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Cancro da pele Mais frequentes: Origem na epiderme • Carcinoma basocelular • Carcinoma espinocelular • Melanomas Menos frequentes Origem na derme Origem nos anexos cutâneos

Melanoma

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Page 1: Melanoma

Cancro da pele

• Mais frequentes:– Origem na epiderme

• Carcinoma basocelular

• Carcinoma espinocelular

• Melanomas

• Menos frequentes– Origem na derme

– Origem nos anexos cutâneos

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Cancro da pele

• O mais comum nos USA• 2% das mortes por cancro• 2006

– 62190 vão ter melanomas– 7910 morrem

• Mais frequentes– Ca. Basocelular e espinocelular– Menos agressivos que melanoma

Page 3: Melanoma

Cancro da pele

• Incidência de cancro da pele está a aumentar

• Incidência de melanoma estável desde 1990

Page 4: Melanoma

Incidência melanoma Europa

Page 5: Melanoma

Epidemiologia

• Exposição excessiva à radiação UV

• Mais frequentes nas pessoas que trabalham fora de casa

• Carcinoma espinocelular mais frequente no lábio inferior

• Mais frequentes nos indivíduos de pele clara

• Mais frequentes em áreas geográficas com maior exposição solar– Austrália; Nova Zelândia

Page 6: Melanoma

Cancro da pele

Page 7: Melanoma

Country

Male Female

Crude ASR Crude ASR

Australia 51.6 40.5 40.7 31.8

New Zealand 45.2 36.7 44.4 34.9

Sweden 19.8 12.6 19.9 13.3

U.S.A. 16.4 13.3 12.9 9.4

Denmark 14.8 10.6 17.6 13.0

Switzerland 12.5 9.3 15.0 11.1

The Netherlands 12.2 9.4 16.7 12.9

Austria 11.5 8.8 15.4 10.4

Canada 10.6 8.2 10.6 8.0

Hungary 10.3 7.6 10.3 6.8

Israel 9.7 9.4 11.0 9.8

Germany 9.3 6.5 11.4 7.1

France 8.6 6.8 11.1 7.9

U.K. 8.3 6.1 11.3 7.7

Poland 6.6 5.6 8.6 6.7

Italy 6.5 4.6 8.2 5.5

Russian Federation

6.3 5.4 6.4 4.7

Spain 4.0 2.8 6.8 4.5

South Africa 3.8 6.4 3.6 4.8

Brazil 2.9 3.5 2.0 2.2

Greece 2.5 1.9 3.2 2.0

Japan 0.63 0.40 0.49 0.29

China 0.21 0.22 0.17 0.17

Table 1. Incidence of cutaneous malignant melanoma (per 100 000) for 23 selected countries[3]

ASR, Age-standardized incidence rate.

Page 8: Melanoma

• Outros factores– Exposição química– HPV– Tratamentos com radioterapia– Úlceras crónicas; infecções crónicas; cicatrizes de

queimaduras (Úlceras de Marjolin)– Défices imunológicos sistémicos

• QT• Transplantados• SIDA - sarcoma de Kaposi

Page 9: Melanoma

Cancro da pele

• Factores de risco para cancro da pele:– Exposição radiação UV– Sensibilidade individual da pele à radiação UV

• Diferenças por tipo de cancro– Tipo de exposição

• Alta intensidade, curta duração• Crónica

– Padrão de exposição• Contínua• Intermitente

Page 10: Melanoma

Cancro da pele

• Evidência de:– Susceptibilidade para cancro da pele

• Tipo de pele• Lesões pré-cancerosas

– Lesão da pele induzida pelo sol• Queimadura solar• Queratose solar (actínica)

– Capacidade de mudar a exposição solar

• Base dos programas de prevenção do cancro da pele

Page 11: Melanoma

Radiação UV/Melanoma

• Mais perigoso– Exposição solar aguda intermitente

• Queimadura solar

– Infância e adolescência– Trabalho Europeu e um estudo em animais

• Protectores solares de queimaduras podem não proteger de melanomas induzidos por radiação UV

– Porquê?

Page 12: Melanoma

Radiação UV/Melanoma

• Factores individuais não modificáveis– Propensão a queimaduras solares

– Grande número de:

– Nevos pigmentares benignos (melanocíticos)

– Nevos atípicos

• Meta análise de 18 estudos– Ausência de associação entre risco de melanoma e

utilização prévia de protectores solares

Page 13: Melanoma

Radiação UV/Melanoma

• Estratégias para redução da exposição solar– Educação

• Riscos da exposição solar e da queimadura solar• Estratégias de protecção do sol

– Eficácia• Doentes com cancro da pele não melanoma

– Maior no momento do tratamento

• Mesmo neste grupo de alto risco muitos indivíduos não conseguem aderir a comportamentos de protecção do sol

Page 14: Melanoma

Radiação UV/Melanoma

• Estudo de screening de cancro da pele numa comunidade, mostrou:– Utilização regular de protectores solares:

• Não relacionada com história pessoal ou familiar de cancro da pele.

• Mais comum nas pessoas que compreendiam que tinham um risco moderado a alto de melanoma

– Estratégias de protecção do sol:• Evitar exposição em horas do dia de exposição mais intensa

• Utilizar roupas que protejam pele da exposição solar

Page 15: Melanoma

Risco aumentado de melanoma

• Auto exame das características de pigmentação da pele associadas a melanomas– Útil para identificação de indivíduos com alto risco de

melanoma• Ex. “sardentos”• Tipo de pele

– Propensão para queimaduras solares– Facilidade de pigmentação

• Isoladamente ou associadas a outras características– Cor do cabelo– Cor dos olhos

Page 16: Melanoma

Melanoma

• Tumor maligno dos melanócitos– Células que produzem melanina

– Origem na crista neural

– Locais• Pele

• Mucosas

• Olhos

• Adultos• 50% em pele normal

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• Doença rara há 50 anos

• Frequência crescente– 1987 - 1 em cada 135 indivíduos

• Prognóstico melhorou com detecção precoce

• Doença cirúrgica

Melanoma Maligno (MM)

Page 18: Melanoma

Sinais de Alerta - ABCDE

• A - Assimetria

• B - Bordos irregulares

• C - Cor - cores variadas

• D - Diâmetro - Aumentam ou > 6 mm

• E - Elevação• Prurido

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Page 20: Melanoma

MM - Patogenia

• Origem em melanócitos– Qualquer local onde

existam por migração durante embriogénese

– Localizações:• Olhos

• SNC

• Tubo gastro-intestinal

• Vesícula

• Ânus

• Vagina

Page 21: Melanoma

• 90% origem na pele

• 4% metástases de primário desconhecido– Áreas de regressão tumoral nas fases precoces– Resposta imunológica do hospedeiro– Regressão completa da lesão primária?

• Nevos - lesões benignas muito frequentes

MM

Page 22: Melanoma

• Nevos displásicos– raros– Focus de melanócitos atípicos– Lesão intermédia?– Doentes com MM têm maior número de nevos

e nevos displásicos

MM

Page 23: Melanoma

• Melanócito adquire o fenótipo maligno– Crescimento radial na epiderme

• mesmo com micro-invasão da derme não metastiza nesta fase• < 2 mm• Clark I e II – não passa derme papilar

– Ninhos de células na derme• Adquire capacidade de metastização• Fase de crescimento vertical

– Células morfologicamente diferentes– Diferentes antigénios de superfície– Comportamento diferente em meios de cultura

» crescem em meios mais pobres» sobrevivem mais tempo

MM

Page 24: Melanoma

MM - Tipos

• Características e comportamentos diferentes

• Frequência decrescente:• SSM - Superficial

Spreading (Extensão superficial) - 70%– Fase crescimento radial

longa– Planos– Áreas de regressão– 1 a 2 cm diâmetro

Page 25: Melanoma

MM - Tipos

• Nm - Nodulares - 15 a 20%– Mais escuras e elevadas

– Ausência de crescimento radial

– Todos em crescimento vertical

– Lesão agressiva

– Prognóstico não diferente do SSM por profundidade de invasão

Page 26: Melanoma

MM - Tipos

• LMM - Lentigo maligno melanoma - 5 a 10 %– Dorso das mãos– Pescoço– Face nos velhos– Sempre rodeados de derme

com intensa degenerescência solar

– Grandes aquando do diagnóstico

– O melhor prognóstico - crescimento invasivo tardio

Page 27: Melanoma

MM - Tipos

• ALm - Acral Lentiginoso - raro– Palma das mãos

– Planta dos pés

– Sub-unguais - (hematomas)

– Mais frequente nos negros

Page 28: Melanoma
Page 29: Melanoma

• Classificação American Joint Comittee on Cancer (AJCC)– Estadiamento– Opções terapêuticas– Prognóstico– TNM

• Modificações– 1997 - 2002

MM - Prognóstico

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Page 32: Melanoma

Melanoma

Page 33: Melanoma

Metástases ganglionares

Page 34: Melanoma

Metástases à distância

Page 35: Melanoma

Classificação patológica

Page 36: Melanoma

Estadio Clínico

Page 37: Melanoma

• T - Tumor– Classificação de Clark - níveis de invasão– Classificação de Breslow - invasão em

profundidade - mm

• N - Invasão ganglionar regional– Mau prognóstico

• Correlação com sobrevida• Número de gânglios invadidos também

– Conceito de gânglio sentinela

MM - Prognóstico

Page 38: Melanoma

Classificação de Clark

• Nível I de Clark:

• Nível II de Clark:

• Nível III de Clark:

• Nível IV de Clark:

• Nível V de Clark: Invade o tecido celular subcutâneo

Invade a derme reticular

Invade a transição derme papilar / reticular

Invade a derme papilar

Displasia melanocítica severa

Page 39: Melanoma

Classificação de BreslowEspessura < 0,75 mm

Espessura > 0,75 mm e < 1,5 mm

Espessura > 1,5 e < 4,0 mm

Espessura > 4,0 mm

• Breslow I:

• Breslow II:

• Breslow III:

• Breslow IV:

In situ 0.5 cm margin

< 1 mm thickness 1.0 cm margin

1-2 mm thickness

1-2 cm margin

2-4 mm thickness

2 cm margin

> 4 mm thickness 2 cm margin

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• M - Metástases à distância– Péssimo prognóstico

• Sobrevidas de 2 a 7 meses– Depende do número e local das metástases

MM - Prognóstico

Page 51: Melanoma

• Localização anatómica– Melhor lesões das extremidades

• Ulceração• Infiltrado inflamatório

– Não a regressão da lesão

• Sexo– Melhor prognóstico nas mulheres

• Tipo histológico– LMM melhor prognóstico mesmo corrigido pela espessura

MM - Outros factores prognósticos

Page 52: Melanoma

• Primariamente cirúrgico• RT; QT regional e sistémica; Imunoterapia -

eficazes em determinadas circunstâncias• Novas modalidades terapêuticas• Biópsia excisional - lesões pequenas - permitem

encerramento directo; pequena margem• Biópsia incisional - lesões grandes que não

permitem encerramento directo

MM - Tratamento

Page 53: Melanoma

• Exérese do tumor– Margens de excisão dependem da invasão em

profundidade e do local?

• Indicações para esvaziamento ganglionar– N+ - Esvaziamento ganglionar

MM - Tratamento

Page 54: Melanoma

In situ 0.5 cm margin

< 1 mm thickness 1.0 cm margin

1-2 mm thickness

1-2 cm margin

2-4 mm thickness

2 cm margin

> 4 mm thickness 2 cm margin

Margens

Page 55: Melanoma

Gânglio sentinela

• Esvaziamentos ganglionares electivos ou profiláticos

• Esvaziamentos ganglionares terapêuticos

• Pesquisa do gânglio sentinela– Breslow > 2 mm < 4 mm– Ulceração– Microstaging - TNM

Page 57: Melanoma

Resumo de tratamento• Breslow > 4 mm

– Interferon em altas doses• Baixas doses sem eficácia

• N+– Esvaziamento Ganglionar– Interferon em altas doses– Vacina com gangliosídeo

• M+– IL2 – altas doses– Ressecção– Protocolos de investigação

• QT• Anticorpos monoclonais• Interferon• IL2• TNF alfa• Imunoterapia com vacinas• Quimioimunoterapia