Noções Sobre Execução Orçamentária

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  • 7/24/2019 Noes Sobre Execuo Oramentria

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    Oramento Pblico:

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    MDULO V:NOES SOBRE EXECUO ORAMENTRIA

    Atualizado em: fevereiro/2013

    Copyright ENAP 2013Todos os direitos reservados

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    Sumrio

    MDULO V: NOES SOBRE EXECUO ORAMENTRIA ..................................... 3

    5.1. EXECUO DOS ORAMENTOS .................................................................................................... 3

    5.2. EXECUO ORAMENTRIA E FINANCEIRA ................................................................................. 4

    5.2.1. Execuo Oramentria .............................................................................................................. 5

    5.2.1.1. Descentralizao de Crditos Oramentrios.......................................................................... 7

    5.2.1.2. Alteraes Oramentrias ....................................................................................................... 8

    5.2.1.3. Estgios da Despesa ............................................................................................................... 13

    5.2.2. Execuo Financeira ................................................................................................................. 14

    5.2.2.1. Programao Financeira ........................................................................................................ 15

    5.2.2.2. Movimentao de Recursos .................................................................................................. 16

    5.2.3. Integrao Oramentria e Financeira ..................................................................................... 16

    5.2.4. Restos a Pagar ........................................................................................................................... 18

    5.2.4.1. Classificao ........................................................................................................................... 18

    5.2.4.2. Inscrio ................................................................................................................................. 18

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    MDULO V:NOES SOBRE EXECUO ORAMENTRIA

    5.1. EXECUO DOS ORAMENTOS

    Como se viu, por intermdio da elaborao oramentria estima-se a receita e fixa-se a

    despesa para um determinado exerccio. Depois de elaborada, consolidada, aprovada,

    sancionada e publicada, a LOA permite que os recursos nela previstos sejam aplicados com

    vistas ao alcance dos objetivos e metas definidos na fase de programao. A partir da,

    comea a fase de execuo dos oramentos.

    A execuo dos oramentos requer uma srie de providncias de natureza oramentria e

    financeira. Pode-se dizer que essas providncias so atos de maior ou menor formalidade

    que ocorrem durante a Execuo Oramentria e Financeira.

    Neste mdulo, sero apresentados os principais aspectos da execuo oramentria e da

    execuo financeira, alm de seus termos de integrao, tomando-se por base a rea

    federal, sobretudo as orientaes do Sistema Integrado de Administrao Financeira (Siafi1)

    e seus tutoriais.

    1Principal instrumento de administrao oramentria e financeira da Unio que oferece suporte aosrgos centrais, setoriais e executores da gesto pblica, tornando absolutamente segura acontabilidade da Unio. Ligados ao sistema, encontram-se todos os rgos da Administrao Direta,Autarquias, Fundaes, Empresas Pblicas, Sociedade de Economia Mista e rgos dos PoderesLegislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico da Unio. Por meio do Siafi, so obtidas as informaesque subsidiam o Balano Geral da Unio e os relatrios de execuo do oramento e de administraofinanceira, que compem a demonstrao das contas apresentadas ao Congresso Nacional peloPresidente da Repblica, em conformidade com a Constituio.

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    5.2. EXECUO ORAMENTRIA E FINANCEIRA

    Pode-se definir a Execuo Oramentria como a utilizao dos crditos (ou dotaes)

    consignados no oramento. J a execuo financeira representa a utilizao dos recursosfinanceiros, visando a atender a realizao das aes oramentrias atribudas a cada

    unidade.

    No contexto da tcnica oramentria, os termos Crditoe Recursotm significados distintos.

    Crdito designa o lado oramentrio, representando a dotao ou autorizao de gasto. J

    Recurso refere-se ao lado financeiro, indicando dinheiro ou saldo financeiro. Nesse sentido,

    diz-se que ambos so as faces de uma mesma moeda.

    Publicada a LOA e observadas as normas de execuo estabelecidas para o exerccio, tem-se o incio da execuo oramentria.

    No caso federal, a Secretaria de Oramento Federal (Sof) envia arquivo magntico contendo

    as informaes oramentrias para a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que

    providencia seu lanamento no Siafi, por intermdio da gerao automtica do documento

    Nota de Dotao (ND). Para viabilizar esse lanamento, existe no Siafi uma tabela que

    vincula cada UO existente no Quadro de Detalhamento da Despesa (QDD2) com uma

    Unidade Gestora (UG) do Siafi. Essa UG ser responsvel pela descentralizao e/ou pela

    execuo desses crditos recebidos.

    ENVIO DE DADOS SOF

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    NOTA DE DOTAO

    5.2.1. Execuo Oramentria

    O detalhamento do crdito oramentrio um procedimento operacional que desdobra,

    discrimina e especifica a despesa a ser realizada. Na rea federal, anteriormente LDO de

    1998, o detalhamento precisava ser formalizado e publicado. A partir de ento, odetalhamento dos oramentos passou a ser feito diretamente no Siafi, antes da execuo da

    despesa. Alguns autores consideram que o detalhamento o ponto de partida para a

    execuo oramentria.

    Aps a carga do oramento no Siafi, em funo da necessidade de informaes gerenciais

    para subsidiar o gestor em suas decises, faz-se necessrio efetuar o detalhamento do

    crdito oramentrio. Esse procedimento normalmente efetuado pela UG3 responsvel

    pela superviso funcional dos atos de execuo oramentria. Existem quatro tipos de

    detalhamento de crdito no Siafi, explicitados a seguir.

    De Fonte de Recursos (FR)

    O detalhamento da FR consiste em acrescentar aos classificadores que especificam os

    recursos (Identificador de Uso, Grupo de Fonte de Recurso e Especificao da Fonte de

    Recurso) um nvel de particularizao da destinao ou detalhe de recursos. Tal

    2 Demonstrativo que detalha as dotaes relativas a cada ao, at o nvel de elemento de despesa porUO.3 Lembre-se que a UG que descentraliza ou executa os crditos recebidos por meio da Nota deDotao (ND).

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    classificao pode ser composta de at seis dgitos, podendo ser detalhada por obrigao,

    convnio ou cadastro.

    Esse tipo de detalhamento obrigatrio para algumas fontes de recursos, sem o qual o Siafino permite que o crdito seja utilizado.

    De Natureza da Despesa (Ndesp)

    Sobre o detalhamento da NDesp, deve-se lembrar que essa desdobra-se em: Categoria

    Econmica, Grupo de Natureza da Despesa, Modalidade de Aplicao4 e Elemento de

    Despesa.

    O oramento encaminhado pela Sof vem detalhado em nvel de grupo de natureza da

    despesa ou modalidade de aplicao.

    A qualquer momento (conforme autorizao contida na LDO), a prpria UG pode modificar

    a modalidade de aplicao e o elemento de despesa diretamente no Siafi, de forma a

    adequar o oramento aprovado necessidade da despesa que ser realizada.

    Dependendo das regras dispostas na Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), poder haver

    regras especficas para alterao da modalidade de aplicao.

    Para 2013, tais regras constam do art. 37, 2oe 6 da LDO.

    No caso de elemento, no preciso nenhum ato formal, somente a sua simples mudana

    no Siafi.

    DE UNIDADE GESTORA RESPONSVEL (UGR)

    4 Lembre-se que, conforme a Portaria Interministerial Sof/STN n 163, a natureza da despesa sercomplementada pela informao gerencial denominada Modalidade de Aplicao.

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    O detalhamento da UGr consiste em agregar clula oramentria a identificao da UG

    que se beneficiar com o bem ou servio. utilizado basicamente como centro de custos.

    Dessa forma, fica mais fcil apurar os custos, gastos ou despesas de determinada unidade

    administrativa em nome da qual executado o oramento. Esse tipo de detalhamento

    opcional no Siafi.

    DE PLANO INTERNO (PI)

    O detalhamento de PI consiste em desdobrar o projeto ou a atividade em nveis mais

    detalhados, com o intuito de acompanhar de forma pormenorizada a ao programada na

    LOA. Este tipo de detalhamento opcional. Entretanto, uma vez adotado pelo rgo, torna-

    se obrigatrio para todas as suas UG.

    Aps esses detalhamentos, fica evidente que a estrutura de armazenamento dos valores

    oramentrios no Siafi a clula oramentria.

    DE FORMA ESQUEMTICA, A CLULA ORAMENTRIA PODE SER ESTRUTURADA DA SEGUINTE

    FORMA:

    Esfera

    Unidade Oramentria (UO) Programa de Trabalho (PT)

    Fonte de Recursos (FR)

    Natureza de Despesas (ND)

    Unidade Gestora Responsvel (UGR)

    Plano Interno (PI)

    5.2.1.1. Descentralizao de Crditos Oramentrios

    A descentralizao de crditos consiste na transferncia do poder de utilizar crditos

    oramentrios entre UOs ou UGs. Essa pode serexterna5ouinterna6.

    Ambas as formas da descentralizao de crdito no Siafi so realizadas por meio de Nota

    de Movimentao de Crdito (NC).

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    DESCENTRALIZAO DE CRDITO

    NOTA DE

    MOVIMENTAO DE

    CRDITO

    5.2.1.2. Alteraes Oramentrias

    Publicada a Lei Oramentria Anual (LOA), pode-se verificar a necessidade de ajustar a

    programao originalmente aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo

    Presidente da Repblica. Tais ajustes visam a atender:

    a) programaes insuficientemente dotadas, para realizao de aes contidas na

    LOA;

    b) necessidade de realizao de despesa no autorizada inicialmente na LOA; e

    c) ajustes nos classificadores de receita ou de despesa, no implicando aumento nas

    dotaes originalmente aprovadas.

    Todos esses ajustes, caso sejam feitos, alteram de alguma forma a posio inicial da LOA

    e se dividem em crditos adicionais e outras alteraes oramentrias. Os crditos

    5Descentralizao Externa a movimentao de crditos oramentrios entre rgos distintos.6Descentralizao Interna aquela realizada no mbito de um mesmo rgo.

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    adicionais esto relacionados aos itens a e b, citados anteriormente, e as outras

    alteraes oramentrias, relacionadas ao item "c".

    De acordo com art. 41, da Lei n 4.320, de 17 de maro de 1964, os crditos adicionais sedividem em suplementares, especiais e extraordinrios.

    CRDITOS SUPLEMENTARES

    Destina-se ao reforo de dotao oramentria. Para tanto, h necessidade de que a

    programao (em termos de subttulo/localizador) exista na Lei Oramentria Original.

    Outro dispositivo legal que guia esse tipo de crdito se encontra no art. 165, 8, da

    Constituio Federal. Este artigo disciplina o contedo exclusivo da LOA, pois no existir

    dispositivo diverso previso de receita e fixao da despesa. Uma das excees a

    autorizao para abertura de crditos suplementares pelo Poder Executivo, ou seja, por

    meio de Decreto Presidencial. Os crditos suplementares tero vigncia limitada ao

    exerccio em que forem abertos.

    CRDITOS ESPECIAIS

    Destinados a despesas, para as quais no haja dotao oramentria especfica (em

    termos de subttulo/localizador), devendo ser autorizados exclusivamente por lei. Dessaforma, um crdito especial sempre ser necessrio caso o subttulo no exista.

    Os crditos especiais no podero ter vigncia alm do exerccio em que forem

    autorizados, salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses

    daquele exerccio, casos em que podero ser reabertos, nos limites dos seus saldos, por

    Decreto do Poder Executivo.

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    CRDITOS EXTRAORDINRIOS

    Destinados a despesas urgentes e imprevistas, como em caso de guerra, calamidade

    pblica ou comoo interna, conforme preconiza o 3, art. 167, da Constituio Federal.

    Tais crditos sero abertos por medida provisria, sendo submetidos de imediato ao

    Congresso Nacional. As medidas provisrias devero ser convertidas em lei num prazo de

    60 (sessenta) dias a contar da data de sua publicao, podendo ser prorrogado por igual

    perodo, momento em que dever ser editado um decreto legislativo que trate do assunto.

    Os crditos extraordinrios tambm no podero ter vigncia alm do exerccio em que

    forem autorizados, salvo se o ato de autorizao (medida provisria) for promulgado nos

    ltimos quatro meses daquele exerccio, casos em que podero ser reabertos, nos limites

    dos seus saldos, por decreto do Poder Executivo.

    Para possibilitar a abertura dos crditos suplementares e especiais, devero ser indicadas

    as origens dos recursos para viabilizar tais alteraes, alm de ser necessria exposio

    de justificativa previamente abertura do ato. De acordo com o 1, art. 43, da Lei n

    4.320, de 1964, so consideradas as seguintes origens de recursos:

    SUPERVIT FINANCEIRO APURADO EM BALANO PATRIMONIAL DO EXERCCIO ANTERIOR

    O supervit financeiro apurado no balano patrimonial do exerccio anterior pela

    diferena entre o ativo financeiro e o passivo financeiro. Deve-se levar em contanessa apurao os saldos dos crditos adicionais transferidos do ano anterior

    (especiais e extraordinrios), bem como as operaes de crdito a eles vinculadas.

    EXCESSO DE ARRECADAO

    O excesso de arrecadao obtido pela diferena positiva entre os valores

    arrecadados e os valores estimados, acumulados ms a ms, devendo-se

    considerar ainda a tendncia do exerccio. Para os crditos que se utilizarem desta

    origem de recurso, deve-se apresentar demonstrativo que atualize as estimativas dereceitas at o final do exerccio corrente, comprando-as com a posio originalmente

    aprovada na LOA, detalhada por fonte e natureza de receita.

    ANULAO PARCIAL OU TOTAL DE DOTAES ORAMENTRIAS

    A anulao parcial ou total de dotaes oramentrias modalidade mais utilizada

    para a abertura dos crditos adicionais. Alm das dotaes alocadas s diversas

    aes que compem o oramento, a anulao referida tambm poder ser feita da

    Reserva de Contingncia, inclusive aquelas conta de receitas prprias e

    vinculadas.

    PRODUTO DE OPERAES DE CRDITO AUTORIZADAS

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    Por fim, o produto das operaes de crdito necessita de autorizao prvia para

    sua execuo, ou seja, no basta apenas a autorizao do crdito, a operao deve

    contar com autorizao especfica. Nesse aspecto, de acordo com o art. 52, incisos

    V a IX, da Constituio Federal, compete ao Senado Federal estabelecer limites e

    outras condies para a realizao de operaes de crdito de interesse da Unio,

    Estados, Distrito Federal e Municpios.

    Para os crditos extraordinrios, a existncia ou no das origens dos recursos,

    previstas para os crditos suplementares ou especiais, no se aplica, tendo em vista o

    carter de urgncia, relevncia e imprevisibilidade que reveste sua abertura. Ou seja,

    para a viabilizao deste tipo de crdito, no h necessidade de se verificar a

    existncia de supervit financeiro, excesso de arrecadao, anulao de dotaes ou oproduto de operaes de crdito. Essas origens de recursos podero at ser utilizadas

    na sua abertura, porm, no restringem a edio da Medida Provisria.

    OUTRAS ALTERAES ORAMENTRIAS

    Existem outras alteraes que podem ser feitas LOA aprovada, ou ainda em

    relao aos seus crditos adicionais abertos. Tais alteraes visam a modificar os

    classificadores de receita ou despesa, de forma a viabilizar ou corrigir a execuode uma programao. Entretanto, essas outras alteraes oramentrias no

    modificam, em nenhuma hiptese, o valor total alocado para cada subttulo, seja

    considerando a LOA ou os seus crditos adicionais. Essas modificaes versam

    sobre alguns classificadores, que constam ou no da LOA, abrangendo:

    Troca de Fontes de Recursos

    As fontes originalmente aprovadas na Lei Oramentria, ou em seus crditos

    adicionais, podero ser modificadas por Portaria do Secretrio de Oramento

    Federal para os oramentos fiscal e da seguridade social da Unio, e por

    Portaria do Departamento de Coordenao e Governana das Empresas

    Estatais para o oramento de investimento das empresas estatais. As

    alteraes de fontes de recursos so viabilizadas por trs diferentes formas:

    remanejamento;

    excesso de arrecadao; e

    supervit financeiro.

    Modalidade de Aplicao

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    As modalidades de aplicao podero ser alteradas sempre que se verifique a

    necessidade de sua adequao frente forma de execuo de alguma

    programao. As alteraes desse classificador podem ser feitas diretamente

    no Siafi pela Unidade Oramentria (UO), sem necessidade de publicao de

    ato forma, ou pela publicao de Portaria do dirigente mximo do rgo ao

    qual estiver vinculada a UO, em razo das regras existentes na LDO,

    conforme mencionado no tpico 5.2.1.1 Detalhamento do Crdito

    Oramentrio.

    Identificador de Uso

    Esses identificadores podero ser modificados, em razo da necessidade deadequar a execuo de alguma programao. Tais modificaes necessitam

    de publicao de Portaria da Secretaria de Oramento Federal para sua

    efetivao.

    As modificaes desses identificadores podero ser feitas livremente quando

    envolvam:

    reduo do Iduso 0 para acrscimo em qualquer outro; e

    reduo de qualquer Iduso diferente de 0 para acrscimo em qualquer

    outro.

    a nica restrio imposta pela LDO diz respeito destinao diversa dos

    recursos alocados para contrapartida nacional, salvo se por intermdio

    de crdito adicional com autorizao especfica. Ou seja, qualquer

    alterao que envolva a reduo de identificador relacionado com a

    contrapartida nacional de operao de crdito ou doao para recurso

    livre (Iduso igual a zero) ir necessitar de autorizao especfica (Lei).

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    Identificador de Resultado Primrio

    Da mesma forma que o Iduso, os identificadores de resultado primrio

    podero ser alterados por intermdio de Portaria da Secretaria de Oramento

    Federal. Apesar de no haver nenhuma restrio formal para sua alterao,

    essas modificaes devem estar de acordo com a metodologia de clculo das

    necessidades de financiamento, constante de anexo especfico Lei

    Oramentria Anual.

    Identificador de Doao e Operao de Crdito

    Os identificadores de doao e operao de crdito no figuram da LOA;

    portanto, suas alteraes no requerem a publicao de nenhum ato formal.

    Suas modificaes so feitas por intermdio de procedimentos entre o

    Sistema Integrado de Oramento e Planejamento (Siop) e o Siafi.

    DE/PARA

    Em funo da adequao das estruturas administrativas dos rgos federais, tendo

    em vista a extino, transformao, transferncia, incorporao ou

    desmembramento de rgos e entidades, bem como de alteraes de suas

    competncias ou atribuies, pode haver a necessidade de alterar aresponsabilidade pela execuo da programao. Tal modificao deve estar

    autorizada na LDO ou na LOA, e ser viabilizada por decreto presidencial.

    No De/Para, apenas a classificao institucional (rgo e Unidade Oramentria)

    modificada, devendo todos os demais classificadores e valores se manter

    inalterados em relao LOA ou a seus crditos adicionais. A nica exceo diz

    respeito classificao funcional, que poder ser alterada excepcionalmente.

    5.2.1.3. Estgios da Despesa

    Aps o recebimento do crdito oramentrio, as UG esto em condies de efetuar a

    realizao da despesa, que obedece aos seguintes estgios:

    1-EMPENHO

    o primeiro estgio da despesa e precede sua realizao, estando restrito ao limite do

    crdito oramentrio. A formalizao do empenho d-se com a emisso da Nota de

    Empenho (NE), comprometendo dessa forma os crditos oramentrios e tornando-os

    indisponveis para nova utilizao. O Siafi dispe, ainda, da figura do pr-empenho,

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    que permite reservar parte do crdito oramentrio a ser utilizado aps a concluso do

    processo licitatrio, quando for o caso.

    2-LIQUIDAO

    A liquidao o segundo estgio da despesa e consiste em verificar se h condio de

    cumprir com o direito do credor, registrado no empenho. Tal verificao feita a partir

    da comprovao documental do respectivo crdito.

    Antes da introduo do Cadastro de Contas a Pagar e a Receber (CPR), a liquidao

    era feita por meio de emisso de um documento denominado Nota de Lanamento

    (NL). O CPR um subsistema do Siafi que assegura o registro dos compromissos depagamento e de recebimento, considerando o registro de documento que d origem a

    esses compromissos (notas fiscais, autorizaes administrativas etc).

    A partir de ento, a liquidao feita por meio do cadastramento do documento hbil, a

    partir de uma transao especfica do CPR, denominada Atualiza Documento Hbil

    ou ATUCPR.

    3-PAGAMENTO

    O pagamento consiste na entrega do numerrio ao credor, extinguindo a obrigao. O

    pagamento da despesa s poder ser efetuado aps sua regular liquidao. A

    formalizao do pagamento feita pela emisso da Ordem Bancria (OB7).

    5.2.2. Execuo Financeira

    A execuo financeira representa a utilizao dos recursos financeiros, com vistas aoatendimento e realizao das aes oramentrias atribudas a cada unidade. Como

    providncia inicial da execuo financeira, tem-se a Programao Financeira (PF).

    De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a PF compreende um conjunto de

    atividades com o objetivo de ajustar o ritmo de execuo do oramento ao fluxo provvel de

    recursos financeiros.

    7Existem diversas modalidades de Ordem Bancria, que variam em funo da modalidade de

    pagamento pretendida.

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    5.2.2.1. Programao Financeira

    No mbito federal, as atividades de PF esto organizadas sob a forma de sistema, cabendo

    STN o papel de rgo central, e s unidades de administrao dos ministrios, dosrgos equivalentes da Presidncia da Repblica e dos Poderes Legislativo e Judicirio e

    do Ministrio Pblico da Unio (MPU) o papel de rgos setoriais.

    O rgo central de programao financeira a Coordenao-Geral de Programao

    Financeira (Cofin), da STN. Os rgos Setoriais de Programao Financeira (OSPF) so

    as Subsecretarias de Planejamento e Oramento (SPO) e unidades equivalentes das

    secretarias da Presidncia da Repblica e dos Poderes Legislativo e Judicirio e do MPU.

    A programao financeira se realiza em trs nveis distintos, sendo a Secretaria do

    Tesouro Nacional o rgo central, contando ainda com a participao das SPO (ou

    equivalentes aos rgos setoriaisOSPF) e as Unidades Gestoras Executoras (UGE).

    Compete ao Tesouro Nacional estabelecer as diretrizes para a elaborao e formulao da

    programao financeira mensal e anual, bem como a adoo dos procedimentos

    necessrios sua execuo.

    Aos rgos setoriais competem a consolidao das propostas de programao financeira

    dos rgos vinculados (UGE) e a descentralizao dos recursos financeiros recebidos do

    rgo central.

    s Unidades Gestoras Executoras cabe a realizao da despesa pblica nas suas trs

    etapas, ou seja: o empenho, a liquidaoe o pagamento.

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    5.2.2.2. Movimentao de Recursos

    A execuo financeira compreende a utilizao efetiva dos recursos para realizao dos

    programas de trabalho definidos no oramento.

    A movimentao de recursos entre as unidades do sistema de programao financeira

    executada por meio de liberaes de cota, de repasse e de sub-repasse, definidos da

    seguinte forma:

    5.2.3. Integrao Oramentria e Financeira

    Com o propsito de estabelecer, de forma objetiva, o inter-relacionamento entre a execuo

    oramentria e a execuo financeira, demonstram-se a seguir os pontos comuns entre as

    etapas que compem os fluxos e processos pertinentes.

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    Outro diagrama prope um entendimento interessante sobre a integrao da Execuo

    Financeira e Oramentria.

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    5.2.4. Restos a Pagar

    Conforme Hlio Kohama, em Contabilidade Pblica, Atlas 1991, restos a pagar so as

    despesas empenhadas mas no pagas at o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as

    processadas das no processadas.

    Portanto, uma vez empenhada a despesa e no sendo paga at o dia 31 de dezembro, ser

    considerada como restos a pagar, para efeito do encerramento do exerccio financeiro.

    Em outras palavras, uma vez empenhada a despesa, ela pertence ao exerccio financeiro,

    onerando as dotaes oramentrias daquele exerccio.

    5.2.4.1. Classificao

    Conforme a sua natureza, as despesas inscritas em Restos a Pagar podem ser

    classificadas em:

    1.PROCESSADOS

    So as despesas em que o credor j cumpriu as suas obrigaes, isto , entregou o

    material, prestou os servios ou executou a etapa da obra, dentro do exerccio; tendo,

    portanto, direito lquido e certo, faltando apenas o pagamento.

    2.NO PROCESSADOS

    So aquelas que dependem da prestao do servio ou fornecimento do material, ou

    seja, cujo direito do credor no foi apurado nem reconhecido. Representam, portanto,

    despesas ainda no liquidadas e no pagas.

    5.2.4.2. Inscrio

    O Decreto n 93.872, de 23 de dezembro de 1986, em seu art. 35, determina que o

    empenho de despesa no liquidada ser considerado anulado em 31 de dezembro.

    Entretanto, a prpria legislao estabeleceu algumas excees para essa regra:

    1-Ainda vigente o prazo para o cumprimento da obrigao assumida pelo credor;

    2- Vencido o prazo para o cumprimento da obrigao, esteja em curso a liquidao da

    despesa, ou seja, de interesse da administrao exigir o cumprimento da obrigao

    assumida pelo credor;

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    3- Destinar-se a atender a transferncias a instituies pblicas ou privadas; e

    4- Corresponder a compromisso assumido no exterior.

    Os empenhos no anulados, bem como os referentes a despesas j liquidadas e no pagas,sero automaticamente inscritos em restos a pagar no encerramento do exerccio, pelo valor

    devido, ou caso seja esse desconhecido, pelo valor estimado. Entretanto, a inscrio de

    restos a pagar no processados fica condicionada indicao pelo ordenador de despesa8.

    Os restos a pagar no processados e no liquidados posteriormente tero validade at 30

    de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrio, exceto os itens a seguir

    relacionados, que sero considerados vlidos aps essa data:

    despesas executadas diretamente pelos rgos e entidades da Unio ou

    mediante transferncia ou descentralizao aos estados, Distrito Federal e

    municpios, com execuo iniciada at 30 de junho do segundo ano

    subsequente ao de sua inscrio; ou

    sejam relativos s despesas:

    o do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC);

    o do Ministrio da Sade; ou

    o do Ministrio da Educao, financiadas com recursos da Manuteno e

    Desenvolvimento do Ensino.

    vedada a reinscrio de empenhos em restos a pagar. O reconhecimento de eventual

    direito do credor far-se- por meio da emisso de nova nota de empenho, no que tal

    reconhecimento ocorrer, conta de despesas de exerccios anteriores, respeitada a

    categoria econmica prpria. Os restos a pagar com prescrio interrompida assimconsiderada a despesa cuja inscrio em restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda

    vigente o direito do credor podero ser pagos conta de despesas de exerccios

    anteriores, respeitada a categoria econmica prpria.

    Em se tratando de pagamento de despesa inscrita em restos a pagar, pelo valor estimado,

    podero ocorrer duas situaes:

    8 Art. 68 do Decreto 93.872, de 1986, e suas alteraes posteriores.

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    1- O valor real a ser pago superior ao valor inscrito. Nesse caso, a diferena dever

    ser empenhada conta de despesas de exerccios anteriores, de acordo com a

    categoria econmica; e

    2- O valor real a ser pago inferior ao valor inscrito. O saldo existente dever ser

    cancelado.

    FINALIZANDO O MDULO

    Terminado o Mdulo 5, volte tela inicial do curso e faa as atividades avaliativas propostas.

    Em seguida, verifique se voc atingiu os objetivos desse mdulo, respondendo

    autoavaliao de aprendizagem.

    Lembre-se de participar dos fruns temticos que estaro disponveis na Escola Virtual.

    Lembre-se de ler o Anexo a este Mdulo, que trata do Sistema Integrado de Planejamento e

    Oramento (Siop), para que depois voc possa responder ao Exerccio Avaliativo Finaldo

    curso.

    EQUIPE RESPONSVEL

    Contedo Original:

    Pedro Luiz Delgado Noblat (Organizador)

    Carlos Leonardo Klein BarcelosBruno Cesar Grossi de Souza

    Revisor - Contedo e Exerccios:

    Bruno Cesar Grossi de Souza