado à ordem de serviço referente à unidade envolvida. O formulário permanecerá junto à aeronave até que o serviço de manutenção seja terminado. Logo após, esta ficha será anexada aos outros registros de inspeção. Formulários adicionais apropriados serão usados para registrar os resultados de testes funcionais. Tais formulários devem conter o número da ordem de serviço e serão anexadas a ela.

Antes do início de qualquer trabalho, no caso de trabalho a ser executado para uma empresa aérea sob os registros de aeronavegabilidade continuada do RBAC 135, o inspetor irá assegurar-se de que todas as informações técnicas e especificações sejam incluídas ou referenciadas nas instruções de trabalho que irão acompanhar o artigo dentro da empresa e que o trabalho está sendo feito de acordo com o manual da empresa aérea envolvida. Inspeção quanto a falhas ocultas (RBAC 145, seção 145.211, item (c)(1)(iii))

A inspeção preliminar não deve se limitar à área de danos ou deterioração óbvia, deve incluir uma inspeção profunda visando identificar falhas ocultas em áreas adjacentes à área danificada ou, no caso de deterioração, uma revisão completa de todos os materiais ou equipamentos similares em um dado sistema ou área estrutural. A extensão dessa inspeção será ditada pelo tipo de unidade envolvida, com especial atenção à vida operacional anterior, relatórios de falhas e mau funcionamento, boletins de serviço e DAs aplicáveis à referida unidade. O inspetor, juntamente com o mecânico executante, são responsáveis pela listagem de todas as discrepâncias observadas durante a inspeção na ficha de discrepâncias e o inspetor pela verificação das correções de tais discrepâncias antes de aprovar o serviço executado.

Para aeronaves envolvidas em acidente/incidente deve-se realizar o registro das discrepâncias encontradas durante a inspeção preliminar e quanto a falhas ocultas em um laudo de avarias, conforme o parágrafo 5.4 da IS 43.13-004A.

Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 6 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Controle de itens perecíveis (“Shelf-Life”) O controle de itens perecíveis utilizados na empresa é realizado através de uma tabela, onde está a descrição do produto e sua data de validade, conforme especificado em sua embalagem. Na compra de novos produtos, sua descrição e data de validade deverão ser incluídas na tabela. Todo item perecível que estiver com sua data de validade expirada será descartado como lixo. Grandes reparos e grandes modificações em aeronaves (RBAC 43, apêndice A; IS 21-004B) A cada inspeção de 100 horas ou IAM, os registros das aeronaves que derem entrada na oficina para execução de tais serviços, deverão ser submetidos a uma inspeção, a fim de se constatar a existência de grandes modificações e grandes reparos, assim como um mapa que conste o histórico de tais serviços e eventuais requerimentos de inspeções periódicas que contenham instruções de aeronavegabilidade continuada.

Caso sejam detectados grandes reparos ou modificações com instruções de aeronavegabilidade continuada, o Mecânico Inspetor deve preparar registros adicionais, visando prover um histórico abrangente dos serviços realizados. Estes registros devem conter a ordem de serviço, os boletins e as cartas de serviço, as anotações de DAs, os tipos de inspeção, dados numéricos relacionados com testes funcionais e/ou testes especiais não-destrutivos a serem realizados, conforme aplicável ou necessário.

Para registrar grandes modificações e grandes reparos, tomar como referência a IS 43.9-001A (Instruções para preenchimento do Formulário SEGVÔO 001) ou suas revisões posteriores. Os dados de engenharia e outros dados técnicos aprovados pela ANAC/CTA/GGCP, autorizando o reparo ou modificação, devem ser claramente indicados. Quando desenhos especiais forem feitos para cobrir a condição específica de reparo, cópias desses desenhos devem ser incluídas nos registros da aeronave, devendo ser feitos pelo RPQS/RT desde que tenha certificação de engenharia. Se a aeronave tiver sofrido um acidente ou incidente, desde que não se enquadre na descrição do parágrafo anterior, esta empresa seguirá todas as determinações exigidas pela IS 43.13-004A ou suas revisões posteriores, desde a revelação de fotos das partes avariadas e o pedido de autorização para início de reparos até os procedimentos finais para liberação da aeronave para o retorno ao serviço.

As unidades removidas da aeronave, que sejam utilizáveis, serão guardadas em local apropriado, devendo conter uma etiqueta branca com a identificação da aeronave (n/s, modelo e marcas).

Reparo, revisão geral e modificação em acessórios e equipamentos Qualquer tipo de acessório e/ou equipamento, que na inspeção preliminar, necessite de reparo ou revisão geral, será identificado com uma etiqueta verde com as instruções apropriadas para reparo escritas na mesma e encaminhado para uma empresa homologada pela ANAC para executar o serviço apropriado. Nenhuma unidade pode ser aprovada para retorno ao serviço sem uma etiqueta da manutenção da empresa responsável pelo serviço, autorizando tal retorno, que deve seguir o SEGVÔO 003 da IS 43.9-002A ou suas revisões posteriores, aprovando tal liberação. Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 7 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Procedimentos de inspeção

O Mecânico Inspetor é responsável pela inspeção eficiente dos serviços realizados na empresa, visando a segura aceitação dos serviços conforme estabelecidos por este manual e outros dados técnicos aprovados. As discrepâncias encontradas na inspeção preliminar ou aquelas geradas no decorrer de uma modificação e/ou um reparo são registradas na Ficha de Discrepâncias (vide seção VI, anexo 04) e anexadas à ordem de serviço. Tais discrepâncias devem ser submetidas à inspeção do inspetor. Após todo o trabalho ter sido completado e aceito, para a unidade obter a aceitação final deverá passar pelo RPQS/RT.

Ao terminar sua operação específica, o mecânico deverá fechar o item com sua rubrica, indicando que o trabalho foi completado e está pronto para inspeção. A ação realizada para corrigir uma determinada discrepância será notada à frente de cada item de ordem de serviço. O inspetor irá então inspecionar o item para garantir conformidade com as especificações. Testes funcionais de qualquer sistema afetado pelo trabalho realizado devem ser feitos antes da aceitação final, que é indicada pela assinatura do RPQS/RT. Inspeção de manutenção

Uma inspeção de 100 horas será realizada de acordo com o programa de manutenção aprovado do fabricante ou com um programa de inspeções progressivas aprovado pela ANAC ou ainda de acordo com o apêndice D do RBAC 43. Inspeções de aeronaves construídas por amador e de aviões com programas de acordo com o RBHA 91.407, serão realizadas de acordo com o programa de inspeção provido para cada modelo específico de aeronave. A documentação de inspeção será suplementada, como necessário, para cobrir itens a serem substituídos por tempo (TLV), itens especiais de inspeção, discrepâncias e diretrizes de aeronavegabilidade. Todas as inspeções a mais de 100 horas terão a documentação de acordo com o exigido pela ANAC. Nenhuma aeronave retornará ao serviço após uma inspeção realizada conforme previsto acima, até que todas as discrepâncias afetando sua aeronavegabilidade tenham sido corrigidas. O pessoal de inspeção é responsável pela fiscalização das ordens de serviço executadas, visando garantir que todos os itens das mesmas foram realizados e que todo trabalho de maior envergadura foi executado de acordo com dados aprovados. O pessoal de inspeção fará uma reverificação para assegurar conformidade com esta seção. Após as ordens de serviço terem sido verificadas quanto ao seu fechamento e acuracidade, elas são encaminhadas para o escritório. Os registros de trabalho e de inspeção serão conservados em arquivo por um período de cinco (05) anos. Em todas as nossas fichas de inspeção, foi incluída a seção “Requisitos Periódicos”, com as linhas para a verificação de grandes modificações e do apêndice D do RBAC 43.

REQUISITOS PERIÓDICOS INTERVALOS DE HORAS ASSINATURAS 50 100 500 1000 Mecânico Inspetor 1 – Verificação de grandes modificações e/ou grandes reparos, assim como possíveis inspeções periódicas requeridas após a incorporação das mesmas. Esta verificação também deve ser realizada durante execução de IAM.

2 – Cumprimento dos itens descritos no Apêndice D do RBAC 43. Este item também deve ser cumprido durante execução de IAM.

Ilustração da seção Requisitos Periódicos nas fichas de inspeção Data: 02/03/2018 Seção: V Pág. nº 8 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Procedimentos para atestar uma IAM A empresa Ícaro de Aviação Ltda., sendo homologada pelo RBAC 145, é competente para atestar uma Inspeção Anual de Manutenção. Portanto, preenche os requisitos de acordo com o requerido pelo parágrafo 91.409(a) do RBHA 91. O conteúdo e forma de registros de manutenção, manutenção preventiva, recondicionamento, modificação e reparo (exceto inspeções realizadas conforme o regulamento 91 e conforme os parágrafos 135.411 (a)(1) e 135.419 do regulamento 135) será feito de acordo com o parágrafo 43.9 do RBAC 43. Durante a realização de IAM, será preenchido o formulário “FIAM” – Ficha de Inspeção Anual de Manutenção Asa Fixa, que pode ser encontrado na biblioteca digital do site www.anac.gov.br. Este formulário segue as recomendações de uma inspeção de 100 horas ou a programada pelo fabricante ou ainda aquela autorizada pela ANAC. Na frente, contém todas as informações sobre a aeronave, do(s) motor(es), da(s) hélice(s) e do seguro da aeronave que deve estar válido no momento da IAM, assim como o Certificado de Aeronavegabilidade e o de Matricula. No verso, segue-se informações referente o apêndice D do RBHA 43 e de inspeções programadas, calibrações, cumprimento de Diretrizes de Aeronavegabilidade, troca de componentes por motivo de vencimento de TBO, recuperação após acidente, etc. Uma cópia da FIAM é anexado aos documentos da aeronave e outra é arquivada dentro da pasta da aeronave no escritório da empresa. Para aeronaves cuja última IAM tenha sido realizada há 3 (três) anos ou mais, a empresa realizará a maior e mais abrangente inspeção prevista pelo programa de manutenção recomendado pelo fabricante da aeronave, incluindo itens especiais, horários ou calendáricos estipulados. Motores e hélices deverão estar necessariamente com o programa de manutenção (inspeções, testes, calibrações, revisão geral e vidas limites de componentes) cumprido, conforme previsto pelos correspondentes fabricantes, em documentação aprovada/aceitável pela ANAC, em ordem e atualizada, devendo ser observados também os critérios de preservação nos períodos de inatividade. A oficina deve fazer a verificação da documentação da aeronave para garantir se estão em ordem, em dia e de acordo com os RBHA/RBAC e/ou IAC/IS vigentes. Durante a IAM também deve ser cumprido, conforme aplicável, as Diretrizes de Aeronavegabilidade ou os documentos equivalentes de cumprimento obrigatório, fazendo o registro primário detalhado nas FCDA (Ficha de Cumprimento de Diretrizes de Aeronavegabilidade) ou nas cadernetas da aeronave, motor ou hélice, conforme aplicável, do método de cumprimento utilizado. Além disso, também deve ser confeccionado um Mapa de Controle de Cumprimento de Diretrizes de Aeronavegabilidade. Todos os registros aqui citados devem estar de acordo com os parágrafos 5.13, 5.14 e 5.15 da IS 31-009A. Ainda durante a IAM deve-se: - Confeccionar ou atualizar a lista de grandes modificações e de grandes reparos incorporados na aeronave, de acordo com as seções 91.417 e 135.439 dos RBHA 91 e RBAC 135 respectivamente; - Verificar os lançamentos previstos nas cadernetas aplicáveis; - Verificar os números de série dos componentes controlados instalados, confrontando-os com seus registros nos documentos apropriados; - Verificar o crédito dos componentes controlados instalados, conforme previsto no programa de manutenção da aeronave utilizado; - Constatar a conformidade da aeronave, motor e hélice com as especificações aprovadas (especificação da aeronave (EA), “type certificate data sheet” (TCDS) ou documento equivalente) e com os RBHA/RBAC aplicáveis); Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 9 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção

Procedimentos para atestar uma IAM (continuação) - Confeccionar ou atualizar registros da situação corrente de manutenção dos

componentes controlados, de acordo com o requerido pelas seções 91.417 e 135.439 dos RBHA 91 e RBAC 135 respectivamente, conforme aplicável. O modelo aceitável do Mapa Informativo de Controle de Componentes também pode ser encontrado na biblioteca digital do site www.anac.gov.br; - Verificar se os componentes controlados estão identificados de acordo com o RBAC 45. Um componente cuja identificação esteja ilegível, adulterada, ou seja, inexistente, deverá ser considerado Não-Aeronavegável e, portanto, não aplicável à aeronave; - Verificar o estado geral, condições de segurança e a validade dos equipamentos de emergência da aeronave, conforme aplicável; - Arquivar, pelo prazo mínimo de 05 (cinco) anos, as fichas de inspeção ou os documentos equivalentes correspondentes as inspeções realizadas, devendo as mesmas estarem devidamente rubricadas, item por item, pelo executante e pelo inspetor que aprovou a execução do serviço, e com o visto final do inspetor que aprovou o retorno ao serviço após a inspeção, observados os requisitos do RBAC 43; - Após a conclusão da IAM deve-se realizar os registros em caderneta de célula, motor e/ou hélice, conforme aplicável, usando como modelo o padrão que pode ser encontrado também na biblioteca virtual do site da ANAC; - O preenchimento da FIAM deve ser efetuado registrando a aprovação ou a reprovação da aeronave para retorno ao serviço. Caso haja reprovação deve-se elaborar uma lista de não-conformidades encontradas durante a IAM, que deve ser fornecida ao proprietário ou ao operador da aeronave para que haja a correção das mesmas; e - Após a conclusão da IAM e em caso de aprovação para retorno ao serviço deve-se preencher o formulário constante no sistema de E-DIAM que se encontra no site da ANAC (www.anac.gov.br). Procedimentos para cumprimento e registro de diretrizes de aeronavegabilidade (IS 39-001A e RBAC 39) Devido ao fato de que esta empresa seja homologada no padrão C, nas classes 1 e 3, o Chefe de Escritório (CTM) faz um levantamento de todas as DAs e ADs de célula, baseado no modelo e número de série da aeronave que esteja fazendo um serviço de manutenção ou uma IAM. Para as Diretrizes aplicáveis, é feito o registro primário utilizando-se, para isto, o formulário de FCDA, ou seja, Ficha de Cumprimento de Diretrizes de Aeronavegabilidade. Além disso, faz-se o registro do cumprimento nas cadernetas, de acordo com a especificidade e há a confecção do mapa informativo de cumprimento de DAs. Esse mapa somente será modificado, caso seja constatado alguma alteração junto ao GGCP/CTA/ANAC, FAA e fabricantes. Embora esta empresa não seja homologada para executar serviços de revisão geral ou modificações em peças e componentes do grupo moto-propulsor e instrumentos de marcação, navegação e vôo, o Chefe de Escritório (CTM) fará um levantamento de DAs e ADs dos fabricantes, a fim de checar se há alguma alteração em mapas informativos anteriores que a aeronave possua e também, se há alguma Diretriz que tenha que ser executada imediatamente. Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 10 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Etiquetas de identificação (Vide seção VI, anexo 09) Nosso sistema de etiquetas abrange 3 tipos diferentes: Etiqueta Branca – Usada apenas para facilitar a identificação da unidade que pertence à aeronaves que estejam em manutenção na oficina. Pode ser preenchida pelo Mecânico Executante. Etiqueta Vermelha - Será colocada em partes rejeitadas, aguardando destino final. Esta etiqueta pode ser preenchida pelo Mecânico Executante e/ou Inspetor. Etiqueta Verde – Será colocada em unidades ou partes requerendo reparos ou revisões, devendo ser informado o tipo de trabalho que deve ser executado. Pode ser preenchida e assinada pelo Chefe de Escritório.

Acabamento externo A pintura de pequenas partes será feita em área específica dentro da empresa (vide Planta Baixa, seção I, p. 2). Quando houver necessidade de uma pintura de porte grande, o serviço será realizado dentro do hangar, porém, toma-se o cuidado de retirar todas as outras aeronaves que estiverem hangaradas na oficina.

Preservação de partes (RBAC 145, seção 145.103) Os componentes são preservados de acordo com as recomendações dos fabricantes ou de outros padrões industrialmente aceitos. Para assegurar máxima proteção das partes, proteção contra umidade, temperaturas extremas, poeira, choques e outros danos, os componentes são preservados em caixas, sacos plásticos ou adequadamente embrulhados. Os componentes/partes são guardados em armários dentro dos almoxarifados e, caso necessário, dentro dos armários do escritório. Partes rejeitadas, inclusive por ter vencido tempo de vida em prateleira, serão inutilizadas e/ou identificadas pelo uso de etiquetas vermelhas; serão devolvidas ao proprietário da aeronave, mediante a assinatura de um recibo, sendo que, se não for de interesse do proprietário em permanecer com a peça, o mesmo deverá assinar uma declaração de ciência para a destruição e/ou mutilação da parte condenada, conforme descrito na IS 43.001A, item 5.2. Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 11 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Registro de inspeção especializada, teste ou calibração (RBAC 145, seção 145.105 (b) e 145.211 (c)(1)(viii)) Uma vez ao ano, os instrumentos de precisão desta oficina são testados e calibrados por uma empresa contratada, exceto o manômetro da prensa hidráulica que não é utilizado como ferramenta de precisão. Uma lista de controle de vencimento de calibração de ferramentas e/ou instrumentos é guardada no escritório da empresa e é atualizada a cada nova calibração efetuada. Ferramentas como “apenas referência” são identificadas com uma etiqueta e servem apenas para valores aproximados. Só receberão esta identificação se estiverem em boa condição de conservação e se houver a possibilidade de uso em situações específicas.

A empresa contratada deverá prover todos os comprovantes de registro desta inspeção especializada, teste e/ou calibração (laudos técnicos, notas fiscais). Eles são arquivados em uma pasta específica dentro do escritório. Quando o teste, inspeção especializada ou calibração for feito em algum componente ou instrumento de alguma aeronave, será feita uma fotocópia (xerox) de todos os registros e os mesmos serão arquivados na pasta da aeronave. Os originais ficam com o proprietário e/ou operador da aeronave. Quando for requerido pelo fabricante o registro de uma inspeção dimensional, um teste ou uma calibração, se a oficina Ícaro de Aviação Ltda. não for homologada para tal, a mesma fiscalizará todo registro feito nos formulários das empresas que realizaram tal inspeção. Os formulários devem ser datados e assinados pela pessoa que executou a inspeção, teste e/ou calibração. Inspeção final e liberação para o serviço

Antes da liberação para o retorno ao serviço, o inspetor irá verificar os itens na ordem de serviço, visando determinar se todo o serviço foi executado. Após fazer tal verificação, o inspetor, o executor e o RPQS/RT assinam juntos a aprovação do artigo, a fim de liberá-lo para retornar ao serviço. Os registros devem estar em conformidade com o RBHA 43, seção 43.9. NOTA: Inspeções realizadas conforme RBHA 91 e/ou 135 (135.411(a)(1) ou 135.419), seus registros devem seguir os requisitos previstos no RBHA 43, seção 43.11. Registros de substituição e/ou instalação de componentes e acessórios são feitos na ordem de serviço e também nas cadernetas. Além disso, componentes controlados por TBO, TLV ou data são listados no Mapa Informativo de Controle de Componentes. Os registros nas cadernetas de célula, motor e hélice são feitos segundo as instruções da IS 43.9-003A ou suas revisões posteriores.

Geralmente, a aprovação de grandes reparos segue de acordo com a seção 43.9 e o apêndice B, parágrafo b, do RBAC 43, caso eles tenham sido feitos conforme um manual ou especificações anteriormente aprovados. A liberação de manutenção é parte integrante da ordem de serviço no momento da liberação para o retorno ao serviço. Uma cópia desse formulário será entregue ao proprietário e outra fica arquivada na pasta da aeronave no escritório da empresa. Em todos os casos em que estiver envolvida uma grande modificação será preenchido o formulário da ANAC e do parágrafo a, do apêndice B do RBAC 43.

Registros apropriados serão feitos na documentação da aeronave, indicando os reparos e/ou modificações executadas pelas empresas, data e referenciando o formulário da ANAC envolvido. O original do formulário será inserido na documentação da aeronave, uma cópia será enviada para a GTAR-SP/ANAC e outra ficará anexada à ordem de serviço.

É responsabilidade do RPQS/RT verificar se o Manual de Vôo da aeronave foi adequadamente revisado após qualquer alteração ou modificação na aeronave e se a ficha de peso e balanceamento foi emendada como necessário.

Data: 02/03/2018 Seção: V Pág. nº 12 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção

Inspeção final e liberação para o serviço (continuação) Componentes e partes de uma aeronave acidentada, que devem ser revisadas,

modificadas ou reparadas, somente poderão ser reutilizadas, se forem inspecionadas, testadas e possuírem laudos técnicos (SEGVÔO 003) aprovados pela legislação brasileira. Nenhuma aeronave será liberada para retorno ao serviço até que a ordem de serviço e outros registros tenham sido verificados quanto ao término dos serviços e aceitação final assinados pelo Inspetor, Executor e/ou RPQS. Particular atenção deve ser dada à situação das diretrizes de aeronavegabilidade aplicáveis. Uma lista com o nome das pessoas autorizadas a assinar as aprovações para retorno ao serviço fica guardada no escritório da empresa. Declaração de liberação de manutenção

Para liberação de grandes reparos feitos pela empresa de acordo com o RBAC 43 será

usado um formulário de liberação de manutenção e/ou uma etiqueta impressa, preparados como previsto no apêndice B do RBAC 43. Outros registros, de acordo com a seção 43.9 do RBAC 43, serão feitos, como requerido, mesmo que o formulário da ANAC ou outros documentos de liberação tenham sido usados para retornar o artigo ao serviço. Em qualquer caso, a empresa indicará em sua cópia de ordem de serviço se uma liberação de serviço foi ou não usada, com tal informação devidamente assinada pela pessoa autorizada.

Relatório de dificuldade em serviço (RBAC 145, seção 145.221) Esta empresa enviará relatório a ANAC, dentro de 96 horas após sua descoberta,

sobre qualquer evento sério de falha, defeito grave, mau funcionamento ou outra condição de não-aeronavegabilidade, descoberto em uma aeronave, motor, hélice ou componentes do mesmo. O relatório será elaborado pelo RPQS/RT e pelo Mecânico Inspetor na forma estabelecida pelo RBAC 145 e determinações da ANAC, descrevendo em detalhes o evento descoberto em sua totalidade, contendo todas as informações pertinentes.

No caso em que o relatório descrito acima puder prejudicar a empresa, a ANAC será contatada para determinação de como ele deve ser encaminhado. Se o evento descoberto se constituir em risco iminente para a segurança de vôo, a empresa usará o método mais expedito possível para remeter a informação a ANAC.

Quando estiver sendo feito um serviço para uma empresa aérea homologada e um evento como descrito acima for encontrado, a empresa aérea será notificada para que ela possa emitir um Relatório de Confiabilidade Mecânica.

Manutenção subcontratada (RBAC 145, seção 145.217) Qualquer trabalho realizado por outra organização, que não esta empresa, será inspecionado pelo Inspetor ou outra pessoa designada por ele. Esta inspeção visa verificar se o trabalho foi feito de modo adequado, se as partes e materiais usados foram de qualidade aeronáutica e se a documentação recebida com o material garante a autenticidade da peça e do trabalho realizado. Em nenhuma hipótese, uma peça feita ou reparada por um subcontratante seja usada, antes que o Inspetor ou pessoa por ele designada tenha aprovado a aeronavegabilidade da peça. Se por algum motivo o material subcontratado for rejeitado por não-aeronavegabilidade, ele será imediatamente classificado como tal e será devolvido ao subcontratante. Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 13 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Lista de manutenção subcontratada

1. Anodização ou deposição eletrolítica; 2. Operações complexas de usinagem envolvendo o uso de plainas, fresas, etc; 3. Jateamento de areia e operações de limpeza química; 4. Tratamento térmico; 5. Fabricação de longarinas de madeira; 6. Revisão geral e reparos em unidades de amortecimento hidráulico-pneumáticos; 7. Revisão geral e reparos em componentes hidráulicos; 8. Revisão geral e reparos em motores e hélices; 9. Revisão geral e reparos em magnetos, motores de partida, alternadores, carburadores,

injetoras, bombas de combustível, entre outros. 10. Inspeções fluorescentes em ligas leves; 11. Inspeções envolvendo testes não-destrutivos que utilizam partículas magnéticas, ultra-

som e/ou líquido penetrante; 12. Testes de aferição e reparos em instrumentos de vôo e de precisão, equipamentos de

navegação e comunicação; 13. Peso e balanceamento de aeronaves. 14. Todo serviço de soldas que se fizerem necessários, são terceirizados.

Itens de inspeção obrigatória ( I I O ) Qualquer operação de manutenção que tenha sido executada impropriamente e possa ser crítica para a segurança do vôo de uma aeronave, deve ser submetida a uma inspeção obrigatória. Um inspetor qualificado, familiarizado com todos os métodos, técnicas e equipamentos usados na inspeção, será designado pela empresa para determinar a aeronavegabilidade do artigo envolvido. Quando o trabalho for realizado para um operador sujeito aos requisitos de aeronavegabilidade continuada do RBAC 135, os I I O especificados pelo operador não podem ser mudados pela empresa. Execução de trabalhos em local fora da empresa

De acordo com o RBAC 145, seção 145.203, esta empresa pode executar trabalhos

em qualquer artigo para o qual ela seja qualificada em locais que não o local onde a empresa está instalada, desde que o trabalho seja executado da mesma maneira que seria executado na oficina; todo o pessoal necessário, equipamento, materiais e informações técnicas sejam colocados disponíveis no local onde o trabalho será executado.

Este manual estabelece procedimentos aprovados, disciplinando trabalhos a serem executados em locais outros que não a oficina, conforme seção 145.203, item b. A fim de que tais procedimentos possam ser aprovados, eles devem:

Ser escritos em termos inteligíveis para as pessoas que irão usá-los; Ser acompanhados regularmente para assegurar que atendem à natureza do

trabalho cuja execução possa se dar fora da empresa. Esse acompanhamento é necessário devido à dificuldade em se prever a natureza de tais trabalhos;

Ser desenvolvido para a particular empresa, a natureza dos serviços e a freqüência prevista para os mesmos. Devem ser capacitados as seguintes partes:

1) Quem irá autorizar o serviço, organizar o projeto e dirigi-lo e quem irá executar o serviço;

Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 14 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Execução de trabalhos em local fora da empresa (continuação)

2) Quais os tipos de atividade que serão exigidos (suprimentos, reparos, inspeções, comunicações, etc);

3) Onde parte do trabalho deve ser feito. Pode ser vantajoso executar algum trabalho em componentes e partes, como procedimento padrão, na própria empresa;

4) Como os trabalhos serão acompanhados e revistos para assegurar que os procedimentos estão sendo adequados e que a responsabilidade está sendo garantida;

5) Para ajudar o pessoal a entender e aceitar o sistema, é conveniente programar reuniões sobre o mesmo onde será explicado porque certos requisitos, controles e relatórios são necessários.

O privilégio de executar trabalhos em locais que não a empresa é concedido temporariamente. Se for estabelecida uma base permanente no local, a empresa deverá requerer a homologação de uma sede satélite (ou filial) no referido local.

A Ícaro de Aviação Ltda. irá realizar serviços fora de sua sede somente após

comunicar a ANAC o local e o tipo de serviço que será executado. Só serão prestados serviços para os quais a oficina for homologada. Somente o proprietário, o RPQS/RT ou o Mecânico Inspetor estão autorizados a abrir uma ordem de serviço para tais trabalhos. O Mecânico Executante será responsável por executar o serviço e pela indicação da pessoa que irá ser seu(s) auxiliar(es). O Inspetor é responsável pela inspeção do trabalho e deverá assegurar-se de que todos os serviços e seus respectivos requisitos serão completados, como necessário. O Mecânico Inspetor terá a responsabilidade de autorizar o retorno ao serviço do artigo envolvido. O Mecânico Executante deverá assegurar-se de que o artigo a ser trabalhado e seu grupo de trabalho estarão em local seguro para o serviço a ser executado e que estarão protegidos contra fenômenos atmosféricos. O mecânico executante será responsável por prover todo o pessoal, formulários, dados técnicos, ferramentas e equipamentos necessários à execução da manutenção pretendida. Ele será responsável, também, pelo estabelecimento de um sistema de comunicações entre o grupo de trabalho e a empresa. O Chefe do Escritório (CTM) será responsável por prover partes e suprimentos para o grupo de trabalho. Todos os artigos removidos de um produto sendo trabalhado fora da empresa devem ser enviados para o escritório da empresa. Tais artigos serão inspecionados de acordo com os procedimentos normais da empresa e enviados para as oficinas ou para outras organizações subcontratadas. Todo o pessoal designado para executar serviços fora da empresa deve executar suas funções específicas da mesma maneira que as executaria na empresa. Sempre que for necessária a solicitação de traslado de uma aeronave para a sede, a fim da execução de serviços, a oficina realizará uma inspeção quanto à condição de aeronavegabilidade da aeronave, no local onde ela se encontra e após comunicar a ANAC o local e o serviço, conforme já citado anteriormente. Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 15 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção Renovação do certificado de aeronavegabilidade através do RCA e LV A realização da renovação do Certificado de Aeronavegabilidade das aeronaves a qual a empresa possui em seu adendo, será realizada através dos formulários “FORM 100-33” (RCA) e “FORM 100-34” (LV), conforme mencionados na IS 21.181-001B. Os modelos dos formulários “F100-33” (RCA) e “FORM F100–34” (LV) são padronizados, e os mesmos, encontram-se disponíveis no site da ANAC. Procedimentos para a renovação do certificado de aeronavegabilidade através do RCA e LV

Toda aeronave com a finalidade de renovação de seu Certificado de Aeronavegabilidade através do RCA e LV, sofrerá inspeção preliminar, a qual tem finalidade de que não haja nenhum transtorno na hora da entrega da aeronave após a realização dos serviços. Após a inspeção preliminar, o Inspetor designado, solicitará ao chefe do escritório (CTM) da empresa a abertura da Ordem de Serviço, para que se possa dar início aos trabalhos a serem realizados.

Após a abertura da Ordem de Serviço, a aeronave terá toda sua documentação, registros de manutenção e outros documentos pertencentes à mesma, inspecionados quanto a sua aplicabilidade, sua situação de aeronavegabilidade, vencimentos de seus componentes e demais itens controlados, cumprimento de AD(s) e DA(s) e de boletins de serviços aplicáveis ao modelo da mesma. O chefe do escritório da empresa (CTM) realiza uma pesquisa via meio eletrônico (internet) da situação técnica da aeronave, verificando se a mesma não contem multas e quanto a sua situação junto RAB. Caso a aeronave esteja com C.A (Certificado de Aeronavegabilidade) suspenso por algum código, a empresa deve atuar junto ao proprietário para sanar a devida suspensão do Certificado de Aeronavegabilidade, visando a continuidade dos serviços, conforme descrito na seção 5.4, item 5.4.5 da IS 21.181-001B.

Após inspeção preliminar, o Inspetor solicitará também ao chefe do escritório, a impressão da ficha de inspeção, aplicável ao modelo da aeronave, e do formulário “FORM F100-34” (LV), para que possam dar inicio a execução da inspeção da aeronave, conforme seu plano de manutenção aplicável e a verificação conforme o que se pede no formulário supracitado.

Com o “FORM F100-34” já impresso e em mãos, o inspetor, juntamente com o mecânico executante, inicia a verificação conforme o formulário supracitado. No decorrer da inspeção e verificação, o Inspetor e o Mecânico executante, irão verificar item por item, detalhadamente da Lista de Verificações, demarcando no campo “LEG.” a sigla “OK” para os itens aplicáveis e devidamente inspecionados quanto a sua aeronavegabilidade, e também demarcando no mesmo campo a sigla “N/A” para os itens não aplicáveis ao modelo da aeronave.

Quando na existência de alguma não conformidade, a aeronave não será liberada até que a mesma não seja reparada, vindo a estar totalmente aeronavegável para sua liberação.

Após aprovada a Lista de verificação e se não houver restrições junto ao RAB, a empresa emitirá o RCA e o LV.

Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 16 Edição: 01 Revisão: 00

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Sistema de Controle de Qualidade e de Inspeção

Procedimento para cumprimento de manutenção de operadores segundo RBAC 135 Todo tipo de serviço a ser realizado em uma aeronave regida pelo RBAC 135 deverá ser efetuado de acordo com o manual do programa de manutenção confeccionado pelas empresas regidas por estas legislações, conforme RBAC 145, seção 145.205. Os manuais e procedimentos dos programas de manutenção citados devem ser cedidos pelas empresas proprietárias das aeronaves que necessitem a execução de algum serviço. Uma cópia dos registros dos serviços realizados deverão ser arquivados no escritório da oficina em uma pasta identificada pelo prefixo da aeronave, por um período de 05 (cinco) anos. Procedimentos para tomada de ações corretivas quanto a não-conformidades (RBAC 145, seção 145.211, item (c)(1)(ix)) Toda não-conformidade encontrada em produtos aeronáuticos e/ou procedimentos da empresa são relacionadas em um Plano de Ações Corretivas (PAC), que tem como característica:

descrição detalhada da não-conformidade encontrada; requisitos da legislação ou do fabricante (conforme aplicável); identificação das causas da não-conformidade; solução adotada para correção; e ações preventivas para evitar reincidência da não-conformidade.

Em caso de não-conformidade encontrada na empresa durante auditoria técnica

realizada pela ANAC, uma cópia do plano de ações corretivas e dos documentos comprovatórios de correção devem ser enviados para a ANAC e outra cópia deve ser arquivada no escritório da organização.

Se a não-conformidade encontrada for de um produto aeronáutico, o proprietário ou operador será contatado para que se realize a correção e após uma cópia do PAC deve ser arquivada em pasta com o prefixo da aeronave nos arquivos do escritório da oficina.

Data: 14/09/2017 Seção: V Pág. nº 17 Edição: 01 Revisão: 00

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Formulários

Movimento mensal de serviços de manutenção executados Este formulário é utilizado para registrar todos os serviços de manutenção que esta empresa realizou dentro de cada mês. Até o último dia da primeira quinzena do mês subseqüente, uma cópia deste relatório é enviada para a GTAR-SP/ANAC e outra fica arquivada na pasta “Aviões hangarados” (RBAC 145.221-I, parágrafo a).

Pessoal técnico vinculado à empresa Neste formulário, todas as pessoas que exercem uma função dentro de nossa empresa são listadas, juntamente com os números de suas licenças junto a ANAC e seus certificados e/ou licenças (carteiras). A cada três (03) meses, uma cópia é enviada para a GTAR-SP/ANAC e outra fica arquivada na pasta “Pessoal vinculado” (RBHA 145.221-I, parágrafo b).

Ordem de serviço É através deste formulário que são inseridas as informações da aeronave (célula, motor e hélice), do proprietário e/ou operador e todos os serviços que o mecânico executante irá realizar. Este documento é anexado aos outros registros de manutenção e arquivado dentro da pasta de cada aeronave.

Ficha de discrepâncias Quando uma aeronave chega em nossa oficina para fazer qualquer tipo de serviço de manutenção, o mecânico executante (sozinho e/ou com seu auxiliar) faz um levantamento de todas as discrepâncias existentes na aeronave que devem ser corrigidas durante a execução do serviço. Cabe ao mecânico inspetor checar cada item listado e corrigido.

Controle de ordem de serviço Este formulário é utilizado para que o Chefe de Escritório tenha um controle da relação dos números de ordens de serviços abertas pela empresa. Nele, coloca-se os seguintes dados da aeronave: matrícula, fabricante, modelo, n/s, proprietário, tipo do serviço que irá executar, data de entrada e de saída, podendo ser assinado pelo RPQS/RT da empresa.

Ficha de inspeção preliminar Nesta ficha, é assinalado o estado geral de conservação da aeronave e listado os itens

pertencentes à mesma em um exame visual, em caráter preliminar quando do recebimento da aeronave. Este formulário deve ser anexado à ordem de serviço.

Avaliação de necessidade de treinamento Esta ficha destina-se ao registro da necessidade de treinamentos para o pessoal técnico vinculado a esta empresa, além da estruturação geral do curso a ser ministrado.

Ficha de inspeção de recebimento Este formulário é utilizado no ato do recebimento de qualquer tipo de material ou produto comprado por esta empresa. Informações a respeito da ordem de compra, especificações técnicas e inspeção do estado de conservação e verificação da condição de uso são registrados nesta ficha.

Ficha de controle de calibração de ferramentas Este formulário é utilizado para controlar as calibrações de todas as ferramentas desta empresa que necessitem desse serviço.

Lista de produtos perecíveis Esta lista é destinada ao controle dos produtos perecíveis que estão na empresa, assim como suas validades. Data: 26/04/2018 Seção: VI Pág. nº 1 Edição: 01 Revisão: 00