134
MODELOS ECONÔMICOS: NOTAS DE AULA NOTAS DE AULA TEORIA MACRO II PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO FCE/UFRGS

MODELOS ECONÔMICOS: NOTAS DE AULA - ufrgs.br · Tipos de Teoria (Rapoport) Teorias matemáticas de movimento Noções de transição de estado e de movimento Equações da gravitação

  • Upload
    others

  • View
    44

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

MODELOS ECONÔMICOS: NOTAS DE AULA

NOTAS DE AULA

TEORIA MACRO II

PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO

FCE/UFRGS

2

... O trabalho de cientista consiste em elaborar teorias e pô-lasà prova.

As teorias são redes, lançadas para capturar aquilo quedenominamos “o mundo”: para racionalizá-lo, explicá-lo,dominá-lo. Nossos esforços são no sentido de tornar asmalhas da rede cada vez mais estreitas.

Karl Popper (1972)

3

O que é um problema?

Algo que não pudemos explicar.

Problemas:

• Por que alguns países tem uma baixa taxa de crescimento econômico?

• Qual a causa das flutuações econômicas?

• Qual a causa da inflação?

• Por que as pessoas cometem crimes?

A ciência é um processo de solução de problemas.

4

O que é uma explicação científica?

Desenvolvimento de uma teoria que prevê os

fenômenos observados

Os programas são teorias formais de explanação de

fenômenos sociais e naturais.

(re)usáveis em experimentos

Compreensíveis

5

Definição de Modelo

Um modelo nada mais é do que umarepresentação simplificada da realidade.

Quando um grupo de fenômenos observáveis é

confirmada a evidência de uma regularidade, tenta-seestabelecer a correspondente teoria matemática. Estateoria pode ser considerada como o modelomatemático do conjunto de fatos empíricos queconstituem os dados.

6

Definição de Modelo

A função de um modelo é a de exibir as relações e ainterdependência entre as variáveis endógenas eexógenas.

Os modelos abstraem, deliberadamente, os detalhesque não são considerados importantes a fim deesclarecer quais são as variáveis chaves oufundamentais e as relações importantes para explicar ofenômeno em questão.

7

Definição de Modelo

Um modelo é uma representação simplificada e

abstrata da realidade.

Um modelo não têm por objetivo ser idêntico à

realidade. Pelo contrário, ele busca representar o

mundo real através de uma abstração, algo que é

extraído da realidade, do mundo real, e que nos ajuda

a entender como ele funciona.

8

Definição de Modelo

O modelo, enquanto seja uma representação difere em

vários aspectos do original ou da realidade em termos

de escala, montante de detalhes ou grau de

complexidade, mas ao mesmo tempo preserva o que é

importante no original ou na realidade em seus aspectos

fundamentais ou mais salientes e destacados.

9

Definição de ModeloDado que um modelo econômico é uma descrição

concisa da realidade, que busca descrever o

comportamento e os resultados observados, ele omite,

como vimos acima, algumas informações a fim de se

focar nos aspectos considerados relevantes e

importantes pelo pesquisador ou teórico.

11

Modelo & Mapas

Um modelo pode ser visto como um mapa. Um paracom muitos detalhes provavelmente irá trazer maisconfusão do que esclarecimentos e assim ser menos útila que dele necessitar. Um modelo para ser útil deverser simples. Ele deve captar os aspectos fundamentaisda realidade.

Existem também mapas para diferentes propósitos:ruas, estradas, geológicos, climáticos etc. Do mesmomodo que existem diferentes modelos econômicos paramesmas situações, cada um deles focando-se sobrediferentes questões.

12

Os mapas são umarepresentação útil darealidade, destacando osaspectos mais relevantes eessenciais da realidade.

Modelos & Mapas

Modelos & Mapas

13

14

Definição de Modelo

O motivo pelo qual precisamos criar e desenvolver um

modelo, estabelecendo pressupostos e hipóteses, é que

o funcionamento de uma dada realidade é muito

complexa.

O que necessitamos quando elaboramos um modelo são

descobrir princípios gerais que proporcionam

conhecimentos úteis da realidade econômica.

19

Criação de Modelos

Toda vez que tentamos explicar um conjunto complexo de

comportamentos, fenômenos e resultados empregando

algumas variáveis explicativas e estabelecendo relações entre

elas, estamos criando um modelo.

Os modelos não visão captar toda a complexidade dos

comportamentos, eles são criados para retirar os fatores do

acaso e da idiossincrasia, de tal forma que o foco recaia

sobre os princípios gerais desenvolvidos

Modelo Matemático

21

Modelo Matemático

Um modelo matemático é uma imagemidealizada do mundo real, em que as inter-relações entre as diferentes variáveiseconômicas, por exemplo, são representadascom a ajuda do simbolismo matemático e oprocesso ordinário de dedução é substituído poroperações matemáticas.

22

O Modelo Matemático

As modernas teorias econômicas são expostas, deum modo geral, em termos matemáticos.

A matemática não é um fim em si mesma, e sim umconjunto de instrumentos (cálculo, controle ótimo;matrizes, equações simultâneas, etc) que facilitam acompreensão e a exposição das teorias econômicas.

A matemática é útil para traduzir argumentos verbaisem formas concisas e consistentes.

Modelo Econômico

24

Modelo Econômico

Um modelo é uma representação simplificada darealidade econômica expressa através desímbolos e operações matemáticas que buscadescrever um certo conjunto de relaçõeseconômicas.

Assim, um modelo econômico pode ser definidocomo uma expressão matemática de umadeterminada teoria econômica.

26

A Economia e os Modelos Econômicos

“[Economics] is a methodrather than a doctrine, anapparatus of the mind, atechnique of thinking whichhelps its possessor to drawcorrect conclusions.”

John Maynard Keynes

27

Características de um Modelo Econômico Básico

#1 – represente um fenômeno econômico real;

#2 – que a representação seja simplificada;

#3 – que seja feita em termos matemáticos.

28

O Pressuposto Ceteris Paribus

O pressuposto ceteris paribus é parte doprocesso de abstração na construção de ummodelo econômico.

O uso da condição ceteris paribus, ou tudo omais constante, nos permite estudar a relaçãoentre duas variáveis enquanto o valor de todasas demais permanecem constantes.

A Econometria

30

A Econometria

A econometria lida com a medição das relaçõeseconômicas.

Ela é a combinação da teoria econômica,economia matemática e estatística, sendocontudo completamente distinta de cada umadestes ramos da ciência.

31

A Econometria

A econometria pode ser considerada como a integração

da economia, matemática e estatística com o objetivo

de prover valores numéricos para os parâmetros das

relações econômicas (por exemplo, elasticidades,

propensões marginais a investir, poupar, importar,

exportar etc.) e de testar as hipóteses geradas pelas

teorias e modelos econômicos.

32

A Econometria

Os métodos econométricos são métodos estatísticosespecificamente adaptados as peculiaridades dosfenômenos econômicos.

A característica mais importante das relações econômicasé que ela contêm um elemento randômico, o qual éignorado pela teoria econômica e pelos modelosmatemáticos, que postulam relações exatas entre asvárias magnitudes econômicas.

Na realidade, a econometria foi desenvolvida para lidarcom este componente randômico das relaçõeseconômicas.

33

Os Objetivos da Econometria

1 – analisar e testar as hipóteses geradas pelos modeloseconômicos;

2 - obter estimativas numéricas confiáveis referentes aoscoeficientes das relações econômicas (elasticidades,propensões etc) as quais podem ser usadas para atomada de decisão dos formuladores de políticaeconômica ou pelas empresas;

3 - previsão, isto é, utilizar as estimativas numéricas doscoeficientes a fim de prever os valores futuros dasmagnitudes econômicas relevantes que são geradas pelomodelo.

34

Modelo Econométrico

Um modelo econométrico é um modelo econômicoque contém as especificações necessárias para a suaaplicação empírica.

Exemplos:

y = a + bx +

C = Co + bY +

35

Modelo EconométricoTipos de Dados

Métodos Econométricos:

MQO;MQ2E;Regressão Quantílica;Variáveis Intrumentais.

Tipo de dados:

- series temporais;- cross section;- panel data .

36

A Formulação de Modelos

Antes de se proceder à formulação de ummodelo convém precisar exatamente ofenômeno ou conjunto de fenômenos que sepretende analisar.

Aqui torna-se necessário, portanto, proceder àdelimitação do campo sobre o qual se vai atuare pesquisar.

37

A Formulação de ModelosA formulação de um modelo requer:

#1 - delimitar o fenômeno ou grupo de fenômenos que se estudará;

# 2 - localizar as variáveis de interesse;

# 3 - estabelecer as conexões e relações existentes entre as variáveis do modelo;

#4 - ter uma idéia da finalidade do que a de cobrir o modelo.

38

A Formulação de Modelos

Realidade

Teoria

Expressão matemática da teoria: modelo ou hipóteses

mantidas

Confrontação do modelo com os dados

39

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

Definição das variáveis e pressupostos

Processo de dedução lógica

Predições / Implicações

Processo de observação empírica, medição e análise estatística

Fatos empíricos comparados com as predições do modelo

Conclusões

Se as predições coincidem com

a realidade: validação do modelo

Se as predições não coincidem

com a relidade,

então o modelo é rejeitado

40

O Método Científico na Prática

Hipóteses precisam ser refutáveis ;

Os experimentos precisam ser reproduzíveis;

Os resultados precisam ser comunicados;

Os métodos e resultados precisam ser criticados;

41

Tipos de Teoria (Rapoport)

Teorias matemáticas de movimento

Noções de transição de estado e de movimento

Equações da gravitação (Newton e Einstein)

Teoria de equilíbrio

Não tem transição de fase

Termodinâmica clássica, ótica

Teorias estocásticas

Eventos e distribuições

Amostragem e validação estatística

Genética, Ecologia, Epidemiologia, Demografia

Inclui fenômenos localizados no espaço

42

Tipos de Teoria (Rapoport)

Teorias qualitativas

Classificação de termos de forma heurística

Alguma base para experimento de campo

Exclusão Social, Ciência do Comportamento

Teorias taxonômicas

Classificação biológica

Teorias históricas

Explicação de fatos

Busca de fontes primárias e secundárias

Estabelecimento de contexto

Relações causa-efeito

Variáveis e Parâmetrosdos Modelos

44

Variáveis e Parâmetros dos Modelos

Variável – é algo cuja magnitude pode mudar, isto é,é algo que pode assumir diferentes valores no tempo eno espaço.

As variáveis na economia incluem, de um modo geral,o preço, receita, custos, consumo, renda,investimento, exportação, importação, gastos dogoverno, impostos etc.

Cada variável pode assumir diversos valores, sendorepresentado por um símbolo ao invés de um valorespecífico.

45

Variáveis e Parâmetros dos Modelos

Um modelo econômico, quando construído

apropriadamente, pode ser resolvido, gerando-se os

valores das soluções de um certo conjunto de

variáveis, tais como o nível de preço e quantidades que

igualam a oferta e demanda por um determinado

produto, ou o nível de produção que maximiza os

lucros.

46

Variáveis e Parâmetros dos Modelos

As variáveis cujo valor buscamos ao solucionar o

modelo são conhecidas como variáveis endógenas.

Elas são as variáveis explicadas pelo modelo.

Já as variáveis cujos valores sejam, por hipóteses,

determinadas por forças externas ao modelo, e que

sejam aceitas como dadas, são chamadas de variáveis

exógenas. Elas são as variáveis que explicam o

modelo, também chamadas de variáveis explicativas.

47

Variáveis e Parâmetros dos Modelos

As variáveis aparecem combinadas comnúmeros fixos, tal como por exemplo, 0,7P.

é um parâmetro do modelo

48

Variáveis e Parâmetros dos Modelos

Uma constante é uma magnitude que nãovaria.

Uma variável constante num modelo é umavariável exógena que não é afetada pelasoutras variáveis.

Variáveis Econômicas

Uma variável econômica é a representação deum conceito econômico que pode ser medidoou tomar diversos valores numéricos. A maioriade tais variáveis devem satisfazer a condição denão negatividade, isto é, não podem sermenores que zero. Tais variáveis podem ser defluxo ou de estoque, endógena ou exógena,real ou nominal.

49

50

Variáveis e Parâmetros dos Modelos

Y= a + bX

Variável endógena – variável aser explicada pelo modelo.

Variável exógena – variávelque explica o modelo.

parâmetroconstante

51

Tipos de Variáveis

#1 - Estoque – referem-se a variáveis que buscam

medir a quantidade ou uma magnitude de algo que

existe num determinado ponto do tempo. Exemplo:

estoque de capital, número de máquinas e

equipamentos.

# 2 - Variáveis de fluxo - referem-se a variáveis que

buscam medir a quantidade de algo que é consumido,

ganho, produzido por unidade de tempo. Geralmente

referem-se a quantidades recebidas, usadas, ganhas ou

usadas a um determinado período de tempo.

52

Tipos de Equações

Equações de definição – são equações queestabelecem um identidade entre duasexpressões alternativas que possuam o mesmosignificado.

= R – C [lucro]

S = Y – C [poupança]

53

Tipos de Equações

Equação de comportamento – buscam especificar amaneira pela qual uma variável se comporta emresposta as mudanças em outras variáveis. Elasbuscam descrever o comportamento humano comrelação a ações tomadas pelos indivíduos.

S = f (y) [poupança]

Qd = f (P) [quantidade demanda]

H = f (w) [horas trabalhadas]

Md = f (r, Y) [demanda por moeda]

54

Tipos de Equações

Equações institucionais ou legais – refletem os efeitosprovocados na atividade econômica pelas leis enormas institucionais, buscando descrever o impactodo ordenamento jurídico e institucional existente sobreo fenômeno em questão.

Tt = tYt

Wt = aPt-1

55

Tipos de Equações

Equações técnicas – buscam explicar as condições emque se leva a cabo um processo técnico ou deprodução de um determinado bem. Ele descreve oestado das artes na fabricação de um determinadobem.

Q = f (K, E) [ função de produção]

56

Tipos de Equações

Equação de equilíbrio - descreve a condição deequilíbrio de um modelo.

Qd = Qs [quantidade demandada = quantidade ofertada]

S = I [poupança = investimento]

Y = A [produto agregado = demanda agregada]

57

Tipos de Modelos e Forma Funcional das Equações

Quadrática

0 x

y

2

Y = ao + a1x + a2 x

58

Tipos de modelos e forma funcional das equações

Cúbica

0 x

y

2 3

Y = ao + a1x + a2 x + a3x

59

Tipos de modelos e forma funcional das equações

Hipérbole regular

Y = a/x

0 x

y

60

Tipos de modelos e forma funcional das equações

Exponencial

xY = b

0 x

y

61

Tipos de modelos e forma funcional das equações

Logarítmica

Y = log x

b

0 x

y

62

Tipos de modelos e forma funcional das equações

Linear

Y = a + bx

0x

y

a

Dimensão Temporal dos Modelos

64

Dimensão Temporal dos Modelos

Modelos

a) Estáticos;

b) Dinâmicos.

65

Dimensão Temporal dos Modelos

Modelos estáticos - dizem respeito aos modelos nosquais todas as variáveis referem-se ao mesmo períodode tempo.

Nos modelos estáticos, o problema é achar o valor dasvariáveis endógenas que satisfazem certas condições deequilíbrio.

Por exemplo, quando aplicados aos problemas deotimização, a tarefa é achar os valores que maximizamuma função objetivo especifica.

66

Dimensão Temporal dos Modelos

Modelos dinâmicos – são aqueles que se caracterizampor equações funcionais com variáveis relativas adiferentes pontos do tempo.

Nos modelos dinâmicos o principal problema envolve adeterminação da trajetória temporal de uma variávelcom base num padrão conhecido de mudança.

Yt = at + bYt-1

It = Kt+1 – K t

67

Dimensão Temporal dos Modelos

Estática comparativa – estuda e compara duas oumais posições de equilíbrio sem levar em conta operíodo de transição e o processo de ajustamentoenvolvido.

p

q0

Do

So

D1

Eo

E1

68

Dimensão Temporal dos Modelos

Dinâmica comparada – busca analisar a trajetória aolongo do tempo e o processo de ajustamento de umadeterminada variável ao longo do tempo.

t0

gy

69

Qual a utilidade dos modelos econômicos?

Modelos Econômicos

a) Pedagógicas

b) Predição;

c) Explicação

70

Qual a utilidade dos modelos econômicos?

A utilidade e a validade de uma teoria dependem de suacapacidade para explicar e prever, com sucesso, oconjunto de fenômenos que ela têm por objeto.

As teorias são continuamente testadas por meio daobservação. Como resultado dos testes, elas sãofreqüentemente modificadas, refinadas e atéocasionalmente descartadas.

Durante o processo de avaliação de uma teoria, éimportante que se tenha em mente que ela éinvariavelmente imperfeita.

Como Construir Modelos

http://people.ischool.berkeley.edu/~hal/Papers/how.pdf

71

72

Os Estágios da Análise Científica

1 - Desenvolvimento de uma estrutura conceitual –estruturação de conceitos básicos que governam asrelações numa determinada área (maximização deutilidade; minimização de custos, maximização delucros);

2 - Formulação de hipóteses – formulação de prediçõesde como certas variáveis econômicas estão relacionadas;uma hipótese é uma predição de como uma variávelendógena irá responder quando houver uma variaçãonuma variável exógena ou explicativa.

73

Os Estágios da Análise Científica

Propriedades desejáveis de uma hipótese:

#1 – uma hipóteses deve envolver eventos que sãoimportantes ou interessantes do ponto de vistaeconômico ou social;

# 2 – uma hipóteses deve ser o resultado de umarelação lógica, isto é, que ele tenha sido desenvolvidade modo sistemático com base nas relações eimplicações conceituais desenvolvidas no primeiroestágio do desenvolvimento da da teoria;

74

Os Estágios da Análise Científica

Propriedades desejáveis de uma hipótese:

# 3 - uma hipóteses deve ser testável [falseável nalinguagem de K. Popper], isto é, ela deve estar relacionadaa eventos observáveis [comportamentos ou resultados];

Karl Popper

75

A Visão de PopperTeorias como conjecturas

Afirmações plausíveis sobre o universo; Podem ser submetidas a testes críticos; Nunca podemos saber se são verdadeiras ou não.

Teorias devem poder ser sujeitas a testes

Uma teoria deve ser refutável!! Conduzir um experimento que possa rejeitar esta teoria.

Teoria tem de ser capaz de fazer predição.

Observações da realidade são experimentos da teoria.

76

Os Estágios da Análise Científica

# 4 - uma hipótese pode, algumas vezes, ser incorreta.

Isto significa que uma definição não é uma hipótese.

O ponto é que, uma hipóteses é muito mais do que umadefinição. Ela representa um padrão resposta – estímuloque pode ser verificado ou checado com relação arealidade e que existe uma possibilidade de que a mesmanão seja verdadeira.

77

Os Estágios da Análise Científica

Suposição simplificadora – é um meio pelo qual se podesimplificar um modelo sem sacrificar suas conclusõesimportantes.

O objetivo de uma suposição simplificadora é eliminar domodelo detalhes excessivos para que suascaracterísticas essenciais possam ser mais facilmentevizualizadas.

As suposições simplificadoras são adotadas não porquesejam verdadeiras, mas porque facilitam oacompanhamento do modelo e não alteram nenhumadas conclusões importantes que podemos dele tirar.

78

Os Estágios da Análise Científica

Suposição crítica – são aquelas que tem um efeitorelevante sobre as conclusões do modelo.

Por exemplo, quando estudamos o comportamento dasfirmas, uma das suposições criticas é que as firmasmaximizam seus lucros.

Na teoria do consumidor é que o indivíduo maximiza suautilidade.

79

Os Estágios da Análise Científica

3 - Teste de hipóteses - uso de dados ou deexperimentos para examinar, estatisticamente se arelação esperada entre as variáveis econômicas éverificada (sinal, significância estatística, valor dosparâmetros estimados);

4 - Avaliação dos resultados – se a relação esperadaentre as variáveis econômicas é repetidamenteobservada, então a hipóteses é dita ser confirmadapelos dados ou não contradita.

80

Thomas Kuhn: Paradigmas

O que é um paradigma?

Pressupostos básicos sobre um objeto: os indivíduossão pessoas são racionais;

Regras para a atividade científica: construção demodelos matemáticos;

A mudança de um paradigma para outro é umprocesso racional ou mais parece uma conversãoreligiosa?

81

Imre Lakatos

Desenvolveu a teoria de KuhnProgramas de pesquisa científica:

Hard core (núcleo duro): pressupostos centrais num programa depesquisa científico;

Protective belt (cinturão protetor) : pressupostos que podem sermodificados para proteger o núcleo da teoria (core), e.g, pressupostossobre a informação na economia.

Heuristica: linhas sobre como progredir na ciência.

Programas de pesquisa progressivo vs degenerativos:

Avalia o desenvolvimento dos programas de pesquisa ao longo dotempo.

82

Positivismo Lógico

Positivismo Lógico

(Neoclassical Mainstream)

Milton Friedman, The Methodology ofPositive Economics, Essays in PositiveEconomics, 1953.

Karl Popper, The Logic of ScientificDiscovery, 1959.

83

Positivismo LógicoAssume que há dois tipos de proposiçõescientíficas:

Empíricas: afirmações sobre o mundo que são, emprincípio falseáveis;

Analíticas: não nos dão informações sobre o mundo,são verdadeiras por definição.

As explicações científicas tem uma estrutura deexplicação que são testáveis.

A Metodologia da Economia Positiva Milton Friedman (1953)

85

A Metodologia da Economia Positiva Friedman (1953)

Milton Friedman

Prêmio Nobel - 1976

http://www.nobel.se/economics/laureates/1976/

86

A metodologia da economia positiva Friedman (1953)

Economia

a) Positiva – refere-se a um corpo de

conhecimentos sistematizados referentes

ao que é, sendo em principio,

independente de todo o juízo de valor.

b) Normativa – refere-se ao corpo de

conhecimento sistematizados que discute

os critérios do que deveria ser.

87

A metodologia da economia positiva Friedman (1953)

Positiva

vs.

Normativa

Busca

compreender o

comportamento

sem fazer

julgamentos.

Analisa os

resultados, avalia

se eles são bons

ou ruins e pode

sugerir um curso

de ação, ou uma

politica.

89

Friedman (1953) – Objetivo do Artigo

O artigo trata dos problemas metodológicos que

surgem na formação da economia positiva, em

especial com relação ao problema de como decidir se

uma hipótese ou uma teoria proposta deveria ser

aceita a título experimental como parte do corpo de

conhecimentos sistematizados referentes ao que é.

90

Friedman (1953) –A Economia Positiva e os Juízos de Valor

Para Friedman (1953), a economia positiva é,em principio, independente de qualquer posiçãoética ou de qualquer juízo normativo. Se refereao que é e não ao que deveria ser.

91

Friedman (1953) –A Função da Economia Positiva

A função da economia positiva é a de fornecer umsistema de generalizações que possa ser utilizado parafazer predições corretas acerca das consequências dequalquer mudança das variáveis explicativas domodelo ou das circunstâncias.

Seu funcionamento deve ser julgado por sua precisão,alcance e conformidade com as previsões fornecidas.

92

Friedman (1953) –A Função da Economia Positiva

Positive economics is in principle independent of any

particular ethical position or normative judgments... It deals

with “what is”, not with outht to be to”. Its task is to provide

a system of generalizations that can be used to make correct

predictions about the consequences of any change in

circumstances. Its preformance is to be judged by the

precision, scope, and conformity with experience of the

predictions it yields. In short, positive economics is, or can

be, an objective science, in precisely the same sense as any

of the physical science.

93

Friedman (1953) O Monismo Metodológico

Para Friedman (1953), a economia positiva

pode ser vista como uma ciência objetiva, no

mesmo sentido que qualquer ciência física.

94

Friedman (1953) Relação entre a Economia Positiva e Normativa

A economia positiva e a economia normativa

não podem ser independentes, pois qualquer

conclusão política se baseia necessariamente

sobre uma predição acerca das conseqüências

de fazer uma coisa em lugar de outra, deve

estar baseada, implícita ou explicitamente na

economia positiva.

95

Friedman (1953) O Objetivo de uma Ciência Positiva

O objetivo de uma ciência positiva é o

desenvolvimento de uma teoria ou uma

hipótese que ofereça predições válidas e com

sentido, isto é, que não tenha um caráter

truísta acerca dos fenômenos observados.

96

Friedman (1953) O Objetivo de uma Ciência Positiva

The ultimate goal of a positive science is to

development of a “theory” or “hypothesis” that yields

valid and meaningful (i.e, not truistic predictions about

phenomena not yet observed. Such a theory is,in

general, a complex intermixture of two elements. In

part, it is a “language” designed to promote “systematic

and organized methods of reasoning”. In part, it is a

body of substantive essential features of complex

reality.

Friedman (1953) O Objetivo de uma Ciência Positiva

“The ultimate goal of science in any field is a theory—an integrated“explanation” of observed phenomena that can be used to makevalid predictions about phenomena not yet observed. Many kinds ofwork can contribute to this ultimate goal and are essential for itsattainment: the collection of observations about the phenomena inquestion; the organization and arrangement of observations and theextraction of empirical generalizations from them; the developmentof improved methods of measuring or analyzing observations; theformulation of partial or complete theories to integrate existingevidence.”

Milton Friedman (1950) - Wesley Clair Mitchell as an EconomicTheorist

97

98

Friedman (1953) Os Elementos de uma Teoria

- uma linguagem idealizada para promovermétodos para raciocinar de modo sistemáticoe organizado;

- um corpo de hipóteses substantivasestruturadas para abstrair os traçosfundamentais de uma realidade complexa.

99

Friedman (1953) A Importância das Evidências Empíricas

Para Friedman (1953), a lógica formal dos modelos

econômicos somente podem mostrar se uma teoria

é consistente.

Somente a evidência empírica pode demonstrar se as

categorias do arquivo analíticos têm um equivalente

empírico significativo, isto é, se são úteis para

analisar uma determinada classe de problemas

concretos.

100

Friedman (1953) O julgamento de uma teoria e

as evidências empíricas

Para Friedman (1953), uma teoria deve ser julgada

por seu poder de predição a respeito das classes de

fenômenos que procura explicar. Somente as

evidências empíricas podem mostrar se é aceita

como válida ou rechaçada.

A única prova importante da validade de uma

hipóteses é a comparação de suas predições com a

experiência factual.

101

Friedman (1953) O julgamento de uma teoria e

as evidências empíricas

Viewed as a body of substative hypotheses, theory is to be judged byits preditive power for the class of phenomena which it is intended to“explain”. Only factual evidence can show whether it is “right” or“wrong” or, better, tentatively “acepted” as valid or rejected”. As I shallargue greater length below, the only relevant test of the validity of ahypothesis is comparison of its predictions with experience. Thehypothesis is rejected if its predictions are contradicted (“frequently” ormore often thna predictions from an alternative hypothesis); it isacepted if its predictions are not contradicted; great confidencealattached to it if it has survived many opportunities for contradiction.Factual evidence can never prove a hypothesis; it can only fail todisprove it, which is what we generally mean when we say, somewhatinexactly, that hypothesis has been “confirmed” by experience.

Friedman (1953) O julgamento de uma teoria e

as evidências empíricas

The two stages of constructing hypotheses and testing their validity arerelated in two different respects. In the first place, the particular facts thatenter at each stage are partly an accident of the collection of data and theknowledge of the particular investigator. The facts that serve as a test ofthe implications of a hypothesis might equally well have been among theraw material used to construct it, and conversely. In the second place, theprocess never begins from scratch; the so-called “initial stage” itselfalways involves comparison of the implications of an earlier set ofhypotheses with observation; the contradiction of these implications is thestimulus to the construction of new hypotheses or revision of old ones. Sothe two methodologically distinct stages are always proceeding jointly. —

Methodology of Positive Economics (1953)

102

103

Friedman (1953) O julgamento de uma teoria e

as evidências empíricas

A evidência empírica não pode nunca “provar “ umahipótese; unicamente pode deixar de comprova-la.

[cf. Karl Popper, 1972] – refutabilidade das teorias

104

Friedman (1953) & Popper O julgamento de uma teoria e

as evidências empíricas

Cheguei, assim, em fins de 1919, à conclusão de que a

atitude científica era uma atitude crítica, em que não

importam as verificações, mas as provas cruciais –

provas que poderiam refutar a teoria em exame,

conquanto jamais pudessem estabelecê-la ou prová-la.

Karl Popper (1977, p. 45) - Autobiografia Intelectual

Popper: O Que é Uma Ciência?

Confirmations should count only if they are ... risky ..., if, unenlightened by the theory ..., we should have expected an event which ... would have refuted the theory.

Every 'good' scientific theory is a prohibition: it forbids certain things to happen...

A theory which is not refutable by any conceivable event is non-scientific...

Every genuine test of a theory is an attempt to falsify it, or to refute it...

Confirming evidence should not count except when it is ... a serious but unsuccessful attempt to falsify the theory…

Popper: O Que é Uma Ciência?

O que confere um critério de

cientificidade a uma teoria?

… the criterion of the scientific status of a

theory is its falsifiability...

107

Friedman (1953) A Avaliação de Uma Teoria

Uma teoria é mais simples quanto menor for oconhecimento inicial necessário para se fazer umapredição dentro de um determinado campo defenômenos.

Uma teoria é mais fecunda quanto mais precisasforem as predições que resultam, maior a área dentroda qual ele oferece predições e quanto mais linhassuplementares (insights) para posterior investigaçãoela sugerir.

108

Friedman (1953) A Avaliação de Uma Teoria

A hypothesys is important if it “explain” much by littlethat is, if it abstract the commom and crucial elementsfrom the mass of complex and detailed circunstancessurrounding the phenomena to be explained and permitsvalid predictions on the basis of them alone. To beimportant, therefore, a hipothesis must be descriptivelyfalse in its assupntions; it takes account of, and accountsfor none of the many other attendant circunstances, sinceit is vey success shows them to be irrelevant for thephenomena to be explained.

Friedman (1953) A Avaliação de Uma Teoria

“The fallacious notion on which I have placed so much emphasis, that hypotheses canbe tested by the ‘realism’ of their assumptions independently of the accuracy of theirpredictions, has had far-reaching consequences in economics. The desire fordescriptive realism which this belief so greatly strengthened indirectly fosteredmathematical economics with its emphasis on Walrasian general equilibrium analysisas an escape from the ceteris paribus of partial equilibrium analysis: It explicitlymotivated monopolistic competition analysis and explains its popularity. It encouragedemphasis on the arithmetical rather than the economic considerations in all branchesof economic analysis. It was the battle cry of institutionalism and the closely relatedemphasis on extensive statistical studies of economic phenomena; it is a major sourceof the naive yet recurring notion that the progress of positive economics dependscritically on the progress of psychology; it has been manifested most recently in thebelief that a theory can be tested by asking questions of the consumers, producersand the like.”

(Friedman, The Relevance of Economic Analysis to Prediction and Policy (1952))

109

110

Friedman (1953) A Função da Teoria Econômica

A teoria econômica deve ser algo mais do queuma estrutura de tautologias, ela deve sercapaz de fazer e gerar previsões e não apenasdescrever as conseqüências da ação.

111

Friedman (1953) As Hipóteses na Teoria Econômica

Em geral, quanto mais significativa for uma teoria,menos realistas serão seus pressupostos, pois umahipótese é importante se explica muito através depouco, isto é, se abstrai os elementos comuns e cruciaisde massa de circunstâncias complexas e detalhadas querodeiam o fenômeno que há de se explicar e permitepredições válidas sobre ele.

Para ser importante, por conseguinte, uma hipótesesdever ser descritivamente falsa em seus pressupostos.

112

Friedman (1953) & Popper As hipóteses na teoria econômica

e as evidências empíricas

A evidência em favor de uma hipóteses consistesempre em seu repetido triunfo ante aspossibilidades de contradição (falseabilidade nalinguagem de Popper (1972)).

113

Friedman (1953) & Popper (1972)As hipóteses na teoria econômica

e as evidências empíricas

Na medida em que a teoria resista a provaspormenorizadas e severas e não seja suplantada poroutra, no curso do progresso científico, poderemosdizer que ela “comprovou sua qualidade” ou que foi“corroborada” pela experiência passada.

[K. Popper (1973, p.34)]

114

Popper (1972, p.42) A Falseabilidade das Teorias

... Só reconhecerei um sistema como empírico oucientífico se ele for passível de comprovação pelaexperiência. Essas considerações sugerem que deve sertomado com critério de demarcação a nãoverificabilidade, mas a falseabilidade de um sistema. Emoutras palavras, não exigirei que um sistema científicoseja suscetível de ser dado como válido, de uma vez portodas, em sentido positivo; exigirei, porém, que suaforma lógica seja tal que se torne possível de validá-loatravés de recurso a provas empíricas, em sentidonegativo: deve ser possível de refutar, pela experiência,um sistema científico empírico.

115

Popper (1972, p.50) A Falseabilidade das Teorias

... Quero apenas que todo enunciado científico semostre capaz de ser submetido a teste. Em outraspalavras, recuso-me a aceitar a concepção de que, emciência, existam enunciados que devamosresignadamente aceitar como verdadeiros,simplesmente pela circunstância de não parecerpossível, devido as razões lógicas, submetê-los a teste.

116

Popper (1977, p.47) A Cientificidade de um Enunciado

Tornou-se claro, para mim, que a cientificidade de um

enunciado ou de uma teoria estava em sua capacidade

de eliminar ou de excluir a ocorrência de alguns

acontecimentos possíveis – de proibir ou impedir a

ocorrência desses eventos: quanto mais uma teoria

proíbe, mais ela diz.

Karl Popper (1977, p. 47) – Autobiografia Intelectual

117

Friedman (1953) As Hipóteses na Teoria Econômica

Uma teoria não pode ser avaliada comparando-se diretamente seus pressupostos com arealidade.

O realismo completo é claramente inalcançável.

118

… it is not the realism of the assumptions of a

model that make it acceptable, but its ability to

yield good forecasts for policy-making.

Friedman (1953) As hipóteses na teoria econômica

119

The ultimate goal of a positive science is thedevelopment of a “theory” or “hypothesis” that yieldsvalid and meaningful predictions about phenomenanot yet observed …

Factual evidence can never “prove” a hypothesis; it canonly fail to disprove it, which is what we generally meanwhen we say, somewhat inexactly, that the hypothesishas been “confirmed” by experience …

… the relevant question to ask about the “assumptions”of a theory is not whether they are descriptively “realistic,”for they never are, but whether they are sufficiently goodapproximations for the purpose in hand. And this questioncan be answered only by seeing whether the theory works,Which means whether it yields sufficiently accurate predictions.

The Methodology of positive economics (1953)

Milton Friedman

120

The ultimate goal of science in any field is a theory — an integrated“explanation” of observed phenomena that can be used to make validpredictions about phenomena not yet observed. Many kinds of workcan contribute to this ultimate goal and are essential for its attainment:the collection of observations about the phenomena in question; theorganization and arrangement of observations and the extraction ofempirical generalizations from them; the development of improvedmethods of measuring or analyzing observations; the formulation ofpartial or complete theories to integrate existing evidence.

— Friedman 1950 (Wesley Clair Mitchell as an Economic Theorist)

Milton Friedman

Friedman 1950 (Wesley Clair Mitchell as an Economic Theorist)

A model is a powerful device for organising our

thoughts; it is not literally true; indeed it derives its

power from the very fact that it is not literally true….

Edward Leamer, 1992, "Testing Trade Theory" National

Bureau of Economic Research Working Paper 3957)

122

Economics as a positive science is a bodyof tentatively accepted generalizationsabout economic phenomena that can beused to predict the consequences ofchanges in circumstances.

Progress in positive economics will requirenot only the testing and elaboration ofexisting hypothesis but also theconstructions of new hypothesis.

The Methodology of positive economics (1953)

Milton Friedman

123

Metodologia Econômica

The propositions of economic theory, likeall scientific theory, are obviouslydeductions from a series of postulates …These are not postulates the existenceof whose counterpart in reality admits ofextensive dispute once their nature is fullyrealized. We do not need controlledexperiments to establish their validity:they are so much the stuff of our everydayexperience that they have only to be statedto be recognized as obvious.

An Essay on the Nature and Significance of Economic Science (1935)

Lionel Robbins

124

A Abordagem Funcionalista de Ronald Coase (1981)

The view that the worth of a theory is to be judgedsolely by the extent and accuracy of its predictionsseems to me wrong ... a theory is not like an airline orbus timetable We are not interested simply in theaccuracy of its predictions. A theory also serves asa base for thinking. It helps us to understand what is going on by enabling us to organize our thoughts. Faced with a choice between a theory which predicts well but gives us little insight into how the system works and one which gives us this insight but predictsbadly, I would choose the latter, and I am inclined to

think that most economists would do the same.

How Should Economists Choose? (1981)

Ronald Coase

125

Economic Methodology

Scientists constantly utilize parables, paradigms, strong polar

models to help understand more complicated reality. The degree to

which these do more good than harm is always an open question,

more like an art than a science.

Paul Samuelson, “Theory and Realism: A

Reply,” American Economic Review (1964)

Paul Samuelson

Economics and other social sciences deal with knowledge and truth

of a different category from that of the natural sciences, truth which

is related to sense observation – and ultimately even to logic – in a

very different way from that arrived at by the methodology of

natural science. But it is still knowledge of reality.

“What is Truth in Economics?” (1940)

Frank Knight

126

Leituras Complementares

Friedman, Milton. (1953). The Methodology of PositiveEconomics. In: Essays in Positive Economics.

Popper, K. (1972). A Lógica da Pesquisa Científica.Culturix.

Kuhn, T. A (1962). Estrutura das Revoluções Científicas.Perspectiva.

Chiang, A. (1982). Matemática para Economistas.Editora McGraw-Hill (cap.2)

127

Leituras ComplementaresMELLO, V.R. (1990). O Realismo dos Pressupostos emEconomia. Rio de Janeiro, Editora da Fundação GetúlioVargas.

BLAUG, M. (1993). Metodologia da Economia. SãoPaulo, Edusp.

128

John Stuart Mill, “On the definition and method ofpolitical economy” (1836)

Lionel Robbins, “The nature and significance ofeconomic science” (1935)

James Buchanan, “What should economists do?” (1964)

Ronald Coase, “How should economists choose?”(1994)

Leituras Complementares

129

Sobre Milton Friedmanhttp://www.richmondfed.org/publications/economic_research/economic_quarterly/pdfs/winter2007/hetzel.pdf

http://kimoon.co.kr/gmi/reading/friedman-1966.pdf - artigo sobremetodologia da economia positiva.

https://en.wikipedia.org/wiki/Essays_in_Positive_Economics

http://web.stanford.edu/~johntayl/Onlinepaperscombinedbyyear/2001/An_Interview_with_Milton_Friedman.pdf

http://kimoon.co.kr/gmi/reading/friedman-1966.pdf

130

Sobre Milton Friedmanhttp://www.tomsargent.com/research/Sargent_on_Friedman.pdf

http://www.independent.org/pdf/tir/tir_12_01_07_cole.pdf

http://www.hetwebsite.net/het/profiles/friedman.htm

131

Sites na Internethttp://cepa.newschool.edu/het/essays/method.htm

http://webpages.shepherd.edu/maustin/kuhn/kuhn.htm

http://carbon.cudenver.edu/stc-link/bkrvs/kuhn/overview.htm

http://www.des.emory.edu/mfp/Kuhn.html

http://en.wikipedia.org/wiki/Essays_in_Positive_Economics

http://digamo.free.fr/hausman82.pdf

132

Sites Sobre Karl Popper na InternetKarl Popper Web:

www.eeng.dcu.ie/~tkpw/

Popper Biography, etc.:

www.eeng.dcu.ie/intro-popper/intro_popper.html

Stanford Encyclopedia entry:

www.plato.stanford.edu/entries/popper/

133

Como construir modelos econômicos?http://staff.science.uva.nl/~awitzel/papres/presentations.php?download=2008-06-19_Logic_and_Games_seminar

https://en.wikipedia.org/wiki/Economic_model

Fim

NOTAS DE AULA

TEORIA MACRO II

PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO

FCE/UFRGS