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MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresaria (Profa. Karla Rocha)

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MBA GESTÃO EMPRESARIAL

Disciplina: Economia Empresarial

(Profa. Karla Rocha)

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AULA 1: OFERTA E DEMANDA

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Aula 1: Oferta e Demanda

Objetivos:Apresentar os conceitos de oferta, demanda, elasticidades e mercadoEsboçar as características principais do chamado equilíbrio de mercado Ilustrar o comportamento do consumidor.

Exemplo:“Em novembro, demanda cresce e oferta cai no setor aéreo.(Veja: 22/12/2012)Dados da Anac mostram queda (...) na oferta na comparação com igual mês de 2011. No mesmo período, a procura aumentou (...).”

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Quem tentou comprar passagens aéreas neste fim de ano encontrou valores mais altos do que a média. Dados divulgados nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ajudam a explicar o que ocorreu: a demanda aumentou, a oferta diminuiu e a lei que rege o mercado empurrou os preços para cima.(...)

Turbulência – Estes números evidenciam a complexa situação das duas maiores companhias aéreas brasileiras, (...), que, pressionadas em 2012 por expressivos aumentos de custo (...), deram início a políticas de corte nas rotas consideradas menos rentáveis, sobretudo para o Norte e Nordeste. (...)No somatório dos onze primeiros meses de 2012, a demanda cresceu 7,2%. No mesmo período, a oferta não acompanhou o ritmo: o acréscimo foi de apenas 3,7%.(...)

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Alguns Problemas Econômicos:

- Por que a expansão da moeda e do crédito pode gerar inflação ?

- Por que o nordestino possui uma renda per capita muitoinferior à do paulista ?

- Como pode uma desvalorização cambial conduzir a umamelhoria na balança comercial e uma redução do salário real ?

- Até onde juros altos reduzem o consumo e estimulam apoupança ?

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Alguns Problemas Econômicos:

- Por que a taxa de juros de mercado e o preço esperadode venda do produto são dados importantes para as decisões de investimento das empresas ?

- Por que a renda dos agricultores se eleva quando ocorre uma estiagem que reduz a produção ?

- Por que a alta de preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar ?

- Por que estudar economia quando o lazer é mais atraente ?

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Sua concepção:

A economia repousa sobre os atos humanos e é por excelência uma ciência social. Apesar da tendência atual ser a de se obter resultados cada vez mais precisos para os fenômenos econômicos é quase que impossível se fazer análises puramente frias e numéricas, isolando as complexas reações do homem no contexto das atividades econômicas.

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Definição

Deriva do grego: “aquele que administra o lar”.

Economia é uma ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas.

- A ciência que estuda a escassez.- A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos.- O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos.

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Problemas econômicos fundamentais

Necessidades Humanas > Ilimitadas ou Infinitas.

Recursos Produtivos (Fat.de Produção) > Finito e Limitado(Recursos naturais, Mão de Obra, Capital)

- Insumos -

Escassez : Natureza limitada dos recursos da sociedade. (restrição física dos recursos)

Contradição

Terra, matéria-prima, etc.

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O QUE e QUANTO produzir ?

A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e quanto ?

COMO produzir ?

Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra intensiva.

PARA QUEM produzir ?

Como será a distribuição de renda gerada pela ativi-dade econômica. Quais os setores beneficiados.

Problemas econômicos fundamentais

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Necessidades humanas ilimitadas

XRecursos

produtivosescassos

Escassez Escolha

O que e quantoComo

Para quem(produzir)

Problemas econômicos fundamentais

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Análise Positiva – Análise Normativa

Declarações Positivas = Os economistas tentam descrever o mundo como ele é. (Descritivas)Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda reduziria a Taxa de Inflação. (Cientistas econômicos)

Declarações Normativas = Os economistas prescrevem como o mundo deveria ser. (Prescritivas)Ex.: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de moeda emitida. (Envolve: Valores, ética, religião, política,etc.) (Formuladores de políticas)

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Micro e Macroeconomia

Microeconomia – é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens.

– Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos.

Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível de vendas no varejo, numa capital.

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Macroeconomia – é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as variáveis (agregadas) que determinam o volume da produção total (crescimento econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial.

Micro e Macroeconomia

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Micro e Macroeconomia

Desenvolvimento Econômico – estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem-estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo(crescimento da renda per capita, distribuição de renda,evolução tecnológica).

Economia Internacional – estuda as relações de troca entre países (transações de bens e serviços e transações monetárias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das relações financeiras internacionais.

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- Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dadosos fatores de produção e a tecnologia disponíveis.

Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção

- É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados.

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Modelo: 2 Bensutilizando emconjunto todosos Fatores deProdução.

Fronteira de Possibilidades de Produção

0

250

450

600700750

0100200300400500600700800

0 100 200 300

Qtd. Produzida de X

Qtd

. Pro

d. Y

Tradeoff dasociedade

Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção

A obtençãode algumacoisa, porém,abrindo mãode outra.

“Nada é de graça”

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Fronteira de Possibilidades de

Produção

Qtd. Produzida de X

Qtd

. Pro

d. Y

A

B

C

D

250200150

750

450

250

Neste ponto o custo deoportunidade é zero, pois não é necessário sacrifíciode recursos produtivos paraaumentar a produção de umbem, ou mesmo, dois bens.

A – Capacidade Ociosa (Ineficiência)

Fronteira de Possibilidades de Produção

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Fronteira de Possibilidades de

Produção

Qtd. Produzida de X

Qtd

. Pro

d. Y

A

B

C

D

250200150

750

450

250

B,C – Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro.- Combinações de produto -(Nível de produto Eficiente / Pleno Emprego)

D – Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato.

Fronteira de Possibilidades de Produção

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Custo alternativo / Custo implícito

É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada.

Custo de Oportunidade

O custo de alguma coisa é o que você desistepara obtê-la.

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Trade off

B => C + Produto X- Produto Y

Custo de Oportunidade

Ex.:

Ex.:

C => B O custo de oportunidadede 200 unid. deY é 50 de X.

Fronteira de Possibilidades de

Produção

Qtd. Produzida de X

Qtd

. Pro

d. Y

A

B

C

D

250200150

750

450

250

Fronteira de Possibilidades de Produção

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Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe.

Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso.

Fronteira de Possibilidades de Produção

=> Lei dos custos de oportunidade crescentes

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Deslocamentos Positivos:Decorrem da expansão oumelhoria dos fatores deprodução disponíveis.(Crescimento Econômico)

Deslocamentos Negativos:Decorrem da redução, suca-teamento ou progressivadesqualificação do fatoresde produção disponíveis.

Fronteira de Possibilidades de Produção

0

200

400

600

800

1000

1200

0 100 200 300 400Qtd. Produzida de X

Positivo

Negativo

Fronteira de Possibilidades de Produção

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Fundamentos de Microeconomia

Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda ocomportamento das famílias e (Consumidores)das empresas e (Firmas)os mercados (Mercados específicos) nos quais operam.

- Preocupa-se mais com uma análise parcial.

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Fundamentos de Microeconomia

Microeconomia analisa a formação de preços no mercado.

Os preços formam-se com base em dois mercados:

Remuneração

mercado debens e serviços

mercado dos serviçosdos fatores de produção

preços dos bens e serviços

salários, juros, aluguéis e lucros

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Fundamentos de MicroeconomiaCeteris Paribus

Expressão latina traduzida como “ outras coisas sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as variáveis, que não aquela que está sendo estudada, são mantidas constantes.

- “tudo o mais constante”.

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Fundamentos de Microeconomia

Ceteris ParibusAnalisar um mercado

isoladamenteSupor todos os demais mercados constantes

- O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais.

- Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis.

Ex.: Preço sobre a procura de determinado bem Independente

Outras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc.

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Análise da Demanda de Mercado

Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período.

A Demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar, a dados preços.

A escala de demanda indica quanto (quantidade) o consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas de preços de um bem ou serviço.

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Análise da Demanda de Mercado

Variáveis que afetam a Demanda

Riqueza (e sua distribuição)Renda (e sua distribuição)Preço do bemPreço dos outros bensFatores climáticos e sazonaisPropagandaHábitos, gostos, preferências dos consumidoresExpectativas sobre o futuroFacilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos)

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Análise da Demanda de MercadoVariáveis que afetam a Demanda

qdi = f( pi , ps , pc , R, G)

qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i

pi = preço do bem ips = preço dos bens substitutos ou concorrentespc = preço dos bens complementares R = renda do consumidorG = gostos, hábitos e preferências do consumidor

Função Geral da Demanda

Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à hipótese ceteris paribus

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Análise da Demanda de Mercado

qdi = f( pi )

Relação entre a quantidade demandadae o preço do próprio bem

Supondo ps , pc , R e G constantes

Função Convencional

qdi

pi

< 0

Lei Geral da Demanda

Tudo o mais constante (ceteris paribus), a quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço.

Por que ?

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a quantidade demandada

e o preço do próprio bem

Efeito preço total:

Efeito substituição

Efeito renda

O bem fica mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com que a qtd. demandada aumente.

Com a queda do preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a qtd. demandada do bem deve aumentar.

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Representa o efeito do preçode um bem sobre a quantidadedo bem que os consumidoresestão dispostos a comprar enão a compra efetiva(ceteris paribus).Como o preço e a quantidadedemandada têm relação nega-tiva, a curva de demanda seinclina para baixo.

Ex.: Gráfico- Curva de Demanda – Função Linear

Análise da Demanda de Mercado

0 5 10 15 20

Preço doLivro(R$)

80 60 40 20 0

Quantidade adquirida de livros

Ex.Renda de R$ 2 mil

qdi = 25 – 0,25pi

qdi = a – b.pi

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Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a quantidade demandadae preços de outros bens e serviços

Bem substituto = o consumo de um bem substitui o consumo ou concorrente do outro.

Dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante (ceteris paribus), um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e margarina.

qdi = f( ps ) Supondo pi , pc , R e G constantes

qdi

ps

> 0

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a quantidade demandada

e preços de outros bens e serviços

Ex.: 1- Carne de vaca, frango e peixe. 2- Cerveja Antarctica e Brahma. 3- Coca-cola eGuaraná.

Bem substitutoou concorrente

0 5000 10000 15000 20000

Preço daCoca-cola(R$)

80 60 40 20 0

Qtd. consumida de Coca-cola

(Supondo um aumentono preço do guaraná)

D0

D1

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a quantidade demandada

e preços de outros bens e serviços

Bens complementares = são bens consumidos em conjunto.

qdi = f( pc ) Supondo pi , ps , R e G constantes

qdi

pc

< 0Bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem. Ex.: Computador e software.

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a quantidade demandada

e preços de outros bens e serviços

Ex.: 1- Camisa social e gravata; 2- Pneu e câmara. 3- Pão e manteiga. 4- Sapato e meia. 5- Litro de gasoli- na e automóvel.

Bens complementares

0 10000 20000 30000 40000

Preço do litrode gasolina (R$)

8 6 4 2 0

Qtd. de litros de gasolina

(Supondo um aumentono preço dos automóveis)

D0

D1

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a demanda de um bem

e renda do consumidor (R)

qdi = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes

Em relação à renda dos consumidores, há três situações distintas:

qdi

R> 0

Bem Normal = tudo o mais constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade demandada do bem.

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Análise da Demanda de Mercado

qdi

R< 0

Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)

Bem Inferior = tudo o mais constante, um aumento na renda provoca uma diminuição na quantidade demandada do bem.Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda.

qdi

R= 0

Bem de consumo saciado = se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem. EX:Caso da demanda de alimentos básicos, como o açucar, sal, arroz.

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Análise da Demanda de Mercado

Relação entre a demanda de um bem e renda do consumidor (R)

Essa classificação depende da classe de renda dos Consumidores.

Para consumidores de baixa renda não existem muitos bens inferiores. Com a renda mais elevada, maior nº de produtos passa a ser classificado como bem inferior.

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a demanda de um bem

e renda do consumidor (R)

BEMNORMAL

Preço da carne de 1ª (R$)

Qtd. de carne de 1ª

(Supondo um aumentona renda do consumidor)

D0

D1

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a demanda de um bem

e renda do consumidor (R)

BEMINFERIOR

Preço da carne de 2ª (R$)

Qtd. de carne de 2ª

(Supondo um aumento na renda do consumidor)

D1

D0

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a demanda de um bem

e renda do consumidor (R)

Preço do arroz (R$)

Qtd. de arroz

(Supondo um aumentona renda do consumidor)

BEMSACIADO

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a demanda de um bem

e hábitos dos consumidores (G)

qdi = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes

Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, “manipulados”por propaganda e campanhas promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de bens.

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Análise da Demanda de MercadoRelação entre a demanda de um bem

e hábitos dos consumidores (G)

Campanha dotipo “beba maisleite”

0 5 10 15 20

Preço doBem (R$)

Quantidade adquirida do bem

80 60 40 20 0

ReduçãoAumento

D1-Cigarro

D0 D1-LeiteCampanha dotipo “o fumoé prejudicialà saúde”

Desloca p/direita

Desloca p/

esquerda

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Análise da Demanda de Mercado

Observações adicionais sobre a demanda

Variações na Demanda evariações na quantidade demandada

Variações na demanda = Dizem respeito ao deslocamento da curva da demanda, em virtude de alterações em ps, pc, R, G (ou seja, mudança na condição ceteris paribus).

Variações na quantidade demandada = refere-se ao movimento ao longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do preço do próprio bem pi , mantendo as demais variáveis constantes (ceteris paribus).

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Análise da Oferta de Mercado

Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender, em função dos preços, em um determinado período.

Considera-se que os produtores são racionais, já que estão produzindo com o lucro máximo, dentro da restrição de custos de produção.

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Análise da Oferta de MercadoVariáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço

qoi = f( pi , pfp , pn , T, M)

qoi = quantidade ofertada do bem i

pi = preço do bem i

Pfp = preço dos fatores e insumos de produção m (matéria- prima, mão-de-obra, etc.)pn = preço de outros n bens, substitutos na produção

T = tecnologiaM = objetivos e metas de empresário

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Análise da Oferta de Mercado

qoi

pi

> 0

Tudo o mais constante (ceteris paribus), se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais. Para produzir mais, os custos serão maiores, e o preço do bem deve ser aumentado.

Função Geral da Oferta

Como os empresários reagem, quando se altera o preço do bem ou serviço, ceteris paribus.

Aumentando a qtd. ofertada

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Análise da Oferta de Mercado

0 5 10 15 20

Preço doLivro(R$)

80 60 40 20 0

Quantidade oferecida de livros

O

Função Geral da Oferta

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Análise da Oferta de MercadoRelação entre a oferta de um bem

e preço do fator (Insumo) de produção (Pfp)

qoi = f(Pfp ) Supondo pi , pn , T, M constantes

Preço do Fator de produção (Pfp). Se o preço oferta do

bem, ceteris paribus, (haverá um deslocamento). O mesmo vale para os demais fatores de produção, como terra, matérias-primas, etc.

qoi

Pfp

< 0

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Análise da Oferta de MercadoDeslocamentos da curva

0 5 10 15 20

Preço doLivro(R$)

80 60 40 20 0

Quantidade oferecida de livros

ReduçãoAumento da oferta.

O O’O”a)

b)

a) Aumento do preçodo fator de produção,ceteris paribus, há umaredução na oferta dobem.

b) Redução do preçodo fator de produção,ceteris paribus, há umaumento na oferta dobem.

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Análise da Oferta de MercadoRelação entre a oferta de um bem

e preço de outros bens, substitutos na produção (Pn)

qoi = f(Pn ) Supondo pi , pfp , T, M constantes

Preço de outro bem substituto na produção (Pn). Ex.: Se

o preço do bem substituto aumenta, e dado o preço do bem (ceteris paribus), os produtores diminuirão a produção do bem, para produzir mais do bem substituto.

qoi

Pn

< 0

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Análise da Oferta de MercadoDeslocamentos da curva

0 5 10 15 20

Preço doLivro(R$)

80 60 40 20 0

Quantidade oferecida de livros

ReduçãoAumento da oferta.

O O’O”a)

b)

a) Aumento do preço do bem substituto, ceteris paribus, há uma redução na oferta do bem.

b) Redução do preço do bem substituto, ceteris paribus, há um aumento na oferta do bem.

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Análise da Oferta de Mercado

Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T)

qoi = f(T) Supondo pi , pfp , pn , M constantes

qoi

T> 0

Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia, ceteris paribus, aumenta a oferta do bem.

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Análise da Oferta de MercadoDeslocamentos da curva

0 5 10 15 20

Preço doLivro(R$)

80 60 40 20 0

Quantidade oferecida de livros

ReduçãoAumento da oferta.

O O’O”b)

a)

a) Aumento da tecnologia,ceteris paribus, há um aumento na oferta do bem.

b) Redução da tecnologia,ceteris paribus, há umaredução na oferta do bem.

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Análise da Oferta de MercadoRelação entre a oferta de um bem

e os objetivos e metas do empresário (M)

qoi = f(M) Supondo pi , pfp , pn , T constantes

qoi

M> < = 0

Objetivos e Metas dos empresários. Poderáhaver interesse do empresário de aumentar ou reduzir a produção.

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Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço

Variação da oferta eVariação da quantidade ofertada

Variação da Oferta = Deslocamento da curva de oferta, em virtude de alterações em pfp , pn , T, M (ou seja, mudança na condição ceteris paribus).

Variações na quantidade ofertada = refere-se ao movimento ao longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço do próprio bem pi , mantendo-se as demais variáveis constantes (ceteris paribus).

Análise da Oferta de Mercado

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O Equilíbrio de MercadoO Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda)

de um Bem ou Serviço

O preço em uma economia demercado é determinado tantopela oferta como pela demanda.O equilíbrio se encontra onde ascurvas de oferta e de demandase cruzam. Ao preço de equilí-brio, a quantidade oferecida éigual a quantidade demandada(quantidade de equilíbrio).

0 5 10 15 20

Preço doBem

80 60 40 20 0

Quantidade do Bem.

Oferta

Demanda

Equilíbrio

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O Equilíbrio de MercadoO Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda)

de um Bem ou Serviço

Demanda

Lei da Oferta e da Demanda

O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar aoferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço).

Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda (qte que os consumidores querem comprar = qte que os produtores desejam vender).

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O Excesso de Oferta

Situação em que a quantidadeoferecida (Ex.: 15 unidades)é maior que a quantidadedemandada (Ex.: 5 unidades).

Excesso do Bem

Fornecedores reduzem preços

Mercado atinge o Equilíbrio

0 5 10 15 20

Preço doBem

80 60 40 20 0

Quantidade do Bem.

O

D

Excesso de Oferta

O Equilíbrio de Mercado

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O Excesso de Demanda

Situação em que a quantidadedemandada (Ex.: 15 unidades)é maior que a quantidadeoferecida (Ex.: 5 unidades).

Escassez do Bem

Fornecedores aumentam preços

Mercado atinge o Equilíbrio

0 5 10 15 20

Preço doBem

80 60 40 20 0

Quantidade do Bem.

O

D

Excesso de Demanda

O Equilíbrio de Mercado

Page 63: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio

Excesso de Demanda

O Equilíbrio de Mercado

Equilíbrio

0 5 10 15 20

Preço doBem

80 60 40 20 0

Quantidade do Bem.

O

D

Excesso de Oferta

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Como um aumento na Demanda afeta o Equilíbrio.

Ex:As pessoas passam a cultivaro hábito de leitura (ceteris paribus).

1- O “hábito” aumenta a demandaA oferta permanece inalterada, poiseste determinante não afeta direta-mente as livrarias.2 - A curva de demanda se deslocapara a direita.3 - O preço e a qtd são aumentados(novo ponto de equilíbrio). 0 5 10 15 20

Preço doLivro

80 60 40 20 0

Quantidade de livros

O

D2

D1

O Equilíbrio de Mercado

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Como um redução na Oferta afeta o Equilíbrio.

Ex: Um terremoto destrói várias editoras.1- O terremoto afeta a curva deoferta. A curva de demanda perma-nece inalterada, pois o terremoto não muda diretamente a quantidadedemandada pelos compradores. 2- A curva de oferta se desloca paraa esquerda (a qualquer preço a qtd ofertada é menor).3- O preço aumenta e a qtd diminui(novo ponto de equilíbrio).

0 5 10 15 20

Preço doLivro

80 60 40 20 0

Quantidade de livros

O’

D

O

O Equilíbrio de Mercado

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O Equilíbrio de MercadoExercícios sobre Equilíbrio de Mercado

1 – Dados D = 22 – 3p (função demanda) S = 10 + 1p (função oferta)

a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade.

b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ?

Page 67: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

O Equilíbrio de Mercado

Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado

2 – Dados: qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R

qox = 2 + 0,1.px

e supondo a renda R = 100pede-se:

a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x.

b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.

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O Equilíbrio de MercadoExercícios sobre Equilíbrio de Mercado

3 – Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações:

Qo = 48 + 10.PQd = 300 – 8.P

Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade ofertada, quantidade demandada e o preço do produto. Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio ?

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Teoria do Consumidor

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Comportamento do Consumidor

• Como um consumidor com uma renda limitada decide que bens e serviços deve adquirir?

• Teoria do comportamento do consumidor: descrição de como os consumidores alocam a renda, entre diferentes bens e serviços, procurando maximizar o bem-estar.

27/04/23 70Teoria do Consumidor

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Preferências do Consumidor

• Supondo-se, para simplificar, que existam apenas dois bens na economia, X e Y.

• Uma ordenação de preferências é um sistema que permite ao consumidor avaliar, entre duas cestas A e B contendo quantidades diferentes de X e Y, se prefere a cesta A a B, ou a cesta B a cesta A, ou se é indiferente às duas.

27/04/23 71Teoria do Consumidor

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Premissas da Ordenação de Preferências do Consumidor

• Exaustividade (integralidade)A ordenação de preferências deve ser completa.

Os consumidores podem comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Assim para quaisquer duas cestas A e B, um consumidor pode preferir A a B.

• TransitividadeSe o consumidor prefere a cesta A à cesta B e a cesta B

à cesta C, então, ele prefere a cesta A à cesta C.Se o consumidor é indiferente entre as cestas A e B e

prefere a cesta A à C, então a cesta B também é preferível a cesta C.

27/04/23 72Teoria do Consumidor

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Premissas da Ordenação de Preferências do Consumidor

• Não Saciedade (quanto mais, melhor)A maior quantidade de um bem é sempre preferível à

menor quantidade do mesmo.• ConvexidadeAs preferências do consumidor são supostas estritamente

convexas.Dadas duas cestas de bens A e B igualmente preferidas

pelo consumidor, qualquer cesta que represente uma combinação a partir dos totais dos bens das duas cestas é preferível às cestas A e B.

27/04/23 73Teoria do Consumidor

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Premissas da Ordenação de Preferências do Consumidor

Assim, por exemplo, se ao consumidor é indiferente consumir a cesta A (10 de X e 4 de Y) ou a cesta B (5 de X e 8 de Y).

A cesta C (7,5 de X e 6 de Y) formada a partir da combinação de 50% de X = (10 + 5) e de 50% de Y = (4 + 8) será preferível à cesta A ou à cesta B.

Se u(x, y) = X.YCesta A (10 e 4) u = 40Cesta B (5 e 8) u = 40Cesta C (7,5 e 6) u = 45

27/04/23 74Teoria do Consumidor

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Curvas de Indiferença

• As curvas de indiferença representam as combinações de quantidades (cestas) de dois bens X e Y que proporcionam ao consumidor o mesmo nível de satisfação.

• É o espaço geométrico onde as cestas ocupam o mesmo lugar na sua ordenação de preferências.

27/04/23 75Teoria do Consumidor

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Curvas de Indiferença• Ao consumidor é indiferente, por exemplo, consumir a

cesta A (X0, Y0) ou a cesta B (X1, Y1).

Y

Y0 A

Y1

X0 X1 X

27/04/23 76Teoria do Consumidor

B

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Mapa de Curvas de Indiferença• É a representação de um conjunto de curvas de indiferença que

retratam, de forma completa, a ordenação de preferências dos consumidores.

Y

X27/04/23 77Teoria do Consumidor

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• ContinuidadeComo foi assumido que a ordenação das

preferências é completa, as curvas de indiferença são contínuas, ou seja, definidas para qualquer quantidade dos bens X e Y pertencente ao conjunto de números reais positivos .

27/04/23 78Teoria do Consumidor

)(R*

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• Curvas de indiferença mais altas são preferíveisEssa propriedade é explicada pela premissa da não saciedade.Y

Y1

Y0 C2 C1 X1 X0 X

27/04/23 79Teoria do Consumidor

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• Curvas de indiferença não se cruzamEssa propriedade é explicada pelas premissas da transitividade e

da não saciedade.Y

A B C2

C C1 X0 X

27/04/23 80Teoria do Consumidor

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• Inclinação negativaAs curvas de indiferença são descendentes da esquerda para a

direita, ou seja, sua inclinação é negativa.

Significando que o consumidor, ao renunciar parte do consumo do bem Y, exige, para que o seu nível de satisfação permaneça o mesmo, uma maior quantidade do bem X e vice-versa.

A razão entre as quantidades de X e Y envolvidas nessa troca é denominada taxa marginal de substituição (TMS).

Essa propriedade também é explicada pela premissa da não saciedade.

27/04/23 81Teoria do Consumidor

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

A definição precisa de TMS é dada para variações infinitesimais de X.

Y

Y0 A Y Y1 B X

X0 X1 X27/04/23 82Teoria do Consumidor

𝐥𝐢𝐦∆𝒙→𝟎 𝚫𝒚𝚫𝒙= 𝒅𝒚𝒅𝒙 𝚫𝒚𝚫𝒙= 𝑻𝑴𝑺

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• TMS decrescenteVerificou-se que a TMS é negativa, ou seja, o consumidor

considerará duas cestas A e B igualmente preferíveis, quando a menor quantidade de um dos bens verificada em uma das cestas for compensada pelo acréscimo do outro bem.

Assim, caso a cesta A tenha menor quantidade do bem X em relação a cesta B, elas só serão igualmente preferíveis se a cesta A contiver uma quantidade maior de Y que compense a menor quantidade de X.

27/04/23 83Teoria do Consumidor

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• TMS decrescenteConsidere a cesta A contendo 5 unidades do bem X e 10 unidades

do bem Y, ou seja, A = (5, 10).

Considere a cesta B contendo 8 unidades do bem Y. Então, ela poderia ter 7 unidades do bem X, ou seja, B = (7, 8) em 2 unidades do bem Y trocadas por 2 unidades do bem X.

Mas, a cesta B poderia também assumir 6 unidades do bem X, caso em que teríamos 2 unidades do bem Y trocadas por 1 unidade do bem X, ou seja, B = (6, 8).

27/04/23 84Teoria do Consumidor

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• TMS decrescenteAssumindo-se o raciocínio dos exemplos anteriores, a curva de

indiferença seria representada por uma função linear:Y

XO valor da TMS seria constante

27/04/23 85Teoria do Consumidor

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• TMS decrescenteEntretanto, é geralmente aceito que, ao longo da curva de

indiferença, quanto mais do bem X o consumidor possuir, menor a quantidade do bem Y que ele estará disposto a abrir mão para obter uma unidade adicional do bem X e vice-versa.

O valor da TMS diminui à medida que se desloque para baixo e para a direita ao longo da curva de indiferença.

Essa propriedade é decorrente da premissa da convexidade das preferências.

27/04/23 86Teoria do Consumidor

Page 87: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• TMS decrescenteGraficamente, a convexidade das preferências pode ser descrita: Y A

B C1 XDadas as duas cestas A e B integrantes da curva de indiferença C1,

qualquer cesta constante do segmento de reta AB é preferível à qualquer uma das duas.

Isto é devido ao pressuposto da não saciedade, já que todas elas estão à direita de C1.

27/04/23 87Teoria do Consumidor

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• TMS decrescente Y

Y

Y’

X X’ X

27/04/23 88Teoria do Consumidor

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Propriedades Gerais das Curvas de Indiferença

• Significado econômico da TMS decrescentePara se entender o porquê da TMS decrescente, basta entender o

princípio da utilidade marginal decrescente.

O consumo de um bem traz utilidade à pessoa que o desfruta, mas cada dose adicional (marginal) do bem traz ao consumidor cada vez menos utilidade.

Assim, o consumidor estará sempre disposto a consumir maiores quantidades do bem X (premissa da não saciedade), todavia, ao mesmo tempo, estará disposto a ceder cada vez menores quantidades do bem Y em troca.

27/04/23 89Teoria do Consumidor

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Função UtilidadeTrata-se de uma função que atribui um número, denominado índice de utilidade, a todas as cestas da ordenação de preferências do consumidor.

A função utilidade tem duas propriedades importantes:

I Se o consumidor é indiferente entre duas cestas A e B, o índice de utilidade é igual para as duas cestas.

II Se o consumidor prefere a cesta A à cesta B, o índice de utilidade da cesta A é maior que o da cesta B.

27/04/23 90Teoria do Consumidor

Page 91: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

Função Utilidade• Exemplo:Função Utilidade (U): U = X.Y Essa função utilidade é obtida pelo produto da quantidade do bem

X pela quantidade do bem Y.

Se U = 40, então todas as cestas que satisfazem a relação X.Y = 40 estão na mesma curva de indiferença.

É o caso, entre outros, da cesta A (8 de X e 5 de Y), da cesta B (4 de X e 10 de Y) e da cesta C (2 de X e 20 de Y).

A cesta D (6 de X e 10 de Y) é preferível às cestas A, B ou C por apresentar índice de utilidade igual a 60 > 40.

27/04/23 91Teoria do Consumidor

Page 92: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

Limitação OrçamentáriaA limitação orçamentária do consumidor é a sua renda nominal.

Supondo-se dois bens X e Y, a reta da limitação orçamentária é o lugar geométrico das cestas (combinações) de consumo de X e Y que exaurem a renda nominal do consumidor.

Para traçar-se tal reta, basta calcular a quantidade máxima do bem Y que seria possível comprar utilizando-se toda a renda do consumidor e marcá-la no eixo das ordenadas. Faz-se o mesmo com a quantidade máxima do bem X e marca-se no eixo das abscissas.

Em seguida liga-se os pontos obtidos para se obter a reta que representará a limitação orçamentária do consumidor.

27/04/23 92Teoria do Consumidor

Page 93: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

Limitação OrçamentáriaCaso o preço do bem X (PX) seja 10 e o preço do bem Y (PY) seja 20 e a renda (R) do consumidor igual a $600, pode-se traçar a seguinte reta de limitação orçamentária:

Y PX = 10 30 A PY = 20 R = 600 B 20 R = PX . X + PY . Y R = 10X + 20Y 10 C

D 0 20 40 60 X

27/04/23 93Teoria do Consumidor

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Interceptos e Inclinação da Reta Orçamentária

R = PX . X + PY . Y reordenando para Y temos que:

PY . Y = R PX . X

Expressando Y em termos de X, o intercepto da função (R/PY ) corresponde a quantidade máxima do bem Y que pode ser adquirida com a renda (R) e sua inclinação (PX/PY) corresponde ao preço relativo do bem X em termos do bem Y.

O preço relativo do bem X em relação ao bem Y expressa quantas unidades a mais do bem Y são obtidas se o consumidor renunciar ao consumo de uma unidade do bem X e vice-versa.

27/04/23 94Teoria do Consumidor

XPP

PRY

Y

X

Y

Page 95: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

Interceptos e Inclinação da Reta Orçamentária

Em nosso exemplo temos que:R = 10X + 20Y 600 = 10X + 20Y 20Y = 600 – 10X

Y = (600 – 10X)/20

Note que (PX/PY) = ½, significando que o preço do bem X é a metade do preço do bem Y (preço relativo) e que o consumidor aceitaria trocar ½ unidade do bem Y por uma unidade adicional do bem X.Repetindo o mesmo procedimento para o bem X, temos:

X = 60 – 2Y

Nesse caso, significa que o preço do bem Y é o dobro do preço do bem X e o consumidor aceitaria trocar 2 unidades do bem X por uma unidade adicional do bem Y.

27/04/23 95Teoria do Consumidor

X2130Y

YPP

PRX

X

Y

X

Page 96: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

Mudança na Inclinação da Reta Orçamentária

Havendo mudança nos preços relativos do bem X e do bem Y, a inclinação da reta se modificará.Admita-se que o preço do bem X permaneça em 10 e que o do bem Y aumente para 30, neste caso:

Y 30 R1 600 = 10X + 20Y R2 600 = 10X + 30Y 20 R1

R2 60 X

27/04/23 96Teoria do Consumidor

X3120Y

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Mudança na Inclinação da Reta Orçamentária

Havendo mudança nos preços relativos do bem X e do bem Y, a inclinação da reta se modificará.Admita-se que o preço do bem Y permaneça em 20 e que o do bem X aumente para 15, neste caso:

Y 30 R1 600 = 10X + 20Y R2 600 = 15X + 20Y R1

R2 40 60 X

27/04/23 97Teoria do Consumidor

X4330Y

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Equilíbrio do ConsumidorO consumidor estará em equilíbrio quando, dadas sua restrição orçamentária e o mapa de indiferença, ele escolhe a cesta de consumo que maximize a sua satisfação.

Isso ocorrerá na curva de indiferença mais alta possível, dada a sua limitação orçamentária.

Matematicamente, a curva mais alta possível é aquela que é tangenciada pela reta de limitação orçamentária, ou seja, aquela cuja declividade é igual à da reta orçamentária.

Assim, a cesta que maximizará a satisfação do consumidor é obtida igualando-se a inclinação da reta orçamentária (R) dada por (PX/PY), em módulo, à inclinação da curva de indiferença (C) dada pela TMS = dY/dX.

27/04/23 98Teoria do Consumidor

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Equilíbrio do Consumidor Y C1 C2 C3 C4 C5

Y0

X0 R X27/04/23 99Teoria do Consumidor

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Exemplo de Cálculo da Cesta Ótima do Consumidor

Considere dois bens, X e Y, com preços PX = 2 e PY = 5.

Para um consumidor cuja função-utilidade para esses dois bens seja dada por U(x,y) = X.Y, e que possua uma renda R = $100. Pede-se:

• A reta orçamentária do consumidor.• A interpretação do coeficiente angular da reta orçamentária. • A cesta ótima do consumidor.• O nível de utilidade. • Representar graficamente o equilíbrio do consumidor.

27/04/23 100Teoria do Consumidor

Page 101: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

Exemplo de Cálculo da Cesta Ótima do Consumidor

• A reta orçamentária do consumidor:Dados: PX = 2 e PY = 5 R = $100

R = PX . X + PY . Y 100 = 2X + 5Y

Escrevendo Y = f(X): 5Y = 100 – 2X Y = (100 – 2X)/5 Y = 20 – (2/5)X

• Interpretação do coeficiente angular da reta orçamentária: • O preço do bem X corresponde a 2/5 do preço do bem Y.

• O consumidor aceitaria trocar 2/5 do bem Y por uma unidade adicional do bem X.

27/04/23 101Teoria do Consumidor

Page 102: MBA GESTÃO EMPRESARIAL Disciplina: Economia Empresarial (Profa. Karla Rocha)

Exemplo de Cálculo da Cesta Ótima do Consumidor• A cesta ótima do consumidor:

No equilíbrio do consumidor:

U = X.Y

Substituindo X na reta orçamentária (Y = 20 – (2/5)X), teremos:Y = 20 – (2/5) . (5Y/2) Y = 20 – Y 2Y = 20 Y = 10Se Y = 10 X = (5 10)/2 X = 25 Cesta ótima do consumidor: (25, 10).Cesta que maximiza a satisfação, dada a sua restrição orçamentária.27/04/23 102Teoria do Consumidor

Y

X

PP

UMgYUMgX

ΔXΔYTMS

YUMgXdXdUUMgX

XUMgYdYdUUMgY

25YX5Y2X

52

XY

PP

UMgYUMgX

Y

X

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Exemplo de Cálculo da Cesta Ótima do Consumidor• O nível de utilidade: U = X.Y U = 25 10 U = 250 • Representação gráfica do equilíbrio do consumidor:

Y Y = 20 – (2/5)X X Y 25 B 0 20 50 0

A

10 25 50 XCom a cesta A o consumidor gasta: (25 2) + (10 5) = 100Com a cesta B o consumidor gastaria: (10 2) + (25 5) = 14527/04/23 103Teoria do Consumidor

20

10250U

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AULA 2: O QUE ESTÁ POR TRÁS DA CURVA DE

OFERTA, ESTRUTURAS DE MERCADO E A

IMPORTÂNCIA DA TEORIA DOS JOGOS

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Aula 2: O Que Está Por Trás da Curva de Oferta, Estruturas de Mercado e a Importância da

Teoria dos Jogos

Objetivos:

Entender o que representa a função de produção e dos custos de produção.Destacar os diferentes tipos de rendimentos das firmas.Apresentar as diferentes estruturas de mercado.Compreender o papel da teoria dos jogos dentro das estratégias das empresas.

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Teoria da produção e a teoria dos custos de produção constituem a teoria da oferta da firma individual, seus princípios são importantes para a análise dos preços, do emprego dos fatores e de sua alocação. As teorias servem de base para a análise das relações entre produção e custo de produção.

Teoria da produção: preocupa-se com a relação técnica ou tecnológica entre a quantidade física de produtos (outputs) e de fatores de produção (inputs).

Teoria dos custos de produção: relaciona a quantidade física de produtos com os preços dos fatores de produção.

Teoria da Produção

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Produção – Conceitos Básicos

Produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado.

inputsCombinação dos

Fatores de Produção outputs

Compra insumos Vende produtos

no Mercado

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Produção – Conceitos Básicos

Mão-de-obra (N)

Capital Físico (K)

Área, Terra (T)

Matéria-prima (Mp)

Insumos

Processo de

ProduçãoProduto (q)

Obs.: Intensivo – Fator que é utilizado em maior quantidade

Em função da eficiência

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ProduçãoFunção de Produção

É a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção e a quantidade física do produto em determinado período de tempo.

q = f (N, K, M, T)

quantidade do produto = f (quantidade dos fatores de produção)

quantidadeproduzida/t

mão-de-obra utilizada/t

capital físico utilizado/t

matérias-primasutilizadas/t

áreacultivada/t

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ProduçãoDistinção entre Fatores de Produção Fixos e Variáveis

e entre Curto e Longo Prazos

Fatores de Produção Fixos – Permanecem inalterados quando a produção varia.

Fatores de Produção Variáveis – Se alteram, com a quantidade produzida.

Ex.: O capital físico e as instalações da empresa

Ex.: Mão-de-obra e as matérias-primas utilizadas

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ProduçãoDistinção entre Fatores de Produção Fixos e Variáveis

e entre Curto e Longo Prazos

Curto Prazo – Período no qual existe pelo menos um fator de produção fixo.

Longo Prazo – Todos os fatores se alteram.

Obs.1: O curto prazo para uma metalúrgica é maior do que o de uma fábrica de biscoitos (as alterações de equipamentos ou instalações daquela demandam mais tempo que a desta).

Obs.2: Na teoria Microeconômica, a questão de prazo está definida em termos da existência ou não de fatores fixos de produção.

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Produção

Produção com um fator variável e um fixo: Uma análise de curto prazo.

q = f (N, K)

Dois fatores de produção => Mão-de-obra Capital

Supondo constante ou fixo no curto prazo.

q = f (N)

O nível do produto varia apenas em função de alterações namão-de-obra, a curto prazo, ceteris paribus.

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ProduçãoConceitos de Produto Total, Produtividade Média

e Produtividade Marginal.

Produto Total (PT) – É a quantidade total produzida, em determinado período de tempo.

PT = q

Produtividade Média – É a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo.

da mão-de-obra

do capital

PMeN = PT/N

PMeK = PT/K

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Produção

Conceitos de Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal.

Produtividade Marginal – É a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo.

da mão-de-obra

do capital

PMgN = PT / N = q / N

PMgK = PT / K = q / K

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Produção

K N PT PMe = PT/N PMg = /\PT / /\N10 0 010 1 3 3,0 310 2 8 4,0 510 3 12 4,0 410 4 15 3,8 310 5 17 3,4 210 6 17 2,8 010 7 16 2,3 -110 8 13 1,6 -3

Produto Total, Médio e Marginal

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Produção

Produção Total

05

101520

1 2 3 4 5 6 7 8 9PT

Produtividade Média (PMe) e Marginal (PMg)

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

1 2 3 4 5 6 7 8PMe

e PM

g

Prod. Média Prod. Marginal

PT Máximo

PMg = ZERO

Fator de Produção (N)

Fator de Produção (N)

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ProduçãoLei dos Rendimentos Decrescentes

O formato das curvas PMgN e PMeN dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes.

“Ao aumentar o fator variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa.”

Essa lei só é válida se for mantido um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo).

Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada).

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Produção

Produção a Longo Prazo

q = f ( N, K)

Dois fatores de produção => (Ambos Variáveis)

Mão-de-obra Capital

Considera que todos os fatores de produção (mão-de-obra, capital, instalações, matérias-primas) variam.

É uma função de produção representada por uma curva chamada de Isoquanta.

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ProduçãoIsoquanta de Produção

Pode ser definida como sendo uma linha na qual todos os pontos represen-tam infinitas combinaçõesde fatores, que indicam amesma quantidade pro-duzida.

Significa de igual quantidade. 6

4

2

Isoquanta(K)

50 80 100 150(N)

Capital

Mão-de-obra

q = 1000

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ProduçãoRendimentos de escala ou economia de escala

Análise das vantagens e desvantagens que a empresa tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho, demandando mais fatores de produção.

Rendimentos crescentes de escala

Rendimentos decrescentes de escala

Rendimentos constantes de escala

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Produção

Rendimentos crescentes de escala

Se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce numa proporção maior.

10% na qte. de mão-de-obra 10% na qte. de capital

A produção aumentaem mais de 10%

Ex.:

Devido à : Indivisibilidade na produção Divisão do trabalho Operações de pesquisa e marketing Facilidades de empréstimos, etc.

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Produção

Rendimentos decrescentes de escala

Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor.

10% na qte. de mão-de-obra 10% na qte. de capital

A produção aumentaem 5%.

Ex.:

Motivo provável: A expansão de uma empresa pode provocaruma dificuldade de comunicação entre a direção e as linhas de montagem.

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Produção

Rendimentos decrescentes de escala

Lei dos rendimentos decrescentes

Algum fator de produção é fixo (curto prazo)

Não há fator de produção fixo (longo prazo)

Rendimentos constantes de escala

Se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma proporção. A produtividade média dos fatores de produção são constantes.

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo

Custo Fixo Total (CFT) – Mantém-se fixa, quando a produção varia.Ex.: Aluguéis, depreciação, etc.

Custo Variável Total (CVT) – Varia com a produção. Depende daquantidade produzida. Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc.Custo Total (CT) – Soma do custo variável total com o custo fixo total.

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo

Qtd Prod. C. Fixo C. Variável C. Total C.F. MédioC.V. Médio C. Médio(q) (CFT) (CVT) (CT) (CFMe) (CVMe) (CTMe)(1) (2) (3) (4)=(2)+(3) (5)=((2)/(1) (6)=((3)/(1) (7)=(5)/(6)

0 15 0 15,001 15 2,00 17,00 15,00 2,00 17,002 15 3,50 18,50 7,50 1,75 9,253 15 4,50 19,50 5,00 1,50 6,504 15 5,75 20,75 3,75 1,44 5,195 15 7,25 22,25 3,00 1,45 4,456 15 9,25 24,25 2,50 1,54 4,047 15 12,51 27,51 2,14 1,79 3,938 15 17,50 32,50 1,88 2,19 4,069 15 25,50 40,50 1,67 2,83 4,5010 15 37,50 52,50 1,50 3,75 5,25

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo

Custos de Produção

0

20

40

60

1 3 5 7 9 11Quantidade produzida

Cust

os T

otai

s (R

$)

Custo Fixo

Custo Variável

Custo Total

Custos declinantes Custos a taxas crescentes

Lei dos rendimentos decrescentes= Lei dos custos crescentes

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo

Custo Fixo Médio (CFMe) = CFT / q

Custo Variável Médio (CVMe) = CVT / q

Custo Médio (CMe ou CTMe ) = Custos totais = CT Qtd produzida q

CTMe = CVMe + CFMe

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo

Custo Médios (R$)

0,005,00

10,0015,0020,00

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Quantidade Produzida

C. Fixo Médio

C. Var. Médio

C. Total

C. Fixos tendem a zeroc/ aumento de “q”.

CTMe e CVMe tendem a igualar-se.

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo

Obs.: O formato de U das curvas CTMe e CVMe “a curto prazo” também se deve à lei dos rendimentos decrescentes, ou lei dos custos crescentes.

Inicialmente:Custos médios declinantes:

Pouca mão-de-obra p/ grande capital.

Vantajoso absorver mão-de-obra e aumentar a produção, pois o custo médio cai.

Em certo ponto, satura-se a utilização do capital (que é fixo) e a admissão de mais mão-de-obra não trará aumentos proporcionais de produção (custos médios ou unitários começam a elevar-se).

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo

CUSTO MARGINAL – Diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a produção.

Custo Marginal (CMg) = variação do CT = variação do q

CTq

É o custo de se produzir uma unidade extra do produto.

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo - Custo Marginal

Qtd Prod. C. Total C. Marginal(q) (CT) (CMg)

0 7,001 16,00 9,002 19,00 3,003 21,50 2,504 22,75 1,255 24,25 1,506 26,25 2,007 29,51 3,268 34,50 4,999 42,50 8,0010 54,50 12,00

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo

C. Marginal (CMg)

0

5

10

15

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Quantidade produzida (q)

C. M

argi

nal (

R$)

Obs.: Como CFT = 0,e

Cmg = CVT + CFT q

Logo: Cmg = CVT q* Os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (invariáveis a curto prazo).

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo

Relação entre Custo Marginal e os Custos Médios Total e Variável

Custos Médios e Marginais

0

5

10

15

20

1 3 5 7 9 11 Qtd (q)

Cust

os (R

$)

C. MarginalC. Var. Médio

C. Total Médio

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Custos de ProduçãoCustos a Curto Prazo Relação entre Custo Marginal e os

Custos Médios Total e VariávelEx.:

10 unidades de um produto. Custo Total = 5.000,00 Custo Médio = 500,00

Se 11ª unidade = C. Marginal = R$ 400,00 ( < C. Médio)

Custo total = R$ 5.400,00 => C. Médio = R$ 490,91 (Decrescente)

Se 11ª unidade = C. Marginal = R$ 600,00 ( > C. Médio)

Custo total = R$ 5.600,00 => C. Médio = R$ 509,09 (Crescente)

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Custos de ProduçãoCustos a Longo Prazo

Não existem custos fixos: todos os custos são variáveis.

Planeja a longo prazo.

Um agente econômico

Opera a curto prazo

Os empresários têm um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que podem escolher.

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Custos de ProduçãoCustos a Longo Prazo

A curva “cheia” é a curvade custo médio de longo prazo (CMe-Lp)(Curva de Envoltória oucurva de planejamento delongo prazo).

Mostra o menor custo unitário (CMe).

Rendimentos Crescentes ou Decrescentes de Escala

(R$)

(q)

Custos

Quantidadeq

CMe-Lp

Tamanho (escala) ótimo

Lei dos rendimentos decrescentes (Curto Prazo)

Mínimo custo

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Custos de ProduçãoCustos a Longo Prazo

Embora, as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo formato em U, elas diferem no sentido de que o formato a curto prazo deve-se a Lei dos rendimentos decrescentes (ou custos crescentes), a uma dada planta ou tamanho, enquanto o formato da curva de longo prazo deve-se aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa.

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Custos de ProduçãoCustos a Longo Prazo

(R$)

(q)

Custos

Quantidade

CMe-Lp

(q)Quantidade

- Formato mais freqüente

Plantas iniciais,mais freqüente as economias deescala, mas a medida que a empresa expande,observa-se rendi-mentos constantesde escala (sãoraros os casos dedeseconomias de escala).

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Custos de Produção

Maximização dos Lucros (concorrência perfeita e curto prazo)

Teoria Microeconômica( Teoria Neoclássica ou Teoria Marginalista)

Empresas têm como objetivomaior a maximização dos lucros

(a curto ou a longo prazo)

LT = RT – CT

LT = Lucro total;RT = Receita total de vendas;CT = Custo total de produção.

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Custos de Produção

Maximização dos Lucros

Deverá escolher o nível de produção para qual a diferença positiva entre RT e CT seja a maior possível (máxima).

Receita Marginal (RMg) = é o acréscimo da receita total pela venda de uma unidade adicional do produto.

Custo Marginal (CMg) = é o acréscimo do custo total pela produção de uma unidade adicional do produto.

Definição:

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Custos de Produção

Pode demonstrar que a empresa maximizará seu lucro num nível de produção tal que a receita marginal da última unidade produzida seja igual ao custo marginal desta última unidade produzida.

RMg = CMg

Se RMg > CMg Há interesse de aumentar a produção, pois cada unidade adicional fabricada aumenta o lucro.

Se RMg < CMg Há interesse de diminuir a produção, pois cada unidade adicional que deixa de ser fabricada aumenta o lucro.

Se RMg = CMg Lucro total será máximo.

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Custos de Produção

Produção Custo Preço Receita Lucro Custo Marginal Receita Marginal(por dia) Total Unitário total total (CMg) (RMg)

(CT) (P) em R$ (RT) em R$ = RT - CT (6)= Variação (2) (7)= Variação (4)(1) (2) (3) (4)=(3)x(1) (5)= (4)-(2) Variação (1) Variação (1)

0 10,00 5,00 0,00 -10,001 15,00 5,00 5,00 -10,00 5,00 5,002 18,00 5,00 10,00 -8,00 3,00 5,003 20,00 5,00 15,00 -5,00 2,00 5,004 21,00 5,00 20,00 -1,00 1,00 5,005 23,00 5,00 25,00 2,00 2,00 5,006 26,00 5,00 30,00 4,00 3,00 5,007 30,00 5,00 35,00 5,00 4,00 5,008 35,00 5,00 40,00 5,00 5,00 5,009 41,00 5,00 45,00 4,00 6,00 5,00

10 48,00 5,00 50,00 2,00 7,00 5,0011 56,00 5,00 55,00 -1,00 8,00 5,00

Maximização dos Lucros

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Custos de Produção

Maximização do Lucro Total (Concorrência Perfeita)

0,00

5,00

10,001 3 5 7 9 11

Produção (q)

Rece

ita M

argi

nal

e C

usto

M

argi

nal

Custo Marginal

Receita Marginal

Maximização dos Lucros

8Lucro Máximo

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ESTRUTURAS DE MERCADO

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Estruturas de MercadoIntrodução

As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 características:

a) número de empresas que compõem esse mercado;b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou

diferenciados);c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse

mercado.

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Estruturas de MercadoConcorrência Pura ou Perfeita

Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como “átomos”), de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado)

Produtos Homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado.

Características básicas:

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Estruturas de MercadoConcorrência Pura ou Perfeita

Racionalidade : os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente.

Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, qualidade, os custos , as receitas e os lucros dos concorrentes;

Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresasno mercado.

Características básicas:

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Estruturas de MercadoConcorrência Pura ou Perfeita

Características básicas:

Obs.: Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade.

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Estruturas de MercadoMonopólio

Características básicas:

- uma única empresa produtora do bem ou serviço;

- não há produtos substitutos próximos;

- existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.

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Estruturas de MercadoMonopólio

Características básicas:

As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:

Monopólio puro ou natural = devido à alta escala de produção requerida, exigindo um elevado montante de investimento. A empresa monopolística já está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a um preço equivalente à firma monopolista;

Patentes = direito único de produzir o bem.

Controle de matérias-primas chaves = Exemplo : o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio.

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Estruturas de MercadoMonopólio

Características básicas:

Monopólio estatal ou institucional, protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura.

Obs.: Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados monopolizados.

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Estruturas de MercadoOligopólio

Definido de duas formas:

- pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria automobilística.

- ou um pequeno nº de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica.

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Estruturas de MercadoOligopólio

Características básicas:

Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixaros preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente comdemandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixopoder de reação a alterações de preços.

No oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a entradade novas empresas no setor.

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Estruturas de MercadoOligopólio

Características básicas:

Tipos de oligopólio:

com produto homogêneo (alumínio, cimento);

com produto diferenciado (automóveis).

Obs.: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão.

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Estruturas de MercadoOligopólio

Características básicas:

Formas de atuação das empresas:

- concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções (forma de atuação pouco freqüente);

- formam cartéis. Cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas.

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Estruturas de MercadoConcorrência monopolística

Características básicas:

- muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;

- cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos;

- cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de escolha, de acordo com sua preferência.

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Estruturas de MercadoConcorrência monopolística

Características básicas:

Obs.: Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.

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Características

ConcorrênciaPerfeita

Monopólio

Oligopólio

ConcorrênciaMonopolística

Muito grande

Só há uma empresa

Pequeno

Grande

Homogêneo

Produtonº deEmpresas

Controlede Preços

Ingresso

Não há subs-titutos próxi-mosPode ser ho-mogêneo oudiferenciado

Diferenciado

Rigidez

Empresacom poder

Poder c/interde-pendênciaPouca mar-gem demanobra

SembarreirasHá barrei-ras p/ asnovas

Sem barreiras

Há barrei-ras p/ asnovas

Estruturas de Mercado

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Características

ConcorrênciaPerfeita

Monopólio

Oligopólio

ConcorrênciaMonopolística

Exemplos

Paradigma (referencial de perfeição) – Ex.: Trigo

Petróleo, energia.

Algumas rotas aéreas. Concessionárias de veículos.

Software (Editor de Texto, planilhas, etc.)

Estruturas de Mercado

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Estruturas do Mercadode fatores de produção

Concorrência Perfeita = existe uma oferta abundante do fator de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante.

Monopsônio = Há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos.

Oligopsônio = Existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.

Monopólio bilateral = Ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator.