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MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL NO ESTADO DO CEARÁ CENTRO DE APOIO ELEITORAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO CEARÁ

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MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL NO ESTADO DO CEARÁ

CENTRO DE APOIO ELEITORAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO CEARÁ

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OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO 2011

01 A 15 DE OUTUBRO DE 2011

1. Verificar a necessidade de REVISÃO DO ELEITORADO: Situações que justificam o pedido de revisão: 1.1 Art. 92 Lei 9504/97 a) o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja dez por cento superior ao do ano anterior; b) o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos do território daquele Município; c) o eleitorado for superior a 65% (sessenta e cinco por cento) da população projetada para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Obs: necessidade de serem as hipóteses concomitantes. d) Art. 58 Resolução TSE nº 21538/2003. Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional Eleitoral poderá determinar a realização de correição e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará, comunicando a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral, a revisão do eleitorado, obedecidas as instruções contidas nesta resolução e as recomendações que subsidiariamente baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão (Código Eleitoral, art. 71, § 4º). § (omissis) § 2º Não será realizada revisão de eleitorado em ano eleitoral, salvo em situações excepcionais, quando autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

ANÁLISE CONSTANTE ATÉ O DIA 06 DE JULHO/2012

2. Propaganda antecipada: a) realizar campanha de esclarecimento sobre a ilegalidade de realização de propaganda antes do dia 06 de julho de 2012; (incentivar a população a fiscalizar) b) ação rápida e eficaz para reprimir a propaganda antecipada; c) entrega pelo CAOPEL de novos modelos e peças práticas sobre propaganda antecipada; (cd anexo) Entendimento jurisprudencial:

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Nos termos da jurisprudência da Corte, deve ser entendida como propaganda eleitoral antecipada qualquer manifestação que, previamente aos três meses anteriores ao pleito e fora das exceções previstas no artigo 36-A da Lei n°9.504/97, leve ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, mesmo que somente postulada, a ação política que se pretende desenvolver ou as razões que levem a inferir que o beneficiário seja o mais apto para a função pública. 3. A configuração de propaganda eleitoral antecipada não depende exclusivamente da conjugação simultânea do trinômio candidato, pedido de voto e cargo pretendido. 4. A fim de se verificar a existência de propaganda eleitoral antecipada, especialmente em sua forma dissimulada, é necessário examinar todo o contexto em que se deram os fatos, não devendo ser observado tão-somente o texto da mensagem, mas também outras circunstâncias, tais como imagens, fotografias, meios, número e alcance da divulgação. 5. Configura propaganda eleitoral antecipada reação à manifestação, ainda que surgida espontaneamente entre os presentes a evento, que leve ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, eventual candidatura, mesmo que somente postulada. (R-Rp - Recurso em Representação nº 172217 - brasília/DF - Acórdão de 23/11/2010 / Relator(a) Min. JOELSON COSTA DIAS)

ARESPE - AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL ELEITORAL nº 28378 - ilhéus/BA Acórdão de 25/08/2010 Relator(a) Min. ARNALDO VERSIANI LEITE SOARES Ementa: Representação. Propaganda eleitoral antecipada. 1. A propaganda eleitoral antecipada pode ficar configurada não apenas em face de eventual pedido de votos ou de exposição de plataforma ou aptidão política, mas também ser inferida por meio de circunstâncias subliminares, aferíveis em cada caso concreto, afigurando correta a decisão regional que, diante do fato alusivo à distribuição de calendários, com fotografia e mensagem de apoio, concluiu evidenciada a propaganda extemporânea.

2.1 Analisar regularidade das Rádios Comunitárias existentes no município: http://www.mc.gov.br/radiodifusao/perguntas-frequentes/radio-comunitaria a) O que é o serviço de RÁDIO COMUNITÁRIA? (Lei 9.612, de 1998, regulamentada pelo Decreto 2.615 do mesmo ano.) Radiodifusão sonora, em freqüência modulada (FM), de baixa potência (25 Watts) e cobertura restrita a um raio de 1km a partir da antena transmissora. Podem explorar esse serviço somente associações e

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fundações comunitárias sem fins lucrativos, com sede na localidade da prestação do serviço. b) Como a rádio comunitária entre em regular funcionamento? b.1 – autorização do Ministério das Comunicações; b.2 – análise e aprovação pelo Congresso Nacional; b.3 - Publicação de DECRETO LEGISLATIVO; b.4 – Licença definitiva de funcionamento emitida pelo Ministério das Comunicações (desde a publicação da Medida Provisória 2.143, o Ministério das Comunicações pode emitir uma licença provisória para funcionamento das rádios comunitárias se o Congresso não avaliar o respectivo processo dentro do prazo de 90 dias contado a partir da data do recebimento dos autos) Obs: A Lei 9.612 previa que a cada autorização para a execução do Serviço de Radiodifusão Comunitária teria validade de 3 anos. Contudo, a Lei 10.597, de 2002, ampliou esse prazo de 3 para 10 anos, renováveis por iguais períodos, se cumpridas as exigências legais vigentes. c) Proibições: c.1 Realizar PROSELITISMO (art. 4º, § 1º) (O proselitismo é o intento de converter uma ou várias pessoas a uma determinada causa, ideia ou religião (proselitismo religioso). Fonte wikipédia c.2 Art. 11. A entidade detentora de autorização para execução do Serviço de Radiodifusão Comunitária não poderá estabelecer ou manter vínculos que a subordinem ou a sujeitem à gerência, à administração, ao domínio, ao comando ou à orientação de qualquer outra entidade, mediante compromissos ou relações financeiras, religiosas, familiares, político-partidárias ou comerciais. c.3 O não cumprimento das normas sobre instalação, programação, administração e transmissão de uma Rádio Comunitária é punido com advertência, multa e até perda da autorização. d) CRIME Atenção: Radiodifusão ilegal é crime de competência da Justiça Federal. A instalação e funcionamento de estação de rádio sem a devida autorização, é crime, punido com prisão dos responsáveis e apreensão dos equipamentos. Essa penalidade é aplicada não somente ao proprietário da estação clandestina, como também a todos aqueles que, direta ou indiretamente, estejam ligados a essa atividade ilegal (instaladores, vendedores e fabricantes de equipamentos, anunciantes etc.) Lei Federal nº 9.472/1997 Art. 183. Desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicação: Pena - detenção de dois a quatro anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, e multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, direta ou indiretamente, concorrer para o crime. Art. 184. São efeitos da condenação penal transitada em julgado: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; II - a perda, em favor da Agência, ressalvado o direito do lesado ou de terceiros de boa-fé, dos bens empregados na atividade clandestina, sem prejuízo de sua apreensão cautelar. Parágrafo único. Considera-se clandestina a atividade desenvolvida sem a competente concessão, permissão ou autorização de serviço, de uso de radiofreqüência e de exploração de satélite.

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Art. 185. O crime definido nesta Lei é de ação penal pública, incondicionada, cabendo ao Ministério Público promovê-la. e) como fiscalizar: e.1) no caso de não existir permissão legal para exploração do serviço de radiodifusão, requisitar que a polícia federal feche a rádio e prenda em flagrante os responsáveis pela operação clandestina, lacrando o imóvel e todo o mobiliário existente enquanto não retirados do local onde funcionava a rádio; e.2) caso não se saiba quanto a legalidade da exploração do serviço, requisitar a ANATEL que informe sobre regularidade da rádio (Ministério das Comunicações / Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica / Departamento de Outorga de Serviços / Esplanada dos Ministérios, Bloco R - edificio anexo, sala 300 oeste Brasília/DF - Cep : 70.044-900 Telefone geral : (61) 311-6000 Telefone sala do cidadão : (61) 311-6951 fax : (61) 311-6956) e.3) no caso de desvirtuamento do conteúdo da rádio, fazendo proselitismo ou favorecimento de pessoas ou grupos, com nítida propaganda antecipada, caberá representação para o juiz eleitoral para aplicação de multa, comunicando o fato à ANATEL para adoção das sanções administrativas devidas. 3. Abuso do Poder Econômico: a) práticas assistencialistas realizadas por futuros candidatos; b) como reparar: mediante RECOMENDAÇÕES (modelo já encaminhado), ação de investigação judicial eleitoral e AIME; Exemplos de casos práticos na jurisprudência eleitoral:

TRE-PB REP - REPRESENTACAO nº 4498 - Serra Redonda/PB Acórdão nº 3711 de 23/04/2006 Relator(a) HELENA DELGADO RAMOS FIALHO MOREIRA Publicação: DJ - Diário de Justiça, Data 13/05/2006 Ementa: RECURSO. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL. USO ELEITOREIRO DA MEDICINA. CONFIGURAÇÃO DA CAPTAÇÃO ILEGAL DE SUFRÁGIO E DA CONDUTA VEDADA PELO ART.73,I E IV, DA LEI 9.504/97. ABUSO DE PODER. PROCEDÊNCIA. DECISÃO PROFERIDA APÓS AS ELEIÇÕES. EFEITO IMEDIATO QUANTO À CASSAÇÃO. ANTERIOR REJEIÇÃO A RECURSO CONTRA DIPLOMAÇÃO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO AO CONHECIMENTO DA CAUSA.MÉRITO. ART.41-A DA LEI 9.504/97. ATENDIMENTOS MÉDICOS REALIZADOS FORA DE ESCALA DE PLANTÃO E EM ESPECIALIDADE DIVERSA DA ESPECIFICIDADE EM CONTRATO ENTRE COOPERATIVA MÉDICA E PODER PÚBLICO. PRÓPOSITO ELEITOREIRO CONFIGURADO. DESNECESSIDADE DE PEDIDO EXPRESSO DE VOTO. ENTENDIMENTO ATUALIZADO DO TSE NA MATÉRIA. USO DE MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E DEPENDÊNCIAS DE HOSPITAL

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PÚBLICO PARA ATENDIMENTOS DE ELEITORES, EM BENEFÍCIO DE CANDIDATURA DE MÉDICO CARACTERIZADO COMO AGENTE PÚBLICO LATU SENSU. CONDUTA VEDADA. VITÓRIA COM DIFERENÇA DE 173 VOTOS DO SEGUNDO COLOCADO. POTENCIALIDADE PARA AFETAR RESULTADO DO PLEITO. CASSAÇÃO DO DIPLOMA. MULTA. INELEGIBILIDADE. ART.224, CÓDIGO ELEITORAL. NOVA ELEIÇÃO. RECURSOS IMPROVIDOS. PROC - PROCESSO nº 4579 - Santo Andre/PB Acórdão nº 4161 de 05/09/2006 Relator(a) DR. ALEXANDRE TARGINO GOMES FALCÃO Publicação: DJ - Diário de Justiça, Data 09/11/2006, Página 13 Ementa: RECURSO INOMINADO. ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2004. CANDIDATO A PLEITO MAJORITÁRIO. INVESTIGAÇÃO JUDICIAL INTELIGÊNCIA DO ART. 22, LC 64/90. SENTENÇA. IMPROCEDÊNCIA. ALEGADA CAPTAÇÃO DE SUFRÁGIO: NÃO CONFIGURAÇÃO. SUSCITADO ABUSO DE PODER ECONÔMICO. PRÁTICA DA MEDICINA. DESEQUILÍBRIO DA DISPUTA ELEITORAL. CONSISTÊNCIA PROBATÓRIA. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. DECRETAÇÃO DE INELEGIBILIDADE. É de se prover parcialmente o recurso quando restar configurado, pelo conjunto probatório carreado, pelo menos um dos ilícitos alegados. Impõe-se a decretação da inelegibilidade daquele que, aproveitando-se de sua condição de médico, abusa do poder, realizando consultas gratuitas à população, as quais desequilibram a disputa política e viciam a vontade do eleitorado. TRE-AC RCRIM - RECURSO CRIMINAL nº 19 - Rio Branco/AC Acórdão nº 1723/2009 de 18/05/2009 Relator(a) DENISE CASTELO BONFIM Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Volume -, Tomo 066, Data 20/05/2009, Página 001 Ementa: RECURSO CRIMINAL - CRIME ELEITORAL - AUTORIA E MATERIALIDADE REVELADAS - ADEQUADA DOSIMETRIA PENAL - DECISÃO MANTIDA. 1. Configura-se o crime descrito no art. 299 do Código Eleitoral a realização de atendimento médico gratuito, com o intuito de obter voto dos eleitores beneficiados. 2. Acervo probatório suficientemente seguro a evidenciar a conduta típica, implementada pelo Recorrente, quando em curso campanha eleitoral.

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3. Se o juízo monocrático bem operou a dosimetria da pena, nenhum reparo há de se fazer. 4. Recurso desprovido.

4. Nos municípios que tiverem mais de uma zona eleitoral, atentar para designação pelo TRE-CE (que deverá ocorrer até o dia 19 de dezembro de 2011) de juiz eleitoral que ficará responsável: a) pelo registro de candidatos; b) pesquisas eleitorais com as reclamações e representações a elas pertinentes; c) pelo exame das prestações de contas; d) pela propaganda eleitoral com as reclamações e representações a ela pertinentes, bem como pela sua fiscalização; e) pelas investigações judiciais eleitorais. 5. Disponibilidade de novo acervo de modelos aptos a serem utilizados nas eleições 2012; (CD e sítio do CAOPEL) 6. Reunião com a Superintendência da Polícia Federal buscando inventariar e adotar providências para finalizar todos os IPs em andamento de eleições pretéritas ainda em andamento na Polícia Federal; 7. Levantamento de processos eleitorais referente a eleições pretéritas ainda em tramitação nas zonas eleitorais. 7.1 Atentar para recente entendimento do TSE acerca da competência para conhecer e processar representação por doação de recursos acima do limite legal, cabendo ao Promotor Eleitoral, pelo nosso entendimento, dar normal seguimento à ação reconhecendo o juízo da zona competente para o feito.

Rp - Representação nº 98140 - brasília/DF Acórdão de 09/06/2011 Relator(a) Min. FÁTIMA NANCY ANDRIGHI Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Data 28/06/2011, Página 62 Ementa: QUESTÃO DE ORDEM. REPRESENTAÇÃO. ELEIÇÕES 2010. DOAÇÃO DE RECURSOS DE CAMPANHA ACIMA DO LIMITE LEGAL. PESSOA JURÍDICA. PEDIDO DE LIMINAR. INCOMPETÊNCIA DO TSE. REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO COMPETENTE. 1. A competência para processar e julgar a representação por doação de recursos acima do limite legal é do juízo ao qual se vincula o doador, haja vista que a procedência ou improcedência do pedido não alcança o donatário.

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2. Nos termos do art. 81, § 3º, da Lei 9.504/97, a aplicação das sanções nele previstas pressupõe que o ilícito eleitoral seja reconhecido em processo no qual se assegure a ampla defesa, o que ocorrerá em sua plenitude se a representação for julgada pelo juízo eleitoral do domicílio do doador. 3. Questão de ordem resolvida no sentido de não conhecer da representação e determinar a remessa dos autos ao juiz eleitoral competente. Decisão: O Tribunal, por unanimidade, resolveu questão de ordem no sentido de declinar da competência para o Tribunal Regional Eleitoral, nos termos do voto da Relatora. Leading case: A competência para processar e julgar a representação por doação de recursos acima do limite legal é do juízo eleitoral do domicílio do VOTO A SENHORA MINISTRA NANCY ANDRIGHI (relatora): Senhor Presidente, trata-se de representação, com pedido de liminar, ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral em desfavor de Calábria Investimentos Imobiliários Ltda. e de seu representante legal e dirigente, Joseph Meyer Nigri, com fundamento nos arts. 81 da Lei 9.504/97 e 1°, I, p, da LC 64/90. O art. 81 da Lei 9.504/97 impõe limites para que pessoas jurídicas doem recursos financeíros a campanhas eleitorais. A norma estabelece barreiras ao doador, portanto; não se dirige à pessoa deste ou daquele candidato, que pode receber recursos de diferentes apoiadores - pessoas físicas ou jurídicas. Por outro lado, a legislação eleitoral vigente não estabelece restrições quanto à arrecadação de recursos por parte do candidato ou comitê financeiro, ressalvado o limite determinado pelo respectivo partido político, nos termos do art. 17-A da Lei 9.504/973. Ademais, as sanções de multa e de proibição de participar de licitações e contratar com o Poder Público recaem exclusivamente sobre o doador, de acordo com o que prevê o 9 3° do art. 81 da Lei das Eleições. Assim, conclui-se que a regra do art. 81 da Lei 9.504/97 volta-se ao doador - e não ao candidato donatário. Esse poderá, no máximo, ter a situação financeira de sua campanha exposta e, havendo irregularidades, ser conduzido, em tese, à responsabilização por abuso de poder econômico. Desse modo, a competência para processar e julgar a representação por doação de recursos acima do limite legal é do juízo ao qual se vincula o doador, haja vista que a procedência ou improcedência do pedido não alcança o donatário.

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Ademais, ainda nos termos do mencionado 9 3° do art. 81 da Lei 9.504/97, a aplicação das sanções nele previstas pressupõe que o ilícito eleitoral seja reconhecido em processo no qual se assegure a ampla defesa. Logo, para que isso ocorra em sua plenitude, a representação deve ser julgada pelo juízo eleitoral do domicílio do doador, no caso, o do local onde se encontra a sede da pessoa jurídica. Forte nessas razões, resolvo a questão de ordem no sentido de não conhecer da representação e determinar a remessa dos autos ao TRE/SP para que encaminhe ao Juízo zonal competente. É o voto.

8. Filiação Partidária Analisar a situação de possíveis candidatos que tenham se desfiliado do partido e informar à Procuradoria Regional Eleitoral para ingressar com a ação para destituição do cargo eletivo (seja no executivo, seja no legislativo), caso o partido não o faça no prazo legal. Resolução n° 22.610/07 do Tribunal Superior Eleitoral, que assim estabelece: Art. 1º - O partido político interessado pode pedir, perante a Justiça Eleitoral, a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa. § 1º - Considera-se justa causa: I) incorporação ou fusão do partido; II) criação de novo partido; III) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; IV) grave discriminação pessoal. (...) § 2º - Quando o partido político não formular o pedido dentro de 30 (trinta) dias da desfiliação, pode fazê-lo, em nome próprio, nos 30 (trinta) subsequentes, quem tenha interesse jurídico ou o Ministério Público eleitoral.

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2012 ANO DAS ELEIÇÕES

01 DE JANEIRO DE 2012

O1. EXPEDIR RECOMENDAÇÃO AO PREFEITO E MESA DA CÂMARA MUNICIPAL NO SENTIDO DE ATENTAR PARA: a) PROIBIÇÃO A PARTIR DO DIA 01 DE JANEIRO DE 2012 DE: a.1) distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios Únicas exceções em que se permite a distribuição são os casos de: * calamidade pública * estado de emergência * programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior (casos em que o Ministério Público Eleitoral poderá promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa (Lei nº 9.504/97, art.73, §10); a.2) PROIBIÇÃO de executar programas sociais por entidade nominalmente vinculada a candidato ou por esse mantida, ainda que autorizados em lei ou em execução orçamentária no exercício anterior (Lei nº 9.504/97, art. 73, § 11). Obs: O descumprimento dos preceitos acima ensejará a suspensão imediata da conduta vedada, além da multa aos responsáveis e candidatos beneficiados com a cassação do registro ou diploma. (Lei 9.504/97, art. 73 §§ 4º e 5º e art. 78) O2. REDOBRAR A FISCALIZAÇÃO ACERCA DA PRÁTICA DE PROPAGANDA ANTECIPADA; (as quais deverão ocorrer com maior frequência) 03. INICIAR OS PREPARATIVOS PARA REALIZAÇÃO DE SEMINÁRIOS E AUDIÊNCIAS PÚBLICAS: 3.1 As audiências públicas terão como objetivo instruir e esclarecer o eleitor acerca da importância das eleições para o desenvolvimento da cidade; 3.2 As audiências enfatizarão a necessidade do povo fiscalizar as eleições e lutar por eleições LIMPAS, escolhendo nas urnas candidatos íntegros e sem nenhum registro ou motivo que venha a questionar sua reputação ética e moral; 3.3 O CAOPEL em conjunto com a PRE fornecerá propostas e procedimentos para realização das audiências públicas. 3.4 As audiências contarão com trabalhos exitosos de colegas em eleições pretéritas; Campanha “O que você tem a ver com a Corrupção”; blogs; MCCE, etc. Ex. Trabalho desenvolvido pelo colega Luciano Tonet no município de Graça-CE

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Como fazer: Julho de 2006: Com o início da campanha partidária, a Promotoria começou a idealizar o projeto; Agosto de 2006: Fizemos contato com a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) para adquirir spots educativos para divulgação em rádios e para aquisição de apostilas educativas para distribuição em escolas, idealização da Peça Teatral "Voto, questão de cidadania", juntamente com a direção e corpo docente da Escola Estadual Raimundo da Cunha Brito; Setembro de 2006: Palestras nas escolas municipais e estaduais de Graça-CE, entrevistas na Rádio Nossa Senhora das Graças, início das apresentações da peça teatral "Voto, questão de cidadania" nas escolas do município, realização de concursos escolares de redação, música, poesias, paródias e demais representações artísticas sobre o tema "Eleições e Cidadania", nas escolas; Outubro de 2006: Continuação das apresentações da peça teatral, continuação da distribuição das apostilas; Após o período das eleições, a Escola Estadual Raimundo da Cunha Brito, algumas escolas municipais e outros setores da sociedade ficaram responsáveis por dar continuidade ao projeto. Após esse projeto outros se seguiram em Monsenhor Tabosa e Icó desenvolvidos pelo mesmo colega. 04. Aferir atuação de “cabos eleitorais”, transportando eleitores para transferência de títulos e filiação; a) conduta tipificada no art. 299; b) instaurar (em momento próprio) de ação de investigação judicial eleitoral para fins de apurar abuso do poder econômico; (peça a ser encaminhada pelo CAOPEL) 05. INÍCIO DE PROCEDIMENTOS VISANDO APURAR POSSÍVEIS INELEGIBILIDADES DOS PRÉ-CANDIDATOS EM FACE DAS ELEIÇÕES DE 2012: 5.1 - instauração de procedimentos administrativos individualizados para instruir fiscalização de cada futuro candidato (principalmente em se tratando de reeleição de prefeito e vereadores em exercício de mandato) Obs: O CAOPEL em conjunto com a PRE disponibilizará modelo padrão correspondente a um check-list que deverá ser preenchido em relação a cada um dos candidatos, tendo como parâmetro todas as possíveis inelegibilidades existentes na legislação que podem ser tipificadas na AIRC (ação de impugnação de registro de candidatura) 5.2 - Os Promotores Eleitorais deverão fazer um levantamento acerca da existência de pareceres prévios oriundos dos Tribunais de Contas, em relação a contas de governo ainda não apreciadas pelo Poder Legislativo do município; a) em existindo pareceres do TCM em relação a contas de governo municipal pendentes de apreciação, deve ser imediatamente RECOMENDADO à mesa da Câmara que efetue o julgamento daquelas contas, nos termos do art. 71, inciso I da CF, sob pena da prática de ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA; Obs: Referida recomendação será ofertada mediante modelo padrão pelo CAOPEL;

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b) Tendo o Poder Legislativo já apreciado parecer prévio do TCM em relação a contas de governo, DESAPROVANDO AS CONTAS DO GESTOR OU EX-GESTOR, deve ser verificado pelo Promotor Eleitoral se foi expedido o DECRETO LEGISLATIVO correspondente ao julgamento da Câmara Municipal, formalidade imprescindível à materialização da inelegibilidade firmada no art. 1º, alínea “g” da LC 64/90. Precedentes do TSE / AgR-RO - Agravo Regimental em Recurso Ordinário nº 417262 - Fortaleza/CE, Acórdão de 29/09/2010,Relator(a) Min. ARNALDO VERSIANI LEITE SOARES Ementa: Registro. Inelegibilidade. Rejeição de contas. - A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a ausência de decreto legislativo relativo à rejeição de contas de prefeito impede o reconhecimento da incidência do art. 1º, I, g, da Lei Complementar nº 64/90. Agravo regimental não provido. c) Pesquisar junto ao TCM e TCE existência de pareceres prévios e/ou julgamentos em relação a contas de governo e contas de gestão realizadas em relação a zona eleitoral respectiva de cada Promotor Eleitoral; Obs: Os Tribunais de Contas terão até o dia 05 de julho de 2012 (último dia) para disponibilizar a Justiça Eleitoral a RELAÇÃO DAQUELES QUE TIVEREM SUAS CONTAS RELATIVAS AO EXERCÍCIO DE CARGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS REJEITADAS POR IRREGULARIDADE INSANÁVEL E POR DECISÃO IRRECORRÍVEL. (Lei 9.504/97, art. 11, § 5º)

MARÇO

05 DE MARÇO DE 2012

Último dia para o Tribunal Superior Eleitoral expedir as instruções relativas às eleições de 2012 (Lei nº 9.504/97, art. 105, caput).

ABRIL

10 DE ABRIL DE 2012 (180 dias antes da eleição)

O1. EXPEDIR RECOMENDAÇÃO AO PREFEITO E MESA DA CÂMARA MUNICIPAL NO SENTIDO DE ATENTAR PARA: a) PROIBIÇÃO A PARTIR DESTA DATA ATÉ A POSSE DOS ELEITOS, de fazer na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição (Lei nº 9.504/97, art. 73, VIII e Resolução nº 22.252/2006).

MAIO

09 DE MAIO DE 2012

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01. Último dia para o eleitor requerer inscrição eleitoral ou transferência de domicílio (Lei nº 9.504/97, art. 91, caput). Obs: REFORÇAR fiscalização (já exercida desde janeiro de 2012) quanto a ação de cabos eleitorais transportando ou facilitando de qualquer forma a inscrição ou transferência de eleitores.

26 DE MAIO DE 2012 01. Data a partir da qual é permitido ao postulante à candidatura a cargo eletivo realizar propaganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor, observado o prazo de 15 dias que antecede a data definida pelo partido para a escolha dos candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 36, § 1º).

JUNHO

10 DE JUNHO DE 2012 01. Data a partir da qual é permitida a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos a Prefeito, a Vice-Prefeito e a Vereador (Lei nº 9.504/97, art. 8º, caput). Obs: atentar pra realização de festas veiculando nomes de candidatos e RECOMENDAR para não serem realizados festejos comemorando resultado das convenções. Consequências: abuso poder econômico e prática de propaganda antecipada 02. Data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de televisão transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção (Lei nº 9.504/97, art. 45,§ 1º). 03. Data a partir da qual os feitos eleitorais terão PRIORIDADE para a participação do Ministério Público e dos Juízes de todas as justiças e instâncias, ressalvados os processos de habeas corpus e mandado de segurança (Lei nº 9.504/97, art. 94, caput). 04. Data a partir da qual, observada a realização da convenção partidária, até a apuração final da eleição, não poderão servir como Juízes Eleitorais nos Tribunais Regionais, ou como Juiz Eleitoral, o cônjuge ou companheiro, parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição (Código Eleitoral, art. 14, § 3º)

11 DE JUNHO DE 2012

01. Data a partir da qual, se não fixado por lei, caberá a cada partido político fixar o limite de gastos de campanha para os cargos em disputa e comunicá-lo, no pedido de registro de seus candidatos, à Justiça Eleitoral, que dará a essas informações ampla publicidade (Lei nº 9.504/97, art. 17-A).

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30 DE JUNHO DE 2012 01. Último dia para a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos a Prefeito, a Vice-Prefeito e a Vereador (Lei nº 9.504/97, art. 8º, caput).

JULHO

01 DE JULHO DE 2012 1. apresentação de email onde os colegas deverão encaminhar todas as ações intentadas, facilitando acompanhamento das mesmas ações e eventuais pareceres e recursos da Procuradoria Regional Eleitoral. 2. data a partir da qual a PRE em conjunto com o CAOPEL iniciarão visitas às zonas eleitorais, realizando reuniões e acompanhando trabalhos afetos a cada Promotoria Eleitoral; 3. Data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de televisão, em programação normal e em noticiário (Lei nº 9.504/97, art. 45, I a VI): I - transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou de qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados; II - veicular propaganda política; III - dar tratamento privilegiado a candidato, partido político ou coligação; IV - veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos; V - divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome de candidato ou com a variação nominal por ele adotada.

05 DE JULHO DE 2012

1. Último dia para os partidos políticos e coligações apresentarem no Cartório Eleitoral competente, até as 19 horas, o requerimento de registro de candidatos a Prefeito, a Vice-Prefeito e a Vereador (Lei nº 9.504/97, art. 11, caput). 2. Data a partir da qual permanecerão abertos aos sábados, domingos e feriados os Cartórios Eleitorais e as Secretarias dos Tribunais Eleitorais, em regime de plantão (Lei Complementar nº 64/90, art. 16). 3. Último dia para os Tribunais e Conselhos de Contas tornarem disponível à Justiça Eleitoral relação daqueles que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, ressalvados os casos em que a questão estiver sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, ou que haja sentença judicial favorável ao interessado (Lei nº 9.504/97, art. 11, § 5°).

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4. Data a partir da qual o nome de todos aqueles que tenham solicitado registro de candidatura deverá constar das pesquisas realizadas mediante apresentação da relação de candidatos ao entrevistado.

06 DE JULHO DE 2012 1. Data a partir da qual será permitida a propaganda eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 36, caput); 2. Data a partir da qual os candidatos, os partidos ou as coligações podem fazer funcionar, das 8 às 22 horas, alto-falantes ou amplificadores de som, nas suas sedes ou em veículos (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 3º); 3. Data a partir da qual os candidatos, os partidos políticos e as coligações poderão realizar comícios e utilizar aparelhagem de sonorização fixa, das 8 às 24 horas (Lei no 9.504/97, art. 39, § 4o); 4. Data a partir da qual será permitida a propaganda eleitoral na internet, vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda paga (Lei nº 9.504/97, art. 57-A e art. 57-C, caput).

07 DE JULHO DE 2012 (3 meses antes)

1. Data a partir da qual são vedadas aos agentes públicos as seguintes condutas (Lei nº 9.504/97, art. 73, V e VI, a): I - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os casos de: a) nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança; b) nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República; c) nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até 7 de julho de 2012; d) nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do chefe do Poder Executivo; e) transferência ou remoção ex officio de militares, de policiais civis e de agentes penitenciários; II - realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou de serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública.

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2. Data a partir da qual é vedado aos agentes públicos das esferas administrativas cujos cargos estejam em disputa na eleição (Lei nº 9.504/97, art. 73, VI, b e c, e § 3º): I - com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral; II - fazer pronunciamento em cadeia de rádio e de televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo. 3. Data a partir da qual é vedada, na realização de inaugurações, a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos (Lei nº 9.504/97, art. 75). 4. Data a partir da qual é vedado a qualquer candidato comparecer a inaugurações de obras públicas (Lei nº 9.504/97, art. 77).

09 DE JULHO DE 2012 (90 dias antes)

1. Data a partir da qual não mais serão realizadas novas investiduras de Promotores de Justiça em função eleitoral, as quais, segundo norma preconizada no art. 5º da Resolução nº 30 do CNMP, não deverão ocorrer em prazo inferior a noventa dias da data do pleito eleitoral e não cessarão em prazo inferior a noventa dias após a eleição, devendo ser providenciadas pelo Procurador Regional Eleitoral as prorrogações eventualmente necessárias à observância deste preceito. Obs: conforme art. 5º, § 1º da Res. 30 do CNMP: § 1° Excepcionalmente, as prorrogações de investidura em função eleitoral ficarão aquém ou irão além do limite temporal de dois anos estabelecido nesta Resolução, sendo a extensão ou redução do prazo realizada apenas pelo lapso suficiente ao cumprimento do disposto no caput deste artigo. 2. Data a partir da qual fica vedada a fruição de férias ou licença voluntária do promotor eleitoral, período compreendido desde noventa dias que antecedem o pleito, até quinze dias após a diplomação dos eleitos, conforme art. 5º, § 2º da Res. 30 do Conselho Nacional do Ministério Público.

10 DE JULHO DE 2012 1. Último dia para os candidatos, escolhidos em convenção, requererem seus registros perante o Juízo Eleitoral competente, até as 19 horas, caso os partidos políticos ou as coligações não os tenham requerido (Lei nº 9.504/97, art. 11, § 4º).

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13 DE JULHO DE 2012 1. Último dia para os partidos políticos constituírem os comitês financeiros, observado o prazo de 10 dias úteis após a escolha de seus candidatos em convenção (Lei nº 9.504/97, art. 19, caput). 2. Último dia para qualquer candidato, partido político, coligação ou o Ministério Público Eleitoral impugnar os pedidos de registro de candidatos apresentados pelos partidos políticos ou coligações (Lei Complementar nº 64/90, art. 3º).

29 DE JULHO DE 2012 (70 dias antes)

1. Último dia para a publicação, no órgão oficial do Estado, dos nomes das pessoas indicadas para compor as Juntas Eleitorais para o primeiro e eventual segundo turnos de votação (Código Eleitoral, art. 36, § 2º).

AGOSTO

05 DE AGOSTO DE 2012 1. Data em que todos os pedidos originários de registro, inclusive os impugnados, deverão estar julgados e publicadas as respectivas decisões perante o Juízo Eleitoral.

06 DE AGOSTO DE 2012

1. Data em que os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados a divulgar, pela rede mundial de computadores (internet), relatório discriminado dos recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro que tenham recebido para financiamento da campanha eleitoral e os gastos que realizarem, em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim (Lei nº 9.504/97, art. 28, § 4º).

18 DE AGOSTO DE 2012 sábado (50 dias antes)

1. Último dia para os responsáveis por todas as repartições, órgãos e unidades do serviço público oficiarem ao Juízo Eleitoral, informando o número, a espécie e a lotação dos veículos e embarcações de que dispõem para o primeiro e eventual segundo turnos de votação (Lei nº 6.091/74, art. 3º).

21 DE AGOSTO DE 2012

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1. Início do período da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão (Lei nº 9.504/97, art. 47, caput).

23 DE AGOSTO DE 2012 (45 dias antes)

1. Data em que todos os recursos sobre pedido de registro de candidatos deverão estar julgados pela Justiça Eleitoral e publicadas as respectivas decisões (Lei nº 9.504/97, art. 16, § 1º).

SETEMBRO

06 DE SETEMBRO DE 2012 1. Data em que os partidos políticos e os candidatos são obrigados a divulgar, pela rede mundial de computadores (internet), relatório discriminando os recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro que tenham recebido para financiamento da campanha eleitoral e os gastos que realizarem, em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim (Lei nº 9.504/97, art. 28, § 4º).

07 DE SETEMBRO DE 2012 sexta-feira (30 dias antes)

1. Último dia para a instalação da Comissão Especial de Transporte e Alimentação (Lei nº 6.091/74, art. 14). 2. Último dia para a requisição de veículos e embarcações aos órgãos ou unidades do serviço público para o primeiro e eventual segundo turnos de votação (Lei nº 6.091/74, art. 3º, § 2º). 3. Último dia para os Tribunais Regionais Eleitorais designarem, em sessão pública, a comissão de auditoria para verificação do funcionamento das urnas eletrônicas, por meio de votação paralela (Resolução nº 21.127/2002 e Resolução nº 23.205/2010, art. 47).

22 DE SETEMBRO DE 2012 Sábado (15 dias antes)

1. Data a partir da qual nenhum candidato, membro de Mesa Receptora e fiscal de partido poderão ser detidos ou presos, salvo em flagrante delito (Código Eleitoral, art. 236, § 1º). 2. Data em que deve ser divulgado o quadro geral de percursos e horários programados para o transporte de eleitores para o primeiro e eventual segundo turnos de votação (Lei nº 6.091/74, art. 4º).

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3. Último dia para os partidos políticos e coligações indicarem, perante os Juízos Eleitorais, o nome dos fiscais que estarão habilitados a fiscalizar os trabalhos de votação durante o pleito municipal (Resolução nº 22.895/2008).

28 DE SETEMBRO DE 2012

sexta-feira 1. Último dia para o Juízo Eleitoral decidir as reclamações contra o quadro geral de percursos e horários para o transporte de eleitores, devendo, em seguida, divulgar, pelos meios disponíveis, o quadro definitivo (Lei nº 6.091/74, art. 4º, § 3º e § 4º).

OUTUBRO

02 DE OUTUBRO DE 2012 terça-feira (5 dias antes)

1. Data a partir da qual e até 48 horas depois do encerramento da eleição, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto (Código Eleitoral, art. 236, caput).

04 DE OUTUBRO DE 2012 quinta-feira (3 dias antes)

1. Último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão (Lei nº 9.504/97, art. 47, caput). 2. Último dia para propaganda política mediante reuniões públicas ou promoção de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa entre as 8 e as 24 horas (Código Eleitoral, art. 240, parágrafo único e Lei nº 9.504/97, art. 39, § 4º e § 5º, I). 3. Último dia para a realização de debate no rádio e na televisão, admitida a extensão do debate cuja transmissão se inicie nesta data e se estenda até as 7 horas do dia 5 de outubro de 2012.

05 DE OUTUBRO DE 2012 sexta-feira (2 dias antes)

1. Último dia para a divulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de propaganda eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 43).

06 DE OUTUBRO DE 2012 Sábado (1 dia antes)

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1. Último dia para a propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de som, entre as 8 e as 22 horas (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 3º e § 5º, I). 2. Último dia, até as 22 horas, para a distribuição de material gráfico e a promoção de caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 9º). 3. Data em que a Comissão de Votação Paralela deverá promover, entre as 9 e as 12 horas, em local e horário previamente divulgados, os sorteios das Seções Eleitorais.

07 DE OUTUBRO DE 2012 Domingo

DIA DAS ELEIÇÕES (Lei nº 9.504, art. 1º, caput) 1. Data em que se realiza a votação, observando-se, de acordo com o horário local:

Às 7 horas Instalação da Seção Eleitoral (Código Eleitoral, art. 142).

Às 7:30 horas

Constatado o não comparecimento do Presidente da Mesa Receptora, assumirá a presidência o primeiro mesário e, na sua falta ou impedimento, o segundo mesário, um dos secretários ou o suplente, podendo o membro da Mesa Receptora que assumir a presidência nomear ad hoc, dentre os eleitores presentes, os que forem necessários para completar a Mesa (Código Eleitoral, art. 123, § 2º e § 3º).

Às 8 horas Início da votação (Código Eleitoral, art. 144).

Às 17 horas Encerramento da votação (Código Eleitoral, arts. 144 e 153).

A partir das 17 horas Emissão dos boletins de urna e início da apuração e da totalização dos resultados. 2. Data em que há possibilidade de funcionamento do comércio, com a ressalva de que os estabelecimentos que funcionarem nesta data deverão proporcionar as condições para que seus funcionários possam exercer o direito/dever do voto (Resolução nº 22.963/2008). 3. Data em que é permitida a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou candidato, REVELADA EXCLUSIVAMENTE POR BANDEIRAS, BROCHES, DÍSTICOS e ADESIVOS. (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, caput). 4. Data em que é vedada, até o término da votação, a aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado, bem como bandeiras, broches, dísticos e

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adesivos que caracterizem manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, § 1º). 5. Data em que, no recinto das Seções Eleitorais e Juntas Apuradoras, é proibido aos servidores da Justiça Eleitoral, aos mesários e aos escrutinadores o uso de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de partido político, de coligação ou de candidato (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, § 2º). 6. Data em que, no recinto da cabina de votação, é vedado ao eleitor portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas, filmadoras, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto, devendo ficar retidos na Mesa Receptora enquanto o eleitor estiver votando (Lei no 9.504/97, art. 91-A, parágrafo único). 7. Data em que é vedado aos fiscais partidários, nos trabalhos de votação, o uso de vestuário padronizado, sendo-lhes permitido tão só o uso de crachás com o nome e a sigla do partido político ou coligação (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, § 3º). 8. Data em que deverá ser afixada, na parte interna e externa das Seções Eleitorais e em local visível, cópia do inteiro teor do disposto no art. 39-A da Lei nº 9.504/97 (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, § 4º). 9. Data em que é vedada qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 5º, III). 10. Data em que serão realizados, das 8 às 17 horas, em cada Unidade da Federação, em um só local, designado pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral, os procedimentos, por amostragem, de votação paralela para fins de verificação do funcionamento das urnas sob condições normais de uso. 11. Data em que é permitida a divulgação, a qualquer momento, de pesquisas realizadas em data anterior à realização das eleições e, a partir das 17 horas do horário local, a divulgação de pesquisas feitas no dia da eleição. 12. Data em que, constatado problema em uma ou mais urnas antes do início da votação, o Juiz Eleitoral poderá determinar a sua substituição por urna de contingência, substituir o cartão de memória de votação ou realizar nova carga, conforme conveniência, convocando-se os representantes dos partidos políticos ou coligações, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil para, querendo, participar do ato. 13. Último dia para o partido político requerer o cancelamento do registro do candidato que dele for expulso, em processo no qual seja assegurada a ampla defesa, com observância das normas estatutárias (Lei nº 9.504/97, art. 14). 14. Último dia para candidatos e comitês financeiros arrecadarem recursos e contraírem obrigações, ressalvada a hipótese de arrecadação com o fim exclusivo de quitação de despesas já contraídas e não pagas até esta data (Lei nº 9.504/97, art. 29, § 3º).

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08 DE OUTUBRO DE 2012 segunda-feira

(dia seguinte ao primeiro turno) 1. Data a partir da qual, decorrido o prazo de 24 horas do encerramento da votação (17 horas no horário local), é possível fazer propaganda eleitoral para o segundo turno (Código Eleitoral, art. 240, parágrafo único). 2. Data a partir da qual, decorrido o prazo de 24 horas do encerramento da votação (17 horas no horário local), será permitida a propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de som, entre as 8 e as 22 horas, bem como a promoção de comício ou utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre as 8 e as 24 horas (Código Eleitoral, art. 240, parágrafo único c.c. Lei nº 9.504/97, art. 39, § 3º, § 4º e § 5º, I). 3. Data a partir da qual, decorrido o prazo de 24 horas do encerramento da votação (17 horas no horário local), será permitida a promoção de carreata e distribuição de material de propaganda política (Código Eleitoral, art. 240, parágrafo único c.c. Lei nº 9.504/97, art. 39, § 5º, I e III).