Neem Muito Bom

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    NimPLANTAR

    cole o

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    Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmbrapa Florestas

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

    Embrapa Informao Tecnolgica

    Braslia, DF2008

    A CULTURA DO NIM

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    Coleo Plantar, 61

    Produo editorial: Embrapa Informao Tecnolgica

    Coordenao editorial: Fernando do Amaral PereiraMayara Rosa CarneiroLucilene Maria de Andrade

    Superviso editorial: Wesley Jos da RochaReviso de texto: Corina Barra SoaresProjeto grfico da coleo: Textonovo Editora e Servios EditoriaisLtda.Editorao eletrnica: Mrio Csar Moura de AguiarArte-final da capa: Mrio Csar Moura de AguiarIlustrao da capa:lvaro Evandro X. Nunes

    1a edio

    1a impresso (2008): 2.000 exemplares

    Todos os direitos reservados

    A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou emparte, constitui violao dos direitos autorais (Lei no. 9.610).

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    Embrapa Informao Tecnolgica

    Embrapa 2008

    A cultura do nim / Embrapa Florestas; [editores tcnicos, Edinelson JosMaciel Neves e Antonio Aparecido Carpanezzi]. Braslia, DF : EmbrapaInformao Tecnolgica, 2008.

    97 p.: il. (Coleo Plantar, 61).

    ISBN 978-85-7383-441-3

    1.Azadirachta indica. 2. Extrao. 3. Inseticida de origem vegetal.4. Neem. 5. leo vegetal. 6. Plantio. I. Embrapa Florestas. II. Coleo.

    CDD 633.989

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    Autores

    Edinelson Jos Maciel NevesEngenheiro florestal, D. Sc. em Silvicultura,pesquisador da Embrapa Florestas, Colombo, [email protected]

    Antonio Aparecido CarpanezziEngenheiro florestal, D. Sc. em Ecologia Florestal,

    pesquisador da Embrapa Florestas, Colombo, [email protected]

    Paulo Afonso VianaEngenheiro agrnomo, Ph. D. em Entomologia,pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

    Editores TcnicosEdinelson Jos Maciel NevesEngenheiro florestal, D. Sc. em Silvicultura,pesquisador da Embrapa Florestas, Colombo, [email protected]

    Antonio Aparecido CarpanezziEngenheiro florestal, D. Sc. em Ecologia Florestal,pesquisador da Embrapa Florestas, Colombo, [email protected]

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    Paulo Eduardo de Aquino RibeiroQumico, M. Sc. em Qumica,analista da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

    Hlio Teixeira PratesQumico, Ph. D. em Qumica,pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, [email protected]

    Roberto Antonio MalimpenceEngenheiro agrnomo, B. Sc. em Fitotecnia,proprietrio da Empresa Barana Ltda., Catanduva, [email protected]

    Alexandre Muzy Bittencourt

    Engenheiro florestal, M. Sc. em Economia Florestal,doutorando da Universidade Federal do Paran, Curitiba,PR, bolsista do Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientfico e Tecnolgico (CNPq)[email protected]

    Anadalvo Juazeiro dos Santos

    Engenheiro florestal, Ph. D. em Economia Florestal,professor da Universidade Federal do Paran, Curitiba, [email protected]

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    Apresentao

    Em formato de bolso, ilustrados e escritos emlinguagem objetiva, didtica e simples, os ttulos daColeo Plantartm por pblico-alvo produtores rurais,estudantes, sitiantes, chacareiros, donas de casa edemais interessados em resultados de pesquisa obtidos,testados e validados pela Embrapa.

    Cada ttulo desta coleo enfoca aspectos bsicosrelacionados ao cultivo de, por exemplo, hortalia,fruteira, planta medicinal, planta oleaginosa, condimentoe especiaria.

    Editada pela Embrapa Informao Tecnolgica,em parceria com as demais Unidades de Pesquisada Empresa, esta coleo integra a linha editorialTransferncia de Tecnologia, cujoprincipalobjetivo preencher lacunas de informao tcnico-cientficaagropecuria direcionada ao pequeno produtor rural e,com isso, contribuir para o aumento da produo dealimentos de melhor qualidade, bem como para a geraode mais renda e mais emprego para os brasileiros.

    Fernando do Amaral Pereira

    Gerente-GeralEmbrapa Informao Tecnolgica

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    Sumrio

    Introduo.................................................9Caractersticas Gerais ............................. 11Clima .......................................................20Solo......................................................... 22Propagao .............................................25Produo de Mudas ...............................26Escolha de rea para Plantio .................. 30Preparo de rea ......................................33Plantio .....................................................35Tratos Culturais.......................................58Pragas que Atacam o Nim ...................... 59Controle de Pragas comProdutos do Nim .................................... 61Coleta de Sementes paraProduo de leo...................................75Produo Industrial do leo

    Bruto do Nim .......................................... 84Rentabilidade Econmica .......................90

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    Introduo

    As menes mais antigas sobre a rvo-re conhecida como nim (Azadirachta indi-ca A. Juss) datam de 4.500 anos atrs.No Brasil, o nim foi introduzido h cerca de

    20 anos, e a maior parte das plantaes, hoje,no tem mais que 10 anos. Seu cultivo emnosso pas desenvolveu-se margem depesquisa e de orientao tcnica slidas, e

    sob forte influncia do mercado e da propa-ganda comercial. Como conseqncia, asinformaes tcnicas, quando disponveis,so muitas vezes desencontradas e carentesde aperfeioamento. At mesmo alguns as-

    suntos bsicos sobre o nim precisam serdeterminados com rigor, como o rendimen-to de frutos e o de madeira segundo seu usofinal (como lenha ou serraria). Somente de

    posse de conhecimentos firmemente basea-dos na pesquisa ser possvel fazer do cul-

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    tivo do nim um empreendimento comercial

    e econmico seguro.

    Em clima e solos adequados, o nim uma rvore de cultivo muito fcil. Seu pon-to mais atraente est na copa das rvores,

    em qualquer escala de produo. Na propri-edade rural, qualquer que seja seu tamanhoou nvel econmico, os frutos e as folhasde nim tm inmeras aplicaes, na lavoura

    e na pecuria, como substituto de produtossintticos, como certos inseticidas e verm-fugos. Os frutos de nim so comercializ-veis, por se prestarem produo de umleo que compe produtos industriais des-

    tinados a vrios usos agropecurios, veteri-nrios, cosmticos e medicinais. Como pro-dutor de madeira, no Brasil, o nim poderter muito valor comercial em regies de cli-

    ma seco, com regime de chuvas abaixo de900 mm/ano, adaptando-se at mesmo s

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    reas mais secas do Nordeste. Para regies

    midas, h espcies adequadas produode madeira, como eucaliptos, pinheiros, teca,entre outros.

    Este trabalho resultou, principalmente,

    da experincia e da observao do nim emcampo ou na indstria, durante vrios anos,em diferentes pontos do Pas. Informaesde literatura foram usadas de modo secun-drio, e sempre com cautela, para esclarecer

    pontos duvidosos advindos da observaodireta. O cultivo do nim ainda incipiente,aos olhos da cincia florestal; portanto, de-ver ser aperfeioado com a gerao de no-vas tecnologias.

    Caractersticas Gerais

    No Brasil, a rvore do nim, quando

    solteira, apresenta copa densa, frondosa, deformato arredondado ou oval, podendo atin-

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    gir dimetro superior a 12 m (Fig. 1). Nor-

    malmente, a rvore alcana entre 12 m e 20 mde altura e dimetro altura do peito (DAP)de no mximo 40 cm. Seu tronco curto,bifurcando-se entre 2 m e 3 m de altura docho (em espaamentos apertados, o caule

    maior). A casca de cor cinza-escuro efissurada, com 1 cm de espessura; o cernedas rvores maduras produz madeira de coravermelhada, lembrando a do mogno.

    A rvore de nim pereniflia, com ga-lhos bastante ramificados e folhas em abun-dncia (Fig. 1). No perodo de seca, ocor-rem, simultaneamente, a queda e a brotaode folhas, de forma que as rvores nuncaficam desnudas. As folhas so do tipo im-paripenadas, de colorao verde-escura, econtm vrias substncias com proprieda-des biocidas, sendo a principal delas a aza-

    diractina. Suas flores (Fig. 2) so pequenas,brancas, pentmeras, hermafroditas, reuni-

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    Fig. 1. rvore isolada de nim com 20 anos de idade, plantadano Iapar, em Londrina, PR.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    Fig. 3. Ramos com frutos imaturos.

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    Neves

    Fig. 4. Sementes secas no campo.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

    Semente seca com cascaSemente comcasca quebrada

    Semente nica (amndoa)

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    mero de sementes secas por quilograma

    de aproximadamente 3 mil. O sistema radi-cular da rvore (Fig. 5) formado por umaraiz pivotante longa, que lhe permite absor-ver gua e nutrientes de grandes profundi-dades e por razes laterais. Em plantaes,o nim regenera-se naturalmente pelas semen-tes e, s vezes, tambm por brotao de raiz.

    Fig. 5. Sistema radicular do nim em solo arenoso no Cerrado.

    Foto:EdinelsonJosMac

    ielNeves

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    Observaes feitas em campo revelam

    que as rvores de nim apresentam, ao mes-mo tempo, flores e frutos em diferentes es-tgios de desenvolvimento e maturao.As pocas de florao e frutificao variamconforme o clima (temperatura e chuva) ondea espcie cultivada. De maneira geral, asprimeiras floraes ocorrem, com intensida-de crescente, a partir dos 18 meses de ida-de, estabilizando-se a produo de frutos

    entre 8 e 12 anos ps-plantio. Normalmente,no ciclo de 12 meses, ocorrem duas flora-es e duas frutificaes, sempre prolonga-das. A ocorrncia de chuvas muito fortesdurante a primavera prejudica a florao, porderrubar as flores.

    A Tabela 1 apresenta a poca de flora-o e frutificao das rvores de nim culti-

    vadas em diversos municpios, em vriasregies fitogeogrficas do Brasil.

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    18Tabe

    la

    1.

    pocadefloraoefrutificao

    dervoresdenim

    cultivadasem

    diferentes

    municpioseregiesfitogeogrficasdoBras

    il.

    Continua...

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    19Tabe

    la1.Continuao.

    Fesd=FlorestaEstacionalSemidecidu

    al;FODat=FlorestaOmbrfilaDensaatlntica;FODam

    =FlorestaOmbrfilaDensaamaznica;

    xx=pocademaiorflorao;x=pocademenorflorao;++=pocademaiorfrutificao;+

    =pocademenorfrutificao

    .

    Fonte:E

    dinelsonNeveseAntonioCarp

    anezzi,apartirdeobservaesdecampoedeinformaespres

    tadasporprodutoresoutcnicoslocais.

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    Clima

    O nim suporta seca e temperaturas al-tas, mas muito sensvel ao frio. No Brasil,seja qual for o objetivo do plantio, so inap-tas para o cultivo do nim todas as reas onde

    a temperatura mdia anual inferior a 20 C.Quando o objetivo for apenas a produode folhas, locais com temperatura mdia anu-al de 20 C a 21 C podem propiciar resulta-dos satisfatrios, desde que a temperaturamdia do ms mais frio seja 16,0 C. Qual-quer que seja o objetivo, so consideradasboas e timas, para o cultivo do nim, reasonde a temperatura mdia anual situa-se de

    21 C a 23 C e 23C, respectivamente.O nim pode ser cultivado em locais com

    distintos regimes de chuvas. H plantaescom sucesso, para a produo de frutos,

    desde a regio de Petrolina, PE/Juazeiro, BA,com precipitao mdia de 600 mm/ano e

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    7 meses de seca, at o oeste do Estado de

    So Paulo, com precipitaes de 1.200 mma 1.400 mm e um perodo de 3 meses a 4meses com pouca chuva. Deve-se lembrarque, em todo o mundo, o nim uma plantaparticularmente valiosa para cultivo emregies tropicais submidas e semi-ridas.No nordeste do Par, onde o volume de chu-vas superior a 2.000 mm/ano e no ocorredficit hdrico, as plantaes de nim cres-

    cem bem, mas no h informaes segurassobre produo de frutos, que a finalidademais nobre do nim.

    As regies Sudeste, Centro-Oeste,

    Nordeste e parte do Norte so as que dis-pem de reas com condies climticasmais adequadas ao cultivo do nim, tanto paraa produo de folhas quanto a de frutos/sementes e madeira.

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    Para a produo de madeira, o nim

    indicado principalmente para locais sobregime de chuvas mdias inferiores a900 mm/ano, quando sua produtividade com-pete com outras espcies mais conhecidas,como os eucaliptos; quanto mais seco for oclima, mais valioso ser o nim.

    Nos locais mais quentes e secos, a es-pcie apresenta boa produo de sementes

    para a extrao de leo.

    Solo

    No Brasil, os solos mais apropriados

    ao cultivo do nim so aqueles que apresen-tam pH entre 5,5 e 7,0, com baixos teoresde alumnio trocvel, elevados teores de ba-ses trocveis e saturao de bases > 50 %.Esses solos so encontrados naturalmenteapenas na Regio Nordeste do Brasil. Para

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    cultivar o nim em solos cidos (pH < 5,5),

    necessria a correo da acidez com cala-gem ou gessagem, visto que essa espcie exigente em clcio e fsforo e beneficia-sede pH alto em todo o perfil explorvel dosolo.

    As caractersticas fsicas do solo po-dem ser mais limitantes ao cultivo do que asqumicas. A espcie suporta longo perodo

    de seca, mas no tolera solos encharcados.Ela no to exigente quanto a solos pro-fundos, mas requer solos permanentementedrenados ou bem drenados. Este o casode Timbaba, PE (Fig. 6). Ali, o nim culti-

    vado com sucesso em solos muito rasos epedregosos, em relevo plano ou declivoso(encostas de morros), sem encharcamento,sob chuvas mal distribudas e muito vari-

    veis entre os anos (totais de 550 mm/ano a1.200 mm/ano). Por outro lado, plantaes

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    estabelecidas na regio central do Estado deTocantins (Fig. 7), em solo profundo comrelevo plano, sob chuvas estacionais quesuperam 1.800 mm/ano, apresentam rvo-res com desenvolvimento comprometido

    pelo encharcamento do solo em alguns me-ses do ano.

    Fig. 6. Plantaes de nim com desenvolvimento bom, em so-los rasos sem problemas de encharcamento Timbaba, PE.

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    to:EdinelsonJosMaciel

    Neves

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    Propagao

    O nim propaga-se via semente e, tam-bm, vegetativamente, por processos artifi-ciais, como estaquia e cultura de tecidos.A propagao por sementes colocadas di-

    retamente nos recipientes o mtodo maisusado. As sementes devem ser postas para

    Fig. 7. Plantaes de nim com desenvolvimento ruim, em so-los profundos com problemas de encharcamento Brejinhode Nazar, TO.

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    germinar logo aps a colheita, pois so re-

    calcitrantes, suportando pouca perda de umi-dade. Como ainda no h nenhum melhora-mento gentico do nim no Brasil, o produ-tor de mudas deve procurar obter ou coletarsementes de rvores vigorosas e que apre-

    sentem elevada produo de frutos.

    As sementes do nim no necessitam detratamento especfico para sua germinao;basta remover a polpa do fruto. A taxa de

    germinao alcana at 90 % para sementessemeadas no perodo de duas semanas de-pois da colheita.

    Produo de MudasDependendo da temperatura do local,

    a germinao inicia de 4 a 10 dias aps asemeadura e estende-se por um ms. A se-

    meadura pode ser feita diretamente em sa-cos de plstico de polietileno, no tamanho

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    de 6 cm x 14 cm quando cheios (dimetro x

    altura), distribudos em canteiro (Fig. 8).Como substrato, pode ser usada uma mis-tura de trs partes de solo de textura mdiapara uma parte de matria orgnica bem cur-tida. A semeadura pode ser feita, tambm,em tubetes cnicos com 5,1 cm de dime-tro e 13,3 cm de comprimento (Fig. 9), oque equivale a 180 cm3 de substrato. A pro-duo de mudas em tubetes exige substra-

    tos especficos e um regime de adubaorefinado, estabelecido em bases tcnicas.

    Fig. 8. Mudas de nim produzidas em sacos de plstico depolietileno.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    Quando em sacos de plstico, as mu-

    das devem ser produzidas em viveiro a cuaberto, e irrigadas pelo menos uma vez ao

    Fig. 9. Mudas de nim produzidas em tubetes.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    dia. Em regies extremamente quentes, as

    mudas podem ser produzidas em viveiroscom sombrite ou outro tipo de cobertura queamenize o excesso de calor. A permannciano viveiro at o plantio em campo, com al-tura de 20 cm, pode variar de 45 a 100 dias.A qualidade da muda que vai ao campo determinante para o sucesso da plantao.H casos comprovados de reas extensasde nim que fracassaram no campo, por conta

    da m formao do sistema radicular dasmudas. Em viveiro, as mudas de nim po-dem permanecer vivas e crescer bastante emsacos de plstico pequenos, mas suas ra-

    zes so prejudicadas; tais mudas devem serdescartadas ou, mediante orientao tcni-ca, devem ser podadas na copa e na raiz etransformadas em mudas de toco.

    A rea ideal para se instalar um viveiro aquela com boa disponibilidade de gua,

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    circulao de ar satisfatria e solo com boa

    drenagem e levemente inclinado, para evitarproblemas de encharcamento por ocasiodas regas. O viveiro deve ser cercado portelas ou cercas, para evitar perdas de mudasprovocadas por ataque de animais.

    Em qualquer caso, antes do plantio, asmudas devem passar por um perodo deadaptao s condies do campo, perma-necendo pelo menos 15 dias em local aber-

    to, arejado e com boa incidncia de luz. Esseprocedimento contribuir para se obter umbaixo ndice de mortalidade de plantas e,conseqentemente, o replantio ser menor.

    Escolha de rea para Plantio

    indispensvel que os solos para plan-tio sejam permanentemente drenados. Nas

    regies fitogeogrficas de florestas e do Cer-rado, os solos devem ser profundos, sem

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    compactao nem camadas de impedimen-

    to e, preferencialmente, arenosos: o ideal que o teor de areia seja acima de 50 %, po-dendo ser superior a 90 %. Para isso, nes-sas regies fitogeogrficas, os solos maisadequados so os de relevo plano ou sua-vemente ondulado (Fig. 10). Na Caatinga,as condies adequadas de drenagem po-dem ser obtidas em solos rasos e pedrego-sos, situados em encostas de morros

    (Fig. 11) ou em relevo plano fora de depres-ses do terreno. Quanto aos aspectos qu-micos, o melhor comportamento do nim d-se, sem dvida, em solos de fertilidade m-dia ou alta, com pH neutro ou pouco cido.

    Solos que apresentem encharcamento,mesmo que subsuperficial ou temporrio,comprometem o crescimento das rvores

    plantadas, tanto em altura quanto emdimetro.

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    Fig. 11. Plantio de nim em rea declivosa.

    Foto:Anton

    ioAparecidoCarpanezzi

    Fig. 10. Plantio de nim em rea plana.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    Preparo de rea

    O preparo de rea depende da topo-grafia e das caractersticas fsicas do solo.Como norma, solos de topografia plana asuave ondulada devem ser preparados com

    o uso de arao e gradagem; j os solosmuito arenosos dispensam arao. Em ter-renos declivosos ou pedregosos, com ferti-lidade natural elevada, o preparo de rea deverestringir-se marcao de linhas de plantio

    e abertura das covas; isto feito, por exem-plo, na Zona da Mata pernambucana, em ter-renos considerados inaptos para o cultivoda cana-de-acar.

    recomendvel que, no decorrer do pre-paro da rea, amostras de solo sejam coleta-das na forma de X, em duas diagonais cortan-do o terreno, da camada de 0 cm a 20 cm e de20 cm a 40 cm de profundidade. Os resulta-

    dos dessas amostras devem ser interpreta-dos por um profissional da rea agronmica

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    ou florestal. Caso seja necessria, a cala-

    gem deve ser feita pelo menos 30 dias an-tes do plantio. recomendvel o uso decalcrio dolomtico, porque permite o for-necimento de clcio e magnsio ao solo.O calcrio deve ser distribudo de manei-

    ra uniforme na rea de plantio aps a ara-o e incorporado com a gradagem. Casoseja necessrio o uso de fertilizantes mi-nerais, principalmente de nitrognio, fs-foro e potssio, as quantidades definidasdevem ser misturadas e aplicadas na cova,durante o plantio. As covas podem ser fei-tas com as dimenses de 20 cm de lado e20 cm de profundidade.

    Em solos extremamente arenosos,como Neossolos Quartzarnicos (areiasquartzozas) com menos de 5 % de argila,recomendam-se o cultivo e a incorpora-

    o de adubao verde nas ruas, para au-mentar a capacidade de reteno de gua.

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    Plantio

    O nim adapta-se a diversos sistemassilviculturais, os quais fornecem produtos eservios variados. No Brasil, ele vem sendoempregado principalmente em plantios ho-

    mogneos, para a produo de frutos/se-mentes (maior demanda) e folhas.

    Seja qual for a finalidade, o nim deveser plantado a pleno sol, no incio do pero-

    do das chuvas e do ano agrcola, estando aterra molhada. Na poca do plantio, deve-sedistribuir as mudas no campo, junto s co-vas, cuidando para plant-las sem demora,para evitar o ressecamento do torro e omurchamento das folhas. No ato do plantio,aps a retirada do saco de plstico ou dotubete, o torro com a muda deve ser colo-cado no interior da cova e, em seguida, deve-

    se preencher, com terra, os espaos vaziosda cova, de modo que o torro no fique

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    exposto e que a parte basal do caule fique

    no mesmo nvel do solo. Aos 30 dias apso plantio, deve-se percorrer a rea plantadapara fazer o levantamento do nmero demudas mortas e o replantio.

    Quando houver previso de estiagemps-plantio, recomenda-se aplicar hidrogel,um polmero absorvente de gua base deacrilamida, colocando-o junto raiz da mudadurante o plantio. Sua funo reter a gua

    da chuva ou da irrigao e liber-la aos pou-cos, garantindo a umidade do solo. O usode hidrogel garante sobrevivncia alta e re-duz consideravelmente a necessidade de ir-

    rigao ps-plantio.

    Arborizao de ruas e componentede sistemas agroflorestais

    Em cidades do Nordeste brasileiro, o nimvem sendo plantado na arborizao de ruas

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    Fig. 12. Nim plantado como arborizao de rua, emVermelho, PE.

    Foto:EdinelsonJosMac

    ielNeves

    (Fig. 12). Neste caso, o espaamento usado

    entre plantas pode variar de 8 m a 10 m.

    Como componente de sistemas agro-florestais, a espcie fornecedora de nutri-entes s plantas mediante deposio e de-

    composio de suas folhas cadas no soloe fonte de renda aos pequenos e mdios

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    Fig. 13. Nim irrigado como quebra-vento de vinhedo, em Ju-azeiro, BA.

    F

    oto:AntonioAparecidoC

    arpanezzi

    agricultores, mediante a venda de frutos/se-

    mentes e, no futuro, de madeira para lenha/carvo. Por isso, a espcie pode ser usadacomo quebra-vento (Fig. 13), em consrciocom caf (Fig. 14), bananeira (Fig. 15) e cul-turas anuais (Fig. 16), entre outras modali-dades.

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    Fig. 14. Nim consorciado com caf, em Glria de Dourados,MS.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

    Fig. 15. Nim consorciado com bananeira, em Glria de Doura-dos, MS.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    Fig. 16. Nim em SAF, como cultivos anuais, em Glria de

    Dourados, MS.

    Foto

    :AntonioAparecidoCarp

    anezzi

    Como quebra-vento de cultivos agr-colas, as rvores de nim podem ser instala-das em linhas simples e/ou duplas. Em li-nhas simples, o espaamento entre plantaspode variar de 1 m a 3 m. Caso seja planta-do em linhas duplas, o espaamento podevariar de 2,5 m a 3,0 m entre linhas por 1 m a

    3 m na linha. O solo na linha de plantio deveser mantido limpo para facilitar a colheita de

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    Fig. 17. Renque de nim para a delimitao da propriedade

    rural, em Urups, SP.

    Foto:EdinelsonJosMacielN

    eves

    frutos. Renques para delimitao da propri-

    edade rural (Fig. 17) constituem uma prticaagroflorestal similar ao quebra-vento, tam-bm permitindo produo de frutos.

    Produo de folhas

    As folhas do nim so teis no meio ru-

    ral. Entre outros usos, depois de secas, elaspodem ser trituradas e usadas como vermfu-

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    go para o gado bovinoou modas para pre-

    parar extratos aquosos ou alcolicos, apli-cados contra pragas no campo e em grosarmazenados. Em geral, as folhas so umproduto secundrio de plantios destinadosa outros fins; sua obteno fcil, j que asrvores tm copa frondosa e rebrotam bem.

    No Brasil, praticamente no existemplantios destinados exclusivamente produ-

    o de folhas, mas merece destaque umaplantao em So Joo de Pirabas, no litoraldo Par, onde so cultivados 160 mil ps denim, no espaamento de 1,5 m x 1 m (rua xlinha), o que significa densidade de 6.666

    plantas/ha (Fig. 18). Esse espaamento foideterminado com base em plantaes co-merciais modernas para a produo de fo-lhas de erva-mate (Ilex paraguariensis).

    O espaamento no permite que a manuten-o das ruas seja feita de forma mecanizada

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    e traz, esporadicamente, problemas fitossa-

    nitrios, decorrentes da elevada umidade quese forma prximo ao cho. Por conseguin-te, recomendvel que plantios desse tipotenham espaamento mais largo, como2 m x 1,5 m.

    Nesta plantao, que visa, como foidito, a mxima produo de folhas, o mane-

    Fig. 18. Plantio de nim para a produo de folhas, sob espa-amento de 1,5 m x 1 m.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    jo por talhadia intensiva, ou seja, os troncos

    das rvores, ainda jovens, so cortadosentre 30 cm e 50 cm do solo (Fig. 19).A coleta de folhas das rebrotaes do cauledecepado feita duas a quatro vezes por ano.Em virtude das prticas empregadas, as plan-tas de nim mantm-se baixas (uns 2 m de al-tura) e nunca atingem a fase de florao/fruti-ficao. A vida til duma plantao, nesse sis-tema de cultivo, ainda desconhecida.

    Fig. 19. Rebrotao de caules decepados de rvores jovensde nim.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    Produo de frutos

    e sementes em plantios purosA produo de frutos e sementes o

    objetivo mais nobre do cultivo de nim, e tor-na a copa o compartimento principal da plan-

    ta. A rvore, portanto, precisa ser tratada pri-oritariamente como frutfera, e no como ma-deireira. O conjunto de prticas de cultivode uma rvore produtora de frutos segue

    princpios prprios, que devem ser estabe-lecidos tecnicamente para cada espcie. To-davia, para o nim, no h pesquisas consis-tentes de campo, e as plantaes comerci-ais so, geralmente, orientadas ou conduzi-

    das sem se ater s particularidades da esp-cie. Em conseqncia, as plantaes atuaisde nim apresentam vrios pontos a seremmelhorados, a comear pelo espaamento.

    So comuns casos em que ele no apro-priado nem produo de madeira nem

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    produo de frutos (exemplo: 4 m x 4 m, no

    interior paulista ou no Cerrado).

    A experincia de campo revela dois sis-temas de plantio mais adequados produode frutos de nim em talhes: espaamentos

    quadrados e espaamentos fortemente retan-gulares. Ambos tm, como ponto comum, ainsolao intensa das copas, condio essen-cial produo de frutos. Como pressupos-to, deve-se considerar que, comumente, ascopas das rvores de nim so largas, altas,de crescimento intenso e com acentuada ca-pacidade de rebrotar no perodo ps-corte.Esse conjunto de caractersticas inviabiliza a

    formao e a manuteno de copas peque-nas mediante o uso de podas.

    As rvores de nim exigem, sempre,muita luz. Isso, em talhes para produo

    de frutos, significa que cada rvore precisade crescimento livre, com insolao por to-

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    dos os lados, ou seja, espaamento amplo e

    quadrado: a mesma distncia entre linhas edentro da linha. O crescimento das copasdo nim muito afetado pelo clima, pelo soloe pela intensidade de cultivo; quanto maisfavorvel for esse conjunto, maior dever sera superfcie deixada para cada rvore.

    Assim, com base em observaes decampo, recomenda-se, para talhes bemcuidados:

    No mbito da Floresta EstacionalSemidecidual, espaamentos que va-riem de 7 m x 7 m a 9 m x 9 m.

    No Cerrado, de 6 m x 6 m ou de7 m x 7 m.

    Para plantios estabelecidos na Caa-tinga, de 5 m x 5 m ou de 6 m x 6 m.

    Na transio Zona da Mata/Caatin-

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    ga, em solos de alta fertilidade, o es-

    paamento pode ser de 6 m x 6 m oude 7 m x 7 m.

    Na Amaznia, e em sua transiopara o Cerrado, de 8 m x 8 m ou de

    9 m x 9 m.

    Atualmente, os espaamentos maisempregados em talhes so do tipo retan-gular fraco e com distncias menores que a

    ideal, o que causa fechamento prematuro dascopas (Fig. 20) e no elimina o crescimentoapical, indesejvel para a produo de fru-tos (Fig. 21).

    No Brasil, embora as rvores de nimsejam comumente bifurcadas e esgalhadas,a dominncia apical (crescimento no senti-do vertical) do tronco e dos galhos forte

    (Fig. 21 e 22). Por isso, para a produo defrutos e sementes em plantios com espaa-

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    mento quadrado ou retangular, o tronco e osgalhos devem ser podados (decepados) paraa formao de copa larga. A decepa do tron-co deve ser realizada a cerca de 3 m do solo,no momento em que a altura total da rvore forem torno de 5 m. A decepa, todavia, no resol-

    ve o problema de crescimento apical quandoo espaamento inadequado (Fig. 21).

    Fig. 20. Plantio para frutos, evidenciando fechamento dascopas (7 m x 5 m, 7 anos, em Catanduva, SP).

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

    Fig. 21. Plantio para frutos, mostrando crescimento apical dotronco (7 m x 5 m, 7 anos, em Catanduva, SP).

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

    Fig. 22. Copa de rvore de nim no nordeste do Par, mostran-do vigor do crescimento apical.

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    A adoo de renques ou espaamento

    acentuadamente retangular maximiza a inso-lao lateral das copas e fundamenta-se nofato de que o fechamento lateral das copasna linha compensado pela altura de cadacopa, muito maior e mais expostas ao sol(Fig. 23) que no espaamento quadrado.

    Fig. 23. Renque com nim em estrada, aos 6 anos, em Ibir, SP.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    Nos talhes com disposio fortemen-

    te retangular, o espaamento dentro da linhapode variar, mas recomenda-se que seja emtorno de 30 % da distncia usada entre li-nhas. Para espaamento entre linhas ou ren-

    ques, recomendam-se as seguintes distnci-as mnimas:

    Na Floresta Estacional Semidecidu-al, de 9 m a 11 m.

    No Cerrado, 8 m.

    Para plantios estabelecidos na Caa-tinga, 7 m.

    Em locais situados na transio Zonada Mata/Caatinga, em solos de altafertilidade, 8 m.

    Na Amaznia, e em sua transio parao Cerrado, 10 m.

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    De certo modo, o espaamento retan-

    gular forte equivale a uma repetio de ren-ques individualizados, bem separados entresi. Esse sistema apresenta vrias vantagenssobre o espaamento quadrado, a saber:

    Nos renques, as copas fecham rapi-damente na faixa de cada linha, favo-recendo a colheita tradicional, feitapor catao no cho.

    As ruas, mais largas, aumentam apossibilidade de praticar cultivosagrcolas.

    H mais possibilidade de conciliar as

    produes de frutos com as de ma-deira, pois a decepa do tronco no necessria e, quanto produo defrutos, a retirada de uma rvore ra-pidamente compensada pela expan-

    so lateral das copas das rvores vi-zinhas.

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    As primeiras floraes ocorrem a par-

    tir dos 18 meses de idade, e a produo defrutos estabiliza-se entre 8 e 12 anos de ida-

    de. Normalmente, so feitas duas colheitas

    de frutos por ano; a maior ocorre no final/

    incio de cada ano. Em mdia, nos plantiosbrasileiros considerados bons, a produtivi-

    dade anual de sementes secas com casca,

    com teor de umidade de 11 %, adequado

    para moagem, estimada em 5 kg por rvo-re/ano, ou 1.250 kg/ha. preciso fazer de-

    terminaes acuradas da produtividade em

    diferentes regies, para orientar tecnicamen-

    te as atividades de cultivo. O ideal que cada

    produtor saiba com certeza quanto produz

    cada hectare de seu talho de nim, procedi-

    mento este comum para outras culturas,

    como soja, milho e feijo.

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    Produo de madeira

    Conhecimentos sobre o cultivo do nim,tendo como finalidade principal a produode biomassa lenhosa, so praticamente ine-xistentes no Brasil, em virtude de suas plan-

    taes serem dirigidas aos produtos da copa.As informaes a seguir so baseadas emobservaes de campo feitas nas regiesSudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

    O espaamento vai depender do climae do solo da rea e do tipo de manejo a seradotado. Para madeira, so recomendadosentre 7 m/planta e 12 m/planta, como3 m x 2,3 m a 4 m x 4m (ruas x linhas) ou1.428 mudas/ha a 625 mudas/ha, respectiva-mente. Em solos de boa fertilidade do oestepaulista, o incremento mdio anual do nimem plantios densos, prprios da finalidade

    madeireira, no passa de 20 m/ha aos 6 anosde idade.

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    rvores de nim no perdem os galhos

    de forma natural. Portanto, para a formaode uma madeira limpa, sem ns, torna-senecessria a poda ou a desrama artificial, isto, a eliminao dos ramos laterais, em geralentre 8 meses e o terceiro ano ps-plantio,at que a rvore atinja pelo menos 6 m dealtura do tronco. Quando bem conduzida, adesrama permite a formao de um troncolivre de galhos, que produzir madeira ser-

    rada de boa qualidade. A desrama artificialdo nim, tal como a do cinamomo ou da san-ta-brbara (Melia azedarach), comumente feita mo, sem ferramentas, eliminando-se os ramos bem jovens que se formam nasaxilas das folhas que saem dos caules. Esseprocedimento de desrama, embora simples, pouco conhecido e freqentemente prati-cado de modo incorreto, ou seja, retirando

    tambm as folhas, o que prejudica o cresci-mento da rvore. O desbaste deve ser feito

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    segundo a evoluo da rea basal. No oeste

    paulista, para espaamento inicial de9 m/planta, estima-se que a primeira inter-veno deva ocorrer em torno de 6 anos.O ciclo de corte, para produo de madeirapara serraria ou laminao, estimado em

    10 a 15 anos.

    A madeira do nim, se produzida ade-quadamente, pode servir fabricao demveis, como acontece com as rvores da

    famlia das meliceas (cedro, canjarana,mogno, andiroba, cinamomo). Todavia,como as plantaes brasileiras de nim soorientadas para produtos da copa, os tron-cos so curtos, geralmente abaixo de 2 m(Fig. 21) e com ns, de modo que o nimserve apenas para a produo de lenha. Paraisso, suas qualidades so razoveis: amos-tras de rvores de 50 meses, produzidas no

    Cerrado, revelaram densidade bsica de0,57 g/cm, poder calorfico de 4.090 kcal/kg,

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    carbono fixo de 81,8 % e rendimento em

    carvo de 38,2 %.

    Tratos Culturais

    Nos primeiros anos aps o plantio, ocultivo do nim exige cuidados especiais, paramanter a rea livre de plantas invasoras e ocontrole do ataque de formigas-cortadeiras.Alm disso, deve-se estar atento ao fato de

    que, em qualquer estgio de desenvolvimen-to, o nim sensvel competio com gra-mneas.

    Em reas onde h ocorrncia de tem-

    peraturas altas e regime intenso de chuvas, ocrescimento de plantas daninhas extrema-mente rpido, principalmente nas estaesda primavera e do vero. Nessas reas,

    conveniente que o produtor proceda roa-gem de forma mecanizada. Essa opo pode

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    significar reduo de custo e da mo-de-obra

    utilizada. Em plantios sob solos arenosos,os resduos vegetais produzidos pela roa-gem podem ser utilizados em torno da plantae tambm nas ruas do plantio. Esse proce-dimento, alm de promover a incorporaoao solo dos nutrientes existentes no materialroado, ajuda a manter a sua umidade.

    Pragas que Atacam o Nim

    Vrios insetos tm sido observados ali-mentando-se do nim, porm causando da-nos em nvel muito baixo, no sendo, ento,considerados pragas. Como exceo, ata-

    ques de formigas-cortadeiras Acromyrmexspp. e savas (Atta spp.) causam desfolha-mento das rvores, podendo eliminar plan-tas jovens e causar danos severos a plantas

    adultas (Fig. 24 e 25). O controle mais efici-ente feito com o uso de formicida granula-

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    do ou em p, continuamente. Quando no

    controladas, as formigas-cortadeiras limitamo sucesso dos cultivos, principalmente nafase inicial. Cumpre observar que as savascortam muito as folhas, carregam-nas paraos ninhos e depois as devolvem para a su-perfcie, o que parece revelar ao txicado nim.

    Fig. 24. Sauveiro no p de rvore de nim.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    Controle de Pragascom Produtos do Nim

    Para o controle de pragas nas culturasde interesse econmico, geralmente so uti-lizadas vrias aplicaes de inseticidas sin-tticos, elevando o custo de produo e cau-

    sando riscos de intoxicao e de contami-nao ambiental. Como alternativa a esses

    Fig. 25. Devoluo de folhas de nim para a superfcie, feitapor formigas-cortadeiras.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    sementes, e deixando-as, em seguida, de

    molho em gua, lcool ou outros solventes.A tcnica mais simples e a mais empregada a extrao em gua. Consiste em esmagarou moer a semente ou as folhas de nim, co-locar o macerado em gua, coar em tecido

    fino e coletar o extrato. Esse extrato podeser utilizado em pulverizao para o contro-le de pragas, sem qualquer modificao.

    O emprego do extrato aquoso de folhas

    apresenta certas vantagens em comparaoao leo extrado das sementes. Os principaisentraves para o uso das sementes que, emalgumas regies do Pas, a produo de se-mentes pequena, e o processo para a extra-o do leo demanda prensa e processos es-peciais, dificultando a sua utilizao na pro-priedade. O uso de folhas no preparo do ex-trato apresenta, porm, a vantagem de sua

    produo ser abundante nas condies bra-sileiras e de o extrato ser de fcil preparo, o

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    que viabiliza sua utilizao, principalmente em

    pequenas propriedades rurais.

    A Embrapa Milho e Sorgo, estabelecidaem Sete Lagoas, MG, desenvolveu, com su-cesso, um mtodo para o uso do extrato aquo-so de folhas de nim para o controle da lagar-ta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), con-siderada a principal praga do milho, no Bra-sil. O extrato de folhas de nim reduz a alimen-

    tao e o desenvolvimento, e posteriormentecausa a morte da lagarta. A ao inseticidaocorre pela ingesto de folhas de milho trata-das com o extrato. O extrato aplicado sobre

    a lagarta pouco contribui para a sua mortali-dade. Portanto, a uniformidade da pulveriza-o, tendo em vista uma melhor deposiodo extrato sobre a rea foliar do milho, fa-

    tor preponderante para aumentar a eficinciado controle da praga.

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    As folhas de nim para o preparo do

    extrato so coletadas juntamente com os ta-los, e colocadas sombra, em uma fina ca-mada, para secagem ao ar, por um perodoaproximado de 10 dias (a depender da tem-peratura), at ficarem desidratadas e quebra-

    dias. Em seguida, deve-se separar as fo-lhas do talo, visando ao uso exclusivo dasfolhas. Com o auxlio de um moinho, as fo-lhas so modas para a obteno do p queser utilizado no preparo do extrato.

    Estudos realizados pela Embrapa Mi-lho e Sorgo, em Sete Lagoas, MG, mostra-ram que o teor de azadiractina nas folhas denim de rvores desse municpio varia de acor-

    do com a poca do ano. A concentrao deazadiractina foi maior entre maro e abril,logo aps o final do perodo chuvoso daregio, quando as folhas apresentam consi-dervel vigor; a concentrao decresce acen-

    tuadamente no perodo de baixa precipita-o pluviomtrica (de junho a setembro).

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    significativamente o princpio ativo. Reco-

    menda-se, portanto, que o armazenamentodas folhas secas, para posterior preparaoda calda, seja feito necessariamente som-bra, e preferencialmente em geladeira oufreezer, obtendo-se, nessas condies, uma

    conservao satisfatria do princpio ativopor at 2 meses.

    Para o preparo do extrato com vista aocontrole da lagarta-do-cartucho-do-milho,

    colocam-se 150 g do p de folha de nim(Fig. 27) por litro de gua. Ao misturar o pna gua, deve-se mexer bem para homoge-neizar a mistura, e, em seguida, deixar emrepouso por 24 horas. Recomenda-se no

    encher o recipiente at a borda, pois, com ahidratao do p, o volume vai aumentar epoder transbordar. Aps esse perodo, coaro extrato, utilizando um tecido de algodoou organdi, para evitar o depsito de res-

    duos na calda; caso contrrio, os bicos dopulverizador podero ficar entupidos.

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    Fig. 27. P de folha de nim utilizado no prepa-ro de extrato aquoso.

    Foto:PauloAfonso

    Viana

    Para melhorar a distribuio e adern-cia do extrato pulverizado nas folhas do mi-lho, recomenda-se adicionar um espalhanteadesivo (30 mL/100 L da calda) ou mesmo

    utilizar leo de soja comercial (352 mL/100 Lda calda). O melhor resultado na aplicao obtido com pulverizador costal equi-pado com uma barra curva com trs bicos

    (Fig. 28). Essa barra composta de um bicocentral, dirigindo o jato para a regio central

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    (cartucho) da planta, e de dois bicos laterais

    paralelos ao colmo da planta, possibilitandomelhor distribuio do extrato nas folhas domilho. Deve-se utilizar bicos do tipo leque;o de maior vazo (80.04) fica localizado nocentro, enquanto os bicos de menor vazo(80.01) so instalados nas laterais da barra.A presso utilizada no pulverizador de40 lb/pol2.

    Fig. 28. Barra trplice utilizada para pulverizar o extrato de nim.

    Foto:PauloAfonsoViana

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    De maneira geral, o controle mais efi-

    ciente para lagartas mais novas. Deve-se fa-zer trs aplicaes da calda, com intervalode 2 dias entre as aplicaes. Essa quantida-de de aplicaes necessria para protegeros novos tecidos foliares, que vo surgindoao longo do crescimento da planta, tecidosestes que tambm precisam estar protegidospelo extrato para resistirem ao ataque da la-garta.

    importante salientar que, para o usodo nim para outras espcies e/ou grupos deinsetos, necessrio que se determinem pelomenos a dose e o mtodo de aplicao para

    a praga considerada, pois a eficincia decontrole deve variar. Em outras palavras, no possvel fazer a mesma indicao para ocontrole de um besouro e de uma lagarta.

    Para cada caso, so necessrias pesquisas eprocedimentos diferentes, levando em con-

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    siderao as caractersticas da praga. A no-

    observncia desse requerimento pode levarao insucesso na utilizao do nim para ocontrole de pragas.

    Outro aspecto a considerar que os

    inseticidas vegetais, como outros produtosnaturais, apresentam uma persistncia limi-tada em condies de campo. A temperatu-ra, a luz ultravioleta, o pH nas partes dasplantas tratadas, a chuva e outros fatoresambientais influenciam a ao dos produtos base do nim. Dessa maneira, o efeito resi-dual desses produtos so restritos a poucosdias, normalmente entre 5 e 7 dias, sendo

    necessrio repetir a aplicao algumas ve-zes durante o ciclo da cultura.

    O efeito do nim sobre outros organis-mos que no so alvo desta pesquisa ainda

    no totalmente conhecido. Entretanto, temsido aceito que existe uma larga margem de

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    Fig. 29. Torta de nim obtida da prensagem de sementes.

    Fo

    to:EdinelsonJosMaciel

    Neves

    algumas pragas agrcolas e como adubo or-gnico em diferentes sistemas de cultivo.

    Quando usada como adubo orgnico,a torta reduz a populao de nematides dosolo, uma das principais pragas que atacamas plantas. Os nematides sugam lquidos

    das razes a tal ponto que elas se tornamincapazes de suprir a planta com nutrientes.

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    As plantas ficam com uma aparncia doen-

    tia, param de crescer e podem eventualmen-te vir a morrer.

    Coleta de Sementes para

    Produo de leoO leo puro de nim aquele obtido da

    moagem de sementes, sem adio de qual-quer outro material ou de substncia qumi-

    ca. No Brasil, so produzidos vrios tiposde leo puro de nim: bruto, para uso cos-mtico e para uso medicinal. O leo bruto produzido em maior escala e destina-se prin-cipalmente agropecuria. Cada tipo de leo

    puro requer uma coleta especfica. O leopara fins medicinais feito dos frutos cole-tados na rvore; para fins cosmticos, a co-leta feita em lona estendida no cho; a co-

    leta para o leo bruto feita comumente nocho de terra, e eventualmente em lona es-

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    podem ser feitas a cada quinzena, a cada

    ms ou mais espaadamente, dependendode fatores locais, como disponibilidade demo-de-obra e o prprio ritmo da frutifica-o. Como exemplo, no oeste paulista, amaioria dos sitiantes faz duas ou trs coletas

    por ano; e, numa empresa verticalizada doNordeste, so feitas de seis a oito coletaspor ano. Os primeiros frutos surgem a partirdos 18 meses de idade; porm, a primeira

    colheita economicamente vivel se dar apartir do terceiro ano ps-plantio.

    Em uma propriedade no verticalizada,isto , cuja produo ser vendida para fora,

    os procedimentos bsicos so os descritosa seguir. A coleta dos frutos cados no solo(Fig. 30 e 31) assemelha-se muito com a fei-ta nos cafezais. A primeira etapa da coletapropriamente dita consiste no rastelamento

    (Fig. 32), que amontoa frutos, folhas e umpouco de terra ou pedras (Fig. 33). Depois,

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    necessrio o uso de peneira (Fig. 34) para

    separar as sementes das folhas e da terraque esto misturadas. Em seguida, as semen-tes devem ser lavadas rapidamente e seca-das sombra, em local ventilado, por 2 a 3dias. Aps a secagem, as sementes devem

    ser acondicionadas em sacos que permitama aerao (Fig. 35), os quais devem ser man-tidos em ambiente fresco e seco. Geralmen-te, a produo obtida vendida para empre-sas que trabalham com o processamento deleo ou para intermedirios.

    Fig. 34. Peneiramento de frutos e sementes denim para retirar as impurezas.

    Foto:AntonioAparecidoCarpanezzi

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    Fig. 42. Prensa usada para extrao de leo de nim em inds-

    tria em Catanduva, SP.

    Fig. 43. leo de nim sado da prensagem.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

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    Fig. 44. Filtro-prensa usado para melhorar o grau de pureza

    do leo de nim.

    Foto:EdinelsonJosMacielNeves

    Fig. 45. leo de nim em processo de decantao.

    Foto:Edinelso

    nJosMacielNeves

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    produzido, ele emulsificado e, posterior-

    mente, comercializado. A indstria vende esseleo emulsificado ao preo de R$ 35,00 porlitro (base: junho de 2008). A torta, subpro-duto da prensagem, muito rico em azadirac-

    tina, vendida principalmente para floricul-tores e agricultores orgnicos, ao preo deR$ 8,00/kg (base: junho de 2008). Ela usa-da simultaneamente como adubo e defensi-vo orgnico.

    RentabilidadeEconmica

    Estudo sobre a rentabilidade econmi-ca do cultivo de nim e de sua cadeia produ-tiva, realizado em 2006, no oeste do Estadoda Bahia (regio de Barreiras) e no noroestedo Estado de So Paulo (regio de Catan-duva), concluiu que:

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    Nas duas regies analisadas, os cus-

    tos referentes mo-de-obra e ad-ministrao foram os mais represen-tativos na composio do custo to-tal da atividade.

    Considerando uma taxa mnima deatratividade de 12 % ao ano, os plan-tios de nim para as duas regies es-tudadas, em todos os cenrios pro-postos, foram considerados viveis

    na anlise econmica.

    A regio oeste da Bahia foi a que apre-sentou os melhores resultados econ-micos, principalmente em razo do

    menor custo da terra, da maior pro-dutividade e da conduo da espcie,utilizando todo o seu potencial pro-dutivo (folhas, frutos e madeira).

    Os cenrios que propuseram a com-pra da terra nas duas regies estuda-

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    tria do processamento secundrio,

    importantes intermedirios.

    A maior parte da agregao de valorna cadeia produtiva do nim, assimcomo na maioria das cadeias produ-

    tivas de produtos florestais no-ma-deirveis, apropriada pelos interme-dirios; neste caso, representadospelas indstrias de processamentoprimrio, as quais agregam mais va-lor ao produto, que chega a obter omaior markup de comercializao dacadeia produtiva. Os demais compo-nentes da cadeia so: produtores ru-

    rais, atacadistas, indstria do proces-samento secundrio, varejistas e con-sumidor final.

    Quanto ao mercado de produtos

    base de nim, constatou-se que se di-vide basicamente em trs grandes ni-

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    Impresso e acabamento

    Embrapa Informao Tecnolgica

    O papel utilizado nesta publicao foi produzido conformea certificao da Bureau Veritas Quality International (BVQI) de Manejo Florestal.

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