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12 vereadores desrespeitaram a von- tade dos eleitores rio-pretenses, depositada nas urnas e, numa ma- nobra articulada pelo prefeito Valdomiro Lopes, suspenderam Marco Rillo, o mais vo- tado da cidade. Comprometido com a defesa do transporte público de qualidade, Rillo se indignou, em outubro de 2009, com a rejeição de mais um projeto que traria benefícios para os usuários de ônibus: “(...) isso é um processo tão livre, se ele fosse transparente e nin- guém aqui recebesse dinheiro da Circular Santa Luzia, se alguém aqui não recebesse dinheiro das construtoras, talvez não fosse tão difícil passar um projeto desse.” Sem citar nomes, Rillo manifestou-se am- parado pela Constituição Federal e pela prerrogativa do vereador em não ser acu- sado de crime por opinião, palavra ou voto, no exercício do mandato. Valdomiro articulou a suspensão, Nilson Silva armou o projeto e, segundo levantamento da imprensa, 12 vereadores apoiaram a manobra. Informativo do Diretório Municipal do PT de São José do Rio Preto.

Marco Rillo

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12 vereadores desrespeitaram a vontade dos eleitores rio-pretenses, depositada nas urnas e, numa manobra articulada pelo prefeito Valdomiro Lopes, suspenderam Marco Rillo, o mais votado da cidade.

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12 vereadores desrespeitaram a von-tade dos eleitores rio-pretenses, depositada nas urnas e, numa ma-

nobra articulada pelo prefeito Valdomiro Lopes, suspenderam Marco Rillo, o mais vo-tado da cidade.

Comprometido com a defesa do transporte público de qualidade, Rillo se indignou, em outubro de 2009, com a rejeição de mais um projeto que traria benefícios para os usuários de ônibus: “(...) isso é um processo tão livre, se ele fosse transparente e nin-guém aqui recebesse dinheiro da Circular Santa Luzia, se alguém aqui não recebesse dinheiro das construtoras, talvez não fosse tão difícil passar um projeto desse.”

Sem citar nomes, Rillo manifestou-se am-parado pela Constituição Federal e pela prerrogativa do vereador em não ser acu-sado de crime por opinião, palavra ou voto, no exercício do mandato.

Valdomiro articulou a suspensão, Nilson Silva armou o projeto e, segundo levantamento da imprensa, 12 vereadores apoiaram a manobra.

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Rillo é suspenso ao defendermelhorias no transporte público

Marco Rillo, vereador eleito mais votado, foi suspenso por 60 dias de suas funções pelos vereadores aliados do prefei-to Valdomiro Lopes por declarações feitas na tribuna, em 2009. Na época, Rillo indignou-se com a rejeição de projeto de lei da vereadora Alessandra Trigo (PSDB) que tornava obrigatória a presença de cobradores nos ônibus urbanos, e denunciou na tribuna relações escusas entre vereadores e empresas privadas.

E, esses mesmos vereadores que rejeitaram o projeto de melhorias no transporte urbano e foram acusados de imorali-dades por Rillo, conduziram o processo de afastamento do ve-reador do PT de suas funções, desrespeitando a Constituição que garante proteção às opiniões e àspalavras do vereador.

A inviolabilidade da tribuna é uma proteção prevista na Constituição Federal que busca preservar a independência do Poder Legislativo. Segundo esse dispositivo constitucio-nal, o vereador não comete crime por opinião, palavra ou voto, proferidos no exercício do mandato e dentro dos li-mites do município.

Inédita na história da cidade, a manobra que resultou na suspensão do vereador Marco Rillo foi articulada pelo prefeito Valdomiro Lopes e votada em outubro, afrontando a democracia e revelando a face obscura de um adminis-trador perseguidor.

Incomodado com as críticas de Rillo à sua administração, além da suspensão, Valdomiro tem se ocupado em esquecer o nome do vereador nas placas das inaugurações públicas.

Antes de Rillo, Valdomiro Lopes já havia colocado em sua mira o Conselho de Saúde, tentando calar as criticas à área mais fragilizada de sua administração. Ao ser co-frontado com a fraude para reduzir os números da dengue na cidade, o prefeito médico prescreveu rapidamente o remédio: perseguir o servidor que denunciou o esquema ao Ministério Público.

Mais recentemente, Valdomiro lançou-se contra o ex-de-putado Nelson Seixas, tentando tomar-lhe o reconhecimento de nominar um prêmio cultural oferecido pela cidade.

Marco Rillo está em sua terceira legisla-tura como vereador. Desde 92, quando as-sumiu pela primeira vez, como suplente, Rillo conduz sua vida política com coragem e ética. Assim também é em sua vida pro-fissional e pessoal. Funcionário respeitado pelos seus colegas na antiga Telesp, orga-nizou e presidiu a associação da categoria. Em casa, é a figura central de uma família numerosa e unida.

Intransigente com injustiças e desonesti-dades, Rillo faz a defesa corajosa dos in-teresses da população e não abre mão do

papel fi scalizador do vereador, tornando-se alvo daqueles que preferem parlamenta-res submissos ao prefeito e coniventes com transações escusas. Em toda legislatura, houve tentativas de cassá-lo.

Nessa legislatura , além de presidente das comissões de Legislação Participativa e de Direitos Humanos, é membro das comissões de Saúde e de Cultura e Arte. Foi o vereador eleito com maior número de votos, 4.389.

Foi secretário municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos, em 2001 e secretário mu-nicipal de Serviços Gerais, de 2002 a 2003.

A defesa da ética

voto, proferidos no exercício do mandato e dentro dos li-mites do município.

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Rio-pretenses apóiam Marco Rillo

“Fiquei estarrecido com o episódio, uma afronta à Constituição contra um dos parlamentares mais combativos e honesto que já conheci.”

Vereador Pedro Roberto - PSOL

“Declarei publicamente o meu voto contrário à suspensão do vereador Marco Rillo e não me senti ofendida ou atingida pela declaração feita pelo colega ao discursar sobre a dificuldade de emplacar projeto contra interesses da Circular e de interesse dos usuários, motoristas e cobradores. A política é dinâmica, ninguém pode prever o futuro nem as coligações possíveis e impossíveis em cada disputa eleitoral. Atualmente o PT exerce oposição em Rio Preto, tal qual o PSDB, oposição em Brasília. Nunca deixei de ver possibilidade de atuação conjunta em temas apropriados, como no caso de mobilização por transporte coletivo de melhor qualidade.”

Vereadora Alessandra Trigo - PSDB

“Na Câmara já houve casos semelhantes e nada aconteceu. Estão tratando coisas iguais de maneira diferentes.”

Vereador Dinho Alahmar - PSB

O vereador Marco Rillo é coorde-nador do movimento “Quero transporte de Qualidade” da

qual fazem parte também represen-tantes da sociedade. Desde o início da legislatura, a comissão discute os critérios para a nova concessão, pois o contrato com a empresa Circular Santa Luzia termina em fevereiro do próximo ano.

Rillo e o vereador Pedro Roberto (Psol) iniciaram os trabalhos verifi can-do as necessidades dos usuários. Em seguida, procuraram conhecer melhor os sistemas de transporte de outras ci-dades. Estiveram em Uberlândia cujo

modelo de concessão do transporte coletivo urbano foi premiado em 2009 como ‘novo conceito de transporte ur-bano’ pelo Ministério de Cidades.

Em abril, a comissão realizou o 1º Debate sobre Concessão do Transporte Coletivo de São José do Rio Preto e, a comissão apresentou propostas para colaborar com a Prefeitura.

Segundo os estudos da comissão, são necessários mais ônibus, frota mais nova, 100% de acessibilidade, terminais climatizados, confortá-veis e seguros, redução drástica do tempo de espera e interligação efi -caz com os bairros.

Contrato com a Circular Santa Luzia termina em fevereiro

Vereadores discordamde decisão da Câmara

Boa parte dos vereadores que suspendeu o Marco Rillo já esteve envolvida em escândalos. A honestidade e a coragem do Marco deve incomodá-los.

Madalena Munhos MantovamPres. Associação de Moradores do Alto das Andorinhas

Todo mundo sabe que o vereador falou a verdade. Se não fosse verdade, teríamos transporte público de melhor qualidade, com mais horários e menos atrasos.

Mateus de Campos Pereira - Confeiteiro

Essa atitude dos vereadores só consegue provar que o Marco Rillo tem razão. Eles têm medo

das verdades que o Marco fala.

Edna Maria dos Santos - Comerciante

Eles são tão covardes que se escondem atrás da votação secreta para atingir o Marco. Aposto que se

a votação fosse aberta, seria diferente.

Paulo Fabreti - Publicitário

O ideal democrático foi ultrajado com a medida de suspensão de Rillo. Mediocridade é o que melhor define essa atual legislatura.

Eduardo Lima - Historiador

Quem elegeu o Marco Rillo fomos nós, seus quase cinco mil eleitores. Suspendê-lo é desrespeitar

os nossos votos.

Célio Bitencourt - Empresário

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Em 24 de março de 2009, chamou os cidadãos de “curva de rio” durante sessão da Câmara em que se discutia o assessor fantasma de Oscar Pimentel.

Após ter sido flagrado empregando funcionário fantasma em seu gabinete, foi obrigado a devolver para a Câmara os salários recebidos indevidamente pelo assessor.

Nilson Silva - Chamou cidadãos de “curva de rio”

Oscarzinho - Empregando fantasma

Foi acusado de barganhar cargos para obter a presidência da Câmara, nomeando apadrinhados seus e dos vereadores que o apoiaram para conduzir o Legislativo.

Jorge Menezes - Barganha de cargos

Carlão JC - Negócio em terreno público

Foi flagrado por reportagem do Diário da Região utilizando o gabinete e funcioná-ria da Câmara em benefício pessoal, organizando locações de salão de festa.

Gerson Furquin - Alugando salão de festa

Maurin Ribeiro - Gabinete de brinquedoTambém foi flagrado por reportagem do Diário da Região utilizando o gabinete e funcioná-rio da Câmara em benefício pessoal, organizando locações de brinquedos para festa.

Foi flagrado por reportagem do Diário da Região utilizando irregularmente terreno público para acomodar parte de seu negócio de venda de material de construção.

É investigado pela Polícia Federal, que apura improbidade em reformas de casas no João Paulo II durante o período que Abdanur foi secretário de Habitação. Também é suspeito

de enganar inscritos na Emcop para obter votos, anunciando falsas contemplações de moradias.

Jorge Abdanur - Investigado pela Polícia Federal

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