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NCE/16/00040 — Decisão de apresentação de pronúncia - Novo ciclo de estudos NCE/16/00040 — Decisão de apresentação de pronúncia - Novo ciclo de estudos Decisão de Apresentação de Pronúncia ao Relatório da Comissão de Avaliação Externa 1. Tendo recebido o Relatório de Avaliação/Acreditação elaborado pela Comissão de Avaliação Externa relativamente ao novo ciclo de estudos Artes Visuais 2. conferente do grau de Licenciado 3. a ser lecionado na(s) Unidade(s) Orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.) Escola De Arquitectura (UM) 4. a(s) Instituição(ões) de Ensino Superior / Entidade(s) Instituidora(s) Universidade Do Minho 5. decide: Apresentar pronúncia 6. Pronúncia (Português): A pronúncia é apresentada no ficheiro pdf anexo. 7. Pronúncia (Português e Inglês, PDF, máx. 150kB): (impresso na página seguinte) pág. 1 de 1

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NCE/16/00040 Decisão de apresentação de pronúncia - Novo ciclo de estudos

NCE/16/00040 Decisão de apresentação depronúncia - Novo ciclo de estudosDecisão de Apresentação de Pronúncia ao Relatório daComissão de Avaliação Externa1. Tendo recebido o Relatório de Avaliação/Acreditação elaborado pela Comissão de AvaliaçãoExterna relativamente ao novo ciclo de estudos Artes Visuais2. conferente do grau de Licenciado3. a ser lecionado na(s) Unidade(s) Orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.)Escola De Arquitectura (UM)4. a(s) Instituição(ões) de Ensino Superior / Entidade(s) Instituidora(s)Universidade Do Minho5. decide: Apresentar pronúncia6. Pronúncia (Português):A pronúncia é apresentada no ficheiro pdf anexo.7. Pronúncia (Português e Inglês, PDF, máx. 150kB): (impresso na página seguinte)

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Anexos

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Universidade do Minho Escola de Arquitetura

PRONÚNCIA Relatório Preliminar da CAE

NCE/16/00040 | Licenciatura em Artes Visuais

Em resposta ao Relatório Preliminar da CAE - NCE/16/00040, a presente Pronúncia apresenta e sintetiza

um conjunto de observações sobre a Licenciatura em Artes Visuais (LAV) proposta pela Universidade do

Minho (UMinho).

Organizada em três âmbitos, pretende reafirmar o interesse estratégico da Licenciatura em Artes Visuais

para a Universidade do Minho; justificar a coerência da estrutura curricular proposta; e, detalhadamente,

argumentar em favor das opções científicas e didático-pedagógicas tomadas no Plano de Estudos,

esclarecendo as principais questões apresentadas pela CAE.

Com base nas alegações desenvolvidas, esta Pronúncia conclui, solicitando a reconsideração da

recomendação final do Relatório Preliminar, de não-acreditação.

1. Do interesse estratégico da LAV para a UMinho

1.a.

Constituir-se como uma “Universidade Completa” é um desígnio seminal da UMinho,

sucessivamente reafirmado nos seus Estatutos. Todo o seu percurso traduz essa intenção - e esse esforço

-, e a inclusão da área das Artes completa o grande ciclo do espectro formativo em que se revê. Nesta

trajetória, a UMinho tem sempre desenvolvido um exercício de reflexão sobre os modelos preexistentes e

disponíveis em cada momento, em Portugal e outros contextos nacionais, e a partir dessa análise, a

construir estruturas formativas que correspondam às exigências contemporâneas, apostando em

formações inovadoras. A LAV – reunindo-se às licenciaturas e pós-graduações associadas aos cursos de

Arquitetura, Música, Teatro e Design do Produto, as últimas mais recentemente acreditadas - reveste-se,

assim, de importância estratégica na prossecução desse desígnio e é, naturalmente, central à sua

afirmação e sedimentação.

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A criação da LAV converge com o que têm sido orientações de política e práticas da autarquia e

da região, explicitadas numa oferta artística e cultural intensa e de reconhecida qualidade, patente no

investimento público que tem vindo a ser feito em infraestruturas e eventos, progressivamente incorporados

no quotidiano das populações.

Numa desejável e profícua interação, a aposta na formação de profissionais no campo das Artes,

ao contribuir para a incubação dos próprios atores dessa política cultural, é vital quer à sua sedimentação,

quer à sua permanente atualização e competência, melhorando os níveis culturais e sociais das pessoas

e, assim, contribuindo para o desenvolvimento do país.

A ambição da UMinho é, pois, coerente com a sua história e não é, de forma alguma, redutível ao

“interesse pela integração do possível excedente candidatos a outros curso, fortalecendo a gama formativa

da Escola de Arquitetura”, ou ao “aproveitamento do potencial aparente de candidatos para um curso de

formação genérica de natureza transversal”, como a CAE reiteradamente sugere (3.1.4, 3.1.5, 3.2.4).

Gostaríamos, antes, que fosse interpretada como uma assumida intenção estratégica da Instituição em

ampliar e fortalecer a sua oferta na área das Artes, facultando uma formação de qualidade, contemporânea,

e ainda não afirmada no país.

1.b.

A UMinho tem, sempre, honrado os compromissos assumidos na construção dos seus projetos de

ensino. Em situações em que os ciclos de estudo, pela sua natureza disciplinar e científica, exigem a

contratação de corpo docente específico, essa contratação é realizada acompanhando, naturalmente, a

implementação do próprio curso. Assim aconteceu em situações anteriores idênticas, como é do

conhecimento da A3ES.

Para o funcionamento da LAV, e na medida em que será necessário reforçar muito

substancialmente o corpo docente especializado na área científica principal da formação, a UMinho garante

a contratação de 7 ETI’s. A CAE coloca em dúvida esse comprometimento, ao afirmar, como fundamento

da recomendação de não-acreditação do ciclo de estudos (12.4-2), que “não pode recomendar a

acreditação do ciclo de estudos a partir de possibilidades a cumprir [a contratação de 7 ETI’s]

eventualmente no futuro”. É, na verdade, uma argumentação que a UMinho não pode aceitar.

1.c.

No enquadramento estratégico da inclusão das Artes na formação oferecida pela Universidade,

encontra-se, em estreita parceria com a Câmara Municipal de Guimarães, a criação do CampUrbis,

localizado no centro histórico da cidade, onde já se encontram instaladas as Licenciaturas em Design de

Produto e em Teatro. Fazendo parte da intervenção de requalificação urbana daquela área, a autarquia, no

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caso da LAV, cede e reconverte o espaço Garagem Avenida para instalar o curso, numa demonstração

evidente do interesse e da forma como o seu contributo é lido para o desenvolvimento da atividade cultural

e criativa da região.

É um facto que, por motivos de natureza técnica, as obras não se iniciaram ainda (embora o

projeto, elaborado sob encomenda da autarquia, se encontre finalizado), razão que leva a CAE a referir,

em 12.4-3, também como fundamento da recomendação de não-acreditação, a inexistência de instalações.

Estando de acordo, sem dúvida, com o princípio de que “a existência de instalações é crucial para o

funcionamento de qualquer ciclo de estudos”, no caso concreto torna-se necessário explicitar que a UMinho

tem condições para acolher, de forma absolutamente qualificada e já de imediato, o primeiro ano de

funcionamento do curso. Essa disponibilidade existe no Instituto de Design de Guimarães (IDEGUI), onde

já está instalada a Licenciatura em Design de Produto, sendo que a Universidade está recetiva, caso assim

a A3ES o entenda, a condicionar a abertura da LAV à evidência de que as obras para a sua instalação

específica se encontram em curso.

2. Da coerência da estrutura curricular

A LAV que a UMinho pretende oferecer é um curso desenhado de raiz. Nesse sentido expressa um

esforço conceptual liberto dos constrangimentos a que grande parte dos cursos similares se viu obrigado,

em resposta à compactação curricular resultante da harmonização ao acordo de Bolonha.

Escolhemos propor uma licenciatura de 3 anos em Artes Visuais, com 180 créditos, à semelhança

da oferta de 1º ciclo em Artes na União Europeia, em países como França, Itália, ou Inglaterra. Pela sua

duração, privilegia-se uma formação “generalista”, não-segmentada em ramos específicos (nomeadamente

Pintura, Escultura e Artes Gráficas) como é tradicional, que garanta aos estudantes a aquisição de

competências amplas, e que permita atingir os objetivos necessários para uma qualificada formação em

Artes Visuais.

Como exemplos internacionais (europeus) de cursos que apresentam um curriculum broad-based

podemos referir: Fine Art BA na Coventry University ou na De Montfort University, em Inglaterra; Triennio

in Pittura e Arti Visive na Nuova Accademia di Belle Arti, em Itália; Licence Arts Plastique na Université

Paris 8 ou a UFR d’arts plastiques et sciences de l’art na Université Paris 1, em França.

Ao descrito no ponto 10.2 do plano do ciclo de estudos apresentado, podemos ainda acrescentar

que, de acordo com Raffaella Pagani (El Crédito Europeo y el Sistema Educativo Español, 2002) grande

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parte dos países da Comunidade Europeia apresenta uma estrutura de graus cujo 1º ciclo (Bachelor)

corresponde a 180 créditos e o segundo (Master) a 120 créditos.

A LAV aposta, assim, na sua estrutura curricular, numa formação sem divisão estrita por disciplinas

artísticas – sem anular, no entanto, a especificidade própria a cada uma - e aprofunda várias tecnologias

associadas e transversais, privilegiando a prática artística e o trabalho colaborativo em Atelier. Ao fim de

três anos, os estudantes terão adquirido os instrumentos necessários para a integração dos seus

conhecimentos em processos de criação individuais e de experimentação coletiva. Desta maneira, a sua

prática artística poderá ser desenvolvida em vários formatos, através de distintas técnicas e em diferentes

espaços e segmentos culturais.

Sob o nosso ponto de vista, esta estrutura generalista e interdisciplinar, preparando os licenciados

em Artes para uma prática profissional artística reconhecida, é a que melhor lhes permitirá também, caso

seja a sua escolha, desempenhar variadas funções no mercado de trabalho:

1º) Na sua organização vertical possui cinco linhas curriculares distintas: Atelier; Tecnologia;

Desenho/Digital; Teórico-prática (para Unidades Curriculares (UCs) de maior participação ao nível da

pesquisa e debate) e Teórica, (para UCs de caráter mais expositivo).

2º) Complementarmente tem uma estrutura horizontal formada por conceitos operativos: Perceção,

Representação, Múltiplo, Montagem, Módulo, Exposição.

3º) Evolui de modos mais convencionais e tradicionais da prática artística, que o aluno do primeiro

ano terá facilidade em reconhecer, para problemas de maior complexidade.

4º) Permite ao aluno experimentar as diversas práticas, metodologias e ferramentas de modo a

escolher uma especialização por via da experiência e do conhecimento e não a partir de ideias feitas.

3. Das opções científicas e didático-pedagógicas tomadas na estrutura curricular e

plano de estudos – argumentação em seu favor e esclarecimento das principais questões apresentadas no Relatório Preliminar

3.a. Considerações de natureza geral

Enquadrada no processo de acreditação de um novo ciclo de estudos em Artes Visuais, a atual

proposta corresponde ao ajustamento de uma primeira submissão sobre a qual recaiu um juízo de

não-acreditação. A versão agora em análise corresponde à sua reformulação, e inclui, nomeadamente, os

reparos e as contribuições do anterior parecer elaborado pela CAE.

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A proposta assenta na compreensão de um fenómeno progressivo de integração das artes

tradicionais ou “Belas Artes”, numa dinâmica fluida e interdisciplinar, cada vez mais evidente nas

exposições de arte contemporânea e curricula escolares. Essa dinâmica não representa o abandono da

pintura ou escultura, mas antes uma relação não privilegiada entre os diversos “media” artísticos (para além

dos referidos, as linguagens multimédia ou a performance). Essa condição “pós-media” (Rosalind Krauss,

2013) tornou-se inerente ao discurso crítico e à prática artística, pelo menos desde os anos setenta e,

especialmente em Portugal desde os anos noventa.

Esta proposta procura combinar os diferentes “media” em uma única UC de Atelier de modo que o

aluno possa desenvolver o seu trabalho usando, com crescente autonomia, as linguagens onde se possa

sentir mais vocacionado, com a possibilidade de experimentar e conhecer o maior número possível de

formas de expressão e processos. No entanto, conscientes de que essa diversidade possa criar efeitos de

perplexidade - dúvida, incerteza, indecisão, perturbação – a proposta estabelece eixos de coesão,

garantindo também ao docente uma grelha de orientação:

1º) Iniciar a formação com uma matriz relativa a conceitos históricos da arte, com uma maior

conexão aos valores da pintura, escultura e práticas tradicionais de criação de objetos. Desse modo, o

aluno poderá enquadrar o seu trabalho dentro de uma atividade disciplinar integrada (pintura e escultura)

inscrita nos grandes âmbitos da bi e tridimensionalidade.

2º) Progredir no segundo ano em contexto de reconfiguração do objeto em função de “contextos”:

espaciais, semânticos, sociais, por via de objetos instáveis: múltiplos, séries, conjuntos, objetos híbridos

(livros de artista), e construções ou montagens.

3º) Concluir o 1º ciclo com práticas “expansivas”, quer do ponto de vista da execução material, pelo

uso da modularidade construtiva, quer pela dimensão pública da exposição e montagem em espaços pré-

estabelecidos.

Como se depreende, durante a sua formação, o estudante passa de uma experiência formativa mais

tradicional para uma prática de integração transversal de diferentes processos técnicos, linguagens e

escalas. Mas também de experiências ao nível da relação com o espaço e com o meio. As UC’s de cada

semestre procuram acompanhar essa evolução em sintonia. No primeiro semestre, a par do conceito de

“Perceção” implícito em Atelier I, a UC de Desenho I trabalha também as questões da observação e do

reconhecimento do visível. Geometria capacita para abstração e possibilita a aquisição de conhecimentos

e ferramentas sobre construções concetuais e rigorosas para a compreensão da natureza ótica da

perceção, sem descurar a ilustração desses processos através de mecanismos óticos, obras de arte e

sistemas de representação – perspetiva, axonometria, projeções ortogonais.

O segundo semestre reforça o problema da perceção, indicando semânticas e códigos visuais

empregues na fixação de aparências. Em síntese, as UCs de Atelier II, Desenho II e Geometria II

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aprofundam os processos percetivos pela identificação de códigos de “representação” e formas de

expressão.

Em ambos os semestres, as UCs de Correntes Artísticas I e II permitem identificar os grandes

momentos da história da arte, precisamente enquanto desenvolvimento dos sistemas de representação na

sua relação com o desenvolvimento dos processos percetivos, na linha das investigações de Wollflin,

Panofsky, Gombrich, Summers, ou Kemp.

O terceiro semestre é marcado pelo conceito de “Múltiplo”, agregando processos de impressão,

repetição, transferência, variação do objeto, enquanto princípio técnico, associado à gravura, serigrafia,

cerâmica, molde – mas também – como disciplina criativa de Variação e Edição sobre um tema e motivo.

A ideia de Múltiplo centrada no Atelier III, tem o apoio das Tecnologias de impressão e moldes. Pelo

Desenho III explora-se a variação dos suportes e associação entre técnicas gráficas – desenho, gravura,

serigrafia, colagem, fotografia. Pela UC de Arte Moderna, o aluno toma conhecimento precisamente dos

movimentos modernistas, onde a ideia de Múltiplo e a combinação de linguagens se torna um motivo central

de produção. O Múltiplo ou Multiplicidade é assim o conceito central do 3º semestre e como o termo indica,

permite a diversidade e integração de processos indeterminados. Mais do que em sistemas tradicionais de

produção, são necessárias metodologias adequadas de pesquisa, organização e documentação. A UC de

Práticas Artísticas proporciona instrumentos concetuais e metodológicos adequados a uma maior

experimentação formal, reforçando os processos de recolha, documentação e arquivo.

No quarto semestre, o conceito é de “Montagem” como modo de construção artística que pressupõe

a apropriação, recombinação e contextualização das formas. Os exercícios propostos em Atelier IV são

apoiados pelo desenvolvimento de Tecnologias IV, que tem como principal objetivo o uso de sistemas de

construção e montagem por meio de processos de corte, colagem, solda, mas também usando materiais

como madeira, metal, têxtil e polímeros. Também em Desenho IV se favorece a abertura á integração de

diferentes meios gráficos, nomeadamente a colagem, fotografia e meios expandidos do processo gráfico.

A relação com o contexto como dado fundamental da “Montagem” abre novas perspetivas sobre a posição

do objeto artístico no espaço e a sua relação com o lugar, na medida em que existe uma recontextualização

dos elementos constituintes. Esta dimensão espacial do ato artístico corresponde a um desvio para a

“escultura” na medida em que o mero suporte bidimensional torna-se por agora, obsoleto. Por sua vez, e

como escreve Serota (Experience or Interpretation, The Dilemma of Museums of Modern Art,1996, p. 34)

“Carl Andre has described the evolution of sculpture in the twentieth century as a change of interest from

‘sculpture as form’ to ‘sculpture as structure’ and finally ‘sculpture as place”. É nessa premissa que se

introduz uma UC como Espaço, Território e Contexto onde se pretende entender a arte contemporânea

a partir da noção de “Campo Expandido” de Rosalind Krauss, e da importância do lugar e das práticas de

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arte pública. Definitivamente instalado no âmbito da Arte Contemporânea, a UC do mesmo nome encerra

um ciclo de análise documental e de discussão sobre os grandes momentos da evolução artística.

No quinto semestre, Atelier V explora os processos construtivos modulares, como integração de

tecnologias de moldes e múltiplos, recuperando noções de Atelier III, mas também introduzindo tecnologias

de prototipagem, impressão 3D e desenho digital, desenvolvidas em Tecnologias V onde são utilizados

processos e ferramentas digitais e de fabricação digital, seja por injeção ou por corte. Como base projetual

e gráfica, a UC Digital e suas opções – Utilização e Programação – facultarão os meios e ferramentas

digitais de desenho e manipulação de imagem implicadas nesse processo. A opção entre essas duas UCs

explica-se pelo maior ou menor interesse do aluno em desenvolver posteriormente um trabalho com

ferramentas digitais e multimédia, respetivamente na perspetiva do utilizador ou do programador. No plano

teórico dá-se continuidade à dimensão “expandida” anteriormente indicada em “Espaço, Território e

Contexto”. Com efeito, o questionamento do lugar e do espaço implica também uma nova consciência do

corpo e da sua ação, dos processos e narrativas como elementos integrados na obra. É nesse sentido que

se torna necessário inserir uma UC dedicada aos Estudos da Performance como área capaz de dar

cobertura teórica a práticas de vídeo, multimédia, arte pública e à relação com o espetador. Esse traço

fundamental da arte contemporânea envolve em si as dinâmicas multidisciplinares e sempre emergentes

na atualidade. No âmbito da teoria e mais concretamente da Estética propõe-se uma reflexão sobre o objeto

artístico em Teoria da Imagem, revisitando as noções contemporâneas, mas também, incidindo sobre

modos de pensar e argumentar juízos críticos e valorativos sobre a obra de arte.

Finalmente no sexto semestre Atelier VI sugere-se a conclusão (provisória) do processo artístico

com a criação e programação de eventos expositivos nas suas diferentes escalas e dimensões. Desde os

problemas materiais de montagem, colocação, iluminação, narrativa, às dinâmicas promocionais e

públicas. Este problema é apoiado em Digital nas duas opções indicadas, pela criação de sites, divulgação

e processamento de imagem, tratamento de aspetos multimédia, criação de espaços virtuais,

desenvolvimento de interfaces. Tal como nos semestres anteriores, Tecnologias VI oferece apoio oficinal

na resolução de problemas práticos, considerando neste caso as diferentes contingências expositivas,

desde estruturas de montagem a interfaces, temporizadores, dispositivos multimédia. No plano teórico a

UC Prática Expositiva enquadra teoricamente o tema da exposição de debate sobre a importância do

espaço expositivo, da curadoria e das diversas formas de exposição. Como estabelecido na política

académica da UMinho, todos os cursos de 1º ciclo devem disponibilizar uma UC opcional designada por

Opcional UMinho, em que o estudante escolhe uma UC da gama oferecida pelos outros ciclos de estudos

da Universidade.

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Como se julga ter demonstrado com a fundamentação acima exposta, o curso dispõe de uma

estrutura sólida, estruturada horizontal e verticalmente, pensada de modo coerente e articulado em cada

detalhe dos programas, bibliografias, metodologias de ensino e avaliação.

3.b. Argumentação analítica

A argumentação que a seguir se desenvolve está estruturada seguindo a ordem dos aspetos mais

críticos focados no Relatório Preliminar da CAE:

Ponto 2.3.2.

No que respeita à presença das diversas áreas científicas, considerada como “excesso de áreas científicas”

no Relatório Preliminar, justificaremos a sua inclusão, com detalhe, no ponto 3.3.5.

No entanto, deve-se salientar que em complemento à área de Artes Visuais, existem as áreas de Desenho,

Teoria de Arte e História de Arte e Estética, que no seu conjunto se incluem na área principal do ciclo de

estudos 211, (definida pela portaria 256/2005, de 16 março de 2005). As áreas Estudos Performativos e

Educação Artística são próximas e adequadas numa licenciatura em artes visuais.

Ponto 3.2.5.

Em relação ao reparo da CAE, quanto à não-explicitação da área das Artes no nome da Escola que acolherá

a LAV, podemos esclarecer que a mudança da designação da Escola de Arquitetura para “Escola de

Arquitectura, Arte e Design”, sendo um assunto do foro estatutário, foi já colocada à consideração do

Conselho Geral. A acreditação da LAV virá, certamente, fortalecer a consistência desta alteração.

Ponto 3.3.3.

É referido que nas UCs de Atelier 1 a 6 “são enfatizados aspetos formais e técnicos de

aprendizagem e omissos objetivos associados à dimensão de projeto pessoal”. Com efeito, e após a

submissão da primeira proposta, reformulou-se a “dimensão projetual” no Plano de Estudos tendo em

consideração o Relatório da CAE de 2014, onde por duas vezes se interpretou criticamente essa condição,

como se passa a citar:

“3.1.4. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas em 3.1.1,

3.1.2 e 3.1.3.:

Os objetivos definidos são genéricos, facultando indicadores transversais correspondentes a uma

cultura projetual centrada em desenho e processos atípicos (e possível curadoria) numa vocação

próxima da arquitetura.

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3.3.5. Recomendações de melhoria:

A denominação e subtítulos das unidades curriculares Atelier e Projeto dificultam alguma margem

de manobra, mas pode sugerir-se uma distinção mais clara do que se pretende com cada uma,

de modo a que possa haver, no plano concreto dos seus programas e conteúdos, menor

separação operativa, promovendo uma articulação interdisciplinar mais acertada face às

realidades dos processos criativos em Artes Visuais. Uma maior explicitação de conteúdos

concretos, que possam acompanhar a formação projetual e conceptual através das necessárias

contrapartidas formais e técnicas pode também ser vantajosa, para que a aquisição de conteúdos

se estabeleça efetivamente no campo da criação artística e não na sua mera intenção” (Relatório

CAE, 2014).

12.4. Fundamentação da recomendação:

“Nas circunstâncias atuais, verifica-se efetivamente que o projeto de ciclo de estudos em Artes

Visuais está mais ancorado em Desenho e numa estrutura assente na ideia de projeto, sem

contrapartida operativa credível nas práticas artísticas, o que suscita uma divergência conceptual

que não se resolve”

Desse modo, reduziu-se o uso do conceito de “Projeto”, alegadamente mais associado à cultura

arquitetónica, em benefício de “aspetos formais e técnicos” explícitos que pudessem tornar justamente mais

concretos os conteúdos de aprendizagem para lá da sua “mera intenção”.

Porém, mesmo nessas circunstâncias de diminuição do conceito de “Projeto” podemos encontrar,

em Atelier VI, como objetivos de aprendizagem: “Conceber; Programar, Planear” como objetivos projetuais.

Em Atelier V: “ Desenvolver estratégias concetuais”; “Capacidade de exploração estética”; Em Atelier IV:

“Aplicar processos de apropriação como estratégia criativa”; “desenvolver processos criativos na

associação de formas, materiais e elementos”; Em Atelier III: “Desenvolver modos de criação artística”;

“Desenvolver estratégias de variação”; “Construir um discurso estético”. Em Atelier II: “Desenvolver um

sistema pessoal de trabalho”, e em Atelier não são enunciados objetivos criativos e projetuais por uma

maior incidência na aquisição de conhecimentos técnicos formais.

Defendemos, assim, que apesar de o termo “projetual” não existir explicitamente, são indicados

objetivos que lhe são afins ou equivalentes em tarefas criativas, programáticas, concetuais e estratégicas,

consolidando desse modo a dimensão autoral. Parece-nos no entanto, que existiu um reforço da

explicitação de conteúdos técnico-operativos, também em resposta à necessidade de uma “maior

explicitação de conteúdos concretos”.

No que diz respeito às UC’s de Desenho, sob este mesmo aspeto, veja-se por favor argumentação

constante no ponto 3.3.5, mais abaixo.

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Ponto 3.3.4.

Para além da UC de Atelier, que ocupa os seis semestres, deve ser ainda destacada a UC de

Tecnologias que, igualmente ocupa os seis semestres, constituindo-se como uma forte estrutura

laboratorial do curso, a par de Desenho e Digital.

Ponto 3.3.5.

Relativamente ao comentário de as UCs Desenho ocuparem apenas quatro semestres,

gostaríamos de referir que a atual proposta mantém a mesma opção da anterior, a qual não mereceu sob

esse aspeto nenhum reparo. Antes pelo contrário, o Relatório indicava em 3.3.4, nos pontos fortes, que

“diversos programas curriculares surgem competentemente elaborados, nomeadamente nas Ucs de

Desenho, Geometria e História de arte” (Relatório CAE, 2014); e ainda que, como já citado, a proposta se

encontrava “ancorada em Desenho".

Obviamente, poderia ser aprofundada uma área tão importante como o Desenho, mas perante um

exercício de ajustamento e compromisso e a necessidade de introduzir outras práticas formativas, parece-

nos que o Desenho tem já uma expressão estruturante e suficiente no curso.

De salientar, também, que a UC do 5º semestre “Digital/ Utilização se ocupa do desenho digital,

fabricação 3D, e que na UC do 6º semestre Digital/Programação existe a formação em programas de

desenho digital como o “Processing”.

A dimensão projetual é, ainda, reforçada em Desenho IV, no primeiro objetivo: “Desenvolvimento

da identidade autoral através de projetos de desenho”, potenciado pelo conteúdo programático enquanto

se refere ao “Exercício do Desenho como prática autónoma na relação com a identidade, a expressão

individual” e também ao “Identificar aplicações do desenho como meio expressivo, como instrumento do

projeto”. Pelo exposto, é explícita a enunciação da dimensão autoral e projetual do e pelo Desenho.

Como conclusão a este aspeto, gostaríamos de salientar que o Desenho tem também lugar na

formação em Geometria, e um papel essencial nas tecnologias de impressão, como gravura e serigrafia.

Ainda em resposta ao exposto no ponto 3.3.5 do Relatório, devemos aqui sublinhar que a

colaboração entre Escolas e Institutos, própria à estrutura matricial da UMinho, permite reforçar o

cruzamento das respetivas áreas de formação, sem abdicar do rigor e especificidade próprio a cada área

científica.

Este potencial de transversalidade disciplinar e inclusão de áreas de conhecimento

complementares, assim como de docentes com perfil académico relevante para a Licenciatura, oriundos

de outras Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação, é defendido como um fator de enriquecimento

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curricular. Nesse sentido, e, em particular, considerando uma área eminentemente interdisciplinar como as

Artes Visuais, julgamos natural, e desejável, que nela confluam diferentes áreas do saber.

É com essa perspetiva que contamos com a colaboração de Geografia na UC Espaço, Território

e Contexto - que trabalhará sobre os temas do território, arte pública, land art e campo expandido -, e a

participação, em “Práticas Artistas”, de uma docente com formação em Artes Plásticas e especialização

em Metodologias de Investigação e Pesquisa, oriunda do Instituto de Educação da UMinho. A inclusão da

área de Estudos Performativos parece-nos fundamentada, de modo evidente, pela integração da

“performance” como uma linha incontornável da arte contemporânea.

O contributo da Escola de Engenharia da UMinho é central nas oficinas de Têxtil e Polímeros, onde,

com coordenação de docentes de Artes Visuais, os Professores de Engenharia irão partilhar as suas

oficinas e ampla experiência laboratorial, garantindo a integração de conhecimentos necessários a este

curso de Artes. O mesmo princípio se aplica nas UCs com conteúdos e formação em Digital e Multimédia,

onde contamos com a colaboração dos Departamentos de Informática (Escola de Engenharia) e de

Ciências da Comunicação (Instituto de Ciências Sociais), assim como do seu vasto equipamento

laboratorial e experiência.

É de salientar que estes departamentos, docentes, e práticas oficinais, possuem já uma larga

experiência no contacto com a Arquitetura, o Teatro, a Arte digital, o Design Têxtil e o Design de Produto,

e, portanto, com metodologias afins das Artes Visuais.

Ainda que a CAE possa considerar que “há um número excessivo de áreas científicas”, estas

organizam-se em dois grupos: no grupo de Arte, e no grupo de Tecnologias. Assim, podemos reconhecer

a área científica de Artes Visuais como dominante, a qual contém Desenho, Teoria da Arte, História da

Arte, Filosofia/Estética, com complemento de Estudos Performativos e Educação Artística; e um outro grupo

que inclui Geografia, Engenharia e Ciências da Comunicação, que colaboram na licenciatura e asseguram

conhecimento específico e relevante para as UCs em causa. Finalmente, QAC corresponde à (obrigatória)

oferta formativa (UC Opção UMinho) de uma área científica disponível na UMinho que o estudante

considere interessante ao seu percurso pessoal.

Assumimos esta sinergia e articulada colaboração entre as várias áreas disciplinares, não a

considerando como um empobrecimento. Precisamente pelo contrário, defendemo-la como uma importante

mais-valia, aliás tão reconhecida nos paradigmas atuais da educação e da investigação. Pela sua natureza

integradora entendemo-la como um elemento diferenciador, claramente positivo, na nossa proposta

formativa para o 1º ciclo em Artes Visuais.

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Ponto 9.4.

Tendo em conta que não houve alteração à metodologia encontrada para determinação dos ECTS,

o comentário parece-nos contraditório com a avaliação feita em feito em 2014, onde então se considerava

uma “metodologia satisfatória”, em contraste com a alegada falta de explicitação de uma “metodologia

menos rigorosa” agora apresentada.

Ponto 9.6

Compreende-se que seria desejável ter uma maior oferta de UCs optativas. Porém o reduzido

número de alunos ficaria disperso por várias UCs sem que os turnos adquirissem a necessária e desejável

massa crítica. Pretende-se com esta estrutura garantir a horizontalidade concetual de cada semestre. Em

todo o caso e como indicado em várias metodologias de avaliação nas fichas de UC os exercícios são

optativos, pelo que o aluno pode escolher entre meios escultóricos, pictóricos, ou multimédia.

4. Conclusão

Julgamos com esta Pronúncia ter exposto, e defendido, de uma forma sustentada e clara, a proposta

que elaborámos para criação de um novo ciclo de estudos em Artes Visuais.

Argumentámos:

1. Que o mesmo se enquadra na missão e nos objetivos estratégicos da UMinho;

2. Que a UMinho garante as condições – em termos de recursos humanos e materiais -

necessárias para acolher o Curso com toda a qualidade;

3. Que a criação do Curso se justifica plenamente enquanto oferta formativa no contexto

regional e nacional;

4. Que o Curso apresenta uma Estrutura Curricular e num Plano de Estudos coerentes do

ponto de vista científico e didático-pedagógico, inovador no contexto nacional e em linha

com cursos da mesma natureza existentes no Espaço Europeu de Ensino Superior.

Propomos, em consequência, a reconsideração da recomendação final do Relatório Preliminar, e

a Acreditação da Licenciatura em Artes Visuais proposta pela Universidade do Minho.

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University of Minho School of Architecture RESPONSE CAE Preliminary Report NCE/16/00040 | Degree in Visual Arts

In response to the Preliminary Report of CAE - NCE / 16/00040, this document elaborates and synthesizes

a set of observations on the Degree in Visual Arts (LAV) proposed by the University of Minho (UMinho).

Organized in three areas, it intends to reaffirm the strategic interest of the Degree in Visual Arts for the

UMinho; it intends to justify the coherence of the proposed curricular structure; and, in detail, to argue in

favour of the scientific and didactic-pedagogical options taken in the Study Plan, clarifying the main

questions presented by CAE.

Based on the allegations made, this response concludes, by requesting reconsideration of the final

recommendation of the Preliminary Report, of non-accreditation.

1. Strategic interest of LAV to the University of Minho

1a.

A fundamental intention of the UMinho is to be a Complete University, purpose that has been

successively reaffirmed in its Statutes. All its path reflect this intention and effort, and the inclusion of the

Arts Area completes the great cycle of the formative spectrum. In this route, UMinho has always been trying

to reflect on the pre-existing models and, in Portugal and abroad, and from this analysis, to build formative

structures that correspond to the contemporary demands, focusing in innovative formative actions.

LAV - together with the undergraduate and postgraduate degrees associated with the courses of

Music, Theatre, Product Design and Architecture - is therefore of strategic importance in the pursuit of this

target and it is, of course, crucial to the UMinho’s affirmation and settling.

This degree also materializes a clear political will of the municipality and the region, which has been

explicit in an intense artistic and cultural offer of recognized quality, evident in the public investment that has

been made in infrastructures and events, progressively incorporated in the daily life of the population.

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Within a proficient interaction, the commitment in the training of professionals in the field of Arts,

by contributing to the increase of the cultural policy actors, is vital both to their sedimentation, their

permanent updating and competence, improving cultural and social levels and, ultimately, contributing to

the country's development.

UMinho’s determination is therefore coherent with its history, and cannot be reduced to the "interest

in the integration of possible surplus candidates of other courses, strengthening the formative range of the

School of Architecture", or to "harnessing the apparent potential of candidates for a generic course of cross-

cutting nature", as CAE repeatedly suggests (3.1.4, 3.1.5, 3.2.4). We would rather interpret it as an assumed

strategic intention to strengthen the offer in the area of Arts, providing quality training, contemporary, and

not yet affirmed in the country.

1.b.

UMinho has always honoured its commitments in the construction of the teaching projects. In

situations where the study cycles, due to their disciplinary and scientific nature, require the hiring of a specific

teaching staff, this hiring is carried out following, of course, the implementation of the course itself. As A3ES

know, same situation have happened before.

In order for LAV to properly work, and inasmuch as it will be necessary to substantially strengthen

the specialized teaching staff in the main scientific area of training, UMinho's Rectorate guarantees the

contracting of 7 ETI's. CAE questions this commitment by stating, as the basis for the recommendation of

non-accreditation of the study cycle (12.4-2), that "it cannot recommend accreditation of the study cycle from

the possibilities to be fulfilled [the contracting of 7 ETI's] eventually in the future ". It is, in fact, an argument

that UMinho cannot accept.

1.c.

In the strategic framework of including Arts in the UMinho’s academic offer, we highlight the

creation, in close partnership with the municipality of Guimarães, of CampUrbis, located in the historical

centre of the city, where the degrees of Product Design and Theatre are already established. As part of the

urban rehabilitation intervention in that area, the local authority, concedes and reconverts the garage space

Avenida to install LAV course. This is an evident demonstration of the interest and the acknowledgement of

LAV contribution for the development of the cultural creative activity of the region.

It is a fact that, for technical reasons, the works have not yet started (although the project, drawn

up under the order of the local authority, is finished), reason that leads CAE to mention, in 12.4-3, also as a

Recommendation of non-accreditation, lack of facilities.

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Recognizing, without doubt, the principle that "the existence of facilities is crucial for the operation

of any cycle of studies", in this case it is necessary to make explicit that UMinho has the conditions to

receive, in an absolutely qualified and immediately, the first year of the course. This availability exists in the

Institute of Design of Guimarães (IDEGUI), where the Degree in Product Design is already installed, and

the university is receptive, if the A3ES so wishes, to condition the opening of LAV to the evidence that the

works for the proper installations are in progress.

2. Coherence of the curricular structure

This degree that UMinho intends to offer is a course organized from scratch. In this sense, it

expresses a conceptual effort freed from the constraints to which most similar courses were obliged, in

response to the curricular compactness resulting from the harmonization of the Bologna agreement.

An offer of a 3-year degree in Visual Arts with 180 credits was chosen, similar to the 1st cycle arts

offer in the European Union, in countries like France, Italy or England. For its duration, it is valued a

"generalist" training, not segmented in specific branches (namely Painting, Sculpture and Graphic Arts), as

it is traditional, guarantying for students the acquisition of ample competences, and allowing to reach the

objectives necessary for a qualified training in the visual arts.

As international examples of degrees (European) that present a broad-based curriculum we

highlight: Fine Art BA at Coventry University or De Montfort University, in England; Triennio in Pittura and

Arti Visive at the Nuova Accademia di Belle Arti, in Italy; License Arts Plastique at Université Paris 8 or UFR

d'Arts Plastiques et Sciences de l'Art at Université Paris 1, in France.

To the demonstrated in Point 10.2 of the LAV curriculum plan, we can also add that according to

Raffaella Pagani (El Credito Europeo y el Systeme Educatico Espanol, 2002) most of the countries of the

European Community have a degree structure whose 1st cycle (Bachelor) corresponds to 180 credits and

the second (Master) to 120 credits.

LAV establishes, therefore, on its curricular structure, a formation without strict division by artistic

disciplines - without, however, cancelling out its own specificity - and deepens several associated and

transversal technologies, giving priority to artistic practice and collaborative work in Atelier. After three years,

students will have acquired the necessary tools to integrate their knowledge into individual creation

processes and collective experimentation. In this way, their artistic practice can be developed in various

formats, through different techniques and in different spaces and cultural segments.

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We believe that this generalist and interdisciplinary structure, prepare graduated students in Arts

for a recognized artistic professional practice, which will also allow them, if they choose, to perform various

functions in the labour market:

1º) In its vertical organization the course has five different curricular lines: Atelier; Technology;

Drawing/Digital; Theoretical-practical (for curricular units (UC’s) of greater participation at a

research and debate level) and Theoretical, (For more expository curricular units).

2º) On a complementary basis it has a horizontal structure formed by operative concepts:

Perception, Representation, Multiple, Assembly, Module, Exhibition.

3º) It evolves from more conventional and traditional ways of artistic practice, which the first year

student will be able to recognize, to problems of greater complexity.

4º) It allows students to try different practices, methodologies and tools in order to choose a

specialization through experience and knowledge and not from ideas.

Finally, we believe that the proposed curriculum, which has been articulated to coordinate both

horizontally and vertically, fully empowers graduates with broad basic training and consistent artistic maturity

- to pursue postgraduate studies in a specific area of their interest.

For the reasons above, we remain convinced in the merit of the curricular structure presented for LAV.

Despite the existence of conceptual disagreements or the acknowledgment of eventual weaknesses

evidenced by CAE, it is with surprise that we get this effort reduced to a proposal of an "equivocal" training

offer and to a study plan and organization that "do not adopt a structure minimally consistent with its main

focus, its central objectives and the mission it desires "(12.4 -1).

3. Scientific and didactic-pedagogical options on the curricular structure and study plan - positive arguments and clarification of the main issues presented in the Preliminary Report

3.a. General considerations

As part of the accreditation process of a new cycle of studies in Visual Arts, the current proposal

amends the first submission on which a non-accreditation judgement was made. The version now under

review corresponds to its reformulation, and includes, in particular, the amendments and contributions of

the previous CAE report.

The proposal is based on the understanding of a progressive phenomenon of integration of the

traditional arts or "Fine Arts", in a fluid and interdisciplinary dynamic, increasingly evident in contemporary

art exhibitions and academic curricula. This dynamic does not embody the abandonment of painting or

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sculpture, but rather an unprivileged relation between the various artistic "media" (in addition to the ones

mentioned above: like multimedia languages or performance). This "post-media" condition (Rosalind

Krauss, 2013) has become inherent in critical discourse and artistic practice, at least since the 1970s and

particularly in Portugal since the 1990s.

This proposal combines different "media" into a single Atelier curricular unit so that students could

develop their work using, with increasing autonomy, the languages they feel more vocation for, with the

possibility of experiencing and knowing the highest number of expression forms and processes. However,

conscious that this diversity can create perplexity effects - doubt, uncertainty, indecision, disturbance - the

proposal establishes cohesion axes, also guaranteeing the professor a guiding grid

1) Begin the academic education with a matrix related to historical concepts of art, with a high

connection to the values of painting, sculpture and traditional practices of objects’ creation. In this

way, students can structure their work within an integrated disciplinary activity (painting and

sculpture) inscribed in the scope of bi and three-dimension.

2) Evolve, in the second year, in the context of reconfiguration of the object according to "contexts":

spatial, semantic, and social, via unstable objects: multiples, series, sets, hybrid objects (artist

books), and constructions or assembly.

3) Complete the first cycle with "expansive" practices, both by material execution, use of constructive

modularity, and by the public dimension of exhibition and assembly in pre-established spaces.

During the academic education, students evolve from a more traditional education experience to a

practice of transversal integration of different technical processes, languages and scales. Students also

experience the relation with space and environment. The curricular units of each semester follow this

evolution. In the first semester, along with the concept of "Perception" implicit in Atelier I, the curricular unit

of Drawing I also works on the issues of observation and recognition of the visible. Geometry enables

abstraction supporting the acquirement of knowledge and tools on conceptual and rigorous constructions to

understand the optical nature of perception, without neglecting the illustration of these processes through

optical mechanisms, fine art and representation systems - perspective, axonometry and orthogonal

projections.

The second semester reinforces the problem of perception by indicating semantics and visual codes

employed in the fixation of appearances. In summary, the curricular units Atelier II, Drawing II and

Geometry II, deepen perceptual processes by identifying "Representation" codes and forms of expression.

In both semesters, the curricular units of Artistic Movements I and II allows the identification of the

great moments of art history precisely as the development of the representation systems in their relation

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with the development of perceptual processes, in line with the investigation of Wollflin, Panofsky, Gombrich,

Summers, or Kemp.

In the third semester, the concept of "Multiple" in developed, adding processes of printing, repetition,

transfer, object variation, as a technical principle, connected with engraving, serigraphy, ceramics, molding

- but also - as a creative discipline of Variation and Editing regarding a theme and motive. The concept of

Multiple in Atelier III is supported by printing and molding technologies. Drawing III explores the supports

deviation and the relation between graphic techniques - drawing, engraving, serigraphy, collage,

photography. Through the curricular unit of Modern Art, students learn precisely the modernist movements,

where the idea of Multiple and the combination of languages becomes a central reason of creation. The

Multiple or Multiplicity is thus the central concept of the third semester, allowing the diversity and integration

of indeterminate processes. More intensely than in the traditional creation systems, proper methodologies

of research, organization and documentation are needed. The curricular unit of Artistic Practices provides

conceptual and methodological tools suitable for further proper experimentation, reinforcing the collection,

documentation and archiving processes.

In the fourth semester, the concept is "Assembly" as a way of artistic construction that presupposes

the appropriation, recombination and contextualization of forms. The exercises proposed in Atelier IV are

supported by the development of Technologies IV, whose main goal is the use of construction and

assembly systems through cutting, gluing, welding, but also using materials such as wood, metal, textiles

and polymers. In Drawing IV is also enhanced the integration of different graphic media, namely the collage,

photography and expanded media of the graphic process. The relation with context as a fundamental data

of the "Assembly" opens new perspectives on the position of the artistic object in space and its relation with

place, insofar that there is a re-contextualization of the constituent elements. This spatial dimension of the

artistic act corresponds to a deviation for the "sculpture" insofar as mere two-dimensional support becomes

obsolete. On the other hand, and as Serota writes (Experience or Interpretation, The Dilemma of Museums

of Modern Art, Thames and Hudson, 1996, p. 34), "Carl Andre has described the evolution of sculpture in

the twentieth century as a change of interest from “sculpture as form” for “sculpture as structure” and finally

“sculpture as place”. In this premise the curricular unit Space, Territory and Context is introduced, as a

way to understand contemporary art from the notion of "Expanded Field" by Rosalind Krauss, and the

importance of place and practices of public art. Definitely installed within the scope of Contemporary Art,

the curricular unit with the same name concludes a cycle of documentary analysis and discussion about the

great moments of artistic evolution.

In the fifth semester, Atelier V explores modular building processes, such as integration of molding

and multiple technologies, recovering notions of Atelier III, but also introducing prototyping, 3D printing and

digital drawing technologies developed in Technologies V, where digital and manufacturing digital

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processes and tools are used, either by injection or cutting. The curricular unit Digital and its options - Using

and Programming - will provide the digital means and tools of drawing and drawing manipulation involved

in this process. The selection between these two curricular units is explained by the student's greater or

lesser interest in subsequently developing a work with digital and multimedia tools, respectively from the

perspective of the user or the programmer. Theoretically, the "expanded" dimension previously indicated in

"Space, Territory and Context" is continued. In fact, the questioning of place and space also implies a new

awareness of the body and its action, processes and narratives as integrated elements in the artwork. In

this sense it is necessary to insert a curricular unit dedicated to Performance Studies as an area capable of

giving theoretical coverage to video, multimedia, public art and the relation with the spectator. This

fundamental feature of contemporary art involves the multidisciplinary and emerging dynamics of today. In

the scope of the theory and more concretely of the Aesthetic, a reflection on the artistic object in “Image

Theory” is proposed revisiting the contemporary notions, but also, focusing on methods of thinking and

arguing critical judgments on the artwork.

Finally, in the sixth semester, it is suggested in Atelier VI the conclusion (temporary) of the artistic

process with the creation and programming of exhibition events in their different scales and dimensions.

From the material problems of assembly, placement, lighting, narrative, to the promotional and public

dynamics. This problem is supported by Digital in the two options indicated by the creation of websites,

dissemination and image processing, handling of multimedia aspects, creation of virtual spaces, and

development of interfaces. As in previous semesters, Technologies VI offer practical support in solving

practical problems, considering in this case different contingencies, from assembly structures to interfaces,

timers, multimedia devices. On the theoretical level, the curricular unit Exhibition Practices, theoretically

frames the theme of the debate on the importance of exhibition space, curatorship and various forms of

exhibition. As established in the academic policy of the university, all 1st cycle courses must provide an

optional curricular unit designated by UMinho Optional, and student choose a curricular unit within the

range offered by the other cycles of studies.

We believe we have demonstrated above, that the course has a solid structure, organised

horizontally and vertically, thought coherently and articulated in every detail of the programs, bibliographies,

teaching methodologies and evaluation.

3.b. Analytical Arguing

The argumentation below is structured following the order of the most critical aspects focused on CAE

Preliminary Report.

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Point 2.3.2.

Regarding the diversity of the scientific areas considered as an "excess of scientific areas" in the

Preliminary Report, they will be detailed justified in 3.3.5.

However it should be noted that in addition to the area of Visual Arts, there are the areas of Drawing,

Art Theory and History of Art and Aesthetics, which together are included in the main area of the cycle of

studies 211 (defined by Administrative Rule 256/2005 March 16, 2005). The Performative Studies and

Artistic Studies areas are related and appropriate in a Visual Arts degree.

Point 3.2.5.

Regarding CAE argument related to the absence of the area of Arts on the name of the school that

will host the degree in Visual Arts, we can clarify that the change of designation from School of Architecture

to "School of Architecture, Art and Design", has already been submitted to the General Council for

consideration. The accreditation of the Degree in Visual Arts will certainly strengthen the consistency of this

change.

Point 3.3.3.

It is mentioned that in the curricular units of Atelier I to VI "formal and technical aspects of learning

are emphasized and objectives are not associated with the dimension of personal project". Indeed, and after

the submission of the first proposal, the "project dimension" was reformulated in the Study Plan taking into

account CAE Report of 2014, where it has been critically interpreted this condition, as follows:

"3.1.4. Evidence supporting the compliance classifications noted in 3.1.1, 3.1.2 and 3.1.3:

The defined objectives are generic, providing transversal indicators corresponding to a project

culture centred on drawing and atypical processes (and possible curation) in a vocation close

to architecture.

3.3.5. Recommendations for improvement:

The designation and sub-titles of the Atelier and Project curricular units make difficult to have

some form for manoeuvre. Therefore a clearer distinction of the intentions of each one is

needed, so that, in the concrete plan of their programs and contents, there are less operative

separation, promoting a more interdisciplinary articulation related to the realities of the

creative processes in Visual Arts. A better clarification of contents to accompany the project

and conceptual formation through the necessary formal and technical counterparts can also

be advantageous, so that the acquisition of content is actually established in the field of artistic

creation and not in its mere intention "(Report CAE, 2014).

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12.4. Basis of the recommendation:

In the current circumstances, it turns out that the Visual Arts study project is more anchored

in Drawing and in a structure based on the idea of a project, with no credible operational

counterpart in artistic practices. This raises a conceptual divergence that cannot be solved.”

Thus, the use of the "Project" concept, allegedly more associated with architectural culture, was

reduced to the benefit of explicit "formal and technical aspects" that could make learning content more

precise than its "mere intention".

However, even in these circumstances of diminishing the concept of "Project" we can find, in Atelier

VI, as learning objectives: "To conceive; Programming, Planning" as project goals. In Atelier V: "Develop

conceptual strategies"; "Aesthetic exploration ability"; In Atelier IV: "Apply appropriation processes as a

creative strategy"; "To develop creative processes in the association of forms, materials and elements"; In

Atelier III: "Developing modes of artistic creation"; "Develop variation strategies"; "Building an aesthetic

discourse." In Atelier II: "Developing a personal work system", and in Atelier are not stated creative and

design goals by a greater incidence in the acquisition of formal technical knowledge.

We argue, therefore, that although the term "project" does not exist explicitly, objectives are

indicated that are related or equivalent in creative, programmatic, conceptual and strategic tasks, thus

consolidating the author dimension. It seems, however, that there has been a reinforcement of the

clarification of technical and operational contents, also in response to the need for a "greater clarification of

concrete contents".

Under this same aspect, but regarding Drawing UCs, please see, below, in 3.3.5, our explained

arguments.

Point 3.3.4

In addition to the curricular unit Atelier which is presented all over the six semesters, it should also

be highlighted the curricular unit of Technologies, which is also present during six semesters, being a strong

laboratory structure of the course, along with Drawing and Digital.

Point 3.3.5.

Regarding the comment that the curricular units of Drawing only occupy 4 semesters, we would

like to mention that the current proposal holds the same option as the previous proposal, which did not had

any revision by CAE, but instead indicated in 3.3.4, that: "various curricular programs are competently

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elaborated, namely in the curricular units of Drawing, Geometry and Art History "(CAE Report, 2014); and

even though, as already mentioned, the proposal was "anchored in Drawing".

An important area such as Drawing could obviously be deepened, but there is a need to introduce

other educational practices into an exercise of adjustment and commitment, and Drawing already has a

structuring and sufficient expression in the course. It should also be noted that the 5th and 6th semesters of

Digital / Use are concerned with digital drawing, 3D manufacturing, and in Digital / Programming there is

training in digital drawing programs such as "Processing".

The project dimension is also reinforced in Drawing IV, in the first objective: "Development of

author’s identity through drawing projects", strengthened by the programmatic content while referring to

"Drawing exercise as an autonomous practice in relation to identity, individual expression” as well as

“Identifying drawing applications as an expressive mean, as a project instrument". From the foregoing, it is

explicit the enunciation of the authorial and project dimension of the Drawing and by the Drawing.

To conclude this topic, we would like to point out that Drawing also takes place in Geometry

education, and it has an essential role in printing technologies such as engraving and serigraphy.

Also in response to the exposed in the Report, we would like to emphasize that the collaboration

between Schools and Institutes, intrinsic to the matrix structure of UMinho, reinforces the intersection of the

respective areas of formation, without abdicating the rigour and specificity proper to each scientific area.

The transversality and inclusion of complementary areas of knowledge, as well as professors with

relevant academic profile for the Degree, from other Organic Units of Education and Research (UOEIs), is

seen as a factor of curricular enrichment. Therefore, and considering an eminently interdisciplinary activity

as the Visual Arts, it is natural that different areas of knowledge coincide.

In this sense we rely on the collaboration of Geography in the curricular unit Space Territory and

Context, focused on the subjects of territory, public art, land art and expanded field. We also think it is

appropriate the collaboration in “Practical Artists” of a professor with background in Visual Arts, specialized

in investigation and research methodologies from the Education Institute. The inclusion of the Performative

Studies area seems to be clearly justifiable, by the integration of "performance" as an inescapable line of

contemporary art.

The collaboration of the Engineering School is crucial to the textile and polymer workshops, where,

under the coordination of visual arts professors, the engineering professors will share their experience and

knowledge, ensuring the integration of the necessary knowledge to this degree. The same principle is

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applied to the contents of Digital and Multimedia, where we rely on the collaboration of the Departments

of Informatics (Engineering School) and Communication Sciences (Institute of Social Sciences), as well as

its vast laboratory equipment and experience.

It should be noted that these departments, professors and workshops already have extensive

experience in the contact with Architecture, Theatre, Digital Art, Textile Design and Product Design, and

therefore with similar methodologies of the visual arts.

Although CAE may consider that "there are an excessive number of scientific areas", these are

organized in two groups: Art, and Technologies. Thus, we can recognize the scientific area of Visual Arts as

dominant, containing Drawing, Art Theory, History of Art, Philosophy / Aesthetics, complemented by the

areas of Performative Studies and Artistic Education; and another group that includes Geography,

Engineering and Communication Sciences, which collaborate in the degree and ensure specific and relevant

knowledge for the concerned curricular units. Finally, QAC corresponds to the (obligatory) curricular unit

UMinho Optional offer available in the UMinho that students may consider interesting to their personal path.

We acknowledge this synergy and articulated collaboration not considering it an impoverishment.

Quite the opposite, we defend it as an interdisciplinary added value, which is so highly appreciated in the

current paradigms of education and research. By its integrative nature we understand it as a differentiating

element, clearly positive, in our proposal for the 1st cycle degree in Visual Arts.

Point 9.4.

Considering that no changes were made in the methodology for the ECTS calculation, the comment

seems to contradict the evaluation made in 2014, where it was considered a "satisfactory methodology", in

contrast to the alleged lack of explanation of a "less rigorous methodology" now presented.

Point 9.6

We acknowledge that a higher offer of optional curricular units would be desirable, however a

reduced number of students would be dispersed by several curricular units, and the classes shifts wouldn’t

have the necessary and appropriate critical mass. It is intended with this structure to ensure the conceptual

horizontality of each semester. In any case, and as indicated in various evaluation methodologies in the

curricular unit’s records, the exercises are optional, so students can choose between sculptural, pictorial or

multimedia.

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4. Conclusion

We believe this response has exposed, and defended, clearly and objectively, the proposal that we

prepared for the creation of a new cycle of studies in Visual Arts.

We argue:

1. The Degree meets the mission and strategic objectives of the University of Minho.

2. The institution has the conditions - in terms of human and material resources - necessary to receive

the degree, guarantying its quality;

3. The creation of the degree in Visual Arts is fully justified as an academic offer at a regional and

national context;

4. The degree proposal present a curriculum structure and a coherent study plan from a scientific and

pedagogical didactic point of view, innovative in the national context, and meeting the degrees in

Visual Arts in the European Area.

Therefore, we propose the reconsideration of the final recommendation of the Preliminary Report and the

accreditation of the Degree in Visual Arts proposed by the University of Minho.