15
Janeiro 2012 ANÁLISE DE MERCADO Farmácias continuam a liderar venda de fármacos sem receita Medicamentos mais baratos em Janeiro ESPECIAL SAÚDE Estética e Beleza: Homens admitem recorrer à cirurgia estética mais do que as mulheres Farmácia tem novo Cliente: Homem

My Cooprofar - Janeiro 2012

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista para setor farmacêutico

Citation preview

Page 1: My Cooprofar - Janeiro 2012

Janeiro 2

012

ANÁLISE DE MERCADO

Farmácias continuam a liderarvenda de fármacos sem receita

Medicamentos mais baratos em Janeiro

ESPECIAL SAÚDE

Estética e Beleza: Homens admitem recorrer à cirurgia estética mais do que as mulheres

Farmácia tem novo Cliente: Homem

Page 2: My Cooprofar - Janeiro 2012
Page 3: My Cooprofar - Janeiro 2012

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 25 de Dezembro e 24 de Janeiro, inclusive.Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado.Os Valores indicados são vingentes, salvo erro tipográfico

Editorial

Análise de mercado

Fármacos

Especial Saúde

Report

Bonificações Top

Novos

Cosmética e Higiene Corporal

Diagnóstico

Dispositivos Médicos

Éticos

Galénicos

Higiene Bebé

Higiene Oral

Ice Power

Interapothek

Med. Não Suj. a Rec. Médica

Não Comercializados

Nut. e Prod. à Base de Plantas

Nutrição Infantil

Parafarmácia

Químicos

Veterinária

Breves

02

03

05

06

08

12

12

12

14

14

16

22

23

23

23

23

23

25

25

27

27

28

28

29

Page 4: My Cooprofar - Janeiro 2012

FICHA TÉCNICA

Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

Direcção:Celso Silva

Coord. Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

Design e Paginação:Creative Blue

Distribuição:Gratuita

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

02

EDITORIAL

“É o mais flexível que sobrevive…”

2011 foi um ano conturbado para o mercado do medicamento. 2012 arranca com mais uma me-

dida que mexe no lucro de farmácias e armazenistas: a redução das margens.

Apesar do cenário de retração previsto, a crise deve ser encarada como uma oportunidade de

mudança e renovação, passo este que exige reflexão. A passagem para um novo ano a isso obriga,

(re)pensar estratégias, (re)definir percursos, (re)inventar projetos e arriscar.

Por cá, este será um processo que elege, indissociavelmente, variáveis que consideramos fun-

damentais numa equação de sucesso: inovação, empreendedorismo e, sobretudo, flexibilidade

para nos adaptarmos aos novos desafios, aos novos conceitos e, principalmente, para darmos a

resposta mais competitiva às novas exigências de mercado.

Já vem do Darwin: “Não é o mais rápido, nem o mais forte que sobrevive, é o mais flexível!

Faço votos de que 2012 reconheça todos aqueles que acreditam e pretendem fazer dele um ano

melhor!

Page 5: My Cooprofar - Janeiro 2012

10

05

00

-05

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

-10

-15

-20

03

Crescimento Mercado

Crescimento face ao período homólogo

Crescimento Mercado Novembro 2011 vs. mês homólogo

ANÁLISE DE MERCADO

Vian

a do

Cas

telo

Brag

a

Vila

Real

Brag

ança

Porto

Aveir

o

Vise

u Guar

da

Coim

bra

Caste

lo Br

anco

Leiria

Sant

arém

Porta

legre

Lisbo

a

Setú

bal

Évor

a

Beja

Faro

Mer

cado

Tota

l

-4,1%

-7,5%

-5,4% -5,4%-5,0%-4,0%

-4,9%-6,2%

-0,8%-1,4%

-5,8%

-8,3%

-10,4%-9,6%

-5,8% -6,0%-7,6%

0,7%

-5,0%

Page 6: My Cooprofar - Janeiro 2012

Análise de

Mercado

04

Incerteza na política do medicamento penaliza mercadoNum ano em que prevaleceu a incerteza na política do medicamento, as grandes multinacionais como a Novartis, Roche ou Bayer escapam à quebra de vendas, mas outras há como a MSD, com uma descida de 10,5% do volume de negócios, ou a Sa-nofi, a vender menos 17,2% do que no ano passado, que não conseguiram contornar a crise, revela o ranking das maiores empre-sas do setor farmacêutico. As farmacêuti-cas de capitais 100% portugueses surgem a partir do 16º lugar, com empresas como a Bial e Tecnimede. A Bial, que há dois anos lançou o primeiro medicamento totalmen-te desenvolvido em Portugal, contraria o momento de crescimento das empresas nacionais, tendo registado uma quebra no volume de negócios de 24,3%, com vendas de 94 milhões de euros e prejuízos de 6,6 milhões.

Farmácias só fazem encomendas depois de pagamentoHá farmácias que já só estão a aceitar pedi-dos de medicamentos esgotados e outras encomendas se os clientes pagarem parte ou a totalidade do seu valor. Ou só abrem excepção a quem já confiam ou para me-dicamentos de uso regular. A situação acontece com mais frequência porque há clientes com problemas económicos ou que decidiram ir a outra farmácia. Os calo-tes relatados são as encomendas de clien-tes que nunca mais as levantaram e que se transformam em cemitérios de produtos que chegam a perder validade.

Lucro das farmácias e grossistas reduzidoAs farmácias e os armazenistas vão ver as suas margens de lucro reduzidas já a par-tir de Janeiro. Nos medicamentos mais caros a margem de lucro é reduzida dos atuais 20% para 18,4%. A ideia é que o lu-cro seja maior quanto mais barato for o medicamento. A medida permitirá poupar 50 milhões de euros, estima o Governo. Atualmente, estes dois stakeholders têm margens de 20 e 8%, respetivamente. De acordo com o decreto-lei publicado ontem em Diário da República, as margens osci-lam agora entre os 27,9% e os 18,4% para as farmácias e no caso dos armazenistas os lucros podem variar entre 11,2% e 9,2%. Ao mesmo tempo, os países de referência com que Portugal se compara para estabelecer os preços dos medicamentos também foram alterados: Espanha, Itália e Eslové-nia são agora os países eleitos. De acordo com a Indústria Farmacêutica, a alteração dos países de referência terá um impacto na descida dos preços dos medicamen-tos. Seguindo a cadeia, se os medicamen-tos chegam mais baratos às prateleiras, as margens de lucro serão menores também por este efeito. Mas também ficarão mais barato para os consumidores.

Farmácias continuam a liderar venda de fármacos sem receitaNão obstante a diferença de preços [farmácia - hipermercado], o estudo da DECO constata que as farmácias con-tinuam a liderar a venda de fármacos sem receita. Em número de embalagens vendidas, as farmácias detêm 84% do mercado, segundo dados de Julho do Infarmed, embora os restantes estabe-lecimentos estejam a ganhar terreno: em 2008, a quota das farmácias situava--se em 91%. Os resultados do estudo da DECO permitiram ainda traçar o nível médio de preços dos 19 medicamentos em 18 distritos. Assim, Beja é o distrito mais caro, onde este “cabaz” de medica-mentos custaria em média 95,71 euros, contra Santarém, o distrito mais barato, com uma média de 80,47 euros (abaixo dos 84,61 euros da média nacional). Lis-boa e Porto, os distritos onde se locali-zam, respetivamente, 20% e 18% dos 413 estabelecimentos que responde-ram ao inquérito, pertencem ao leque dos mais baratos, com um preço médio apenas 4% mais caro do que em San-tarém. Apesar de genericamente as ca-deias de hipermercados serem as mais baratas, ainda existem diferenças entre elas. O El Corte Inglés é o mais caro, co-brando mais 26% do que as outras lojas da amostra: o Espaço Bem-Estar Pingo Doce, o Espaço Saúde e Bem-Estar (Au-chan) e o Well’s Continente, estes três sem grandes variações de preço. O es-tudo revela ainda que 23% do total de embalagens vendidas são analgésicos e antipiréticos e que 46% do volume de vendas pertence à Pharmacontinente (Well’s Continente), citando dados do Infarmed. O questionário foi realizado em Junho de 2011 e incidiu sobre o pre-ço dos 19 medicamentos sem receita médica mais baratos e analisados pela DECO desde 2006 em 500 farmácias e 400 locais de venda autorizada.

Medicamentos nos hipermercados 20% mais baratos do que nas farmáciasOs hipermercados vendem os medica-mentos sem receita médica 20% mais ba-ratos do que as farmácias e, desde 2005, até hoje, baixaram os preços de alguns fárma-cos, revela um estudo da DECO. Contraria-mente às grandes superfícies, as farmácias e outros locais de venda autorizada man-têm a tendência geral de subida de preços. Nos pontos de venda dos hipermercados, a fatura total dos 19 medicamentos anali-sados pela DECO fica 20% mais barata do que nas farmácias e 19% relativamente a outros locais de venda. “Em Junho de 2011, pagaríamos por aqueles 19 medicamentos, em média, 96,95 euros na farmácia, 96,03 euros noutro local autorizado (parafarmá-cia, por exemplo). No hipermercado, cus-tariam 80,74 euros, de acordo com a nossa amostra”, indica a associação de defesa do consumidor. O maior aumento de preços nos últimos cinco anos coube às farmácias no grupo de medicamentos estudados (21%), seguido de outros estabelecimentos autorizados (17%), enquanto nas grandes superfícies o aumento não foi além de 1%. Os pontos de venda nos hipermercados fo-ram os únicos a reduzir os preços médios em 11 medicamentos. A DECO revela ainda que, nalguns casos, o mesmo medicamen-to chega a custar quase o dobro na farmá-cia do que nos hipermercados.

Sector farmacêutico em ebulição As elevadas dívidas dos hospitais à indústria farmacêutica (IF) e a constante mudança na política de medicamentos, têm caraterizado os últimos anos do setor farmacêutico. Mas não só. O mercado de genéricos está a ganhar todos os anos quota de mercado e há mesmo grandes grupos farmacêuticos a entrar neste seg-mento. Porém, a inovação continua a ser o ADN das principais empresas do setor, que investem milhões em novos medi-camentos. São muitos os novos pedidos de patentes feitos anualmente, mas são igualmente muitas as substâncias ativas que aguardam aprovação nos tribunais. Outro dado a reter neste setor é a quebra na venda de medicamentos. Os últimos dados disponíveis, referentes a Outubro de 2011, revelam que o mercado farma-cêutico registou uma quebra no volume de vendas de 13,4% em Outubro, face a mesmo período de 2010, somando 261,1 milhões de euros em vendas. Os dados são da Health Market Research (hmR) e indicam ainda que a quebra de vendas foi acompanhada também por uma retração no consumo, ou seja, venderam-se menos 5,4% de embalagens de medicamentos face a Outubro de 2010. Apesar da procla-mada aposta no mercado dos genéricos, o valor de vendas no segmento dos genéri-cos caiu 15,3%, uma quebra superior à do mercado farmacêutico.

Page 7: My Cooprofar - Janeiro 2012

Medicamentos mais baratos em janeiroEm janeiro há novos preços para os medi-camentos. O novo regime de formação de preços dos medicamentos foi publicado em Diário da República, num decreto-lei que obriga a uma “baixa generalizada dos preços” para os utentes e uma poupança dos gastos públicos. O regime publicado define ainda que os preços dos medica-mentos genéricos serão objeto de uma revisão anual. Além da revisão anual, “o preço do medicamento pode ser revisto, a título excepcional, por motivos de inte-resse público ou por iniciativa do titular da autorização de introdução no mercado, mediante despacho fundamentado dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da economia e da saúde”. O presente decreto-lei entra em vigor em janeiro, mas todas as embalagens de medicamentos produzidas e disponibilizadas no mercado antes dessa data poderão ser comercializa-das até ao final de Março.

Asma: comparticipação de 69% mantém-seContrariando o parecer inicial da Autorida-de Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), o Ministério da Saúde (MS) decidiu manter a comparticipação em 69% dos medicamentos associados para a asma, uma doença que afeta mais de um milhão de portugueses, dos quais 700 mil apresentam sintomas ativos.

Antipsicóticos: Norma da DGS contestada por psiquiatras por ser “economicista”Uma norma da Direção Geral de Saúde (DGS) sobre a utilização clínica de antipsicóti-cos está a gerar contestação junto de alguns psiquiatras, que alegam tratar-se de uma medida economicista que pode prejudicar os doentes. “Esta norma tem em vista um critério economicista. Os doentes respondem de forma diversa aos antipsicóticos e as respostas têm de ser dadas caso a caso. O documento, a que a Agência Lusa teve aces-so, refere não existir “evidência que suporte a vantagem dos antipsicóticos de segunda geração […] no tratamento de manutenção da esquizofrenia ou outras perturbações psicóticas”. É este aspeto, em particular, que desagrada aos profissionais da área, ape-sar de a Norma estar ainda em fase de “audição pública”, de acordo com o departa-mento da Qualidade na Saúde da DGS. António Palha defende que os antipsicóticos novos apresentam diferenças “ao nível da eliminação dos efeitos colaterais”, como as tremuras, visão turva ou obstipação, fato essencial num tratamento prolongado, por-que nas doenças crónicas “os efeitos secundários são para toda a vida.

Pílulas anticoncepcionais mantêm compar-ticipaçãoOs anticoncepcionais que são adquiri-dos nas farmácias deverão continuar a ser comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). A decisão já está tomada e mantém a comparticipação deste medica-mento, que é também entregue gratuita-mente nos serviços públicos de saúde.

Antibiótico corre o risco de entrar em vias de extinçãoExiste uma cada vez maior resistência aos antibióticos, provocada sobretudo pelo seu uso abusivo e incorreto. É neste cenário que surge a Aliança Portuguesa para a Preservação do Antibiótico (APAPA), cujo objetivo central é evitar que a eficácia do antibiótico entre em vias de extinção. Trata-se de um mercado que envolve muitos milhões de euros, afirmou José Artur Paiva, um dos promotores da APAPA. O responsável chama a atenção para o facto de quanto maior e mais inadequada for a utilização de antibióticos, maior é a emer-gência de bactérias multirresistentes. Adianta a este propósito: “É sabido que, em geral, os países do sul da Europa têm maior consumo de antibióticos e uma maior taxa de bactérias multirresistentes do que os países do Norte. Portugal tem estado entre os 10 países eu-ropeus com mais elevado consumo de antibióticos – é o nono, atualmente – e tem uma elevada taxa de multirresistência bacteriana.”

Descida de preço mais notória nos fárma-cos mais carosA descida de preços em janeiro só é no-tória nos medicamentos mais caros. De acordo com a tabela divulgada na página da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) na internet, pode constatar-se que os preços ficam ba-sicamente na mesma para os fármacos que custam até cinco euros. A partir deste valor e até aos 50 euros a diferença é quase sem-pre de cêntimos. Bastante mais baratos fi-cam os medicamentos acima dos 50 euros. Aqui, quanto mais caros, maior a descida. Encontram-se medicamentos que passam de 150 para 124 euros, de 1.100 para 830 euros e mesmo um medicamento que ti-nha preço máximo de 2.586 euros e que, em janeiro, custa menos 300 euros. As al-terações decorrem de mudanças nas mar-gens de lucro de fabricantes, armazenistas e farmácias.

Ministério não avançou com lei para dar medicamentos grátisAprovada desde Abril, a Lei 10/2011 prevê a entrega gratuita de medicamentos para três dias aos doentes no momento da alta do internamento. Mas até agora nenhum hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS) dispensou medicamentos aos uten-tes nestas condições, porque a proposta nunca foi regulamentada. O Ministério da Saúde considera que não estão demons-tradas vantagens terapêuticas e econó-micas, mas diz que irá ter a legislação em consideração.

05

Fárm

acos

Page 8: My Cooprofar - Janeiro 2012

06

Análise de

Mercado

ESPECIAL

SAÚDE

Mercado da estética à margem da criseA vaidade não tem idade. Mulheres e homens querem estar sempre bem, por isso, a preocupação com o corpo está sempre em evidência. Aliás, o mercado da estética em Portugal está em expansão, tendo sentido pouco a crise económica dos últimos anos e aumentando mesmo o número de clientes e a procura de tratamentos.

De acordo com um estudo recente efetuado junto de várias clínicas de estética, cerca de 90% avançaram ter planos de expansão. A maturidade do mercado, a maior quantidade de informação disponibilizada e o aumento do setor privado são as principais razões apontadas para um crescimento generali-zado da procura. “O segmento mais baixo do mercado ressen-tiu-se [com a crise] e as pessoas com menor poder económico obviamente cortaram naquilo que era supérfluo, portanto nos serviços de estética”, admitiu o proprietário de uma clínica de beleza. No entanto, sublinha, a classe média-alta continua a procurar serviços estéticos e, como é “mais atenta à credibili-dade da clínica e sobretudo dos médicos”, “as empresas que têm melhores referências acabam por beneficiar” dessa con-centração do mercado. “É uma espécie de seleção natural: os mais fracos fecham e os que ficam beneficiam desses clientes”, rematou.

Estética & Beleza

Page 9: My Cooprofar - Janeiro 2012

Homens admitem recorrer à cirurgia estética mais do que as mulheresNum estudo, realizado pelo canal Odisseia em conjunto com a Eurosondagem, acerca do que os portugueses pensam sobre o envelhecimento, os homens admitem, mais do que as mulhe-res, recorrer à cirurgia estética para melhorar a sua imagem corporal. Neste estudo de opinião, realizado em Setembro de 2009 no âmbito da comemoração do dia mundial do idoso (1 de Outubro), 725 participantes foram questionados sobre o papel da medicina estética na busca da juventude, a discrimi-nação associada à idade, a gravidez tardia, o sexo na terceira idade e os limites da reforma. De acordo com os resultados do estudo, a cirurgia estética ainda não é uma prática comum dos portugueses. No entanto, “tudo indica que esta prática poderá aumentar no futuro e, surpreendentemente, com enfoque no género masculino, já que 29,3% dos inquiridos admitem vir a recorrer a intervenções cirúrgicas, contra 16,1% das mulheres”, revela o estudo. Em relação ao envelhecimento, as mulheres preocupam-se claramente mais do que os homens: 52,6%, contra 31,6% dos homens. Já quanto à perda de interesse sexual ao longo dos anos, ambos os sexos estão em sintonia. Relativamente à idade em que as mulheres engravidam e tendo em conta os avanços da medicina, os portugueses acreditam que ser mãe até aos 40 anos é considerado normal e 20,3% das mulheres admitem, se a medicina ajudar, a possibilidade de serem mães aos 50 anos. Para justificar a queda de natalidade em Portugal, os inquiridos apontam os casamentos tardios e o aumento de divórcios como os principais responsáveis. Por outro lado, a maioria dos portugueses acha que esta é uma sociedade que discrimina o idoso e que a idade estipulada para atingir a reforma em Portugal deveria ser reduzida. Por último, a prática de exercício físico e uma alimentação saudável são os principais comportamentos adoptados pelos portugueses com o objetivo de se manterem jovens.

07

ESPECIAL

SAÚDE

Envelhecimento: doenças podem ser travadasA eliminação de células que se vão acumulando ao longo da idade pode evitar ou retardar o aparecimento de distúrbios re-lacionados com o envelhecimento, sugere um estudo publica-do na “Nature”. Há cinco décadas atrás, os cientistas descobri-ram que as células passam por um número limitado de divisões antes de pararem de se dividir. Nesse ponto, as células atingem um estado de limbo - chamado de senescência celular - onde nem morrem nem se continuam a multiplicar. Estas produzem fatores que danificam as células adjacentes e causam a infla-mação dos tecidos. Acredita-se que este destino alternativo das células seja o mecanismo que impede o crescimento celular e a disseminação do cancro. O sistema imunológico elimina, regu-larmente, estas células disfuncionais, mas com o tempo torna--se menos eficaz a levar a cabo esta tarefa. Como resultado, as células senescentes acumulam-se com a idade. Assim, uma das questões associadas ao envelhecimento que ainda se mantém em aberto é saber se, e como, estas células causam doenças e distúrbios associados à idade. Uma das razões pela qual tem sido tão difícil responder a esta pergunta é que o número de cé-lulas senescentes é limitado e apenas representa 10 a 15 % das células de um indivíduo idoso. Neste estudo os investigadores da Mayo Clinic, nos EUA, modificaram geneticamente ratinhos para que estes expressassem nas suas células senescentes uma molécula, a caspase 8. Esta molécula, que só fica ativada na presença de um fármaco, pertence a uma família de proteínas que está envolvida na apoptose ou morte celular. O estudo re-velou que quando os ratinhos eram expostos a este fármaco, a caspase 8 era ativada, o que provoca danos nas membranas das células conduzindo, consequentemente, à destruição das células senescentes. Os investigadores descobriram que a eli-minação de células senescentes, ao longo da vida, atrasava o início das doenças associadas à idade, como a catarata, perda de massa muscular e fraqueza. Ainda mais relevante, foi o facto de se ter demonstrado que a remoção destas células abrandava a progressão de doenças associadas à idade que já haviam sido estabelecidas.

Page 10: My Cooprofar - Janeiro 2012

08

Análise de

Mercado

ESPECIAL

SAÚDE

O novo cliente da Farmácia: HomemQuem pensa que os cosméticos e produtos de beleza são coisas só para mulheres, está completamente enganado Os Media ajudaram a promover um novo modelo de beleza masculina. Hoje, existe uma pressão social maior para que os homens se preocupem com a aparência. Exigên-cia que veio abolir preconceitos e aumentar as visitas e os pedidos de aconselhamento na Farmácia. Nos dias de hoje, mais do que preocupado com a aparência, o homem leva em consideração o seu bem-estar. Prova disso é o constante crescimento do mercado de produtos de beleza para o público masculino. Além de desempenhar as atividades pro-fissionais e familiares, o homem também está a rea-valiar tudo o que se refere à qualidade de vida, saúde e bem-estar físico e mental. A procura pelo equilí-brio faz com que neste momento o Homem procure conhecer-se melhor a si próprio, identificando as suas necessidades e carências. O controlo do colesterol, o equilíbrio nutricional, a reposição hormonal e outros cuidados já começam a fazer parte do quotidiano mas-culino de forma consciente. O cuidado com o corpo já não se restringe mais ao corte dos cabelos e a perda de peso. A vaidade estética tomou novas proporções e a consolidação deste conceito criou, assim, um novo cliente da Farmácia e dos espaços de saúde.

Preferências estéticas vêm do berçoOs bebés recém-nascidos, assim como os adultos, preferem olhar para caras bonitas, segundo um estudo britânico. A in-vestigação da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha, mostra que os bebés nascem com preferências que os ajudam a enten-der o novo ambiente em que se encontram. Foram apresenta-das duas imagens em simultâneo aos bebés, uma com um ros-to tido como bonito, outra, um rosto tido como pouco atraente. Os investigadores disseram que os bebés passaram mais tempo a olhar para a cara mais atraente. “Os bebés nascem com um entendimento pormenorizado do rosto humano”, explicou à BBC Alan Slater, psicólogo da Universidade de Exeter, acrescen-tando que este faco ajuda-os a reconhecer as caras familiares, especialmente a da mãe, e a entenderem o mundo à sua volta. Os recém-nascidos fazem isso, segundo os cientistas, apesar de possuírem uma visão embaciada. “O rosto da mãe parece fora de foco para o recém-nascido, mas ele consegue diferenciá-lo do de outras mulheres 15 horas após o seu nascimento”, dis-se Slater. Em média, segundo o cientista, os bebés passam 80 por cento do tempo a olhar para o rosto atraente do par de imagens mostradas. Os bebés usados no estudo tinham uma média de dois dias de vida, embora alguns tivessem apenas al-gumas horas. “A beleza não está apenas nos olhos de quem vê, mas sim no cérebro do recém-nascido desde o momento do nascimento. Talvez mesmo antes disso”, assegurou o cientista.

Page 11: My Cooprofar - Janeiro 2012

09

ESPECIAL

SAÚDE

Cremes com ácido hialurónico:Como atuam os cosméticos quecontêm esta substância?A sua capacidade para reter água é quase mágica mas a firmeza e a suavidade que confere à pele são reais. De onde vem o seu poder? O ácido hialurónico é uma substância natural fabricada pelo corpo humano que atua como fator estruturante e hidra-tante da pele, mantendo-a flexível.

Qual o seu segredo?Por um lado, a capacidade de reter a água numa percentagem equivalente a milhares de vezes o seu peso. Por outro, a capaci-dade de estimular a produção de fibras de colagénio, elemento fundamental para a manutenção da tonicidade cutânea.Infelizmente, à medida que os anos passam, a presença desta substância no nosso organismo diminui, diminuindo também a hidratação e a elasticidade da pele, o que leva ao aparecimento de rugas e perda de firmeza. É por isso que tanto a indústria cosmética como a medicina estética têm vindo a apostar no desenvolvimento de fórmulas capazes de repor os níveis de ácido hialurónico na pele e, assim, prevenir e/ou contrariar o envelhecimento da pele.

Em creme ou injetável?Atualmente, existem duas formas de fornecer ácido hialurónico à pele, através da aplicação tópica (em cremes) ou através da sua administração subcutânea (injeções de preenchimento). As fórmulas cosméticas podem ser usadas diariamente a partir dos 20 anos, pois ajudam a pele a manter um nível óptimo de hidratação, favorecendo a sua elasticidade e prevenindo o apa-recimento de rugas.As injeções recomendam-se a partir dos 30 anos, para um efeito regenerador mais intenso e visível, de forma não só a prevenir o envelhecimento mas também a rejuvenescer a pele no seu todo, melhorando a sua elasticidade e firmeza e suavizando as rugas já existentes (das mais profundas às superficiais). Para além disso, o ácido hialurónico injetável pode ainda ser utili-zado para dar mais volume aos lábios e às maçãs do rosto.

Como usar?Os cosméticos à base de ácido hialurónico podem ser usados:Diariamente: ajudam a manter um nível óptimo de hidratação da pele, favorecendo a sua elasticidade e prevenindo o apare-cimento de rugas.Em SOS: aplicados diretamente sobre os sulcos das rugas têm um efeito de preenchimento imediato. Normalmente, as fórmulas desenvolvidas com este objetivo incluem também ingredientes com uma ação óptica alisadora para um efeito mais visível.

Page 12: My Cooprofar - Janeiro 2012

10

Report

Cooprofar cria Gadget para clientesA Cooprofar, investindo nas novas tecnologias, desenha solu-ções que visam facilitar a relação com a Farmácia. Foi, por isso, a pensar nos clientes, que criou um Gadget. A nova aplicação – inserida nos Sistemas de Apoio à Gestão da Farmácia – permite facilitar o acesso a ferramentas já frequentemente utilizadas pelo cliente, nomeadamente, Gestão de Encomendas, Rotas e Produtos e, ainda, Carrinho de Compras. A potencialidade desta nova ferramenta traduz-se, assim, em inúmeras vantagens para o cliente: acompanhamento permanente das encomen-das, consulta célere de produtos, realização de encomendas à medida, planeamento da entrega da encomenda. Tudo isto, na maior comodidade e rapidez. Este Gadget (mini-aplicação) foi desenvolvido no âmbito da política de inovação da Cooprofar, apresentando-se como uma solução Segura, Veloz e Eficaz. A Cooprofar acredita que este é mais um passo no reforço da relação e fidelização com os seus clientes.

Grupo Medlog leva projecto SIG_LOG à Alfândega do PortoO Grupo Medlog levou o projeto SIG_LOG à Alfândega do Porto, onde decorreu o Fórum O “Competitividade e Internacionalização: O papel dos Pólos de Competitividade e Tecnologia e Clusters”. O Forúm - que decorreu dia 20 de Dezembro - reuniu representantes do tecido sócio-economico e especialistas em torno de painéis de debate e reflexão sobre empreendedorismo, inovação, competitividade e interna-cionalização. A organização do evento coube ao COMPETE, em articulação com o Ministério da Economia e Emprego, tendo a sessão de abertura ficado ao cargo de Carlos Oliveira, Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação. Paralelamente ao Fórum decorreu uma exposi-ção onde o projeto SIG_LOG (Sistema Integrado de Gestão e Logística de Medicamentos, Dispositivos Médicos e outros Produtos Farmacêuticos para o Sistema Alargado da Saúde) esteve patente ao público. Esta solução está direcionada para o mercado hospitalar e visa alterar de forma estrutural toda a cadeia de abastecimento de produtos de saúde. A apresenta-ção oficial deste projeto decorreu em novembro passado tendo sido reconhecida como uma solução inovadora e eficaz na racionalização da gestão hospitalar e na própria reorganização do SNS. O projecto SIG_LOG foi desenvolvido por um consór-cio composto pela Medlog, SA (especialista logístico do Grupo Medlog) e pelo INEGI (Instituto de Engenharia e Mecânica e Gestão Industrial), contando, também, com envolvimento de várias entidades contratadas reputadas (Kaizen Institute, Knapp AG e CreativeSystems), bem como, de parceiros como o Grupo Trofa Saúde, o Hospital de São João (Porto) e a Unidade Local de Saúde de Matosinhos.

Responsabilidade Social Corporativa da Medlog reforçada no NatalNo âmbito da Responsabilidade Social Corporativa praticada pelo Grupo Medlog, o Instituto Profissional do Terço (IPT), no Porto, e o Centro Social e Cultural de Valbom, em Gondomar, receberam, este Natal, donativos materiais cujo valor ultrapassou os 1000 euros. Os produtos doados ao IPT (fraldas, papas, higiene infantil, etc) visaram apoiar o arranque da nova creche desta instituição com quem a Cooprofar mantém um Protocolo de Cooperação desde 2008. O IPT é uma Instituição de Solidariedade Social e de Educação destinada a acolher, educar e formar menores do sexo masculino carenciados e que se encontrem em situação de risco, sem limitação de área geográfica de origem. Para o Centro Social de Valbom foram doados produtos para dar resposta às necessidades dos idosos (fraldas, produtos de higiene pessoal, cadeira de rodas, etc). O Grupo Medlog, enquanto organização socialmente responsável está atento às diversas realidades sociais e, tendo conscien-cialização dos problemas e carências da sociedade, mobiliza-se no apoio à comunidade envolvente com acções frequentes. Recentemente, as empresas do Grupo Medlog (Cooprofar, Mercafar, Medlog SA e Dismed) obtiveram a renovação da certifi-cação em Responsabilidade Social, após a auditoria segundo a norma SA 8000:2008. O certificado agora emitido é válido até 25 de Setembro de 2014, dando início a um novo ciclo de três anos de certificação neste normativo, que prevê a realização de auditorias pela entidade certificadora, AENOR.

Page 13: My Cooprofar - Janeiro 2012
Page 14: My Cooprofar - Janeiro 2012

Brevesmedicamentos

mais de 100 com substância tóxicaCientistas das universidades de Harvard e Boston (nos EUA) descobri-ram que vários medicamentos e suplementos aprovados pelas auto-ridades de saúde contêm substâncias que não apenas não ajudam, como podem atrapalhar seriamente a saúde. Os ftalatos encontrados são adicionados aos medicamentos como compostos inativos e al-guns causam danos ao desenvolvimento, sobretudo do sistema repro-dutivo.

29

133 mil fármacos perigosos apreendidosMedicamentos para a disfunção erétil e emagrecimento. São estes os fármacos contrafeitos que mais são apanhados nas alfândegas por-tuguesas, mas a lista inclui hormonas de crescimento e até medica-mentos para o coração. No total, nos primeiros nove meses deste ano foram apreendidos mais de 133 mil fármacos perigosos.

somatropinaEMA considera que relação benefício-risco dos fármacos perma-nece positiva O Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) concluiu que a avaliação da relação benefício-risco dos medicamentos contendo somatropina permanece positiva. No entanto, o CHMP considerou necessário alertar que as indicações, advertências e precauções aprovadas devem ser seguidas rigorosamente.

citalopramEMA recomenda atualização do RCM e folheto informativo A Agência Europeia do Medicamento (EMA) recomendou a atualiza-ção do Resumo das Caraterísticas (RCM) e Folheto Informativo (FI) dos medicamentos contendo citalopram após ter identificado que estes medicamentos provocam alterações no eletrocardiograma (ECG), nomeadamente o prolongamento do intervalo QT dependente da dose.

antiepilépticossubstituição por genéricos pode descompensar doentesPerante os cortes anunciados no setor da saúde, ao longo dos últimos meses, a Sociedade Portuguesa de Neurologia está preocupada com a possível substituição de alguns medicamentos antiepilépticos pelos seus correspondentes genéricos, que nem sempre contêm a mesma percentagem de substância ativa.

norteregião com maior taxa de vacinação contra a gripeA região Norte é a que apresenta maior taxa de cobertura de vacinação contra a gripe sazonal, com cerca de 40% da população de risco já vaci-nada, revelam os dados mais recentes do Vacinómetro.

enxaqueca risco de depressão aumentaAs pessoas que sofrem de enxaqueca podem apresentar um maior ris-co de desenvolver depressão clínica, sugere um estudo feito na Uni-versidade de Calgary, no Canadá. O estudo também sugeriu que essa relação possa ser inversa, ou seja, as pessoas com depressão talvez te-nham uma maior probabilidade de ter enxaqueca.

óleo de alho protetores para o coraçãoUm componente do óleo de alho pode libertar compostos protetores para o coração, que pode ajudar em várias situações clínicas, como um enfarte agudo do miocárdio, durante uma cirurgia cardíaca, ou como um tratamento para insuficiência cardíaca.

pílulas FDA relaciona aumento do risco de coágulosUm estudo da FDA divulgado refere que algumas pílulas contracep-tivas - como a Yaz e a Yasmin do laboratório alemão Bayer - parecem aumentar o risco de coágulos sanguíneos em maior proporção que os contraceptivos orais mais antigos.

Esmya®EMAdá parecer positivo O Comité de Produtos Medicinais para Uso Humano da EMA emitiu um parecer positivo sobre o acetato de ulipristal 5 mg (Esmya®) para o tra-tamento pré-operatório de sintomas moderados a graves do mioma. A companhia espera receber autorização de introdução no mercado deste agente na União Europeia no princípio de 2012.

1,7 mil milhões €poupança com genéricos em sete anosEm sete anos, a poupança gerada pela utilização de genéricos em Portugal já terá ultrapassado 1,7 mil milhões de euros, apesar de a quota de mercado destes medicamentos ainda ser inferior a 20%, con-cluem dois especialistas em Farmácia, num artigo publicado na última edição da Revista Portuguesa de Farmacoterapia.

domperidonaEMA recomenda atualização do RCM e FI A EMA recomendou a atualização do Resumo das Caraterísticas do Medicamento e Folheto Informativo dos medicamentos contendo domperidona, após uma avaliação completa dos últimos estudos epi-demiológicos e dos dados de pós-comercialização, incluindo notifica-ções espontâneas.

Page 15: My Cooprofar - Janeiro 2012