8
ii- i9mtm\P*My,4-à fO&iXt Www.'"""' ^^-^^^u^\r. **m?rwi!t***m7ry 7Fmpyr*?^>ir~ •iTr* i '¦•ijj"» **•'¦' --. - ™— l-"^!--.',^.-".. -~t:: ¦ ;.-'."*¦:;.^ r.f*'-** ¦;- ^twa^J.miríy § accordo mineiro foi, hontem, definitivamente conchúdo e assignado. 0 |oèmento exprime os mais elevados sentimentos patrióticos, está redj- ik com muita nobreza e altura. A frente unida de Minas é, pois, um falo auspicioso, que terá grande repercussão na vida politica do paiz Ò mairtyrio J cie S3. F*auio| ^-SSSSJ5Í55—ni""mmSSmmmm—"¦"•-» •V.THECA A»4C oe RIO DE .MNEIRO !OWT, lp |í^5çáo Conhecemos o sr. Miguel' se de proclamar que a Revo Costa em S. Paulo, numa lução não pertencia aos ho- casa da rua da Fabrica, por mens e que esses apenas de- oceasião da conspiração de viam seus serviços á * obra |924. Nesse tempo transmi- commum de civismo. Esáas ttimos ao capitão Joaquim eram as palavras, mas infe- Tavora a favorável impres-j lizmente os actos do gênero- são que nos produziu a fran- so chefe revolucionário eram nueza, o desinteresse, a ener-j todos no sentido de apadri ;--<_ __. «n^ æ¦'¦.¦¦¦'¦§ ¦¦*¦'.i^8^æ¦-- -\ ¦ '"¦¦ *% Fundador: J. E. DE MACEDO SOARES Bon<^Í3rw__ Anno V Numero 1.120 Ri|de Janeiro, Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1932Praça Tiradentes n.° 77 . ¦y.,tfM gia do official de policia. O Segundo 5 de julho veiu con- firmar o acerto de nossas previsões. Depois de fracas- :---do o movimento, vencido o esforço sertanejo do sr. Luiz Carlos Prestes, o bravo major Miguel Costa foi viver modestamente no exilio, sof- írenclo resignado mas de co- i ação alto. Emquanto isso, a profun- ria agitação que dominava o paiz, desde as campanhas politicas de 1910 e 1914, continuava a trabalhar a consciência do povo brasilei ro, mudando os actores e o scenario, proseguindo, po- rém, a tragédia, em busca da fatalidade do seu epílogo. Em 1930 o idealismo revo- lueionario, fincando raizes no Rio Grande do Sul, vicejou no terreno que a' Alliança Liberal trabalhara e floriu no movimento triumphante de outubro. O sr. Miguel Costa e a mor parte dos vencidos de 1924 não tiveram a mini- •na participação moral, intel- lectual nem material na pre- paração revolucionaria. O sr. Oswaldo Aranha andou, aliás muito bem, convidan- <]o~o na undecima hora, num gesto de reconhecimento aos •seus anteriores serviços, a collaborar na arrancada tri- •imphante. Mas o sr. Miguel Costa, estimulado por aven- tureiros sem escrúpulos, mandou fazer em Porto Ale- «re um kepi de general e o embrulho contendo o cobre- 'ope symbolico para a exhi- bicão de parada, veiu myste- nosamente, no carro ditato- rial do sr. Getulio Vargas. Lis ahi a gênese longínqua das misérias e dos soffrimen- íos de S. Paulo, na época revolucionaria. nhar a cupidez dos medio crês contra o idealismo cen trai da Revolução. O resultado desses erros nefastos do Governo Provi- sorio foi a multiplicação da ganância, a raiva da ambi- ção, a fome desatinada dos cargos entre ós ciganos que assaltaram S. Paulo. O paulista desappareceu na vergonha da sua conde- mnação.Pernambucanos, sergipanos, turcos e nip- ponicos tomaram as rédeas do governo do Estado. To- Alves de Almeida, paulista da velha guarda, lavrador, industrial, varão de grande caracter e inquebrantavel energia. Synesio Rangel Pes- tana, grande paulista, grande medico, larga intelligencia a serviço de um admirável co- ração. José de Souza Quel rós, fazendeiro, banqueiro chefe de illustre familia. Jay me Cintra, eminente engè nheiro, inspector-chefe da Paulista, substituto de Mon- levade. Armando Salles de Oliveira, um dos homens de mais credito na sociedade paulista, presidente da S. A. "Estado de S. Paulo" . An- X'-) 111*11 tóuILulUJ HO bnúv IHULUIH D ^f^ M IL A SINISTRA ATTITUDE DE UM HERO'E DESCO- NHECtmO. - DECLARAÇÕES DO SR RVBIAp SILVAM^ OUVINDO O MINISTRO JOSÉ' AMERI- CO. -^ ÍREVÊLÀÇWÊS DO SR. OSWALDO ARANHA. O que ha derive, gravíssimo,, desconhecido do 5 de julho de, O episódio Giraldes está 2mo- no caso paulistana attitude sl-1 1924" passou a ser úm nome co- * cionando vivamente S. Paulo, ex nistra do sr. Giráldas de Oliveira.! nhecidó - nas margens do Anhan- o heróe desçonhertao do 5 de ju-1 gabahú. Esse facto dava uma da a politica de S. Paulo tonio Mercado, velho advo- passou á barganha de cargos gado, alliancista, revolueio- e postos. O mercado se abriu nario, homem de cultura ju- na nomeação de prefeitos, rjdica e experiência politica, As experiências . suecediam- Quantos Estados do Bra- se, os negócios se atropela- sil se poderiam gabar per vam. Afinal appareceu o ho- juntamos nós de seis fi nesto coronel Rabello, de lhos como cs que acabamos chapéo de plumas e anqui- nhas do tempo da dama Clotilde de Vaux. Essa traquibernia da Revolução custou a S. Paulo cerca de um milhão de contos de réis. Os paulistas organizaram immediatamente o governo f,da Revolução que os encheu »i/de enthusiasmo e fez a admi- ração de todo o Brasil. São Paulo estava confiado a seus melhores homens; o mais dif- fiei! problema moral do novo •-igime, resolvido esponta- -•eamente. O desconhecimento dos aurnens e do meio, a inexpe- •iencia, a impreparação do Governo Provisório, que poz ¦-,. camaradagem e os interes se-** de seus heróes acima dos deveres da Revolução e dos direitos da Nação—annulla- ram desde logo a solução oaulista, criaram o caso odioso e ignóbil, abriram a éra das perseguições a São Paulo. Revolvida a vasa das am- bicões, vários grupos de fo rasteiros, de gananciosos sem escrúpulos e de cavadores installaram-se na politi ca paulista. Um delles esco rou-se no Instituto do Café e nas pretensões da lavoura, outro formou-se com dinhei ro da Revolução, á sombra cio apparelho do governo constituindo, a famosa legião •!a policia. A retirada do sr. João Al- berto desarticulou o_ grupo -ios salvadores do café; o sr. ficou isolado Tudo isso posto, devemos chamar a attenção dos srs. Mauricio Cardoso e Flores da Cunha, para a necessidade imperiosa de cessar a infe- liz politica seguida até ago- ra pelo sr. Getulio Vargas contra S. Paulo . A legião policial do sr. Miguel Costa, bem como o Club 5 de Julho e os ciga- nos que se dizem pulchros re- volucionarios no Estado não possuem a minima cre- dencial paulista para se apre- sentarem perante o Governo Provisório e a Nação. , Ninguém nos aponta um homem de autoridade men- tal ou moral em S. Paulo, que pertença a esses grupos de cavadores. Entretanto, o sr. Getulio Vargas insiste obstinadamente em criar um governo paulista que passe entre as pernas do sr. Mi- guel Costa. Foi esse o thema de suas negociações, que aca- baram exasperando o Parti- do Democrático. Evidentemente o sr. Ge- túlio Vargas andaria com a lanterna de Diogenes pelos séculos dos séculos a procura do homem submisso ao sr. Miguel Costa e seus aprovei- tadores, ao qual S. Paulo quizesse, por sua vez, sub metter-se. Tire-se, porém, de São Paulo, os srs. Góes Montei ro e Miguel Costa ou, pelo menos, retire-se-lhes o apoio escandaloso do Governo Provisório e, immediatamen- te, S. Paulo libertado e feliz, encontraria o governo que lhe convém. Os rnetécos que tomaram S. Paulo, propalam que não ha um paulista digno da in- terventoria e capaz de pôr em pratica os ideaes da de- mocraciarevolucionaria. Vamos citar aqui um punha- do de nomes de paulistas que figuraram no scenario da politica revolucionaria, cada qual mais digno de governar S. Paulo: Waldemar Ferrei- ra, Cardoso de Mello Netto, Sampaio Doria, José Ulpia- no. Prudente de Moraes Ne- to, Antônio de Almeida Pra de apontar em S. Paulo? Mas nenhum delles é para governar sob a aza do gene- ral da policia e sob a tutela dos malandros da legião. Reflictam nisso os chefes gaúchos responsáveis pela Revolução, que ou se salva com S. Paulo ou em São Paulo se perde. J. E. DE MACEDO SOARES AVANTE! O sentimento do direito esta radicado á tradição brasileira. Nunca suppôrtamos governo sem lei Visceralmente constituciona- lista, o povo sempre reclamou um estatuto politico e a sua fiel observância. Foi o repetido des- respeito á Constituição que levou a Nação ás'armas. A nossa historia é contempo- ranea. Esquecidas as lições que ella encerra, a obstinação da- quelles que se presumem os do- nos da Revolução de Outubro, protela e estorva a convocação do eleitorado porque quer dila- tar, sem causa justificada, o pe- riodo da ditadura. A população do Rio Grande protestou. Ambos os partidos gaúchos, aluados em frente uni- ca, obedecem ao imperativo po- pular. A voz dos gaúchos encon- tra éco em todos os quadrantes do Brasil. A mocidade universi- taria levanta-se. S. Paulo une- se sob o lábaro sagrado. Em prol da ordem juridica e da autono- mia do Estado, ligam-se as agre- miações adversárias. Tréguas a todas as contendas para que as energias possam convergir num campo único e commum. Não é differente a paizagem mineira. E aqui, na capital da Republica, onde a alma intrepi- da do carioca constitúe a cida- dela da liberdade, um bloco se fôrma, sem côr politica, para defender o mesmo principio. E' o Club 24 de Fevereiro. O symbo- llsmo da data vale, por si só, um programma. Pouco importa que o cidadão tenha sido reaccionario ou revoltoso, indiíferente ou ba- talhador; não interessa que elle prefira o parlamentarismo ou o presidencialismo, que seja adepto da centralização ou da autono- mia estadual, desde que propen- da para a constitucionalização immediata do paiz, poderá con- gregar o seu esforço, que, disper- so, nada valeria, mas que reuni- do ao de outros valores \se tor- nara ponderável e efficiehte. Feliz idéa essa. Feliz e victo- riosa. A campanha arregimenta- elementos, retemperará o ci- vismo, levantará forças. Enfileiremo-nos á corrente to- dos quantos anseiamos por um Brasil organizado, pujante e uni- do, ostentando a sua capacidade ante o mundo culto que sempre o considerou vanguardeiro do direito. ¦agü-^ ¦ ¦¦¦ W*^ ^y-^^^^^^^^^^^m ^^^if^^^^^^^^^^^''^^'''^i^-l-il^llP l^Mm£mÊsmmmÊii^^m\ traordinariamente interessado no resultado da reivindicação do he- róe de 5 de julho de 1924. Pelos telegrammas que esta- mos recebendo de S. Paulo, pare- ce que ha por o grande receio de trocarem aqui o Giraldes au- thentico por outro qualquer Gi- r*vldes. Essa escamoteação:_pode- ria ter as mais delicadas còrise- quencias. porque, não havendo em S. Paulo sufficiente documen- tação sobre Giraldes, a troca po- deria ter effeitos irremediáveis. Entrevista com o dr. Rubiâo Silva Hontem, tarde da noite, conse- guimos nos avistar com o dr. Mei- ra, que nos asseverou ter sido "convidado". "Até agora", ac- crescentou o esculapio de Maça- "ainda não fui desconvida- do". O dr. Meira esteve em confe- rencia com o general Menna Bar- reto que lhe insinuou: "faça co- mo eu, convidado tomei posse". O dr. Rubiâo Meira recebeu do dr. Pereira Lima, interventor não menos convidado' para o Estado do Rio, o seguinte expressivo te legramma: "Confie e espere. Cordialmente, PEREIRA LIMA", '•; Sobre o momentoso assumpto. recebemos de São Paulo os se- guintes telegrammas: S. PAULO, 17 (A. P.) Ma- jor Mendonça Lima ameaça aban- donar S. Paulo caso não seja no- meado interventor que o mante- nha secretario Viação. Reina ver- dadeiro pânico na população. Re- ceiam-se complicações no Extrc- mo-Oriente. S. PAULO, 17 (4. P.) For- necedores bairro tem honra ser moradia dr. Rubiâo pedem inte- ressar-se sua nomeação interven- tor. Assim mudaria de fregue- zes. Miguel Costa - - , . na sua corte de cafagestes, do, Julio de Mesquita iMlho, escorado na malevolencia do Cantidio de Moura Cam- Sr. Giraldes, heróe paulista des conhecido de 5 de julho dc 1924 lho de 1924. Convidado ha coisi-i de dois mezes pç-ra successor ho- norario do "doutor" Laudo, o bravo sr. Giraldes aceitou as honras e ficou á espera da effe- ctlvidade. grande superioridade za "heróe desconhecido" paulista sobre to- dos os heróes desconhecidos do mundo. Mas a noticia-bomba do con- vite ao dr. Rubiâo Júnior causou Com o tempo, o sr. Giraldes ! enorme perturbação no sr. Gi- convenceu-se das múltiplas van- tagens que, para elle próprio e tambem para a Revolução, São Paulo e o Brasil, adviriam de sua exaltação governamental. Dasde a divulgação do boato, o "heróe raldes, "que desconhece'os habi- tos do Governo Provisório". Dahi a, viagem do heróe, acompanhado do não menos heróico major Mendonça Lima, descobridor de S. Paulo. Entrevista com o dr. José Américo| Hontem, procuramos ouvir o sr. José Américo, sobre o caso paulista. O joven ministro da Viação não sabia o que nos havia de dizer. Ante-hontem, s. excia. foi * tira- do cedo da cama para ir á Cen- trai esperar o dr. Rubiâo e convi- dal-o para interventor em São Paulo. fDe tarde, o sr. Getulio Vargas mandou chamar o sr. JoséJVme- rico, dizendo-lhe: "Você convidou o Rubiâo? Pois bem. Vou nomeal-o interven- tor na Parahyba!" SANGUE AZUL SERIA MELHOR -v. Getulio Vargas, contra S'.:. Paulo. Éffectivainenté no grupe- lho do general da policia não Ha . um único homem de miputabilidade moral e men -ai {•ue responda perante _ o Jaiz pelos destinos de São Vaio. Nenhum dos aventu- -sitos que se blazonam de re- '-oíucionarios, possue a mini- na autoridade na Revolução. Ginguem lhes conhece, fora de mesquinhos episódios, de pequenos sacrificios, de des vantagens materiaes, uma atitude d a qual lhes pudesse kcorver uma responsabihda- de na imposição ao paiz da ;deo!ogia revolucionaria. O sr, Oswaldo Aranha fartou- pos, Abrahão e Samuel m beiro, Fonseca Telles, Paulo Nogueira Filho, Monlevade, Francisco Morato, Vicente Ráo, Paulo Prado, Moraes encia da^ Barros, Oscar 1 hompson . . . _„,-,__H Querem, porém, grandes a frente unlca do3 ^m^ aPre" nomes paulistas alheios á po- sentou no sentido na convocação litica partidária, que não se tenham pronunciado até hoje, estando, pois, nos casos de conciliar os inconcilia- veis? Pois aqui ficam seis no- mes. Seis grandes nomes, cada um dos quaes vale, pelo conjunto de suas qualidades; de homens públicos, mil ve-J zes mais que os intervento-| res até agora sublimados', pelo sr. Getulio Vargas Os seis nomes são; Lemos, num vespertino de hontem, que se pensa em obter a vinda do sr. Raul Pilla ao Rio, afim de persuadil-o da convenl- da Constituinte, aue ficaria, as- sim, afastada para mais tarde, quando o chefe do Governo Pro- visorio julgasse opportuno. Seria melhor, em tal conjun- tura. que o sr. Getulio fosse auscultar a alma mima viagem rápida Grande. A impressão directa é sempre ; proveitosa. E ás vezes decisiva. LuiziADOLPHO BERGAMINI Vargas gaúcha ao Rio Estamparam ha quatro dias! os jornaes o seguinte tele-] gramma de Stokolmo: "O principe Lannart, neto do rei Gustavo, acom- panhado de sua noiva, a senha. Karin Nisvandt, partirá na próxima sema- na para Londres, onde vae realizar as oerimoriias do seu casamento. Como se sabe, ha grande opposição por parte da fa- milia real ao referido en lace, uma vez que a noi- va não é de sangue azul. O principe apaixonado, porém, está determinado a arrostar todas as difficul dades para realizar o seu sonho dourado. Depois do casamento, elle, que foi despojado de todos os di- reitos e privilégios reaes, será conhecido como o sr. Bernadotte. indo trabalhar no campo.." Verifica-se. pois, que foi a ausência de sangue azul nas veias da senhorinha Nissvandt que induziu o rei Gustavo a vetar o casamento do neto. Segundo os cânones genealo- sricos, o sangue azula com o [¦empo (azular, aqui, não 6 fu- gir...) E nada mais demorado, preguiçoso, displicente, do que a conversão d*i tonalidade ru- bra na tonalidade saphyrica. O sangue que, por exemplo, inunda os vasos communican- tes dos Bourbons, dos Habs- burgos, dos Hanover (que são os Windsor, depois da grande guerra) de quantos lentos séculos necessitou para o inte- gral, inequívoco azulamento! o haras humano era uma admirável organização preser- vativa do declinio das dynas- tias, quando se cogitou do pe- digree zoológico. Um, chamado principe de sangue que ml- lagre multi secular da pacien- cia, do escrúpulo, do zelo! Que jóia da linhagem e da raça! Que triumpho sobre a insidia da hybridaçãc e do bastardis- mo!- Por Isso mesmo, quando o furricl Napoleãò Bonaparte, finíssimo d<*- gênio, mas chu- cro de progénie, repudiou a creoula Josephina e saiu pela Europa á caça duma princeza authent-ica, as velhas cortes augustas, trancadas na severi- dade imponente das suas re- gras de transfusão sanguinea, trataram-no de "parvenu"; e somente sob a ameaça da du- rindariá césaria, a Áustria ce- deu ao reproduetor marvotico. no rebento corso de Letizia Ra- molino. a ' mais feia e mais gorda das suas archiduquezas, Maria Luiza. Mais tarde, outro "parvenu", o sobrinho, tão filho de Luiz Bonaparte quanto o conde de \ Morny mencionei Napoleãò III em vão sondou as fa- milias reinantes, : habitualmen- te fornecedoras de matéria pri- ma para o desdobramento das gerações coroadas, e teve que se abastecer ha Hespanha, não de uma terna vitualha real, mas de uma esplendida corsa de nobreza secundaria. Aliás, a impressão que nos deixa a aristocracia napoleo- nica, estrumada >hos coalhos vermelhos da aristocracia dos capacetes, ceifada pelo Terror, é a de uma ostensiva desclas' sificação do sangue régio. Ao direito divino, que con- sagrara de longes tempos, a nobiliarchia dos feudos e das castas, sobrepor o conquistador em 10 annos de dignidade im- perial, o direito plebeu do ferro e da gloria e a Fran- ça repovoou-se de nobres com rapidez maior do que a usada peia guilhotina ao arrebatar- lhe a nata do antigo regimen. Pois precisamente sob o signo aristocratizante de Napoleãò I é que Bernadotte sentiu roçar- lhe nas espaduas de soldado o manto de hermina da impro- vização realenga. Depois de marechal de Fran- ço. companheiro de armas de Bonaparte, recolheu-se á Sue- cia, onde, em 1818, cingia a co- rôa, do velho rei Carlos XIII. Conta, portanto, 114 annos a Sl ainda ha no Brasil um "thalassa". Isto é, algum par- 1 tidarto da antiga monarchia portugueza, esse dovo tor sol- frldo, hontem, a mais amarga das decepçõs patrióticas: D. Manoel do Bragança, orgulho e esperança dos seus devotos, desmentiu a noticia da sua vinda ao BrasU. d)içlè, ««lrm.a- va um telegramma, pretendia, como qunltiuer professor do reputação medíocre, realizar mela duzla de conferências po- litlcas ou sctentltlcas. Infor- mado em Londres do boato cia- moroso, ordenou o ex-soberano luso-que o seu secretario tran- ciullliznsse os espíritos, lnior- mamlo que nüo pensara, 3 a- mais, transpor o oceano para mostrar-se aos portuguezs da Amerlea. Vae para dois annos, uma es- tatistica ingleza avaliava mais de quinhentos mil contos, moeda brasileira, a- fortuna pessoal do antigo monarcha lu- sltano, e em quantia equlva- lente, a da ex-ralnha Dona Amélia, de que é elle o her- deiro natural. B a estatística accentuava que uma grande parte dessa fortuna so acha em Portugal, onde o governo republicano poupou ao seques- tro os volumosos bens que se achavam inscriptos no cadas- tro do reino como pertencentes aos membros da dynastia. Com aquelle seu faro especlallsslmo. que descobre o dinheiro pelo cheiro do azinhavre. observava o perito inglez que a essa con- dueta devia a Republica por- tugueza o socego em que n têm deixado os antigos deposl- tarios da Coroa. Sabendo que, a qualquer movimento sou para reconquistar o throno, nodem ns autoridades republi- canas confiscar-lhes os have- res, especialmente as vastas e rendosas terras espalhadas pelo paiz, o trabalho de D- Manoel tem consistido em des- fazer-qualquer equivoco de SP- Udarledade. toda a vez que ai- gum dos seus antigos partida- rios promove uma conspiração contra a estabilidade do novo regimen. Emquanto a Eepuon- ca lhe nfio tomar as terras, que lhe facultam , renda farta e sem cuidados, para que ha de, elle.» fazer questão da coroa. ~-D. Manoel de' 'BrâgÜíiça Tiáo' tem necessidade, pois, de vir ao Brasil, comprometter-so em conferências publicas ou em entrevistas a imprensa. Espiri- to pratico, tem elle agido com sabedoria, evitando as oppor-, tunldades em que os princi- pes, de ordinário, sacrificam- annos de socego a um momen- to de notoriedade. E os repu- bllcanos portuguezes n5o1,sje •têm mostrado menos mtelll- gentes. Houvesse a Republica, no seu Inicio, confiscado os bens da casa de Bragança, o, certo, o monarcha destituído passaria a. vida a pensar, me- lancolicamente na sorte dos seus correligionários, do seu pobre povo humilhado pelo re- glmen democrático, e a promo- ver conspirações visando o res- tabelecimento da monarchia. Desapparecida, porém, a causa, desaooareceu o effeito. A Re- publica não tocou nas proprie. dades de D. Manoel. E' claro que, opinião de D. Manoel, o povo portuguez deve estar •perfeitamente satisfeito com o Koverno republicano em Por- tugal. Conta-se que, no tempo de Lycurgof, havia em Sparta um cidadão de nome Agesilau, que possuía grande fortuna con- vertida em terras mas, em compensação, vivia perseguido por impiedosa multidão de cre- dores. A Republica atravessa- va. por essa época, uma crise social, que reclamava dos po- deres públicos medidas Imme- diatas e furidamentacs. Era preciso desmontar a machina econômica, o assentar j sobre novas bases a fortuna publica ~\ tj E Lycurgo apresentou um pro- Jecto de reforma fundado em dois pontos capitães: abolição das dividas e divisão das ter- ras por todos os cidadãos. M-rnbro do Senado, Agesilau foi ouvido. E annunciou o seu voto: Sou partidário da aboli- çao das dividas; mas sou abso- lutamente contrario á divisão das terras 1 O egoísmo é, assim, o movei de todos ps actos humanos, mesmo dos aue nos parecem j mais altrulstlcos e generosos. Que Interesse teria, na realida- de, em vir ao Brasil falar a portuguezes, „um principe que tem mais de quinhentos mil j contos? A gratidão é, sem duvida, um bello sentimento. Mas é o íel- Jão da almn. E o feijão é gos- toso mas é comida de pobre. HUMBERTO DE CAMPOS, dynastia fundada por esse outro cabo d'esqvadra, feliz, conduzido pela sorte das ba- talhas á altitude do throno. Reinou até 1844, quando lhe suecedeu o primogênito nasci- do ainda em Paris, com o no- me de Carlos XV.. Sua outra vergontea, Oscar I, herdou do irmão o sceptro, e transmifctiu- o ao filho, Oscar II, em 1872. Deste ultimo tronco esga- lhou-se Gustavo V, az do ten- nis, majestade sportiva, que ainda reina. Pois é o bisneto do plebeu Bernadotte que re- clama na senhorinha Nissvandt o sangue azul que provável- mente ainda é vermelho nas artérias çlp neto,.... KICARDO PALMA

New BNmemoria.bn.br/pdf/093092/per093092_1932_01120.pdf · 2013. 9. 11. · A frente unida de Minas é, pois, um falo auspicioso, ... de Janeiro, Quinta-feira, 18 de Fevereiro de

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • ii- i9mtm\P*My,4-à fO&iXtWww.'"""' ^^-^^^u^\r. **m?rwi!t***m7ry 7Fmpyr*?^>ir~ •iTr* i '¦•ijj"» **•'¦' --. - ™— l-"^!--.',^.-".. -~t:: ¦ ;.-'."*¦:;.^ r.f*'-** ¦;- ^twa^J.miríy

    § accordo mineiro foi, hontem, definitivamente conchúdo e assignado. 0 |oèmento exprime os mais elevados sentimentos patrióticos, está redj-

    ik com muita nobreza e altura. A frente unida de Minas é, pois, um falo auspicioso, que terá grande repercussão na vida politica do paiz

    Ò mairtyrio Jcie S3. F*auio|

    ^-SSSSJ5Í55— ni"" mmSSmmmm —"¦"•-»

    •V.THECA A»4Coe

    RIO DE .MNEIRO!OWT, lp

    |í^5çáoConhecemos o sr. Miguel' se de proclamar que a Revo

    Costa em S. Paulo, numa lução não pertencia aos ho-casa da rua da Fabrica, por mens e que esses apenas de-oceasião da conspiração de viam seus serviços á * obra|924. Nesse tempo transmi- commum de civismo. Esáasttimos ao capitão Joaquim eram as palavras, mas infe-Tavora a favorável impres-j lizmente os actos do gênero-são que nos produziu a fran- so chefe revolucionário eramnueza, o desinteresse, a ener-j todos no sentido de apadri

    ;--hos coalhosvermelhos da aristocracia doscapacetes, ceifada pelo Terror,é a de uma ostensiva desclas'sificação do sangue régio.

    Ao direito divino, que con-sagrara de longes tempos, anobiliarchia dos feudos e dascastas, sobrepor o conquistadorem 10 annos de dignidade im-perial, o direito plebeu doferro e da gloria — e a Fran-ça repovoou-se de nobres comrapidez maior do que a usadapeia guilhotina ao arrebatar-lhe a nata do antigo regimen.

    Pois precisamente sob o signoaristocratizante de Napoleãò Ié que Bernadotte sentiu roçar-lhe nas espaduas de soldado omanto de hermina da impro-vização realenga.

    Depois de marechal de Fran-ço. companheiro de armas deBonaparte, recolheu-se á Sue-cia, onde, em 1818, cingia a co-rôa, do velho rei Carlos XIII.Conta, portanto, 114 annos a

    Sl ainda ha no Brasil um"thalassa". Isto é, algum par- 1tidarto da antiga monarchiaportugueza, esse dovo tor sol-frldo, hontem, a mais amargadas decepçõs patrióticas: D.Manoel do Bragança, orgulho eesperança dos seus devotos,desmentiu a noticia da suavinda ao BrasU. d)içlè, ««lrm.a-va um telegramma, pretendia,como qunltiuer professor doreputação medíocre, realizarmela duzla de conferências po-litlcas ou sctentltlcas. Infor-mado em Londres do boato cia-moroso, ordenou o ex-soberanoluso-que o seu secretario tran-ciullliznsse os espíritos, lnior-mamlo que nüo pensara, 3 a-mais, transpor o oceano paramostrar-se aos portuguezs daAmerlea.

    Vae para dois annos, uma es-tatistica ingleza avaliava ™mais de quinhentos mil contos,moeda brasileira, a- fortunapessoal do antigo monarcha lu-sltano, e em quantia equlva-lente, a da ex-ralnha DonaAmélia, de que é elle o her-deiro natural. B a estatísticaaccentuava que uma grandeparte dessa fortuna so achaem Portugal, onde o governorepublicano poupou ao seques-tro os volumosos bens que seachavam inscriptos no cadas-tro do reino como pertencentesaos membros da dynastia. Comaquelle seu faro especlallsslmo.que descobre o dinheiro pelocheiro do azinhavre. observavao perito inglez que a essa con-dueta devia a Republica por-tugueza o socego em que ntêm deixado os antigos deposl-tarios da Coroa. Sabendo que,a qualquer movimento soupara reconquistar o throno,nodem ns autoridades republi-canas confiscar-lhes os have-res, especialmente as vastas erendosas terras espalhadaspelo paiz, o trabalho de D-Manoel tem consistido em des-fazer-qualquer equivoco de SP-Udarledade. toda a vez que ai-gum dos seus antigos partida-rios promove uma conspiraçãocontra a estabilidade do novoregimen. Emquanto a Eepuon-ca lhe nfio tomar as terras, quelhe facultam , renda farta esem cuidados, para que ha de,elle.» fazer questão da coroa.~-D.

    Manoel de' 'BrâgÜíiça Tiáo'

    tem necessidade, pois, de virao Brasil, comprometter-so emconferências publicas ou ementrevistas a imprensa. Espiri-to pratico, tem elle agido comsabedoria, evitando as oppor-,tunldades em que os princi-pes, de ordinário, sacrificam-annos de socego a um momen-to de notoriedade. E os repu-bllcanos portuguezes n5o1,sje•têm mostrado menos mtelll-gentes. Houvesse a Republica,no seu Inicio, confiscado osbens da casa de Bragança, o,certo, o monarcha destituídopassaria a. vida a pensar, me-lancolicamente na sorte dosseus correligionários, do seupobre povo humilhado pelo re-glmen democrático, e a promo-ver conspirações visando o res-tabelecimento da monarchia.Desapparecida, porém, a causa,desaooareceu o effeito. A Re-publica não tocou nas proprie.dades de D. Manoel. E' claroque, ná opinião de D. Manoel,o povo portuguez deve estar•perfeitamente satisfeito com oKoverno republicano em Por-tugal.

    Conta-se que, no tempo deLycurgof, havia em Sparta umcidadão de nome Agesilau, quepossuía grande fortuna con-vertida em terras mas, emcompensação, vivia perseguidopor impiedosa multidão de cre-dores. A Republica atravessa-va. por essa época, uma crisesocial, que reclamava dos po-deres públicos medidas Imme-diatas e furidamentacs. Erapreciso desmontar a machinaeconômica, o assentar j sobrenovas bases a fortuna publica~\ tj E Lycurgo apresentou um pro-Jecto de reforma fundado emdois pontos capitães: aboliçãodas dividas e divisão das ter-ras por todos os cidadãos.M-rnbro do Senado, Agesilaufoi ouvido. E annunciou o seuvoto:

    — Sou partidário da aboli-çao das dividas; mas sou abso-lutamente contrario á divisãodas terras 1

    O egoísmo é, assim, o moveide todos ps actos humanos,mesmo dos aue nos parecem jmais altrulstlcos e generosos.Que Interesse teria, na realida-de, em vir ao Brasil falar aportuguezes, „um principe quetem mais de quinhentos mil

    j contos?A gratidão é, sem duvida, um

    bello sentimento. Mas é o íel-Jão da almn. E o feijão é gos-toso mas é comida de pobre.

    HUMBERTO DE CAMPOS,

    dynastia fundada por esseoutro cabo d'esqvadra, feliz,conduzido pela sorte das ba-talhas á altitude do throno.

    Reinou até 1844, quando lhesuecedeu o primogênito nasci-do ainda em Paris, com o no-me de Carlos XV.. Sua outravergontea, Oscar I, herdou doirmão o sceptro, e transmifctiu-

    o ao filho, Oscar II, em 1872.Deste ultimo tronco esga-

    lhou-se Gustavo V, az do ten-nis, majestade sportiva, queainda reina. Pois é o bisnetodo plebeu Bernadotte que re-clama na senhorinha Nissvandto sangue azul que provável-mente ainda é vermelho nasartérias çlp neto,....

    KICARDO PALMA

  • (fi-&

    VIDA SOCIAL Diário Carioca — Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1932 THEATRO — LETRAS

    HONTEMM

    UNO) Ar-i 0 rr^^#«»V^rfS#s»s»^^ ^0 ^#- ^^***+>***4t^+**-a>++'*-*****^^*+*+'^**-^-i^^

    ATOU-SE por não ter destino...No entanto, o destino consum-mou-sé...

    Ha dias, suicidou-se na pa-vorosa praia das Virtudes uma

    joven que a policia soube ser viuva, ter 23 an.nos, branca e chamar-se Dolores. Deixou oclássico bilhete :"Mato-me por não. ter destino. Acho-

    me doente e não tenho onde estar. Minhafamiiia não me quer. E' por isso que aca-bo com a vida. Adeus para todos destemundo — Dolores".Effectivamente, o corpo foi para o necro-

    terio esteve exposto no frigorífico, e ninguémo reclamou. Deve ter sido a rapariga sepul-tada como indigente.

    Vinte tres annos, branca, tao cedo priva-da do companheiro, que terrivel drama não

    agitaria a existência de mn ente que nemedade ainda tinha para graves faltas suscepti.veis de condemnação e repudio pelo puritanis-mo pharlsaico de. parentes deshumanos !

    Lá está no bilhete : doente, despresada erepellida pela famiiia, sem mais ninguém nomundo...

    Não parece singular ? Eis um caso em queo nome dos parentes não pode ser omittido.Elles devem contas á sociedade. Na espécie,ou se tratava de uma detraquée, ou de umaperseguida. Mas tinha famiiia, e o facto destanão se ter movido para dar-lhe piedosa sepul-tura está revelando ¦ que os parentes tinhamculpa no cartório...

    Interessante : chamava-se Dolores, e mor-reu por não ter destino, como se o seu destinonão fosse esse mesmo — dolorosamente viver,dolorosamente acabar... — FANTASIO.

    Cesta de compras

    o logar de "speacker" chefe daRadio Sociedade, onde desfrutainvejável situação, prestigiadapor muitos annos de um labor in-fatigavel e brilhante.

    Viajantes

    J. Soares: — Procedente de For-talezâ, onde acaba de concluir combrilhantismo o curso de preparato-rios chegou hoje â nossa capital oJoven J. .Soares, irmüo do conheci-do sportman Raymundo Leite.

    j. Soares pretende cursar a nossaEscola de EngenhariaPelo trem Cruzeiro do Sul ene-garam hontem, a esta capital, ossrs • Francisco Geraldes, general

    Vasconcellos Carnaúba, esposa docapitão do Exercito, Arthur Car-nauba.

    Foi seu medico assistente o dr.Herbster Pereira.

    Mendonça Lima e o coronel Mareei-Uno Barreto, ex-deputado íederal.— General João Francisco — Pelotrom rápido paulista seguiu hontem,de manha para S. Paulo, o generalJoao Francisco.Recepções

    A baroneza Paula von Reznlcels.,Jornalista allemã e campeã de ten-nls, ofíereceu, hontem, ás 17 ho-ras, nos salõES da Fró-Arte, á Ave-nida Rio Branco. 118-20, uma rece-pçfio 4 Imprensa desta capital.Enfermos

    Em plena convalescença, deixou aCasa de Saude Sâo Sebastião ondeesteve internada, a sra. Rachel ae

    LutoMISSAS

    Será celebrada, hoje, &s 10 horas,no altar-mór da egreja de SantoAntonio dos Pobres á rua dos Inva-lidos, missa de sétimo dia por almado antigo commerciante desta pra-ça sr Jullo Bruno, pae do engenhei-ro' Humberto Bruno, professor daEscola Superior de Agricultura deViçosa e da prolessora sra. GildaBruno Bellucl, da redacção da UniãoTelegraphlca Brasileira.

    **mmt>~«~-mmm»—vmÊ*o~omm>mmo4m*t»om*ommo~emmi> am o ¦»»

    O THEATRO nacional está no

    Fazem annos hoje:As senhorinhas: — Ermlnla Gon-

    çalves, íilha do facultativo dr. Her-mano Gonçalves; Lia Magalhães,íilha do dr. J. Demetrio Magalhães,advogado, e Cezartlna Miranda, íl'lha do sr. 'Oswaldo Miranda.

    As senhoras — clotllde Farias, es-posa do sr. Manoel Luiz Farias,commerciante nesta praça; DeliaMalheiros da Silva, esposa do sr.Mario Dias de Silva, negociante eCella Cordeiro de Lima, esposa dodr. Astolpho Lima, cirurgião den-tista. _.' Os senhores — André Gomes Ri-beiro, commerciante nesta praça;Oldemar Martinho da Costa, íun-cclonarlo municipal, e VUtorlanoCelso de Almeida, acadêmico de cu-reito.Rubey Wanderley faz an-nos, hoje. No circulo numerosis-simo de suas relações de amiza-de, o acontecimento festivo queestamor, registrando, será ceie-brado com as expansões mereci-das e justas, porque Rubey Wan-derléy é uma alma cheia de refi-namentos e elegância.

    Jornalista de renome na lm-prensa carioca, escriptor, histo-riador, pensador e poeta de sub-tilesas, de graça, de emoção, deluminosidade, Rubey Wanderleyjá sentiu o osculo do prestigio in-tellectual, nas constantes accla-mações dos seus contemporâneosque o consideram, no momento,como uma das grandes expres-soes de cultura de sua geração,pel?, sua actividade literária, pe-Ia sua capacidade de trabalho,segurança de directrizes.

    Romancista de fulgurante pe-netração, fidalgo no estylo e nasattitudes, homem de sinceridade,de nervosa communicabilidade,Rubey Wanderley oecupa ainda

    apogeu esta semana...No Eldorado uma Companhia

    Mexicana. No Trianon, um elen-co allemao. No Casino, um syrio.No Alhambra, patina-se animaâa-mente. E no Republica luta-se detoda a fôrma, o box, a luta romã-na e até livremente.

    Portanto, não podia começarmais auspidosamente a tempo-rada que tanto promettia.

    Emquanto vae essa animaçãotoda, as companhias nacionaes doRecreio, Tró-ló-ló, Jayme Costa cPalmerin Silva, dentre outras,dissolvem-se sob o peso de gran-des responsabiliâaães. Falta thea-tro? Não. Ha vários fechaãos. Ar-tistas? Tambem não, a turma boaestá toãa paraãa ou em vésperasdisso. O que é preciso, por conse-guinte, é fechar o resto âos thea-tros para começar âe novo, por-que a reacção virá e virá sem osparasitas que mataram o theatroem todos os seus sectores e em to-das as suas manifestações. — L.

    Leopcldo Fróes continuamelhorando

    Noticias que acabam de chegarda Suissa, confirmam, félizmen-te, que Leopoldo Fróes continuaa melhorar.

    E' lamentável a precipitaçãocom que agiu um grupo de artis-tas, promovendo manifestações, depesar sem ter a menor confirma-ção o boato alarmante de domin-go. >

    Assembléa geral da Casados Artistas

    Sexta-feira próxima, dia 19, de-pois dos espectaculos, reune-se aCasa dos Artistas em assembléageral ordinária, segunda convoca-ção, com a seguinte ordem do dia:apreciação do relatório e contasda directoria e do parecer dacommissão de contas e eleição dadirectoria e commissões de con-tas e de syndicaneia para o exer-cicio de 1932133.

    No João CaetanoCÉO DA CÂMARA E RENATO

    VIANNATerça-feira, 23, dar-se-á, no

    João Caetano, a estréa do theatrode Arte, empreendimento oppor-tunissimo de Renato Vianna eCéo da Caniara.

    A Academia de- Letras dará to-do o seu apoio ao commettim&n-to, como a mais autorizada repre-

    .sentante das manifestações artis-ticas brasileiras.

    A apresentação do conjunto far-se-á com a fantasia dramática deRenato Vianna "O homem silen-cioso dos olhos de vidro", que te-rá lindas decorações dos artistas"Demgab".

    Céo da Câmara fará a figuraem torno da qual gira toda aacção da peça e Renato Viannaincumbir-se-á do principal papelmasculino.

    Nos outros papeis veremos Jor-ge Diniz, um dos nossos melho-res galãs, Lucilia Jercoles, actrizque cabe vestir e é dona de apu-rada elegância, Victoria Miranda,Carlos Barbosa, actor conscien-cioso e Guiomr Barbosa e Roqueda Cunha, dois novos de grandefuturo i

    Ottilia Amorim vem ounão vem?

    Um matutino, hontem, decla-rou que a actriz Ottilia Amorim,não poderá vir para o Recreio,porque está trabalhando no Ca-sino Antarctica.

    A estrella nacional está ha maisde quinze dias no elenco Marga-rida-Mesquitinha, e tudo faz crerque a companhia não vae muitolonge.

    Duas noites^ brasileirasrio Recreio

    Renato Murce e um grupo deartistas que interpretam cançõesnacionaes, vão dar dois especta-culos sabbado e domingo, ho Re-creio, emquanto não começam osensaios da nova revista "Calma,Gegê".

    A Companhia Rivas Ca-cho estréa, hoje, a seeun-

    da peça no EldoradoTerminando, hontem, o glorio-

    so suecesso de "De México haUegado un barco", a grande com-panhia de revistas mexicanas Lu-pe Rivas Cacho estréa, hoje, a suasegunda peça no palco do cinemaEldorado."El Bataclan impera" é o seutitulo.

    Divide-se em 10 quadros de exl-to garantido, para o qual contri-buem Lupe Rivas Cacho, a feste-jada estrella mexicana, Luiza Ri-vas Cacho, sempre perturbadora,e linda, Laura Miranda, Lola Ra-mos, Pompln Iglezias, AlbertoContreras, o bailarino José Bar-cenas, girls e toda a companhia.

    Durante uma hora a fio, o pu-blico do Eldorado poderá se di-vertlr no seu cinema predilecto,assistindo a um espectaculo degrande valor, com montagem des-lumbranté, guarda-roupa riquissi-mo, marcações perfeitas, espiritofinoe feérie em profusão.

    Aliás, os espectaculos da com-panhia de Lupe Rivas Cacho nãoprecisam de referencias elogiosas;são sobejamente conhecidos donosso publico que os adora e lhesdá sempre o premio de sua pre-sença, profusa e constante.

    Dois espectaculos sensa-cionaes no theatro

    RecreioA empresa Neves resolveu pro-

    porcionar ao numeroso publicoamante da musica brasileira,duas formidáveis "Noites doSamba", a realizar-se no popu-lar theatro da rua Pedro I.

    Para que taes espectaculos al-cancem êxito absoluto, foi a or-ganização dos mesmos confiadaa competência inconteste de Re-nato Murce, que, além de exhi-bir-se com o seu famoso con-junto "Os Gaturamos", contarácom a collaboração sensacionaldas quatro afamadas escolas dosamba vencedoras do concursopromovido pelo "Mundo Sporti-

    Do exlto desta secção já sepôde aquilatar pelo acolhimentopor ella obtido, não só por partedas senhoras donas de o^a, comopelos commerciantes que, com-preendéndo o alcance do nossoobjectivo, nos forneceram gentil-mente os preços correntes dos ge-neros de primeira necessidade.

    Ocioso, portanto, resaltar no-vãmente a efficiencia das nossasinformações, colhidas, todas, co-mo acima dissemos, no própriocommercio varejista, indepan-dente ds quaesquer estatísticasofficiaes e tendo-se por base es-bsb-elecimentos nem de grandeluxo nem de classe inferior.

    Assim, as tabellas aqui publica-das, serão computadas diária-mente, para que possamos man-ter, com o máximo rigor, um ser-viço completo de cotações, como,aliás, promettemos ás exeellsn-tissimas leitoras de "Cesta decompras".

    Nas tabellas hontem publica-das saíram algumas incorre-ccões. Foram pequenos lapsos ty-pógraphicos, fáceis de corrigirpelas leitoras, que • os desculpa-rão, por certo.

    São os seguintes osPREÇOS

    pelos quaes podem ser adquiri-dos, hoje, os gêneros de primeiranecessidade:

    CARNESVerde, de 1», kilo, 1$800; de 2»,

    kilo, 1$300; vitella, ¦ kilo, 2$500;porco, kilo, 3$600; cabrito, kilo,3$500; carneiro, kilo, 3§500.

    PEIXESGaroupa, kilo, 6$500 a 8$000;

    badejo, kilo, 5$000 a 75000; na-morado, kilo, 4S500 a 6$000; dou-rado, kilo, 4$500; pescada, kilo,45000 a 5S000; enxova, kilo, 4S000;camarão, kllo, ÍOSOOO.

    VERDURASCouve-flor, uma, 1Ç500; repo-

    lho, um, 5800; couve, molhe, $100;alface repolhuda, molhe, §400;alface, molhe, $100; espinafre,molhe, $100; tomate, duzia, réis1$000; bertalha, molhe, $100;quiabos, duzla, $400; pimenta,porção, 15000; pimentão, um,$200; cenoura, uma, $100; raba-nete, um, $200; abóbora, uma,2$000; pepinos, um, $200; bringe-las, uma, $300.

    FRUTASAbacaxi, um, $800; laranjae,

    selecta, duzia, 2$000; abacate,duzia, 5$000; banana, duzia, réis$800; mamão, um, $800; manga,duzia, 105000; maçã, duzia, réis12$000; pecego, duzia, 10$000;uvas, moscatel, kilo, 8§000; uvasbrancas, kilo, 65000; uvas pretas,kilo, 45000.

    GÊNEROS DIVERSOSAz-eite, lata, 65000; assuoai',

    branco, de Ia, kilo, 15000; cafémoido, kilo, 25800; arroz, kllo,15000; ovos, duzia, 3$000; gadli-nhas, uma, 5S500; frangos, um,35000; batatas, kilo, $600; milho,kilo, $400; òarhe de xarque,kilo, 3$600; bacalhao, kilo, 3$000;lombo de Minas, kilo, 2$700; tou-cinho, kilo, 3$800; manteiga, kilo,7$300; banha, kilo, 3$300; massade tomate, kilo, 1$300; macarrão,kilo, 1$300; feijão branco ou pre-to, kilo, $600; feijão mulatinho,kilo, $700.

    tny-wsa-n-mtm-nwet-tw

    vo", no domingo de carnaval, eque tanta repercussão teve. Es-sas escolas são as seguintes:Mangueira, Oswaldo Cruz, Esta-cio e Tijuca, que comparecerãoIncorporadas e com todo o seubizarro instrumental, proporcio-nando espectaculos inéditos e degrande brilho á culta populaçãocarioca. Ainda outros valiososelementos, como Rogério Guima-rães, Almirante, Pixinguinha,Donga, etc, participarão das"Noites do Samba".

    rit

    Industria inferior e a despeito, ciaes, aquelles decretados pelo go-

    \CdLiO dr. Afranio de Mello Fran-

    co, ministro das Relações Exterio-res, recebeu, hontem, em audien-cias previamente marcadas, sirWilliarh Sedds. embaixador bri-tannico, e sr. Edwin Morgan, em-baixador americano.

    Esteve, hontem, no Itamaraty,em conferência com o dr Atra-nio de Mello?Franco, ministro dasRelações Exteriores, o dr. Barbo-sa Carneiro, encarregado do ex-pediente do Ministerio da Agri-cultura.

    Estiveram, hõnTem, J» «mm-

    ratv e foram recebidos pelo ai,gfeiWe Mello Franco, minis-u-o das Relações Exteriores,

    osrs. dr. LUiz Sparano, Emanar

    veira. sr. Bentülg e si. i^10Prado Uchoa.

    dessa inferioridade, prosperrimaem nosso paiz.— a dos livros di-dacticos.

    Ao Estado cumpria criar paraelles uma especial policia, prohl-bir, mesmo, de modo expresso edecisivo, que circulassem, e atéque fossem expostos á venda, to-dos aquelles cuja perfeita idonei-dade se não houvesse apuradoantes, em analyse percuciente erigorosa, em julgamento probo esevero.

    E', porém, o inverso disso, pre-cisamente, que entre nós se ob-serva. ,¦ j

    Interessam-se, e muito, os pode-res públicos, pelas obras destina-das ao manuseio dos estudan-tes. Mas, fazem-no, tão só, aoinfluxo de solicitações e de empe-nhos, para recommendar aos cor-pos discentes a acquisição dasobras mais ou menos laboriosa-mente parturidas pelos professo-res dobrados de publicistas, emfavor dos quaes o argumento ir-recusavel da amizade intima, ou,apenas, do "pistolão", tenha fei-to valer-se.

    A tal historia da approvaçãoprévia dos compêndios, operada detal geito, ao sabor de circunstan-cias inconfessáveis, já constituia,não ha negar, immorahdade debom tamanho. Com o andar dostempos, entretanto, coisa melhor— quero dizsr: peor — inven-tou-se, donde se conclue sereminfinitas as possibilidades doprogresso no mal. Os operosos ecynicos industriaes das letrasescolares descobriram que muitomais lhes aproveitaria a imposi-ção do que a mera inaicaçaodas sórdidas apostiihas. das igno-beis sebentas. E nasceu, para o

    , mais bello dos .futuros, em mate-1 ria de indecência e escândalo, ai norma de os programmas offi-

    verno, ao qual, no caso, representa o Collegio Pedro II — para-dygma inflexivel de todos os es-tabelecimentos de ensino secun-dario —, relacionarem os livrosque os alumnos são obrigados acompulsar, livros quasi semprenumerosos, porquanto numerososdesde muito se fizeram os expio-radores de tal negocio.

    Quando se tratava, na épocadas vaccas gordas, sob o antigoregimen, de autores que possuiamproteebores deveras poderosos, da-va-se-lhes vantagem ainda maior,visto como adquida era pelaUnião, pelos Estados, ou pelosMunicípios, grande quantidade deexemplares, destinados, na maio-ria das hypotheses, á devastaçãodas traças, nos depósitos de ma-terial dos almoxarifados da ins-trucção publica.

    Modificar-se-ão as praxes, ago-ra? E começarão, emfim, por for-ça da benéfica influencia que alivre concurrencia produz sem-pre, a surgir livros didacticos aonivel da cultura do magistériobrasileiro?

    Não é falta de capacidade, esim de apuro e zelo, que se notanos fornecedores mais activosdas nossas bibliothecas escola-VQS ¦

    Lembro-me, para comprova-cão desse ennunciado, de que,alheio, embora, aos problemasdo educacionismo nacional, tiveem mãos o compêndio, quasi tra-tado de gsographia econômica,publicado por um dos mais nota-veis professores da matéria, emnosso paiz. Deu-se tal íacto ac-çidèhtalménte, ao apparecer acbra. Curioso de quanto ao Ex-tremo Norte se refere, apressei-me a percorrer algumas das pa-ginas que a tal região se haviam

    reservado, na obra em apreço. E,

    a respeito da alimentação da gen-te amazônica, li as duas asserti-vas seguintes, qual mais descon-certante:"Pesca-se a tartaruga e come-se o pirarucu"."Extrae-se a farinha d'agua".

    Fiquei assombrado.Com que, então, na Amazônia,

    o gosto pela extravagância vae aoponto de se apanhar um animal,da espécie dos chelonios, e ir-sedepois, tranquillamente, saborearum psixe, que se não teve a pre-caução de pescar? E é da aguaque "se extrae" a farinha, cha-mada farinha d'agua?

    Parecem charadas, ou "Couta-des" de Mark Twain perpetra-das a serio. E tudo, entretanto,deve provir, apenas, da industria-lização, do mercantilismo que in-vadiu esse dominio da actividademental dos nossos patricios.

    Tenho deante dos olhos o livroque, com o ütulo de "Historiaepisódica e biographica", doisprofessores se reuniram para ela-borar — os senhores Jayme Coe-lho e Mario G. Naylor.

    Traz um prefacio e uma intro-ducção — duas coisas de equiva-lencia manifesta, uma das quaesforçosamente está sobrando. Po-deria talvez um espirito subtil,adestrado na discriminação^ dosmatizes, firmar uma distineção irrecusavel entre aquellas catego-rias de "discursos" liminaresNão n'o fizeram, nem sequer otentaram, os professores MarioNaylor e Jayme Coelho. Em suaintroducção e em seu prefacio asmesmas declarações, anodynas ealgo obscuras, se lêem. Um tra-balho -mecânico ds repetição mu-til. Simples exercicio. e por issomesmo brilhante, tíe tautolo-" Procuro na obra [à determina-

    ção das tendências a que ellaobedeceu, em" sua gênese. E nãon'a descubro. Deparam-se-me,ao revés, provas múltiplas de qusos historiographos não se decidi-ram entre directrizes antagoni-cas e methodos differentes, antesde dar inicio á sua tarefa.

    O próprio titulo que se esco-lheu para o volume, não se lheharmoniza com a substancia."Historia episódica e blographi-ca" é o que se encontra noscompêndios e tratados de usocorrente. E ainda mais episódicodo que biographico, se a este qua-lificativo se pretender imprimira significação contida na elevadae transcedente idéa que faziaCarlvle, simultaneamente, da bio-graphia dos grandes homens eda historia dos povos, quandopretendia reduzir á primeira asegunda.

    Que os senhores Jayme Coelhoe Mario Naylor possuem de talsciencia uma perceção lúcida,uma evoluidà concepção, bastariapara proval-o a maneira por quedesenvolveram os capitulos mui-to expressivamente denominados"São Francisco e a caridadechristã", "Joanna d'Arc e o pa-triotismo francez", "Os déspotasesclarecidos", etc.

    Episodismo, isso? Mas, é exa-ctamente o opposto.

    Philosophia da historia, e nãosomente historia, é que os men-cionados autores se inclinam afazer, e por isso apenas louvoresmerecem. Caracterizam-se, mes-mo, dess'àrté, como precursoresda rehabilitacão dos livros dicla

    Conde Raymond grandemágico e illusionista

    O Eldorado annuncia para 2afeira, no seu palco, a estráa doConde Raymond, um grande ma-gico e illusionista.

    Contratado especialmente naEuropa, cujas capitães acaba depercorrer em victoriosa tournée,o Conde Raymond, está em via-gem para o Rio, devendo aquichegar sabbado.

    Trabalhando num gênero emque ha tamanha concurrencia eno qual tanta coisa boa e novase tem visto, o Conde Raymondtem visto os seus (Trabalhos elo-giados e destacados pela impren-sa européa como muito interes-santes, bellos e imprevistos.

    Daremos amanhã alguns deta-lhes dos surpreendentes traba-Ihos de magia e illusionismo doConde Raymond, cuja estréadar-se-á impreterivelmente se-gunda-feira, no palco do Eldora-do, juntamente com o bello film"Abandonada no Altar".

    O TempoDistricto Federal e Nictheroy —

    Tempo : bom, passando a insta-vel, aggravando-se com chuvas ctrovoadas. Temperatura : eleva-da em parte do periodo e em de-clinio após. Ventos : do quadran-te sul, com rajadas possivelmen-te fortes.

    Estado do Rio de Janeiro —Tempo : bom, passando a insta-vel, aggravando-se com chuvas ctrovoadas. Temperatura : elevadaem parte do periodo e em decli-nio após. v-V,

    Trajecto rodoviário Rio - SaoPaulo — Tempo : instável aggra-vando-se com chuvas possivel-mente fortes e trovoadas. Tempe-ratura : elevada em parte do pe-riodo e em declinio após. Ventos :do quadrante sul com rajadaspossivelmente fortes.Assembléas de credores

    Estão designadas para ás 13 ho-ras, as seguintes:

    1» Vara Civel — Antonio Cor-tez Souto. r. .

    3» Vara Civel — C. Bachour 05Cia., e Cervlo & Cia.Navios a chegar

    JOAO ALFREDO — Nacional,entre 7 e 9 horas, de Bélem e cs-h, àl às

    AMERICAN LEGION — Ame-ricano, ás 7 horas, de regresso dosportos platinos.

    CTE. ALCIDIO — Nacional,entre 11 e 12 horas, de Porto Ale-gre e escalas. •Navios a partir

    ARACATUBA — Nacional, âs10 horas, do armazém 11, comdestino a Recife e escalas.

    ITAPAGÉ' — Nacional, ás 16horas, do armazém 13, com des-tino a Belém e escalas.

    IRATY — Nacional, á tarde, doarmazém 12, com destino a Igua-pe e escalas.

    AMERICAN LEGION — Ame-ricano, á tarde, do armazém 18,com destino a Nova York.Malas postaes

    Serão expedidas malas, hoje,pelos seguintes paquetes:

    Pelo' "Itapagé" (transferido),para Victoria, Bahia, Maceió, Re-cife, J. Pessoa, A. Branca, Ceará,Maranhão e Pará.

    Pelo "Aracatuba", para Victo-ria, Bahia, Maceió e Recife.Theatros

    TRIANON — Companhia deComédias Allemã.

    ELDORADO — "Bataclan lm-pera".

    RECREIO — Fechado.REPUBLICA — Fechado.JOAO CAETANO — Fechado.CASINO — Fechado.RIALTO — Fechado.LYRICO — Fechado.

    ":ALHAMBRA — Patinação,'"MARGARIDA MAX" — "Não

    me conte esse pedaço" — Come-dia.Cinemas

    ODEON — "Por tuna noite",com Francesca Bertini.

    PALÁCIO — "Paraizo dos di-vorciados", com Ruth Roland.

    GLORIA — "Noites de NovaYork", com Norma Talmadge.

    PATHE' — "Vingança supre-ma".

    PATHE' PALÁCIO — "Ara-nha".IMPÉRIO — "Confissões de uma

    joven", Sylvio Sidney.ELDORADO — "A princeza do

    bairro".PARISIENSE — "O rei das

    selvas":PHENIX — "Borboletas do de-

    sejo".Sports

    No Theatro Republica, ás 21horas — Capoeiragem, luta livre,box e demonstrações de força, pe-lo athleta Ruhmann.

    — Na Curva da Amendoeira,inauguração do Flamengo-Rlnk,com diversas partidas de Hockey.Pagamentos

    NA PREFEITURA — Serãopagas, hoje, aa seguintes folhasde vencimentos:

    Ensino Technico Profissional— Institutos e Escolas Profissio-naes — Professores escolares —Pessoal subalterno das Escolas

    Mauá e Orsina da Fonseca —Pessoal Operário da D. E., comexercicio nas ilhas, EscriptorioCentral da Limpeza Publica e S.4 da Limpeza Publica.

    Isola!... no Democrati-co Circo

    Está sendo applaudida peloshabitues do Democrata Circo, arevista "Isola!..." que permane-cera no cartaz até sexta-feira.Na sua estréa, alcançou gran-de suecesso, a sympathica estrel-

    Ia Luiza Peloggio, catando ossamhas "Faceira", de Ary Barro-so e "Sinto falta de você", deJanjóca.

    Serviço aéreo

    amuel límliCLINICA UROLOGICAMembro da Sociedade de Urolo-gia da Allemanha, ex-assistentedos professores Lichtemberg,Lewin, Joseph, de Berlim, e Has-linger, de Vienna,, Especialista eirdoenças dos Rins, Bexiga, Prosta-

    cticos entre "nós. Mas, dir-se-iaj ta. Urethra, Vias Urinarias, Doen

    que certa timidez os assaltou. Edahi náo patentearem clara consciencia do que no intimo e irresistivelmente desejavam.

    BENJAMIN LIMA

    ças de Senhoras, Micçôes frequentes e dolorosas. Diathermia. UltraVioleta. Cons. 7 de Setembro, 42-sob., das 13 ás IU horas, Sabbadosdas 8 ás 12. Phone : 4-4493.

    Serão fechadas, pelo Sjmdica-to Condor, as malas postaes des-tinadas ao sul, sendo os registra-dos recebidos até ás 16 horas.Programmas de Radio

    RADIO CLUB DO BRASIL

    Ondas de 400 metros8 horas e 30 minutos — Hora

    Certa — Jornal da Manhã — 12horas — Hora certa — Jornal doMeio Dia — Supplemento musi-cal até 13 horas; 17 horas — Horacerta — Transmissão da Acade-mia Brasileira de Letras, da con-ferencia do sr. Medeiros Albu-querque; 18 horas — Previsão dotempo; 19 horas — Hora certa —Jornal da Noite — Supplementomusical; 20 horas — Programmaespecial de discos Odeon, da casaEdison; 20 horas e 30 minutos —Programma Odol; 20 horas e 40minutos — Continuação do Sup-plemento musical do Jornal daNoite; 21 horas — Quarto de Horade Fenelon Lima; 21 horas e 15minutos — Ephemeridès Brasi-leirás do Barão do Rio Branco.Notas de sciencia, arte e litera-tura; Transmissão do studio daRadio • Sociedade, da " DécimaPrimeira Noite de Variedades Vi-ctor". da serie organizada pelaRadio Sociedade do Rio de Ja-neiro, em combinação com a casaPau! J. Christoph, com o con-curso dos grandes violinistas Vi-ctor (.sello vermelho;.

  • 1

    INFORMAÇÕES GERAES Diário Cariocn — Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1932¦ v

    VIDA CARIOCA 3

    /*.»'

    ratícaveCOMO SE EXPLICA A OBSTINAÇÃO DA

    INSPECTORIA DE SEGUROSA questão dos seguros consti-

    tue, em todos os paizes cultos, ma-teria de grande relevância paraos estadistas que, constantemente,delia se preoccupam, no sentidode incentivar o seu desenvolvi-mento, cercando-a das maioresfacilidades.

    E" que o Instituto do segurotem, nas sociedades modernas,elevadas finalidades, como factorpreponderante na vida social eeconômica das nações.

    Entre nós, se dá, actualmente, ocontrario.

    Devemos essa estupefacienteorientação, cujos maus resultadosserão incalculáveis, á teimosia deum espirito acanhado, que só visaum objectivo: engendrar disposi-tivos que, além de humilhantes,Impossibilitam as empresas dedesenvolverem e mesmo de man-i.erem as suas organizações.

    Age, assim, ou por incapaci-dade, ou por vaidade, ou por vin-jança.

    Diz-se mais aceitável a ultimanypothese, pelo facto de terem ascompanhias de seguros e a opi-nião publica repudiado um triste-mente celebre regulamento de suaautoria.

    Vamos aos factos:Em 1924, o regulamento 16.738

    rol organizado em virtude de umaautorização legislativa e para sub-stituir o então em vigor, desde1920, que, segundo allegava aInspectoria de Seguros, continhamuitas omissões e era insufficien-te para que a mesma exercesseuma ampla fiscalização nas socie-dades seguradoras.

    Dessa commissão fez parte e foio seu principal mentor o actualinspector, dr. Edmundo Perry.

    Completa a monumental peçaonde os seus autores deram asprovas das mais cabaes de comple-to desconhecimento das leis e di-reitos vigentes no paiz, e o redigi-ram em fôrma jesuitica, foi o

    mesmo encaminhado ao sr. mi-nistro da Fazenda.

    O sr. Sampaio Vidal, então di-rigente daquella pasta, depois deexaminal-o, rejeitou-o e não lhedeu execução, como pretendiam osseus autores.

    Assim ficaram os segurados, opublico e as companlüas livres deuma lei, que pela sua simples lei-tura faz corar de vergonha os ce-rebros mais acanhados.

    Aconteceu que o sr. Miguel Cal-mon, assumindo interinamenteaquella pasta, e o foi por 48 ho-ras, o sr. Perry, por detraz dascortinas, isto é, por intermédiodo Gabinete e allegando que oassumpto jâ tinha sido estudadopelo ministro antecessor e pelomesmo approvado e ainda que aautorização legislativa terminavanaquelle dia. 31 de dezembro de1924, conseguiram que o mesmosanecionasse o regulamento regei-tado. e com surpresa geral o "Dia-

    rio Official" de 1 de janeiro de1925. publicava o decreto pondoem execução aquella monstruosi-dade.

    O sr. Miguel Oahnon foi üludl-do e não será difficil ao actualministro certificar-se da verdade.

    Os protestos, como era de espe-rar, foram geraes tão justos eti>tal maneira calaram no esplrto dogoverno que o seu suecessor, sus-pendeu a sua execução e devolveo mesmo ã commissão autora •¦>& -ra revisão.

    Essa mesma commissão, se bemque relutando e com o fim de con-seguir a aceitação da sua obra,admittiu que a mesma continhafalhas e propoz algumas modifi-cações.

    Assim ficou, naquella occasiSo,o regulamento suspenso e lógicae consequentemente em vigor o de1920.

    Não desanimaram, porém, o sr.Perry e o seu giupinho.

    \da BaMa \ \mam m ASCENSÃO!!

    I Venda livre em todo Brás.HOJE

    50 CONTOSPor 15$000

    jogam 18 milhares75 % em premios

    INTEGRAESHabilitem-se

    Prevína-sede linho do

    com uma roupasector ROUPAS

    Tribunal do JuryO aceusado foi condem-nado a 1 anno e 9 mezes

    Reuniu-se hontem o Tribunaldo Jury, sob a presidência do juizRibeiro da Costa, numero le-gal de jurados e presença dopromotor Roberto Lyra.

    Foi julgado o réo Julio Anto-mo da Silva aceusado de haverpraticado o crime de ferimentosgraves no seu desaffecto de nomeJoão Ferreira Neves, que se en-contra ainda recolhido no Hos-pitai de Prompto Soccorro em es-tado gravíssimo, e por motivofutil.

    O promotor Roberto Lyra, logono inicio da sessão em virtude de

    FEITÀS-PERFEITAS da"A EXPOSIÇÃO"

    f

    Costumes desde 85S00OVendas a credito pelo novo

    systema

    CREDIÁRIOAVENIDA, ESQUINA SÃO JOSÉ'

    ias fontes de rendadas Caixas

    0 erro do calculo em que são baseadasestas rendas

    0 decreto sobre per-fumarias

    NOVAS CONGRATULAÇÕESENVIADAS AO. CHEFE DO

    GOVERNO

    E cada ministro que assumia apasta da Fazenda, sempre atrásdas cortinas, conseguia que man-dasse pôr em execução a mons-truosa peça Jurídico fiscalizado-1 gg*df c^notrgo^pre>••••>• tor da Justiça local, usou da

    . palavra e fez uma synthese daAssim aconteceu quando o actu- obra feita por aquelle juiz sali-ai chefe do Governo Provisório' eP*ian_J0 a_sua actvação como r -.a-•r.ov__or._. gerado, fazendo-lhe justos lou-passou pela administração da-[vores.quelle espinhoso cargo ' _, ° dr- MarJo Sá Freire, advoga- _„„. „ .. „.. ..„ ...„„„do, que seryia no Jury na quali-'siasticas felicitações pela san-Ao correntes das manobras da í •¦! Jurad°. associou-se aquel- Cçáo do decreto que modifican-inspectoria de Seguros, aa com- I PuM™^

    a° dr' Pr°m0t°r do a taxação do imP°sto de conpanhias já appellaram para o sr ^JLl11^ Ribei.r da Costa, visi-rw„,„„ i%£ ;ve.I11,e,nte emocionado agradeceu

    O chefe do governo recebeu oseguinte telegramma:

    AVENIDA (Rio), 16 — A suaexcellencia doutor Getulio Var-gas, chefe do governo provisório— Rio — Industriaes e commer-ciantes de perfumarias, abaixoassignados, têm a honra de apre-sentar a v. ex. as mais enthu-

    Oswaldo Aranha, por intermédio j aquella homenagem.da respectiva associação de cias-se, certas de que não escapará aohonrado ministro, que é uma in-telligencia clara ,a razão que lhesassiste contra a teimosia de umobstinado.

    A actuação da Policiano Carnaval

    Em seguida iniciam-se os deba-tes do julgamento do aceusadoapregoado, que terminou sendocondemnado á pena de 1 anno e9 mezes de prisão cellular, ape-sar de haver a defsa pleiteado aabsolvição do aceusado pela deri-mente da privação dos sentidos eda intelligencia.

    sumo sobre perfumarias, vemmoralizar este ramo de com-mercio e defender o fisco con-tra a fraude praticada poráquelles que se aproveitavam da

    tragédia derépagu,á

    Jaca-

    Os que, sem objectivos derro-tistas, se empenham em demon-strar ao governo que o decreto20.465, que reformou o regimedas Caixas de Aposentadorias ePensões é inexequivel, só encon-tram uma difficuldade: a esco-lha do artigo que deve analysar,tantas são as falhas, os vicios eos erros que se encontram noreferido decreto.

    Apreciemos ao acaso, o Capi-tulo TI: "Das fontes de Rendadas Caixas."

    E' por. demais evidente que asfontes de renda e o quantumdas rendas é a base angular emque se assenta uma lei de segu-ro, Os cálculos da receita deveme têm que ser rigorosissimamente

    Escola para auxiliar a defesa do I certos, feitos dentro das regrasacadêmico Fernando Braz Perel- , , :'¦¦ 6ra Gomes, victima de inesperada clássicas actuarias para que nãoaggressão,- em conseqüência da sobrevanha o imprevisto de nãoqual fora obrigado a alvejar oseu aggressor, deante da impôs*sibilidade de invocar soccorro da

    O DIRECTORIO ACADÊMICODA ESCOLA DE DIREITO OF-

    FERECE SEUS SERVIÇOSReunido em sessão, hontem, o

    Directorio Acadêmico da Escolade Direito do Rio de Janeiro, teveum gesto louvável, designandoum dos bacharelandos daquella

    autoridade publica.Para auxiliar a defesa de Fer-

    nando Braz, foi indicado o ba-charelando Costa Pinto, illustrecriminalista em nosso foro.

    Uma commissão composta dosbacharelandos Pedroso Lima,Costa Lopes, Xavier D'Alessan-dro e Bandeira Nery, foi, hontem,á Casa de Detenção, visitar oaceusado e transmittir-lhe a re-solução daquelle Directorio, nolei "ad valorem", que isso tal ? 0fferecimento expressivo de con-

    Dermittia. Resoeitosas saudações. I forto moral ao collega de direitopermittia. Respeitosas saudações.Companhia Gessy, S. A. — JulioBertho Ciriox & Comp. — Emi-lio Perestello — Ramon Sobri-nho & Comp. — PerfumariaMendel Limitada — A. O. Tarré.

    da Universidade.Terá, assim, a defesa que já

    está confiada ao iliustrado cau-sidico dr. João Romero Netto,mais esse brilhante concurso.

    O CENTRO DOS CHRONISTASCARNAVALESCOS CONGRA-TULA-SE COM O DR. BA-PTISTA LUZARDOO dr. Baptista Luzardo, che-ie de Policia, recebeu do Centrodos Chronistas Carnavalescos oseguinte officio:"Secretaria, 14 de fevereiro de193».. — illmo. sr. dr. BaptistaLuzardo, chefe de Policia. — Emnome do Centro de ChronistasCarnavalescos transmitto a v sas sinceras e enthusiasticas feli-citações da chronica carnavales-ca pela ordem, e sobretudo, peloespirito integralmente cordatodos auxiliares que presidiram asreuniões carnavalescas. E' justo— e aqui está o meu particularapplauso a v. s. —, uma refe-rencia ao dr. Paula Pinto, dele-

    gado do 5o districto policial: aosuppiente de delegado, Benjaminde Magalhães; e ao funccionarloMilton, da 2» delegacia auxiliar,que dirigiram o policiamento doconcurso dos blocos carnavalescos, de minha iniciativa, realizado na Avenida Rio Branco, nanoite de 30 de janeiro ultimo.Sirvo-me da opportunidade pa-ra reiterar a v. s. as expressõesda mais alta sympathia. — (a)Antonio Velloso, Io secretario."

    mi)omm>iimmihmmi>mm>ti — n ¦— n — -m3*tt w n «m tHW»

    A entrega foi feita hontem, á tarde no Palácio da Prefeitura

    SONHO DE OUROVendeu ante-hontem

    6331 - 200.000$Q00e pagou hontem approximacão6 3 3 0 — 5:000$000Hoje 100:000$000 25S000Hoje 50:0003000 15S000Hoje 50:000§000 515000

    HABILITAE-VOS

    Galeria Cruzeiro, 1OSCAR & CIA.

    errenos emCampo GrandeNa zona de maior progresso e valori-

    zação do Districto Federal

    Vendem-se esplendidos lotes a 500 metrtos da Es-tação, com água, ln**- telephone, omnibus, etc,

    írentes Bara a Est, Rio-S. Paulo e Rua Barcello*.Domingos

    Prazo de 5 annos sem jurosTratar na Bomba de Gâzolina com o sr. Silva Pa-

    ranhos, em C Grande, ou na A Melodia

    Rua Gonçalves Dias, 40 — RIO

    -*.,»' .-"'-

    SHBIH • ~*rtanto" necessárias, ao equili-brio das Caixas, ou mantém alei em toda sua plenitude, fo-mentando o mal estar geral, embeneficio dos associados das Cai-xas o que, eqüivalerá dizer-se,que o Governo despiu um santopara vestir outro, sem vantagenspraticas, sem resolver o proble-ma social, que é, ao que nos pa-rece, o objectivo vizado.

    Essas fontes são: "Art. 8.°. Asreceitas das Caixas serão con-stituidas:

    e) — da contribuição annualdas empres***., correspondente a1» %.-% da sua renda bruta, masque não será inferior ao produ-cto da contribuição dos associa-dos activos;"

    Traduzindo para linguagemcorrida, o que ahi se diz '--. emlinguagem "soi disant", techni-ca, vemos que, os serviços publi-cos virão a ser majoradòs.

    Quando a renda da Empresanão fôr sufficiente para pagar o1, % % (que poderá ser 2 % oumais. desde que a contribuiçãodos associados activos seja maiorque essa percentagem) e os ju-ros do seu Capital conforme sedispõe no:

    "Art."- 77 — Conceder-se-á umaugmento de tarifas, taxas oupreços equivalentes á contribui-ção que lhes incumbem nos ter-mos desta tel:

    a) — á empresa de serviçospúblicos, que demonstrar do-cumentadamente perante o Con--selho Nacional do Trabalho nãoter, durante dois exercícios sue-cessivos, auferido renda sufficl-ente para, satisfeitas as despe-sas regulares de administraçõese custeio e liquidados os com-promissos correspondentes aomesmo periodo. remunerar o seucapital com benefícios a critério

    GUARANÁ' e CERVEJATELEPHONE : 2-5181

    )¦7T.-3T- T—

    do ministro do Trabalho, Indus-tria e Commercio;

    b) •— á empresa a cargo daUnião, dos Estados ou dos Mu-nicipios que, durante dois an-nos suecessivos, tiver receita in-ferior á despesa."

    Assim, nos termos do Art. 77.acima transcriptos, as Empresaspoderão augmentar os serviçospúblicos (passagens de trem.transporte ou mercadorias, luz,gaz, telephones, passagens debondes, etc:), quando a receitanão comportar o augmento de1, V. % sobre a RENDA BRUTA(!) exigidos pela lei.

    Não se pretende que é umahypothese remota, esse augmen-to. Basta considerar-se a situa-ção da E. F. Central do Brasilque, todo mundo sabe, vivereternamente em regime defici-tiario.

    Outras empresas estrangeiras,como a Leopoldina Railway, porexemplo, que fazem prodígios deeconomia para conseguir que adespesa não ultrapasse o limiteda receita, logo que puderemobter um augmento de tarifascomprovando que a receita nãobasta para satisfazer os gastos,irão fatalmente dar largas a es-ses gastos.

    Tudo, em ultima analyse, re-dundando em augmento do eus-to das necessidades publicas.

    Como receberá o povo, esse au-gmento?

    Dolorosa interrogação. Dolo-rosa, sobretudo, por se verificarque ha mais:

    "Art. 8.*> — As receitas dasCaixas serão constituídas:

    e) — de uma contribuição doEstado, proveniente de AU-GMENTO DAS TARIFAS. TA-XAS OU PREÇOS DOS SERVI-ÇOS EXPLORADOS pela em-presa e cujo produeto nâo seráinferior á contribuipão desta."

    E' por conseguinte, um novoaugmento a incidir sobre as uti-lidades publicas.

    Assim, augmentar-se-á o pre-ço da luz, do gaz, do telephone,das passagens de trens e de.bondes, dos transportes mariti-mos, fluviaes e terrestres, emobediência ao Decreto 20.465,para beneficio do Conselho Na-cional - do Trabalho, não dosoperários ou empregados. Isso, naépoca difficil que atravessamos.

    Que gema o povol O Ministe-rio do Trabalho precisava fazei-se notável.

    Mas. será que o chefe do Go-verno estará mesmo disposto aassumir a responsabilidade domal estar geral que esses au-;gmentos sobre as utiildades ,pu-bileas fatalmente virão criar?

    Não, o que se nos afigura maiscerto é que ninguém, nas esphe-ras do Governo, se deu ao trabalho de folhear .sequer, o De-creto 20.465, e dahi ignorarem oamontoado de absurdos, incon-gruenclas e injustipas que o mes-mo encerra.

    O contrario não é crivei, nemaceitável

    Mas, ainda é tempo de prevê-nir-se mal maior, e tudo nosleva a esperar que o Governoagirá, suspendendo a execuçãodeste famoso decreto, substitu- *.indo por outro que attenda aosfins colimados.

    H. VASCONCELLOS

    0 NOVO GOVERNOARGENTINO

    Como ficou organizadoo ministério

    BUENOS ATRES, 17 (HAVAS)— Annuncia-se que o generalAgustin Justo completou o seuministério com os seguintes no-mes: — Fazenda, Alberto Hueyo;•Justiça, Manuel Alvarado; Agri-cultura, Antonio de lomaso;Obras Publicas, Roberto Ortiz. Ofuturo prefeito de Polici*. será ocoronel Garcia.

    ¦"•- *<

    f

    -n

    ¦'¦-.:\L

    i

    ¦ m

    :;sí

    m

  • :.j,-r!;,-.-. í

    \

    y'r Diário Carioca — Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1932

    À SUCCESSÃO PRE-5IDENCIAL ALLEMÃHitler expoz, em impor-tante discurso, a doutri-

    na do seu partido

    p> ^f—*^—¦' Carvalho, Maurício Abrantes, Ma-noel Miguel, Octavio Sylvestre deCarvalho, Leodegarlo Joaquim Fer-nandes, AUred Michahelles. —

    "A•1" Delegacia Auxiliar".

    José Cândido de Menezes — Aodirector do Instituto Medico Legalpara informar".

    Gabriel Lopes dc Azevedo, Galli-chio Giüseppe. — "Certifiquem-sec restltunm-se em termos".

    Francisco Mendes (2"), Antônio.los''^ Fernandes. José da Gama Ma-hhftes Fernando Joaquim da SU-va. Joslas Ferreira Uma, «°P'&;r'errc Viêgris. Raymundo CaetanoFilho. José da. Rocha Comes. LuizAntônio Moretszohn .Barbosa

    —•Certifiquem-se". ,„-.,„„„

    joão Teixeira Babe - "Conce-

    c1ç,.se o passaporte".Napoleão Eugênio Leal. Lulí Fe-

    llnce Flores Marie Cavalcanti de"ftflo VoSo Placio cie Barros, Nelson

    v~£lni Raul ac MagalMU», Gas-' io'»,"-i.- Alves de Souza, João Me-"•'.>-.-,*

    m Costa. Sancho de Ouvel--»'¦•V-'..v S-ynecl Manhães Pinheiro."-Aiírbern-se râ lermos, obser-v,l;,jo-'è o dec. 20;223. de 13 de Ju-

    VUÂrit* Euriqütnho, Oct*>lo Bi-»»rhi — "Certifiquem-sc".' '

    ó-taVó de Oliveira Pedroao —

    "Dê-M «ul» ci* lnspecçáo de sau-

    O sr. José Américo pedeao governo um creditode 48.890:0001000, para

    obras urgentesO sr. José Américo, ministroda Viação, dirigiu ao chefe doGoverno Provisório uma longaexposição de motivos, para jus-tificar o pedido que faz de umcredito de 48.890:0008000 paraexecução de serviços, cuja ne-cessidade aquelle titular salienta,com exaustivos dados estatisti-

    cos.. Esses serviços são, em resumo,os seguintes: proseguimento econstrucçao do trecho da E. P.C. B., de Santa Barbara a SãoJosé da Lagoa; a conclusão davariante de Poá, entre S. Pauloe Mogy das Cruzes; o reappa-relhamento das officinas e de-positos da Central do Brasil-acquisição de trilhos para a li-nha Rio S. Paulo; melhoramen-tos na Estrada de Ferro Noroes-te do Brasil; prolongamento deLeopoldo de Bulhões e Annapo-lis, na E. F. Goyaz; acquisiçãode uma draga de sucção e ar-rasto, destinada a attender aosserviços das barras dos postes doNorte; trabalhos de estudoobras, protecção, melhoramentoe apparelhamento dos portos erios, a cargo do DepartamentoNacional de Portos e Navegação-apparelhamento do porto de Na-tal; estudos e fixações de du-nas no porto de Areia Branca-idem em Camocim;' construcçaode um quebra-mar no porto deFortaleza; ultimação dos melho-ramentos do porto- de Belmonteconclusão do guia-corrente déItajahy; proseguimento e con-servação dos trabalhos de Lagu-na e serviços nos demais portosdo paiz.

    A impressionante tragédiaia Pensão Laranjeiras

    MATOU FRIAMENTE UM POBRE RAPAZ, ABRINDO-LHE O CRA-NEO COM UM VIOLENTO GOLPE DE ENXADA — ANTECEDEN-

    TES DO CRIMINOSO — OUTRAS NOTAS

    CLUBS & FESTASA INAUGURAÇÃO D

  • VARIEDADES

    feJ W %r

    Diário Carioca — Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1932 CINEMA

    ção CinematographicaSabbado, no Palácio

    Theatro1IAKION DAVIES MOSTRARA' UMDOS FILMS MAIS ELEGANTES DOANNO! "OS NOVOS RICOS", DA

    METRO

    Marion Davies, que toda agente apreciará no desempe-nho dc "Os novos ricos",

    sabbado, no PalácioNfio 6 somente em torno do seu

    caracter de film elegantíssimo, íilmdo ambientes e figuras íasclnantes,quo devem ser feitos commentariosa propósito de "Os novos ricos", orum que Marion Davies vae, porintermédio da Metro aolttwyn-Mayer, mostrar, sabbado próximo,na Palácio Theatro, 6 .gente debom-gòstoi

    O film é todo um romance sen-i.lmentallssimo, descrevendo as des-venturas de uma Joven miMonariaque se vô Impossibilitada de obtero amor, o coração do • homem dosscua sonhos, — o film é, antes devim film-figurino. ¦ um íilm-maga-zine, um film de emoção, mas ta-manho é o seu deslumbramento de.uns montagens, tão apurado é ogosto das suas figuras, que, na mes-ma proporção do seu elemento deemoção, impressiona o seu elemen-lo decorativo.

    Pode-se dizer, por Isso, que "Os

    novos rtcos". é um íilm corpo-e-nima. ,'_

    A belleza das suas figuras, a ele-t-ancia dos seus ambientes, são ocorpo. A emoção, a tristeza e a sin-reridade do romance, a alma...

    Mary Duncan e Irene Blch sãofiguras de valor, ao lado de MarionDavies, em "Os novos ricos".

    'Sede de escândalo", omaior, mais brutal e ar-repiante drama que atéhoje já foi plasmado no

    celluloide !

    "0 Millionario»ffi rv^RDASo^CEoS

    ARLISS!Segunda-feira, finalmente, oOdeon, da Ola. Brasil Cinematogra-PMca começara a exhibir o íilmmais elogiado dos últimos tempos eelogiado após um meticuloso estu-ao onde foram comparados, pesadosanalyzados os mais formidáveis tra-balhos clnematographicos do anno!O Millionario" (The Mlllionaire),da Warner First National é essefilm p.dmiravel, que foi collocadoacima de qualquer outro realizado

    no ultimo anno nos Estados Uni-dos!Por esse film vamos conhecer overdadeiro Arliss, o maior Arliss, oGeorge Arliss mais emocionante!E' essa a supremacia desse de-

    cano do theatro o do cinema mun-dio es.

    Por esse seu esforço, recebeu, deuma só vez, todos os grandes pre-¦mios Instituídos pelo Motion Pi-cfrures que agiu em combinação coma famosa Academy of Motion Plctu-res Arts and Sclenclas de Holly-wood."O Millionario", já segunda-feira,no Odeon, estará attralndo a cida-de Inteira, pois além do Arliss oíilm ainda apresenta dois novos:Evalyn Knapp e Davld Maners edois veteranos: Noah Beery e TullyMarshai.

    José Mojica

    llll '$11§

    .luoxifUenlMEISMflUMIMMHHMaMl^MI^MMM^K.

    RoblnsoH, o formidável in-terprete de "Sêdc de es-

    candalo"

    O cinema, na sua fonte de ano-ções variadas, cumulou no seu as-pecto de fixar dramas com estetilm formidável da Warner-BrosPtrst National que o Rio vae assls-t!r, empolgado, no dia 7 de marçono Odeon da Cia. Brasil Clnemato-sraphica."Sede de escândalo" (Five StarFinai) — esse 6 o titulo do íilmtremendo — é qualquer coisa degritante, de extraordinário e de for-te que o gênio do Ivtervyn Le Roy,um dlrector notável e que com essefüm se colVocou entre os maiores,vez nara mostrar a trepidação de umarama como até hoje olhos huma-nos ainda não viram.

    Historia crudellssima e cujo de-senrolar desata uma temp^2?Sotremenda na alma da gente. Sedede escândalo- flsa. em tintas vivas,a tragédia que um jornal de escan-tlalo levou ao selo de uma íamllla,riosmoronando-lhe a felicidade, en-•nnrruentando-lhe a ventura e rou-hando-lhe vidas preciosas.

    E' um füm que se assiste, o co-ração batendo num crescendo, osnervos trepidando, o cérebro «nagitação .por que su*, ^ama

    dei tãosuggeatlva e de tao forte nos arrebate os sentidos, toma conta

    aa

    gLNo%eu papel máximo aPP»^

    Edward G. Bobinson, um Jeglttooçenio do cinema e que pela

    suarlramatlcidade nesse trabalho

    setornou um Ídolo. cinema.

    Esperem os que amam o cinemanW íilm forte. /^J^afnos-nervos e que envolve.todas

    a» nos-.i= sensibilidades ta*elra«- lrâo ver

    Hspercm seguros P> que irão vex

    ,, ma\or dram, que o cln^na Jáomité os nossos dias. Y„moEal da¦wtohce á marca V^fiònal Pl-Vamer Brothers First National

    i*.onires Inc.

    A \mãn Betty Amann nu-m? £#£ t ÜS|•r.rNeubabelsberg por Gustav Ocl*A

    graciosa artista allemâ O*

    £,,^U(de uma «»?»^?g£Sã£vio» levaram, um dia, J _}í___ma(ioum contrabandista .f^^o-st* pellicula pelo actor tedescoír.nrtcli George. Dmimimma

    £• esto o cartaz que o Proframmarahl» nos promette Pfra ^reve^nlulado "O prisioneiro de Stam

    riul". . '

    Um entrecho forteA novella de Ruíus Klng, tão po-

    pular entre os que cultivam a 11-teratura popular lngleza, "Crime ahora certa", chéga-nos agora soba fôrma de um photo-ürama quecommunlcara arrepios de pavor aquantos, no cardápio das suas dl-versões, concedem logar a um poucode emoção inesperada e poderosa.

    Os principaes papeis são reprosen-tados por WtUlam Boyd, o aete-ctlve que logra decifrar o portento-so mysterio; Lyllan Tashman umamulher ambiciosa e formosíssima;Irvlng Pichei um monstro atacado,de uma loucura aggressiva; ItfígísToomey, uni policia seml.comlco, eainda Blanche Fredericl, Sally O'Nell, Martha Hattos e outros artis-tas da iParamount.

    Edward Sloman, o dlrector, peloseu gênio, tornou plausível o ítfm,um dos mais emplogantes e tene-brosos mysterlos que J&mals foramUlustrados no écran.

    "A Ponte de Wa-terloo"

    FOI A CONSAGRAÇÃO DEMAE CLARKE

    "A Ponte de Waterloo" éum dos mais sensaclonaes dra-mas da temporada, podemosdizer ja Iniciada. Pela fôrmacomo foi tratada esta películapelo seu dlrector, merece dopublico particular attençao.

    James Whale, seu director.não deixou passar os mais pe-quenos detalhes.

    Mae Clarke a quem está en-tregue o principal papel íeml-nino, ultrapassou todas as es-pectativas. l

    Está admlravelmente bella.Kent Douglass contrascenan-do com a linda lourlnha, apre-senta-nos um dos •seus roalsbrilhantes papeis.

    Tudo ó grandioso. O espe-ctador mais exigente encontra-rã em "A Ponte de Waterloo",um trabalho, sem falhas!

    O Patho Palácio apresenta-ra dentro de poucos dias, estasuper n. 1, da universal.

    Uma scena de "La Ley deiHarem"

    Motivo de satisfacção para osamantes de um bello e perfeito es-pectaculo, é annunciar-so a exhlbi-ção de um íilm protagonizado porJosé Mojlca, o Ídolo das multidões.

    E' que o emérito cantor da Operade Chicago, grangeou, um numero-so publico, desde o seu "debut" em"Loucuras de um beijo" e não ficoumais esquecido na doce recordaçãodos seus admiradores.

    Pois, bem, em 29 do corrente, noPalácio Theatro, Mojica, voltaramais bello, mais impetuoso e maisamante na luxuosa pellicula da FoxMovietone "La ley dei harem" emque de permeio as mais tentadorasmulheres, surgem Carmen Larrabel-ti, e Maria Alba, duas perturbado-ras artistas, coadjuvado, pela linde-za, seducção e formosura, o grandedivo da Fox, num film em que tudoé bello, romântico e explendor.

    .*++*»»,*#»»»»»*«. *»0f.**»»H4 #.»»»#^0#»»##»####Preparando a "rentrée

    de Chevalier

    ¦31

    ;; •'•' ':-k: ᣠ%t

    A amante partiu para o Estadoda Bahia. Elle, aqui no Rio, fi-cara saudoso. A cada instantenão cessava de relembrar a tro-va:

    Quem parte, parte sem vidaQuem fica morre de amores...

    Cada dia que se passava ,maio-res eram as saudades do amante,que sem somno, sem appetite, sótinha um prazer: — caminhar!Caminhar! para esquecer a dôrque o apoquentava.

    Alcides de Azevedo Cunha, as-sim se chama a victima dessapaixão, cangado de perambularpelas nossas praças e avenidas, nanoite de ante-hontem, resolveu irao "Maxim", "cabaret" existen-te no sub-sojo do Theatro Casi-no, afim de distrair-se.

    A musica e a dansa, lenitiva-ram um pouco os seus soffrimen-tos.

    Moço de boa apparencia, ves-tindo-se com elegância, logo á en-trada teve os salamaleques dos"garçons", que anteviram umaboa gorgeta.

    Sentando-se a uma das mesas,ouvindo os sons barulhentos dojazz, apreciando os requebros dasbailarinas, Alcides, foi pouco apouco esquecendo a profunda dôrque o atormentava e foi afogando no álcool a magua que o apo-quentava.

    Se muito dansou, mais bebeu oapaixonado e ao terminar a funcção, o "garçon" que o servira,

    Não perca a opportuni-dade de ouvir Bertini, em"Por uma noite"

    Ouvir Bertini — eis a palavra 'de

    ordem. E' a grande curiosidade domomento: ouvir a grande artista,cuja visão Ja nos empolgou tantasvezes.

    E, ouvlndo-a, nós a temos outravez, a mesma Bertini de sempre,elegante, linda, elegantíssima, e ar-tista, sobretudo, em um papel bemdo gênero do seu temperamento."Por uma noite", por Isso mesmo,está tendo suas tardes e noites detriumpho, ali no. Odeon, onde aelite carioca corre a ver e ouvir abella estrella, bem como o grandeartista, Buggero Ruggert.

    Evelyn Brent vae re-apparecer

    Uma historia original feita espe-clalmente para o talento da ex-traordinaria "estrella",

    "Amor evingança" (Tramed), será o novoíilm que a "R. K. O." (Radio

  • r';;í,*ra:: '¦¦'¦'.. R

    SPORTS — ATHLETISMO Diário Carioca — Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1932 FOOT-BALL

    0 descontentamento continua mesmo com a "formula conciliatória" do sr. Antônio Avellar. 0 S." C. Brasil protesta de forma veemente, julgando-se ferido nos seus Ireitos! Disseram que com o

    "ramo de oliveiras" as coisas iam melhorar, porém, o cliè da chacrinha viu que gostam delle, mas,não é miiiío, e que nada puderam fazer por elle*.. Qual o fim de tudo isso ? Nem é bom pensar no que está para acontecer!...

    PUGILISMO. JIU-JITSU. LUTA LIVRECOMMENTARIOS OPPORTUNOS

    O fim da Commissão de Box do Rio de Janeiro...Parecia uma coisa impossível, mas agora é verdade.Só se não sobrar dignidade aos-membros actuaes da insta-

    tuição,í}ue pouco ou quasi nada fez pelo pugilismo carioca.O Fluminense cria uma commissão sua com o propósito

    de prescindir do concurso da reconhecida officialmente (!)pela policia.

    Mareei Nilles se propõe ao mesmo e tres vultos da im-prensa o capitalismo têm a mesma idéa, pois que se propõema trabalhar de accordo com o Fluminense, criando uma pode-rosa empresa pugilistica.

    Tivesse a C. de Box do Rio de Janeiro se mantido coma força cora que se fundou, tivesse sabido se impor e não agis-se estouvadamente da forma tantas vezes demonstrada, nãoacabaria com o desprezo geral e o ridiculo que a cobre agora,independente do valor moral e social da maioria de. seusmembros. %"Requiescat in pace"...

    O synipathico e arrojado sr. Hélio Gracie, o mais moçodos praticantes emeriots do jiu-jitsu entre nós, concedeu a umnosso confrade esportivo uma entrevista curiosa.

    Diz o sr. Hélio Gracie no final da palestra:—¦ "Se, por exemplo, eu segurar o meu inimigo numa

    gravata, elle está irremediavelmente derrotado de nada lheservindo tentar oppor qualquer resistência. Os golpes dejiu-jitsu — é até ocioso repetir — não exigem força para asua completa efficiencia. Se não fosse assim, eu ficaria erncasa, pois não subiria ao ring era hypothese alguma paraperder ou empatar. Se Ruhmann vestir "kimono", será aba-tido ainda no primeiro round."

    Qual a razão da certeza inabalável de que "não sobe aoring em hypothese alguma para perder ou empatar"?

    Não somos dos que julgam o deoiodado jiu-jitsu-playermn presumpçoso; apesar de não conhecel-o, reputamol-o umsportman e como tal, incapaz dessas attitudes portanto.

    Dessa fôrma cremos que o seu irmão Carlos, ponderadocomo é, não devia consentir que o "caçula" falasse sem umaconsulta prévia, pois o publico que já anda com a pulga atrásda orelha, fica scismando...

    Rulmiaain, o possante athleta syrio que deverá sustentarem breve algumas lutas, entre as quaes existirá o jiu-jitsu,declarou que além de querer que a imprensa desse o visto nosseus contratos, em hypothese alguma deixaria de entrar noring apenas de calção.

    Entretanto, fala-se abertamente que, demonstrandogrande confiança em si, Ruhmann lutará até de kimono sefôr preciso, desde que só assim é que possa fazer lutas comos irmãos Gracie e Géo Omori.

    Temos declarações suas, de seu manager, de seus propa-gandistas e, não cremos que para obter lutas elle se sujeite asubir ao ring meio vencido!

    Veja-se as declarações do sr. Hélio Gracie no caso delutar de kimono. ,.E' para' o "í0'rotinas..

    Insistimos na realização do desejo de Ruhmann de quea imprensa tenha o "visto" nos contratos.

    O Fluminense F. C, no desejo de moralizar de vea opugilismo carioca, lança mão de todos os recursos.

    Agora soubemos que os seus contratos com os pugilistassão de molde a garantir ambas as partes com o prestigio mo-ral que, desfruta em todas as camadas.

    O Fluminense F. C. é que contrata e não os "match-makers".

    O sr. Géo Omori, que sabemos ter, ha dias, desafiado osquatro irmãos Gracie para derrotal-os, numa oceasião emque se desavieram por cujas razões desconhecemos, não deuresposta ainda ao athleta Ruhmann sobre a offerta da "re-vanche" que este se propõe a dar.

    Um homem da valentia do sr. Omori, que desafia de umavez quatro dos melhores praticantes de um determinado es-porte e para vencel-os, é estranho que náo tenha dado res-posta a um desafio e desafio este que é uma "revanche".— Vamos, sr. Géo Omori, o "Bob" Ruhmann está es-peramdo!

    JAB.

    Kid Simões X Ro-berto Ruhmann

    A EMPRESA M. T. PINTOESTA* DISPOSTA A FAZER

    LUTAO conhecido pugilista Kid

    Simões desafiou Roberto Ruh-mann para uma luta, conformeé do conhecimento do publico ea empresa está disposta a fa-zel-a sem a condição de Run-mann calçar luvas .

    Nada mais lógico e justo. Oathleta syrio é lutador livre enão pugilista.Kid que venha de luvas,porém, o "Bob" tem de pelejarcomo o seu sport manda, disseo empresário.

    E' a mesma "chave" dequerer que o adversário vá en-frentar o praticante de jiu-jitsu com kimono.

    Está com plena razão,mos nós.

    dize-

    Sport Club Casas Per-nambucanas

    Realizando-se, sabbado proxi-mo, o encontro com a equipe doBanco Allemão Transatlântico, ooaptain geral, sr. DartagnanChagas (Gaúcho), solicita, pornosso intermédio, o compareci-mento dos jogadores abaixo as ¦calados: >

    Lourival; J. Cunha e L. Faria;Várzea, Lemos e Cortiço; Novaes,Eurico, Gaúcho, Camargo e Ca-vour. *

    Reservas: Antônio, Reynaldo,Hoffman e João Roque.

    Porque não está as-sente ainda a luta deRuhmann com Hélio

    GraciePropostas feitas e propostas

    recusadasO publico deve estar ad-

    mirado por que não está ain-da resolvido o encontro deHélio Gracie com RobertoRuhmann, falando-se já, hadias, de uma provável lutaentre ambos.

    Autorizados por pessoa daempresa, vamos esclareceresse ponto.

    O sr. Carlos Oracle, pro-curado ante-hontem pelaempresa M. T. Pinto, par»negociações, propoz a bolsade 5 contos para seu irmãoHello, ao que não concordoua referida empresa.

    Esta, pelo seu chefe, fez aseguinte proposta: 3 contos,no osso de Hélio Gracie servencido e 6 contos, se fôrvencedor de Ruhmann.

    Não concordou o sr. Car-Ios Gracie com a vantajosaproposta, tendo ficado sus-pensas todas as negociações.

    O que se depreende disso?Por que o sr. Carlos Gra-

    cie recusou a proposta ma-«gnifica que lhe fez a empre-sa, se seu irmão Hélio diz,em todos os cantos dá cida-de, que vencerá irremedia-velmente a Roberto Ruh-mann?

    Ganharia 6 contos, ao in-vés dos 5 que pediu...

    O cyclísmo empolgando o sexo fraco,,,O QUE FOI O ULTIMO TORNEIO REALIZADO NESTA CAPITAL

    Roberto Ruhmann, o homem deaço, estreará, hoje, á noite, no

    Theatro RepublicaRODRIGUES LIMA, O INVENCÍVEL BO-XEUR PORTUGUEZ, VAE ENFRENTAR GE-RALDO SILVA — O QUE SERÁ' A ROYAL

    BATLE

    Wêwêê' 'Bllllw ^RiF TiillP^ **ÊÊÊi mwmm

    tWmÊÈm. ^KS&fw^ mmmWÊSmm. Im^mS ^mkWt V •»

    m%Wm\mW^Ú%^m^V^m% < Wf Wi

    Wmm^m^kWMMÊmMÊÊmmWMÊÊmW^$KÍmMÊm $ ^ Hr «mrafe ¦¦^fMjm'^ '• - •-< '¦ W •¦¦ "¦ I -;-*----:--¦ -¦ -;\wmmÊÊÊÍ ^m\SmWmm^MmmmmiÊmmmmwmmiuKmwM!^WÊK^i «PÉɦ«MllMllft-lSflHB^^ ''''

    ¦mfW^^PfflTOfBM ^WMBMra* W KM "F^^m\mmm^ÊMi.^:^Wmvmiaf^mm mms^^^S^^f^SSfmSi 3B5.B MÈÈs3$Í2m$^Mm\$fy £'-

    A nossa gravura mostra as concurrentes, que ardorosamente disputaram o referido «torneio,São ellas, da esquerda para a direita. MimL Kety. Fany, Zenith, Doly e VHly

    rmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmÊmmMmwmmmmmmmmmmmmmmmmmmÊmmtmK>m*^^^-*—mmmgmysyprjmmm uWWÊm9Mm' mmWB9F!BÊmV^MtMfà-''^^m\ mm™MH mt I

    FWV P

  • 7' .

    "í"

    TURF

    a

    1

    A

    t

    f.'

    631 R. JOSÉ' DE ALBUQUERQUEDOENÇAS SESUAES NO HOMEMDiagnostico causai e tratamento da

    em moço. RuaCarioca, 22.De 1 às 6.

    CASA DE SAUDEDA ASSOCIAÇÃO DOS CONSTRU*

    CTORES CIVISRua do Senado n. 213 — Tei: 2-0964Director, Dr. Jullo Pinto Brandão

    Cirurgia em geral, especialmentecirurgia do ventre, e vias urinarias,fracturas e apparelhos.Aberta ã clinica de todos os senho*

    res médicos.RAIOS X SOB A DIRECÇÃO DO

    DR. VICTOR CORTES.PREÇOS MÓDICOS

    AdvogadoROBERTO LYRA

    patrocínio de causasí mediante contrato If Ed. "Jornal do Commercio" |>_? 1.*-, S. 106, 4-5982 — 16 4s 19. io«E,*n«r.*..-**r**'»(>«.»o**'»#i

    DR. DUARTE NUNESÓrgãos genito-urlnarlos (ambosos sexos). Gonorrhéa e suas com-

    rllcações. Hcmorrholdes e hydro-(.•elle, sem dôr e sem operação —São Pedro, 64, 8 .ls 18 horas.

    ^¦'«•«¦«»0-*'BKW1«r'»0*«___^ V

    | DR. APRIGIO DOS "

    ANJOSADVOGADO

    \ RUA DA QUITANDA, 47

    ! 2° andar — Sala 11| Telephone 4-5485

    p_i)-tnir>n-cmo4&i>m_»i>-m&ii-9am>v+^a4mmw^mMM>*am' _

    k Luiz FrançaTRATAMENTO EXCLUSIVO DA

    . TUBERCULOSE_ C. SAUDE S. THEREZINHA| Av. 28 Set. — Das 15 ãs 18 hs.

    CASA DE SAUDESÃO SEBASTIÃORUA BENTO LISBOA, 160.

    Situada no local mais aprazíveldesta cidade — Aberta á clinicade todos os senhores médicos. —OPERAÇÕES E PARTOS — Pavl-lhão especial para convalescentes —REGIMENS ALIMENTARES — DU-CHÁS — RAIO X — RAIOS ULTRA-VIOLETA. — Diária desde 155000.— Direcção: Luiz Simões Corrêa,director dr. Alcides Seara, dire-

    ctor medico.TELEPHONE: 5-4001 — 5-4002.

    Dr. Andrade Neito" Ss°:Clinica de senhoras e vias urina-r'as. Das 16 ás 20 horas, diária-mente; consultório: rua da Assem-blea. 2S-30. 1°, salas 10 e íí- TeIe-nhono 3-3*101. Residência. Telepbo-u- 8-0681.

    SAMPSON F. PINTODoenças ?as vias. ee^'•*-• taes e urinariasGonorrhéa csTPPSes*

    Rua Uruguyana n. 27-1».Das 0 ás 18 hora_ Tei.: 2-5676

    F::JOCKEY CLÜB

    A farda de Ebro eÁccuerdo

    O sr. Maximiano Martins deOliveira, proprietário dos ani-maes Ebro e Áccuerdo, requereu,hontem, _ sua matricula- de pro-prietariOi no Jockey Club, e aomesmo tempo registrou as coresda sua jaqueta': encarnado, cos-turas e bonet branco.

    Ebro e Áccuerdo já estão naGávea e continuam aos cuidadosdo treinador Waldemar Soares.

    A GRANDE REUNIÃO DEDOMINGO

    A„Tôunia° de domingo próximo,no Hlppodromo Brasileiro, será emnombenagem t Associação de Chro-homenagem á Assoclaçfto de Chro-qual eo reuhe a quasi totalidade doschronistas de turf. _ , . , _ _ . „ , .v -.«_. •«

    Ors.Ts.ta • • o • 4Ultramar ,. .,Rod. Valentino.,Póds Ser

    KS.57

    5154

    5057

    53495240

    Cta.35

    6040

    3530

    50606050

    VARIAS NOTICIASA partir do dia 20 do corrente,

    será fechada a estação de TresBarras, na Estrada de Perro Ba-nanai, da Central do Brasil, pas-sando aquella estação a figurarcomo estribo. Todos os trens dehorário farão parada para embar-que e desembarque de passageirose serviço de mercadorias. Nessesentido foi expedida circular • arespeito.

    O director da Central doBrasil expediu uma circular de-terminando não seja feita a co-branca de taxa de 20 °\a, quandoas madeiras transportadas doNorte, não tiverem acondiciona-mento em carro fechado.

    O transporte de bananas deMangaratiba em carro aberto pa-gará a taxa de 20 °\°.

    Ficarão is&ntos da taxa aci-ma, fruetas em pequena escala,afim de incentivar a pequena la-voura.

    A administração da Centraldo Brasil recebeu communicaçãode que morreu afogado, em SeteLagoas, o praticante de conduetorde 3* classe, que ali estava desta-cado, José Felix da Silva.

    A estação D. Pedro II for-neceu, hontem, por conta dos di-versos ministérios, 64 passagensna importância total de 3:000$100.

    FACTOS POLICIAESAGGREDIDO A FACA POR

    UM DESCONHECIDO — Encon-trava-se, hontem, á tarde, o ope-rario Américo de Hollanda Cunha,em um botequim da praça 11 deJunho, tomando- o seu apperibivo,quando, em dado mome-nto, foiinsultado por um desconhecido,qtie se achava em completo esta-do de embriaguez. Entre ambosestabeleceu-se forte discussão, nomeio da qual, foi o. operário ag-gredido & faca. A victima, queconta 25 annos de edade, e resi-de á rua Frei Caneca n. 265, re-cebeu ferimentos na mao esquer-da.

    Depois de medicada no PostoCentral da Assistência, retirou-se.

    A policia do 14° districto teveconhecimento da oceurrencia.

    CAIU E FRACTUROU O CRA-NEO — O operário Antonio Theo-doro dos Santos, de cor preta,com trinta aimos de edade, casa-do, residente rio morro O' Reil-ly, no Andarahy, foi, hontem, vi-ctima de uma queda desastrada,sofMendo fractura da base docraneo.

    Soecorrido pela Assistência Mu-nicipal, foi internado no Hosptíddo Prompto Soccorro.

    UMA VICTIMA DOS AUTOS— Apresentando ferimento nofrontal, foi. hontem, soecorrida,pela Assistência Municipal, a na-cional, Herminla Bernardes Mar-quês, de 25 annos de edade, casa-da, residente á rua Francisco Ma-noel n. 101. na estação de Sam-paio, que foi atropelada por umauto, na Avenida Passos, esquinada rua S. Pedro.

    DEVIDO A' IMPRUDÊNCIADOS MOTORISTAS — A impru-dencia dos motoristas, é quasisempre a causa dos freqüentesdesastres de automóveis.

    Foi a excessiva velocidade, omotivo da collisão dos vehiculos,verificada na manhã de hon-tem.

    Pela rua do Lavradio, avançavaauto ri. 5765, dirigido pelo offi-

    ciai da Marinha, Pedro Cerqueirade Souza, de 30 annos de edade,casado, brasileiro, morador á ruaAndrade Neves n. 141, que, via-java em companhia oe sua espo-sa, d. Julia de Campos Cerqueira,de 38 annos de edade e do menorFrancisco Torres Homem, estu-dante, e de 14 annos.

    Ao chegar á Avenida Mem deSá, surgiu-lhe á frente, o automo-vel de praça n. 2.466, dirigido porManoel Caetano de Amorim, por-ttiguez, morador á rua Barão deSão Felix, 176.

    O choque foi inevtavel. O carrodo official, arremessou o outro so-bre o meio fio, indo elle colher oportuguez, Manoel Antonio Vil-íard, de 38 annos de edade, ai-faiate, morador á Avenida GomesFreire n. 143, què, por ali pasas-va.v_. Saíram feridos, em consequen-cíá do Choque, ò official e a es-posa, com contusões

    *e escoriaçõesgeneralizadas.

    O estudnnte soffreu fracturado punho direito e costellas e oalfaiate ferimentos pelo rosto.

    O motorista do auto n. 2.466,foi preso pelo cabo da Policia Mi-litar, Manoel Augusto de LimaFilho e ccíiduzido á delegacia do12° districto, onde foi autuado emflagrante.

    POR CAUSA DE UM CESTOCOM LINGÜIÇAS ~- Um cami-nhão, carregado de cestos comlingüiças, estava parado, á portada casa commercial da rua- - doAcre n. 19, da firma Siqueira &Cia.

    O ladrão Orbello Ferreira, de19 annos, residente á rua do Ca-merino n. 36, sobrado, passandopelo local e vendo que a oceasiãoera propicia paia surrupiar umdos balaios com as lingüiças, naoteve duvidas, tomou de um doscestos, pol-o á cabeça e saiucorrendo.

    O soldado n. 85, da 3" compa-nhia, do 5o batalhão da PoliciaMilitar, que tudo assistira, saiu noencalço do meliante, prendendo-oe conduzãndo-o á delegacia do 'JO0districto, onde o mesmo foi au-tuado em flagrante e recolhido aoxadrez.

    CAIU DO BONDE: — O opera-rio Antonio Baptista, casado, tíe36 annos, residente á rua Barãode Sepetiba, n. 50, hontem, noLargo da Lapa, quando preten-dia tomar um bonde, ém movi-mento, fel-o de tal fôrma, que,perdendo o equilíbrio caiu ao so-lo.

    Na queda, o operário receheuferimentos na perna esquerda ediversas contusões pelo corpo.

    A Assistência soecorreu-o.AO PEDIR EXPLICAÇÕES AO

    PATRÍCIO — Trabalhavam namesma padaria, á rua Mariz eBarros, n. 176, os portuguezes,Manoel Rodrigues Tavares, de 25annos e residente á ma LaurindoRabello n. 24, e Laurentino deAlmeida, de 25 annos e moradorna panificação.

    Apesar da mesma nacionalids-de e edade, Manoel procurou ln-trigar o patrício com o patrão.

    Sabedor dos planos do compa-nheiro, Laurentino pediu-lhe sa-tisf ações.

    Originou-se forte discussão eLaurentino achando-se munido deuma navalha, feriu o contendorno rosto, fugindo em seguida.

    Manoel procurou a AssistênciaMunicipal e, após os necessáriossoecorros médicos, queixou-se ásautoridades policiaes do 15° dis-tricto.

    O MENOR FOI COLHIDO PORUM BONDE — Colhido por umbonde, na rua Senador Alencar,foi, hontem, soecorrido pela Assis-tencia Municipal, o menor Hélio,de 6 annos de edade, filho de Joa-quim Teixeira do Couto, residen-te â mesma rua na casa n. 87,que apresentava ferimentos nacabeça e contusões generalizadas.

    ATROPELADO NA PRAGATIRADENTES — Hontem, pelamanhã, o auto da Limpeza Publi-ca n. 6.168, atropelou, na Praça

    i Tiradentes, o operário EuclydesVieira da Silva, de 18 annos de

    edade. solteiro, residente à rua i'¦ Frei Caneca n. 400. que SÒffreüJferimentos, no frontal e contusõese escoriações.. '

    lio EspiritaCASA DOS ESPIRITAS

    No próximo domingo, na Casados Espiritas, no segundo andarda rua do Ouvidor, n. 15, ás 18horas, o dr. Jacy Rego Barrosrealizará a conferência mensalda Liga, abordando o thema"Aspectos geraes do Esplritis-mo".

    Na hora presente em que seengendram regulamentos draco-nianos, procurando-se empeoero exercicio honesto e regular damediumnidade receitista-curado-ra, se faz necessário que, de mo-do geral, se trate largamente dosaspectos geraes do Espiritismo,como pretende fazer o dr. RegoBarros.

    A entrada na Casa dos Espi-ritas é sempre franca e são con-vldados especialmente os dire-ctores de associações e de ses-soes espiritas em geral.O ESPIRITISMO E O RADIO

    Amanhã, pelas irradiações daSociedade Radio Educadora, das18,45 ás 19 horas, da parte daLiga Espirita do Brasil, o dr.Henrique de Andrade, realizarámais uma palestra espirita, co-mo vem fazendo todas as sextasfeiras.

    NOÇÕES DE ESPIRITISMOPARA CRIANÇAS

    O Conselho da Liga Espiritado Brasil, aconselha a adopçãonos cursos de moral christã asNoções de Espiritismo para cri-ancas, que editou e encontra-sena Casa dos Espiritas á dispo-sição das associações ou quemquer que seja que se interessepela educação espirita,"MUNDO ESPIRITA"

    Uma empresa jornalística, fun-dada pelos srs. commandanteJoão Torres, dr. Henrique deAndrade, tenente João de Souzae o industrial sr. Benedicto deSouza, proprietário das officinasgraphicas da rua do Carmo n.43, vae reiniciar a publicação dosemanário "Mundo Espirita",jornal fundado e publicado em1926, pelo jornalista Nobrega daCunha."Mundo Espirita", conforme oprogramma de sua acção, seráum periódico doutrinário que in-teressará todos os ramos da vidade relação, assim ' como serácombativo o quanto necessário ede defesa do Espiritismo nosataques rudes que a cada passolhe vêm sendo desferidos sj's-tematicamente; da mesma sorteestudará os problemas politico-administrativos, economlco-finan-ceiros, psychologico-sociaes e mo-ral-religiosos, adstrictos aosprincipios sãos doutrinários doEspiritismo.

    Como uma noticia alviçareiraaos espiritas e a quantos se in-teressarem pelas" coisas da altaespiritualidade, diremos que"Mundo Espirita" apparecerá raprimeira segunda-feira, 7 deabril próximo.

    "CENACULO ESPIRITA"De ordem do sr. vice-presiden-

    te em exercicio, convocamos to-dos os sócios do Cenaculo paraultima e definitiva reunião sáb-bado próximo, 20, ás 20 horas, aqual se realizará com qualquernumero de irmãos. — Rio, 17 defevereiro de .1932 — J. Ferreirada Silva, Io secretario.

    Sporting Club do BrasilO NATALICIO DO SEU PRE-

    SIDENTEPassou,-hontem, o anniversario

    natalicio do distineto sportmanJesus Villar Ozon, presidente doSporting Club do Brasil, e opero-so negociante em nossa praça.O nataliciante, que é figura deremarcado prestigio na nossa so-ciedade, teve oceasião de verifi-car o quanto é estimado, em f?.ceda grande manifestação que lhefoi feita não só por seus amigoscomo pelo quadro social do gre-mio azul e branco, como,um reco-nhecimento pelo muito que temfeito.em prol do victorioso Spor-ting ciub do Brasil. A' noite, nasede do club, foi feita uma gran-de manifestação ao presidentesendo offerecidos aos presenteschopps e doces.

    Br, BraiAo Corrêa.;..—«__«,«?

  • i t ';",

    YY.

    INTERIOR200 REIS

    Fundador: J. E. DE MACEDO SOARES

    Anno V — Numero 1.120 | Rio de Janeiro, Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1932 Praça Tiradentes n.° 77

    DIARIO CARIOCAticdacçâo. administração e offlcinas:

    PRAÇA TIRADENTES, 77

    Director-PresidenteHORACIO G. L. DE CARVALHO

    JÚNIOR

    Dircctor-ThesourelroJ. B. MARTINS GUIMARÃES

    Chefe da redacçãoVICTOR HUGO ARANHA

    EXPEDIENTE

    Endereço telegraphico: DIARIOCARIOCA.

    I Dtrecçfio: 2-3018.Velephones: { Administração: 2-3023.

    I Redacção: 2-1559,ll Offlcinas: 2-0824.

    ASSIGNATURASPara o Brasil: , Para o exterior:

    Anno . . 40S000 Anno . . 7OSO0OSemestre. 25S00O I Semestre. 4OSO00

    VENDA AVULSACapital, 100 rela — Interior, 200 réis

    São cobradores autorizados os srs.bourenço Amaral e J. T. de Car-valho.

    CORRESPONDÊNCIA:Toda a correspondência com va-

    iores ou sobre assumptos que en-i.endam com assignaturas, remessasdo Jornal, publicidade retribuída eoutros de interesse da administra-•vão, deve ser dirigida ao gerente do

    DIARIO CARIOCA"

    O Director-Presidente da S. A."Diário Carioca" estará diariamenteneste Jornal das 14 ás 16 e das 22ás 24 horas, e o Director-Thesou-reiro das 9 1|2 ás 12 hs. e das 16 ás18 1|2 horas

    INFORMAÇÕES

    CAMBIO

    O BOATO DA ESCOLHA DO SR. RUBIÃO ABORRECEU, SOBREMO-DO, AO CORONEL RABELLO — CHEGOU, A'S PRESSAS, O MAJOR

    MENDONÇA LIMA — A "FRENTE ÚNICA"

    Da aoertura ao primeiro fecha-mento, o Banco do Brasil, operoucom a tabeliã seguinte:

    A 90 dias — a libra a 53S706.A' vista — a libra a 54S955, o dol-

    lar 15S900, o franco S638, o marco:>SS00, o franco sulsso 3S200, a liraf:353, a peseta 1SS50, o franco bel--*?a 25280. o pcK) argentino papel-1S180, o peso uruguayo 7S540.

    Pelo cabo — a libra a 55S451.Para as sus cobarturas, este ban-

    co comprava a 90 dias a libra a.rj2S810, o franco $611, o dollar 15S50O,a lira $807;

    A' vista, a libra 54S050 e o dollar155650. Feio cabo, a libra a 54$*190 eo dollar 15$710.

    O Banco do Brasil, na reabertura,ás 13 1|2 horas, alterou as suas co-lações para as seguintes:

    A 90 dias — a libra a 53$012 (4 61|128).

    A' vista — a libra 54S857 (4 3|8).Pelo Cabo — a libra a 55$351 ..

    14 43|128).Comprava para as suas cobertu-

    ras: a 90 dias —a libra a 52S710; ávista 53S960 e pelo Cabo 54S40O.

    Essas cotações foram mantidasaté a hora do fechamento.

    ¦NO EXTERIORAbertura do mercado em Lon-

    •rires:S|Nova York, 3.45.12; S|Italia, ..

    66 37; SlParls, 87.56; SlHespanha. .-44.69; S|Portugal. 109 3|4; S|Allema-nha, 14 53; SiHollanda, 8.52; SjSuls-sa, 17.68; S|Belglca, 24.72.

    Abertura do mercado de NovaYork:

    S|Londres, 3.45; S|Allemanha, ..23 76; SlParls, 3.94 3|8; SiHollanda,40 51; SlSulssa, 19.52; SlHespanha,7.74; Slltalla, 5.21; SlBelglca, 13.95.

    Intermediária em Londres:SlNova York. 3.45; SlAllemanha,

    14 53; SlParls, 87.50; SiHollanda, ..8 52; SlSulssa, 17.68; SlHespanha, ..44.62; S|IItalla. 66.25; S|Belglca,24 72.

    — S|Nova York, 3.44 3|4; S|Alle-manha 14 1|2; SlParls, 87.37; SlHol-landa, 8 52; S|3uissa, 17.68; SlHes-oanha. 44 1|2; Slltalla, 66.12; S|Bel-Sica, 24.72.

    VALES-0UR0O Banco do Brasil fez hontem a

    remessa dos vales para a Alfândegaá taxa de 8$684, por mil réis ouro.

    CAFÉ'Calmo, da abertura ao fetaftmen-

    to, a collocação do mercado dispo-'nível do café.O mercado a termo não traba-

    ihou.O typo 7 ficou mantido na razão

    de 125500 por. 10 kilos .A pauta semanal é de 1$260, o

    Imposto mineiro 4S567 e o fluml-nense 8S684, por mil réis ouro.

    CARNE VERDEA MATANÇA DE HONTEM

    MENDESNo Frigorífico Anglo foram aba-

    tidos 169 bois, 23 vitellos e 3 sul-nos.

    Vigorando os seguintes preços-1$160, '$600 e 2S400.

    SANTA CRUZNo Matadouro de Santa Cruz, fo-

    ram abatidos, 275 bois, 25 vitellos o1 suino.

    No Entreposto de São Diogo, vi-goraram os seguintes preços: 1$100.18400 o 2Ç400.

    Os novos e curiosos aspectos dovelho "caso paulista", ha poucorejuvenescidos com o appareci-mento, nesta capital, do sr. Ru-bião Meira, constituíram, aindahontem, o assumpto obrigatóriode todas as rodas.

    A' tarde, soube-se que os srs.major Mendonça Lima e generalMiguel Costa haviam almoçadojuntos.

    E foi dito que o primeiro veiuao Rio, ás pressas, para inteirar,de Viva voz, o commandante daForça Publica de São Paulo, doque se passou, no dia de ante-hontem, na capital do grande Es-tado.

    Nos Campos Elyseos, teria rela-tado o sr. Mendonça Lima, o

    boato da escolha do sr. Rubiâodeu logar a uni conclave duranteo qual se manifestara aborrecidoo coronel Rabello.

    Emquanto juntos almoçavam ossrs. Miguel Costa e Mendonça Li-ma, aliás num modestíssimo res-taurante, ó mesmo ía2;ia, naBrahma, o sr. Rubiâo, que, abor-dado pela reportagem, disse terescripto uma carta a um matuti-no desdizendo todas as declara-ções que ante-hontem fizera, aosjornalistas, no Hotel Itajubá, áhora fagueira do apperitivo.O que se dizia, hontem,

    no Cattete...Muito «ommentado foi, hon-

    tem, no Cattete, o facto de ha-ver o sr. Rubiâo Meira se decla-rado interventor em S. Paulo. E'que s. s., tendo sido convidado,por alguns amigos a aceitar aindicação do seu nome para in-terventor, julgou que estava es-colhido pelo chefe do Governoe... precipitou-se.

    No entanto, a sua candidatu-ra ficou logo queimada. Todo omundo notou isso, menos o sr.Meira, que continuou a falar.

    Em palácio dizia-se, hontem,que o sr. Getulio Vargas, inter-rogado, na véspera, sobre o ca-so, havia declarado que tudo nãopassava de boato...

    Mas, a respeito dessa noticia,não conseguimos obter confir-mação. Ademais, as declaraçõesdo sr. Rubiâo só serviram paraprovocar risos no Cattete, razãopor que era mesmo difficil obtero que desejávamos...A frente única da politi-

    ca paulistaS. PAULO, 17 (DIARIO CA-

    RIOCA) — Toda a. populaçãodeste Estado está vibrando deenthusiasmo psla assignatura doaccordo entre o Partido Republi-cano Paulista e o Partido Demo-cratico, de que resultou a pazpara a familia, paulista e marcouuma pagina histórica para SãoPaulo..

    De toda a imprensa paulista,um único jornal, o "Correio da.Tarde", órgão da Legião Revolu-cionaria e que obedece á orienta-ção do general Miguel Costa, ata-ca a frente única, sendo que di-versos exemplares desse jornalforam resgados em plena via pu-blica por populares e estudantes.Esse jornal é orientado por pes-soas estranhas ao nosso Estado.

    Na sede do Club 5 de Julho,onde estão os poucos revoluciona-rios authenticos de São Paulo, éforte a reacção contra a candi-datura do dr. Rubiâo Meira, sen-do que alguns elementos dos queformam essa sociedade, estãodispostos a adherir á frente uni-ca para combater tal nome.

    A nossa impressão de hoje éque S. Paulo está com alma no-va. Por toda a parte somente setrata do accordo realizado e queé applaudido com grande enthu-siasmo, e da necessidade inadia-vel de defenderem os paulistas adignidade de S. Paulo. Se o futu-ro interventor não adoptar o cri-terio resolvido pela frente única,o da autonomia do Estado, orga-nizando o seu governo somentecom paulistas e civis, a reacçãoserá grande, sendo certo que os

    paulistas irão até ao "ghandls-mo", não pagando impostos nemfederaes nem estaduaes.

    Em diversas cidades do inte-rior do Estado, assim que chegoua noticia da assignatura do ac-côrdo do P. R. P. com o P. D., im-provisaram-se manifestações po-pulares que tiveram a adhesão detodas as classes sociaes e mesmode elementos militares.

    O artigo do dr. Macedo Soaressobro "São Paulo Martyrizado",hoje aqui transcripto, está sendoapreciadissimo.

    Agora, á tarde, realizou-seuma grande reunião das classesconservadoras, que votaram umamoção de grande -applauso e de-cidido apoio á "frente única", emprol da autonomia de S. Paulo epela constitucionalização do paiz.As lutas politicas internas es-tão definitivamente liquidadas.Adversários rancorosos já hoieestão sendo vistos ao lado um tíooutro e o povo vê isso tudo coma maior sympathia e felicita acada momento os signatários domanifesto hoje publicado.

    Ficou resolvido que ó dia 24 docorrente, no qual sejão realiza-dos os grandes comícios em todoo Estado pela constitucionaliza-ção do paiz, será considerado fe-riado pelos paulistas. Todo ocommercio se conservará fecha-do, assim como as industrias, pa-ra que todos possam tomar par-te nas manifestações em que sefarão ouvir os nossos maioresoradores, politicos da frente uni-ca e estudantes das escolas su-periores.

    Para o interior do Estado se-guirão diversos oradores dos nos-sos centros acadêmicos e do Ins-tituto da Ordem dos Advogados.

    Com a assignatura do accordo,a Legião Revolucionaria acaba desoffrer uma formidável baixa. E'que a maioria e o melhor ele-mento que essa milicia contavanão só nesta capital como no in-terior, era formada por elemen-tos do Partido Republicano Pau-lista, que agora, ligados ao ac-côrdo da frente única, co