16
Junho 2012 ANÁLISE DE MERCADO Mercado farmacêutico nacional vale mais de três mil milhões de euros ESPECIAL SAÚDE Dermatologia: Cancro de pele regista 10 mil novos casos por ano        Cerca de 10% das crianças sofrem de eczema atópico

My Cooprofar junho

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista para Profissionais de Saúde

Citation preview

Page 1: My Cooprofar junho

Junho 2012

ANÁLISE DE MERCADO

Mercado farmacêutico nacional valemais de três mil milhões de euros

ESPECIAL SAÚDE

Dermatologia:Cancro de pele regista 10 mil novos casos por ano

       Cerca de 10% das crianças sofrem de eczema atópico

Page 2: My Cooprofar junho
Page 3: My Cooprofar junho

37 anos de… Experiência!

Celebramos 37 anos de Experiência. A 23 de maio de 1975 escreveu-se o primeiro capí-

tulo da história do Grupo Medlog com a fundação da Cooprofar que tinha como objetivo

fornecer as suas farmácias associadas. Hoje, figura no ranking das 100 maiores e melhores

empresas nacionais, assumindo a 72ª posição.

Consagrada, como uma referência a Norte, o desenvolvimento sustentado da Cooprofar

permitiu alcançar, em 2009, a cobertura nacional. Face a um crescimento exponencial, foi

imperativo proceder-se à segmentação das áreas de negócio e consolidarmo-nos como

Grupo Medlog.

A assinalar este trigésimo sétimo aniversário, ressaltamos a vasta experiência adquirida

desde o primeiro dia e o know-how acumulado. Renovamos ainda aquele que considera-

mos ser o nosso ADN diferenciador: Criação de Valor - Proximidade ao Cliente - Celeri-

dade de Resposta - Impulso Inovador - Visão Empreendedora - Excelência como Regra

- Qualidade como Máxima - Motivação da Equipa.

É com a mesma [de há 37 anos] ambição e confiança nas nossas competências que reno-

vamos a vontade de fazer Mais e Melhor junto de todos aqueles que, connosco, também

escrevem a nossa história: clientes, fornecedores e parceiros de negócio.

-----------------------

EDITORIAL

Análise de mercadoReportEspecial SaúdeBonificações TopNovosCosmética e Higiene CorporalDiagnósticoDispositivos MédicosÉticosGalénicosHigiene BebéHigiene OralIce PowerInterapothekMed. Não Suj. a Rec. MédicaNão ComercializadosNut. e Prod. à Base de PlantasNutrição InfantilOrtopediaParafarmáciaQuímicosVeterináriaBreves

0203040808081212132020202222222424262626282829

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 25 de Maio e 24 de Junho, inclusive. Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado.Os Valores indicados são vingentes, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

FICHA TÉCNICA | Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

[email protected] 340 10 21

Design e Paginação:Creative Blue

Distribuição:Gratuita

Índice

Direcção:Celso Silva

Coordenação Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

Page 4: My Cooprofar junho

Análise de

Mercado

02

-15

-8,7%-10,2%

-11,3%

10

05

00

-05

Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul

-10

Crescimento Mercado Crescimento face ao período homólogo

Crescimento Mercado Abril 2012 vs. mês homólogo

Vian

a do

Cas

telo

Brag

a

Vila

Real

Brag

ança

Porto

Aveir

o

Vise

uGu

arda

Coim

bra

Caste

lo Br

anco

Leiria

Sant

arém

Porta

legre

Lisbo

a

Setú

bal

Évor

a

Beja

Faro

Mer

cado

Tota

l

-9,3% -9,1%

-5,7%

-11,2%

-8,0%

-12,8%

-10,1%-10,6%

-12,1%

-16,1%

-10,0%-11,1%

-15,7%

-5,5%

-8,1%

-10,5%

Acordo com IF baixa fatura anual do Es-tado com medicamentosA Indústria Farmacêutica (IF) aceitou baixar a fatura anual do Estado com medicamen-tos. O Estado vai passar a pagar menos 300 milhões de euros. Em contrapartida, a IF vai receber 60 por cento do valor das dívidas em atraso, até ao final deste ano. Desta for-ma, o Estado vai gastar este ano 2038 mi-lhões de euros com medicamentos, abaixo dos 2 mil e 100 milhões de euros exigidos pela ‘troika’.

Mercado farmacêutico nacional vale mais de três mil milhões de eurosO negócio mundial de fármacos vale mais de 600 mil milhões de euros, metade dos quais é gerado por apenas 10 farmacêuti-cas – cinco norte-americanas e outras tan-tas europeias. Com sede em Nova Iorque, a Pfizer mantém a liderança global com uma quota da ordem dos 8%. O mercado por-tuguês de medicamentos continua a valer mais de três mil milhões de euros – 3,2 mil milhões, segundo o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), tendo decres-cido ligeiramente nos últimos dois anos, em resultado da recessão económica e das fortes medidas de austeridade estatais apli-cadas sobre a IF. Expurgando a área hospi-talar, o segmento de venda de fármacos em ambulatório totalizou 2,127 mil milhões de euros, nos últimos 12 meses até Março pas-sado, de acordo com a IMS Health. Segun-do os dados desta consultora, as grandes multinacionais do setor ocupam nove dos primeiros dez lugares do ranking nacional. A liderança é detida pela norte-americana Merck, com vendas neste período de 160,4 milhões de euros. Ainda acima dos 100 mi-lhões de euros surgem a norte-americanas Pfizer, a britânica Astrazeneca e a suíça No-vartis. Na quinta posição surge a portugue-sa Bial, que faturou em Portugal, no último ano, 85,6 milhões de euros.

Portugueses gastaram mais na farmácia em ano de baixa de preçosOs medicamentos ficaram mais baratos em 2011? Ficaram. O Estado conseguiu pou-par? Conseguiu. Os portugueses gastaram menos? Não. No ano passado, os portu-gueses deixaram ficar mais 24,5 milhões de euros nas farmácias, o que ficou a dever-se à alteração que houve nas comparticipa-ções, revela o Jornal de Negócios. As ven-das de medicamentos em valor caíram 12% face a 2010, para 2,1 mil milhões de euros, e a despesa do Estado com comparticipa-ções desceu quase 20%, tendo-se fixado nos 1,3 mil milhões no final de 2011. Porém, os portugueses gastaram mais 3,2% nas farmácias para um total de 774,5 milhões de euros.

Preço dos medicamentos desceu mais de 20% entre 2005 e 2011As medidas de controlo de gastos em me-dicamentos estão a ser mais eficazes na venda das farmácias do que nos hospitais. Há 16 medicamentos cujo preço baixou para metade, sendo que em 2011, o preço do medicamento passou a ser a média dos cinco mais baratos. Os encargos com as comparticipações terão descido 8,1% em sete anos.

Quase 900 farmácias com fornecimentos suspensosHá cada vez mais farmácias com dívidas acumuladas. Em Março, 844 farmácias ti-nham os fornecimentos suspensos devido a dívidas aos fornecedores. As sucessivas alterações dos preços dos medicamentos e a redução das margens de lucro estão na origem da asfixia financeira. Um estudo en-comendado à Universidade de Aveiro mos-tra que a situação vai agravar-se ao longo do ano e os prejuízos das farmácias podem chegar aos 39 milhões de euros.

Medicamentos receitados por princípio ativo e não por marca já em junhoEm junho, as prescrições de medicamentos passam a ter de incluir a Denominação Co-mum Internacional (DCI) do respetivo prin-cípio ativo, indica uma portaria do Governo publicada em Diário da República. A porta-ria 137-A/2012 também obriga as farmácias a ter disponíveis pelo menos três dos cinco medicamentos mais baratos com o mesmo princípio ativo. O objetivo desta legislação é reduzir os custos do Estado e dos utentes com medicamentos, fomentando o uso de genéricos.

Governo concebe regras diferentes para farmácias que faturam menos ao SNSO Ministério da Saúde propôs um regime excepcional de funcionamento para farmá-cias com baixa faturação ao Serviço Nacio-nal de Saúde, ou seja, aquelas em que as vendas de medicamentos comparticipa-dos representam menos de 60% da média anual. Fonte oficial do Ministério da Saúde adiantou que esta futura diferenciação nos requisitos de funcionamento visa “assegu-rar a sustentabilidade de farmácias de me-nor dimensão e a manutenção do acesso dos cidadãos a medicamentos”. O Minis-tério da Saúde esclareceu que a proposta do governo já foi apresentada e inclui a clarificação do regime de propriedade, um limite de quatro farmácias por proprietário, assim como alterações na atribuição de novos alvarás e regulamentação dos servi-ços a prestar pelas farmácias. A tutela não admitiu uma paragem nos trabalhos e diz que está a analisar as propostas do setor, a concluir em Junho.

Page 5: My Cooprofar junho

Report

03

Grupo Medlog na conferência «Perspetivas de Internaciona-lização da Saúde» No âmbito do estudo que a Agência para o Investimento e Co-mércio Externo de Portugal (AICEP) está a realizar com o apoio da Universidade do Minho (UM) sobre a internacionalização dos sub-setores da saúde nos mercados de Angola, Alemanha, Brasil e EUA, a AICEP promoveu uma conferência sobre o tema: «Perspetivas e Desafios da Internacionalização do Setor da Saúde». O Grupo Me-dlog marcou presença neste evento no sentido de aprofundar o seu conhecimento na área do comércio internacional. A iniciativa teve como objetivo a promoção e a reflexão sobre potencialidades e dificuldades de internacionalização dos referidos subsetores, as-sim como, visou identificar instrumentos de atuação que habilitem as empresas portuguesas a enveredar pela internacionalização ou expansão do negócio nas suas várias vertentes, nomeadamente industriais, comerciais ou de investigação. O programa dividiu-se em duas partes distintas: dinamização de quatro Grupos de Dis-cussão [um para cada subsetor em análise: Dispositivos Médicos, Medicina Personalizada, Ambient Assisted Living e Farmacêutico] e uma sessão plenária, na qual foram apresentados os principais resultados dos Grupos de Discussão. No Grupo «Setor Farmacêu-tico», a moderação coube a António Portela, dos laboratórios Bial. O evento contou ainda com a presença do reputado especialista sueco na área da saúde, Lars Gatenbeck, que desenvolveu o tema «Internationalisation of the Healthcare Industry - new dinamics in an innovative industry - The swedish model as an example». A ses-são de encerramento ficou a cargo de Luís Portela, Presidente do Health Cluster de Portugal e Manuel Brandão, Administrador Exe-cutivo AICEP. De acordo com os resultados intermédios do estudo da AICEP e da UM divulgados no evento, as exportações portu-guesas neste segmento cresceram bem acima da média mundial entre 2005 e 2011. Portugal aumentou as vendas de dispositivos médicos a uma taxa média de 16,4% e de produtos farmacêuticos a um ritmo de 13,1%. A nível mundial o crescimento foi mais mo-desto, não tendo ultrapassado os 6,6% no caso dos equipamentos e os 7,7% nos medicamentos.

9.º Encontro Nacional de Inovação COTEC reuniu associa-dosA COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação re-alizou o 9.º Encontro Nacional de Inovação, que decorreu, em maio, sob o tema «Financiamento da Inovação Empresarial». Reservado a organizações convidadas, o evento contou com a participação do Grupo Medlog que integra a lista de empresas associadas da COTEC desde 2011. O 9.º Encontro Nacional de Inovação COTEC contou com dois oradores convidados – Peter Benson, Managing Partner da Sunstone Capital e Richard Miller, Vice-Presidente da National Association of Seed and Venture Funds – que, após as suas intervenções, se juntaram a um deba-te com representantes de capitais de risco. Foi ainda apresen-tado um novo módulo da plataforma Colaborar. COTEC: PTec, uma bolsa de uma bolsa de startups tecnológicas, tendo por objetivo potenciar as possibilidades de financiamento destas empresas. Na sessão de encerramento, presidida pelo Presiden-te da República, foram anunciados os vencedores do Prémio Produto Inovação COTEC-Unicer: a PT Inovação e a Corticeira Amorim foram os vencedores ex aequo.

Logipharma Europa 2012 reuniu principais players do setor A 11 º edição da LogiPharma Europa 2012 contou com mais de 350 profissionais da cadeia de abastecimento de medicamentos e produtos de saúde. O congresso – onde o Grupo Medlog marcou presença - realizou-se, em Abril, em Genebra, e teve como obje-tivo reunir os principais players do setor ao nível europeu com o intuito de partilhar as novas tendências no âmbito da logística far-macêutica. Entre as principais orientações, destaca-se a redução do número de pré-grossistas e grossistas a favor da centralização das operações. Já é considerado standard que os intervenientes na cadeia de abastecimento garantam a rastreabilidade total ao nível do lote. No encontro falou-se da serialização garantida para todos os medicamentos - apontada para 2016 – ou seja, cada cai-xa de medicamento terá o seu número único, provavelmente em data matrix. Isto poderá revolucionar toda a comunicação entre os players do setor e alterar bastante os processos existentes. De acordo com os intervenientes, procura-se uma solução padroni-zada para toda a Europa, sendo que, já estão a ser implementa-dos projetos-piloto na Suécia e na Alemanha. Durante o evento atestou-se, também, o facto de que o controlo da temperatura já é imperativo em toda a cadeia. Deste modo, é ponto assente que o operador escolhido tem que garantir estas condições, con-sideradas básicas. Comprovado ficou ainda que, no âmbito da estratégia de globalização e internacionalização, os laboratórios procuram um parceiro, no mínimo europeu, com experiência na área da saúde. Os players do setor prevêem que a volatilidade e imprevisibilidade do negócio vá aumentar, por isso, consideram que haverá uma necessidade cada vez maior em fazer a gestão do risco, risco que tem aumentado devido à exigência do setor, sendo a tolerância a esse risco é cada vez menor. No âmbito de SKU’s no mercado, os agentes do setor avançam que sofrerão um aumen-to substancial, principalmente os genéricos, vaticinando que 90% dos medicamentos serão genéricos em 2020.

Medlog renova parceria com a FPC No âmbito do mês do coração, [assinalado em maio] o Grupo Medlog renovou a colaboração com a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) na luta contra as doenças cardiovasculares. A cooperação está inserida no peditório nacional realizado todos os anos pela FPC e que visa a angariação de fundos junto das Far-mácias. A colaboração da Medlog incide na entrega e recolha dos cofres para donativos em várias farmácias clientes da região Norte. A parceria com a FPC ganha outra expressão ao nível da Formação Cooprofar, estando delineadas para o 2º semestre duas ações no âmbito das Doenças Coronárias que vão abordar junto da equipa da farmácia temas como a Hipertensão e a Nutrição no Idoso. O Grupo Medlog, enquanto organização que atua na área da Saú-de e entidade socialmente responsável, assume como princípio fundamental contribuir para uma maior consciencialização de comportamentos que conduzam ao Bem-Estar e Saúde, nomea-damente, através da realização de ações de formação que visam aprofundar os conhecimentos dos profissionais de saúde, agentes principais no contacto com o utente.

Page 6: My Cooprofar junho

Análise de

Mercado

ESPECIAL

SAÚDE

Por ocasião do Dia do Euromelanoma 2012, assinalado em maio, a APCC realizou rastreios gratuitos em cerca de 30 serviços de dermatologia de norte a sul do país. Segundo as estimativas da associação, há cada vez mais histórias de cancros de pele, ultra-passando os dez mil casos/ano. Apesar de existirem mais casos, a mortalidade associada a esta doença não tem aumentado. Os comportamentos de risco - como a exposição excessiva ao sol ou o uso de solários - têm provocado também um aumento de casos de melanoma, um tipo de cancro que regista anualmente cerca de mil novas situações Os novos casos de cancro de pele surgem em pessoas cada vez mais novas, entre as faixas etárias dos 30 e 40 anos, existindo também cada vez mais problemas entre os jovens de 20 anos. A APCC lembra que os melanomas costumavam aparecer em pessoas entre os 50 e os 60 anos. Os especialistas recordam alguns dos principais cuidados pre-ventivos que as pessoas devem ter, como, por exemplo, evitar a exposição solar nas horas de maior calor, reforçar o protetor de duas em duas horas, usar chapéu, óculos de sol e roupa de algodão. A associação chama, também, a atenção dos utilizado-res de solário para a necessidade de terem particular atenção à alteração ou aparecimento de sinais na pele, sublinhando que quando se trata de alguém de pele clara, olho claro ou cabelo claro o cuidado deve ser redobrado.

Europa atingirá pico em 2040Os laboratórios que integram o programa europeu de controlo em relação aos raios ultravioleta prevêem que o pico da inci-dência do cancro da pele na Europa seja em 2040, revelou a APCC. “É o tempo que retarda entre a acção nefasta e a eclosão do cancro. É um tempo prolongado, que normalmente nunca é inferior a 20 anos. É isso que faz com que os jovens tenham difi-culdade em entender que o estarem a ter queimaduras solares agora vai fazer com que aos 50 ou 60 anos possam ter cancro da pele”, esclareceu a APCC.

O número de cancros de pele tem vindo a aumentar e anual-mente, surgindo cerca de dez mil novos casos, revela a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC). Os laboratórios que integram o programa europeu de controlo em relação aos raios ultravioleta prevêem que o pico da incidência do cancro da pele na Europa seja em 2040.

Cancro da pele: dez mil novos casos por ano

04

Page 7: My Cooprofar junho

ESPECIAL

SAÚDE

05

Metade dos rastreados em 2011 sofreu queimadura solar graveMetade dos rastreados em 2011 sofreu queimadura solar graveMetade dos pacientes observados em Portugal [durante o rastreio gratuito do cancro da pele em 2011] sofreram uma queimadura solar grave entre os 10 e os 18 anos e 11 por cento afirmaram nunca utilizar protetor solar. Do total de pacientes observados, 27 por cento apresentavam lesão cutânea com alteração recente. Relativamente às lesões malignas encon-tradas, dois por cento eram carcinoma basocelular e um por cento melanoma. Quanto à evolução dos comportamentos no que respeita à protecção solar, os questionários realizados pela APCC - em Julho de 2006 e 2011 - mostram que passou de 49 para 42 por cento a percentagem de pessoas que permanece na praia no horário “vermelho”, 11h – 17h, e que subiu de 22 para 30 por cento os que chegam à praia depois das 16h. Em 2006, 64 por cento utilizava T-shirt na praia, enquanto em 2011 esse valor era de 91 por cento. O uso de chapéu baixou, passando de 40 por cento em 2006 para 32 por cento em 2011. Aumentou de 50, em 2006, para 74 por cento, em 2011, a percentagem de pessoas a utilizar protetor solar com índice igual ou superior a 30. Analisando os dados de 2011 por grupo etário, os jovens entre os 16 e os 24 anos apresentam os comportamentos de maior risco: apenas 16 por cento utilizam chapéu, 58 por cento vestem camisola de alças e somente 43 por cento colocam pro-tetor antes de ir para a praia. Outra das conclusões que se pode retirar é a de que é nas horas mais perigosas, quanto à exposi-ção solar, que se observam os comportamentos de maior risco: diminui o uso de chapéu, aumenta a utilização de camisola de alças, diminui a colocação de protetor solar antes da ida para a praia. Estes indicadores preocupam a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, a Direção-geral de Saúde e a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, que renovam o apelo à prevenção primária e ao diagnóstico precoce.

Solário está para a pele como o tabaco para os pulmõesEm matéria de comportamentos de risco, APCC alerta para os perigos dos solários, lembrando que “são fontes de ultraviole-tas potentes” que aumentam “exponencialmente” o risco de cancro de pele. “As pessoas têm de perceber que o solário está para a pele como o tabaco está para os pulmões. Nem toda a gente que fuma vai ter um cancro de pulmão e nem toda a gente que foi ao solário vai ter um cancro de pele, mas nin-guém tenha dúvida de que o tabaco é um fator de risco para o cancro do pulmão, como o solário é um fator de risco muito importante para o cancro da pele”, adverte.

Associação entre exposição solar e melanoma foi confirmadaO melanoma, a forma mais mortal e agressiva do cancro da pele, tem vindo a ser associado à exposição solar, indica um estudo feito através da sequenciação do genoma completo de 25 tumores de melanoma metastático. Através da análise completa do genoma, os investigadores do Broad Institute e da Harvard Medical School, nos EUA, constataram que a taxa de mutação genética aumentava com a exposição crónica dos pacientes ao sol, o que confirma o papel dos danos solares no desenvolvimento da doença. O estudo detetou também que, tal como esperado, a presença de mutações nos genes BRAF e NRAS, que estão envolvidos no envio de sinais para o cres-cimento celular, em 24 dos 25 tumores analisados. Foi identifi-cado, pela primeira vez, que 44% dos pacientes apresentavam mutações no gene PREX2, previamente envolvido no cancro da mama.

Novos fármacos para melanoma e carcinoma são esperançaO presidente da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo manifestou-se preocupado com o elevado preço que os novos medicamentos para o tratamento do melanoma e do carci-noma basocelular podem atingir em Portugal, após a fase de ensaio. António Picoto mostrou-se, contudo, satisfeito pelo avanço no tratamento daquelas duas doenças, para as quais não havia solução até agora, com o “aparecimento de novos fármacos biológicos de grande precisão terapêutica”. “Em rela-ção ao melanoma, os ensaios já estão a decorrer em Portugal no Instituto Português de Oncologia de Lisboa e no IPO do Porto, mas quando o ensaio terminar o medicamento terá de ser pago e isso preocupa-nos porque sabemos que o preço é muito elevado”, salientou. “Isto é um problema político, não é uma coisa que dependa dos médicos. Acho que o problema tem de se pôr ao nível da União Europeia”, continuou António Picoto. “A União Europeia tem-se sempre posto de lado em rela-ção aos problemas de saúde, entrega aos Estados a resolução dos seus problemas de saúde”, disse. “A investigação e chegada ao produto final invoca investimentos de grande volume, tendo de haver uma negociação a nível da UE com os próprios laboratórios, como aconteceu com a Sida, para tornar os medi-camentos acessíveis, de modo a que todas as pessoas sejam iguais perante a doença”, defendeu o presidente da APCC.

Ingrediente dos filtros solares pode aumentar risco de can-cro de peleIInvestigadores da Missouri University of Science and Technology, nos Estados Unidos, descobriram que um ingre-diente comum do filtro solar pode aumentar o risco de cancro de pele. Os resultados sugerem que, quando exposto à luz solar, o óxido de zinco, presente nos filtros solares, sofre uma reação química que pode liberar moléculas instáveis conheci-das como radicais livres. Os radicais livres procuram ligar-se a outras moléculas, mas nesse processo, eles podem danificar as células ou o DNA contido no interior destas. Isto, por sua vez, pode aumentar o risco de cancro de pele. A pesquisa demons-tra ainda que quanto mais o óxido de zinco é exposto à luz solar, maior o dano potencial para as células humanas. Os investiga-dores descobriram que as células em contacto com óxido de zinco expostas à luz se deterioraram mais rapidamente do que aquelas que não estavam imersas no composto químico.

Page 8: My Cooprofar junho

Calcula-se que cerca de 10% das crianças sofram de eczema atópico, uma doença que cursa com inflamação e prurido cutâneo. Os dermatologistas alertam para a importância dos cuidados especiais na higiene da pele e na sua hidratação regular, quer na prevenção, quer no tratamento de patologias dermatológicas.“A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a protecção do organismo das amea-ças externas físicas e é fundamental no sentido do tacto. No entanto, a pele também tem funções imunitárias e metabólicas, como a produção da vitamina D. É o principal órgão da regula-ção do calor, protegendo contra a desidratação”, sublinham os especialistas.Calcula-se que cerca de 10% das crianças sofram de eczema atópico, uma doença que cursa com inflamação e prurido cutâneo. “Os atópicos têm xerose cutânea, em consequência de alguma incapacidade para reter a água na camada córnea da epiderme devido a uma insuficiente produção de cimento intercelular e alterações dos corneócitos”, explicam, reforçando que “a higiene e a hidratação são fundamentais na prevenção e tratamento desta e de outras doenças de pele.”

Xerose cutâneaA pele é o maior órgão do corpo humano e também é o afe-tado pelo maior número de doenças. A xerose cutânea é um dos problemas que afeta grande parte da população. “A xerose cutânea sobrepõe-se à pele dita seca mas num grau mais acentuado, provocando irritação e descamação fina”, esclarece a dermatologista. Os principais sintomas deste problema são pele muito seca, irritada e tendência para descamar. Nestes casos, os especialistas aconselham a procura de ajuda especia-lizada para a avaliação do grau de xerose e a prescrição de tera-pêutica capaz de restabelecer a função barreira e a integridade cutâneas.

Análise de

Mercado

ESPECIAL

SAÚDE

06

Pele Atópica:

Cerca de 10% das crianças sofrem de eczema

Fontes: Sapo Saúde, Alert Science Computing, RCMPharma; SPAIC

Page 9: My Cooprofar junho
Page 10: My Cooprofar junho
Page 11: My Cooprofar junho
Page 12: My Cooprofar junho
Page 13: My Cooprofar junho
Page 14: My Cooprofar junho

Os preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido às condições do mercado.

Bonificações

31

Page 15: My Cooprofar junho

Breves78%

aumento das vendas de medicamentos para concentração Segundo dados da consultora IMS-Health referentes às transações en-tre armazenistas e farmácias, entre 2007 e 2011, o número de unidades vendidas de Concerta®, Rubifen® e Ritalina® (princípio ativo metilfeni-dato) aumentou 78% para 196 749 embalagens no ano passado.

paramiloidose30 milhões em dois O ministro da Saúde anunciou que o Estado vai investir 30 milhões de euros num medicamento para ajudar a tratar a paramiloidose (doença dos pezinhos), nos próximos dois anos, em que deverão ser abrangi-dos 450 doentes.

pâncreas cancro curável com novos medicamentosUm artigo do Instituto de Investigação Oncológica do Reino Unido conclui que 15% dos cancros pancreáticos foram curados graças ao uso de novos medicamentos.

sorrisoscada vez menos em PortugalA degradação das condições sociais nos últimos quatro anos leva os portugueses a sorrirem cada vez menos, mesmo as mulheres, que eram mais expressivas do que os homens, revela um especialista em expressões faciais da Universidade Fernando Pessoa.

soja pode combater ao cancroColocar sementes de soja de molho em água morna pode se tornar uma nova fonte “verde” para a produção de uma substância capaz de combater o cancro, hoje produzida por meio de um complicado e demorado processo industrial. É o que sugere estudo publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry.

chá preto melhor performance mentalO chá preto, a bebida quente favorita na Europa Ocidental, contribui para uma melhor performance mental, revela uma investigação publi-cada no Nutritional Neuroscienes.

frutos vermelhos declínio cognitivo reduzidoO consumo de amoras e morangos, que são ricos em flavonóides, parece reduzir o declínio cognitivo dos idosos, sugere um estudo pu-blicado nos “Annals of Neurology”. Os flavonoides são compostos que podem ser encontrados em plantas que têm habitualmente um forte poder antioxidante e anti-inflamatório.

6 anos de vida‘jogging’ uma vez por semanaPraticar ‘jogging’ apenas uma vez por semana, num ritmo lento ou mé-dio, aumenta a esperança média de vida das mulheres em 5,6 anos e a dos homens em 6,2 anos.

bebidas energéticas e isotónicasdentes danificadosO consumo regular de bebidas energéticas ou isotónicas destrói o es-malte dos dentes, o que os pode escurecer de forma irreversível, con-clui um estudo científico realizado nos EUA.

121 processos de contra ordenação instaurados pelo InfarmedO Infarmed instaurou 121 processos de contra ordenação a entidades envolvidas no circuito do medicamento, na sequência de 426 inspe-ções realizadas até ao final de Abril.

endometriose uma em cada seis mulheres com fertilidade afetadaA endometriose, doença que tem como principal sintoma a dor pél-vica, é uma das principais causas de infertilidade feminina em Portugal, afetando uma em cada seis mulheres em idade reprodutiva.

HPVvacina protege ambos os sexosA vacina contra 4 tipos de Papilomavírus Humano (HPV), até aqui indi-cada para mulheres até aos 45 anos, está agora disponível para ambos os sexos, podendo os homens também beneficiar da proteção contra os tipos 6, 11, 16 e 18 deste vírus.

medicamentos elétricosinvestigação da Universidade de AveiroAndrei Kholkin, do Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos da Universidade de Aveiro, acaba de publicar um artigo que mostra como programar implantes que distribuem medicação dentro do corpo humano e em dosagens exatas. O artigo publicado no jornal científico Advanced Functional Materials dá a conhecer a exis-tência de ferroeletricidade num aminoácido conhecido por Glicina.

Signifor®aprovado pela Comissão Europeia Novartis anunciou que a Comissão Europeia aprovou o seu medica-mento Signifor® (pasireotido) para o tratamento de doentes adultos com a doença de Cushing, um distúrbio endócrino debilitante cau-sado por um tumor da hipófise que provoca excesso de cortisol.

80%redução do preço das vacinas tropicais Foi publicada uma portaria que determina a redução do preço das vacinas contra as doenças tropicais. Algumas vão custar menos 80%, passando de 50 a 100 euros para 15 a 20 euros.

29

Page 16: My Cooprofar junho