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1 MODELO DE BULA Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento. PLAVIX® PROTECT bissulfato de clopidogrel 75 mg + ácido acetilsalicílico 100 mg FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES Comprimidos revestidos de bissulfato de clopidogrel 75 mg: embalagem com 14 ou 28 Comprimidos revestidos de ácido acetilsalicílico 100 mg: embalagem com 14 ou 28 USO ORAL. USO ADULTO. COMPOSIÇÃO Cada comprimido revestido de bissulfato de clopidogrel contém: bissulfato de clopidogrel .................................................................................. 97,875* mg excipientes q.s.p. ........................................................................................... 1 comprimido (manitol, celulose microcristalina, macrogol, hiprolose, óleo de rícino hidrogenado, lactose, hipromelose, dióxido de titânio, triacetina, óxido de ferro vermelho e cera de carnaúba). * corresponde a 75 mg de clopidogrel base. Cada comprimido revestido de ácido acetilsalicílico contém: ácido acetilsalicílico ..................................................................................................100 mg excipientes q.s.p. ........................................................................................... 1 comprimido (celulose microcristalina, lactose monoidratada, dióxido de silício, amido de milho, macrogol 400, ácido cítrico anidro, dióxido de titânio, eudragit L-30D, talco, trietilcitrato, polissorbato 80, simeticona e hipromelose). INFORMAÇÕES AO PACIENTE COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? PLAVIX PROTECT contém dois princípios ativos: o clopidogrel e o ácido acetilsalicílico. Ambos pertencem ao grupo dos antiagregantes plaquetários. As plaquetas são

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MODELO DE BULA

Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o

medicamento.

PLAVIX® PROTECT

bissulfato de clopidogrel 75 mg + ácido acetilsalicílico 100 mg

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos de bissulfato de clopidogrel 75 mg: embalagem com 14 ou 28

Comprimidos revestidos de ácido acetilsalicílico 100 mg: embalagem com 14 ou 28

USO ORAL. USO ADULTO.

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de bissulfato de clopidogrel contém:

bissulfato de clopidogrel .................................................................................. 97,875* mg

excipientes q.s.p. ........................................................................................... 1 comprimido

(manitol, celulose microcristalina, macrogol, hiprolose, óleo de rícino hidrogenado,

lactose, hipromelose, dióxido de titânio, triacetina, óxido de ferro vermelho e cera de

carnaúba).

* corresponde a 75 mg de clopidogrel base.

Cada comprimido revestido de ácido acetilsalicílico contém:

ácido acetilsalicílico ..................................................................................................100 mg

excipientes q.s.p. ........................................................................................... 1 comprimido

(celulose microcristalina, lactose monoidratada, dióxido de silício, amido de milho,

macrogol 400, ácido cítrico anidro, dióxido de titânio, eudragit L-30D, talco, trietilcitrato,

polissorbato 80, simeticona e hipromelose).

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

PLAVIX PROTECT contém dois princípios ativos: o clopidogrel e o ácido acetilsalicílico.

Ambos pertencem ao grupo dos antiagregantes plaquetários. As plaquetas são

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estruturas muito pequenas, menores que os glóbulos brancos ou glóbulos vermelhos que

se agregam durante a coagulação. Os antiagregantes plaquetários previnem a

agregação das plaquetas em alguns tipos de vasos sanguíneos (chamados artérias),

reduzindo o risco da formação de coágulos sanguíneos (processo denominado

aterotrombose).

O comprimido de ácido acetilsalicílico tem início de ação em aproximadamente 15

minutos e o de clopidogrel em aproximadamente 2 horas.

Em função de seu revestimento entérico, os comprimidos de ácido acetilsalicílico de

PLAVIX PROTECT não são adequados para o tratamento da dor.

POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO?

PLAVIX PROTECT é indicado para prevenir a formação de coágulos sanguíneos em

artérias endurecidas que podem causar eventos aterotrombóticos (como derrame,

ataque cardíaco ou morte).

PLAVIX PROTECT apresenta como objetivo a terapêutica de manutenção da síndrome

coronariana aguda e não da fase aguda.

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Não utilize PLAVIX PROTECT caso você:

- seja alérgico ao clopidogrel, ácido acetilsalicílico ou a qualquer outro componente da

fórmula;

- seja alérgico a outros anti-inflamatórios não esteroidais;

- tenha asma, lesão e tumor benigno nas narinas;

- tenha alguma doença que possa causar hemorragia como úlcera de estômago;

- tenha insuficiência hepática (do fígado) grave;

- tenha insuficiência renal (dos rins) grave;

Caso você se enquadre em algum item descrito acima ou tenha alguma dúvida, consulte

seu médico antes de tomar PLAVIX PROTECT.

Este medicamento é contraindicado na faixa etária abaixo de 18 anos.

ADVERTÊNCIAS

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Caso alguma das situações abaixo se aplique a você, converse com seu médico antes

de tomar PLAVIX PROTECT:

- Risco de ter hemorragia como, por exemplo:

• Risco de hemorragia interna (ex. úlcera no estômago);

• Distúrbio do sangue que o torna propenso à hemorragia interna (sangramento

dentro de algum tecido, órgão ou membro do corpo);

• Ferimento recente grave;

• Cirurgia recente (incluindo dental);

• Cirurgia planejada (incluindo dental) nos próximos 7 dias.

- se você está tomando outra medicação (ver item Interações Medicamentosas);

- se você tem doença nos rins ou no fígado;

- se você tem história de asma ou reações alérgicas;

- se você tem gota;

- se você tem menos de 18 anos.

Farmacogenética: baseado em dados da literatura, pacientes com a função da enzima

CYP2C19 geneticamente reduzida apresentam baixa exposição sistêmica ao metabólito

ativo de clopidogrel e respostas antiplaquetárias diminuídas, e, geralmente, apresentam

maiores taxas de eventos cardiovasculares após um infarto do miocárdio do que os

pacientes com função da enzima CYP2C19 normal.

Verifique sempre o prazo de validade que se encontra na embalagem do produto e

confira o nome para não haver enganos. Não utilize PLAVIX PROTECT caso haja sinais

de violação ou danificações na embalagem.

Não há estudos dos efeitos de PLAVIX PROTECT administrado por vias não

recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a

administração deve ser somente pela via oral, conforme recomendado pelo médico.

PRECAUÇÕES

PLAVIX PROTECT não deve ser usado em crianças ou adolescentes menores de 18

anos. Existe uma associação possível entre o ácido acetilsalicílico e a síndrome de Reye

quando medicamentos contendo ácido acetilsalicílico são administrados a crianças ou

adolescentes com infecção viral. A síndrome de Reye é uma doença muito rara que pode

ser fatal.

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PLAVIX PROTECT não deve ser utilizado na fase aguda das síndromes coronarianas e

na fase aguda do infarto do miocárdio (nesses casos, os pacientes devem receber

imediatamente o ácido acetilsalicílico sem revestimento resistente ao ácido produzido no

estômago).

Gravidez e Amamentação

O uso de PLAVIX PROTECT durante a gravidez deve ser cuidadosamente avaliado.

Caso você fique grávida durante o tratamento, comunique imediatamente seu médico.

Você não deve amamentar caso esteja usando PLAVIX PROTECT.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Alguns medicamentos podem influenciar o uso de PLAVIX PROTECT ou vice-versa.

Relate ao seu médico caso esteja tomando ou tenha tomado recentemente algum outro

medicamento, incluindo aqueles comercializados sem prescrição médica.

O uso da varfarina (medicamento usado para reduzir a coagulação sanguínea)

concomitantemente com PLAVIX PROTECT não é recomendado.

Você deve dizer ao seu médico caso tenha tomado:

- clopidogrel, ácido acetilsalicílico e outro medicamento anti-inflamatório não esteroidal

geralmente usado no tratamento de condições dolorosas e/ou inflamatórias de músculos

e/ou articulações;

- heparina, outro medicamento usado para reduzir a coagulação sanguínea.

- Outras terapias concomitantes com clopidogrel: uma vez que clopidogrel é

metabolizado em seu metabólito ativo parcialmente pela enzima CYP2C19, seria

esperado que o uso de medicamentos que inibem a atividade desta enzima resulte na

diminuição do nível do metabólito ativo de clopidogrel e na redução de eficácia clínica.

O uso concomitante de medicamentos que inibem a enzima CYP2C19 (por exemplo:

omeprazol) é desaconselhado.

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O uso esporádico do ácido acetilsalicílico (não mais que 1000 mg em 24 horas)

geralmente não causa problemas, mas o uso prolongado deve ser discutido com seu

médico.

Alimentos

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e clopidogrel

e ácido acetilsalicílico.

Interferência em exames laboratoriais

O clopidogrel pode causar alteração no teste de função hepática e aumento da

creatinina.

O ácido acetilsalicílico pode causar o aumento do tempo de sangramento.

INFORME AO MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS.

INFORME AO SEU MÉDICO SE VOCÊ ESTÁ FAZENDO USO DE ALGUM OUTRO

MEDICAMENTO.

NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER

PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Aspecto físico e características organolépticas

Os comprimidos revestidos de clopidogrel são redondos, levemente biconvexos, de

coloração rosa.

Os comprimidos revestidos de ácido acetilsalicílico são redondos, de coloração branca a

creme.

Como usar o medicamento

Utilize PLAVIX PROTECT conforme orientação médica.

Você deve tomar o medicamento regularmente e no mesmo horário todos os dias.

Caso tenha uma cirurgia programada (inclusive dental), informe seu médico que você

toma PLAVIX PROTECT.

Farmacogenética

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O estado de metabolizador baixo da enzima CYP2C19 associa-se à diminuição da

resposta do clopidogrel. A posologia ideal para metabolizadores baixos ainda não foi

determinada.

POSOLOGIA

PLAVIX PROTECT deve ser administrado pela via oral. A dose usual é de 1 comprimido

de bissulfato de clopidogrel (75 mg) + 1 comprimido de ácido acetilsalicílico (100 mg) por

dia administrado oralmente, com ou sem alimento.

Conduta necessária caso haja esquecimento de administração

Caso você se esqueça de tomar PLAVIX PROTECT, mas se lembre até 12 horas do

horário habitual, tome seus comprimidos imediatamente e continue o tratamento no

horário habitual.

Caso você se lembre após 12 horas do horário habitual, simplesmente tome a próxima

dose no horário habitual. Não tome duas doses com intervalo menor que 12 horas.

SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS,

AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO.

NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO.

NÃO USE O MEDICAMENTO COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE

USAR OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO.

ESTE MEDICAMENTO NÃO PODE SER PARTIDO OU MASTIGADO.

QUAIS AS REAÇÕES ADVERSAS QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?

A reação adversa mais comum é a hemorragia causada por contusão, hematoma

(hemorragia incomum ou contusão sob a pele), hemorragia nasal, sangue na urina,

hemorragia estomacal ou intestinal. Em um pequeno número de casos, hemorragia

ocular, na cabeça, pulmões ou articulações foram reportados.

Outras reações adversas reportadas com o uso de PLAVIX PROTECT são:

- Diarreia, dor abdominal, constipação, náusea, vômito, indigestão ou azia, inflamação na

boca (estomatite), úlcera;

- Vertigem, dor de cabeça, diminuição da pressão sanguínea, confusão, alucinações;

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- Distúrbios da pele como lesão de aspecto avermelhado pelo corpo e coceira, inchaço

nos lábios, bolhas na pele, reações alérgicas generalizadas;

- Dor nas articulações, dor muscular, febre, alterações no paladar, zumbido nos ouvidos

(som de “sino” nos ouvidos), perda auditiva;

- Dificuldades respiratórias algumas vezes associadas à tosse, respiração ofegante ou

asma.

Contate seu médico imediatamente caso tenha:

- febre, sinais de infecção ou fadiga extrema. Esses sintomas podem ser decorrentes de

uma rara diminuição em algumas células sanguíneas;

- sinais de problemas hepáticos como amarelamento da pele e/ou olhos (icterícia),

associada ou não à hemorragia e/ou confusão;

- hemorragia prolongada durante a administração de PLAVIX PROTECT;

- se você se cortar ou se ferir, a interrupção da hemorragia pode demorar mais do que o

normal. Isso está relacionado ao mecanismo de ação do medicamento. Para cortes e

ferimentos pequenos ex. corte feito com lâmina de barbear, isso não é importante. Caso

você tenha alguma dúvida, contate seu médico.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE

MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ?

A superdosagem com clopidogrel pode levar a um aumento do tempo de sangramento e

consequentes complicações hemorrágicas. Terapia apropriada precisa ser considerada

se sangramento for observado.

A superdosagem com ácido acetilsalicílico é manifestada pelos seguintes sintomas:

- Superdosagem moderada: sensação de redução na audição e de estar ouvindo sons

de sinos, dor de cabeça e tontura.

- Superdosagem severa: febre, hiperventilação (respiração acelerada), cetose, alcalose

respiratória, acidose metabólica, coma, colapso cardiovascular, falência respiratória,

hipoglicemia severa.

Em caso de superdose, contate seu médico ou o serviço de emergência mais próximo

em razão do risco de hemorragia.

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ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

PLAVIX PROTECT deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura

ambiente (entre 15 e 30°C) e proteger da umidade.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

O clopidogrel é um pró-fármaco, e um dos seus metabólitos é inibidor da agregação

plaquetária. O clopidogrel deve ser metabolizado pelas enzimas do citocromo P-450 para

produzir o metabólito ativo que inibe a agregação plaquetária. O metabólito ativo de

clopidogrel inibe, seletivamente, a ligação da adenosina difosfato (ADP) ao seu receptor

plaquetário P2Y12 e, subsequente, ativação do complexo glicoproteico GPIIb/IIIa mediado

por ADP, e portanto, inibição da agregação plaquetária. Devido à ligação irreversível, as

plaquetas expostas estão com suas vidas úteis afetadas (aproximadamente 7-10 dias) e

a recuperação da função plaquetária normal ocorre a uma taxa consistente com a

renovação plaquetária. A agregação plaquetária induzida por agonistas, exceto por ADP,

também é inibida pelo bloqueio da amplificação da ativação plaquetária por liberação de

ADP.

Nem todos os pacientes terão inibição plaquetária adequada uma vez que o metabólito

ativo é formado pelas enzimas do citocromo P-450, sendo algumas delas enzimas

polimórficas ou sujeitas a inibição por outras drogas.

Doses repetidas de 75 mg de clopidogrel por dia inibem, de forma substancial, a

agregação plaquetária induzida pelo ADP no primeiro dia e esta inibição atinge

progressivamente seu estado de equilíbrio (40 a 60%, em média, de inibição) entre o

terceiro e o sétimo dia de administração. Uma vez descontinuado o tratamento, a

agregação plaquetária e o tempo de sangramento retornam gradualmente aos valores

basais após 5 dias, em geral.

O ácido acetilsalicílico inibe a agregação plaquetária através da inibição irreversível da

ciclooxigenase, inibindo assim, a produção do tromboxano A2 (indutor da agregação

plaquetária e vasoconstritor) no interior da plaqueta.

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Dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de baixas doses de

ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária quando são administrados

concomitantemente.

Em um estudo, quando uma dose única de 400 mg de ibuprofeno foi ingerida 8 horas antes

ou dentro de 30 minutos após a administração de uma dose de 81 mg de ácido

acetilsalicílico de liberação imediata, ocorreu uma diminuição do efeito do ácido

acetilsalicílico na formação de tromboxano ou na agregação plaquetária. Entretanto, as

limitações desses dados e as incertezas referentes à extrapolação de dados ex vivo para a

situação clínica implica que conclusões definitivas não podem ser feitas quanto ao uso

regular de ibuprofeno, e nenhum efeito clinicamente relevante é considerado como provável

para uso ocasional de ibuprofeno.

A segurança e eficácia do clopidogrel em associação com ácido acetilsalicílico foi

avaliada através de três estudos duplo cegos envolvendo mais de 61.900 pacientes:

estudo CURE, CLARITY e COMMIT que compararam clopidogrel e ácido acetilsalicílico

em associação e ácido acetilsalicílico em monoterapia, ambos os tratamentos em

combinação com outro tratamento padrão.

Para o ácido acetilsalicílico, são referenciadas doses mínimas de 75 mg e doses

máximas de 325 mg. Para o clopidogrel, são referenciadas doses mínimas e máximas de

75 mg/dia para tratamento de manutenção e 300 mg para dose de ataque (dose única).

Para pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST e idade

superior a 75 anos, não se recomenda a dose de ataque do clopidogrel.

Propriedades Farmacocinéticas

Clopidogrel

.

Absorção: após dose oral única e repetida de 75 mg ao dia, o clopidogrel é rapidamente

absorvido. O pico médio do nível plasmático de clopidogrel inalterado (aproximadamente

2,2 – 2,5 ng/mL após a dose única oral) ocorreu aproximadamente 45 minutos após a

ingestão. A absorção é de pelo menos 50%, baseada com a excreção urinária de

metabólitos de clopidogrel.

Distribuição: o clopidogrel e o seu principal metabólito circulante (inativo) ligam-se

reversivelmente in vitro às proteínas do plasma humano (98% e 94%, respectivamente).

A ligação não é saturável in vitro até a concentração de 100 mg/mL.

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Metabolismo: o clopidogrel é extensivamente metabolizado pelo fígado. O clopidogrel é

metabolizado, in vitro e in vivo, por duas vias metabólicas principais: uma mediada pelas

esterases conduzindo à hidrólise em seus derivados de ácido carboxílico inativos (85%

do metabólito circulante), e outra mediada pelos múltiplos citocromos P-450. O

clopidogrel é primeiramente metabolizado em um metabólito intermediário: 2-oxo-

clopidogrel. O metabolismo subsequente do metabólito intermediário 2-oxo-clopidogrel

resulta na formação de metabólito ativo, um tiol derivado de clopidogrel. In vitro, esta via

metabólica é mediada pelas enzimas CYP3A4, CYP2C19, CYP1A2 e CYP2B6. O

metabólito ativo tiol, que foi isolado in vitro, liga-se rápida e irreversivelmente ao receptor

plaquetário, consequentemente inibindo a agregação plaquetária.

Eliminação: após administração oral de clopidogrel marcado com 14C, em seres

humanos, aproximadamente 50% são excretados na urina e aproximadamente 46% nas

fezes, nos 5 dias após a dose. Após dose oral única de 75 mg, o clopidogrel apresenta

meia-vida de aproximadamente 6 horas. A meia-vida de eliminação do principal

metabólito circulante (inativo) foi de 8 horas, após administração única e em doses

repetidas.

A farmacocinética e farmacodinâmica do clopidogrel foram avaliadas em um estudo de

dose única e múltipla com indivíduos saudáveis e com cirrose (Classe “Child-Pugh” A ou

B). A dose diária de 75mg por 10 dias foi segura e bem tolerada. A Cmáx do clopidogrel

com a dose única e em estado de equilíbrio nos pacientes com cirrose foi muitas vezes

mais alta que aquela observada com os indivíduos normais.

No entanto, os níveis plasmáticos do principal metabólito ativo juntamente com o efeito

do clopidogrel sobre a agregação plaquetária induzida pelo ADP e o tempo de

sangramento foram comparáveis entre os dois grupos de pacientes estudados.

Farmacogenética: o clopidogrel é ativado por várias enzimas polimórficas do citocromo

P-450. A enzima CYP2C19 está envolvida na formação de ambos metabólitos ativo e

intemediário (2-oxo-clopidogrel). Os efeitos antiplaquetários e farmacocinéticos do

metabólito ativo de clopidogrel, medido pelo ensaio ex vivo da agregação plaquetária,

difere segundo o genótipo da enzima CYP2C19. O alelo CYP2C19*1 corresponde ao

funcionamento total do metabolismo enquanto que os alelos CYP2C19*2 e CYP2C19*3

correspondem ao metabolismo reduzido. Os alelos CYP2C19*2 e CYP2C19*3 são

responsáveis por 85% dos alelos para função reduzida em brancos e 99% em asiáticos.

Os outros alelos associados à redução do metabolismo incluem CYP2C19*4, *5, *6, *7 e

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*8, mas são menos frequentes na população geral. Estão listadas na tabela abaixo as

frequências divulgadas para os fenótipos e genótipos comuns de CYP2C19:

Frequência fenotípica e genotípica (%)

Brancos

(n=1356)

Negros

(n=966)

Chineses

(n=573)

Metabolismo extensivo: CYP2C19*1/*1 74 66 38

Metabolismo intermediário: CYP2C19*1/*2 ou

*1/*3 26 29 50

Metabolismo baixo: CYP2C19*2/*2, *2/*3 ou

*3/*3 2 4 14

Até o momento, o impacto do genótipo de CYP2C19 na farmacocinética do metabólito

ativo de clopidogrel foi avaliado em 227 indivíduos de 7 estudos relatados. A redução do

metabolismo de CYP2C19 em metabolizadores intermediários e baixos diminuiu a Cmáx e

AUC do metabólito ativo em 30-50%, após doses de ataque de 300 ou 600 mg e doses

de manutenção de 75 mg. A diminuição da exposição do metabólito ativo resulta em uma

menor inibição plaquetária ou maior reatividade plaquetária residual. Até o momento, a

diminuição da resposta antiplaquetária ao clopidogrel tem sido descrita para

metabolizadores intermediários e baixos em 21 estudos relatados, envolvendo 4.520

indivíduos. A diferença relativa na resposta antiplaquetária entre os grupos de genótipos

varia através dos estudos dependendo do método utilizado para avaliar a resposta, mas

é normalmente superior a 30%.

A associação entre o genótipo CYP2C19 e o resultado do tratamento com clopidogrel foi

avaliada em 2 análises post-hoc de estudos clínicos (subestudos CLARITY-TIMI 28

[n=465] e TRITON-TIMI 38 [n=1.477]) e 5 estudos de coorte (total n=6.489). No estudo

CLARITY-TIMI 38 e um dos estudos de coorte (n=765; Trenk), as taxas de eventos

cardiovasculares não diferiram significativamente de acordo com o genótipo. No estudo

TRITON-TIMI 28 e em 3 dos estudos de coorte (n=3.516; Collet, Sibbing, Giusti),

pacientes com o estado metabolizador prejudicado (intermediário e baixo associados)

tiveram uma maior taxa de eventos cardiovasculares (morte, infarto do miocárdio e

derrame) ou trombose de stent em comparação aos metabolizadores extensivos. No

quinto estudo de coorte (n=2.208; Simon), o aumento na taxa do evento foi observado

somente em metabolizadores baixos.

O teste farmacogenético pode identificar genótipos associados com a variabilidade da

atividade enzimática de CYP2C19.

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Pode haver variantes genéticas de outras enzimas do citocromo P-450 com efeitos na

capacidade de formar o metabólito ativo de clopidogrel.

Populações Especiais

A farmacocinética do metabólito ativo de clopidogrel não é conhecida em populações

especiais.

Pacientes Idosos: em voluntários idosos (≥ 75 anos) comparados com voluntários

jovens e sadios, não foram encontradas diferenças na agregação plaquetária e no tempo

de sangramento. Não é necessário ajuste na dose em pacientes idosos.

Pacientes com Insuficiência Renal: após doses diárias repetidas de 75 mg de

clopidogrel, em pacientes com insuficiência renal grave (“clearance” de creatinina de 5 a

15 mL/min), a inibição da agregação plaquetária induzida pelo ADP foi menor (25%) que

aquela observada em voluntários sadios, porém, o prolongamento do tempo de

sangramento foi similar ao de indivíduos sadios que receberam 75 mg de clopidogrel por

dia.

Sexo: em um pequeno estudo comparativo entre homens e mulheres, observou-se nas

mulheres, uma menor inibição da agregação plaquetária induzida pelo ADP, não

havendo, entretanto, diferenças no prolongamento do tempo de sangramento. Em um

grande estudo clínico controlado (clopidogrel vs. ácido acetilsalicílico em pacientes sob

risco de eventos isquêmicos, CAPRIE), a incidência de eventos de resultados clínicos,

outros eventos adversos clínicos e parâmetros clínicos laboratoriais anormais foram

semelhantes entre homens e mulheres.

Etnia: a prevalência de alelos CYP2C19 que resultam em metabolismo baixo e

intermediário de CYP2C19 diferem conforme a etnia (vide Farmacocinética e

Farmacogenética). Dados limitados da literatura em populações asiáticas estão

disponíveis para avaliar a implicação clínica da genotipagem do CYP em eventos de

resultado clínico.

Pacientes Pediátricos: não há dados disponíveis.

Pacientes com Insuficiência Hepática: após doses repetidas de 75 mg diários de

clopidogrel por 10 dias em pacientes com insuficiência hepática grave, a inibição da

agregação plaquetária induzida por ADP foi semelhante à observada em indivíduos

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saudáveis. A média de prolongamento do tempo de sangramento também foi semelhante

nos dois grupos.

Ácido acetilsalicílico

Devido ao revestimento ácido resistente, o ácido acetilsalicílico não é liberado no estômago,

mas no meio alcalino do intestino. Isso confere melhor tolerabilidade gástrica ao

medicamento. No entanto, o revestimento entérico retarda a absorção do ácido

acetilsalicílico para 3 a 6 horas após a ingestão, em comparação aos comprimidos simples

de ácido acetilsalicílico, cujos níveis plasmáticos são alcançados em 0,3 a 2 horas. Tanto o

ácido acetilsalicílico como o ácido salicílico ligam-se amplamente às proteínas plasmáticas

e são rapidamente distribuídos a todas as partes do organismo. O ácido salicílico aparece

no leite materno e atravessa a placenta.

O ácido salicílico é eliminado principalmente por metabolismo hepático; os metabólitos

incluem o ácido salicilúrico, o glicuronídeo salicilfenólico, o glicuronídeo salicilacílico, o

ácido gentísico e o ácido gentisúrico.

A cinética da eliminação do ácido salicílico é dependente da dose, uma vez que o

metabolismo é limitado pela capacidade das enzimas hepáticas. Desse modo, a meia-

vida de eliminação varia de 2 a 3 horas após doses baixas até cerca de 15 horas com

doses altas. O ácido salicílico e seus metabólitos são excretados principalmente por via

renal.

Baseado na farmacocinética e características metabólicas dos dois compostos,

interações farmacocinéticas clinicamente significantes, são improváveis.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

O estudo CURE incluiu 12.562 pacientes com Síndrome Coronária Aguda sem elevação

do segmento ST (angina instável ou infarto do miocárdio sem onda Q) apresentando

quadro de dor precordial ou sintomas consistentes com isquemia dentro das 24 horas.

Os pacientes deveriam apresentar alterações eletrocardiográficas compatíveis com nova

isquemia (sem elevação do segmento ST), enzimas cardíacas ou troponina I ou T

elevadas pelo menos duas vezes acima do limite normal. Os pacientes foram

randomizados para receberem clopidogrel (com dose de ataque de 300 mg seguido de

dose diária de 75 mg, N=6,259) em associação com ácido acetisalicílico (75-325 mg uma

vez ao dia) ou ácido acetilsalicílico em monoterapia (N= 6,303), (75-325 mg uma vez ao

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dia) e outras terapias padrão. Os pacientes foram tratados por mais de um ano. No

estudo CURE, 823 pacientes (6,6%) receberam concomitantemente antagonistas dos

receptores GPIIb/IIIa. As heparinas foram administradas em mais de 90% dos pacientes

e a taxa relativa de sangramento entre clopidogrel + ácido acetilsalicílico e ácido

acetilsalicílico em monoterapia não foi significativamente afetada pela terapia

concomitante com heparina.

O número de pacientes que apresentou desfecho primário (morte cardiovascular, infarto

do miocárdio ou AVC isquêmico), foi de 582 (9,3%) no grupo tratado com clopidogrel +

ácido acetilsalicílico e 719 no grupo tratado com ácido acetilsalicílico (11,4%) com 20%

de redução do risco relativo (95% CI de 10%-28%; p= 0,00009) para clopidogrel + ácido

acetilsalicílico (17% de redução do risco relativo quando os pacientes foram tratados de

forma conservadora, 29% quando fizeram PTCA com ou sem stent e 10% quando

fizeram CABG). Foram prevenidos novos eventos cardiovasculares (desfecho primário)

com redução de 22% no risco relativo (CI: 8,6; 33,4), 32% (CI: 12,8; 46,4), 4% (CI: -

26,9%; 26,7), 6% (CI: -33,5; 34,3) e 14% (CI: -31,6; 44,2), durante 0-1, 1-3, 3-6, 6-9 e 9-

12 meses de intervalo no estudo. Dessa maneira, após três meses de tratamento, o

benefício observado no grupo tratado com clopidogrel + ácido acetilsalicílico não

aumentou, considerando o risco de hemorragia.

O uso de clopidogrel no estudo CURE foi associado com uma diminuição na

necessidade de terapia trombolítica (RRR= 43,3%; CI: 24,3%, 57,5%) e de inibidores da

GPIIb/IIIa (RRR= 18,2%; CI: 6,5%, 28,3%).

O número de pacientes que apresentou desfecho primário (morte cardiovascular, infarto

do miocárdio, acidente vascular cerebral ou isquemia persistente) foi 1035 (16,5%) no

grupo que utilizou clopidogrel mais ácido acetilsalicílico e 1187 (18,8%) no grupo que

utilizou ácido acetilsalicílico. Houve uma redução do risco relativo de 14% (95% CI de

6%-21%, p= 0,0005) para o grupo que utilizou clopidogrel mais ácido acetilsalicílico. Este

benefício foi direcionado pela redução estatisticamente significante na incidência de

infarto do miocárdio [287 (4,6%) no grupo que utilizou clopidogrel mais ácido

acetilsalicílico e 363 (5,8%) no grupo que utilizou ácido acetilsalicílico]. Não foi observado

efeito na taxa de re-hospitalização para angina instável.

Os resultados obtidos em populações com características diferentes (ex. angina instável,

infarto do miocárdio sem ondas Q, de baixo a alto risco, diabetes, necessidade de

revascularização, idade, sexo etc.) foram consistentes com os resultados das análises

primárias. Os benefícios observados com clopidogrel sobre o ácido acetilsalicílico foram

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independentes de outros tratamentos cardiovasculares agudos e crônicos (como

heparina/HBPM, antagonistas GPIIb/IIIa, antilipêmicos, betabloqueadores e inibidores da

ECA). A eficácia do clopidogrel foi observada independentemente da dose de ácido

acetilsalicílico (75-325 mg uma vez ao dia).

Nos pacientes que tiveram infarto do miocárdio com elevação do segmento ST, a

segurança e eficácia de clopidogrel foi avaliada em dois estudos randomizados,

controlados por placebo e duplo cegos: CLARITY e COMMIT.

O estudo CLARITY incluiu 3.491 pacientes apresentando-se com menos de 12 horas do

início do IAM com elevação do segmento ST e planejado para terapia trombolítica. Os

pacientes que receberam clopidogrel (300 mg de dose de ataque, seguido de 75 mg/dia,

n=1752) mais ácido acetilsalicílico ou ácido acetilsalicílico em monoterapia (n=1739),

(150 a 325 mg como dose de ataque, seguido de 75 a 162 mg/dia), um agente

fibrinolítico e quando apropriado, heparina. Os pacientes foram acompanhados por 30

dias. O desfecho primário foi a ocorrência, no angiograma pré liberação, da combinação

de uma artéria obstruída (relacionada ao infarto), morte ou infarto do miocárdio antes da

angiografia coronariana. Para pacientes que não realizaram angiografia os desfechos

primários foram morte ou infarto do miocárdio recorrente no dia 8 ou na saída do

hospital. A população de pacientes era composta por 19,7% de mulheres e 29,2% de

pacientes com mais de 65 anos. Um total de 99,7% dos pacientes recebeu fibrinolíticos

(específicos para a presença de fibrina: 68,7% e não específicos: 31,1%), 89,5%

receberam heparina, 78,7% betabloqueadores, 54,7% inibidores da ECA e 63%

estatinas.

No grupo dos pacientes que utilizaram clopidogrel mais ácido acetilsalicílico, 15%

atingiram o desfecho primário e no grupo que recebeu apenas ácido acetilsalicílico

21,7%, o que representa uma redução absoluta de 6,7% e uma redução de 36% a favor

do clopidogrel (95% CI: 24,47%; p<0,001). Esse resultado está principalmente

relacionado à redução na obstrução das artérias relacionadas ao infarto. Esse benefício

foi consistente ao longo de todos os subgrupos pré-especificados incluindo idade e sexo

dos pacientes, local do infarto e tipo de fibrinolítico ou heparina usada.

O estudo COMMIT (fatorial 2x2) incluiu 45.852 pacientes apresentando-se com menos

de 24 horas do início dos sintomas de suspeita de infarto de miocárdio com suporte nas

anormalidades observadas no eletrocardiograma (ex. elevação do ST, depressão de ST

ou bloqueio de ramo esquerdo). Os pacientes que receberam clopidogrel (75 mg/dia,

n=22,961) mais ácido acetilsalicílico (162 mg/dia), ou ácido acetilsalicílico (162 mg/dia)

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(n=22,891), por 28 dias ou até alta hospitalar. Os desfechos co-primários foram morte

por qualquer causa e a primeira ocorrência de reinfarto, AVC ou morte. A população

incluiu 27,8% de mulheres, 58,4% de pacientes com 60 anos ou mais (26% ≥ 70 anos) e

54,5% de pacientes que receberam fibrinolíticos.

O uso de clopidogrel mais ácido acetilsalicílico reduziu significativamente o risco de

morte a 7% (p=0,029), e o risco relativo da combinação re infarto, AVC e morte a 9%

(p=0,002), representando redução absoluta de 0,5% e 0,9% respectivamente. Esse

benefício foi consistente com a idade, sexo e com uso ou não de fibrinolíticos e foi

observado precocemente com 24 horas.

DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA

Clopidogrel

Durante os estudos pré-clínicos em ratos e babuínos, os efeitos mais frequentemente

observados foram alterações hepáticas. Estes ocorreram em doses que representavam

ao menos 25 vezes a exposição vista em humanos que receberam a dose de 75 mg/dia

e foram consequência no efeito das enzimas de metabolização hepática. Não foi

observado em humanos, efeito nas enzimas de metabolização hepática nas doses

terapêuticas.

Em doses muito elevadas, a tolerabilidade gástrica ao clopidogrel foi insatisfatória

(gastrite, desgaste gástrico e/ou vômitos) em ratos e babuínos.

Não houve evidência de efeito carcinogênico quando clopidogrel foi administrado por 78

semanas a camundongos e 104 semanas a ratos a doses superiores a 77 mg/kg por dia

(representando ao menos 25 vezes a exposição vista em humanos recebendo a dose

clínica de 75 mg/dia).

O clopidogrel não demonstrou atividade genotóxica nos estudos de genotoxicidade in

vitro e in vivo.

O clopidogrel não demonstrou efeito na fertilidade de ratos machos e fêmeas e não foi

teratogênico em ratos e coelhos. Quando administrado a ratas lactantes, clopidogrel

causou um leve atraso no desenvolvimento da prole. Estudos específicos de

farmacocinética realizados com clopidogrel radiomarcados, mostraram que o composto

mãe ou seus metabólitos são excretados no leite. Consequentemente um efeito direto

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(toxicidade leve) ou um efeito indireto (diminuição da palatabilidade) não pode ser

excluído.

Ácido acetilsalicílico

Estudos de dose única mostraram que a toxicidade do ácido acetilsalicílico é baixa.

Estudos de toxicidade dose repetida mostraram que doses acima de 200 mg/kg/dia são

bem tolerados em ratos; cachorros parecem ser mais sensíveis provavelmente devido à

sensibilidade aumentada dos caninos aos efeitos ulcerogênicos dos AINES. Nenhum

caso preocupante de genotoxicidade ou clastogenicidade foi encontrado com ácido

acetilsalicílico. No entanto, nenhum estudo de carcionogenicidade formal foi feito com

ácido acetilsalicílico. Isso mostra que o mesmo não auxilia no desenvolvimento de

tumores.

Dados de toxicidade reprodutiva mostraram que o ácido acetilsalicílico é teratogênico em

vários animais de laboratório. No entanto, isso não parece se estender à gestação

humana de acordo com as últimas descobertas.

INDICAÇÕES

PLAVIX PROTECT é indicado para a prevenção de eventos aterotrombóticos em

pacientes adultos com síndrome coronariana aguda. PLAVIX PROTECT apresenta como

objetivo a terapêutica de manutenção da síndrome coronariana aguda e não da fase

aguda (nesses casos, utilizar o ácido acetilsalicílico sem cobertura entérica):

- Síndrome coronariana aguda sem elevação do segmento ST (angina instável ou infarto

do miocárdio sem onda Q).

- Infarto do miocárdio com elevação do segmento ST em pacientes tratados com terapia

trombolítica, exceto na fase aguda

CONTRAINDICAÇÕES

Em razão da presença de ácido acetilsalicílico e clopidogrel, PLAVIX PROTECT é

contraindicado para:

- Pacientes com hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, ao clopidogrel ou a qualquer

outro componente da fórmula.

- Pacientes com insuficiência hepática severa.

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- Pacientes com hemorragia de origem patológica como úlcera péptica ou hemorragia

intracraniana.

Em razão da presença de ácido acetilsalicílico, PLAVIX PROTECT também é

contraindicado:

- Em pacientes com alergia conhecida aos AINEs e em pacientes com asma, rinite e

pólipos nasais.

- Em pacientes com insuficiência renal grave.

MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO

PLAVIX PROTECT deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura

ambiente (entre 15 e 30°C) e proteger da umidade.

POSOLOGIA

Adultos e idosos

PLAVIX PROTECT deve ser administrado em dose única diária de 75 mg/100 mg. PLAVIX

PROTECT é usado após uma dose de ataque inicial de clopidogrel e AAS associados. A

terapêutica com clopidogrel na síndrome coronária aguda sem elevação do segmento ST

(angina instável ou infarto do miocárdio sem onda Q), deve ser iniciada com uma dose

de ataque de 300 mg em tomada única, seguida de 75 mg uma vez por dia (com ácido

acetilsalicílico, AAS, 75 – 325 mg por dia). Dado que doses mais elevadas de ácido

acetilsalicílico estão associadas a um maior risco hemorrágico, recomenda-se que a

dose de ácido acetilsalicílico não seja superior a 100 mg na dose de manutenção. A

duração ideal do tratamento não foi estabelecida. Estudos clínicos suportam o uso do

medicamento por 12 meses e o benefício máximo foi alcançado com 3 meses de uso.

A terapêutica com clopidogrel no infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento

ST deve ser iniciada com ou sem dose de ataque de clopidogrel e com uma dose

adequada em associação com o ácido acetilsalícilico (AAS) e com ou sem trombolíticos.

A dose de manutenção de clopidogrel mais ácido acetilsalicílico é de um comprimido de

clopidogrel 75 mg e um comprimido de ácido acetilsalicílico 100 mg uma vez ao dia. A

terapêutica deve ser iniciada o mais cedo possível, após o início dos sintomas e

prolongada por, pelo menos, quatro semanas. O benefício da combinação de clopidogrel

e ácido acetilsalicílico por mais de quatro semanas não foi estudado (vide Propriedades

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Farmacodinâmicas).Para pacientes com idade acima de 75 anos, o tratamento deve ser

iniciado sem a dose de ataque de clopidogrel.

Farmacogenética

O estado de metabolizador baixo da enzima CYP2C19 associa-se à diminuição da

resposta do clopidogrel. A posologia ideal para metabolizadores baixos ainda não foi

determinada (vide Propriedades Farmacocinéticas).

Pode ser administrado com ou sem alimento.

Insuficiência renal

Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal de leve a

moderada.

Insuficiência hepática

Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática de leve a

moderada.

Idosos

O tratamento para pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento

ST, deve ser iniciado sem a dose de ataque na dose habitual de 75 mg/dia de clopidogrel

e 100 mg/dia de ácido acetilsalicílico ou segundo orientação médica.

Crianças e adolescentes

Não há experiência sobre o uso de PLAVIX PROTECT em crianças. PLAVIX PROTECT

não é indicado para uso em crianças e adolescentes.

Conduta necessária caso haja esquecimento de administração

Caso você se esqueça de tomar PLAVIX PROTECT, mas se lembre até 12 horas do

horário habitual, tome seus comprimidos imediatamente e continue o tratamento no

horário habitual.

Caso você se lembre após 12 horas do horário habitual, simplesmente tome a próxima

dose no horário habitual. Não tome duas doses com intervalo menor que 12 horas.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

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PLAVIX PROTECT não deve ser utilizado na fase aguda das síndromes coronarianas e

na fase aguda do infarto do miocárdio (nesses casos, os pacientes devem receber

imediatamente o ácido acetilsalicílico sem revestimento entérico).

Devido ao risco de hemorragia e efeitos hematológicos indesejáveis, a contagem de

células sanguíneas e outros testes apropriados devem ser considerados sempre que

surgirem sintomas clínicos durante o tratamento. Por ser um agente antiplaquetário

duplo, PLAVIX PROTECT deve ser usado com cautela em pacientes que se encontram

sob risco aumentado de hemorragia decorrente de trauma, cirurgia ou outras condições

patológicas e em pacientes em tratamento com outros AINES incluindo inibidores da

COX-2, heparina, inibidores da glicoproteína IIb/IIIa ou trombolíticos. Os pacientes

devem ser acompanhados cuidadosamente caso existam sinais de hemorragia incluindo

hemorragia oculta especialmente durante as primeiras semanas de tratamento e/ou

procedimentos cardíacos invasivos ou cirurgia. Por causa do aumento no risco de

hemorragia, a administração concomitante de PLAVIX PROTECT e varfarina precisa ser

avaliada com cautela.

Caso o paciente seja submetido a uma cirurgia eletiva e não for desejável o efeito

antiplaquetário, PLAVIX PROTECT deve ser descontinuado 7 dias antes da cirurgia.

PLAVIX PROTECT prolonga o tempo de sangramento e deve ser usado com cautela em

pacientes que tenham lesões com propensão a hemorragia (particularmente

gastrintestinais e intraoculares).

Muito raramente, após curta exposição ao clopidogrel, foi reportada púrpura

trombicitopênica trombótica (PTT). A PTT é caracterizada por trombocitopenia e anemia

hemolítica microangiopática, podendo estar associada com sintomas neurológicos,

disfunção renal ou febre. PTT é uma condição clínica potencialmente fatal requerendo

atendimento imediato, incluindo plasmaferese (troca plasmática).

Em pacientes de alto risco de eventos isquêmicos que apresentaram ataque isquêmico

transitório ou acidente vascular cerebral recente, a associação de ácido acetilsalicílico

com clopidogrel evidenciou incremento de hemorragias maiores. Portanto, essa

associação deve ser feita com cuidado, fora das situações clínicas nas quais os

benefícios foram comprovados.

Devido à presença de ácido acetilsalicílico, deve-se ter cautela em pacientes com:

- história de asma ou problemas alérgicos já que possuem um risco aumentado de

desenvolver reações de hipersensibilidade;

- gota já que baixas doses de ácido acetilsalicílico aumentam a concentração de urato.

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Recomenda-se precaução em pacientes com insuficiência hepática leve e moderada.

Quando o ácido acetilsalicílico é administrado às crianças, existe uma associação

possível entre ele e a síndrome de Reye. A síndrome de Reye é uma doença muito rara

que pode ser fatal.

PLAVIX PROTECT deve ser usado com cautela em pacientes com história de úlcera

péptica, hemorragia gastroduodenal ou sintomas gastrintestinais menores já que podem

ser decorrência de ulceração gástrica que pode levar à hemorragia gástrica.

Podem ocorrer efeitos adversos gastrintestinais incluindo dor de estômago, azia, náusea,

vômito e hemorragia gastrintestinal. Embora sintomas gastrintestinais menores (ex.

dispepsia), sejam comuns e possam ocorrer a qualquer momento durante o tratamento,

os médicos devem estar alerta quanto a sinais de ulceração e hemorragia, mesmo na

ausência de sintomas gastrintestinais prévios.

Os pacientes devem ser orientados a informar ao médico que estão em uso de PLAVIX

PROTECT, antes de qualquer procedimento cirúrgico ou uso de outro medicamento.

Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de

Lapp lactase ou má absorção de glucose-galactose não devem utilizar este

medicamento.

Farmacogenética: Baseado em dados da literatura, pacientes com a função da enzima

CYP2C19 geneticamente reduzida apresentam baixa exposição sistêmica ao metabólito

ativo de clopidogrel e respostas antiplaquetárias diminuídas, e, geralmente, apresentam

maiores taxas de eventos cardiovasculares após um infarto do miocárdio do que os

pacientes com função da enzima CYP2C19 normal (vide Propriedades

Farmacocinéticas).

Risco de uso por via de administração não recomendada

Não há estudos dos efeitos de PLAVIX PROTECT administrado por vias não

recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a

administração deve ser somente pela via oral.

Gravidez

Não há dados disponíveis sobre mulheres grávidas expostas ao PLAVIX PROTECT e

não há dados disponíveis para clopidogrel em monoterapia. Estudos em animais

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demonstraram efeito teratogênico proveniente do ácido acetilsalicílico. Por essa razão,

como precaução, o uso de PLAVIX PROTECT durante a gravidez não é recomendado.

Categoria de risco na gravidez: categoria D. Este medicamento não deve ser

utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente

seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Lactação

Considerando que o ácido acetilsalicílico é excretado no leite materno e estudos em

ratos mostraram que clopidogrel e/ou seus metabólitos são excretados no leite, o uso de

PLAVIX PROTECT durante a amamentação não é recomendado.

Efeitos na capacidade de conduzir/operar máquinas

Não foi observada qualquer alteração na capacidade de dirigir ou operar máquinas após

administração de PLAVIX PROTECT.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO

Pacientes idosos

Vide Posologia e Populações Especiais.

Crianças

Vide Posologia.

Outros grupos de risco

Pacientes com insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal moderada, a experiência terapêutica com

clopidogrel + ácido acetilsalicílico é limitada. Por essa razão, PLAVIX PROTECT deve

ser usado com cautela nesses pacientes.

Pacientes com insuficiência hepática

A experiência é limitada em pacientes com doença hepática moderada que possam

apresentar diátese hemorrágica. PLAVIX PROTECT deve ser usado com cautela nesses

pacientes.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

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Varfarina: a administração concomitante de PLAVIX PROTECT e varfarina não é

recomendada uma vez que pode aumentar a intensidade da hemorragia.

Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa: PLAVIX PROTECT deve ser usado com cautela em

pacientes que têm um risco aumentado de hemorragia por trauma, cirurgia e outras

condições patológicas e que utilizam inibidores da glicoproteína IIb/IIIa.

Heparina: em um estudo clínico com voluntários sadios usando clopidogrel, não houve

necessidade de se alterar a dose de heparina. O clopidogrel não alterou o efeito da

heparina sobre o tempo de coagulação. A co-administração de heparina não teve efeito

na inibição da agregação plaquetária induzida pelo clopidogrel. Como a interação

farmacodinâmica de PLAVIX PROTECT e heparina é possível, aumentando o risco de

hemorragia, o uso concomitante necessita ser feito com cuidado.

Trombolíticos: a segurança da administração concomitante de clopidogrel, agentes

trombolíticos fibrinolíticos e não fibrinolíticos específicos e heparina foi estudada em

pacientes com histórico de infarto do miocárdio agudo. A incidência de hemorragias

clinicamente significativas foi similar àquela observada quando foi administrado

concomitantemente agentes trombolíticos e heparina com ácido acetilsalicílico. A

segurança da coadministração de PLAVIX PROTECT e agentes trombolíticos não foi

estabelecida e, portanto, deve ser realizada com cautela.

Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES): em um estudo clínico com voluntários sadios,

a administração concomitante de clopidogrel e naproxeno foi associada ao aumento de

sangramento oculto gastrintestinal. No entanto, devido à ausência de estudos de

interação com outros AINE's não está claro no momento, se há um aumento do risco de

hemorragia gastrintestinal com todos os AINE's. Consequentemente, AINE's incluindo os

inibidores da Cox-2 e PLAVIX PROTECT devem ser coadministrados com cautela.

Outras terapias concomitantes com clopidogrel: uma vez que clopidogrel é

metabolizado em seu metabólito ativo parcialmente pela enzima CYP2C19, seria

esperado que o uso de medicamentos que inibem a atividade desta enzima resulte na

diminuição do nível do medicamento do metabólito ativo de clopidogrel e na redução de

eficácia clínica.

O uso concomitante de medicamentos que inibem a enzima CYP2C19 (por exemplo:

omeprazol) é desaconselhado.

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Outros estudos clínicos foram conduzidos concomitantemente com clopidogrel e outras

medicações, de modo a investigar as possíveis interações farmacodinâmicas e

farmacocinéticas. Não foi observada alteração farmacodinâmica significativa quando da

administração concomitante de clopidogrel e atenolol e nifedipina, assim como atenolol e

nifedipina simultaneamente. A atividade farmacodinâmica de clopidogrel não foi

significativamente influenciada pela coadministração de fenobarbital, cimetidina ou

estrogênio.

A farmacocinética da digoxina ou da teofilina não foi alterada pela administração

concomitante de clopidogrel. Os antiácidos não alteraram a absorção do clopidogrel.

Dados de estudos em microssomas hepáticos de seres humanos indicaram que o

metabólito ácido carboxílico do clopidogrel pode inibir a isoenzima CYP 2C9 do sistema

citocromo P450. Esta ação pode levar a um aumento nos níveis plasmáticos de

medicamentos como a fenitoína, tolbutamida e muitos agentes anti-inflamatórios não

esteroidais que são metabolizados pelo CYP2C9.

Dados do estudo CAPRIE indicam que a fenitoína e a tolbutamina podem ser

coadministrados com clopidogrel de forma segura.

Outras terapias concomitantes com ácido acetilsalicílico: foram reportadas

interações dos seguintes produtos com ácido acetilsalicílico:

Uricosúricos: o ácido acetilsalicílico diminui o efeito de agentes uricosúricos através da

eliminação competitiva do ácido úrico. Portanto, a coadministração deve ser realizada com

cautela.

Metotrexato: devido à presença de ácido acetilsalicílico, PLAVIX PROTECT pode inibir a

depuração renal do metotrexato, o que pode levar à toxicidade da medula óssea.

Foram reportadas interações dos seguintes medicamentos com altas doses de ácido

acetilsalicílico: inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), acetazolamida,

anticonvulsivantes (fenitoína e ácido valpróico), betabloqueadores, diuréticos e agentes

hipoglicemiantes orais. No entanto mais de 30.000 pacientes que participaram de

estudos clínicos com clopidogrel mais ácido acetilsalicílico, com dose de manutenção

menor ou igual a 325 mg, receberam medicamentos concomitantes como diuréticos,

betabloqueadores, inibidores da ECA, antagonistas de cálcio, agentes redutores de

colesterol, vasodilatadores coronarianos, agentes antidiabéticos (incluindo insulina),

agentes antiepléticos, terapia de reposição hormonal e antagonistas dos receptores

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GPIIb/IIIa e não apresentaram evidência clínica de interações medicamentosas

significantes.

Dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de baixas doses de

ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária quando são administrados

concomitantemente (vide Propriedades Farmacodinâmicas). Entretanto, as limitações

desses dados e as incertezas referentes à extrapolação de dados ex vivo para a situação

clínica implica que conclusões definitivas não podem ser feitas quanto ao uso regular de

ibuprofeno, e nenhum efeito clinicamente relevante é considerado como provável para uso

ocasional de ibuprofeno.

Não foram realizados estudos de interações medicamentosas com PLAVIX PROTECT e

alguns medicamentos administrados a pacientes com doença aterotrombótica.

Alimentos

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e clopidogrel

e ácido acetilsalicílico.

Interferência em exames laboratoriais

O clopidogrel pode causar alteração no teste de função hepática e aumento da

creatinina.

O ácido acetilsalicílico pode causar o aumento do tempo de sangramento.

REAÇÕES ADVERSAS

Experiência em estudos clínicos

A segurança de clopidogrel foi avaliada em mais de 42.000 pacientes, incluindo mais

30.000 pacientes tratados com clopidogrel mais ácido acetilsalicílico e mais 9.000

pacientes tratados por 1 ano ou mais. As reações adversas clinicamente relevantes nos

quatro maiores estudos, o CAPRIE (estudo comparando clopidogrel e ácido

acetilsalicílico) e o CURE, CLARITY e COMMIT (estudos comparando clopidogrel mais

ácido acetilsalicílico ao ácido acetilsalicílico em monoterapia) são discutidas abaixo. O

clopidogrel na dose de 75 mg/dia foi bem tolerado em comparação ao ácido

acetilsalicílico na dose de 325 mg/dia no estudo CAPRIE. A tolerabilidade geral do

clopidogrel nesse estudo foi similar à do ácido acetilsalicílico independentemente da

idade, sexo e etnia. Os efeitos adversos clinicamente relevantes observados nos estudos

CAPRIE, CURE, CLARITY e COMMIT são discutidos abaixo.

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Distúrbios hemorrágicos

No estudo CAPRIE a incidência global de hemorragia nos pacientes tratados tanto com

clopidogrel ou ácido acetilsalicílico foi de 9,3%. A incidência de casos graves foi de 1,4%

para o clopidogrel e 1,6% para o ácido acetilsalicílico. Em pacientes que receberam

clopidogrel, as hemorragias gastrintestinais ocorreram a uma taxa de 2,0% sendo que

0,7% precisaram de hospitalização. Nos pacientes que receberam ácido acetilsalicílico, a

taxa correspondente foi 2,7% e 1,1% respectivamente. A incidência de outros tipos de

hemorragia foi superior no grupo que recebeu clopidogrel em comparação àquele que

recebeu ácido acetilsalicílico (7,3% vs. 6,5%). No entanto, a incidência de efeitos

adversos graves foi similar para ambos os grupos de tratamento (0,6% vs. 0,4%). Os

efeitos adversos mais frequentemente relatados em ambos os grupos foram:

púrpura/equimoses e epistaxe (hemorragia nasal). Outros efeitos adversos menos

frequentemente relatados foram hematoma, hematúria e hemorragia ocular

(principalmente conjuntival).

A incidência de hemorragia intracraniana foi de 0,4% em pacientes que receberam

clopidogrel e 0,5% em pacientes que receberam o ácido acetilsalicílico.

No estudo CURE, o aumento do risco de vida por hemorragia no grupo que utilizou

clopidogrel e ácido acetilsalicílico comparado ao grupo que utilizou somente ácido

acetilsalicílico não foi estatisticamente significante (2,2% vs. 1,8%). Não houve diferença

entre os dois grupos nos registros de hemorragias fatais (0,2% em ambos os grupos). A

relação de hemorragias maiores sem risco de vida, principalmente no trato gastrintestinal

e locais de punção, foi significativamente maior no grupo de clopidogrel e ácido

acetilsalicílico quando comparado ao grupo que recebeu ácido acetilsalicílico em

monoterapia (1,6% vs. 1%) e a incidência de hemorragias menores (5,1% vs. 2,4%). A

incidência de sangramento intracraniano foi de 0,1% em ambos os grupos.

A taxa de hemorragias maiores para clopidogrel e ácido acetilsalicílico foi dose

dependente com o uso de ácido acetilsalicílico (<100mg: 2,6%, 100-200mg: 3,5%, >

200mg: 4,9%) assim como as maiores hemorragias no grupo do placebo e ácido

acetilsalicílico (<100mg: 2,0%, 100-200mg: 2,3%, >200mg: 4,0%).

O risco de hemorragia (fatal, maior, menor, outros) diminuiu durante o estudo: 0-1 meses

(clopidogrel mais ácido acetilsalicílico: 599/6259 – 9,6%; ácido acetilsalicílico em

monoterapia: 413/6303 – 6,6%), 1-3 meses (clopidogrel mais ácido acetilsalicílico:

276/6123 – 4,5%; ácido acetilsalicílico em monoterapia: 144/6168 – 2,3%), 3-6 meses

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(clopidogrel mais ácido acetilsalicílico: 228/6037 – 3,8%; ácido acetilsalicílico em

monoterapia: 99/6048 – 1,6%), 6-9 (clopidogrel mais ácido acetilsalicílico: 162/5005 –

3,2%; ácido acetilsalicílico em monoterapia: 74/4972 – 1,5%), 9-12 (clopidogrel mais

ácido acetilsalicílico: 73/3841 – 1,9%; ácido acetilsalicílico em monoterapia: 40/3844 –

1,0%).

Não houve um aumento de sangramento dentro dos sete dias após a realização de

cirurgias de revascularização em pacientes que interromperam a terapia cinco dias antes

da cirurgia (4,4% clopidogrel + ácido acetilsalicílico vs. 5,3% ácido acetilsalicílico). Nos

pacientes que permaneceram em uso da terapia sem interrupção de cinco dias para a

cirurgia de revascularização, os registros de eventos foram 9,6% para clopidogrel e ácido

acetilsalicílico e 6,3% para ácido acetilsalicílico.

O estudo CLARITY demonstrou um aumento de hemorragia no grupo que recebeu

clopidogrel mais ácido acetilsalicílico quando comparado ao grupo que recebeu ácido

acetilsalicílico (17,4% vs. 12,9%). A incidência de hemorragia maior foi similar nos dois

grupos (1,3% no grupo que recebeu clopidogrel mais ácido acetilsalicílico vs. 1,1% no

grupo que recebeu ácido acetilsalicílico). Esse resultado foi consistente através dos

subgrupos de pacientes definidos por características basais e tipo de terapia fibrinolítica

ou heparina. A incidência de hemorragia fatal (0,8% clopidogrel + ácido acetilsalicílico

versus 0,6% ácido acetilsalicílico) e hemorragia intracraniana (0,5% clopidogrel + ácido

acetilsalicílico versus 0,7% ácido acetilsalicílico) foi baixo e similar em ambos os grupos.

No estudo COMMIT, a taxa de hemorragia maior não cerebral ou hemorragia cerebral foi

baixa e similar em ambos os grupos (0,6% clopidogrel + ácido acetilsalicílico versus 0,5%

ácido acetilsalicílico).

Distúrbios hematológicos

No estudo CAPRIE, foi observado, neutropenia severa (< 0,45 x 109/l) em quatro

pacientes que receberam clopidogrel (0,04%) e em dois pacientes que receberam ácido

acetilsalicílico (0,02%). Dois dos 9.599 pacientes que receberam clopidogrel e nenhum

dos 9.586 pacientes que receberam ácido acetilsalicílico tiveram contagem de neutrófilos

igual a zero. Durante o tratamento com clopidogrel ocorreu um caso de anemia aplástica.

A incidência de trombocitopenia grave (< 80 x 109/l) foi de 0,2% para o grupo tratado com

clopidogrel e 0,1% para o grupo com ácido acetilsalicílico.

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No estudo CURE e no CLARITY, o número de pacientes com trombocitopenia ou

neutropenia foi similar em ambos os grupos.

Outras reações adversas clinicamente relevantes observadas nos estudos CAPRIE,

CURE, CLARITY e COMMIT com incidência ≥ 0,1%, assim como reações adversas

sérias e relevantes estão listadas abaixo conforme classificação da WHO e seguem as

seguintes frequências:

Comuns: ≥ 0,01 e < 0,1

Incomuns: ≥ 0,001 e < 0,01

Raras: ≥ 0,0001 e < 0,001

Muito raras: < 0,0001

Sistema Nervoso Central e Periférico:

• Incomum: cefaleia, tontura, parestesia;

• Raro: vertigens

Gastrintestinais:

• Comum: dispepsia, dor abdominal e diarreia;

• Incomum: náusea, gastrite, flatulência, constipação, vômito, úlcera gástrica e

duodenal.

Plaquetas e distúrbios da coagulação:

• Incomum: aumento do tempo de sangramento, decréscimo do número de

plaquetas.

Pele e anexos:

• Incomum: rash e prurido

Sangue:

• Incomum: leucopenia, neutropenia e eosinofilia.

Reações Adversas após o início da comercialização:

Em complemento aos resultados obtidos nos estudos clínicos, segue as reações

adversas reportadas com uso de clopidogrel ou ácido acetilsalicílico.

Hemorragia é a reação mais comumente reportada na experiência pós-comercialização

com clopidogrel ou ácido acetilsalicílico.

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Hemorragia:

• Foram reportados alguns casos com consequências fatais (especialmente

hemorragia intracraniana, gastrintestinal e retroperitoneal); casos sérios de

hemorragia na pele (púrpura), hemorragia músculo-esquelética (hematoma,

hemartrose), hemorragia ocular (conjuntival, ocular e da retina), epistaxe,

hemorragia do trato respiratório (hemoptise, hemorragia pulmonar), hematúria e

hemorragia operatória. Casos de hemorragia sérios foram reportados em

pacientes usando clopidogrel concomitantemente com ácido acetilsalicílico e

heparina.

As seguintes reações adversas foram espontaneamente reportadas. Para clopidogrel as

reações seguem ordem de frequência. Dentro dos grupos de frequência as reações

adversas estão em ordem decrescente de gravidade. Todos os relatos espontâneos com

clopidogrel foram reportados com uma frequência muito rara. Nenhuma incidência está

disponível para o ácido acetilsalicílico.

Sangue e sistema linfático:

• Relacionado ao clopidogrel ou ácido acetilsalicílico: anemia.

• Relacionado ao clopidogrel: púrpura trombocitopênica trombótica (PTT),

trombocitopenia severa (plaquetas ≤ 30 x 109/l), agranulocitose, granulocitopenia,

anemia aplástica/pancitopenia.

Sistema imunológico:

• Relacionado ao clopidogrel ou ácido acetilsalicílico: reações anafiláticas.

• Relacionado ao clopidogrel: doença do soro.

Alterações psiquiátricas:

• Relacionado ao clopidogrel: confusão e alucinações.

Sistema nervoso:

• Relacionado ao clopidogrel: alteração no paladar.

• Relacionado ao ácido acetilsalicílico: cefaleia, vertigem (geralmente associada à

superdosagem).

Alterações do canal auditivo e labirinto:

• Relacionado ao ácido acetilsalicílico: tinitus, perda da audição (geralmente

associada à superdosagem).

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Sistema vascular:

• Relacionado ao clopidogrel: vasculite e hipotensão

Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino:

• Relacionado ao clopidogrel ou ácido acetilsalicílico: broncoespasmo.

• Relacionado ao clopidogrel: pneumonia intersticial.

Distúrbios gastrintestinais:

• Relacionado ao clopidogrel: colite (incluindo ulcerativa ou colite linfocítica),

pancreatite, estomatite.

• Relacionado ao ácido acetilsalicílico: úlcera gastroduodenal, sintomas

gastrintestinais como gastralgia.

Distúrbios hepatobiliares:

• Relacionado ao clopidogrel: hepatite, insuficiência hepática aguda.

• Relacionados ao ácido acetilsalicílico: (não conhecido) elevação das enzimas

hepáticas e lesões hepáticas, principalmente hepatocelular.

Pele e tecido subcutâneo:

• Relacionado ao clopidogrel ou ácido acetilsalicílico: angioedema, urticária, rash

eritematoso.

• Relacionado ao clopidogrel: dermatite bolhosa (eritema multiforme, síndrome de

Stevens Johnson, necrólise epidérmica tóxica), equizema, liquen planus.

Aparelho músculo-esquelético, tecido conjuntivo e medula óssea:

• Relacionado ao clopidogrel: artralgia, artrite e mialgia.

Distúrbios urinário e renal:

• Relacionado ao clopidogrel: glomerulonefrite.

Alterações gerais e do local de administração:

• Relacionado ao clopidogrel: febre.

Alterações Laboratoriais:

• Relacionado ao clopidogrel: alteração no teste de função hepática e aumento da

creatinina.

• Relacionado ao ácido acetilsalicílico: aumento do tempo de sangramento.

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SUPERDOSE

Não há informações sobre superdosagem com PLAVIX PROTECT.

Clopidogrel:

A superdosagem com clopidogrel pode levar a um aumento do tempo de sangramento e

consequentes complicações hemorrágicas. Terapia apropriada precisa ser considerada

se sangramento for observado. Não foi encontrado nenhum antídoto para a atividade

farmacológica do clopidogrel. Se for necessária a correção imediata do prolongamento

do “tempo de sangramento”, a transfusão de plaquetas pode reverter os efeitos do

clopidogrel.

Ácido acetilsalicílico:

A superdosagem é manifestada pelos seguintes sintomas:

- Superdosagem moderada: sensação de redução na audição e de estar ouvindo sons

de sinos, dor de cabeça e vertigem.

- Superdosagem severa: febre, hiperventilação, cetose, alcalose respiratória, acidose

metabólica, coma, colapso cardiovascular, falência respiratória, hipoglicemia severa.

Em caso de superdosagem severa com ácido acetilsalicílico, deve-se proceder ao

controle do equilíbrio ácido-base, forçar a diurese alcalina e caso seja necessário,

hemodiálise e diálise peritoneal.

ARMAZENAGEM

PLAVIX PROTECT deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura

ambiente (entre 15 e 30°C) e proteger da umidade.

DIZERES LEGAIS

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

MS 1.1300.1072

Farm. Resp: Antonia A. Oliveira

CRF-SP nº 5854

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Comprimido bissulfato de clopidogrel:

Fabricado por:

Sanofi Winthrop Industrie - Ambarès - França

Importado e embalado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Rua Conde Domingos Papais, 413

CEP 08613-010 – Suzano - SP

CNPJ 02.685.377/0008-23

Comprimido ácido acetilsalicílico:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Rua Conde Domingos Papais, 413

CEP 08613-010 – Suzano - SP

CNPJ 02.685.377/0008-23

Indústria Brasileira

® Marca Registrada

IB 290409

Número de lote, data de fabricação e vencimento: vide embalagem.