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Venda de medicamentos fora das farmácias sobe no primeiro semestre Portugueses ainda ignoram regras de “etiqueta respiratória” Labesfal Genéricos vai abrir centro de investigação Outubro 2014

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Revista para Profissionais de Saúde

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Venda de medicamentos fora das farmácias sobe no primeiro semestre

Portugueses ainda ignoram regras de “etiqueta respiratória”

Labesfal Genéricos vai abrir centro de investigação

Outubro 2014

Qualidade é norma elementar

Imprimir qualidade nos nossos serviços é - e sempre será - uma norma elementar

para o reforço da posição que ocupamos no panorama nacional, de operador

logístico de referência no setor da Saúde.

Nas várias áreas de negócio que desenvolvemos, a excelência tem sido um marcador

fundamental para o reconhecimento nacional e internacional que temos alcançado

ao longo do nosso percurso, reflectido na colecção de certificações e prémios.

Na área dos Transportes, a nossa frota segue também a rota da Qualidade. A

elevada exigência deste setor, onde as condições ambientais de armazenagem e

transporte adquirem uma importância suprema na selecção das empresas, impõe-se

que garantamos uma cadeia logística totalmente integrada para que os produtos

mantenham as condições adequadas.

Neste contexto de excelência e competitividade, congratulamo-nos com o facto de

os requisitos da nova Diretiva Europeia relativa às Boas Práticas de Distribuição

surgirem plenamente alinhados com as práticas já instituídas no Grupo Medlog.

Cumprimos as exigências de uma distribuição climatizada, segura e eficaz ao nível do

transporte de medicamentos. Destacamo-nos, ainda, na precisão e disponibilização

online da informação relativa ao estado da entrega, controlo, registo e monitorização

das condições de temperatura.

Estamos convictos de que é esta segurança que transmitimos, diariamente, ao

Cliente que distingue o nosso serviço.

EDITORIAL

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 1 de Outubro a 31 de Outubro, inclusive.Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado.Os valores indicados estão corretos, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

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Coordenação Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

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Design e Paginação:Creative Blue

Distribuição:Gratuita

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

MYCOOPROFAROutubro 2014

Análise de mercado

Especial Saúde

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Diagnóstico

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Higiene Bebé

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Homeopáticos

Interapothek

Med. Não Suj. a Rec. Médica

Nut. e Prod. à Base de Plantas

Nutrição Infantil

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Químicos

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Celso SilvaDiretor Geral

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INFARMED: Venda de medicamentos fora das farmácias sobe no primeiro semestreO volume de vendas de embalagens de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) cresceu 6,2% no primeiro semestre de 2014, representando um valor superior a 19 milhões de euros, indica um relatório divulgado ontem pelo INFARMED.O relatório diz respeito a vendas de MNSRM fora das farmácias e dos hospitais (em supermercados por exemplo), entre janeiro e junho deste ano.Em 2005 foi criada legislação que permite a venda de alguns géne-ros de medicamentos em locais de venda que não as farmácias. Esses estabelecimentos, segundo a lei, têm de comunicar as ven-das ao Infarmed..Nos primeiros seis meses, se comparado com igual período do ano passado, venderam-se mais MNSRM fora das farmácias, com o valor das vendas a aumentar 2,7%. Os medicamentos mais vendi-dos foram os analgésicos e antipiréticos, seguidos dos medicamen-tos para regularizar os intestinos.A substância ativa com maior nível de vendas foi o paracetamol, representando 15,1% do total, embora o diclofenac (anti-inflama-tório) tenha sido a substância ativa mais expressiva em termos de valor monetário.O mercado dos MNSRM representa 15% do mercado do medica-mento em Portugal, sendo que as farmácias recebem 80% das vendas.Ainda de acordo com o relatório o mercado do MNSRM fora das farmácias tem vindo a aumentar desde 2006. Lisboa, Porto e Setúbal registam o maior volume de vendas, por oposição a Bragança, Portalegre e Guarda, com o mais baixo.

/Análise de MercadoMY COOPROFAR

Crescimento face ao período homólogoCrescimento Mercado Agosto 2014 vs. mês homólogo

Despesas com medicamentos nos hos-pitais diminuiu 3,9%A despesa com medicamentos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi no primeiro semestre de 495,1 milhões de euros, menos 3,9% do que em igual período do ano passado, segundo um relatório divulgado ontem.De acordo com o documento, da responsabilidade do Infarmed e sobre o consumo de medicamentos em meio hospitalar (num total de 46 entidades hospitalares do SNS), o decréscimo de despesas decorre provavelmente de medidas sobre «definição e revisão dos preços dos medicamentos hospitalares» e de um acordo entre o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica.Os hospitais que mais contribuíram para o decréscimo, lê-se no relatório, foram o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, seguindo-se o Centro Hospitalar Lisboa Central e o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental.A despesa em ambulatório (consulta externa, hospital de dia e cirurgia de ambulatório) foi de 370,7 milhões de euros (76,4% da despesa total), essencialmente devido à despesa com medicamen-tos para a infeção por VIH, oncologia ou artrite reumatóide, entre outras patologias.Os medicamentos imunomoduladores (que atuam no sistema imunológico), antivíricos e citotóxicos (na luta contra o cancro) representam o maior peso na despesa, mas se nos primeiros houve um aumento dessa despesa nos antivíricos registou-se um decrés-cimo, enquanto os citotóxicos apresentaram um aumento de 0,3% em relação ao ano passado.

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INE: Famílias gastaram menos com a saúde em 2013As famílias terão gasto em 2013 menos com a saúde, ao contrá-rio do Serviço Nacional de Saúde (SNS), cuja despesa aumentou, de acordo com a Conta Satélite da Saúde (CSS), divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).Estes resultados referem que, no ano passado, a despesa corrente em saúde continuou a diminuir (menos 2,1%), mas de forma menos acentuada que em 2012 (menos 5,2%) e 2012 (menos 6,6%).“Entre 2010 e 2012, o peso da despesa corrente das famílias aumen-tou sucessivamente (24,8% em 2010, 26,7% em 2011 e 28,8% em 2012), enquanto a despesa financiada pelo SNS foi proporcional-mente menor (59,5% em 2010, 57,3% em 2011 e 56,5% em 2012)”, lê-se no documento.Na CSS estima-se que, para 2013, se registe “uma inversão desta tendência, observando-se o decréscimo da proporção do finan-ciamento das famílias e o aumento da importância relativa da despesa do SNS”.O mesmo documento indica que, em 2011 e 2012, a despesa cor-rente em saúde decresceu 5,2% e 6,6%, respetivamente, atingindo a despesa corrente, em 2012, os 15.607 milhões de euros (9,2% do Produto Interno Bruto e uma despesa per capita de 1.484,28 euros).“Em 2013, estima-se que a despesa corrente tenha voltado a dimi-nuir, com menor intensidade que nos dois anos anteriores (menos 2,1%), atingindo 15.284 milhões de euros, o equivalente a 8,9% do PIB”.O peso relativo da despesa corrente financiada pelos agentes financiadores públicos diminuiu entre 2010 e 2012: de 70% para 65,4% da despesa corrente total.Os resultados preliminares para 2013 apontam para um ligeiro aumento da importância relativa da despesa corrente pública face à despesa corrente privada, atingindo os 66%.Em 2011 e 2012, «a despesa corrente pública com saúde diminuiu significativamente (menos 8,2% em 2011 e menos 9,9%, em 2012), traduzindo o impacto de medidas políticas gerais de contenção da despesa pública, adotadas nesses anos, nomeadamente a redução dos custos com o pessoal, e de medidas setoriais, como a política do medicamento».Por sua vez, prossegue o documento, a despesa corrente privada registou aumentos moderados: de 1,8% em 2011 e 0,5% em 2012, estimando-se para 2013 que a despesa corrente pública e privada tenham decrescido 1,1% e 3,9%, respetivamente.Os hospitais, os prestadores de cuidados de saúde em ambulatório e as farmácias, em conjunto, representaram, em média, 91,1% da despesa corrente em saúde.Nos anos de 2011 e 2012, a despesa corrente dos principais presta-dores “diminuiu significativamente”.O documento indica que “o decréscimo da despesa em hospitais (menos 4,8% em 2011 e menos4,6% em 2012) deveu-se à redução da despesa em hospitais públicos (menos 7,7% em 2011 e menos 8,2% em 2012), uma vez que a despesa em hospitais privados aumentou nesses anos (mais 7,8% em 2011 e mais 9,4% em 2012)”.“O aumento da despesa em hospitais privados é justificado, principalmente, pelo incremento da atividade destas unidades hospitalares e pela criação de novas unidades hospitalares, nome-adamente unidades com contrato de Parceria Público-Privada (a transferência de gestão do Hospital de Reynaldo dos Santos de Vila Franca de Xira, em Junho de 2011, e a abertura do Hospital Beatriz Ângelo (Loures), em Janeiro de 2012)”.Segundo as CSS, entre 2010 e 2013, “o SNS foi o principal agente financiador da despesa corrente em saúde, suportando, em média, 57,8% do total”.Nesse período, “as famílias constituíram o segundo agente finan-ciador mais importante do sistema de saúde português, finan-ciando, em média, 27,1% da despesa”.

Farmácias e óticas vão ser mais controla-das e fiscalizadasAs farmácias e óticas vão ter um controlo mais apertado e fisca-lizações regulares devido aos cuidados de saúde que prestam, sejam eles consultas, análises, rastreios e até aconselhamento de tratamentos. Isto porque estes cuidados não eram controlados por nenhum organismo até aqui.Estas unidades passam a ser obrigadas a registar-se e até a licen-ciar-se, o que pode mesmo justificar obras e mudanças nos espaços comerciais, desde casas de banho a gabinetes, segundo dois pare-ceres da Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Há farmácias já a equacionar deixar de prestar estes serviços.No caso das farmácias e parafarmácias, tem havido diversas denúncias e exposições relativas à ausência de vigilância e até à realização de funções que outros profissionais defendem ser da sua competência, como acontece com os enfermeiros e os médicos.Os pareceres da ERS clarificam em que casos podem intervir nas farmácias, parafarmácias e óticas, ficando as restantes a cargo do INFARMED. O documento diz que não cabem ao regulador do medicamento as «atividades de informação e aconselhamento sobre o uso do medicamento, bem como as de prevenção, diagnós-tico e tratamento».Exemplos são as medições de níveis de glicemia, colesterol, tensão arterial, aplicação de vacinas contra a gripe e consultas como as de nutrição, podologia ou psicologia. A ERS refere que as unidades que as praticarem «estarão sujeitas à obrigação de registo».

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/Análise de MercadoMY COOPROFAR

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Portugueses ainda ignoram regras de “etiqueta respiratória”

Gripes e Constipações

/Especial SaúdeMY COOPROFAR

Apesar das campanhas de vacinação contra a gripe, um em cada quatro portugueses não sabe como prevenir as infeções respiratórias. Esta é a principal conclusão de um estudo recente que incidiu sobre as atitudes e conhecimentos dos portugueses. O presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia consi-derou “um pouco estranho” o resultado do estudo, face a “to-das as campanhas que têm sido feitas”. Carlos Robalo Cordeiro mostrou-se ainda preocupado e lembrou que “há todos os anos mais de mil óbitos relacionados com as gripes sazonais”. A gri-pe sazonal afeta entre 700 mil a um milhão de portugueses to-dos os anos. Por isso, Robalo Cordeiro lembrou que a vacina é recomendada para os doentes crónicos, mais velhos e para as crianças com risco de doenças respiratórias. Numa altura em que as temperaturas começam a baixar, há outros cuidados que não devem ser esquecidos, como regras mínimas de higiene, “evitar diferenças de temperaturas” e “beber bastantes líquidos”, alertou. O tabaco é apontado como a principal causa para as infeções respiratórias, mas as alergias, mudanças no tempo e exposição a ambientes de risco, como os hospitais, são outras das causas identificadas neste estudo.

A prevenção é a melhor maneira para evitar gripes e consti-pações, mas os portugueses estão pouco informados: um em cada quatro não sabe como prevenir as infeções respiratórias. Entre 700 mil a um milhão de portugueses são afetados pela gripe sazonal. Todos os anos, a Direção-Geral de Saúde recicla o apelo para a vacinação contra a gripe e para a adoção de regras de “etiqueta respiratória”. Este mês, vamos falar sobre o fruto da época: GRIPES e CONSTIPAÇÕES. A resistência a antibióticos é outro tema a explorar.

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CONSTIPAÇÃO

Como se transmite?A constipação é uma doença vírica do aparelho respiratório su-perior, habitualmente auto-limitada. Vários tipos de vírus podem estar implicados, dependendo do grupo etário e da época do ano. A transmissão faz-se por gotículas que contêm os vírus e que são libertadas pelo doente ao respirar, tossir ou espirrar.

Os primeiros sinaisApesar de afetar o nariz e a garganta, ao nível de sintomatologia, as pessoas constipadas não têm febre nem dores no corpo. Estas são as principais diferenças entre as duas patologias.

Como prevenir?Em geral, a prevenção das doenças víricas passa pela existência de um sistema imunitário competente – sistema de defesa do or-ganismo – e no caso particular da constipação deve evitar-se o contacto com ar ou lenços contaminados.

Como tratar?A constipação deve ser tratada com um antipirético para alívio dos sintomas. Quem tem uma constipação vulgar não tem neces-sariamente de ir ao médico a menos que surja uma complicação, como uma infeção secundária bacteriana (por exemplo: nos seios perinasais, ouvidos), advertem os pneumologistas, acrescentando que, nestes casos, “será necessária a realização de um diagnóstico diferencial.

GRIPE

Como se transmite?O vírus influenza transmite-se facilmente pelo ar ou pelo contacto com superfícies contaminadas. Por isso, as medidas do plano de contingência para a Gripe A devem ser mantidas: lavar regular-mente as mãos, cobrir a boca ao tossir (com o antebraço) e isolar--se no período de contágio.

Os primeiros sinaisUma gripe não complicada começa com cefaleias, febre, tosse, odinofagia (deglutição dolorosa), mialgias com a duração do pe-ríodo de incubação, ou seja, de três a cinco dias. Se apresentar es-tes sintomas e mais de 39 graus de febre deve consultar o médico de família, sobretudo se se sentir demasiado prostrado.

Como prevnir?A principal medida de prevenção da gripe é a vacinação que deve ser repetida anualmente sobretudo pelos grupos de risco: crian-ças, idosos e doentes crónicos. “Todas as pessoas com doenças respiratórias têm indicação para fazer a vacina”, adverte a DGS. Durante o período em que está doente, ninguém deve ser vacina-do.

Como tratar?O tratamento da gripe deve ser individualizado e indicado por um especialista. Uma gripe pode conduzir a complicações pulmona-res (pneumonia), e cardíacas, sobretudo em grupos vulneráveis, como as pessoas com asma, doença pulmonar obstrutiva cróni-ca, doenças cardíacas e os diabéticos. Habitualmente, a gripe é tratada com medicamentos para o alívio dos sintomas (analgési-cos, antipiréticos, descongestionantes nasais, etc). Os antibióticos são ineficazes contra a infeção viral mas podem ser prescritos se surgir uma infeção bacteriana secundária à gripe. Existem atu-almente medicamentos inibidores da neuraminidase, que blo-queiam a multiplicação dos vírus responsáveis pela gripe. Desta forma consegue-se suspender a rápida proliferação do vírus e controlar a doença. Os tratamentos de cada pessoa devem ser in-dividualizados e conduzidos por profissionais de saúde.

Gripe Versus ConstipaçãoAtacam nas estações mais frias e são ambas são muito contagiosas. Quer a gripe, quer a constipação são causadas por vírus (ainda que diferentes) e têm uma alta incidência sobre a população. O quadro de sintomas da constipação não é tão intenso como o da gripe. Tosse, o nariz obstruído, cansaço apesar de terem um denominador comum – o sentimento de mal-estar generalizado –, estas pato-logias são distintas. “A gripe pode desenvolver outras complicações, o que não acontece com a constipação”, alerta Cecília Longo, pneumologista.

/Especial SaúdeMY COOPROFAR

1. Evitar as aglomerações em lugares fechadosOs ambientes fechados e lugares com muito fluxo de pessoas, como os centros comerciais, salas de espectáculos ou estádios e transportes públicos, aumentam as possibilidades de contágio, pelo que convém evitá-los.

2. Cuidado com os ambientes extremos ou mutáveisApesar de o frio favorecer as infeções virais, não é o único elemen-to desencadeante. As mudanças bruscas de temperatura, como as que ocorrem ao passar de zonas climatizadas (no carro ou luga-res fechados) para as condições naturais do ar livre, bem como as condições exageradas de secura ou humidade, favorecem a pro-liferação de vírus no ambiente e uma maior vulnerabilidade das nossas membranas aos seus ataques.

3. Manter uma boa higiene Lavar as mãos frequentemente e, em especial, depois de estar em contacto ou cumprimentar uma pessoa que possa estar infeta-da. Tentar não tocar nos olhos, nariz ou boca se não tiver antes oportunidade de as limpar convenientemente, já que o vírus pode chegar até si, após tocar em objectos contaminados. Se não tiver água, utilize um desinfectante de mãos (sem enxaguar).

4. Tomar precauções perante pessoas infetadas Quando o inimigo está em casa, limpar e desinfetar com frequên-cia as superfícies onde a pessoa constipada ou engripada tocou, como as maçanetas das portas, os corrimãos das escadas, as me-sas ou copos. Evitar partilhar toalhas, loiças e utensílios e, sobre-tudo, não tocar nos seus lenços, um autêntico viveiro de vírus. Os beijos, ou partilhar o mesmo alimento também não são recomen-dáveis porque o contacto é mais direto.

Prevenção

Constipação• Rara experiência de febre, caso exista, suave• Raramente causa dores de cabeça• Por vezes causa dores ligeiras• Fadiga suave• É pouco comum a exaustão extrema• Nariz entupido é comum• Espirros frequentes• Garganta inchada• Desconforto peitoral moderado• No máximo, pode levar a sinusite, congestão ou a dores de ouvidos

Gripe• Sempre acompanhada de febre alta• Dores de cabeça proeminentes• Dores severas corporais e das articulações• Fadiga e cansaço que pode durar até três semanas• Sensação de exaustão nos primeiros dias• Rara experiência de nariz entupido• Rara ocorrência de espirros• Garganta inchada pouco comum• Desconforto peitoral severo• Pode evoluir para bronquite ou pneumonia, que são doenças perigosas

Campanha de vacinação da gripe alerta para redução de internamentos e mortalidade

A campanha de vacinação da gripe vai contar este ano com um milhão de doses, mas a Direção Geral de Saúde diz que este número pode aumentar se houver necessidade, perante o tipo de vírus que vai circular este inverno. Pretende-se que 60% dos idosos sejam vacinados, mantendo-se pelo segundo ano, a gratuitidade da vacina neste grupo etário, sem necessidade de receita médica ou de pagamento de taxa moderadora. Graça Freitas, da Direção-geral de Saúde, diz que com a vacinação que arranca a 1 de outubro há mais vantagens, pois reduz-se o impacto na mortalidade e nos internamentos. A partir de outubro, as vacinas estarão também disponíveis nas farmácias mediante receita médica e com comparticipação, devendo as receitas prescritas ter uma validade alargada.

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

Na época das Gripes e Constipações costumam aumentar, também, os casos de infecção respiratória/pulmonar fazendo disparar a prescrição de antibióticos. O uso excessivo e inapro-priado desta terapêutica é apontado como a causa principal do aumento da resistência das bactérias. No entanto, um estudo recente revela que os médicos portugueses estão a prescrever menos antibióticos de largo espectro.

O que é afinal a resistência aos antibióticos?A resistência microbiana é a capacidade que os microrganismos têm de se multiplicar na presença de concentrações de antibió-ticos mais altas do que as doses terapêuticas dadas ao homem. É um fenómeno biológico de adaptação natural das bactérias que se segue à introdução de agentes antimicrobianos na prá-tica clínica. O uso desmedido e irracional de antibióticos tem contribuído para o aumento deste problema.

Porque é que as bactérias se tornam resistentes?As bactérias apresentam uma enorme capacidade de adapta-ção ao meio ambiente, podendo tornarem-se resistentes a de-terminado antibiótico de várias formas. As mutações genéticas ocorrem com frequência e levam a que uma bactéria se torne resistente ao antibiótico administrado. O fenómeno de resis-tência também ocorre devido a troca de material genético das bactérias entre si. Quando um antibiótico atua sobre um gru-po de bactérias, as mais susceptíveis serão eliminadas mas um pequeno grupo poderá sobreviver e proliferar, formando assim uma nova colónia de bactérias resistentes. Estas alterações le-vam a que as novas estirpes de bactérias deixem de ser afecta-das por aquele antibiótico específico. O uso repetido e inadequa-do de antibióticos é a principal causa do aumento das bactérias resistentes

Especialistas alertam para perigo do uso excessivo e inadequado dos antibióticos

O presidente do Grupo de Infeção e Sépsis afirmou, recentemen-te, no Porto, que os antibióticos estão a diminuir a sua eficácia face ao desenvolvimento crescente de resistências antimicro-bianas pelo uso excessivo e inapropriado desta terapêutica.João Jaime Sá referiu que por esse motivo formou-se a Alian-ça Mundial Contra a Resistência Antibiótica (WAAAR) que tem como objetivo primordial a preservação do antibiótico. Esta Aliança produziu uma Declaração onde reconhece que a ques-tão “há muito extravasou a esfera dos cuidados hospitalares e exige um esforço dirigido não só à comunidade médica e cientí-fica, mas também ao público em geral e aos legisladores”.O texto da Declaração Contra a Resistência aos Antibióticos da WAAAR, subscrito por 700 peritos de 55 países e apoiado por 140 sociedades académicas.Em Portugal, o documento foi subscrito pelo Grupo de Infecção e Sépsis, pela Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, pela Aliança Portuguesa para a Preser-vação do Antibiótico e pela Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos.Com o documento pretende-se sensibilizar a população em geral, prescritores/utilizadores de antibióticos (saúde huma-na, veterinária, agricultura), responsáveis políticos, líderes de opinião, organizações de doentes, indústria farmacêutica, orga-nizações internacionais, para a necessidade de preservação do antibiótico, dos graves problemas de saúde que podem ocorrer devido ao recurso excessivo aos antibióticos e promover as me-didas necessárias.O presidente da Associação Portuguesa para a Preservação do Antibiótico, Artur Paiva, explicou que o aumento das resistên-cias é algo que tem 20/30 anos e a que os estados têm votado uma atenção crescente. “Portugal tem desde 1999 um progra-ma nacional de controlo da infecção, mas tem apenas desde 2007, um programa para prevenção das resistências”, salientou.“Em 2013, o Estado português resolveu juntar estes dois pro-gramas num único e, reconhecendo a importância do problema, deu-lhe um estatuto de programa de saúde prioritário”, subli-nhou Artur Paiva.De acordo com este especialista em Medicina Interna, “alertar a população para os riscos da toma inadvertida do antibiótico é muito importante”.“A DGS tem esta consciência e está a publicar ativamente uma série de normas que ajudam os clínicos a prescrever de forma adequada e sensata” daí que “no final de 2013 tenha liberta-do uma norma que determina quais são as raras situações (são apenas cerca de 26 situações), em que é necessário usar anti-bióticos por mais do que sete dias. A maior parte das infeções agudas pode ser tratada com menos ou não mais do que sete dias”, acrescentou.Segundo o especialista, a exposição excessiva a antibióticos está a criar “progressão das resistências das bactérias” de for-ma que “estamos perto de ter bactérias que são totalmente resistentes ao antibiótico. Só há duas respostas a isto, uma é criar novos antibióticos, que as bactérias desconheçam e para os quais não tenham criado mecanismos de resistência, outro é usar melhor os antibióticos que temos de forma a prolongar a sua vida útil”.O documento apresentado defende a implementação de um conjunto de medidas, entre as quais o alerta do público em geral sobre a ameaça que a resistência aos antibióticos representa, a investigação básica e aplicada e desenvolvimento de novos antibióticos e a proposta à UNESCO para que inclua o “conceito do antibiótico” na lista do património imaterial da humanidade.

ANTIBIÓTICOS: MÉDICOS PRESCREVEM

MENOS

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

Combate às infecções hospitalares começa a mostrar resultados

O nome não dirá grande coisa à maioria mas a bactéria estafi-loco áureo multirresistente (MRSA) é uma das principais cau-sas de infecções associadas aos cuidados de saúde no mundo e, em Portugal, o problema é especialmente grave. É por isso que uma redução de 13% da sua incidência, quando o objectivo deste ano era fazê-la descer em 10%, “é uma notícia”, refere o coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infecção e de Resistência Antimicrobiana, José Artur Paiva, não deixando de referir que o país continua muito acima da mé-dia europeia.Existia um programa prioritário na saúde para combater o HIV/sida, o cancro, as doenças respiratórias, as cérebro-cardiovas-culares (onde se inclui o AVC e o enfarte), a diabetes. Em Feve-reiro do ano passado foi criado o Programa Nacional de Pre-venção e Controlo de Infecção e de Resistência Antimicrobiana precisamente porque este é um problema invisível mas grave: em Portugal um em cada dez doentes contraiu uma infecção nas unidades de saúde (taxa de prevalência de 10,6%), quando a taxa global de prevalência de infecções hospitalares na União Europeia (UE) era de 5,7%, revelam os últimos dados do Centro Europeu para o Controlo das Doenças.

O estafilococo áureo é uma bactéria frequentemente causadora de infecção e com elevada agressividade mas quando adquire resistência a um tipo de antibiótico chamado meticilina, forma conhecida como MRSA, torna-se mais difícil de tratar, exigindo muitas vezes prolongamento dos internamentos. Por essa ra-zão, o programa traçou como um dos seus principais objectivos, no primeiro ano, a redução da sua incidência em 10%, tendo conseguido os 13%, refere José Artur Paiva, estando agora situ-ada nos 46,8%, diz o coordenador, notando que na UE este valor anda na ordem dos 30%.Essa redução teve já resultados práticos, aponta o responsável. Feitas análises a uma amostra de doentes com infecção hospi-talar, constatou-se que “as incidências de infecção hospitalar da corrente sanguínea por estafilococo áureo e por MRSA diminuí-ram em 3% e 5%, respectivamente, entre 2012 e 2013”.Nos Estados Unidos estima-se que o MRSA provoque 94 mil in-fecções e mais de 18 mil mortes por ano. Na UE, calcula-se que cause mais de 150 mil infecções em cada ano. Em Portugal, não está quantificado o número de pessoas a quem causa doença grave ou morte.As razões das “boas notícias” podem ser várias, nota o médi-co, mas estão seguramente entre o grupo de medidas postas no terreno. Uma foi, por exemplo, a redução na prescrição de uma família de antibióticos responsável por causar muitas resistên-cias às bactérias, as quinolonas (onde se inclui, por exemplo, a ciprofloxacina ou a levofloxacina), incluídas no grupo dos an-tibióticos chamados de “largo espectro”, pela sua capacidade de matarem muitas bactérias. Este grupo de fármacos, “que é prescrito exageradamente em Portugal”, tem vindo em tendên-cia decrescente de 2007 até 2013, uma descida na ordem dos 15%, sublinha.

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

Portugal está no grupo dos 10 países europeus onde mais se consome an-

tibióticos fora do hospital, está em sétimo lugar em 27. Um dos proble-mas detectados é a nível hospitalar. Portugal tem uma taxa de consumo de antimicrobianos em meio hospita-lar de 45,4%, muito acima da média comunitária, de 32,7%.

Resistência é ameaça tão grande como terrorismo

A diretora-geral de saúde britânica, Sally Davies, defendeu recentemente que

a crescente ineficiência dos antibióticos é “catastrófica” e global, uma ameaça tão grande como terrorismo ou alterações cli-máticas que deve ser encarada pelo G8 e Organização Mundial de Saúde. A resistên-cia cada vez maior das bactérias aos me-dicamentos existentes é “uma bomba reló-gio”, não apenas para o Reino Unido, mas para todo o mundo, disse a professora universitária Sally Davies. “Temos de tra-balhar com todos para nos assegurarmos de que o cenário apocalíptico de resistên-cia antibiótica generalizada não se torna numa realidade”, adiantou. Caso os seres humanos percam a possibilidade de com-bater infeções, intervenções cirúrgicas de rotina podem tornar-se letais dentro de 20 anos. Davis sugere a inclusão da re-sistência a antibióticos no registo nacio-nal de ameaças britânico, que também inclui “ataques terroristas catastróficos e outras emergências civis”. “Esta ame-aça é indiscutivelmente tão importan-te para o mundo como as alterações climáticas”, adiantou. Segundo Da-vies, há “um vazio de descobertas” no campo dos antibióticos desde 1987 e as doenças têm evoluído mais rapida-mente do que os medicamentos para as tratar.

Fonte: sapo.saude.pt / Direção-Geral de Saúde/Roche/RCM Pharma/ Cell

Há as bombas e as setas…O médico José Artur Paiva recorre a uma metáfora para que se perceba que nem sempre o seu uso é adequa-do – diz que a quinolona é como se fosse “uma bomba atómica” que tudo mata, sem critério, as bacté-rias que causam infecção mas tam-bém “as bactérias boas, que temos na pele no tubo digestivo, acerta em tudo”; já a boa prescrição mé-dica deve preferir usar armas mais certeiras, como “balas ou setas, diri-gidas a um tipo de bactérias”.Um dos factores que terão contribu-ído para a redução na prescrição de quinolonas foi a criação “de equipas de apoio à prescrição de antibióticos” nas uni-dades de saúde (constituídas por uma a três pessoas), afirma. Sempre que um mé-dico receita, por exemplo, uma quinolona é lançado um alerta informático. Cada caso deverá ser analisado no sentido de per-ceber se há alternativas, se se pode reduzir o número de dias em que é prescrito, explica. O objectivo é que estas equipas passem a existir em todos os hospitais e Agrupamentos de Cen-tros de Saúde.Também medidas de higiene, como a lavagem das mãos que implicam, por exemplo, que, após o contacto com cada doente, o profissional de saúde tenha que lavar ou desinfectar as mãos, para evitar ser portador de bactérias, estão a ser intensificadas. Existem campanhas desde tipo desde 2009 e estas tiveram algum sucesso inicial mas depois estabilizou-se a sua adesão, reconhe-ce. Agora, na Campanha Nacional de Precau-ções Básicas de Controlo de Infecção (que come-çou em Março), está-se a tentar uma abordagem diferente: em cada unidade de saúde, avalia-se o risco para saber onde está o problema, na lava-gem das mãos, no uso de luvas, na boa higiene das superfícies, entre outras

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/EntrevistaMY COOPROFAR

A Labesfal Genéricos está a prepara-se para criar um centro de inovação e investigação em Portugal. De acordo com o director financeiro da empresa, Filipe Marques, estão a ser feitos estu-dos no sentido começar a dar forma a este objectivo em 2015. A empresa conta actualmente com cerca de 347 referências de medi-camentos, mas os responsáveis pelo negócio querem estar em toda a cadeia do medicamento. Para o director-geral da Labesfal Genéricos o mercado de genéricos precisa de crescer e para isso o Governo deveria dar mais atenção a este segmento de negócio que tem uma quota abaixo do desejável. Sobre a estratégia da empresa, relançada há pouco mais de um ano, Ismael Gomes está confiante e focado na internacionalização, um dos principais moti-vos do crescimento.

Quais são os vossos eixos para o crescimento?Identificámos dois ‘drivers’. Por um lado, a consolidação em termos nacionais, com a manutenção e evolução no ‘top ten’ das empresas de genéricos deste país. Por outro, a internacionalização mais do que exportação. Querem que a internacionalização tenha mais peso?Sim porque a exportação acompanha quase sempre este tipo de negócios. A internacionalização é distinta e na área farmacêutica têm uma particularidade adicional que tem a ver com a regula-mentação e implica mais trabalho e mais preparação.

Pressupõe também um espaço físico lá fora?Pode pressupor em alguns casos.

Em que caso?Por exemplo, em Angola. Já temos uma presença física. Mas há várias formas de abordar os mercados internacionais. Obviamente, que isto implica investimentos muito grandes e não estamos pre-parados para fazer esta internacionalização de uma forma global, o que só uma grande empresa consegue fazer. Em alternativa, mantendo este modelo de negócio, procuramos parceiros de negó-cios nos países onde queremos estar e estabelecemos ligações duradouras.

Dos mercados que estão a avaliar qual o que tem mais potencial para o que deseja?O mercado da América Latina de uma forma global.

A Colômbia?Por exemplo, tivemos a desenvolver contactos e tem um potencial enorme. 

O que é que se consome mais na América Latina?Um pouco há semelhança dos países desenvolvidos, os medica-mentos para a diabetes estão claramente no ‘top’ dos países que abordámos até agora.

A situação no Iraque altera a vossa estratégia para o Médio Oriente?Claramente. No Iraque onde já estamos e a Líbia onde estávamos a ultimar um processo de entrada e tivemos que cortar as nossas expectativas.

Não vão entrar?Não o conseguimos fazer para já.

O que precisa de mudar na política do medicamento em Portugal?Necessita ainda de uns ajustes.

Por exemplo?Deveria de haver incentivos ao consumo de genéricos.

Mas o mercado cresceu muito desde o seu lançamento?Sim mas não chegámos à nossa meta. Os genéricos devem ser uma alternativa, com preço controlado mas temos que ter volumes para as coisas funcionarem. Temos de ter as quotas de mercado que foram impostas como metas e onde não chegámos.

O que falta?Faltam mais incentivos ao consumo.

Por exemplo?O Governo devia ter algum mecanismo, como no passado, para que a percentagem de comparticipação em alguns genéricos fosse mais favorável que as marcas. Aquilo que sabemos hoje é que os genéricos deveriam chegar a uma determinada quota que seria os 60% e sabemos que não estamos lá. Aliás o que temos assistido nos últimos meses é uma certa acalmia em termos do mercado de genéricos.

Quem tem pago a “guerra” na indústria são os utentes?Todos temos sofrido imenso. Estamos a passar por momentos muito difíceis e a crise tocou a todos. A população ganhou imenso com a entrada de medicamentos genéricos.

“A população ganhou imenso com a entrada de medicamentos genéricos”A saúde em Portugal está melhor ou pior?Hoje tem um portefólio de genéricos que melhorou o acesso aos medicamentos mais caros. E isso é melhor. O Serviço Nacional de Saúde presta um serviço pior.

Fonte: Diário Económico

Labesfal Genéricos vai abrir centro de investigação

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cremes ino-vadores queimaduras e psoríase Um grupo de investigadores das universidades do Minho e do Porto desenvolveu uns dermocosméticos inovadores que ajudam no trata-mento de queimaduras, feridas profundas e psoríase, atuando “em algumas horas”, assegura a equi-pa de investigadores

oftalmologiaaprovado fármaco inovador O Infarmed anunciou a aprova-ção da avaliação prévia do Eylea® (aflibercept solução injetável) para o tratamento nos hospitais públi-cos da Degenerescência Macular relacionada com a idade neovas-cular.

farmácias aderemprojeto nutricionalJá arrancou o projeto-piloto «Agir para Nutrir», uma ação que tem como objetivo identificar precoce-mente a população portuguesa em risco de desnutrição. A iniciativa conta com cerca de 120 farmácias aderentes de norte a sul do país.

40% não vai ao otorrinoSegundo os resultados de um estu-do realizado em Portugal, nos pri-meiros seis meses de 2014, 40% da população nunca foi a uma con-sulta de otorrino e a mesma per-centagem (40%) afirma que tem dificuldades de audição.

61% não percebe instruções médicasO primeiro estudo sobre literacia em saúde realizado em Portugal, da responsabilidade da Escola Nacional de Saúde Pública, reve-lou que «a maioria dos portugue-ses» inquiridos tem um «nível de literacia em saúde problemático ou inadequado». A investigação apurou que “à medida que a idade aumenta, o nível de literacia em saúde diminui”.

saúde acesso lá foraOs portugueses passam a poder beneficiar de cuidados de saúde noutros Estados-membros, tendo direito a reembolso das despesas desde que dentro de certos parâ-metros e com avaliação prévia de um médico de família, desde que sejam tidos como cuidados de saúde que caberia ao Estado por-tuguês garantir, através da sua es-trutura de saúde pública.

LantusUE aprova versão biossimilarA Comissão Europeia aprovou o Abasria, da Eli Lilly e da Boehringer Ingelheim, uma versão biossimilar do Lantus (insulina glargina) da Sanofi, para tratar a diabetes em adultos, adolescentes e crianças com dois ou mais anos. As farma-cêuticas revelaram que o produto, que estará disponível numa caneta pré-carregada e em cartuchos para uma caneta reutilizável.

custos metade falta às consultasO bastonário da Ordem dos Médi-cos revelou que cerca de 50% dos médicos afirmam que os “doentes faltam mais às consultas” devido aos custos com taxas moderadoras e transportes, conclui um inquérito realizado em 2013. Além das faltas a consultas, mais de 60% dos mé-dicos questionados “deparam-se com o abandono frequente de te-rapêuticas SNS” devido “à incapa-cidade financeira invocada pelos doentes”, sublinhou a OM.

Google+IF cura do cancroCalico, a startup do Google voltada para a saúde e bem-estar, anun-ciou uma parceria com a empresa farmacêutica AbbVie em busca de novos tratamentos para doenças como o cancro e Alzheimer. O acor-do prevê a abertura de um centro de pesquisas em São Francisco com foco na descoberta e aceleração de medicamentos.

ONU elege Infarmed analisar medicamentosO laboratório do Infarmed foi um dos quatro laboratórios seleccio-nados a nível mundial para ana-lisar medicamentos para o Pro-grama das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do combate ao VIH-Sida, tuberculose e malária.

VIH Triumeq autorizado na UE A ViiV Healthcare, joint venture criada entre a GlaxoSmithKline, a Pfizer e a Shionogi, anunciou que os reguladores da União Europeia (UE) aprovaram o medicamento de toma única diária para o VIH Triu-meq, que combina o Tivicay (do-lutegravir), o inibidor da integrase da empresa, com os nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa, abacavir e lamivudine.

hepatite Cmedicamento aprovado na UEO Daklinza, da Bristol-Myers Squi-bb, é o primeiro inibidor do com-plexo NS5A aprovado na União Eu-ropeia para utilização com outros fármacos, proporcionando um tra-tamento de duração mais curta (12 a 14 semanas), comparado com 48 semanas de outros tratamentos.

vacina con-tra HPV notificações de reações adversasDesde 2011, o INFARMED recebeu 88 notificações de reações adver-sas à vacina que previne infeções pelo vírus do papiloma humano (HPV), incluindo o cancro do colo do útero. A maioria dos casos (60) foram considerados graves, in-cluindo desmaios, asfixias e con-vulsões. Não foram registadas mortes relacionadas com a vacina.

alzheimerbenzodiazepinas associadasO uso prolongado de um fármaco prescrito por norma para a ansie-dade e a insónia está associado a um aumento de risco de Alzheimer, sustentam cientistas. Se o uso cró-nico de benzodiazepinas causa de facto a doença cerebral é desco-nhecido, mas a associação é tão flagrante que a questão deveria ser examinada, defendem.

cigarros ele-trónicos mais prejudiciais que tabaco Os cigarros eletrónicos, considera-dos por muitos menos nocivos, po-dem impor danos semelhantes, ou até piores, do que o tabaco, segun-do um alerta do Conselho Federal de Medicina do Brasil. «A concen-tração de nicotina nestes produtos é extremamente alta. Uma hora de uso corresponde a 100 cigarros co-muns», segundo um responsável deste organismo.

alzheimernovo teste neuropsicológicoInvestigadores da UP adaptaram à população portuguesa um teste neuropsicológico para detetar difi-culdades cognitivas na doença de Alzheimer, permitindo aos clínicos um “melhor” diagnóstico da do-ença e sua evolução. A UP salien-ta que o teste “é simples, rápido e avalia diferentes componentes das funções executivas.

/BrevesMY COOPROFAR

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