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7/24/2019 Modelo Pedido de Revogacao de Prisao Preventiva
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ESCRITÓRIO JURÍDICODr. Washington Colares da Silva
Dr. Goefrey Meirino de Souzaadvogados
1
Rua Rui Barbosa, nº 140, sala 203,Centro, CEP 69010-220, Manaus-AM
Telefone (92) 3223-9087Celular (92) 94112452
(92) 91559627
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO TITULAR DA Xª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXXXXX/AM
Processo n.º XXXXXXXXXXXXXAÇÃO PENAL
EM CARÁTER DE URGÊNCIA
XXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, convivente, filho
de XXXXXXXXX e XXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua
XXXXX, nº XX, Bairro XXXXXX, CEP XXXX-XXX, Manaus/AM, porseu advogado que abaixo subscreve, respeitosamente, vem a Vossa
Excelência formular o presente
PEDIDO DE R EVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA COM OU SEM
ARBITRAMENTO DE FIANÇA
com fundamento no que dispõe o art. 5º, LXV, da Constituição Federal, e
art. 310, parágrafo único, c/c art. 316, ambos do Código de Processo
Penal, e de acordo com os fatos e fundamentos que passa a expor:
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I - FATOS
O Requerente teve mandado de prisão preventiva deferida
por esse juízo, em XX/XX/XX, eis que, segundo o constante no pedido
lavrado pela Autoridade Policial, ele teria participado de um furto
qualificado, fato ocorrido no dia XX/XX/XX, por volta das 03h00m,
nesta cidade de Manacapuru/AM.
Não obstante, Sua Excelência decretou a prisão
preventiva por “garantia da ordem pública e conveniência da
instrução criminal”.
O Requerente, dessarte, em que pese a ausência de
fundamento legal razoável para o decreto de tão drástica custódia
cautelar, portanto, teve a prisão preventiva decretada, o qual foi cumpridano dia 10/08/2015;
II – DA AUSÊNCIA DE QUAISQUER REQUISITOS AUTORIZADORES DO
DECRETO DE PRISÃO PREVENTIVA – DO ERRO DE PESSOA E DA
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO QUE A DETERMINOU
A prisão, medida de extrema necessidade e de exacerbado
rigor, em nenhum caso, comportará simplesmente a gravidade do delito
hipoteticamente imputado. Deverá, antes, corresponder a requisito
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exigido por lei e atender a primordiais preceitos constitucionais de
presunção de inocência. Ademais, como de resto em toda a decisão de
cunho jurisdicional – mormente aquela que recomenda a privação da
liberdade, bem mais precioso do homem – , a custódia preventiva deve
estar esteada em ato fundamentado, no qual se vislumbra cristalina
legalidade.
A decisão do MM. Juiz – ao reconhecer não apenas um, mas
dois requisitos legais – foi de extremado rigor, e, sobretudo, careceu da
fundamentação legal exigida desde o texto constitucional, em seu art.
5º, LXI. Sua Excelência, simplesmente, determinou a custódia
preventiva, arrolando requisitos que, a toda evidência, devem estar plena
e seguramente demonstrados nos autos. A menção aos autorizadores da
medida extrema não veio acompanhada de motivação, limitando-se a
considerar o delito imputado ao Requerente de “grave”.
Não se pretende antecipada incursão no terreno de mérito, a
ser discutido na fase instrutória do feito, mas é inegável, de outra parte,
que não há, diante dos escassos elementos até agora trazidos, elementos
sólidos de convicção acerca do fato criminoso atribuído ao Requerente, o
que constitui tarefa cercada de temeridades, de forma que a manutençãodo mandado de prisão, diante da intransponível dúvida, configura-se em
constrangimento ilegal.
O Requerente foi preso preventivamente, apenas por ter
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sido reconhecido por uma testemunha como sendo uma das pessoas que
se hospedaram num hotel do Município, horas antes do fato criminoso.
Não obstante, não há qualquer reconhecimento do mesmo
praticando o delito objeto do pedido de prisão preventiva da autoridade
policial. Até porque, NA DATA DO CRIME, O REQUERENTE SE
ENCONTRAVA CUSTODIADO EM MANAUS, ONDE CUMPRE
PENA NO REGIME SEMIABERTO, de onde só empreendeu fuga no
dia 04/08/2015, conforme demonstra o ofício encaminhado ao Juiz da
Vara de Execuções Penais da Comarca de Manaus/AM (docs. 03 e 04) ;
A imputação que se fez ao Requerente baseia-se em
suposições sem qualquer fundamento concreto. Com certeza, A
TESTEMUNHA INCORREU EM ERRO, POIS CONFUNDIU O
REQUERENTE com algum dos autores do fasto, eis que na data doevento criminoso ele estava preso na cidade de Manaus/AM, no regime
semiaberto, conforme se pode abstrair dos documentos que ora são
juntados (doc. 03) .
Portanto, não há na peça que instruiu o pedido de prisão
preventiva qualquer indício de participação do Requerente na realização
do delito em questão.
Portanto, não se vislumbram, nos autos, de antemão,
quaisquer motivos autorizadores da custódia preventiva.
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Em primeiro lugar, não há necessidade de garantia da
ordem públi ca , circunstância que, sob a ótica desse juízo, revestiria de
legalidade o ato ora impugnado. Sirvamo-nos da doutrina, que é maciça e
definitiva, com relação ao significado de referido requisito:
“Diz-se ser necessária, para garantia da ordem pública, quando o
agente está praticando novas infrações penais, fazendo apologia de
crime, incitando à pratica do crime, reunindo-se em quadrilha ou bando.
Aí, a paz social exige a segregação provisória” 1
Segundo FERNANDO CAPEZ, brilhante penalista,
membro do Ministério Público do Estado de São Paulo, a prisão
preventiva que leva em conta o requisito da garantia da ordem pública “é
decretada com a finalidade de impedir que o agente, solto, continue a
delinqüir, ou de acautelar o meio social, garantindo a credibilidade da
justiça, em crimes que provoquem grande clamor popular”
Prossegue assim aduzindo:
“No primeiro caso, há evidente perigo social decorrente da demora em
se aguardar o provimento definitivo, porque até o trânsito em julgado
da decisão condenatória o sujeito já terá cometido inúmeros delitos. Os
maus antecedentes ou a reincidência são circunstâncias que
evidenciam a provável prática de novos delitos, e, portanto, autorizam
a decretação da prisão preventiva com base nessa hipótese . No
segundo, a brutalidade do delito provoca comoção no meio social...” 2
1 FERNANDO DA COSTA TOURINHO FILHO, Prática de Processo Penal, Saraiva, 18ª edição, p. 352
2 in Curso de Processo Penal, Saraiva, 5ª Edição rev., p. 228
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Não existe, vê-se com clareza, nada que autorize a
manutenção da prisão pelo argumento da ordem pública. Esta não é e não
pode ser definida por um critério subjetivo e temerário de “gravidade de
delito”. Não se pode relegar ao nosso lamentável sistema prisional –
representação escancarada e reconhecida de degradação humana –
indivíduo sem qualquer histórico de violação da paz social e de prática de
crimes clamorosos.
Acerca da configuração desse requisito como embasamento
para manter o mandado de prisão do Requerente, é a categórica posição
da jurisprudência:
“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.FUNDAMENTO DE GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. NÃO-OCORRÊNCIA. 1) A prisão para garantir a ordem pública tem porescopo impedir a prática de novos crimes, não se erigindo o fato
objetivo de ser o paciente jovem indicativo de sua necessidade,circunstância, aliás, que deve recomendar maior cautela no manejo deexcepcional medida. Clamor popular, isoladamente, e gravidade docrime, com proposições abstratas, de cunho subjetivo, não justificam oferrete da prisão, antes do trânsito em julgado de eventual sentença
condenatória. 2) Ordem concedida.” (Acordão unânime da 6ª turma doSTJ, HC nº 5626-MT, Relator Ministro Fernando Gonçalves – J. 20/05/97– DJU 1 16.06.97 p. 27.403 – ementa oficial)
A eleição fria, e não fundamentada, de um requisito da
prisão preventiva não se coaduna com o caráter de ultima ratio da prisão.Também com relação a tal aspecto, é manso o entendimento
jurisprudencial, bem assim da melhor doutrina especializada, a exigir,
para a manutenção da prisão provisória, motivos plausíveis, informados
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pela realidade dos fatos e pela efetiva necessidade de que o agente
continue encarcerado.
“PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. DECRETO. FUNDAMENTAÇÃO.INSUFICIÊNCIA. A simples referência à natureza do crime e ànecessidade de garantia da ordem pública e futura aplicação da leipenal, sem justificativa completa, não constituem base válida para aprisão preventiva. Habeas Corpus deferido.” (Acordão unânime da 6ªturma do STJ, RHC nº 6136-SP, Relator Ministro William Patterson –
J.24.2.97 – DJU 1 07.04.97 p. 11.168 – ementa oficial)
“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.
PRESSUPOSTOS. FUNDAMENTAÇÃO INSUFICIENTE. A prisãopreventiva, medida extrema que implica sacrifício à liberdadeindividual, concebida com cautela à luz do princípio constitucional dainocência presumida, deve fundar-se em razões objetivas,demonstrativas da existência de motivos concretos, sucetíveis deautorizar sua imposição. Meras considerações sobre a periculosidade daconduta e a gravidade do delito, bem como à necessidade de combate àcriminalidade não justificam a custódia preventiva, por não atender aospressupostos inscritos no art. 312, do CPP. Recurso ordinário provido.Habeas Corpus concedido. .” (RHC nº 5747-RS, Relator Ministro VicenteLeal, in DJ de 02.12.96, p. 47.723)
A decisão do decreto da prisão preventiva deve ser motivadaconvincentemente. Não basta como fundamento dizer que é paragarantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e/oupara assegurar a aplicação da lei penal, repetindo a letra fria da lei. Se odecreto de prisão preventiva se der para garantia da ordem pública, ofundamento não é só a menção do fator indicativo, mas o fato concretoque aponta sua aplicação... 3
Assim é que eleger a circunstância da garantia da ordem
pública, como já demonstrado acima, configura evidente coação ilegal.
Tampouco se afigura razoável estear a prisão ao
argumento legal da conveniência da instrução cr iminal , hipótese
3 NILTON RAMOS DANTAS SANTOS, A defesa e a liberdade do réu no Processo Penal, Forense, Rio deJaneiro, 1998, pp. 33/34
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aventada quando o suposto agente está perturbando o andamento do
processo, afugentando ou ameaçando testemunhas.4 Ora, o Requerente
não tem histórico criminal de gravidade, e contra ela não pode militar,
sem qualquer evidência séria e concreta – devidamente demonstrada
nos autos – mera presunção de que, talvez, em liberdade, venha a
obliterar a instrução criminal. Fosse assim, toda a prisão formalizada pelo
Estado-Juiz tornar-se-ia fenômeno irreversível, na medida em que sobre
todo cidadão recairia a dúvida quanto à perturbação da demanda criminal
recém-instaurada e à integridade das testemunhas, o que não é razoável.
Ademais, também aqui, carece de qualquer fundamentação a
decisão judicial lançada por esse juízo, o que a contamina de ilegalidade:
Decorrente a prisão preventiva da indicação do conveniência dainstrução criminal, deve o julgador fundamentar sua decisão,apontando concretamente o fato ou fatos que impedem o andamentonormal da instrução criminal, por culpa do próprio indiciado acusado,
estando solto, como, por exemplo: o aliciamento das testemunhas(devidamente comprovado); ocultação de provas etc. (...) Será, pois,irregular a prisão de uma pessoa se o decreto não estiverconvincentemente motivado, limitando-se em meras conjecturas. 5
É lógico que não se está a negar, simplesmente, a viabilidade
de harmonização entre o princípio constitucional do estado ou presunção
de inocência e o instituto da prisão provisória, agora na modalidade
preventiva. Atento ao tema, ensina FERNANDO CAPEZ, em
contrapartida:
4 Muito corretamente ensina FERNANDO CAPEZ (ob. cit) que apenas merece a prisão preventiva aofundamento da conveniência da instrução criminal aquele que “visa impedir que o agente perturbe ou
impeça a produção de provas, ameaçando testemunhas, apagando vestígios do crime, destruindo documentos
etc.”.
5 NILTON RAMOS DANTAS SANTOS, ob. cit., p. 34
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“No entanto, a prisão provisória somente se justifica, e se acomodadentro do ordenamento pátrio, quando decretada com base no podergeral de cautela do juiz, ou seja, desde que necessária para umaeficiente prestação jurisdicional. Sem preencher os requisitos gerais datutela cautelar ( fumus boni iuris e periculum in mora), sem necessidadepara o processo, sem caráter instrumental, a prisão provisória, da qual aprisão preventiva é espécie, não seria nada mais do que uma execuçãoda pena privativa de liberdade antes da condenação transitada em
julgado, e, isto sim, violaria o princípio da presunção da inocência. Sim,porque se o sujeito está preso sem que haja necessidade cautelar, naverdade estará apenas cumprindo antecipadamente a futura e possívelpena privativa de liberdade.” 6
No mesmo sentido, a abalizada palavra de LUIZ FLÁVIO
GOMES, e o amparo de moderna jurisprudência:
“a prisão cautelar não atrita de forma irremediável com a presunção dainocência. Há, em verdade, uma convivência harmonizável entre ambasdesde que a medida de cautela preserve o seu caráter deexcepcionalidade e não perca a sua qualidade instrumental...a prisãocautelar não pode, por isso, decorrer de mero automatismo legal, mas
deve estar sempre subordinada à sua necessidade concreta, real eefetiva, traduzida pelo fumus boni iuris e o periculum in mora ” 7
PROCESSUAL PENAL. HABEAS-CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS.PRISÃO PREVENTIVA. PRESSUPOSTOS. FUNDAMENTAÇÃODEFICIENTE. CUMPRIMENTO FORA DA COMARCA. PRECATÓRIA.CPP, ART. 289. - A prisão preventiva, medida extrema que implicasacrifício à liberdade individual, concebida com cautela à luz doprincípio constitucional da inocência presumida, deve fundar-se emrazões objetivas, demonstrativas da existência de motivos concretossusceptíveis de autorizar sua imposição. Meras considerações sobre a
gravidade do delito, bem como sobre a prova da existência de crime eindícios suficientes da autoria não justificam a custódia preventiva, pornão atender aos pressupostos inscritos no art. 312, do CPP. - Acircunstância única de responder o réu em liberdade por anterior crimede tráfico droga não impede a concessão de liberdade provisória, em
6 Ob. cit., p. 2287 in Direito de apelar em liberdade, Revista dos Tribunais, 2ª Edição, p. 49
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face do princípio Constitucional da presunção de inocência. Para o
cumprimento de ordem de prisão em lugar fora da jurisdição, éimprescindível a expedição de carta precatória, contendo o inteiro teordo mandado, nos termos do preceito inscrito no art. 289, do Código deProcesso Penal. - Habeas-corpus concedido. (STJ, 6ª Turma, HC8486/MT, DJ 21/06/1999 p 00203, Relator Min. VICENTE LEAL
Em razão do exposto:
Assim, em face do exposto, requer-se a V. Exa., a
REVOGAÇÃO DA MEDIDA CAUTELAR PREVENTIVA, ante a
ausência dos requisitos legais para manter a prisão cautelar, mandando
expedir, in continenti, o correspondente ALVARÁ DE SOLTURA em
favor de XXXXXXXXXXXXX que se propõe, desde já, a assinar o
termo de comparecimento a todos os atos do processo, nos moldes do art.
310, caput do Código de Processo Penal ou caso entenda de outra forma,
que seja CONCEDIDA LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM
FIANÇA, nos termos do art. 322 do CPP e, que na hipótese de ser
arbitrada FIANÇA, esta seja no patamar mínimo, em vista das condições
financeiras do Requerente, conforme previsto no Art. 326 do Código de
Processo Penal, postulando-se a concessão do benefício da Liberdade
Provisória com supedâneo nas garantias e direitos fundamentais
assegurados pela Constituição Federal c/c o artigo 310, inciso III, parágrafo único do Código de Processo Penal, e, artigos 319 e seguintes
da Lei n° 12.403/11, pois ausentes os requisitos da prisão preventiva
previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal; e
O Requerente se compromete a comparecer em todos os
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atos processuais que se fizerem necessários e for intimado.
Termos em que
Pede e espera deferimento.
XXXXXXXX (AM), XX de agosto de XXXX.
Geofr ey Meir ino deSouzaAdvogado
OAB/Am 4.538
Washington Colares da Sil vaAdvogado
OAB/Am 3.244