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Aula : 06/08/2018 MODELO DE ANÁLISE CONJUNTURAL Funcionalidade Macroeconômica PIB = C + I + G + (X-M) = C + S + T + RL scc = x – m - rl (i-s)+(g-t)+(scc) = 0 Ou c + i + g + x-m = y = c + s + t + rl Sabemos que a arrecadação tributária representa uma restrição à renda das famílias que, obviamente, não podem utilizar esses recursos; o mesmo ocorre com as remessas de recursos que o país realiza ao exterior. Deve-se trabalhar com um valor que, efetivamente, seja disponível, líquido de impostos e também das remessas de recursos ao exterior. Esse valor é a renda disponível do setor privado da economia (yd), definida como yd = y – t – rl Primeiras relações entre variáveis macroeconômicas É razoável supor que, quanto maior é a renda de uma família, maior, em valor absoluto, o montante de tributos que ela recolhe aos cofres públicos. Admite-se dois fatos: a) o pagamento de tributos depende da renda, ou seja, a arrecadação tributária é função da renda, assim: t = t (y) e, b) Duas variáveis variam no mesmo sentido, ou seja, quando a renda aumenta, cresce a arrecadação tributária e vice-versa, assim: 1

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Aula : 06/08/2018

MODELO DE ANÁLISE CONJUNTURAL

Funcionalidade Macroeconômica

PIB = C + I + G + (X-M) = C + S + T + RL

scc = x – m - rl

(i-s)+(g-t)+(scc) = 0

Ou

c + i + g + x-m = y = c + s + t + rl

Sabemos que a arrecadação tributária representa uma restrição à renda das famílias que, obviamente, não podem utilizar esses recursos; o mesmo ocorre com as remessas de recursos que o país realiza ao exterior.

Deve-se trabalhar com um valor que, efetivamente, seja disponível, líquido de impostos e também das remessas de recursos ao exterior. Esse valor é a renda disponível do setor privado da economia (yd), definida como yd = y – t – rl

Primeiras relações entre variáveis macroeconômicas

É razoável supor que, quanto maior é a renda de uma família, maior, em valor absoluto, o montante de tributos que ela recolhe aos cofres públicos. Admite-se dois fatos:

a) o pagamento de tributos depende da renda, ou seja, a arrecadação tributária é função da renda, assim: t = t (y) e,

b) Duas variáveis variam no mesmo sentido, ou seja, quando a renda aumenta, cresce a arrecadação tributária e vice-versa, assim:

(+) t = t ( y )

Consumo e Poupança das Famílias

Vimos que yd = y – t – rl = c + s , ou seja, a renda disponível (definida como a renda total menos o total dos tributos e da renda líquida enviada ao exterior) destina-se ao consumo ou à poupança. É correto afirmar então que tanto o consumo © quanto a poupança (s) dependem da renda disponível (yd). Da mesma forma, quanto maior a renda disponível, maiores são tanto o consumo como a poupança. Ou seja, tem-se:

C = c (yd) = c [ y – t (y) – rl ] e s = s (yd) = s [ y – t (y) – rl ]

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A identidade básica da macroeconomia transformou-se então na equação:

(+) (+) (+) (+)c (yd) + i + g + x – m = y = c (yd) + s(yd) + t (y) + rlTemos um esboço agora de um modelo macroeconômico capaz de esclarecer algumas dúvidas: Por exemplo, o que acontece quando, em conseqüência do surgimento de um clima de otimismo entre os empresários em relação ao futuro da economia, o investimento privado registra uma elevação?

O aumento do investimento eleva o lado esquerdo da equação, desequilibrando-a. Mas o conseqüente aumento da renda (o investimento é uma parcela dela) e da renda disponível (note que y é muito maior que t) eleva o consumo (em ambos os ldos da equação), a poupança e a arrecadação tributária (essas, no lado direito da equação), reequilibrando a equação em um nível de renda mais elevado.

Em outros termos, o aumento do investimento materializa-se na construção de novas fábricas, onde são utilizadas mão-de-obra (logo elevando a renda das famílias) e a diversas matérias-primas e dos produtos semi-acabados. A produção adicional dessas matérias-primas e dos produtos semi-acabados necessários à construção das novas fábricas exige a contratação de mão-de-obra, elevando a renda, pelo aumento da folha de salários do país. Com maiores salários, as famílias podem gastar mais em bens de consumo e ainda destinar alguma parcela à poupança. Com o aumento das vendas de produtos de consumo, a arrecadação dos tributos embutidos em seus preços também se eleva, e assim por diante.

Os estoques e a Dinâmica Macroeconômica

Entendendo-se o investimento privado como o aumento do capital instalado, ou seja, o aumento do número ou da qualidade das máquinas, equipamentos, instalações, área cultivada, estoques, pode-se distribuí-lo entre duas parcelas.

A primeira é a parcela planejada do investimento (ip), aquela que o empresário decide realizar tendo feito um estudo prévio.

A segunda parcela é a do investimento não planejado (in), representado por uma inesperada elevação dos níveis de estoques.

Assim, temos que:

(+) (+) (+) (+)c (yd) + ip + in + g + x – m = y = c (yd) + s(yd) + t (y) + rl

Agora, quando o consumo aumenta exogenamente sem alterar o nível de renda, logo através da redução da poupança, no lado esquerdo da equação surge um desinvestimento não planejado (redução dos níveis de estoques), materializando-se como uma redução de estoques exatamente da mesma magnitude do aumento original do consumo, reequilibrando a equação e eliminando a inconsistência acima apresentada (aumento inesperado do consumo devido, por exemplo, à instabilidade econômica e/ou política no curto prazo).

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Introdução à Dinâmica Mcroeconômica

É claro que, se a redução de estoques antes analisada persiste por algum tempo, os empresários passam a acreditar que o aumento do consumo é perene, e toda a cadeia entre produção e o consumo se movimenta para atender à maior demanda.

O aumento do consumo gera um aumento do emprego, da taxa de ocupação da capacidade instalada, da produção (e da renda) e, eventualmente, até o investimento planejado, mas, inicialmente, o que ocorre é uma redução dos estoques. Essa é uma primeira introdução à dinâmica macroeconômica de fundamental importância para o entendimento do funcionamento da economia.

Se a redução (acumulação) de estoques mantém-se por algum tempo, a reação dos varejistas é a de aumentar (diminuir) as encomendas, ordem que será repassada pelos atacadistas aos produtores, desencadeando toda uma corrente de ações e reações – a dinâmica econômica – no sentido de aumentar (diminuir) a produção.

Sempre que a economia produz apenas o produto menor que o nível de equilíbrio, surgem forças no sentido de elevar a produção até que os estoques cresçam e atinjam seu nível normal. Ao contrário, ocorre desova de estoques.

Duas constatações importantes:

a) o produto de equilíbrio é estável, pois sempre que a economia produz acima ou abaixo dele, surgem forças para que a produção retorne a esse valor de equilíbrio.

b) Quando se diz que o nível do produto é o de equilíbrio, diz-se que não ocorre nem acúmulo nem desova inesperada de estoques, ou que o investimento da economia é exatamente aquele que foi previamente planejado.

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Aula : 07/08/2018

Equilíbrio no Mercado de Bens e Serviços

Equação de Equilíbrio

As situações de desequilíbrio não são fenômenos permanentes, pois sempre ocorrem forças para eliminá-las.

Interessa tratar das situações de equilíbrio da economia quando não está ocorrendo nem acumulação nem desova inesperada de estoques e, neste caso, vale a igualdade:

(+) (+)i + g + x – m = s (yd) + t (y) + rl

Mas isso traz de volta o problema da desigualdade que ocorre nessa relação quando, por exemplo, o consumo aumenta exogenamente, antes superada pelo aumento dos estoques (investimento não planejado) como variável de ajuste.

Para explicar as situações de equilíbrio macroeconômico, concentremos a atenção nas variações das taxas de juros como sendo aquelas que melhor explicam as variações do investimento privado.

Se a taxa de juros aumenta, o investimento privado cai, pois alguns investimentos passam a ter retornos inferiores aos que podem ser obtidos com a compra de títulos à nova e mais elevada taxa de juros.

Incorporando a variável juros, a equação de equilíbrio torna-se assim:

(+) (-) (+) (+) (+)c (yd) + i (r) + g + x – m = y = c (yd) + s(yd) + t (y) + rl

Essa é a equação de equilíbrio do mercado do produto. Existem infinitos pares de valores de renda e taxa de juros que resultam em equilíbrio do mercado do produto, no sentido de que não ocorre nem aumento nem redução inesperada de estoques.

Exemplo:Suponha-se que, por um motivo qualquer, a taxa de juros de mercado aumente. Com isso, o investimento (que varia no sentido oposto das variações da taxa de juros) cai, tornando o lado esquerdo menor que o direito. Como o investimento é uma parcela da renda, ela também reduz, fazendo cair o consumo, a poupança e a arrecadação tributária até que a economia retorne a um ponto de equilíbrio.

Quando a taxa de juros aumenta, a renda de equilíbrio cai e quando a taxa de juros cai, a renda de equilíbrio aumenta. Sendo assim, os infinitos pares de valores de renda e taxa

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de juros que equilibram o mercado forma uma curva com declividades negativa, que é a Curva de Equilíbrio do Mercado do Produto, denominada IS1.

Situações de desequilíbrio no mercado de bens e serviços

(+) (-) (+) (+) (+)A Curva IS ( c (yd) + i (r) + g + x – m = y = c (yd) + s(yd) + t (y) + rl ) representa todos os pares de valores da renda e da taxa de juros que possibilitam evitar a formação ou a desova inesperada de estoques.

O ponto A1 indica que a renda é menor quanto maior for a Taxa de Juros, enquanto o ponto Ao indica o contrário.

No ponto B, ao nível de renda yo , a taxa de juros (r1) é superior àquela que equilibra o mercado do produto (ro), resultando em i (r) + g + x – m < s(yd) + t (y) + rl (pois quanto maior a taxa de juros, menor é o investimento), e causando elevação inesperada de estoques. Nessas condições, desencadeia-se todo o processo de ajustamento já 1 IS (investimento-poupança) : desenvolvida por John R. Hicks, 1937.

Ao

A1

IS

r

y

Curva ISyoy1

ro

r1

Ao

A1

IS

r

y

Curva IS

Bo

yoy1

ro

r1

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estudado, encaminhando a economia para algum ponto da curva IS em Ao e A1, com níveis de produto e taxa de juros ambos mais baixos que em B. Isso porque, com estoques demasiados, os varejistas e atacadistas diminuem as encomendas até livrarem-se delas, fazendo cair o valor do lado esquerdo da equação; ao mesmo tempo, forçam os produtores a diminuir a produção e a renda, reduzindo o lado direito da equação. Ou seja, o processo de ajustamento passa pela redução tanto da taxa de juros como da renda. Em outros termos, o ponto B, ao nível de juros r1, não se mantém, dirigindo-se a economia naturalmente para um ponto entre Ao e A1 (variações apenas dentro da curva).

Aula : 13/08/2018

Variações Exógenas e Introdução à Política Fiscal

Estudam-se agora os deslocamentos que a curva IS pode sofrer devido a mudanças no valor de alguma das variáveis envolvidas. A rigor, só é possível conhecer e representar a curva IS quando conhecemos as funções investimento, poupança e arrecadação tributária ( i, s e t ) e os valores das variáveis exógenas ( g, x, m e rl ). Sempre que pelo menos um desses valores das variáveis exógenas se modifica, a curva IS desloca-se para a esquerda ou direita.

Quando as exportações aumentam, cuja variável é exógena (não depende do comportamento da taxa de juros e da renda), toda a curva desloca-se para a direita, indicando aumento da renda à mesma taxa de juros. Idênticas seriam as conseqüências se, em vez do aumento das exportações, tivesse ocorrido uma queda das importações ou um aumento do gasto público. O mesmo ainda ocorreria devido a uma elevação da parcela exógena do investimento (maior otimismo, por exemplo), a parte que não depende da taxa de juros, resultando em um deslocamento para a direita da curva IS.

Ao

A1

IS0

r

y

B1

yoy1

ro

r1

IS1Bo

y´o

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Contrariamente, caso haja, por exemplo, uma tentativa do governo em combater a sonegação e com isso aumentar a arrecadação tributária, isso levará a um deslocamento da curva IS para a esquerda, indicando um redução da renda disponível dos agentes econômicos.

Aula : 14/08/2018

A Existência da Moeda e o Mercado Monetário

É praticamente impossível a realização de qualquer transação econômica sem que envolva moeda.

Analisaremos inicialmente as tarefas de um banco central. Em seguida, focalizaremos a atuação econômica dos bancos comerciais. Depois examinaremos as razões que levam os agentes econômicos a deter (demandar) moeda.

Dedicaremos atenção especial ao equilíbrio do mercado monetário.

Banco Central (Bacen) e Base Monetária

Entendemos por Base Monetária o estoque líquido de papel-moeda emitido pelo Bacen. O Bacen entrega (emite) base monetária aos agentes econômicos em troca de algo que tenha ou represente algum valor. O Bacen emite base monetária quando um exportador ou tomador de empréstimo externo lhe entrega as divisas a que faz jus em troca de moeda nacional, à taxa de câmbio vigente; essas divisas passam a fazer parte do ativo (propriedade) do Bacen, enquanto o papel-moeda entregue ao exportador ou a tomador do empréstimo ( a base monetária emitida) representa um acréscimo do passivo (compromisso).

O Bacen também emite base monetária quando concede crédito ao governo ou ao setor privado.

Base Monetária é destruída quando, por exemplo, um importador recolhe os reais correspondentes ao valor em moeda estrangeira do produto que está adquirindo no exterior, quando uma empresa deposita reais para o pagamento de juros ou amortizações de dívidas contraídas no exterior ou quando é quitado algum crédito doméstico anteriormente concedido pelo Bacen ao governo ou ao setor privado.

Identificamos aqui duas grandes fontes primárias de criação ou destruição de base monetária: a externa, materializada nas trocas de moeda nacional por divisas; e a interna, que ocorre quando o Bacen aumenta ou reduz o montante dos créditos ao governo (através da compra ou venda de títulos públicos) ou ao setor privado (através do mecanismo de redesconto).

Em resumo, o ativo do Bacen é integrado por divisas, chamadas reservas internacionais, e por títulos representativos dos créditos domésticos concedidos ao setor privado ou ao governo, ou seja, os títulos da dívida pública mantidos em carteira.

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A base monetária, por sua vez, é o passivo do Bacen e pode ser desmembrada em duas parcelas. A primeira é a que está em circulação, isto é, o papel-moeda em circulação, que pode estar em poder do público (famílias e empresas), ou no caixa dos bancos comerciais. A segunda é a que se encontra recolhida ao Bacen como reservas bancárias, compulsórias ou não; elas são propriedade do público, já que, normalmente, são constituídas de parte dos depósitos à vista que a sociedade mantém nos bancos comerciais.A base monetária tem proprietário, que é o agente econômico que recebeu esses recursos do Bacen, em troca de algo de igual valor que passou a integrar o ativo da instituição.

Bancos Comerciais, Meios de Pagamento e Multiplicação Monetária

Os meios de pagamento, a moeda, são ativos generalizadamente aceitos como forma de realizar os pagamentos pelos bens e serviços adquiridos pela sociedade e que compreendem o papel-moeda em poder do público e os depósitos à vista do público nos bancos comerciais.

Instrumentos de Controle Monetário

No cumprimento de sua função de garantir a estabilidade do valor da moeda, ele deve ter um comportamento ativo para manter o maior controle possível sobre a evolução da base monetária.

Não podendo controlar diretamente a quantidade de moeda quando da utilização final pela sociedade (os meios de pagamento), o Bacen procura tuar na sua origem, sobre a quantidade emitida de moeda (a emissão de base monetária), e na trajetória (o processo de multiplicação da moeda pelos bancos comerciais). Para realizar esse controle, o Bacen usa, conjunta ou separadamente, três mecanismos tradicionais, os chamados instrumentos de política monetária.

Alíquota do depósito compulsório

Parcela dos depósitos à vista dos bancos comerciais que, por exigência legal, fica retida no Bacen. O Bacen reduz ou aumenta a disponibilidade dos bancos para emprestar às empresas e famílias.

Taxa de Redesconto

É a forma tradicional de o Bacen conceder empréstimos ao setor privado da economia, sendo a mais óbvia manifestação da atuação do Bacen como “banco dos bancos”. Se o Bacen deseja, por exemplo, reduzir o montante dos meios de pagamento, pode elevar a taxa que cobra para o redesconto, que é o patamar das taxas de juros de mercado, forçando os bancos comerciais a elevarem suas taxas de juros e, com isso, desestimulando parte dos demandantes de recursos.

A manipulação da taxa de redesconto pode estimular ou desestimular os empréstimos dos bancos comerciais às pessoas e às empresas.

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Operações de Mercado Aberto

Operações de compra e venda de títulos, expandindo ou contraindo os meios de pagamento. A existência de um ativo mercado de títulos é uma conseqüência quase direta dessas dívidas.

Aula : 20/08/2018

Análise de Texto

Aula : 21/08/2018

EQUILÍBRIO MONETÁRIO

Oferta de moeda

As questões abordadas até aqui estão circunscritas ao lado da oferta de moeda, denomina Oferta Nominal de Moeda (Ms)

A oferta nominal de moeda é exógena, sendo determinada pelo Bacen

ms = Ms / P (Oferta real de moeda)

Demanda por moeda

Moeda e títulos

No nosso modelo macroeconômico, supõe-se a existência de apenas dois ativos, a moeda (o papel-moeda em poder do público mais os depósitos à vista nos bancos comerciais) e os títulos. Duas diferenças fundamentais entre moeda e títulos. A moeda tem característica de ser generalizadamente aceita nas transações. A moeda não tem qualquer forma de rendimento, enquanto os títulos oferecem sempre algum tipo de ganho.São duas as motivações para a retenção de moeda: a transacional e a especulativa.

Demanda transacional de moeda

Quanto maior é a renda de um agente econômico, maior é o valor das transações que realiza e, por isso, maior é a sua demanda por moeda.

(+)(demanda real de moeda) mT = k ( y )

Demanda Especulativa de Moeda

Quando uma taxa de juros se eleva, aumenta a quantidade demandada de títulos e reduz-se a quantidade real de moeda guardada para a finalidade especulativa. Assim:

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( - ) ( - )

mE = mE ( r ) = l ( r )

A Função da Demanda por Moeda:

( + ) ( - ) ( + ) ( - )

mD = mT ( y ) + mE ( r ) = k ( y ) + l ( r )

Equilíbrio no Mercado Monetário 2

( + ) ( - )

Ms / P = k ( y ) + l ( r )

Ms / P = Oferta real de Moeda (controlada pelo Bacen)

K ( y ) + l ( r ) = Demanda Real de Moeda (controlada pela taxa de juros e renda)

Existem infinitos pares de valores da renda e da taxa de juros que podem equilibrar o mercado monetário.

Por exemplo, se a taxa de juros aumenta, reduz-se a demanda especulativa e, como conseqüência, também a demanda total por moeda. A equação deixará de ser uma igualdade, já que o lado direito torna-se menor que o esquerdo. Como o lado esquerdo é um valor dado, somente com um aumento da renda o equilíbrio é restabelecido, na medida em que aumentam a demanda transacional e a demanda total por moeda. Assim, quando a taxa de juros aumenta, a renda também aumenta para manter o equilíbrio. Então esse conjunto infinito de pares de y e r que equilibram o mercado monetário forma uma curva com declividade positiva.

2 LM (L de preferência por liquidez – demanda de moeda – e M representando a oferta de moeda): desenvolvida por John R. Hicks, 1937.

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Aula : 27/08/2018

Equação de Equilíbrio

Situações de desequilíbrio no mercado monetário

A Curva LM reúne todos os pontos de equilíbrio do mercado monetário ou, de outra forma, representa todos os pares de valores da renda e da taxa de juros que, para um nível geral de preços conhecido (Po), igualam oferta e demanda reais de moeda.

Analisemos o que ocorre em pontos de desequilíbrio, como no ponto B, à direita da curva LMo. No ponto B ao nível de renda y1, a taxa de juros (ro) é inferior àquela que equilibraria o mercado monetário (r1), implicando que [(k ( y ) + l ( r )) > Ms/P]. Então, no ponto B passa a ocorrer excesso de demanda de moeda, ou seja, a oferta de moeda patrocinada pelo Bacen é insuficiente para atender os desejos de retenção de moeda com

Ao

(+) (-)LM = Ms/P = k ( y ) + l ( r )

r

y

Curva LMyo

ro

A

(+) (-)LM = Ms/P = k ( y ) + l ( r )

r

y

Curva LMyo

roB

LMo

y1

r1

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finalidades transacionais ou especulativas por parte dos agentes econômicos. Configura-se uma situação de falta de moeda (aperto de liquidez), que força a elevação da taxa de juros e, consequentemente, a redução da quantidade demandada de moeda até desaparecer todo o excesso que havia, levando a economia para algum ponto de equilíbrio ao longo da curva LM (Po)

Aula : 28/08/2018

Variações Exógenas e Introdução à Política Monetária

Sabemos que a curva LM reúne todos os pares de valores da renda e da taxa de juros capazes de equilibrar o mercado monetário. Ela tem declividade positiva porque quanto, por exemplo, a renda aumenta sem que o Bacen modifique o valor da oferta monetária, a taxa de juros deve elevar-se para que a economia retorne ao equilíbrio monetário.

Analisemos agora os deslocamentos que a LM pode sofrer devido a mudanças no valor de alguma das variáveis envolvidas. Suponha, por exemplo, que o Bacen eleve a oferta nominal de moeda de Mo para M1, praticando, dessa forma, política monetária expansionista. A curva LM desloca-se para a direita, do ponto A para o ponto B.

Suponha agora que a modernização do sistema financeiro, com o uso intensivo dos recursos da informática, permite a criação de ativos mais fácil e rapidamente conversíveis em moeda no momento das transações. Naturalmente, a função da demanda transacional de moeda se desloca, de modo a refletir a menor necessidade de retenção de moeda por parte dos agentes.

A

(+) (-)LM = Ms/P = k ( y ) + l ( r )

r

y

Política Monetária Expansionista

yo

roB

LMo

y1

r1

LM1

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Aula : 03/09/2018

INTRODUÇÃO ÀS POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA

O objetivo agora é obter a curva de demanda agregada da economia que a sociedade está disposta e apta a adquirir a cada nível de preços. Estudaremos depois os deslocamentos que ela pode sofrer a partir de mudanças em uma ou mais das variáveis macroeconômicas que a influenciam. Em particular, dedica-se atenção especial àquelas variáveis que estão sob o controle do governo e cuja manipulação dá origem à polí

DEMANDA AGREGADA DA ECONOMIA

Para cada nível de preços existe uma curva de equilíbrio monetário. Avaliemos agora quando ocorre variação do nível de preços. Supondo, que, por qualquer motivo (aumento do preço internacional do petróleo) ocorre aumento do índice geral de preços P. A Curva LM desloca-se para a esquerda, pois a Oferta real de Moeda diminui, elevando o custo do dinheiro e reduzindo a demanda por moeda. O aumento do nível geral de preços gera um processo de ajustamento econômico que resulta em uma nova situação de equilíbrio, onde o nível de renda é menor que a anterior, mas a uma taxa de juros maior.

Quando ocorre um distúrbio econômico qualquer (como, no caso, uma elevação don nível de preços), isso gera um desequilíbrio no mercado monetário, deslocando a curva LM, significando agora um excesso de demanda de moeda. A oferta de moeda patrocinada pelo Bacen é insuficiente para atender os desejos de retenção de moeda por parte dos agentes econômicos com finalidades transacionais ou especulativas, desencadeando o processo de ajustamento que resulta na elevação da taxa de juros.

Essa elevação da taxa de juros reduz o investimento privado e a renda, gerando um amplo processo de ajustamento. Com a queda da renda (salários, lucros, etc) causada pela queda do investimento, as compras das famílias e empresas diminuem, passando a

A

(+) (-)LM = Ms/P = k ( y ) + l ( r )

r

y

Modernização do sistema financeiro

yo

roB

LMo

y1

r1

LM1

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ocorrer elevação inesperada de estoques em muitos mercados, resultando na queda da produção e da renda (Y).

Em resumo, o processo de ajustamento econômico gerado pelo aumento do nível geral de preços resulta em uma nova situação de equilíbrio em que o nível de renda é menor do que a anterior e o da taxa de juros é maior.

Efeitos do aumento de preços sobre os mercados real e monetário

Demanda Agregada (DD) : Y = Y ( P )

Aula : 04/09/2018

Discussão Vídeo : Noriel Roubini

Aula : 10/09/2018

Recesso : aula substituída pela de Estatística

Ao

LM (Po)

r

y

yo

ro IS (Po)

DD

P

P0

y1

y1 yo

P1

r1

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Aula : 11/09/2018

Política Fiscal

Os instrumentos tradicionais de atuação da política fiscal são o controle dos gastos e da arrecadação de tributos. As conseqüências da utilização desses instrumentos são preocupações centrais da macroeconomia.

Dependendo dos objetivos dos governos, os gastos ou a arrecadação tributária podem ser conduzidos de diferentes formas. Um governo distributivista pode desejar arrecadar mais para ter mais recursos para seus programas sociais, enquanto um liberal pode transferir algumas iniciativas para o setor privado, reduzindo despesas e necessitando arrecadar um valor menor em tributos.

Analisemos agora as conseqüências de uma elevação dos gastos públicos sobre o equilíbrio da economia.

Mudanças nos gastos públicos

Suponha-se que, a partir de determinada situação de equilíbrio da economia, o governo constata que o mercado não está atendendo, na quantidade suficiente, às necessidades de residências populares destinadas às camadas de baixa renda. Para resolver o problema, o governo propõe a adição de uma despesa especial para o Ministério da Habitação contratar a construção das residências populares. Esse é o típico caso de política fiscal expansionista. Por se tratar de variável exógena, ocorrerá um deslocamento para a direita da curva IS, indicando um aumento da renda agregada (DD). Isso acontece porque o aumento dos gastos com pessoal e material para a construção das novas residências causa, tanto nos mercados que produzem esses materiais, como nos que produzem os bens e serviços que os trabalhadores adquirem, reduções de estoques, gerando acréscimos de encomendas de varejistas e atacadistas, aumentando a produção e o emprego e assim por diante.

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Impactos da Elevação dos Gastos Públicos

Observe-se que na situação final a taxa de juros é superior à que vigia antes do aumento dos gastos do governo. Isso ocorre porque a renda aumenta, elevando a quantidade demandada de moeda com finalidades transacionais. Como não ocorreu qualquer variação da quantidade ofertada de moeda, surge excesso de demanda no mercado monetário, significando que alguns agentes não conseguem vender títulos para obter a quantidade desejada de moeda. Para vendê-los reduzem seu preço, ou seja, eleva-se a taxa de juros.

Mudança na Tributação

Suponha-se, agora, que um governo recém-empossado decide, cumprindo promessa de campanha, reduzir o déficit público, iniciando um forte programa de combate à sonegação. Se bem sucedido, um programa de fiscalização pode causar uma significativa elevação da arrecadação tributária, mas gera impactos sobre a economia. Suponha-se, ainda, que o aumento da arrecadação de tributos não altera a promessa do governo de reduzir o déficit público.

Ao

r

y

yo

ro IS (Po)

DD0

P

P0

y1

y1yo

P1

r1A1

DD1

IS (P1)

LM (P0)

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O aumento de tributos retira renda das pessoas, fazendo-as gastar menos e provocando acúmulo inesperado de estoques em inúmeros mercados. A conseqüente redução das encomendas dos varejistas e atacadistas gera queda da produção e do emprego, logo nova redução da renda da sociedade, mais desemprego e assim por diante.

Uma vez que não ocorreu ainda qualquer elevação do índice geral de preços, também a curva de demanda agregada da economia desloca-se para a esquerda.

Impactos da Mudança Tributação

Aumento exógeno do Investimento (multiplicador keynesiano)

O multiplicador significa que para cada nova unidade de moeda investida, o produto da economia elevar-se-á num determinado nível. Observemos qual o efeito sobre o produto da economia resultante de uma variação exógena do investimento privado.

Ao

r

y

yo

ro IS (P1)

DD1

P

y1

y0y1

P0

r1A1

DD0

IS (P0)

LM (P0)

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O aumento do investimento eleva o produto demandado, deslocando a curva IS para a direita de sua posição original. Com a moeda já incorporada ao modelo, sabe-se que o aumento do produto e da renda gera elevação da quantidade demandada de moeda para transações, causando aumento da taxa de juros e freando o crescimento do investimento e da renda.

No modelo simplificado, quando ainda não se havia introduzido a moeda, o equilíbrio se desloca sem alteração da taxa de juros e com o nível de produto demandado aumentando. Com a moeda já incorporada ao modelo, sabe-se que o aumento do produto e da renda gera elevação da quantidade demandada de moeda para transações, causando aumento da taxa de juros e freando o crescimento do investimento e da renda.

Aumento exógeno do Investimento (multiplicador keynesiano)

Política Monetária

Existem fontes de expansão da base monetária sobre as quais o Bacen não tem controle. Por exemplo, quando uma empresa exporta e recebe do exterior o que lhe é devido, as divisas internacionais do Bacen. A exportação é uma das operações que fogem ao

Ao

r

y

yo

ro IS (Po)

DD0

P

P0

y1

y1yo

P1

r1A1

DD1

IS (P1)

LM (P0)

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controle do Bacen, assim como suas conseqüências monetárias. Ao incorporar às reservas internacionais as divisas resultantes da exportação da empresa, o Bacen entrega a ela o mesmo valor em moeda doméstica, expandindo a base monetária. Isso ocorre em quase todas as transações internacionais do país, podendo-se tratar as variações das reservas internacionais como uma fonte de expansão ou contração da base monetária fora do controle do Bacen. Em razão disso, consideremos agora que a oferna nominal de moeda é desmembrada em duas parcelas:

a) a originária das operações externas do Bacen, quando variações das reservas internacionais o forçam a emitir ou destruir base monetária (Me), e

b) a originária das operações internas do Bacen (Mi).

Assim a oferta de moeda agora é: Ms = Me + Mi

Mudança exógena da oferta de moeda

Suponha-se que repentinamente aumente o ingresso de capitais para aplicação nas bolsas de valores, elevando o nível de reservas internacionais do Bacen e obrigando-o a emitir base monetária em volume muito superior ao programado.O aumento da base monetária é multiplicado pelo sistema bancário, gerando ainda maior elevação da oferta de moeda e deslocando a curva LM para direita.

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Isso acontece devido à maior quantidade disponível torna a moeda menos escassa, causando queda da taxa de juros, o que, por sua vez, provoca elevação do investimento privado e dos créditos para despesas e consumo. A trajetória da economia entre as duas situações se dá ao longo da curva IS, partindo de Ao para A1.

Mudança induzida da oferta de moeda

Suponha-se a ocorrência de um inesperado aumento das reservas internacionais, gerando forte expansão monetária, e que, para neutralizá-la, o Bacen executa política monetária compensatória, vendendo títulos em montante exatamente igual a essa expansão da base monetária.

Ao

r

y

yo

ro

IS (Po)

DD0

P

P0

y1

y1yo

r1A1

DD1

LM (P0)

LM (P1)

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O aumento das reservas internacionais causa o deslocamento da curva LM para a direita, determinando um novo ponto de equilíbrio real e monetária. Uma vez que não ocorre qualquer variação no nível de preços, o aumento do produto demandado revela que também a curva de demanda agregada da economia desloca-se para a direita (DDo para DD1).Quando o Bacen, temendo as conseqüências inflacionárias de uma forte expansão monetária, promove uma política monetária contracionista, a economia faz o caminho de volta.

Combinações de Políticas Fiscal e Monetária: expansão fiscal e monetária

É muito comum a execução simultânea de políticas fiscal e monetária. Na maioria das vezes, as duas políticas são usadas no mesmo sentido, ambas expansionistas ou contracionistas, com o objetivo de amplificar os resultados esperados. Imagine-se uma situação em que o governo decide proporcionar um forte crescimento do produto, praticando políticas fiscal e monetária expansionistas, e elegendo o aumento do gasto público e da oferta nominal de moeda como instrumentos.

Ao=A2

r

y

yo

ro

IS (Po)

DD0

P

P0

y1

y1yo

r1A1

DD1

LM (P0)

LM (P1)

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Observa-se uma pequena queda da taxa de juros, mas isso ocorre porque a política monetária é mais forte que a fiscal. O crescimento do produto gera aumento dos níveis de emprego e salários.

Combinações de Políticas Fiscal e Monetária: expansão fiscal e contração monetária

Contrariamente, supondo que o governo aumente os gastos públicos e contraia a base monetária. Nesse caso, as políticas são antagônicas em relação às suas conseqüências sobre o produto da economia. Com essa combinação, a curva IS desloca-se para a direita e a curva LM para a esquerda.

Ao

r

y

yo

ro

IS0 (Po)

DD0

P

P0

y1

y1yo

r1

A1

DD1

LM0 (P0)

LM1 (P0)

IS1 (Po)

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Observa-se uma alta da taxa de juros, mas isso ocorre porque a política monetária é mais forte que a fiscal. Essa combinação fiscal e monetária provoca uma grande elevação da taxa de juros, afetando negativamente o nível de investimento privado. A conclusão é que o aumento do gasto público gera queda do investimento privado, virtualmente substituindo-o de forma integral, fenômeno também conhecido como crowding out.

Combinações de Políticas Fiscal e Monetária: retração fiscal e expansão monetária

Agora, supondo que o governo reduza os gastos públicos e aumente a base monetária. Novamente, são políticas antagônicas e que atuam em sentido contrário sobre o produto da economia. Com essa combinação, a curva IS desloca-se para a esquerda e a curva LM para a direita.

Ao

r

y

y1

r1

IS0 (Po)

DD1

P

P0

y0

y0y1

r0

A1

DD0

LM1 (P0)

LM0 (P0)

IS1 (Po)

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Essa combinação provoca uma grande redução da taxa de juros, afetando positivamente o nível do investimento privado.

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Ao

r

y

y0

r0

IS1 (Po)

DD1

P

P0

y1

y1y0

r1

A1

DD0

LM0 (P0)

LM1 (P0)

IS00 (Po)