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junho 2016 mycooprofar ESPECIAL SAÚDE Sabia que o melanoma atinge 30 novas pessoas por dia? ANÁLISE DE MERCADO Supermercados já vendem um quinto dos medicamentos INDÚSTRIA E MEDICAMENTO IGAS: Entre 10 a 25% da despesa com medicamentos resulta de “más práticas”

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Revista para Profissionais de Saúde

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junho 2016

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ESPECIAL SAÚDESabia que o melanoma atinge 30 novas pessoas por dia?

ANÁLISE DE MERCADO Supermercados já vendem um quinto dos medicamentos INDÚSTRIA E MEDICAMENTO IGAS: Entre 10 a 25% da despesa com medicamentos resulta de “más práticas”

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Qualidade e Inovação garantidas

Como é do conhecimento de todos, o Grupo Cooprofar-Medlog tem o seu Sistema de Gestão da Qualidade, da Inovação e da Responsabilidade Social certificado. No final de maio, fomos alvo da auditoria de Acompanhamento das Certificações da NP EN ISO 9001:2008 e da NP 4457:2007, ou seja, do Sistema de Gestão da Qualidade e da Inovação, respetivamente. É com orgulho que anunciamos aos nossos clientes que o resultado deste processo foi muito positivo para a nossa organização, traduzindo-se num conjunto de recomendações que nos permitirão continuar a aperfeiçoar o nosso desempenho, bem como, na recomendação por parte da equipa de auditoria de que as nossas certificações devem ser mantidas. É pois momento de reconhecer o envolvimento e empenho de todos aqueles que, no âmbito das suas atividades e responsabilidades, quer no decurso da auditoria, quer ao longo de todo o ano, contribuíram para tornar possível este resultado.No sentido de manter estas certificações e a satisfação dos nossos clientes, garantimos trabalhar com a mesma qualidade e a inovação necessárias para continuar a marcar a nossa diferença no setor da distribuição farmacêutica.

EDITORIAL

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 1 de Junho a 30 de Junho, inclusive.Os preços e bonificações indicados estão sujeitos a alterações de acordo com as condições do mercado.Os valores indicados estão corretos, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.Os preços e bonificações indicados estão sujeitos a alterações de acordo com as condições de mercado e não acumulam com outras campanhas em vigor.

Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

Direcção:Celso Silva

Coordenação Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Raquel Pacheco

[email protected] 340 10 21

Design e Paginação:Oblique

Distribuição:Gratuita

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

Análise de Mercado

Especial Saúde

Indústria e Medicamento

Report

Cosmética e Higiene Corporal

Diagnóstico

Dispositivos Médicos

Éticos

Galénicos

Higiene Bebé

Higiene Oral

Homeopáticos

Interapothek

MNSRM Exclusivo Farmácias

Med. Não Suj. a Rec. Médica

Med. Vet. N. Suj. Rec. Médica

Med. Vet. Suj. Rec. Médica

Nut. e Prod. à Base de Plantas

Nutrição Infantil

Parafarmácia

Puericultura

Químicos

Veterinária

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31Celso SilvaDiretor Geral

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Dívida dos hospitais está de novo a aumentar e não é poucoA dívida dos hospitais públicos está a crescer a um ritmo “preocu-pante”. O alerta é do economista Pedro Pita Barros, que analisa mensalmente a evolução do endividamento no SNS. Os dados da síntese de execução orçamental, conhecidos esta semana, revelam que em março os hospitais públicos tinham acumulado um total de 550 milhões de euros em dívidas vencidas, isto é, faturas que deviam ter sido pagas há 90 dias. Desde 2014 que o stock da dívida não era tão elevado, mas esse não é o único problema: o montante está a crescer a um ritmo de quase 20 milhões de euros por mês, avisa Pita Barros. O economista da Nova School of Business and Economics, especialista no setor da saúde, ajuda a ler os números. Em 2012, antes de o governo anterior iniciar o programa de regu-larização de dívidas antigas - que consumiu mais de 2 mil milhões de euros do orçamento da Saúde -, o crescimento da dívida nos hospitais era de 80 milhões/mês. Com a introdução da lei dos com-promissos durante o programa de ajustamento, o aumento mensal passou a ser de cerca de 34 milhões. A lei - cujo objetivo era acabar com o stock de dívidas vencidas obrigando todas as instituições públicas a só fazer encomendas com garantia de cabimento orça-mental - aumentou o controlo nos hospitais que, contudo, para fazer face às necessidades diárias e perante a redução orçamental, nunca eliminaram as dívidas a zero. Já com a troika fora do país, em janeiro de 2015 passou a verificar-se uma diminuição mensal da dívida.

Despesa com medicamentos nos hospitais do SNS cresceu 7,8% em 2015 A despesa do Estado com medicamentos nos hospitais do SNS cresceu 7,8% em 2015, em comparação com o ano anterior, tendo superado os mil milhões de euros, segundo um relatório oficial divulgado em maio. De acordo com a monitorização do consumo de medicamentos em meio hospitalar, publicada pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), entre janeiro e dezembro do ano passado, a despesa com medicamen-tos nas unidades do SNS foi de 1.034,3 milhões de euros. Dentro do total da despesa, o ambulatório hospitalar (consulta, hospital de dia e cirurgia de ambulatório) correspondeu em 2015 a quase 80% da despesa global. Continua a crescer também a despesa dos medicamentos para tratamento do cancro, com um aumento de 13% para 234 milhões de euros. Numa análise ao peso por sub-grupos terapêuticos, os medicamentos imunomoduladores (para o sistema imunológico), os citotóxicos (para o cancro) e os antivíricos são responsáveis por perto de 60% do total do valor dos fármacos em meio hospitalar. Já nos medicamentos órfãos – destinados a tratamento e controlo de doenças raras –, a despesa aumentou mais de 10% em relação a 2014, tendo atingido no ano passado os 82,8 milhões de euros (oito por cento da despesa total). Em termos de unidades consumidas, houve também um aumento, mas menor em termos percentuais do que na despesa. Em 2015 foram consu-midas 239 milhões de unidades de medicamentos, mais 2,4% do que no ano anterior.

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Crescimento face ao período homólogoCrescimento Mercado Abril 2016 vs. mês homólogo

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Supermercados já vendem um quinto dos medicamentosUm quinto das vendas dos medicamentos não sujeitos a receita médica (21%) já se realiza fora das farmácias, em mais de 1090 pos-tos espalhados pelo país (dados de setembro de 2015), inseridos em grandes superfícies ou em parafarmácias. E cerca de metade deste comércio (45,5%) ocorre nos estabelecimentos Pharmacontinente, revela a monitorização anual relativa a 2015, divulgada pelo Infarmed, regulador do medicamento e dos produtos da saúde. A liberalização do mercado do medicamento, com a criação de uma lista de medicamentos que estão à venda sem receita, arrancou em agosto de 2005 e tem estado sempre a aumentar: em 2015, já valeu 44 milhões de euros. Desde 2010, os postos de venda cresceram 31.9% (de 826 para 1090 locais). As farmácias, seus concorrentes diretos, são cerca de 3000. A substância mais vendida fora das far-mácias é o paracetamol, do grupo dos analgésicos e antipiréticos, correspondendo a 14,3% do negócio. Foram vendidas mais de um milhão de embalagens. O mercado fora das farmácias representa 1,7% das vendas totais em ambulatório. O regime nunca agradou aos farmacêuticos. Por uma questão de princípio, diz a sua basto-nária Ana Paula Martins, “pois os medicamentos não são inócuos e o utente fica melhor servido com a supervisão da dispensa”. Além de que não entendem “a necessidade da medida, num país com uma boa rede de farmácias”. Dez anos depois, defende que os pressupostos da criação deste regime não se cumpriram. “O preço não baixou fora da rede de farmácias. Não temos medicamentos mais baratos do que tínhamos e não temos melhor acesso. Porque temos realmente mais lojas com estes medicamentos, só que elas existem em grandes superfícies comerciais e não foram instaladas em Freixo de Espada a Cinta ou Mogadouro”, exemplifica.

Pedida linha de financiamento para medicamentos oraisO presidente da administração do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO/Porto), Laranja Pontes, pediu ao Governo que crie um mecanismo que permita financiar as terapêuticas orais, o que representa atualmente 8 por cento do orçamento da unidade hos-pitalar portuense. “Queremos continuar a dar aos nossos doentes as drogas mais inovadoras e recentes. Infelizmente a maior parte são orais e o contrato-programa com o Ministério da Saúde não contempla esta versão”, afirmou Laranja Pontes, na cerimónia que marcou o 42° aniversário do IPO/Porto, realizada recentemente, e que contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

Infarmed reavalia comparticipação de 115 medicamentos mais caros A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) está a reavaliar as comparticipações dos medicamen-tos não genéricos que tenham um preço 20% superior a alternati-vas terapêuticas usadas com a mesma finalidade e também não genéricas. Esta reavaliação poderá implicar o fim da compartici-pação destes medicamentos, a menos que os laboratórios que os disponibilizam ajustem os preços até este limite. O processo de ava-liação permitiu identificar 115 medicamentos, nas suas diversas apresentações, que vão ter de ajustar os preços ou arriscam perder o atual apoio do Estado. Uma avaliação que permitirá obter uma poupança total de 35,2 milhões de euros por ano, dos quais 21, 3 milhões só para os utentes. Da lista de medicamentos abrangidos fazem parte analgésicos, antidepressivos, antibióticos ou fárma-cos destinados a doenças cardiovasculares, anunciou o Infarmed, em comunicado. Esta medida, que já foi comunicada ao setor surge no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias da Saúde (SiNATS), que prevê a avaliação e a reavaliação de todas as tecnologias da saúde.

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Análise de Mercado

Medicamentos mais caros no interiorOs dados do Infarmed corroboram esta informação: a dis-tribuição por distrito é francamente superior nos grandes centros urbanos, Lisboa e Porto, sendo a oferta discreta em todo o interior. Pelo contrário: o índice de preços é supe-rior em Portalegre, Beja e Faro. A despesa total dos portu-gueses com este mercado cresceu 6,2% no ano passado, correspondendo a mais 2,6 milhões de euros do que no anterior. E o preço médio por embalagem caiu 0,8%. A bas-tonária explica que “houve algum abaixamento de preço decorrente da própria evolução do mercado”. “Mas aquela ideia de que iríamos ter medicamentos muito mais bara-tos, em comparação com o que havia na farmácia, porque as margens eram livres, não estavam definidas, e que os operadores iam ganhar menos do que as farmácias, não se verificou”. O regime de venda fora das farmácias não foi inventada em Portugal. Quando foi criado, o Governo ale-gava que esta era “uma tendência internacional” e que o regime era regra em 11 países europeus. Para a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), “esta evo-lução poderá ser ainda mais positiva”, se forem removidas “as barreiras regulatórias que estão a proteger o setor” e alega que o consumidor “está já familiarizado com estes pontos de venda”.

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O número de cancros de pele tem vindo a aumentar. Os laboratórios que integram o programa europeu de controlo em relação aos raios ultravioleta pre-

vêem que o pico da incidência do cancro da pele na Europa seja em 2040. Em junho, a My Cooprofar vai

falar sobre Dermatologia.

A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o Mundo, estimando-se

que em Portugal, em 2016, serão diagnosticados mais de 12.000 novos casos de cancros da pele e cerca de 1.000 serão novos casos de melanoma. Os cancros da pele mais frequentes são o carci-noma basocelular, o carcinoma espinocelular e o

melanoma.

Segundo as estimativas da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), há cada vez mais cancros de pele referencia-dos, ultrapassando os dez mil casos/ano. Apesar de existirem mais casos, a mortalidade associada a esta doença não tem aumentado. Os comportamentos de risco - como a exposição ex-cessiva ao sol ou o uso de solários - têm provocado também um aumento de casos de melanoma, um tipo de cancro que regis-ta anualmente cerca de mil novas situações. Os novos casos de cancro de pele surgem em pessoas cada vez mais novas, entre as faixas etárias dos 30 e 40 anos, existindo também cada vez mais problemas entre os jovens de 20 anos. A APCC lembra que os melanomas costumavam aparecer em pessoas entre os 50 e os 60 anos. Os especialistas recordam alguns dos principais cuidados preventivos que as pessoas devem ter, como, por exem-plo, evitar a exposição solar nas horas de maior calor, reforçar o protetor de duas em duas horas, usar chapéu, óculos de sol e roupa de algodão. A associação chama, também, a atenção dos utilizadores de solário para a necessidade de terem particular atenção à alteração ou aparecimento de sinais na pele, subli-nhando que quando se trata de alguém de pele clara, olho claro ou cabelo claro o cuidado deve ser redobrado.

mycooprofar Especial Saúde

Sabia que o melanoma atinge 30 novas pessoas por dia?A probabilidade de se desenvolver melanoma aumenta com a idade, embora a doença afete pessoas de todas as classes etá-rias. Aprenda a preveni-lo. Este é uma variante grave do cancro da pele que atinge os melanócitos (células que dão cor à epider-me). Se não for detetado a tempo, pode ser mortal. Nos casos mais graves, produz metástases noutros órgãos, espalhando-se através do sangue ou do sistema linfático. De acordo com dados divulgados nos últimos anos, o número anual de novos casos ronda os 9.000. Em média, segundo alguns especialistas, 30 no-vas pessoas por dia são afetadas. A crescente moda das corridas e da prática de desportos ao ar livre também tem vindo a con-tribuir para o aumento de novos casos de cancro de pele. “Entre os tumores mais frequentes, e com uma forte relação com a ex-posição solar ao longo dos anos, encontram-se o carcinoma ba-socelular e o carcinoma espino-celular. O melanoma maligno, a forma mais perigosa de cancro cutâneo, é menos frequente”, re-fere Pedro Serrano, dermatologista do Hospital Lusíadas Lisboa. Este tipo de cancro “está mais associado á exposição intensa por curtos períodos, sobretudo em pessoas de pele clara, sardentas e com dificuldade em bronzear”, alerta ainda o especialista. “É im-portante prevenir as queimaduras solares e vigiar regularmente os sinais atípicos e, caso se note alguma alteração, deve consul-tar-se um dermatologista», recomenda ainda o especialista, que defende que ninguém deve estar exposto diretamente ao sol «no período entre as 11h30 e as 17h30 horas”, adverte.

Cancro da pele tem vindo a aumentar

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Foram aprovadas pela Assembleia da República novas medidas para combater a doença, como a inclusão desta temática nos currículos escolares, a formação de médicos e a fiscalização de solários. Estas medidas fazem parte de um conjunto de oito que visam reforçar o combate ao cancro da pele.

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mycooprofar Especial SaúdeCausasA sua origem pode ser genética (ligado à história familiar) mas, em muitos casos, é ambiental. É provocado por uma exposição excessiva à radiação solar e pode ser retroativo (uma queima-dura solar sofrida na infância pode provocar um melanoma em idade adulta).

SintomasPode aparecer num sinal antigo ou num novo, com alterações no tamanho, forma ou cor, com exsudação ou sangue, ardor, dor ao toque e volume.As várias formas de combater o melanoma:- Tratamento cirúrgicoRemoção cirúrgica do tumor primário, acompanhada de quimio-terapia ou radioterapia.- Terapia biológicaTambém conhecida como imunoterapia, é uma técnica muito recente e tem como objetivo fazer com que o próprio organismo combata o cancro. Utilizam-se materiais como o interferão para impulsionar ou direcionar as defesas do corpo contra o tumor. Esta terapia melhora as hipóteses de cura em cerca de 10%.

PrevençãoO melanoma pode ser prevenido desde a infância através de uma proteção solar adequada. As pessoas de pele muito branca, as que trabalham ao ar livre e os desportistas devem ter cuida-dos redobrados.

Entre as medidas contam-se a prevenção em ambiente escolar, com o comprometimento de incluir a temática nos currículos es-colares, e o reforço de divulgação de informação dos índices de UV. Será também criada uma base de dados para registo nacio-nal de todos os doentes com melanoma e todos os laboratórios serão obrigados a notificar à tutela e aos Registos Oncológicos Regional todas as formas de cancro de pele, para se conhecerem os números reais. Outras das medidas previstas são o reforço da formação específica em dermatologia dos médicos de família, o aumento da acessibilidade dos cidadãos a consultas de derma-tologia nos hospitais e ao tratamento de cancros diagnostica-dos, e reforço da fiscalização aos solários.

Novas medidas de combate ao cancro da pele

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O presidente da APCC manifestou-se preocupado com o elevado preço que os novos medicamentos para o tratamento do mela-noma e do carcinoma basocelular podem atingir em Portugal, após a fase de ensaio. António Picoto mostrou-se satisfeito pelo avanço no tratamento daquelas duas doenças, para as quais não havia solução até agora, com o “aparecimento de novos fár-macos biológicos de grande precisão terapêutica”. “Em relação ao melanoma, os ensaios já estão a decorrer em Portugal no Ins-tituto Português de Oncologia de Lisboa e do Porto, mas quando o ensaio terminar o medicamento terá de ser pago e isso preocu-pa-nos porque sabemos que o preço é muito elevado”, salientou. “Isto é um problema político, não é uma coisa que dependa dos médicos. Acho que o problema tem de se pôr ao nível da União Europeia”, continuou António Picoto. “A União Europeia tem-se sempre posto de lado em relação aos problemas de saúde, entre-ga aos Estados a resolução dos seus problemas de saúde”, disse. “A investigação e chegada ao produto final invoca investimen-tos de grande volume, tendo de haver uma negociação a nível da UE com os próprios laboratórios, como aconteceu com a Sida, para tornar os medicamentos acessíveis, de modo a que todas as pessoas sejam iguais perante a doença”, defendeu o presidente da APCC.

Europa atingirá pico em 2040Os laboratórios que integram o programa europeu de controlo em relação aos raios ultravioleta prevêem que o pico da incidên-cia do cancro da pele na Europa seja em 2040, revelou a APCC. “É o tempo que retarda entre a ação nefasta e a eclosão do can-cro. É um tempo prolongado, que normalmente nunca é inferior a 20 anos. É isso que faz com que os jovens custem a entender que o estarem a ter queimaduras solares agora vai fazer com que aos 50 ou 60 anos possam ter cancro da pele”, esclareceu a APCC.

Novos fármacos para melanoma e carcinoma são esperança

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Calcula-se que cerca de 10% das crianças sofram de eczema ató-pico, uma doença que cursa com inflamação e prurido cutâneo. Os dermatologistas alertam para a importância dos cuidados especiais na higiene da pele e na sua hidratação regular, quer na prevenção, quer no tratamento de patologias dermatológi-cas. “A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a proteção do organismo das ameaças externas físicas e é fundamental no sentido do tacto. No entanto, a pele também tem funções imunitárias e metabólicas, como a produção da vitamina D. É o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a desidratação”, sublinham os especia-listas. Calcula-se que cerca de 10% das crianças sofram de ecze-ma atópico, uma doença que cursa com inflamação e prurido cutâneo. “Os atópicos têm xerose cutânea, em consequência de alguma incapacidade para reter a água na camada córnea da epiderme devido a uma insuficiente produção de cimento inter-celular e alterações dos corneócitos”, explicam, reforçando que “a higiene e a hidratação são fundamentais na prevenção e tra-tamento desta e de outras doenças de pele.”

Atopias da pele: 10% das crianças sofre de eczema

atópico

Xerose CutâneaA pele é o maior órgão do corpo humano e também é o afetado pelo maior número de doenças. A xerose cutânea é um dos pro-blemas que afeta grande parte da população. “A xerose cutâ-nea sobrepõe-se à pele dita seca mas num grau mais acentuado, provocando irritação e descamação fina”, esclarece a dermato-logista. Os principais sintomas deste problema são pele muito seca, irritada e tendência para descamar. Nestes casos, os espe-cialistas aconselham a procura de ajuda especializada para a avaliação do grau de xerose e a prescrição de terapêutica capaz de restabelecer a função barreira e a integridade cutâneas.

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Uma ação tão corriqueira como lavar o rosto pode ter algumas armadilhas para a saúde da pele. A dermatologista Erin Gilbert mostra três erros que muita gente comete:

1. Não lavar o suficienteEnquanto algumas pessoas – normalmente de pele oleosa – pe-cam ao lavar o rosto várias vezes por dia, outras acreditam que não lavar nenhuma vez ao dia além do banho é o mais saudável.O argumento por trás disso é que manter a pele intacta preser-va os óleos naturais da pele. Isso é verdade. A médica, porém, explica que o acúmulo de óleo acaba levando ao aparecimento de acne. Ela recomenda aos seus pacientes lavarem o rosto no mínimo uma vez e no máximo duas vezes ao dia.Ou seja, jogar aquela água gelada no rosto ao acordar é saudá-vel, além de te ajudar a perder o sono de uma vez.

2. Usar os produtos erradosCada estação do ano pede um tipo de sabonete facial diferente. Pouca gente pensa nisso, mas durante os meses quentes preci-samos de um sabonete mais adstringente e que produza mais espuma. Se você tende a ter mais acne, ele também pode conter ácido salicílico.Já nos meses mais frios, a pele pede um sabonete mais delica-do e que não retire os óleos naturais da pele. Afinal de contas, pele muito seca também pode trazer problemas como irritação e dermatite.

3. Esfregar muito o rostoUsar uma toalha de rosto ou uma escova para pele como o Cle-arsonic em excesso ou com muita força também causa estragos no rosto. A médica explica que não há problema em usar um destes acessórios, contanto que seja com delicadeza.

Envelhecimento: doenças podem ser travadasA eliminação de células que se vão acumulando ao longo da idade pode evitar ou retardar o aparecimento de distúrbios rela-cionados com o envelhecimento, sugere um estudo publicado na “Nature”. Há cinco décadas atrás, os cientistas descobriram que as células passam por um número limitado de divisões antes de pararem de se dividir. Nesse ponto, as células atingem um esta-do de limbo - chamado de senescência celular - onde nem mor-rem nem se continuam a multiplicar. Estas produzem fatores que danificam as células adjacentes e causam a inflamação dos te-cidos. Acredita-se que este destino alternativo das células seja o mecanismo que impede o crescimento celular e a disseminação do cancro. O sistema imunológico elimina, regularmente, estas células disfuncionais, mas com o tempo torna-se menos eficaz a levar a cabo esta tarefa. Como resultado, as células senescentes acumulam-se com a idade. Assim, uma das questões associadas ao envelhecimento que ainda se mantém em aberto é saber se, e como, estas células causam doenças e distúrbios associados à idade. Uma das razões pela qual tem sido tão difícil responder a esta pergunta é que o número de células senescentes é limitado e apenas representa 10 a 15 % das células de um indivíduo ido-so. Ainda mais relevante, foi o facto de se ter demonstrado que a remoção destas células abrandava a progressão de doenças associadas à idade que já haviam sido estabelecidas.

Os três erros mais comuns ao lavar

o rosto

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Bruxelas quer fim de “restrições injustificadas à exportação de medicamentos” em PortugalComissão Europeia solícita a Portugal e à Eslováquia que “su-primam a imposição de requisitos de notificação injustificados e desproporcionados à exportação de medicamentos para uso humano para outros Estados-membros” porque criam “obstácu-los à livre circulação de mercadorias dentro do mercado único da UE”.Portugal deve suprimir “restrições injustificadas à exportação de medicamentos” na União Europeia (UE), segundo um parecer fundamentado hoje divulgado pela Comissão Europeia, no âm-bito do pacote de processos por infração de maio.Segundo o texto, o executivo comunitário solícita a Portugal e à Eslováquia que “suprimam a imposição de requisitos de notifica-ção injustificados e desproporcionados à exportação de medica-mentos para uso humano para outros Estados-membros” por-que criam “obstáculos à livre circulação de mercadorias dentro do mercado único da UE”.Bruxelas lembrou que as importações e exportações paralelas de medicamentos são legítimas, ou seja os fármacos são com-prados num determinado Estado-membro e, em seguida, vendi-dos noutros países da UE. Mas, podem haver restrições nas ex-portações por proteção da saúde pública, lê-se.“Em Portugal, os distribuidores grossistas de medicamentos para uso humano têm de notificar a sua intenção de exportar medica-mentos considerados pelas autoridades ‘em risco de escassez’ e fornecer informações sobre as operações de exportação que te-nham sido efetuadas”, considerou a Comissão Europeia.Bruxelas insta Portugal e a Eslováquia a alterarem a sua legisla-ção e a considerarem a aplicação de medidas menos restritivas ao comércio intra-UE, mediante dois pareceres fundamentados.Se os países não atuarem no prazo de dois meses, a Comissão poderá instaurar uma ação no Tribunal de Justiça da UE.

A inspetora-geral das Atividades em Saúde disse, recentemente, no Porto que “entre 10 a 25%” da despesa com medicamentos resulta de “más práticas, quer na contratação pública, quer mes-mo ao nível da identificação de algumas práticas corruptas”.Leonor Furtado, que falava na abertura de um debate sobre «Fluxo Seguro no Medicamento», referiu que foi realizada uma auditoria às farmácias hospitalares, direcionada à prescrição médica e à utilização racional do medicamento.Segundo a responsável, essa auditoria iniciou-se em 2014 e de-correu durante todo o ano de 2015 e, na sequência dos resulta-dos obtidos, estão a ser desenvolvidas este ano diversas ações inspetivas para “verificação de procedimentos”.Essa auditoria abrangeu na altura 19 entidades – agrupamentos de centros de saúde e centros hospitalares. Neste momento, “te-mos a inspeção direcionada para 12 entidades”, afirmou.“A inspeção faz a monitorização da prescrição, sendo certo que os nossos procedimentos abrangem cinco áreas: a seleção, a aquisição, a prescrição e dispensa e o armazenamento e distri-buição”, acrescentou.Na identificação desses cinco procedimentos “foram detetadas muitas fragilidades, sendo que provavelmente as fragilidades mais significativas são as que dizem respeito à aquisição e ao ar-mazenamento, no fundo, à segurança do próprio medicamento.”“Verificou-se que havia irregularidades e ineficiências que per-manecem e que comprometem os princípios da boa gestão”, sa-lientou.Referiu que entre essas “fragilidades” estão, por exemplo, “a possibilidade de os fornecedores acederem aos armazéns, a existência de medicamentos fora de prazo em enfermarias e em armazém ou ainda a dispensa de medicamento em ambulatório sem confirmação da identidade do doente ou ausência de proce-dimentos escritos para a dispensa sem suporte legal”.“A dispensa de medicamentos sem suporte legal representa, no Serviço Nacional de Saúde, alguns milhões e é uma má prática. Dizem muitas vezes que é uma questão social. Se é uma questão social tem de estar regulamentada, e não é muito difícil, se é mais do que isso, então temos de rever a forma como se está a proceder”, sustentou.A responsável sublinhou que “os procedimentos têm de ser cla-ros, transparentes, para se perceberem”. “Por exemplo, numa determinada entidade onde foi feita a in-tervenção, os inspetores verificaram que chegou um guarda prisional com uma lista e o medicamento foi todo dispensado sem ninguém questionar a quem se destinava ou se os doentes existiam e, assim, em cinco segundos saíram 50 mil euros de me-dicamentos”, apontou.No debate que contou com a presença de diretores clínicos, dire-tores de serviço, farmacêuticos hospitalares e administradores

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IGAS: Entre 10 a 25% da des-pesa com medicamentos resulta de “más práticas”

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hospitalares, Leonor Furtado referiu ainda que com as ações que realiza a Inspeção Geral das Atividades em Saúde visa “contri-buir para a sedimentação de hábitos de transparência e para uma cultura da rejeição de fraude, eliminação do desperdício e prevenção da corrupção.”“Outro objetivo é exigir o respeito pelos procedimentos e licen-ciamentos na contratação e na distribuição de modo a evitar as assimetrias no tratamento dos vários fornecedores”, acrescen-tou.O encontro, que decorreu na secção regional do Norte da Ordem dos Médicos, foi organizado pela Associação Portuguesa de En-genharia e Gestão da Saúde para discutir a segurança nos fluxos operacionais do medicamento envolvendo a prescrição, o con-trolo da prescrição, a aquisição, armazenamento, distribuição, manuseamento e dispensa.

Medicamentos vão ter códigos de segurançaOs medicamentos deverão passar a ter códigos de segurança que permitam a sua “rastreabilidade”, isto é, que tomem possível seguir o circuito de abastecimento legal. O objetivo é evitar situ-ações de fraude em que, por exemplo, um mesmo medicamento seja “vendido” mais do que uma vez, sendo, em todas elas, pedi-do o respetivo reembolso de valores ao Estado. Um mecanismo deste género permitirá ainda detetar medicamentos falsifica-dos, uma das grandes preocupações na área da criminalidade na saúde.O anúncio foi feito, em maio, pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. Esta medida deverá ser acompanhada com alterações às penalizações aplicadas aos “medicamentos ilegais e falsificados, em que apenas estão previstas sanções aplicáveis no âmbito de processos de natureza contraordenacional”, acres-centou o ministro. Na prática, trata-se de criminalizar numa área em que, atual-mente, a penalização passa apenas pela aplicação de coimas. Em concreto, estão em causa o fabrico ilegal de medicamentos, o fornecimento e o tráfico de medicamentos falsificados e os res-petivos crimes similares ou conexos.E, neste âmbito, os medicamentos vendidos através da Internet são uma das principais preocupações. O Governo estima que 50% dos medicamentos adquiridos através destes mercados, fora dos circuitos legais, são falsificados, disse o ministro da Saúde. Além disso, os medicamentos falsificados “podem ser in-troduzidos na cadeia de abastecimento legal, iludindo o contro-lo e podendo causar graves prejuízos para a saúde”, continuou o ministro. Francisca Van Dunem, ministra da Justiça, frisou que Portugal surge “recorrentemente associado ao tráfico de medicamentos

contrafeitos”, e afirmou que “a saúde é hoje um relevante mer-cado para o crime”.E, neste âmbito, os medicamentos vendidos através da internet são uma das principais preocupações. O Governo estima que 50% dos medicamentos adquiridos através destes mercados, fora dos circuitos legais, são falsificados, disse o ministro da Saúde. “O aumento da cultura do autodiagnóstico e da auto-medicação faz com que os cidadãos recorram a este meio para aquisição de medicamentos, o que constitui uma grave amea-ça à saúde pública, que poderá ter graves consequências, para além de comprometer a confiança nos medicamentos, nos pro-fissionais e nos próprios sistemas de saúde”.E a preocupação é tanto maior quanto se sabe muito bem que estes medicamentos falsificados “podem, inclusivamente, ser in-troduzidos na cadeia de abastecimento legal, iludindo as instân-cias de controlo e podendo causar graves prejuízos para a saúde dos cidadãos”, continuou o ministro.Esta é, igualmente, uma preocupação de Francisca Van Dunem que frisou que Portugal surge “recorrentemente associado ao tráfico de medicamentos contrafeitos”, uma área onde há inclu-sivamente uma associação com as redes internacionais ligadas ao tráfico de estupefacientes, que “encontraram, na contrafação de medicamentos, uma forma fácil de obter lucros com baixo risco de punibilidade, face à ausência de adequado enquadra-mento sancionatório”. Ou seja, não chega a haver penas de pri-são, quando muito a aplicação de multas. “Não há limite para a imaginação neste tipo de criminalidade”O diagnóstico está feito e há muito que se sabe que a fraude e criminalidade em geral na saúde envolve “muitos milhões de eu-ros” e que “a saúde é hoje um relevante mercado para o crime”. Com menos dinheiro e mais pacientes para tratar (devido a fa-tores como o envelhecimento da população, os elevados preços das novas tecnologias, as maiores expectativas dos pacientes, etc.), “os sistemas de saúde são territórios cada vez menos imu-nes aos comportamentos desviantes de um conjunto muito di-versificado de atores”, sublinha Van Dunem.

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Alerta: perigos de anti-inflamatóriosA compra de medicamentos fora das farmácias, conjugada com o recurso ao “doutor internet”, tem favorecido a automedicação, que não é tão inofensiva para a saúde quanto se tem transmiti-do, diz José Cotter, diretor do serviço de gastrenterologia do Hos-pital de Guimarães. A liberalização do mercado dos medicamentos teve alguns as-petos positivos, lembra o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, nomeadamente a acessibilidade, “mas foram muito mais os aspetos negativos para o nível médio da população”. “Não são inócuos nem por sombras. Os anti-infla-matórios podem ter efeitos corrosivos na parede do tubo diges-tivo, criar hemorragias, úlceras”, alerta. O ibuprofeno, presente também em pastilhas para a garganta, é um dos que têm tido os riscos mais desvalorizados, considera. Classifica a possibilida-de de compra destes comprimidos em doses menores (200 mg) como “uma incoerência”. “Se não melhorei, como há desconfor-to, tomo mais”, pensam os doentes, diz. Sobre o paracetamol, lembra que “em alguns países o seu consumo em doses excessi-vas esteve associado a suicídios. Pode provocar falência hepática do fígado”. Por outro lado, as tomas de “um grama são excessivas. Metade, chega”. A autome-dicação resolve-se com “melhor acesso aos médicos de família: se o financiamento por doente for ridículo, dá para umas análi-ses como deve ser; se houver um mau serviço, acaba-se por não o procurar e ir comprar medicamentos”.

Indústria Farmacêutica domina anúncios na TVA indústria farmacêutica continua a ser a principal investidora no mercado de publicidade televisiva. De acordo com um estudo da agência de meios Carat para o Correio da Manhã, nos últi-mos doze meses, este setor investiu mais de 710 milhões de euros (valores a preços de tabela), o que representa 13,2̀ %0 do inves-timento total, que chega quase aos 5,4 mil milhões de euros. De recordar que aos preços de tabela os canais fazem descontos, em média, acima dos 90%.O comércio fica na segunda posição, com 692,4 milhões de euros (12,9% do total), seguido da indústria alimentar (659 milhões, 12,3%), da higiene pessoais (640 milhões, 11,9%), da indústria au-tomóvel (492,4 milhões, 9,2%), do setor das comunicações (397,4 milhões, 7,4%) e da área da cultura (265,1 milhões, 4,9%). Desta-que ainda para a indústria de higiene do lar (253,6 milhões), as bebidas (179,6 milhões), os bancos (137,2 milhões), os eletrodo-mésticos (95,6 milhões), a indústria de papel e publicações (84,7 milhões), os seguros (83,1 milhões), a informática (64,4 milhões), o têxtil (59,5 milhões), o setor de brinquedos e equipamentos para bebés (59,1 milhões), a indústria das óticas (58,9 milhões), os serviços pessoais (40,7 milhões) e, por último, para os servi-ços de eletricidade, gás e água (35 milhões). Os restantes setores somam um investimento total de mais de 34,9 milhões de euros.O estudo da Carat, que tem por base dados da Mediamonitor, do grupo Marktest, indica ainda que, tendo em conta os meses de maio do ano passado a abril deste ano, este último foi o mês com mais investimento, num total de 492,6 milhões. Pelo con-trário, janeiro foi o mês em que as marcas menos apostaram (403 milhões de euros).De recordar que estes valores são calculados a partir de preços de tabela e, portanto, não incluem os descontos feitos pelos ca-nais de televisão.

ERS define novo regulamento de publicidade em saúdeQuem faz publicidade a produtos de saúde tem que deixar claro nos anúncios o preço total do bem ou serviço vendido, estipula um novo regulamento da ERS relativamente às práticas de pu-blicidade em saúde.O documento, que estará sujeito a consulta pública, durante um mês, visa esclarecer algumas questões práticas.O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Montei-ro Silva, encara este documento como algo positivo, ao especifi-car o preço final total do bem ou serviço. “O que muitas vezes acontece é que as empresas, que por vezes são sociedades anónimas, não explicam o que está abrangido ou não no preço publicitado e não surgem devidamente identi-ficadas”, disse.No início de abril, as sete ordens profissionais da área da saúde (biólogos, enfermeiros, farmacêuticos, médicos, médicos den-tistas, nutricionistas e psicólogos) acusaram a ERS de “inação” relativamente à fiscalização e aplicação de coimas por más práticas de publicidade e pediram a intervenção do ministro da Saúde.

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O INFARMED autorizou, no primeiro trimestre do ano, a realização de 32 ensaios clínicos, 30 dos quais promovidos pela Indústria Far-macêutica, sendo quase metade para medicamentos contra o can-cro e para o sistema imunológico.No final de 2015, estavam autorizados, para realização, 361 ensaios clínicos. Desde o início do ano, o INFARMED recebeu 34 pedidos, tendo autorizado 32. O tempo médio de resposta aos pedidos rece-bidos no primeiro trimestre do ano foi de 35 dias úteis, mais 23 do que em 2015.A esmagadora maioria dos pedidos recebidos pelo INFARMED, nos primeiros três meses do ano, foram feitos pela Indústria Farmacêu-tica (trinta), com os restantes quatro a partirem do meio académico e não comercial.Em relação aos medicamentos experimentais, os mais frequentes foram os antineoplásicos e imunomoduladores (14), seguindo-se os anti-infecciosos (seis), para o sistema nervoso central (quatro) e o sistema cardiovascular (quatro), entre outros, indicou.Em 2015, 91% dos ensaios clínicos realizados em Portugal foram promovidos pela Indústria Farmacêutica.

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Autorizados 32 ensaios clínicos no primeiro trimestre, 30 feitos pela indústria

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No dia do seu 41º aniversário (23 de maio passado), a Cooprofar promoveu um evento formativo no âmbito da 2ª edição do PRÉ-MIO FORMA+, onde foram distinguidas as farmácias que mais apostaram na diferenciação através da formação das suas equi-pas. Paralelamente à entrega dos prémios realizou-se uma ação so-bre «Farmacovigilância - Assuntos Regulamentares» que teve como objetivo alertar para a importância e para a responsabi-lidade das equipas das farmácias em acionarem os mecanismos que visam identificar e denunciar alguma Reação Adversa Medi-camentosa (RAM).Ao longo de 11 anos, a Cooprofar deu formação a mais de 10.000 formandos, contribuindo para uma maior diferenciação, renta-bilidade e competitividade das Farmácias, num setor, cada vez mais, empreendedor. No entanto, essa valorização só é possível quando motivada pela visão estratégica e determinação das Farmácias e suas equipas, na implementação de melhorias con-tínuas e conjuntas direcionadas para a prestação de um serviço de elevada qualidade.A 2.ª edição do PRÉMIO FORMA+ materializou-se, uma vez mais, na distribuição de diplomas que atestam a frequência, aprovei-tamento e satisfação da farmácia e sua equipas pelas ações de formação da Cooprofar. O objetivo desta ação é dar mais visibilidade e notoriedade às organizações que elegem a Cooprofar como entidade formado-ra, bem como, reforçar o valor da proximidade e reconhecer a preferência e fidelização, da Farmácia pela Cooprofar.Ao idealizar o PRÉMIO FORMA+, Cooprofar reforçou a aposta numa estratégia de continuidade, quer de seleção de um eleva-do quadro docente, quer no compromisso de competências espe-cíficas que preparem as farmácias para estar na linha-da-frente das melhores.

O Grupo Cooprofar-Medlog continua a garantir a certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade e da Inovação. No final de maio, a organização foi alvo da auditoria de Acompanhamento das Certificações da NP EN ISO 9001:2008 e da NP 4457:2007, ou seja, do Sistema de Gestão da Qualidade e da Inovação, respetivamente.O Grupo congratula-se com o resultado deste processo que se traduziu num conjunto de recomendações que permitirão conti-nuar a aperfeiçoar o seu desempenho, bem como, na recomendação, por parte da equipa de auditoria, de as certificações devem ser mantidas. No sentido de manter estas certificações e a satisfação dos clientes, a equipa Cooprofar-Medlog assume o mesmo empenho em trabalhar com a qualidade e a inovação necessárias para continuar a garantir marcar a diferença no setor da distribuição farmacêutica.

Grupo Cooprofar-Medlog: Qualidade e Inovação garantidas

2ª Edição do Prémio Forma+ marca 41º aniversário da Cooprofar

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Ordem dos Enfermeiros alerta escolas para Proteção Solar

Grupo Cooprofar-Medlog apoia iniciativa com crianças de GondomarO Grupo Cooprofar-Medlog aceitou o apelo lançado pela Ordem dos Enfermeiros e associou-se a uma iniciativa que a Secção Re-gional do Norte vai desenvolver no âmbito do Dia Mundial da Criança. A colaboração incide na oferta de protetores solares às crian-ças do Agrupamento de Escolas de Gondomar com o intuito de apoiar a mensagem que uma equipa de enfermeiros vai transmi-tir às crianças sobre proteção solar.As atividades a realizar - intituladas «Enfermeiros por um dia» e «Cuidados com o Sol» - irão envolver alunos do 1º Ciclo do Ensi-no Básico e Pré-Escolar e têm como principal objetivo a promo-ção da saúde, missão esta que está inscrita na matriz do Grupo Cooprofar-Medlog há mais de 40 anos.A ação está inserida na política de Responsabilidade da Em-presa (RSE) adotada pelo Grupo Cooprofar-Medlog ao integrar, voluntariamente, preocupações sociais e ambientais nas suas operações e, também, na sua interação com a comunidade en-volvente de forma a defender e zelar pelos princípios éticos de uma sociedade justa e equitativa.“A nossa Responsabilidade Social não se traduz apenas em obje-tivos e compromissos assumidos. Assume-se, acima de tudo, no modo como desenvolvemos as nossas políticas de cidadania e recursos humanos, no impacto das nossas operações e dos nos-sos produtos e, fundamentalmente, na nossa contribuição para a sociedade”, afirma o Grupo Cooprofar-Medlog.A Secção regional Norte da Ordem dos Enfermeiros enalteceu o gesto do Grupo Cooprofar-Medlog: “Orientados pelo princípio de que o trabalho de proximidade com a comunidade e o envol-vimento de instituições é o melhor caminho, estamos convictos que iremos proporcionar às crianças um dia inesquecível.”

As colaboradoras do Grupo Cooprofar-Medlog vestiram a cami-sola e juntaram-se à mancha cor de rosa que, no dia 15 de maio, pintou as ruas do Porto. Depois da participação na Corrida do Mar e na Meia Maratona de Aveiro, desta vez, o espírito despor-tivo e saudável teve assinatura no feminino, com uma equipa formada por mulheres. Naquele que foi também, o Dia Interna-cional da Família, o Grupo Cooprofar-Medlog voltou a reforçar valores de união, compromisso e Proximidade.O dinheiro da inscrição dos participantes na corrida reverteu a favor do Instituto Português de Oncologia (IPO), do Porto, para as vítimas do Cancro da Mama.

Corrida da Mulher invade de cor de rosa ruas do Porto

Grupo Cooprofar-Medlog corre a favor do IPO

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canábisalzheimer melhoraA canábis poderá melhorar o con-sumo de energia pelo cérebro, de-ficitário na doença de Alzheimer, de acordo com uma investigação internacional. “Alguns efeitos da canábis poderão melhorar o con-sumo de energia pelo cérebro, que se encontra deficitário na doença de Alzheimer”, revela um estudo liderado pelos centros de Neuroci-ências e Biologia Celular da (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) e para a Investigação Biomédica em Doenças Neurodegenerativas de Espanha (Instituto Cajal), anun-ciou a UC.

80 anosesperança média de vidaO Japão é, com uma média de 83,7 anos, o país do mundo com maior esperança média de vida, logo se-guido pela Suíça, com 83,4 anos. Na região europeia, mantêm tam-bém esperanças médias de vida acima dos 82 anos a Espanha, Itália, Islândia, Israel, França e Suécia, enquanto o Luxemburgo fi-gura com 82 anos exatos. Portugal surge com uma esperança média de vida de 81,1 anos, em décimo terceiro lugar na tabela europeia.

malária vacina testada em 2017A potencial vacina para a malária em desenvolvimento no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, poderá começar a ser testada em humanos no início de 2017, afir-mou o cientista que lidera o projeto de investigação.

2016abrem 30 USF O Governo quer criar, até ao final do ano, 30 novas unidades de saúde familiar do tipo A e migrar 25 para o tipo B, ultrapassando a média da anterior legislatura. O anúncio foi feito, ontem, pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que prometeu “uma grande recuperação” no nú-mero de cidadãos sem médico de família.”

décimo lugar consumo de álcoolPortugal é o 10º país do Mundo com maior consumo de bebidas alcoólicas. Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cada um dos 8,8 milhões de portugueses com mais de 15 anos bebeu uma média de 12,5 litros de álcool em 2015. Dos nove países à frente de Portugal, 8 são do leste da Europa.

tensão altaafeta três milhões“As doenças cardiovasculares con-tinuam a ser a principal causa de morte em Portugal e um dos prin-cipais fatores de risco destas doen-ças é, de facto, a hipertensão arte-rial. Por este motivo, é necessário reforçar junto da população a im-portância do controlo da tensão arterial como forma de prevenção destas doenças”, explica Severo Torres, coordenador da Unidade de Cardiologia do Hospital Lusíadas Porto.

32 500internamentos evitáveisUm relatório da Organização Mun-dial de Saúde sobre os cuidados de saúde em ambulatório em Por-tugal conclui que pelo menos 32 500 hospitalizações podiam ser evitadas se as respostas fora dos hospitais fossem reforçadas. E se os serviços de saúde mais centra-dos nas pessoas e com meios para atingir proativamente pudessem evitar milhares de internamentos todos os anos.

confiança um resultado estatístico?O cérebro humano está constante-mente a processar dados para rea-lizar avaliações estatísticas que se traduzem na sensação conhecida por confiança, dá conta um estudo publicado na revista “Neuron”. “Em última análise, o sentimento, depen-de dos mesmos cálculos estatísticos que um computador faria”, referiu um dos autores do estudo, Adam Kepecs.

dispositivo deteta bactéria na urinaQuatro estudantes do Instituto Su-perior Técnico (IST) criaram um dis-positivo para detetar, no imediato, a bactéria causadora da infeção urinária. Esta inovação foi premia-da pela Comissão Europeia, no va-lor de cinco mil euros.

receitas eletrónicas consultas atrasadasO programa informático da pres-crição eletrónica de medicamentos obriga os médicos de família, nos centros de saúde, a justificarem todas as vezes que receitam deter-minados fármacos. Esta obrigação faz atrasar o atendimento dos do-entes e deixa os médicos com os “nervos em franja”.

sal e açúcarelevado teor fora do SNSO ministro da Saúde anunciou que vão ser banidas das instituições do SNS as máquinas de dispensa de alimentos com elevado teor de açúcar e sal. Adalberto Campos Fernandes falava na Comissão Parlamentar da Saúde, onde está a decorrer uma audição sobre po-lítica geral do ministério e outros assuntos de atualidade.

meningite Bvacina esgotada desde abrilNem com muita sorte um pai ou uma mãe conseguirá comprar a vacina contra o meningococo 13 (com o nome comercial de Bexse-ro) nas farmácias. Está esgotada desde abril — e só será reposta em junho, de acordo com a farmacêu-tica GlaxoSmithKline.

antibióticos em 2050 uma morte a cada 3 segundos A resistência aos antibióticos po-derá vir a matar em 2050 mais dez milhões de pessoas por ano face ao que acontece atualmente, ou seja uma pessoa em cada três segundos, indica o relatório de um estudo divulgado. O relatório ape-la à mudança drástica na manei-ra de utilizar os antibióticos, cujo consumo excessivo e má utilização favorece a resistência das “super--bactérias”.

tiróidesintomas desconhecidosUm estudo realizado pela Associa-ção das Doenças da Tiroide (ADTI) concluiu que existe ainda um gran-de desconhecimento acerca desta glândula e quais as doenças a ela associadas, bem como os seus sin-tomas - 37,9% não sabem respon-der quais - esclarece a ADTI.

cerco apertafarmácias hospitalaresEstá em curso uma ação inspetiva inédita aos serviços de farmácia dos hospitais públicos e privados. A iniciativa foi tornada pública pelo Infarmed, que revelou já ter inspecionado dez hospitais este ano e pretender abranger, no total, 31 instituições - cinco vezes mais do que no ano passado.

600 farmáciasfarmácias hospitalaresPerto de 600 farmácias aderiram, nos últimos cinco anos, ao sistema de alerta que permite às forças de segurança terem conhecimento imediato de quando uma farmá-cia está a ser assaltada. Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna de 2015, aderiram a este programa de segurança um total de 598 farmácias, tendo sido rea-lizadas 246 ações de sensibiliza-ção. Dos 70 alarmes registados em 2015, 14 resultaram de “situações reais”, indica o Relatório de 2015.

comer bemmenos 5.000 mortes/anoA comunidade científica estima que 25% das mortes são evitáveis. No caso português, tal significa que podem poupar-se cerca de cinco mil vidas por ano, tendo em conta os 105 mil óbitos que se re-gistam anualmente, assegura o di-retor-geral da Saúde, Francisco Ge-orge. Segundo aquele responsável, um dos principais problemas de saúde que enfrentamos enquan-to povo é que “nós não sabemos comer” e “ingerimos sal a mais”, apelando por isso a um esforço massivo na educação.

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