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ANO 3 . Nº 5 . MARÇO / ABRIIL 2014 - www..portalredebrasil.com.br CEARÁ Formação e conhecimento durante o 3º SEMINÁRIO SUPERMERCADISTAS E GESTÃO EMPRESARIAL CAPACITAÇÃO Sebrae realiza formação do Empretec RIQUEZA CEARENSE Rapadura: presente na mesa dos brasileiros desde o século XVII

Nosso Setor Ceará Março/Abril

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Revista focada para o segmento supermercadista do Estado do Ceará.

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ANO 3 . Nº 5 . MARÇO / ABRIIL 2014 - www..portalredebrasil.com.br CEARÁ

Formação econhecimento durante o

3º SEMINÁRIOSUPERMERCADISTAS EGESTÃO EMPRESARIAL

CAPACITAÇÃOSebrae realiza

formação do Empretec

RIQUEZA CEARENSERapadura: presente na

mesa dos brasileirosdesde o século XVII

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Centerbox lança campanha de vendasInspirada na Copa do Mundo, o Centerbox Su-

permercados lançou uma nova campanha para alavancar suas vendas. Denominada “Um Gol de Placa”, a promoção irá premiar 31 clientes que re-alizarem compras a partir de R$ 100 nas lojas do grupo, no período de 28 de março a 13 de junho de 2014. Dentre os prêmios estão 30 TV’s widescreen e um automóvel Volkswagen Gol 0Km.

Para potencializar a promoção, serão realizadas ações diretas em mídia publicitária. Durante os três meses de campanha, serão veiculadas inserções em TV’s, rádios, impressos, anúncios em jornais e ba-ckbus, além de encartes quinzenais, publicidades em gôndolas e carros de som.

Para brindar a novidade, os empresários Gerar-do e Leda Albuquerque uniram seus colaboradores e fornecedores para anunciar a dinâmica do pro-grama e os planos de investimentos para divulga-ção de marcas participantes.

LANÇAMENTO

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Confira as fotos do lançamento:

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CAPA

Fotos: Antônio Veira

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Reunindo palestrantes locais e na-cionais, aconteceu em Fortaleza,

nos dias 30 e 31 de janeiro, a terceira edição do Seminário Supermercadista e Gestão Empresarial. Com o objeti-vo de formar conhecimento, o evento teve como tema a “Formação, Tecno-logia e Auditoria Fiscal – Avanços e desafios”.  Considerado um dos mais importantes da área de Contabilidade, o encontro foi promovido pelo Ser-viços Contábeis & Companhia (Ser-vcon), com o apoio da Associação Ce-arense de Supermercados (Acesu) e da rede Uniforça. Esse ano, cerca de 600 supermercadistas, oriundos dos mais diversos municípios cearenses, parti-ciparam do encontro, que ocorreu no Centro de Eventos do Ceará (CEC), em Fortaleza.

De acordo com o Diretor Admi-nistrativo e Financeiro da  Servcon e presidente do Seminário, José Bero-aldo Dutra, a importância do tema se dá por que “na era da tecnologia da informação, o empresário que não estiver voltado para transformar a sua empresa em um grande celeiro de ab-sorção do conhecimento e de captação do colaborador, se tornará obsoleto, conforme a própria dinâmica imposta

pelo mercado atual”.Para Beroaldo, os fatores econômi-

cos que o levaram a criar um evento desse porte foram, primeiramente, o processo social em que o seguimento está inserido, já que, para ele, “o setor é um conjunto onde não se faz nada sozinho ou isoladamente”. “A categoria precisa realmente que se tenha o apoio da classe política, da classe tecnológica e do empresariado. Esse é o objetivo principal, agregar conhecimento e uti-lizar dos seus benefícios, associando--os as obrigatoriedades do fisco. Tira--se a ideia da omissão e aplica-se a ideia da elisão fiscal”, complementa o diretor.

Em 2013, o Governo do Estado manteve o ritmo crescente da arreca-dação tributária própria e fechando o ano com mais R$ 8,705 bilhões em cai-xa, relativos ao Imposto sobre Circula-ção de Mercadorias e Serviços (ICMS), anotando incremento nominal de 13,84%, sobre os R$ 7,646 bilhões re-colhidos em 2012.

Para o secretário da Fazenda do Ce-ará (Sefaz-CE), Mauro Filho, a relação do fisco com os contribuintes estadual é de suma importância, tantos no setor atacadista quanto varejista, que juntos

participam com 36,3% da arrecadação de ICMS; sendo 20,79% a contribuição do atacado e 15,59%, a do varejo. E se depender de mecanismos e ferramen-tas de fiscalização e controle, a arreca-dação do Estado só tende a crescer. No Seminário Supermercadista, Mauro Filho anunciou que, já a partir de fe-vereiro, a Sefaz passará a utilizar o Ca-tálogo Eletrônico, uma planilha con-tendo os preços de todos os produtos, mercadorias e medicamentos, inclusi-ve de diferentes especificações e tipos. “A Sefaz já tem o preço de referência sobre o qual o ICMS deverá ser cobra-do para cada produto e suas especifica-ções”, revelou o secretário, explicando que, a partir de agora, de nada adianta-rá um contribuinte declarar o preço de venda abaixo do seu valor real, já que ele será tributado da mesma forma, semelhante ao que já acontece com os combustíveis.

Segundo a Acesu, cerca de 13% de toda a produção do Ceará é destinado ao setor supermercadista local. A cate-goria oferece oportunidade de empre-go a 40 mil pessoas e participa, indire-tamente, da vida de 200 mil cearenses. Existem, aproximadamente, 2.600 lo-jas do segmento em todo o Estado.

Formação e conhecimento durante o 3º Semiário Supermercadistas e Gestão Empresarial

Fotos: Antônio Veira

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Fotos: Antônio Veira

Confira as imagens do evento:

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riquEzA CEArENSE

Rapadura: presente na mesa dos brasileiros desde o século XVII

Feita de cana-de-açúcar, a ra-padura é um dos itens mais

comuns na mesa dos nordestinos sendo para muitos, a sobremesa preferida depois do almoço. De origem açoriana ou canária, o doce possui sabor e composição seme-lhantes ao açúcar mascavo, po-rém, com um poder nutritivo bem maior, devido a substâncias exis-tentes em sua composição.

A rapadura surgiu nas Ilhas Canárias, em um arquipélago es-panhol, no século XVI, sendo ex-portada para as Américas somente no século XVII e chegando ao Bra-sil por volta de 1633. Nesta época, quando ainda não era fabricada para fins comerciais, servia de ali-mento para os escravos. Criada a partir da raspagem das camadas de açúcar que ficavam presas às paredes dos tachos utilizados para fabricação do adoçante, o melaço

era aquecido e formava um caldo que seria acondicionado em for-mas semelhante às de tijolos. Uma solução prática de transporte de alimento em pequena quantidade para uso individual, que resistia durante meses às mudanças atmos-féricas. Os primeiros engenhos de cana-de-açúcar eram pequenos e muito simples, com moendas de madeira movidas a água ou por ca-valos e bois.

Considerado um alimento com maior valor nutritivo que o açúcar refinado (produzido quase que ex-clusivamente de sacarose), a rapa-dura é 100% natural e rica em ferro, cálcio, fósforo, sódio e potássio. A guloseima também é indicada na prevenção de anemias e osteoporo-se. Além disso, a guloseima possui vitaminas do complexo B, Tiamina, Riboflavina e Niacina, que atuam na defesa do sistema nervoso, evi-

tando irritação e até depressão. De tão substancial, o doce foi inseri-do na merenda escolar em alguns estados do Nordeste, como Ceará, Paraíba e Pernambuco. Em outras regiões da América Latina, a rapa-dura é usada como medicamento, na receita básica de determina-dos drinks ou até em molhos para acompanhar pratos salgados.

No município cearense de Aqui-raz, foi criado o Museu da Rapadu-ra. O espaço fica em um engenho de cana antigo localizado no Enge-nho Cana Dá. O museu apresenta aspectos históricos da produção da rapadura no Ceará e no Brasil bem como do cultivo da cana-de-açúcar. O Estado também conserva o título possuidor da “maior rapadura do mundo”, com 4,5 toneladas, quatro metros de comprimento, dois de largura e 30 centímetros de altura. A iguaria fica na cidade de Pindo-

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retama, (a 49,3 km da Capital), e consumiu cerca de 60 toneladas de cana-de-açúcar em sua produção.

Outro espaço criado para abri-gar a história da rapadura é o no Museu do Brejo Paraibano, loca-lizado na cidade de Areia. Criado pela Universidade Federal da Pa-raíba, o espaço possui utensílios originais que ajudam a entender todo o processo de fabricação dos derivados da cana-de-açúcar, como a cachaça e a rapadura, durante a época colonial.

O setor rapadureiro

Apesar de bastante comum na mesa dos brasileiros, o país ocu-pa apenas o 7º posição no ranking mundial de produção de rapadura, com 80 mil toneladas anuais e tem o consumo de 1,4 quilo por habi-tante/ano. O doce é confeccionado em mais de 30 países, sendo a Ín-dia responsável por 67% de toda a produção mundial, acompanhada da Colômbia, maior consumidor do mundo, com cerca de 32 quilos consumidos anualmente por cada habitante.

Segundo o Serviço de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (Se-brae), no Brasil, a Região Nordeste

é responsável por 67% da produção de rapadura, sendo o Ceará o prin-cipal produtor. O Estado de Minas Gerais responde por 27% da pro-dução nacional de rapadura, ocu-pando o segundo lugar.

O cearense consome anualmen-te, em média, cerca de 0,865 kg de rapadura, seguido pelo Rio Grande do Norte que consome 0,437 kg anuais. Ambos os estados superam a média nordestina que é que 0,293 kg de rapadura consumida em um ano, por pessoa. A rapadura tem os menores números em Sergipe, onde apenas 0,002 kg são consumi-

dos por pessoa, e em Alagoas, onde não houve quantidade suficiente nem para mensurar os números do consumo.

Comparando-se ao açúcar re-finado, o Ceará também é local que mais se consome o produto na região. São cerca de 25,692 kg in-geridos anualmente por pessoa no Estado, contra 20,768 kg da média nordestina. Quem menos consome açúcar, com 13,730 kg, é o mara-nhense. Os dados fazem parte da Pesquisa de Orçamentos Familia-res (POF) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2008 e 2009.

Por ser um processo de produ-ção de baixo custo, o sistema pro-dutivo nacional de rapadura está fortemente vinculado às pequenas propriedades familiares, na maio-ria das vezes, sem interesses co-merciais no produto. A principal dificuldade da comercialização da rapadura está na falta de padroni-zação, sendo comercializada, so-bretudo, no mercado informal por atravessadores, dificultando, assim, a estruturação e a organização dos canais de comercialização direta ou com o setor varejista.

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EVENTO

Com 1.800 m² de área de ven-das, o Pinheiro Supermerca-

do abre sua nova loja no municí-pio de Quixadá. O espaço conta com um restaurante e um cinema e deve aquecer a economia local com a geração de mais de 136 em-pregos diretos e cerca de 70 indi-retos.

De acordo com o presidente do grupo Pinheiro Supermercado, o empresário Honório Pinheiro, o novo empreendimento deve au-mentar o potencial de desenvolvi-mento da região. Além da ampla área de vendas, o novo Pinheiro Supermercado possui 18 check outs, 82 vagas de estacionamen-to, layout moderno com áreas si-

nalizadas, e um ambiente de loja que disponibilizará um mix de produtos com mais 12 mil itens, proporcionando total facilidade ao cliente, tornando-se o primei-ro megacentro da região.

O grupo já atuava na cidade há mais de uma década, porém, o antigo espaço do supermercado não estava sendo suficiente para atender a clientela. Agora, além do conforto, o público foi presentea-do com duas salas de cinema, em falta na cidade há mais de 30 anos. A iniciativa de agregar as salas de exibição partiu da experiência da loja última loja aberta em Sobral, há cerca de um ano, onde foram inauguradas outras três.

História

O Pinheiro Supermercado co-meçou com a pequena Mercearia União, fundada em 1979, no bair-ro Pan Americano, em Fortaleza, pela iniciativa dos irmãos Bosco e Honório Pinheiro. Nove anos, após sua reestruturação, passou a se chamar Mercadinho União. Em seguida, ainda nos moldes de mercadinho, foi inaugurada a segunda loja, o Mercantil União, na Vila Manoel Sátiro, posterior-mente transferida para Itapipoca, em 2004, onde funciona hoje.

Em 1991, foi inaugurada a terceira loja, na Maraponga, e a empresa passou a se chamar Ca-

Quixadá recebe novo Supermercado Pinheiro

Fotos: Antônio Veira

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sas Pinheiro e a ser denominada como supermercado devido ao incremento da infraestrutura e da área de perecíveis da empresa. Em 1992 o segundo sócio e irmão, Bosco Pinheiro, assumiu definiti-vamente, juntamente com Honó-rio Pinheiro, a administração das lojas e do recém-inaugurado Co-mercial de Alimentos e Bebidas. Em 1994, devido ao seu fatura-mento, a loja da Maraponga pre-cisou ser ampliada para melhora tender aos clientes. Foi criado um centro comercial para agre-gar mais serviço ao supermerca-do. Em 1995, a empresa recebeu o slogan de "O Bom Vizinho", exatamente por dar oportuni-dade aos pequenos empresários. Desde então a rede Pinheiro Su-permercados não parou mais de crescer, em 1997 inaugurou uma loja no Mondubim e em 1999 a empresa fundou o seu primeiro Centro de Treinamento, que ser-viu capacitação dos seus colabo-radores. Em 2000, foi iniciado o plano de interiorização do negó-cio, instalando um novo ponto de venda em Quixadá. Em 2001, foi a vez do bairro de Messejana re-ceber um Pinheiro. E em 2002, foi inaugurada a maior loja do grupo, no município de Sobral.

Com um projeto inovador, foi inaugurada, em 2010, uma loja em Limoeiro do Norte. Ao lado do espaço está o Centro Comer-cial Pinheiro, com sete lojas, den-tre elas o Cinema Francisco Luce-na, Mundo Pinheirinho e Pino's Ristorante. O empreendimento atende uma população de 285 mil cearenses, localizado na região do Vale do Jaguaribe.

Fotos: Antônio Veira

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Supermercado Cantinho das Frutas, uma história de sucesso!

Natural de Itapagé e filho de José de Matos e de Maria do Carmo,

conhecida como Bela, o empresário Márcio Moura Matos teve contato com o comércio ainda muito jovem, quando seu pai comercializava o al-godão produzido em algodoeiros vi-zinhos.

Em 1984, Márcio veio para For-taleza, quando seu pai decidiu trazer toda a família para a capital com in-tuito de oferecer uma melhor condi-ção de vida aos filhos.

Faltando cerca de seis meses para completar 18 anos, Márcio tentou ar-ranjar seu primeiro emprego, sendo admitido de imediato em um hotel. Porém, ao chegar ao local para o iní-cio dos trabalhos, foi surpreendido pela proprietária do estabelecimen-to, conhecida como Dra. Marryr, que, ao questionar sua idade e des-cobrir que o jovem ainda não havia alcançado a maioridade, pediu que ele trocasse de roupa e retornas-se para casa. Determinado, Márcio respondeu: “eu vou para casa, mas assim que completar meus 18 anos, eu volto”. E voltou. Lá, Márcio pas-sou quatro anos trabalhando e com a experiência adquirida após o lon-go período de tempo, resolveu sair e abrir seu próprio negócio. A época passada no hotel foi de grande valia para o empresário que, segundo ele, lhe permitiu receber grandes lições sobre gestão e organização.

Em um espaço alugado na vizi-nhança, ao lado do irmão Marcelo, Márcio começou a vender frutas.

“Nesse local, que na verdade era uma garagem, compramos algumas frutas na Ceasa e fomos revendendo para al-guns clientes”, lembra. Um ano depois e com o aumento das vendas, os só-cios-irmãos perceberam que era pos-sível introduzir outros artigos e então aumentaram seu mix de produtos.

“Com o passar do tempo, compra-mos uma casa e ai não paramos mais. Logo percebemos que o negócio era bom e que podíamos expandi-lo, para isso, adquirimos outro prédio e iniciamos a segunda construção”, conta Márcio. A partir daí, foi aberta uma loja no bairro Barra do Ceará, administrada por Márcio, e outra no bairro Cristo Redentor, gerida pelo irmão Marcelo. “Sempre trabalha-mos em parceria, durante cinco anos administrei uma das lojas e o Marce-lo a outra. Depois trocamos de local, ele veio gerenciar a da Barra do Ce-ará e eu fui para o Cristo Redentor. E isso é bom para construirmos uma visão ampliada do negócio”, comple-menta o empresário.

Em 2013, o Cantinho das Frutas do Cristo Redentor passou por uma ampliação. A loja, que antes possuía 200m de área de vendas, passou a contar com 600m. O espaço foi rei-naugurado com modernizações em seus equipamentos, além de oferecer uma grande variedade de produtos e frigorífico para vendas de carne. Para 2014, os irmãos planejam a abertura de uma Rotisseria e uma academia feminina no segundo piso da loja. Também está nos planos dos

sócios, a reforma do Cantinho das Frutas Barra do Ceará, que possui atualmente 600m de área de venda. Ambas as lojas são filiadas a Rede Uniforça, empregam 80 funcionários diretamente e geram mais de 160 empregos indiretos.

Para Márcio, a participação da família foi essencial para o desenvol-vimento do projeto. “Nosso pai, seu José, era a primeira pessoa a chegar à loja e a abria pontualmente às 6h da manhã. Já nossa mãe, dona Bela, sempre estava preocupada com o bem estar de todos. Ela fazia a me-lhor comida e arrumava o espaço de cada um”, lembra o empresário.

A construção do Cantinho das Frutas passa, além do seu José e dona Maria Bela, por Márcio e Conceição, e Marcelo e Silvia. Para celebrar o sucesso, os genitores da família sem-pre reúnem os filhos em seu sítio, no município de Itapajé, interior do Ceará. Recentemente, o casal come-morou Bodas de Ouro, unindo os fi-lhos, noras, netos e amigos. O brinde ocorreu em 29 de Setembro de 2013 e serviu de inspiração para todos aqueles que fazem do Cantinho das Frutas uma história de sucesso!

Mercadinho Cantinho das Frutas Loja Cristo Redentor:Rua Dom Quintino, 323 – Pirambu.

Loja Barra do Ceará:Av. Presidente Castelo Branco (Leste Oeste), 4763 – Jacarecanga.

EVENTO

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Confira as fotos da ampliação do Cantinho das Frutas:

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Para encerrar as comemora-ções do seu aniversário de

10 anos, a Rede Parceria realizou uma grande festa, que contou com a presença dos seus associa-dos e patrocinadores. O evento, ocorrido em dia 16 de janeiro, marcou o encerramento da últi-ma campanha de vendas de 2013, cuja duração de três meses envol-veu diretamente colaboradores e fornecedores que, juntos, conse-guiram alcançar metas e transfor-mar o momento em um grande sucesso comercial. Na ocasião, foram apresentados os números do faturamento de 2013 e as ações estratégicas para o ano de 2014.

De acordo com o consultor sênior da MB&A Consultoria, Antonio de Pádua Bracioli, em 2013, a Rede Parceria obteve um percentual de crescimento de 24,8

% se comparado ao ano anterior, quando apenas 21% foram regis-trados. No ano passado, o grupo alcançou um faturamento de R$ 442,3 milhões.

Bracoli afirma que, para 2014, está programado um conjunto de ações estratégicas para alavancar os resultados da Rede, como a modernização do Centro de Dis-tribuição, intensificação do comi-tê de análise de skus e implemen-tação de calendário promocional de marketing. O aumento de for-mações para líderes e gestores, capacitação da base operacional, criação de um ciclo de visitas de aprendizagem (nacional e inter-nacional), manutenção das alian-ças com fornecedores e a busca por fidelização de clientes, tam-bém estão entre as ações inseridas no planejadas deste ano.

Após a apresentação dos da-dos, oriundos da execução opera-cional e estratégica realizada pela MB&A durante a última campa-nha de vendas, três fornecedores receberam uma Placa de Agra-decimento cada um, em home-nagem aos serviços oferecidos à Rede no ano passado.

A Rede Parceria possui, atu-almente, mais de 1,7 milhão de clientes por mês e conta com 2.526 colaboradores. O grupo tem 29 lojas, cuja metragem de vendas alcança a marca de 21.403, além de 15 mil skus em mix médio por loja e 301 check outs.

Na gestão encerrada em janei-ro, se destaca a postura do pre-sidente Carlos Ruimar Pinheiro, conhecido como “O Carlinhos”, cujas práticas eram pautadas pelo bom relacionamento e facilida-

Rede Parceria realiza festa de encerramento de campanha e apresenta ações para 2014

EVENTO

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de de comunicação entre forne-cedores, prestadores de serviço, colabores e clientes. Para o biênio 2014-2015, iniciado em fevereiro, o presidente Marcos Cabral deve continuar e aprimorar este forma-to durante sua gestão.

“Com valores como respeito, honestidade, harmonia, visão de futuro e liquidez, a Rede Parceria torna-se, a cada ano, um exem-plo de sucesso consolidado, pra-ticando a ética, o simples, o cla-ro, o objetivo e, principalmente, buscando fazer o melhor para os clientes e procurando torná-los satisfeitos, trazendo-os para mais perto da Rede!”, finaliza Bracioli.

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Preparação dos supermercados para a Copa do Mundo 2014 foi tema de palestra

Qualifica ACESUFortaleza receberá seis jogos

durante a realização da Copa do Mundo no Brasil e para receber bem turistas nacionais e estran-geiros, os empresários cearenses devem estar preparados. Paralelo ao turismo, o potencial de vendas promete aumentar significativa-mente, segundo perspectivas da Associação Cearense de Super-mercados (ACESU). Pensando nisso, a entidade realizou, no últi-mo dia 26 de fevereiro no auditó-rio da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas – FCDL, mais um edição do programa Qualifi-ca Acesu. E dessa vez o tema não poderia ser outro! A palestra “A Copa é sua” foi uma preparação para os supermercados cearenses

visando o período tão importante no calendário nacional.

Para o presidente da Acesu, Severino Ramalho Neto, é preci-so estar atento durante o mês da Copa, exatamente pelo período apresentar um maior número de feriados que em outros anos. “O setor deve estar atento e prepa-rado durante a Copa do Mundo, levando em consideração cada fe-riado e a oportunidade que cada jogo pode oferecer para alavancar as vendas”, ressalta Neto.

Durante o evento, os super-mercadistas também tiveram acesso às estratégias essenciais para não deixar passar nenhuma oportunidade durante o período. Focando em planejamento, foram

apresentados dados sobre o mix de produtos a serem priorizados nas lojas e no estoque, além do trabalho que deve ser direcionado para um atendimento de qualida-de, sem perder de vista os consu-midores tradicionais, consideran-do que os produtos vendidos em boa escala não deverão perder seu espaço por conta do mundial.

Segundo o palestrante, Alber-to Mistrello, é preciso estar pre-parado para a ocasião. No caso dos supermercados, existem es-tatísticas favoráveis no aumento do consumo de produtos que são preferência do consumidor em datas comemorativas. “De acor-do com a Nielsen, o crescimento do volume de cervejas vendidas

EVENTO

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complementar para os empreen-dimentos comerciais, e não uma solução salvadora, ou seja, a rela-ção da marca com o seu público precisa ser vista antes de acon-tecerem os jogos, não adianta só pintar as lojas de verde e amare-lo. Além disso é preciso atender da melhor manei-ra possível. Para os clien-tes estrangeiros, pode-se até pensar em estagiários ou terceirizados bilíngüe, tudo que posso contribuir para alavancar as vendas no estabelecimento”, res-saltou.

no bimestre junho-julho de 2010, época da última Copa do Mundo, foi de 14,8% a mais que em 2009, isso numa Copa que não foi no Brasil. No caso dos salgadinhos, o incremento foi de aproximada-mente 9%, o que reforça a neces-sidade do setor supermercadista em está atento aos itens consumi-dos principalmente durante nesse período, para não deixar faltar em seu estoque”, alerta o palestrante.

Mistrello também lembra que os empresários supermercadistas devem estar atento ao relaciona-mento com os clientes. “O perío-do da Copa é uma oportunidade

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Após um final de ano desaqueci-do, cujo número de vendas no

varejo aumentou apenas 2,7%, pior desempenho desde 2003 segundo o Serasa Experian, as empresas tem investido mais em suas equipes, buscando melhorar o atendimento e alavancar resultados.

No comércio brasileiro, o nú-mero já era esperado, uma vez que há uma ampla liberação de crédi-to aliada ao aumento de juros de financiamentos, gerados pela alta na taxa Selic. Parte desse mau de-sempenho se deve ao fato de 62% dos brasileiros utilizaram o 13º sa-

Convenções em alta no Ceará

lário para quitar dividas, segundo a Associação Nacional dos Execu-tivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Assim, o consumidor que foi às compras também esteve mais cauteloso, exi-gindo que as lojas estivessem mais preparadas para melhor atender e conquistar sua preferência.

Para se destacar no mercado, as empresas precisam definir me-tas e objetivos, além de transmitir uma visão de crescimento à equipe, buscando motivá-la, o que impac-ta diretamente no atendimento e, consequentemente, na elevação das vendas e obtenção de lucros.

Em 2014, a procura por pa-lestras no Ceará subiu 40%, em comparação ao mesmo período de 2013. Empresas dos mais diferentes segmentos, como farmácias, trans-portadoras, escritórios de advoca-cias, entre outras, estão buscando realizar convenções e treinamen-tos, o que demonstra que o empre-sário cearense está mais consciente e focado em preparar sua equipe para vender seu produto da melhor maneira possível.

Domingos Carvalho Cordovil

Administrador e especialista em Merchandising e Varejo

EVENTO

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PERFIL:

Domingos Carvalho Cordovil Domingos Carvalho Cordovil é adminis-

trador de empresas formado pela Universi-dade Federal do Ceará (UFC) e especialista em Merchandising e Varejo. Sócio fundador da Cordovil Consultores Associados, o em-presário também exerce a função de Diretor de Operações Nacionais.

Com mais de sete anos de experiência no mercado, Domingos Cordovil é consultor nacional de empresas de grande porte como Grupo Ypióca, Sucos Jandaia, Pellággio, Aly-ne Cosméticos, Café Santa Clara, Distribui-dora Solmar, Distribuidora DAG, Avipec Distribuidora, Bebidas Asa Branca, Super-mercado Nidobox, entre outros.

Buscando realizar trabalhos direciona-dos a resultados efetivos e conhecido por rea-lizar consultorias em “chão de loja”, Cordovil é bastante requisitado para realizar palestras e conferências nos temas varejo e merchan-dising, tendo treinado mais de 10 mil pessoas em todo o Brasil.

Em seu trajeto profissional, Domingos Cordovil possui experiências realizadas atra-vés do Instituto Macro no Programa Varejo Competitivas, que inclui capacitações na capital e interior do Ceará, dentre elas na Rede AMA – Associação de Mercadinhos do Aracati, Rede AMIG – Associação de Merca-dinhos do Iguatu, Rede Cariri Super, Hiper Rede e Rede Brasil, entre outras. Além dis-so, Cordovil participou do Programa Varejo Competitivo para os Estados do Nordeste e prestou, durante dois anos, consultorias para empresários cearenses em São Paulo, durante o maior evento de supermercados da Ameri-ca Latina – A Feira APAS, realizada pela As-sociação Paulista de Supermercados.

Em seus trabalhos, a Cordovil Associa-dos possuiu públicos-alvo característicos: o primeiro, constituído por fornecedores e dis-tribuidores, onde são trabalhadas as áreas de marketing e vendas com diretores, gerentes, supervisores, vendedores e promotores de venda; e o segundo, constituído por varejis-tas, cuja ênfase está nas redes e centrais de negócio, onde são treinados desde o entrega-dor ao presidente ou proprietário do estabe-lecimento.

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CAFÉ COM CONViDADO

Dra. Sheila PitombeiraProcuradora Federal

A cada edição, buscamos personali-dades que possam contribuir para

o fortalecimento e profissionalização do setor supermercadista cearense. Nesta publicação, conversamos com a Procurada da Justiça do Estado do Ceará, Dra. Sheila Pitombeira. Acom-panhe:

Doutoranda do Programa de De-senvolvimento e Meio Ambiente

(PRODEMA) da Universidade Federal do Ceará (UFC), Sheila Pitombeira é uma apaixonada pelo seu trabalho.

Tendo ingressado no Ministério Público do Estado do Ceará em cinco de junho de 1984 – coincidentemente na mesma data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, Sheila iniciou sua carreira na Comarca de Pereiro. Em 1987, já no município

Aracati, cuidou de questões coletivas nas temáticas de meio ambiente e con-sumidor. Em 1993, foi promovida para atuar em Fortaleza, na Promotoria de Justiça das Execuções Criminais, de-pois renomeada de Promotoria de Jus-tiça Cível e, em 2002, transformada em Promotoria do Meio Ambiente, onde permaneceu até 2005, quando foi pro-movida ao cargo de Procuradora de

Dra. Sheila Pitombeira fala dos desafios sobre o uso das sacolas plásticas Foto: Auston C

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Justiça, função que exerce atualmente. Entre os anos de 2003 e 2011, Shei-

la coordenou o Centro de Apoio Ope-racional do Meio Ambiente, órgão do Ministério Público que auxilia a atua-ção ambiental das promotorias de jus-tiça do interior e da capital.

Atualmente, a procuradora coorde-na a Comissão de Planejamento Estra-tégico do Ministério Público Estadual e colabora com o grupo de meio am-biente da Comissão de Direitos Fun-damentais, veiculada ao Conselho Na-cional do Ministério Público (CNMP). Sheila também é vice-presidente da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA), cuja atuação ocorre na tutela do meio ambiente em seus di-versos aspectos: natural, artificial, cul-tural e laboral.

Perguntas:

Revista Nosso Setor – Em janeiro de 2014, a Rede de Supermercados Super Maia inaugurou seu primeiro estabelecimento ecológico no Distri-to Federal. Incorporando um con-ceito ambientalmente correto, a loja passou por uma reforma estrutural apostando na construção sustentá-vel. Tendo em vista esta mudança, você acha que os supermercadistas de hoje estão mais atentos às práticas de comercialização/atividades sus-tentáveis? Por quê?Sheila Pitombeira – Estão, sim, mas essas ações ainda são muito tímidas e pontuais. A fachada de “ecológico” ou “sustentável” é, na maioria das vezes

apresentada como publicidade para o consumidor que está mais conscien-te, informado e exigente, e que cobra dos estabelecimentos comerciais e de suas atividades, esse tipo de postura. Citando algumas ações efetivamente sustentáveis, como o uso de energia renovável (solar, por exemplo), reuso de água, segregação seletiva de resídu-os, rastreamento dos produtos como frutas, hortaliças, verduras e etc, cam-panhas para a sacolas recicláveis e a re-lação ao uso de agrotóxicos, ainda não são vistas concretamente implantadas no setor.

RNS – É possível verificar, através da rotulagem, se um produto possui agrotóxicos? Há legislação específica sobre esse tema?

SH – Seria possível sim, se o pro-dutor concedesse essa informação. Observe que os dados disponibilizados nos rótulos e embalagens fornecem somente informações sobre a compo-sição e o conteúdo, origem, segurança na utilização, destinação das embala-gens no descarte e método de produ-ção. No caso dos itens alimentares, que possuem regulamentação especifica, há informações como “alimento gene-ticamente modificado”. Em relação à rotulagem, sobre a o uso de agrotóxico em sua produção, entendo que o Códi-go de Defesa do consumidor já apon-ta essa determinação ao dispor que os produtos e serviços disponibilizados no mercado de consumo não devem acarretar danos à saúde ou segurança dos consumidores, salvo se considera-dos os riscos normais em decorrência

da natureza específica de uso, porém, de toda forma, os fornecedores estão obrigados a fornecer informações ne-cessárias e adequadas sobre o produto ou serviço (art. 8º do CDC). Esse dis-positivo, por si, já obriga que rótulos e embalagens informem a composição do produto e/ou o uso de agrotóxicos e quaisquer produtos químicos utiliza-dos na fabricação, cultivo ou criação, caso seja de origem vegetal ou animal. Nesse sentido, tem-se, por exemplo, a Lei Federal 8.543, de 23 de dezembro de 1992, que determina a impressão de advertência nos rótulos e embala-gem de alimentos industrializados que contenham glúten, visando prevenir uma doença denominada celíaca ou síndrome celíaca. Há regulamentação igualmente para produtos que tiverem aroma, corante Tartrazina, aspartame, ou contenham algum item de origem animal em sua composição. Ainda so-bre a rotulagem, vale ressaltar que os produtos alimentares são fiscalizados pelo Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento, ANVISA e INMETRO, e que precisam estar embalados e rotulados de acordo com os parâmetros legais da Lei.

RNS – Ainda sobre o uso de agro-tóxico, podemos afirmar que o for-necedor também está mais atento com o tipo de produto que compra e comercializa, antes de repassá-lo ao consumidor final? Por quê?

SH – Não vejo nenhum estabeleci-mento comercial dar informações so-bre o processo produtivo ou sobre uso

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de agrotóxico nos produtos alimentí-cios adquiridos de seus fornecedores. Ao contrário, as imagens de publicida-de dos produtos postos à venda é que sinalizam o uso de agrotóxico no du-rante sua produção. As notícias de que esse uso é ostensivo, indiscriminado e quase abusivo não recebem contesta-ções satisfatórias dos produtores, for-necedores e nem dos supermercados.

RNS – A substituição de sacolas plásticas por retornáveis não obteve o sucesso esperado. Há alguma ação do Governo Federal para incentivar essa mudança, visando diminuir a poluição?

SH – Se há ações, as desconheço. Há veiculação de informes sobre a re-lação direta entre a destinação de resí-duos, dentre eles sacolas plásticas, em vias públicas ou locais inadequados, pois além de poluir, podem contribuir para enchentes e alagamentos, porém, estes informes não são especificamen-te em favor da substituição por sacolas retornáveis. Há um entendimento na

população de que a sacola plástica de supermercados e lojas substitui o saco de lixo que acondiciona os resíduos a serem recolhidos pelo caminhão da coleta sistemática. Para muitas pesso-as, o uso para essa finalidade implica em certa economia, exatamente por evitar a compra do saco próprio para lixo, considerado caro, enquanto a sa-cola plástica é gratuita. Esse fator, em Fortaleza, por exemplo, inibiu a cam-panha pela substituição das sacolas plásticas por sacolas retornáveis. Teria sido interessante se os supermercadis-tas tivessem acolhido a sugestão do Ministério Público, na qual recomen-dava que os supermercados não gas-tassem com o fornecimento de sacolas plásticas e o consumidor ganhasse, com isso, um desconto nos itens com-prados para a cesta básica, e dessa for-ma a economia ocorreria para ambos os lados. Porém, para que isso ocor-resse era necessária uma campanha de conscientização nas próprias redes de supermercados, ao invés do que acon-teceu em 2006, quando alguns estabe-

lecimentos fizeram campanha contra os que não forneciam as sacolas de plástico e estimulavam as sacolas re-tornáveis. Uma pena!

RNS – Atualmente há alguma ação ou projeto sobre incentivos fis-cais  para  o setor Supermercadista? Quais?

SH – Em junho de 2013, durante um congresso da APAS (Associação Paulista de Supermercados) foi discu-tida uma proposta para que ABRAS (Associação Brasileira de Supermer-cados) conseguisse promover, junto ao Governo Federal, uma negociação em favor de incentivos fiscais para o segmento, com vistas à modernização, aquisição de equipamentos, e alguma desoneração na folha de pagamento em troca da abertura de mais vagas de emprego no setor, fato que, segundo a Associação Brasileira, contribuiria de modo significativo para elevação do PIB nacional, porém, após esse evento, não ouve nenhuma informação noti-ciada sobre o avanço dessa proposta.

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AgêNCiA SEbrAE DE NOTíCiAS

Sebrae realiza formação do EmpretecNo mês de fevereiro, Fortaleza

recebeu mais uma edição do Seminário Empretec, desenvolvido pelo Sebrae. A formação ocorreu no Hotel Plaza Praia Suítes e contou com cerca de 20 empreendedores.

De acordo com uma das facili-tadoras do Seminário, a pedagoga Luci Tanaka, o objetivo do Empretec é estimular e desenvolver as caracte-rísticas individuais do empreende-dor. “Através de uma metodologia formulada pela Organização das Nações Unidas (ONU), abordamos 10 características comportamentais empreendedoras e realizamos viven-cias práticas para proporcionar ao participante a identificação de novas oportunidades de negócios e a visão de uma maior competitividade e per-manência no mercado”, explica Luci.

Para o especialista em Admi-nistração de Recursos Humanos e facilitador líder do Empretec, Jack Schaumann Júnior, o treinamento pode proporcionar aos seus partici-pantes, uma melhora no desempe-nho profissional, maior segurança na tomada de decisões, ampliação da visão de oportunidades, dentre ou-tros ganhos, aumentando, assim, as

chances de sucesso empresarial.Segundo pesquisa realizada pelo

Sebrae, os empreendedores que fi-zeram Empretec registraram um acréscimo de R$ 24,6 mil por mês no faturamento de suas empresas. Mais de 90% dos entrevistados con-firmaram o aumento dos lucros após a conclusão do seminário e que apli-caram imediatamente mudanças em seus produtos e serviços com base nos conhecimentos adquiridos. A formação já foi promovida em cerca de 34 países. No Brasil, o Empretec já capacitou cerca de 190 mil pessoas, em 8.400 turmas distribuídas pelos 27 Estados da Federação. Todo ano, o programa capacita em torno de 10 mil participantes.

De acordo com a assessoria de imprensa do Sebrae Ceará, para o ano de 2014, a instituição prevê a re-alização de 22 turmas do Empretec no Estado, sendo oito em Fortaleza e o restante em municípios onde a entidade possui sede. As capacita-ções possuem 60h/a e são divididas em seis dias de imersão. Dentre os temas trabalhados no Seminário es-tão a busca de oportunidade e inicia-tiva, como correr riscos calculados,

exigência de qualidade e eficiência, comprometimento, estabelecimento de metas, planejamento e monitora-mento sistemáticos, persuasão e rede de contatos, além de outros.

Para a participante Brena Caval-cante, o Empretec possui um forte diferencial em relação aos outros cursos de empreendedorismo. “Aqui, o nosso potencial empresarial é ava-liado de maneira franca e temos a chance de reconhecer as oportunida-des do nosso negócio e identificar as dificuldades que devemos enfrentar no mercado”. Brena se inscreveu no seminário por incentivo do seu ma-rido, o empresário Thiago Vitor, que participou de formações anteriores do Empretec em Fortaleza.

Luci Tanaka e Jack Schaumann Júnior

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AgêNCiA SEbrAE DE NOTíCiAS

Sebrae atesta qualidade de serviços através de selo específico

Completando 18 anos de ati-vidade em 2014, o Selo de

Qualidade em Serviços já se tor-nou referência em Fortaleza. De-senvolvido pelo Sebrae Nacional, o programa é resultado de uma ação conjunta com o trade turísti-co, que tem como finalidade, esti-mular a implantação de melhorias nos produtos e serviços ofertados, além de orientar e capacitar os empreendedores e colaboradores em gestão e tecnologia, visando valorizar as empresas cearenses do segmento turístico.

Para a gestora estadual de Turis-mo do Sebrae Ceará, Eveline Tabo-sa, o Selo é um reconhecimento ao esforço do empresariado cearense em oferecer serviços de qualidade ao mercado turístico nacional. “Essa é uma certificação para atestar a ex-celência no atendimento, na cozinha, na estrutura do hotel, pousada, bar-racas de praia e empresas organiza-doras de eventos, por exemplo”, ex-plica Eveline.

O processo para obtenção da cer-tificação dura aproximadamente um ano. Nesse período são realizadas vi-sitas aleatórias e consultorias diversas para verificação e orientação sobre a

qualidade do serviço e ambiente da empresa inscrita. Após a consultoria, caso o estabelecimento receba 80% de aprovação, ele estará apto a parti-cipar de um julgamento final realiza-do pelo Comitê Gestor do programa, formado por entidades representan-tes do trade cearense, como a Secre-taria do Turismo do Estado (Setur), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Associação Brasilei-ra de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), Fortaleza Con-vention & Visitors Bureau (FC&VB), entre outros. Após esta etapa, as em-presas que obtiverem a cerificação, participarão da solenidade de en-trega do Selo, realizada em parceria com o jornal Diário do Nordeste.

Para o presidente da Abrasel, Ivan Assunção, o empresariado cearense deve dar uma atenção diferenciada aos programas que atestam os ser-viços. “Ter a oportunidade de ob-ter um selo que comprove e aprove a qualidade de produto oferecido, e ainda com o peso da marca Sebrae, é uma oportunidade única e conside-rável. Apesar da vida corrida que o empresário possui, até por conta do tipo de serviço que ele oferta e exige essa demanda, é preciso estar atento a estas ações. E nesse ponto, a Abra-sel ajuda a realizar essa mobilização”, informa o diretor.

A representante do Sebrae Forta-leza, Mirtes Cavalcante, afirma que o Selo de Qualidade ajuda a melhorar significativamente as características dos serviços prestados. “São realiza-das visitas ocultas, onde os consulto-res do Sebrae avaliam o local. Só nos restaurantes, por exemplo, são 164 itens avaliados, que vão desde o con-forto do local a limpeza da cozinha.

Depois disso é gerado um relatório e repassado ao proprietário. Para cada incompatibilidade é dada uma solu-ção”, afirma Mirtes.

De acordo com o Sebrae, o Ceará possui, atualmente, 83 meios de hos-pedagem, restaurantes e empresas de eventos certificados com o Selo de Qualidade. As empresas estão distri-buídas pelos municípios de Aquiraz, Aracati, Barbalha, Baturité, Bebe-ribe, Camocim, Cascavel, Crateús, Guaramiranga, Jaguaribe, Jijoca de Jericoacoara, Juazeiro do Norte, Li-moeiro do Norte, Mulungu, Paracu-ru, Paraipaba, Pindoretama, Quixa-dá, Santa Quitéria, Sobral e Trairi. Três empresas estão agraciadas com o Selo Ouro por terem sido contem-pladas em oito edições seguidas do programa. O Selo Prata foi concedi-do a sete empresas que nas últimas cinco edições do programa tiveram o mérito de receber a certificação. Em 2013, cerca de 150 se inscreveram no programa.

Esse ano, a nova edição do Selo de Qualidade em Serviços foi apre-sentada aos empresários do setor no último dia 12 de fevereiro, no hotel Plaza Praia Suítes. Na ocasião, os gestores puderam conferir, além das informações sobre a participação no programa, uma palestra sobre a im-portância da qualidade nos serviços e a competitividade dos seus negó-cios.

Eveline Tabosa

Mirtes Cavalcante Ivan Assunção

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