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CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS DIREITO ADMINISTRATIVO AGENTE ADMINISTRATIVO - CADE Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 1 Bem-vindo ao nosso curso de Direito Administrativo, teoria e exercícios para Agente Administrativo do CADE. Antes de darmos início a esta aula demonstrativa, deixe-me fazer uma breve apresentação. Sou o professor Edson Marques, ocupo o cargo de Defensor Público Federal, com atuação no STJ, e ministro aulas em cursos preparatórios para concursos, graduação e pós-graduação em Brasília nas cadeiras de Direito Administrativo e Direito Constitucional. Já ocupei os cargos de Advogado da União, Analista Judiciário no STJ e STF, Técnico Judiciário no STJ, Técnico de Finanças e Controle no Min. Fazenda. Obtive ainda aprovação em diversos concursos públicos tal como Procurador da Fazenda Nacional, Delegado de Polícia Federal, Advogado Junior da CEF, Técnico Judiciário TST, Analista Judiciário – Execução de Mandados do TRF 1ª Região e do TJDFT, dentre outros. Quanto ao nosso curso, vamos abordar as questões mais recentes, ou seja, de 2010 em diante, de acordo com o edital, vamos dividi-lo em 10 (dez) aulas, assim compreendidas: AULA 01: 1 Noções de organização administrativa. 1.1 Centralização, descentralização, concentração e desconcentração. 1.2 Administração direta e indireta. 1.3 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. AULA 02: 7 Regime jurídico-administrativo. 7.1 Conceito. 7.2 Princípios expressos e implícitos da Administração Pública. AULA 03: 4 Poderes administrativos. 4.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 4.2 Uso e abuso do

Noções de Organização 2

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    Bem-vindo ao nosso curso de Direito Administrativo,

    teoria e exerccios para Agente Administrativo do CADE.

    Antes de darmos incio a esta aula demonstrativa,

    deixe-me fazer uma breve apresentao. Sou o professor Edson Marques, ocupo o cargo de

    Defensor Pblico Federal, com atuao no STJ, e ministro aulas em cursos preparatrios para concursos, graduao e ps-graduao em Braslia nas cadeiras de Direito Administrativo e Direito Constitucional.

    J ocupei os cargos de Advogado da Unio, Analista

    Judicirio no STJ e STF, Tcnico Judicirio no STJ, Tcnico de Finanas e Controle no Min. Fazenda. Obtive ainda aprovao em diversos concursos pblicos tal como Procurador da Fazenda Nacional, Delegado de Polcia Federal, Advogado Junior da CEF, Tcnico Judicirio TST, Analista Judicirio Execuo de Mandados do TRF 1 Regio e do TJDFT, dentre outros.

    Quanto ao nosso curso, vamos abordar as questes mais recentes, ou seja, de 2010 em diante, de acordo com o edital, vamos dividi-lo em 10 (dez) aulas, assim compreendidas:

    AULA 01: 1 Noes de organizao administrativa. 1.1

    Centralizao, descentralizao, concentrao e

    desconcentrao. 1.2 Administrao direta e indireta. 1.3

    Autarquias, fundaes, empresas pblicas e sociedades de

    economia mista.

    AULA 02: 7 Regime jurdico-administrativo. 7.1 Conceito.

    7.2 Princpios expressos e implcitos da Administrao

    Pblica.

    AULA 03: 4 Poderes administrativos. 4.1 Hierrquico,

    disciplinar, regulamentar e de polcia. 4.2 Uso e abuso do

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    poder.

    AULA 04: 2 Ato administrativo. 2.1 Conceito, requisitos,

    atributos, classificao e espcies.

    AULA 05: 8. Lei 8.666/1993. (1 Parte: Licitaes)

    AULA 06: 8. Lei 8.666/1993. (2 Parte: Contratos

    administrativos)

    AULA 07: 9. Lei n 9.784/1999.

    AULA 08: 5 Controle da administrao pblica. 5.1

    Controle exercido pela administrao pblica. 5.2 Controle

    judicial. 5.3 Controle legislativo.

    AULA 09: 6 Responsabilidade civil do Estado. 6.1

    Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro. 6.1.1

    Responsabilidade por ato comissivo do Estado. 6.1.2

    Responsabilidade por omisso do Estado. 6.2 Requisitos

    para a demonstrao da responsabilidade do Estado. 6.3

    Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do

    Estado.

    AULA 10: 3 Agentes pblicos. 3.1 Legislao pertinente.

    3.1.1 Lei n 8.112/1990. 3.1.2 Disposies constitucionais

    aplicveis. 3.2 Disposies doutrinrias. 3.2.1 Conceito.

    3.2.2 Espcies. 3.2.3 Cargo, emprego e funo pblica.

    Dito isso, vamos ao que interessa.

    ORGANIZAO ADMINISTRATIVA

    Ao iniciarmos nossos estudos devemos partir da noo

    de Estado, e isso se obtm a partir da organizao poltico-administrativa, de modo que importante conhecermos um pouco da teoria dos setores, para s ento concebermos a funo administrativa e organizao da Administrao Pblica.

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    Pois bem. sabido que o Estado, instituio poltica,

    foi criado para cuidar dos interesses coletivos. Por isso, devemos consider-lo como sendo o 1 setor, visto ser uma das primeiras instituies criadas pelo homem.

    No Estado, 1 setor, como regra, tem-se a submisso

    ao regime de direito pblico (regime especial), a prevalncia do interesse pblico (supremacia do interesse pblico sobre o privado), bem como a indisponibilidade desse interesse. Por tudo isso, dizemos que se trata de setor pblico, de modo que as pessoas que so criadas neste setor so pessoas jurdicas de direito pblico.

    Posteriormente, o homem quis se libertar das amarras

    do Estado, de modo que criou um setor em que o Estado no se intrometesse (laissez faire, laissez passer), sobre o prisma do liberalismo econmico.

    Criou-se, ento, o 2 setor, chamado de Mercado, no

    qual os interesses so privados, onde vige, em regra, a liberdade, a autonomia da vontade, as relaes so constitudas com base na igualdade. Por isso, a submisso ao regime jurdico de direito privado, isto ao regime comum.

    Com efeito, considerando as pessoas naturais (pessoas

    fsicas), as pessoas constitudas nesse ambiente, so pessoas jurdicas de direito privado.

    Essas pessoas so constitudas pela unio de duas ou

    mais pessoas (fsicas ou jurdicas) que formam uma sociedade, ou por uma s (empresrio), que vo/vai exercer a atividade (empresa) com a finalidade de obter lucro1.

    Alm desses dois setores, nas dcadas de 40/50,

    1 Observe que para o Direito Empresarial, empresa a atividade realizada pelo

    empresrio ou pela sociedade empresria.

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    comea a se constatar uma onda de preocupao com as questes ligadas ao meio ambiente, ao futuro, aos desamparados, aos excludos de forma geral, ou seja, questes inerentes solidariedade, quer dizer ao campo ou setor social, movimento que culminou com a criao das de entidades alcunhadas de ONGs (organizaes no governamentais).

    Trata-se, na verdade, de um novo setor, distinto do

    Estado e do Mercado, trata-se do terceiro setor, conhecido como setor social, constitudo por pessoas jurdicas de direito privado, cujos interesses so filantrpicos, ou seja, de ajudar, fomentar, auxiliar em diversas atividades, tal como sade, educao, desenvolvimento social, dentre outras reas.

    importante percebermos que, nesse setor, temos

    pessoas que se unem para ajudar o prximo (associao) ou que destacam parte de seu patrimnio para isso (fundao), almejando, sobretudo, atender aqueles que estejam em situao de desigualdade ou para propsitos sociais comuns (lazer, educao, sade etc).

    Enfim, a unio dessas pessoas com tal propsito d

    origem a uma associao (exemplo Associao Comercial do DF ACDF, Associao Brasileira de Assistncia s Famlias de Crianas Portadoras de Cncer e Hemopatias ABRACE, Associao dos Servidores do TCDF - ASSECON/DF, dentre outras) ou a uma fundao, quando algum destaca parte de seu patrimnio para constituir essa pessoa (exemplo Fundao Bradesco, Fundao Ayrton Senna, Fundao Roberto Marinho, Fundao Cafu etc).

    Na atualidade h autores que ainda afirmam a

    existncia do quarto e quinto setores, no havendo uniformidade quanto a esse ponto.

    Todavia, forte a constatao acerca de um

    contingente considervel de pessoas que se relacionam margem do Estado, no se inserindo de forma regular no mercado, tampouco

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    com interesses filantrpicos, exercendo atividades irregulares, por vezes at mesmo ilcitas, o que se tem denominado de 4 setor ou de economia informal, que seria, por exemplo, o ambulante, o camel, dentre outras atividades.

    Dessa forma, podemos dizer que a sociedade se divide

    em setores, sendo: 1 setor o Estado; 2, Mercado; 3, Social; 4, Mercado Informal.

    Com efeito, o Estado (1 setor) compreendido como

    um ente poltico. Isto , trata-se de uma pessoa jurdica, politicamente organizada, de modo a contemplar trs elementos essenciais, sendo povo, territrio e soberania ou governo. H quem ainda inclua a finalidade.

    Essa definio parte dos estudos formulados por

    Montesquieu, para quem o Estado, organizao poltica, concebido para bem promover os interesses coletivos (finalidade) e, portanto, ser democrtico.

    E, para isso, deve o Estado contemplar a existncia da

    separao de poderes, ou seja, no pode haver a concentrao de funes (Poder) ou atividades em um nico rgo ou pessoa, sob pena desse Estado se tornar absolutista.

    Por isso, formulou Montesquieu a chamada separao

    de poderes estatais, que fora adotada por nossa Constituio (tripartio de poderes), ao prev a existncia de funes distintas a ser conferida a rgos distintos do Estado, ou seja, ao Executivo, Legislativo e Judicirio.

    Esse processo, de separar poderes, criando rgos

    distintos para realizar cada uma de suas funes polticas denominado de desconcentrao poltica.

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    LEMBRE-SE: O Estado uma organizao poltica,

    dotada de personalidade jurdica de direito pblico,

    que, modernamente, congrega trs funes ou

    poderes (Legislativo, Judicirio e Executivo).

    Perceba que a funo executiva tambm

    denominada administrativa e, por isso, muitas vezes se confunde o Poder Executivo com a Administrao Pblica. Todavia essa simplificao no correta na medida em que a Administrao Pblica se encontra inserida nos trs poderes, conforme se constata do art. 37, caput, da Constituio Federal:

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta

    de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do

    Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos

    princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade,

    publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

    Explico Isso. que, muito embora haja essa diviso de funes

    (legislativa, executiva e judiciria), sendo cada funo exercida de forma primordial ou principal por um rgo independente (alm de seus rgos auxiliares), ou seja, como funo tpica, possvel verificar que h funes atpicas ou anmalas, que tambm sero exercidas concomitantemente por tais rgos de Poder.

    Observe que cada funo exercida por rgos

    especiais definidos como Poder Executivo, Poder Judicirio e Poder Legislativo, significando dizer que um no est subordinado aos outros (independentes), tendo suas limitaes e prerrogativas conferidas constitucionalmente, mas, por outro lado, um controle o outro (harmnicos = check and balance sistema de freios e contrapesos).

    Ento, vale ressaltar que cada Poder (rgo que

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    exerce a funo poltica do Estado) alm de sua funo tpica (finalstica), exerce outras funes, de forma atpica ou anmala.

    Por exemplo, ao Poder Executivo cabe o exerccio da

    funo tpica administrativa, que de gerir a mquina estatal, realizar os servios pblicos e concretizar as polticas pblicas, dentre outras atividades. No entanto, tambm cabe, de forma atpica, o exerccio das funes legislativas (tal como a edio de Medidas Provisrias, leis delegadas etc) e de julgar2 (conduo de processos administrativos etc).

    Por outro lado, aos demais Poderes, isto , ao

    Legislativo e ao Judicirio caber o exerccio de forma atpica ou anmala das funes que seriam funes tpicas de outro poder.

    Assim, alm de legislar e fiscalizar os gastos pblicos,

    ao Legislativo cabe realizar a organizao e funcionamento de suas atividades (funo administrativa), bem como julgar os parlamentares por falta de decoro ou, no mbito do Senado, por exemplo, julgar o Presidente por crime de responsabilidade (funo judiciria).

    De igual forma, ao Poder Judicirio, alm de dizer o

    direito no caso concreto, promovendo a pacificao social, resolvendo os conflitos de interesse (funo judiciria), tambm ter que gerir seus servios, seus servidores, realizar concursos, licitaes etc (funo administrativa) e elaborar seu regimento interno e expedir resolues administrativas (funo legislativa).

    Por isso, ante essa complexidade de atuaes e as

    inmeras atividades que devem desempenhar o Estado, alm de suas funes primordiais (poderes), necessria uma organizada estrutura

    2 Parte da doutrina no admite o exerccio da funo jurisdicional por parte do Executivo, sob o

    fundamento de que suas decises, em processos administrativos, no teriam a fora de coisa

    julgada, ou seja, no seria definitiva, ante a possibilidade de reviso pelo Judicirio.

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    administrativa a fim de promover seus objetivos. Nesse sentido, e como j ressaltamos, foi estabelecida

    essa diviso de funes entre os trs rgos ou poderes (desconcentrao poltica).

    Porm, no nosso caso, possvel percebermos que

    esses rgos esto na estrutura de um Ente Poltico que, conforme a Constituio Federal, chama-se Repblica Federativa do Brasil.

    Observe ento que nosso Estado (Repblica Federativa

    do Brasil), antes constitudo como um Imprio deixou de ser um Estado Central, ou seja, aquele que no tem diviso poltica interna de competncias, para ser uma Federao.

    Significa dizer, portanto, que promoveu uma

    distribuio de competncias entre outros Entes Polticos internos. (Forma de Estado: Federativa)

    Cuidado. Voc deve perceber que temos dois momentos

    distintos. Um quando se repartiu o Poder, criando funes distintas e conferindo-as a rgos distintos. Outro, quando o Estado, antes central, reparte-se em unidades polticas internas com competncias prprias.

    Podemos fazer o seguinte esquema:

    Sem diviso (absoluto)

    Concentrado

    Poder

    Dividido (separao) Desconcentrado

    Estado

    Sem diviso (Unitrio) Centralizado

    Territrio

    Dividido (federao) Descentralizado

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    Com efeito, essa distribuio de competncias entre

    unidades polticas distintas do Ente Central (R. F. Brasil), ou seja, a criao da Federao decorre da necessidade de aproximar a realizao das atividades Estatais ao povo.

    Isso porque o Estado centralizado, na dimenso do

    nosso, torna-se mais lento, com dificuldades de atender aos reclamos populares e a necessidade de se promover determinados servios pblicos.

    Por isso, empreendeu-se uma repartio (territorial)

    de atribuies competncias polticas -, criando-se outros entes polticos, o que se denomina de descentralizao poltica.

    Importante compreender que essa descentralizao

    realizada por fora da Constituio, conforme a criao dos Entes Federados, nos moldes do art. 18 da CF/88, sendo: a Unio, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municpios. Vejamos:

    Art. 18. A organizao poltico-administrativa da

    Repblica Federativa do Brasil compreende a Unio, os

    Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos

    autnomos, nos termos desta Constituio.

    Ento, vamos relembrar: O Estado (Repblica Federativa do Brasil) exerce

    trs funes primordiais por rgos criados para isso (desconcentrao poltica). Funes que integraro as competncias distribudas aos entes polticos internos que foram criados para exercer tais competncias que decorrem do Ente central (descentralizao poltica).

    Logo se percebe que o exerccio da funo

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    administrativa concebido para ser realizado pelo Estado ou seus entes polticos internos. Desse modo, quando o Estado ou os entes polticos internos esto exercendo a funo administrao sero chamados de Administrao Pblica.

    Ocorre que o Estado Central (Repblica Federativa do

    Brasil) passa a atuar no campo externo (internacional), deixando que no campo interno atuem seus entes polticos (Estado descentralizado). Assim, quando os entes polticos atuam internamente o prprio Estado quem estar realizando diretamente a funo administrativa.

    Nesse sentido que o Decreto-Lei n 200/67, em que

    pese no se atentar para o exerccio de funes atpicas pelos demais poderes e tratando apenas do plano federal, estabeleceu o conceito de Administrao Pblica Direta, vejamos:

    Art. 4 A Administrao Federal compreende:

    I - A Administrao Direta, que se constitui dos servios

    integrados na estrutura administrativa da Presidncia

    da Repblica e dos Ministrios.

    Portanto, a Administrao Pblica Direta

    compreende os prprios Entes Polticos, ou seja, Unio, Estados-membros, Distrito Federal e Municpios, todos com personalidade jurdica de direito pblico semelhana do Estado Central (Repblica Federativa do Brasil) no exerccio da funo administrativa.

    Pois bem. Podemos concluir o seguinte: O Estado inicialmente concentrado e centralizado

    reparte internamente suas funes polticas entre rgos de poder denominados Executivo, Legislativo e Judicirio (desconcentrao poltica), depois se reparte em diversos entes polticos a fim de dividir, distribuir a titularidade de certas competncias e o exerccio

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    de suas atribuies, criando a Unio, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municpios (descentralizao poltica). Desconcentrao e Descentralizao Administrativa

    certo que, olhando isoladamente cada ente poltico, temos uma representao menor do prprio Estado. Assim, cada ente no exerccio da funo administrativa, ou seja, atuando como Administrao Pblica, o faz de igual modo ao Estado central.

    Por isso, na configurao inicial do modelo federativo,

    devemos entender tambm que cada ente poltico que compe o Estado exerce de forma centralizada a funo administrativa, de maneira que a Administrao Pblica Direta tambm se denomina de centralizada (administrativamente).

    Significa dizer que a cada ente poltico fora distribuda

    uma gama de competncias administrativas pelo Ente Central (Repblica Federativa do Brasil), a exemplo dos arts. 22 a 24 da CF/88, e que estes mesmos entes polticos, diretamente, devero exerc-las. Ento, vistos isoladamente so entes centralizados (s que aqui se trata de uma centralizao administrativa).

    Ademais, tambm devemos nos ater que, nesse

    momento, tnhamos apenas a repartio de funes poltica (poderes). Assim, o ente poltico, criado pelo Ente central, criado para exercer parte da funo administrativa como um todo, ou seja, sem qualquer organizao ou distribuio interna (concentrao administrativa).

    Ocorre que, como sabemos, so amplas as atividades

    administrativas a serem exercidas. Dessa forma, tais entes polticos a fim de agirem organizadamente e obterem uma atuao satisfatria, verificam a necessidade de separao, distribuio, dessas atividades.

    Observe que os ente polticos so pessoas jurdicas de

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    direito pblico e, por isso, devem organizar-se como seres vivos, de modo a realizar suas funes por meio de estrutura organizacionais internas, a fim de que possam distribuir suas funes, competncias, ou atividades administrativas no seu interior.

    Para tanto, criaro reparties, departamentos, setores,

    quer dizer rgos, os quais recebero atribuies inerentes prpria pessoa, de modo que cada um tenha funes especficas e, assim, possa a engrenagem funcionar de forma coordenada a fim de realizar sua finalidade.

    Essa necessidade de organizao interna da atividade

    administrativa, a fim de melhor desempenh-la, distribuindo-a atravs da criao de rgos em uma mesma estrutura interna denomina-se desconcentrao administrativa.

    Portanto, a desconcentrao administrativa a

    distribuio interna de competncias, com a criao de rgos dentro da estrutura administrativa de um ente (ou entidade), para desempenh-las.

    Assim, a Administrao Pblica Direta ou centralizada

    cria rgos, ou seja, ncleos de atuao interna em que so distribudas as diversas competncias.

    Ento, opera-se a desconcentrao administrativa

    quando h a repartio interna da funo administrativa num mesmo ente (pessoa jurdica) ou numa mesma entidade.

    Veja o que dispe o art. 1, pargrafo nico, inciso I,

    da Lei n 9.784/99:

    I - rgo - a unidade de atuao integrante da estrutura da

    Administrao direta e da estrutura da Administrao

    indireta;

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    importante lembrar que o rgo, departamento, setor, uma parte do ente que o criou, de maneira que no tem vida prpria, ou seja, no se trata de uma pessoa jurdica, no detm, portanto, personalidade jurdica.

    sabido, no entanto, que somente tal repartio

    interna no consegue atingir todos os interesses e servios que o Estado deve realizar de forma rpida e com a especialidade que s vezes o caso requer. Isso porque, mesmo organizado internamente, continuamos a ter uma nica pessoa a realizar o complexo de atividades administrativas.

    Por isso, tendo como parmetro aquilo que havia sido

    empreendido pela prpria Constituio em dado momento (descentralizao poltica) e considerando, pois, a necessidade de melhor realizar as funes administrativas, concebe-se nova descentralizao, agora no mais sob a vertente poltica (constitucional), mas sob a tica administrativa.

    Sabendo, pois, que a descentralizao poltica deu

    surgimento aos entes polticos (Unio, Estados, DF e Municpios), a descentralizao administrativa dar surgimento a entidades administrativas.

    preciso ficar atento, no entanto, pois h mais de uma

    forma de descentralizao administrativa, sendo uma delas a que d ensejo criao de entidades administrativas.

    Lembre-se:

    O (Oncentrao) distribuio p/rgos

    DESC

    E (Entralizao) distribuio p/entidades

    Portanto, a descentralizao administrativa a

    distribuio de competncias entre pessoas jurdicas distintas

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    (entidades administrativas), dando ensejo criao da Administrao Pblica Indireta.

    Contudo, h outras formas de descentralizao

    administrativa, ou seja, de distribuio de competncias materiais entre pessoas jurdicas distintas, de modo que podemos organiz-la sob trs modalidades distintas, sendo:

    Descentralizao territorial ou geogrfica;

    Descentralizao tcnica, funcional ou por servio;

    Descentralizao por colaborao.

    A descentralizao geogrfica ou territorial

    aquela em que h a criao de um ente dentro de certa localidade territorial, geograficamente delimitado, com personalidade jurdica de direito pblico para exerccio, de forma geral, de todas ou de uma grande parcela de atividades administrativas (capacidade administrativa genrica).

    Essa forma de descentralizao configura, basicamente,

    um Territrio Federal, com capacidade de autoadministrao e s vezes at legislativa, conforme se depreende do art. 33, 3, CF/88 ao estabelecer que nos Territrios com mais de cem mil habitantes, alm do Governador nomeado na forma desta Constituio, haver

    rgos judicirios de primeira e segunda instncia, membros do

    Ministrio Pblico e defensores pblicos federais; a lei dispor sobre

    as eleies para a Cmara Territorial e sua competncia deliberativa. A descentralizao por servios, funcional ou

    tcnica se d por meio da criao de uma pessoa jurdica pelo ente poltico, para a qual este outorga, isto , transfere, por lei, certa atividade administrativa especfica. (exemplo: criao de entidades da administrao indireta)

    A descentralizao por colaborao ocorre com a

    delegao da execuo de certa atividade administrativa (servio

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    pblico) para particular, que a executar por sua conta e risco, mediante remunerao, por meio de contrato ou ato administrativo. (Exemplo: concessionrias e permissionrias de servio pblico)

    Assim, no mbito da descentralizao administrativa

    teremos dois institutos importantes, a outorga (descentralizao legal) e a delegao (descentralizao negocial ou contratual).

    Na outorga, cria-se uma pessoa jurdica lhe transfere,

    por lei, o exerccio de determinada atividade administrativa, de modo que se torne especialista nesse ramo.

    Na delegao, transfere-se, por ato ou contrato

    administrativo, a outra pessoa a execuo de determinado servio pblico para que o execute por sua conta e risco, mas visando atender ao interesse pblico.

    isso, por ora! vamos s questes.

    QUESTES COMENTADAS

    1. (DELEGADO DE POLCIA PC/AL CESPE/2012) Ocorre o

    fenmeno da desconcentrao quando o Estado desempenha algumas de suas funes por meio de outras pessoas jurdicas.

    Comentrio:

    O Estado uma pessoa jurdica. Assim, quando essa

    pessoa distribui competncias para outra pessoa, teremos a descentralizao, que poder ser poltica (distribui para outros entes polticos) ou administrativa (distribui para entidades administrativas).

    Gabarito: Errado.

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    2. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A

    centralizao a situao em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermdio dos inmeros rgos e agentes administrativos que compem sua estrutura funcional.

    Comentrio:

    O fato de o Estado exercer suas funes por meio de diversos rgos o fenmeno da desconcentrao, que ocorre no mbito interno de uma mesma pessoa.

    No entanto, mesmo desconcentrado, o ente est

    centralizado, pois nada se menciona sobre a criao de outras entidades.

    Com efeito, a centralizao o movimento inverso da

    descentralizao. Ento, enquanto na descentralizao temos duas ou mais pessoas. Na centralizao temos uma s pessoa, que pode ou no estar desconcentrada. Gabarito: Certo.

    3. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A

    chamada centralizao desconcentrada a atribuio administrativa cometida a uma nica pessoa jurdica dividida internamente em diversos rgos.

    Comentrio:

    Na centralizao temos uma s pessoa que exerce suas funes. Pode, essa pessoa, estar desconcentrada (ter diversos rgos) ou concentrada (no ter diversos rgos, ou seja, no ter diviso interna de suas atribuies entre rgos).

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    Gabarito: Certo.

    4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO INPI CESPE/2013) O

    instituto da desconcentrao permite que as atribuies sejam distribudas entre rgos pblicos pertencentes a uma nica pessoa jurdica com vistas a alcanar uma melhora na estrutura organizacional. Assim, concentrao refere-se administrao direta; j desconcentrao, indireta.

    Comentrio:

    De fato, a desconcentrao permite que as atribuies

    sejam distribudas entre rgos pblicos pertencentes a uma nica pessoa jurdica com vistas a alcanar uma melhora na estrutura organizacional.

    Contudo, concentrao/desconcentrao tanto podem

    ser referir administrao direta ou indireta, pois se trata de organizao interna no mbito de uma mesma pessoa jurdica.

    Gabarito: Errado.

    5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012)

    Para que ocorra a descentralizao administrativa, necessria, pelo menos, a existncia de duas pessoas.

    Comentrio:

    A descentralizao administrativa pressupe sempre a existncia de duas ou mais pessoas, enquanto a desconcentrao pressupe uma s pessoa. Gabarito: Certo.

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    6. (TCNICO JUDICIRIO TJ/RR CESPE/2012) Quando o

    Estado cria entidades dotadas de patrimnio e personalidade jurdica para propiciar melhorias em sua organizao, ocorre o que se denomina desconcentrao.

    Comentrio:

    A criao de pessoa jurdica pelo Estado distribuindo-lhe funo administrativa o fenmeno da descentralizao. Gabarito: Errado.

    7. (ANALISTA JUDICIRIO JUDICIRIA TRE/MT

    CESPE/2010) A descentralizao administrativa ocorre quando se distribuem competncias materiais entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurdicas distintas.

    Comentrio:

    Na descentralizao administrativa ocorre a distribuio de competncias de uma pessoa jurdica para outra. Gabarito: Certo.

    8. (ANALISTA JUDICIRIO JUDICIRIA TRE/MT CESPE/2010) A criao de um ministrio na estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de determinado assunto um exemplo de administrao descentralizada.

    Comentrio:

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    Observe que os ministrios so rgos integrantes da estrutura da Unio, pessoa jurdica de direito pblico. Portanto, quando se cria rgos na estrutura de uma pessoa, estamos desconcentrando, e com isso diante da administrao desconcentrada. Gabarito: Errado.

    9. (DELEGADO DE POLCIA PC/BA CESPE/2013) A criao

    de nova secretaria por governador de estado caracteriza exemplo de descentralizao.

    Comentrio:

    Ento, a criao de uma secretaria de estado, isto , criao de um rgo no mbito da Administrao direta, um exemplo de desconcentrao. Gabarito: Errado.

    10. (ESCRIVO DE POLCIA PC/ES CESPE/2011)

    Diferentemente da descentralizao, em que a transferncia de competncias se d para outra entidade, a desconcentrao processo eminentemente interno, em que um ou mais rgos substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestao do servio pblico.

    Comentrio:

    Na descentralizao a transferncia de competncias se d para outra entidade, enquanto na desconcentrao, por ser um processo eminentemente interno, um ou mais rgos substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestao do servio pblico.

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    Gabarito: Certo.

    11. (ANALISTA JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) A

    delegao forma de efetivao da desconcentrao.

    Comentrio:

    No mbito da descentralizao administrativa teremos

    dois institutos importantes, a outorga (descentralizao legal) e a delegao (descentralizao contratual ou negocial).

    Na outorga, cria-se uma pessoa jurdica lhe transfere,

    por lei, o exerccio de determinada atividade administrativa, de modo que se torne especialista nesse ramo. Ressalva-se, no entanto, o entendimento do Prof. Carvalho Filho, para quem na outorga no h transferncia da titularidade, mas da prestao do servio que feita por lei.

    Na delegao, transfere-se, por ato ou contrato

    administrativo, a outra pessoa a execuo de determinado servio pblico para que o execute por sua conta e risco, mas visando atender ao interesse pblico.

    Portanto, a outorga e a delegao so formas de

    descentralizao. Gabarito: Errado.

    12. (ANALISTA JUDICIRIO JUDICIRIA TRE/ES

    CESPE/2011) A desconcentrao mantm os poderes e as atribuies na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralizao os transfere para outro sujeito

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    de direito distinto e autnomo, elevando o nmero de sujeitos titulares de poderes pblicos.

    Comentrio:

    De fato, a desconcentrao mantm os poderes e as atribuies na titularidade de um mesmo sujeito de direito, pois se trata de distribuio de atribuies no mbito de uma mesma pessoa jurdica.

    Contudo, na descentralizao administrativa poder

    (outorga) ou no (delegao) haver a transferncia da titularidade para outro sujeito de direito, distinto e autnomo.

    Assim, embora haja divergncia doutrinria quanto

    transferncia da titularidade no caso de outorga, essa no ocorrer no caso de delegao, pois somente se transfere a execuo da atividade, motivo pelo qual a questo deveria ser considerada errada, j que a descentralizao administrativa no se resume descentralizao funcional, por servio ou tcnica.

    Nisso, chamo a ateno para que se tome muito

    cuidado, pois o CESPE, a depender do examinador, tem assumido posies contraditrias, ou seja, uma parte da Banca assume a posio de que transfere a titularidade (linha da Di Pietro) e outra parte assume a posio de que no se transfere a titularidade (linha do Carvalho Filho).

    Portanto, entendo que a questo deveria ter sido

    anulada, mas o CESPE a considerou correta. Gabarito: Certo. (*)

    13. (ANALISTA JUDICIRIO EXECUO DE MANDADOS STM CESPE/2011) Quando o Estado processa a

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    descentralizao do servio pblico por delegao contratual, ocorre apenas a transferncia da execuo do servio. Quando, entretanto, a descentralizao se faz por meio de lei, ocorre a transferncia no somente da execuo, mas tambm da titularidade do servio, que passa a pertencer pessoa jurdica incumbida de seu desempenho.

    Comentrio:

    Aqui o CESPE adotou o posicionamento do Carvalho Filho, que entende que na descentralizao administrativa (descentralizao legal ou outorga) tambm no h a transferncia da titularidade, pois foi conferida ao ente poltico pela Constituio.

    Portanto, para o prof. Carvalho Filho, a outorga tambm

    s ocorrer a transferncia da prestao do servio pblico, distinguindo-se da delegao no que diz respeito ao ato que determina a transferncia, que no caso da outorga ocorre por lei.

    Lembre-se, no entanto, como disse, que a

    posicionamento majoritrio na doutrina no sentido de que na outorga h a transferncia da titularidade e da prestao do servio. Gabarito: Errado.

    14. (AUXILIAR JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) A descentralizao pode ser feita por meio de outorga ou delegao, meios de que dispe o poder pblico para transferir, por tempo determinado, a prestao de determinado servio pblico a ente pblico ou a particular.

    Comentrio:

    Com efeito, no restam dvidas de que a descentralizao pode ocorrer mediante outorga (por lei) ou por

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    delegao (por contrato ou ato administrativo), de modo a transferir a prestao de determinado servio pblico a ente administrativo ou a particular, contudo, poder ser por prazo determinado (contrato) ou no (outorga). Gabarito: Errado.

    15. (TODOS OS CARGOS MS CESPE/2010) A

    descentralizao administrativa efetiva-se por meio de outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado servio pblico.

    Comentrio:

    A descentralizao administrativa efetiva-se por meio de outorga, ou seja, quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado servio pblico. Gabarito: Certo.

    16. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A

    descentralizao administrativa ocorre quando uma pessoa poltica ou uma entidade da administrao indireta distribui competncias no mbito da prpria estrutura, a fim de tornar mais gil e eficiente a sua organizao administrativa e a prestao de servios.

    Comentrio:

    Na descentralizao administrativa temos duas ou mais pessoas. Portanto, quando ente (pessoa poltica) ou uma entidade (pessoa administrativa) distribui competncia na sua prpria estrutura, trata-se de desconcentrao.

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    Gabarito: Errado.

    17. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A

    descentralizao a situao em que o Estado executa suas tarefas indiretamente, por meio da delegao de atividades a outros rgos despersonalizados dentro da estrutura interna da pessoa jurdica descentralizadora.

    Comentrio:

    Quando ocorre a delegao de atividades no mbito da prpria pessoa jurdica descentralizadora a outros rgos despersonalizados temos a desconcentrao administrativa. Gabarito: Errado.

    18. (TCNICO JUDICIRIO TJ/RR CESPE/2012) A

    administrao indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas administrao direta, tm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas.

    Comentrio:

    De fato, a Administrao indireta abrange o conjunto de pessoas (entidades) administrativas, vinculadas Administrao direta, que tm por objetivo desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. Gabarito: Certo.

    19. (AUXILIAR JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) A administrao direta compreende os rgos que integram as

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    pessoas polticas do Estado, aos quais se atribui competncia para exerccio, de forma descentralizada, das atividades administrativas.

    Comentrio:

    De fato, a Administrao direta compreende os rgos que integram as pessoas polticas do Estado, aos quais se atribui competncia para exerccio das atividades administrativas. No entanto, de forma desconcentrada j que se trata de rgos que compem a mesma estrutura ou pessoa jurdica. Gabarito: Errado.

    20. (TCNICO JUDICIRIO TRE/BA CESPE/2010) A criao de uma autarquia para executar determinado servio pblico representa uma descentralizao das atividades estatais. Essa criao somente se promove por meio da edio de lei especfica para esse fim.

    Comentrio:

    Ento, a criao de qualquer entidade administrativa, ou seja, da prpria Administrao Pblica indireta, uma forma de descentralizao. Gabarito: Certo.

    21. (TCNICO ADMINISTRATIVO MPU CESPE/2013) A

    transferncia pelo poder pblico, por meio de contrato ou ato administrativo unilateral, apenas da execuo de determinado servio pblico a pessoa jurdica de direito privado corresponde descentralizao por servios, tambm denominada descentralizao tcnica.

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    Comentrio: A descentralizao pode ser: a) por servio, tcnica ou

    funcional; b) geogrfica ou territorial; c) por colaborao. Com efeito, quando a descentralizao ocorrer por meio de contrato ou ato administrativo unilateral, para pessoa jurdica de direito privado, para que execute determinado servio pblico, teremos a descentralizao por colaborao, mediante o instituto da delegao.

    Gabarito: Errado.

    22. (AUXILIAR JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) A

    descentralizao administrativa no admite a desconcentrao territorial, material e hierrquica.

    Comentrio:

    A descentralizao, ou seja, a criao de outras entidades, no impede que ocorra nelas a desconcentrao. Com efeito, a desconcentrao pode ocorrer no mbito da Administrao direta, quanto na indireta, isto , nas entidades administrativas.

    Outrossim, vale destacar que a criao de rgos (ou

    seja, a desconcentrao) pode assumir o critrio territorial (cria-se rgo em razo da localizao, por exemplo: criao de Varas no interior do Brasil, na regio Norte), o material (define-se o rgo pela atividade a ser realizada Ministrio da Agricultura, Ministrio da Fazenda etc) ou pelo critrio hierrquico (o rgo criado dentro de uma estrutura de subordinao, ento temos rgo autnomo, independente, superior e de execuo ou subalterno). Gabarito: Errado.

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    23. (TCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A

    organizao das competncias da Unio em ministrios exemplo de desconcentrao material.

    Comentrio:

    De fato, a organizao da Unio, distribuindo funes em pastas ou Ministrios, uma forma de desconcentrao material. Gabarito: Certo.

    24. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A

    criao de uma diretoria no mbito interno de um tribunal regional eleitoral (TRE) configura exemplo de descentralizao administrativa.

    Comentrio:

    A criao de uma diretoria no mbito interno de um TRE uma forma de desconcentrao, pois se trata da criao de um rgo interno. Gabarito: Errado.

    25. (AUXILIAR JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) As autarquias so entidades administrativas autnomas, criadas por lei especfica, com personalidade jurdica, patrimnio e receita prprios, resultantes da desconcentrao do exerccio das atividades pblicas.

    Comentrio:

    Uma autarquia exemplo de descentralizao

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    administrativa, uma vez que se trata de uma pessoa jurdica distinta do ente poltico. Gabarito: Errado.

    26. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) Na

    desconcentrao, o Estado executa suas atividades indiretamente, mediante delegao a outras entidades dotadas de personalidade jurdica.

    Comentrio:

    A delegao das atribuies estatais a outras entidades

    dotadas de personalidade jurdica ocorre por descentralizao administrativa. Gabarito: Errado.

    27. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) Uma

    das diferenas entre a desconcentrao e a descentralizao administrativa que nesta existe um vnculo hierrquico e naquela h o mero controle entre a administrao central e o rgo desconcentrado, sem vnculo hierrquico.

    Comentrio:

    o contrrio. Na descentralizao por se tratar de

    pessoas jurdicas distintas no h hierarquia, existindo vinculao e, portanto, mero controle da administrao central (controle finalstico ou de resultado).

    Na desconcentrao, por outro lado, trata-se de criao

    de estrutura hierarquizada.

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    Gabarito: Errado.

    28. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A

    desconcentrao administrativa consiste na distribuio interna de competncias, no mbito de uma mesma pessoa jurdica; a descentralizao administrativa pressupe a distribuio de competncia para outra pessoa, fsica ou jurdica.

    Comentrio:

    Na desconcentrao temos distribuio interna de

    competncias no mbito de uma mesma pessoa e na descentralizao essa distribuio ocorre entre pessoas distintas.

    Gabarito: Certo.

    29. (DEFENSOR PBLICO DPE/TO CESPE/2013) A

    desconcentrao e a descentralizao administrativas constituem institutos jurdicos idnticos.

    Comentrio:

    Os dois institutos tm finalidades parecidas, isto ,

    servem para organizar a Administrao Pblica. No entanto, a desconcentrao instrumento de organizao interna, no mbito da mesma pessoa, enquanto a descentralizao externa, de uma pessoa para outra. Portanto, so institutos jurdicos distintos.

    Gabarito: Errado.

    30. (ANALISTA JUDICIRIO OFICIAL DE JUSTIA TJDFT CESPE/2013) Os termos concentrao e centralizao esto

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    relacionados ideia geral de distribuio de atribuies do centro para a periferia, ao passo que desconcentrao e descentralizao associam-se transferncia de tarefas da periferia para o centro.

    Comentrio: A ideia de distribuio de atribuies do centro para a

    periferia d a noo, sensao, de desagregao, de distribuio, de expanso, de separao. Portanto, trata-se de fenmeno que parte do centro para as extremidades, ou seja, descentralizada ou desconcentra.

    J a noo inversa, ou seja, da periferia para o centro

    tende a denotar uma agregao, uma juno, portanto, temos a noo de concentrar e centralizar.

    Gabarito: Errado.

    Fico por aqui, mas aguardo voc at nossa prxima aula. Vamos que vamos. Grande abrao, Prof. Edson Marques

    QUESTES SELECIONADAS

    1. (DELEGADO DE POLCIA PC/AL CESPE/2012) Ocorre o fenmeno da desconcentrao quando o Estado desempenha algumas de suas funes por meio de outras pessoas jurdicas.

    2. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A centralizao a situao em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermdio dos inmeros rgos e agentes administrativos que compem sua estrutura funcional.

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    3. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A chamada centralizao desconcentrada a atribuio administrativa cometida a uma nica pessoa jurdica dividida internamente em diversos rgos.

    4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO INPI CESPE/2013) O instituto da desconcentrao permite que as atribuies sejam distribudas entre rgos pblicos pertencentes a uma nica pessoa jurdica com vistas a alcanar uma melhora na estrutura organizacional. Assim, concentrao refere-se administrao direta; j desconcentrao, indireta.

    5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012) Para que ocorra a descentralizao administrativa, necessria, pelo menos, a existncia de duas pessoas.

    6. (TCNICO JUDICIRIO TJ/RR CESPE/2012) Quando o Estado cria entidades dotadas de patrimnio e personalidade jurdica para propiciar melhorias em sua organizao, ocorre o que se denomina desconcentrao.

    7. (ANALISTA JUDICIRIO JUDICIRIA TRE/MT CESPE/2010) A descentralizao administrativa ocorre quando se distribuem competncias materiais entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurdicas distintas.

    8. (ANALISTA JUDICIRIO JUDICIRIA TRE/MT CESPE/2010) A criao de um ministrio na estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de determinado assunto um exemplo de administrao descentralizada.

    9. (DELEGADO DE POLCIA PC/BA CESPE/2013) A criao de nova secretaria por governador de estado caracteriza exemplo de descentralizao.

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    10. (ESCRIVO DE POLCIA PC/ES CESPE/2011) Diferentemente da descentralizao, em que a transferncia de competncias se d para outra entidade, a desconcentrao processo eminentemente interno, em que um ou mais rgos substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestao do servio pblico.

    11. (ANALISTA JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) A delegao forma de efetivao da desconcentrao.

    12. (ANALISTA JUDICIRIO JUDICIRIA TRE/ES CESPE/2011) A desconcentrao mantm os poderes e as atribuies na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralizao os transfere para outro sujeito de direito distinto e autnomo, elevando o nmero de sujeitos titulares de poderes pblicos.

    13. (ANALISTA JUDICIRIO EXECUO DE MANDADOS STM CESPE/2011) Quando o Estado processa a descentralizao do servio pblico por delegao contratual, ocorre apenas a transferncia da execuo do servio. Quando, entretanto, a descentralizao se faz por meio de lei, ocorre a transferncia no somente da execuo, mas tambm da titularidade do servio, que passa a pertencer pessoa jurdica incumbida de seu desempenho.

    14. (AUXILIAR JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) A descentralizao pode ser feita por meio de outorga ou delegao, meios de que dispe o poder pblico para transferir, por tempo determinado, a prestao de determinado servio pblico a ente pblico ou a particular.

    15. (TODOS OS CARGOS MS CESPE/2010) A descentralizao administrativa efetiva-se por meio de outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado servio pblico.

    16. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A descentralizao administrativa ocorre quando uma pessoa poltica ou uma entidade da administrao indireta distribui competncias no

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    mbito da prpria estrutura, a fim de tornar mais gil e eficiente a sua organizao administrativa e a prestao de servios.

    17. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A descentralizao a situao em que o Estado executa suas tarefas indiretamente, por meio da delegao de atividades a outros rgos despersonalizados dentro da estrutura interna da pessoa jurdica descentralizadora.

    18. (TCNICO JUDICIRIO TJ/RR CESPE/2012) A administrao indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas administrao direta, tm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas.

    19. (AUXILIAR JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) A administrao direta compreende os rgos que integram as pessoas polticas do Estado, aos quais se atribui competncia para exerccio, de forma descentralizada, das atividades administrativas.

    20. (TCNICO JUDICIRIO TRE/BA CESPE/2010) A criao de uma autarquia para executar determinado servio pblico representa uma descentralizao das atividades estatais. Essa criao somente se promove por meio da edio de lei especfica para esse fim.

    21. (TCNICO ADMINISTRATIVO MPU CESPE/2013) A transferncia pelo poder pblico, por meio de contrato ou ato administrativo unilateral, apenas da execuo de determinado servio pblico a pessoa jurdica de direito privado corresponde descentralizao por servios, tambm denominada descentralizao tcnica.

    22. (AUXILIAR JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) A descentralizao administrativa no admite a desconcentrao territorial, material e hierrquica.

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    23. (TCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A organizao das competncias da Unio em ministrios exemplo de desconcentrao material.

    24. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) A criao de uma diretoria no mbito interno de um tribunal regional eleitoral (TRE) configura exemplo de descentralizao administrativa.

    25. (AUXILIAR JUDICIRIO TJ/AL CESPE/2012) As autarquias so entidades administrativas autnomas, criadas por lei especfica, com personalidade jurdica, patrimnio e receita prprios, resultantes da desconcentrao do exerccio das atividades pblicas.

    26. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) Na desconcentrao, o Estado executa suas atividades indiretamente, mediante delegao a outras entidades dotadas de personalidade jurdica.

    27. (TCNICO JUDICIRIO TRE/MS CESPE/2013) Uma das diferenas entre a desconcentrao e a descentralizao administrativa que nesta existe um vnculo hierrquico e naquela h o mero controle entre a administrao central e o rgo desconcentrado, sem vnculo hierrquico.

    28. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A desconcentrao administrativa consiste na distribuio interna de competncias, no mbito de uma mesma pessoa jurdica; a descentralizao administrativa pressupe a distribuio de competncia para outra pessoa, fsica ou jurdica.

    29. (DEFENSOR PBLICO DPE/TO CESPE/2013) A desconcentrao e a descentralizao administrativas constituem institutos jurdicos idnticos.

    30. (ANALISTA JUDICIRIO OFICIAL DE JUSTIA TJDFT CESPE/2013) Os termos concentrao e centralizao esto

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    relacionados ideia geral de distribuio de atribuies do centro para a periferia, ao passo que desconcentrao e descentralizao associam-se transferncia de tarefas da periferia para o centro.

    GABARITO:

    01 E 11 E 21 E

    02 C 12 C* 22 E

    03 C 13 E 23 C

    04 E 14 E 24 E

    05 C 15 C 25 E

    06 E 16 E 26 E

    07 C 17 E 27 E

    08 E 18 C 28 C

    09 E 19 E 29 E

    10 C 20 C 30 E