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Os Hospitalhaços e suas sérias brincadeiras. Saiba a história, a vida e o os segredos do trabalho voluntario dessa confraternização. “Para ser um voluntário não basta boa vontade” diz Cláudia Andrade, especialista da fundação Feac. A solidariedade e o trabalho voluntário é a cooperação mútua entre duas ou mais pessoas; enxergar o grupo com algo sólido; interessar-se pelos outros e fazer algo por eles. O termo surgiu do latim “solidare’’. Atualmente a solidariedade é muito importante na sociedade para que possamos viver em harmonia, fazendo com que muitas pessoas mudem para melhor. Conforme o voluntário dos Hospitalhaços, Antônio Carlos, mais conhecido como Picolé, “O trabalho voluntário de um palhaço no hospital consegue colaborar na mudança de estado de saúde de uma criança.” A solidariedade começou com pequenas boas ações feitas por algumas pessoas e foi evoluindo cada vez mais até a criação de grandes instituições. Como é o caso do grupo Hospitalhaços. Picolé disse que: “a ideia de eu ser solidário com os outros começou há dois anos (2009) quando me aposentei.” A instituição trabalha em mais de 11 hospitais. “O trabalho é feito do atendimento ao paciente individualmente por cada palhaço voluntário dos Hospitalhaços, mas mesmo realizando o trabalho individualmente, é como se fossemos uma família, pois a linha de pensamento é sempre a mesma, fazer o bem sem olhar a quem.“O trabalho de um palhaço no hospital não é só fazendo brincadeiras para alegrar as crianças; outros palhaços, como o Picolé, fazem palestras em universidades e empresas. “Eu faço recreações com o meu veículo de doações, fazendo com que as instituições possam crescer cada vez mais”. Os Hospitalhaços deixaram marcas em todo o Brasil: Sumaré, Paulínia, Recife, Pernambuco, universidades (firmada a pareceria com as universidades Metrocamp e Puc- Campinas). Os Hospitalhaços nasceram de um trabalho desenvolvido na Enfermaria e UTI Pediátricas no HC da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas - São Paulo,

Modelo para a Revista oficial grupo 1 (gabriela, mirella,- 2

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Saiba a história, a vida e o os segredos do trabalho voluntario dessa confraternização. fundado em abril de 1999, por Walkiria Camelo e Márcio Parma. Em junho de 2002 a ONG inicia o atendimento aos Hospitais Municipal de Paulínia e Estadual de Sumaré, onde implanta sua primeira brinquedoteca. Também foram criadas oficinas de artes plásticas voltadas para os pacientes e acompanhantes nas unidades já atendidas.

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Os Hospitalhaços e suas sérias brincadeiras. Saiba a história, a vida e o os segredos do trabalho voluntario dessa

confraternização.

“Para ser um voluntário não basta boa

vontade” diz Cláudia Andrade,

especialista da fundação Feac.

A solidariedade e o trabalho

voluntário é a cooperação mútua entre duas ou mais pessoas;

enxergar o grupo com algo sólido;

interessar-se pelos outros e fazer

algo por eles. O termo surgiu do

latim “solidare’’. Atualmente a

solidariedade é muito importante na

sociedade para que possamos viver

em harmonia, fazendo com que muitas pessoas mudem para

melhor. Conforme o voluntário dos

Hospitalhaços, Antônio Carlos,

mais conhecido como Picolé, “O

trabalho voluntário de um palhaço

no hospital consegue colaborar na

mudança de estado de saúde de uma criança.”

A solidariedade começou com

pequenas boas ações feitas por

algumas pessoas e foi evoluindo

cada vez mais até a criação de

grandes instituições. Como é o caso

do grupo Hospitalhaços. Picolé

disse que: “a ideia de eu ser solidário com os outros começou

há dois anos (2009) quando me

aposentei.”

A instituição trabalha em mais de

11 hospitais. “O trabalho é feito do

atendimento ao paciente

individualmente por cada palhaço

voluntário dos Hospitalhaços, mas

mesmo realizando o trabalho

individualmente, é como se fossemos uma família, pois a linha

de pensamento é sempre a mesma,

fazer o bem sem olhar a quem.“O

trabalho de um palhaço no hospital

não é só fazendo brincadeiras para

alegrar as crianças; outros

palhaços, como o Picolé, fazem palestras em universidades e

empresas. “Eu faço recreações com

o meu veículo de doações, fazendo

com que as instituições possam

crescer cada vez mais”. Os

Hospitalhaços deixaram marcas em

todo o Brasil: Sumaré, Paulínia,

Recife, Pernambuco, universidades (firmada a pareceria com as

universidades Metrocamp e Puc-

Campinas).

Os Hospitalhaços nasceram de um

trabalho desenvolvido na

Enfermaria e UTI Pediátricas no

HC da Unicamp - Universidade

Estadual de Campinas - São Paulo,

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fundado em abril de 1999, por

Walkiria Camelo e Márcio Parma.

Em junho de 2002 a ONG inicia o

atendimento aos Hospitais

Municipal de Paulínia e Estadual

de Sumaré, onde implanta sua

primeira brinquedoteca. Também

foram criadas oficinas de artes

plásticas voltadas para os pacientes

e acompanhantes nas unidades já

atendidas.

Em 2003 são iniciadas as

atividades no Hospital André Luiz

o Hospital Municipal de mais de

mais de 456.000 pessoas mais de

Nas brinquedotecas contamos com

560 voluntários e beneficiamos

mais de 456.000 pessoas

anualmente em Americana, onde a

ONG passa a promover festas em

datas comemorativas e atendem as

solicitações para visitas a

instituições de apoio a menores e

idosos.

Em outubro de 2004 a Associação

Hospitalhaços implanta a sua

segunda brinquedoteca na unidade

pediátrica do Hospital das Clinicas

da Unicamp e é iniciado o

atendimento ao Centro Infantil

Boldrini.

Também em 2004 foi estabelecida

a parceria da Associação

Hospitalhaços com a Universidade

Estadual de Campinas, onde a

ONG passa a ser uma matéria

eletiva na Unicamp, participando

da disciplina Trabalhos

Comunitários.

Para mais consultas visite:

http://www.hospitalhacos.org.br/his

torico.php

Do Hospital da Restauração em

Recife, é iniciado o atendimento ao

Hospital.

No segundo semestre de 2009

implantamos a brinquedoteca no

Hospital e Maternidade Celso

Pierro (PUC-Campinas).

Atualmente atendemos a 11

Hospitais públicos e mantemos e

administramos três instituições.

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Entrevista

Como é ser um voluntario para

Picolé?

Voce acredita que o seu trabalho

pode mudar a vida dessas crianças?

O trabalho de um palhaço consegue

com que os pacientes liberem

hormônios como, por exemplo:

endorfina, ferrutomina que ajudam

na recíproca do paciente, por tanto

com isso podemos colaborar na mudança de estado de saúde da

criança.

Qual é o preço de um sorriso?

Um sorriso não tem preço pelo fato

de que o sorriso de uma criança com

uma doença é a melhor recompensa.

O quanto é importante a colaboração

dos funcionários?

É importante porque se nós formos

analisar, dependemos uns dos outros.

Em qual dos hospitais é mais difícil

alegraras pessoas? Para mim não tem mais fácil nem

mais difícil. Eu encaro todos eles

como um hospital. A diferença é o

tipo de paciente que a gente

encontra. Num hospital, podem

existir pacientes com vários tipos de

doenças e em outros, como o Boldrini, por exemplo, atendemos

pacientes de um só tipo de doença.

Para você como é trabalhar com

crianças com problema de saúde?

É uma grande alegria porque o que

fazemos é muito pouco pela grandeza daquilo que recebemos: o

sorriso, o carinho, o amor e a

solidariedade. Fazendo com que nos

queiramos, cada vez mais, estar

levando o sorriso e a alegria para

humanizar o ambiente hospitalar.

O que te da forças para trabalhar

cada dia mais cada vez mais? É saber que você estando no

ambiente hospitalar e mudando o

ambiente faz com que nos

acreditemos cada vez mais que vale

a pena, pois é um trabalho que nos

alimenta e nos da forças. Tudo isso

porque o nosso trabalho é uma

brincadeira muito séria!

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Curiosidades

Os Hospitalhaços já fizeram

inúmeras ações beneficentes como

caminhadas, campanhas, festas e

festivais...

Uma de suas campanhas mais

famosas que estão presentes em todo o mundo, é a do FREE HUGS

CAMPAIGN. Às vezes, um abraço é

tudo que precisamos. A única missão

era chegar e abraçar um estranho

para iluminar suas vidas. Nesta era

de distanciamento social e falta de

contato humano, os efeitos da campanha Free Hugs tornaram-se

maravilhosos. A Free Hugs

Campaign (Campanha dos Abraços

Grátis) é um movimento social que

envolve pessoas oferecendo abraços

para estranhos em locais públicos. A

campanha começou em 2004 por um

homem australiano conhecido pelo pseudônimo "Juan Mann" em

Sydney, Austrália. O movimento se

tornou internacionalmente famoso

em 2006 por causa do videoclipe no

You Tube da banda australiana Sick

Puppies.

O vídeo atualmente é um dos mais

vistos no site, tendo sido

assistido por milhões de

vezes. Os abraços são um exemplo de um ato de

bondade e humanitário

executado por alguém cujo

objetivo é apenas fazer as

pessoas se sentirem

melhores.

Muitos jovens estavam imitando esse

gesto em outros países e a ação se tornou um movimento social com

sites de apoio em várias línguas. Os

sites contam, em seus fóruns,

histórias de famílias que foram

restauradas e pessoas que se sentiram

melhor psicologicamente depois de

ganharem alguns abraços.

ASSISTA O VIDEO PELO YOU

TOBE PARA MAIS

INFORMAÇÕES:

http://www.youtube.com/watch?feat

ure=player_embedded&v=VhuW-

0fNk0U

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Desafios do trabalho voluntário

Para a especialista Cláudia Andrade,

da Fundação Feac, não basta boa

vontade.

Ser voluntário é uma decisão íntima

e individual e que exige esforço,

disciplina, responsabilidade,

compromisso e acima de tudo, humildade. O termo tem referencia

na ONU, Organização das Nações

Unidas. Segundo a instituição, "o

voluntário é o jovem ou o adulto

que, devido a seu interesse pessoal e

ao seu espírito cívico, dedica parte

do seu tempo, sem remuneração

alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de

bem estar social, ou outros campos”.

Mas, o desejo de colocar em comum

um trabalho ou um talento foge das

definições teóricas e transforma em

cidadãos ativos, pessoas que antes

tinham pouca noção do outro.

Esse desejo, quando focado em ação,

faz o voluntário uma pessoa

participante e consciente, que realiza

ações mais permanentes, que

implicam em maiores compromissos,

e pode levá-las inclusive a uma

"profissionalização voluntária". Quem doa o seu talento, ganha muito

mais. E a vontade é o começo desse

processo, como explica a pedagoga e

membro do projeto Voluntariado da

Fundação Feac, Federação das

Entidades Assistenciais de

Campinas, Cláudia Andrade.

Ela explica ainda, que é necessário

ter certeza de que o desejo pode se

transformar em compromisso.

Porque quem vai receber esse

trabalho, tem uma expectativa sobre

o voluntário e a frustração dele, pode implicar numa frustração maior de

quem pode já estar numa posição

fragilizada.

Cláudia Andrade.

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