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Metrópoles sustentáveis – o papel do transporte público
Belo Horizonte, 31 de agosto de 2009
Sistemas de mobilidade para as metrópoles do Brasil
Ricardo Mendanha
As Regiões Metropolitanas constituem os polos mais dinâmicos da economia brasileira, mas estão se tornando verdadeiras “ilhas de ineficiência”, e os problemas de transporte e circulação são os grandes responsáveis por esta situação.
Planejamento Investimento (implantação da infraestrutrura e
manutenção) Gestão dos serviços
– Planejamento operacional (microacessibilidade)– Dimensionamento da oferta– Fiscalização
Política Tarifária– Definição da estrutura tarifária (integração)– Definição de valores e reajustes– Compensações tarifária– Subsídios
Operação do sistema viário
Problemas Metropolitanos
Problemas mais graves do Transporte Público
• Crescimento desordenado
• Limitação do acesso de pobres ao TP
• Acidentes (pedestres e motociclistas)
• Poluição atmosférica
• Congestionamento crescente
Questão legal/institucional da mobilidade
1. Regulação da mobilidade – CTB 1997municipalização do trânsitoeducação e segurança
2. Regulação do transporte público coletivoformas de prestação de serviçosserviços alternativos
3. Coordenação de políticas urbanas
Custos das externalidades principais, dois métodos, RM, 2005
3,6
12,0
7,9
17,8
11,6
2,6
31,5
11,6
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
Acidentes Poluição Congest Total
R$
bi/
an
o
Tradicional
DP
% PIB 0,4/1,3 0,3/0,9 1,3/1,3 2,0/3,5Tradicional: custos de tempo e de saúdeDP: Disposição a pagar pela redução das externalidades
17
76
38
83
24
62
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Tpúblico Tindividual
Par
tici
paç
ão (
%)
Acidentes
Poluição
Congestionamento
Distribuição de custos por modo de transporte, 2005
Nota: Acidentes e poluição (contribuição de cada modo); Congestionamento (experimentado em cada modo)
Tendências, ameaças e oportunidades
Total ideal: com a mesma taxa de viag/bus/dia de 1992Perdas de 1992 a 2005: 20 bilhões pass (R$ 29 bilhões)
Perda de demanda em municípios com mais de 200 mil hab
Passageiros ônibus municipal, 1992-2005(índice anual)
89 92
107 118
0
20
40
60
80
100
120
140
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Índi
ce (1
992
= 10
0)
total
total ideal
Velocidade dos ônibus em duas grandes cidades (picos)
Velocidade dos ônibus em SP e BH, 2002-2006
19,2 19,3 19,0 18,7 17,9
22
26
15,2 14,315,6 15,6
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
2002 2003 2004 2005 2006
Vel
(km
/h)
SP
BH
oper ideal comum
corredor
Aumento de vendas de autos e motocicletas, 1990-2006
2.193.277
123.169
1.879.695
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
1990 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Ve
nd
as
po
r a
no
Brasil - vendas de autos e motos, 1990-2007
autos
motos
Evolução da divisão modal RMSP, 1977-2003(A crônica da insustentabilidade anunciada)
25,2
34,1
45,6
34,9
29,231,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
1977 1987 1997 2003 2007
DM
(%)
a pé
Tpub
Tind
A questão social – a imobilidade
Condições de vida de famílias até 3 SM, 4 metrópoles
Fonte:Itrans (2004); SP, RJ, BH e Recife
80
69
62
0 20 40 60 80 100
Gasta c/ TP até30% SM
Não recebe VT
Não trabalha
(%)
Imobilidade e renda, RMSP, 1997
2428
30
38
46
56
0
10
20
30
40
50
60
< 2 SM 2 a 4SM
4 a 8SM
8 a 15SM
15 a 30SM
> 30SM
Imob
ilida
de (%
das
pes
soas
)
“GAP”
32%
Impacto dos descontos nas tarifas de ônibus
Fonte: NTU
Descontos para usuários e impactos nas tarifas
34,229
21,225,3
39,7
17,5
25,522,5
20,2
28,4
0
10
20
30
40
50
Aracajú Campo Grande Porto Alegre Recife Rio de Janeiro
Descontos (%)
Impacto (%)
Comparação de atratividade de modos
Tempo e custo relativo entre ônibus, auto e moto, viagem de 9 km
1 1
0,40,3
1,9
0,6
0
0,5
1
1,5
2
2,5
tempo (min) R$ custo
Índ
ice (
ôn
ibu
s =
1)
ônibus
auto
moto
Tempo 54 24 15 R$ 1,4 2,7 0,8
Para onde vamos?
39 36
7
52
90
30
312
31
0
10
20
30
40
5060
70
80
90
100
Brasil Europa EUA
DM
(%
) TI
TP
TNM
?
TI: transporte privado TP: transporte público TNM: não motorizado
ModoModo
Índices de consumo por viagem Índices de consumo por viagem (ônibus = 1)(ônibus = 1)
EnergiEnergiaa
PoluiçãPoluiçãoo
(local)(local)
Custo Custo oper+puoper+pu
bb
Área de Área de viavia
ônibusônibus 1 1 1 1
motomoto 1,8 12,8 0,7 5
autoauto 3,9 5,7 3,5 7,2
Consequências do aumento do transporte individual
1. Taxa de mobilidade individual constante
Estimativa de viagens em transporte público nas RM, 2010-2025, mobilidade atual inalterada
48
29
4135
5460
39
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
2005 2010 2015 2020 2025
Via
ge
ns
em
TP
(m
ilh
õe
s/d
ia)
DM atual
Tendencial 97-05
DM - 1%
DM - 2%
DM + 1%
DM + 2%
Estimativa do mercado futuro do TP em 2025
Estimativa de viagens em TP nas RM, 2010-2025, mobilidade crescente
615345
68
39
76
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
2005 2010 2015 2020 2025
Via
ge
ns
em
TP
(m
ilhõ
es
/dia
)
DM atualDM - 1%DM - 2%DM + 1%DM + 2%
2. Taxa de mobilidade individual crescente
Participação das viagens do TP sobre o total das RM em 2025
18
29 27
53
39
60
39
76
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
% total Viag/dia % total Viag/dia
Mob constante Mob crescente
Pa
rtic
ipa
çã
o (
%)
e m
ilh
õe
s d
e
via
ge
ns
/dia
pessimista
otimista
Mercado futuro do Transporte Público nas RM em 2025
Participação atual: 31%
Conclusões sobre o transporte público
Estruturais
1. As políticas públicas têm privilegiado o transporte individual
2. Não temos conseguido convencer a sociedade
3. O interesse estritamente econômico da operação é uma barreira grave
4. A fragilidade da democracia e da cidadania são obstáculos
Demanda
4. A demanda do TP caiu e pode cair mais
5. A demanda de autos e motos cresceu e pode crescer mais
6. Sem aumento de qualidade, acessibilidade e confiabilidade, não há como esperar maior atratividade do TP
7. Novas altas demandas concentradas de TP são pouco prováveis
Gestor municipal x Gestor do serviço– itinerários– política tarifária– disputa do mercado
Município sede x Municípios periféricos– definição de atendimentos– acessibilidade total x gestão urbana
Usuários– atendimento “irracional”– indefinição sobre responsabilidades
Principais Conflitos da Gestão Metropolitana do TP
Visão Metropolitana– racionalidade técnica
Visão Municipal– gestão política
Visão Geral + Ação Local– Geral: planejamento, financiamento– Local: operação, fiscalização
Conceitos
Respeito à Autonomia Municipal Racionalidade técnica construída
- processo de elaboração inclusivo- formalização - PLANO- respeito às diretrizes locais
Política tarifária coerente- Equação de financiamento integrado (custo x
remuneração) Gestão integrada
- atendimento às demandas- ação operacional descentralizada
Plano de investimento em infra-estrutura Arbitragem de conflitos
Diretrizes para a Gestão Integrada
Propostas
1. Gestão da mobilidade
Órgãos municipais bem treinados e equipados
Operação cotidiana e eficaz do trânsito (tecnologia)
Fiscalização municipal eficaz
Ações de restrição ao uso indevido/indesejado do Transporte individual
2. Programas de educação e segurança de trânsito
Programa nacional RENAVAM/RENAINFRecursos FUNSETSugestões e Incentivos
Metas e responsabilidadesProgramas permanentes nas escolas e comunidades
Readaptação do espaçoInfra-estrutura e sinalização para pedestres
Inspeção veicular
3. Operação e gestão do transporte público
Infra-estrutura adequada de calçadas e paradas
Oferta de serviços diferenciados tipos de veículostipos de serviços
Rede nacional de corredores BRT e trilhos
Prioridade efetiva nas viasGestão on-line pelo órgão público sistema de TP
Sinalização e comunicação de alta qualidadeInformação on-line em casa/escritório
Pressupostos
TP é serviço essencial: investimento qualificado
Vias públicas para o uso equitativo das pessoas
Coordenação interinstitucional para superar desafios metropolitanos
Maiores desafios
Disputa política na defesa da teseMobilização do setorSensibilização da sociedade