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ANO 7 . Nº 26 . MARÇO / ABRIIL 2014 - www..portalredebrasil.com.br ECONOMIA Brasil é o 38º melhor país para fazer negócios. LEGISLAÇÃO ANVISA muda regra de classificação de produtos light NEGÓCIOS Vendas do setor supermercadistas no Brasil crescem 5,36 % em 2013 Leda Albuquerque: MULHER, MÃE E GESTORA DE SUCESSO Foto: Eládio Queiroz - Maquiagem: Lourdes Gomes

Nosso Setor - Março e Abril

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Revista voltada ao público Supermercadista de todo o Brasil.

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ANO 7 . Nº 26 . MARÇO / ABRIIL 2014 - www..portalredebrasil.com.br

ECONOMIABrasil é o 38º melhor país

para fazer negócios.

LEGISLAÇÃOANVISA muda regra de

classificação de produtos light

NEGÓCIOSVendas do setor supermercadistasno Brasil crescem 5,36 % em 2013

Leda Albuquerque:MULHER, MÃE EGESTORA DESUCESSO

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Nesta edição, temos a alegria de homenagear alguém merece-

dora de toda admiração: as mulhe-res! Estes seres tão especiais têm se empenhando nos últimos tempos, e de forma inigualável, para promover um mundo mais justo e mais huma-no. Na capa, não poderíamos deixar de trazer uma mulher na qual o setor supermercadista, indústria e distri-buidores têm tamanho carinho, por sua garra de empreendedora, dona de casa, esposa e grande líder empre-sarial: Leda Albuquerque, do grupo Centerbox Supermercados. Além disso, a revista aborda vários assun-tos sobre o desempenho da mulher no mercado de trabalho, como por exemplo, o Café com Convidado na “Revista Nosso Setor Ceará”, cuja en-trevistada é a procuradora Drª. Shei-la Pitombeira. Na “Revista Nosso Setor Paraíba” apresentamos as mu-lheres empreendedoras premiadas pelo Sebrae-PB por suas contribui-

ções no Estado. Destacamos, ainda, que esta edição da “Revista Nosso Setor” está recheada de temas inte-ressantes, principalmente devido às altas perspectivas da categoria para este ano. Segundo a Associação Bra-sileira de Supermercados (Abras), as vendas reais do setor tiveram um aumento de 5,36% em 2013, de acor-do com o Índice Nacional de Vendas verificado pela entidade. Para 2014, a projeção é de 3% de crescimento. Em volume de vendas no autosserviço brasileiro, as empresas registraram uma elevação de 0,8% no ano que se findou. Devido ao bom momen-to, as associações supermercadistas têm apostando bastante nos empre-sários, como a Acesu (Ceará) e Aspb (Paraíba) que realizaram cursos e orientações diversas, como podemos conferir nas próximas páginas. Vale ressaltar que a Acesu está em alta, a Abras em forte parceria com suas fi-liais estaduais, a Abad mais próxima

das suas regionais, e as centrais de negócios inovando e mostrando seu trabalho. O Setor Supermercadista se mantém otimista, trabalhando cada dia mais e com qualidade, acreditan-do que o melhor ainda está por vim!

Que Deus te abençoe! Tenha uma ótima leitura.

CARTA DO EDITOR

Antônio VieiraDiretor Executivo

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NACIONALSustentabilidade ............................................................................ 11Checklist ............................................................................................. 12Economia .......................................................................................... 24Varejo ................................................................................................... 35Novas Leis ......................................................................................... 36Mercado e Negócios .................................................................. 41Capa ...................................................................................................... 48Entrevista ........................................................................................... 52Destaque ........................................................................................... 53Tecnologia ........................................................................................ 55Evento ................................................................................................. 57Homenagem e Reflexão .......................................................... 60

CEARÁ ............................................................................................... 61Lançamento .................................................................................... 63Capa ...................................................................................................... 67Riqueza Cearense ......................................................................... 72Evento ................................................................................................. 75Café com Convidado ................................................................. 99Agência Sebrae de Notícias .................................................... 103

PARAÍBA...........................................................................................107Riqueza Paraibana ........................................................................ 108Economia .......................................................................................... 110Mercado e Negócios .................................................................. 111Capa ...................................................................................................... 112Evento ................................................................................................. 114Lançamento .................................................................................... 117

PIAUÍ ...................................................................................................121Riqueza Piauiense ........................................................................ 122Mercado e Negócios .................................................................. 124Evento ................................................................................................. 125Agência Sebrae de Noticias ................................................... 126

MARANHÃO .................................................................................129Riqueza Maranhense .................................................................. 130Agência Sebrae de Notícias .................................................. 132Lançamento .................................................................................... 135Mercado e Negócios .................................................................. 136

RIO GRANDE DO NORTE ...................................................137Mercado e Negócios .................................................................. 138Capa ...................................................................................................... 140Riqueza do Rio Grande do Norte ........................................ 142Capacitação ..................................................................................... 144Agência Sebrae de Notícias ................................................... 145

ÍNDICE

Diretor Comercial e ExecutivoAntônio [email protected](85) 9128-2458 (Claro) (85) 8817-9855 (Oi) (85) 9653-5501 (Tim)

Central de [email protected]

Agência ResponsávelÁgora Comunica & Relacionawww.agoracomunica.com

FinanceiroRede Brasil de Negó[email protected]

Projeto Gráfico e DigramaçãoElias Sabóia

ColaboradoresProf. Luis MarinsPastor José FlavioDomingos CordovilMarcos TitoEdna Ramos

Piaui: Sebrae

Maranhão: Sebrae

Rio Grande do Norte: Sebrae

Paraíba:Sebrae

Portal WebÁgora Comunica & Relaciona

Comercial

Ceará:Claciane Nóbrega [email protected]

Piaui: Milton [email protected]

Paraíba: [email protected]

FotosAntônio Vieira, Auston Coelho, Eládio Queiroz e Shayene Priscila

Logística e DistribuiçãoRede Brasil de Negócios

ImpressãoGráfica Editora Tiprogresso

EXPEDIENTE

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Já pautados pela necessidade de buscar eficiência em responsa-

bilidade ambiental nos supermer-cados, dentro do desenrolar dos projetos que forem realizados em 2014, a diretoria de Sustentabili-dade da Associação Paulista de Supermercados - APAS se reuniu no último dia 11, na sede da enti-dade, em São Paulo, para definir metas e objetivos para a área nos próximos meses.

Na ocasião estiveram presen-tes, o diretor Erlon Godoy Or-tega que se reuniu com Thiago Pietrobon e Jorge Mantovani, da Eco Suporte, Newton Figueiredo e Júlio Erthal, da Sustentax, Su-sana Ferraz, da ABRAS, Camila Valverde e Beatriz Dias de Sá, do WalMart e o vice-presidente de Segurança Alimentar da APAS e diretor do Grupo Pão de Açúcar, Paulo Pompilio.

O Prêmio Estande Sustentável na Feira APAS 2014 é um reco-nhecimento aos expositores que aderem à sustentabilidade - tanto no processo de montagem como na composição da arquitetura e operação do estande.

O Congresso APAS 2014 foi tratado com um olhar especial na reunião. Para esta edição da feira, que comemora 30 anos de his-tória, foi sugerido um painel de sustentabilidade que dialoga com temas atuais do cenário atual do setor brasileiro.

Em parceria com a ABRAS, começou a ser elaborado um workshop voltado exclusivamente para supermercadista, para que, no dia 25 de julho, seja elabora-do um Fórum, na sede da APAS, cujo tema permeará a maneira como os supermercados podem contribuir para que os consumi-

Muito mais que sustentável, eficiente!

SUSTENTABILIDADE

dores tenham hábitos de alimen-tação mais saudáveis. A intenção é trazer temas que impulsionem a confiança mutua entre cliente e lojistas, trabalhando a fidelização como foco.

Além de dois novos manuais de orientação, sendo o primeiro para se construir uma loja den-tro de um escopo sustentável e eficiente, e o segundo para opera-ção de loja e manutenção, um dos projetos mais comentados duran-te a reunião foi sobre o Espaço Sustentabilidade na Feira APAS 2014, que mostrará as boas prá-ticas em benefício do meio am-biente. O estande exemplificará passo a passo o processo de reci-clagem do lixo, com o objetivo de provar aos visitantes que a prática é viável para qualquer loja, além de tratar temas como eficiência energética e Política Nacional de Resíduos Sólidos.

APAS

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A Copa do Mundo e as eleições devem impactar o resulta-

do do setor varejista neste ano, segundo o presidente da Confe-deração Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizza-ro. Ele destacou, entretanto, que ainda não é conhecido o tamanho desse impacto. "São dois fatores que vão impactar muito positi-vamente alguns setores, mas nem tanto outros", afirmou.

Mesmo com esses fatores atí-picos, a CNDL acredita que o crescimento das vendas neste ano ficará entre 4% e 4,5%, próximo aos 4,12% registrados em 2013.

Os setores de supermercado e de eletrônicos devem ter impactos positivos devido a esses eventos, segundo a CNDL, devido a alta nas vendas de televisões e de ali-mentos. "A inflação de alimentos mais controlada neste ano tam-bém ajuda", apontou Pellizzaro.

Um efeito ruim do evento es-portivo deste ano são os feriados em dias de jogos, segundo os lo-jistas. "Ninguém sabe mensurar os impactos disso ainda sobre as vendas, mas haverá", disse. Pelli-zzaro explica que, se for decreta-do feriado municipal nos dias de jogos, as lojas dificilmente terão

formas de funcionar no dia.Pellizzaro lembrou que as

eleições também podem afetar a economia brasileira. "Estamos vivendo dilema que afeta o dia a dia de todo mundo que é a infla-ção. Os mecanismos de controle da inflação têm decisão política muito forte. O governo precisa tomar decisões que podem não ser tão simpáticas num primeiro momento", disse. "A simples alta de taxas de juros não está resol-vendo problema inflacionário. O governo precisa fazer a parte dele quanto à melhora fiscal."

Estadão.com

Copa e eleições devemimpulsionar varejoSetor varejista pode sofrer impactos com a Copa do Mundo e eleições.

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Os desafios dos distribuidores de alimentos na logística de transporteLevar a mercadoria do cliente

assegurando a integridade da carga, dentro do prazo combina-do e um baixo custo, requer uma excelente “logística de transpor-te”. Transportar o maior número de produtos, com o mínimo custo e menor tempo possível, é, tam-bém, um dos maiores desafios do profissional que gerencia esse ramo da conhecida logística.

Uma das principais funções do setor é o transporte. O seu papel é de fundamental importância no desempenho de várias dimensões do “Serviço ao Cliente”. Hoje, o transporte representa a maior parcela dos custos logísticos na maioria das empresas, indústrias e organizações. Em se tratando de custos, significa, em média, apro-ximadamente 60% das despesas logísticas, o que, em algumas si-tuações pode chegar a ser duas ou três vezes o lucro de uma compa-nhia.

Problemas como atrasos, bai-xo nível de serviços, aumento do estresse e dos custos de entrega de mercadorias são os principais gargalos enfrentados atualmente pelas pessoas que dependem do transporte. Cada vez mais, os gas-tos com o setor crescem de forma assustadora devido às rodovias que sofrem com as inúmeras irre-gularidades e falhas.

Com o advento da copa do mundo de 2014, muitas obras sur-giram repentinamente em todo o

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Brasil, causando fortes transtor-nos tanto para os transportado-res, como para toda a população que depende do modal rodovi-ário. É necessário ressaltar que a má qualidade da infraestrutura e baixa qualidade dos trabalhos prestados em obras  refletem na eficiência dos serviços de entrega.

Trazendo para a realidade da indústria alimentícia, antes de chegarem às gôndolas de super-mercados, os alimentos percor-rem não só alguns quilômetros, como também, um minucioso supervisionamento, garantindo assim, a qualidade dos produtos e as mesmas características desde as suas saídas da fábrica até o con-sumidor final.

Os alimentos são produtos que exigem absoluta atenção no seu armazenamento e transporte, o que torna uma atividade com-

plexa e de grandes desafios. Pois, um procedimento inadequado poderá trazer sérios transtornos e elevados prejuízos. São várias as estratégias que os distribuidores criam para garantir a qualidade dos produtos, através de excelen-te armazenagem, meio de trans-porte a ser utilizado, a distância percorrida e a duração do traje-to. Toda essa estrutura demanda excelência e profissionalismo da logística. 

Edna Ramos - Administradora e Especialista em Gestão Integrada de

Marketing e Logística.

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Crachá rastreia conversas e tempo de funcionários no banheiro

Agora os gerentes e diretores de empresas têm como controlar sobre o que os funcionários

estão conversando e até quanto tempo eles gastam no banheiro.

A empresa de eletrônicos Hitachi criou um cra-chá que monitora os profissionais.

De acordo com o jornal Daily Mail, o Business Microscope é um crachá de identificação que pos-sui um chip capaz de rastrear a localização exata do funcionário dentro do escritório.

O objetivo é descobrir quais os funcionários passam o dia vagando sem rumo pelo escritório conversando com os amigos.

Além disso, o crachá consegue gravar sinais do rosto e do corpo do funcionário, o que pode favo-recer os níveis de eficiência no local de trabalho e ajudar os empregadores a perceber problemas que passam despercebidos.

InfoMoney

Produção de funcionários agora deve ser mais cobrada e investigada.

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Michael Kors é o novo bilionário da lista da 'Forbes'

Nova-iorquino Michael Kors

Há quem o odeie, mas a maio-ria das mulheres adora o

estilista nova-iorquino Michael Kors, 54 anos, e alguns de seus endereços conhecidos como a gigantesca loja instalada no Ro-ckfeller Center com inúmeras opções de bolsas, sapatos, cintos e roupas.

Uma peça ali, outra aqui e, após anos de fama e investidores

injetando capital no negócio, o celebrado Kors acaba de fazer sua estreia na lista dos bilionários da "Forbes", a qual, diz o colega ame-ricano Brian Solomon, já flertava há dois anos.

Como já era esperado pelo mercado, após registrar um salto surpreendente no lucro líquido do último trimestre, sua empresa (que, na verdade, já não é mais controlada por ele) causou histe-

ria no pregão e registrou um au-mento de quase 20% no valor das ações, passando para US$ 90,68.

O estilista-CEO que detém ape-nas 2% do negócio ou 4 milhões de ações - o equivalente a US$ 360 milhões - se desfez de cerca de 11 milhões de ações nos últimos dois anos. Hoje, calcula-se, ele deve ter pouco mais de US$ 1 bilhão, entre ações e capital próprio.

Forbes Brasil

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Brasil é o país mais dependente de crédito entre os "cinco frágeis"Entre os países emergentes do

grupo apelidado de "Cinco Frágeis", o Brasil foi o que mais aumentou a exposição à dívida bancária externa desde o estouro da crise. Levantamento feito pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mostra que o total de empréstimos externos to-mado por bancos e empresas no Brasil saltou 66,4% desde junho de 2008, o equivalente a US$ 76,8 bilhões. A dependência externa é um dos temas que preocupam analistas diante da atual redução da oferta de crédito internacional.

Dados do Banco de Compen-sações Internacionais (BIS) e do Banco Mundial mostram que clientes brasileiros eram respon-sáveis por US$ 192,6 bilhões em

dívidas no exterior em junho de 2013, o último dado disponível. O aumento do montante ficou à frente do observado na África do Sul, Índia, Indonésia e Turquia - os demais países do grupo que têm sofrido com a desconfiança do mercado.

Desde junho de 2008, o cré-dito externo aumentou 61,6% na Índia, ritmo 5 pontos inferior ao visto no Brasil. No restante dos "Cinco Frágeis", o crescimento foi menos intenso: 49,7% na Indoné-sia e, bem atrás, Turquia (10,5%) e África do Sul (2,1%).

Estadão.com

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Conab reduz estimativa da safra de soja do Brasil para 90,01 mi t

A Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab) reduziu em janei-

ro, pela primeira vez nesta temporada, sua estimativa para a colheita de soja no Brasil em 2013/14 para 90,01 milhões de toneladas, ante 90,33 milhões da proje-ção de janeiro.

Para o milho, a Conab reduziu as es-timativas para a primeira e a segunda colheitas, projetando uma safra total de 75,47 milhões de toneladas, ante 78,97 milhões de toneladas vistas em janeiro.

Por Gustavo Bonato Reuters

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Economistas mantém previsão de Selic a 11% em 2014

Economistas de instituições financeiras mantiveram a

perspectiva para a Selic neste ano em 11%, ao mesmo tem-po em que reduziram ligei-ramente a expectativa para a inflação, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central.

Os economistas reduziram a projeção para a inflação em 2014 a 6,00%, ante 6,02% na pesquisa anterior, enquanto a perspectiva para o crescimen-to do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 1,91 por cento.

Camila MoreiraReuters Brasil

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Nestlé vende fatia de 8% para fabricante francesa

A Nestlé, maior companhia de alimentos do mundo, ven-

deu uma participação de 8% na L Oréal para a própria fabricante francesa de cosméticos em uma operação avaliada em € 6 bilhões, mas insistiu que não está rom-pendo seus laços com a empresa.

A iniciativa, que foi cogitada

pelos mercados na semana pas-sada, encolhe uma parceria que - apesar da falta de lógica industrial - durou 40 anos. Nesse período, gerou muita especulação o que o grupo suíço faria com a participa-ção de 29,4% na L Oréal.

Peter Brabeck, presidente do conselho de administração da

Nestlé, insistiu que o negócio não foi o primeiro passo em uma re-tirada completa do capital da L Oréal. "Não se trata de um rompi-mento ou uma mudança estraté-gica e vamos participar totalmen-te do futuro da L Oréal", disse.

Valor Econômico

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Produção industrial cresceu em 11 das 13 cidades pesquisadas em 2013

Produção Industrial cresceu em 2013, de acordo com IBGE

Produção industrial cresceu em 11 dos 13 locais pesquisados

pelo Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE) em 2013. Destacaram-se o Rio Grande do Sul (com alta de 6,8%), o Paraná (5,6%), Goiás (5%) e Bahia (3,8%).

Também tiveram altas acima da média nacional de 1,2% os estados do Ceará (3,3%) e Santa Catarina (1,5%). Outros locais com cres-cimento em 2013 foram a Região

Nordeste (0,8%) e os estados de São Paulo (0,7%), Pernambuco (0,7%), Amazonas (0,7%) e Rio de Janeiro (0,1%).

Três estados tiveram queda na produção industrial: Espírito Santo (-6,7%), Pará (-4,9%) e Minas Ge-rais (-1,3%).

Comparando apenas os meses de dezembro e novembro, houve queda em 11 locais. A maior alta foi observada em Goiás (8,2%) e

a maior queda, em Minas Gerais (com queda de 8,6%).

Na comparação de dezembro de 2013 com o mesmo período de 2012, houve queda em oito locais. O destaque positivo foi o Rio Gran-de do Sul, com aumento de 11% e o destaque negativo, Minas Gerais, com recuo de 7,2% na produção.

Agência Brasil

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Rede de supermercadofaz ação com moedas

Em nove meses de funciona-mento, CataMoedas instala-

dos em quatro lojas da rede Con-dor no Paraná receberam um total de R$ 213 mil em moedas. Instalados desde maio de 2013, os quatro CataMoedas da rede de supermercados Condor no Paraná já receberam mais de 880 mil moedas. O valor depositado corresponde a R$ 213 mil e fo-ram revertidos em vale-compras bonificados.

DCI

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"Durante uma semana de trabalho de 40 horas ou mais, as pessoas

acabam passando mais tempo com os colegas de trabalho do que com amigos e familiares. Assim como em qualquer relacionamento, haverá conflitos.", diz Ryan Kahn, coach de carreiras.

A maioria das pessoas trabalha em um grupo diversificado com pessoas de diferentes habilidades, experiências, valores e interesses e, enquanto estas diferenças podem fa-zer, coletivamente, uma organização mais forte, elas também podem ser a fonte de conflito. "Todo trabalho tem a sua própria dinâmica", diz Fried-man.

Se você não tem habilidades in-terpessoais fortes, não entende a cul-

tura da empresa, não sabe como adaptar o seu es-tilo de trabalhar melhor com di-ferenças ou não é capaz de prever e resolver pos-síveis conflitos, pode se subme-ter a relações de-sagradáveis com os colegas de tra-balho.

"Você não precisa puxar o saco dos colegas ou fazer elogios que eles não merecem, mas é importante manter um clima de cordialidade e respeito a fim de criar um ambiente onde as pessoas vêm para trabalhar

com uma boa atitude”, explica Frie-dman “É muito difícil ser produtivo quando você se ressente do lugar que você trabalha ou as pessoas com quem trabalha.”

Jacquelyn SmithForbes Brasil

Relacionamento interpessoal é vital para a sobrevivência no ambiente de trabalho

Ypê relança linha de desinfetantesOs novos rótulos traduzem a modernidade e eficiência.

A Ypê modernizou a linha de desinfetantes Pinho Ypê, tra-

zendo nova fórmula com maior poder germicida e bactericida e novas fragrâncias (Lavanda, Tra-dicional e Citrus).

Para diferenciar os produtos no ponto de venda, os rótulos

também foram modernizados para destacar a eficiência do pro-duto e a tampa passou a ser azul. Nos últimos cinco anos, o cresci-mento do gasto médio do brasi-leiro com produtos de limpeza foi de 41,5%, de acordo com dados da Associação Brasileira das In-

dústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla).De acordo com a Abipla, o faturamento dos desin-fetantes cresceu 19,1% nos últi-mos 5 anos.

EmbalaWeb

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Setor de limpeza fatura 6,1%CHECkLIST

A indústria brasileira de pro-dutos de limpeza domés-

tica deve terminou o ano com faturamento de R$ 32,5 bilhões (incluindo impostos relativos à produção), em alta de 6,1%, sobre o ano passado. Excluindo a va-riação de preços, o aumento real deve ser de 4,4%.

De acordo com o economista da FGV Robson Gonçalves, res-ponsável pelo levantamento, o ano está terminando com desa-celeração no ritmo de crescimen-

to. A previsão é que, na primeira metade de 2014, o crescimento real deve ser de apenas 1%, com ligeiro avanço no segundo semes-tre para encerrar o ano em alta de 1,7%. Com os aumentos de pre-ços, a receita deve aumentar 4,4% em todo o ano, chegando a R$ 33,9 bilhões.

O aumento do número de do-micílios contribui para o cresci-mento do setor. “Cada vez mais a gente tem famílias de um a pessoa, e cada domicílio precisa

ter um estoque de produtos”, diz Gonçalves. O investimento total da indústria de limpeza deve ser de R$ 720 milhões neste ano, com perspectiva de chegar a R$ 800 milhões em 2014. As projeções da FGV foram feitas a partir da Pes-quisa Industrial Anual do IBGE de 2011. Em 2012, a estimativa é que o crescimento real tenha sido de 0,6% e o nominal, de 5,6%, som na do 30,6 bilhões.

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Em até 20 anos Bitcoin será regulada Iniciativa promete impedir grande quantidade de “fraudes”

A Bitcoin deverá se tornar uma moeda comum daqui a 10 ou

20 anos - depois que começar a ser regulada -, insiste Jeremy Allaire, CEO da Circle, uma start-up com o intuito de construir sistemas para empresas aceitarem pagamento com a moeda. Com a regulação, deve cair a quantidade de usos ilí-citos da moeda.

Ele acredita que conforme au-mente o uso da moeda digital, deve ser criada novas questões que farão com que os bancos centrais pen-sem em como regular a moeda. A

mesma não tem nenhuma autori-dade central e esse é um dos gran-des atrativos para os usuários - que querem um ativo que não seja su-jeito aos mandos e desmandos do Banco Central.

Atualmente, existem 12 milhões de Bitcoins em circulação, número que deve se elevar através do pro-cesso de mineração, até atingir 21 milhões. Por enquanto, há uma grande volatilidade nesse ativo, que deve diminuir com o aumento de popularidade da moeda em mesas de operação "sérias", na opinião de

Allaire - já que estas devem prover derivativas e hedging, que devem contribuir para um preço mais es-tável.

"Hoje em dia temos muita vola-tilidade. Para colocar em perspec-tiva, o total de volume negociado por dia é de 30.000 a 50.000 moe-das por dia. Quando você tem bai-xo volume e baixa liquidez em um mercado com muitos participantes de varejo, você vai acabar com uma elevada volatilidade mesmo", ter-mina o executivo.

Como os governos reagem pe-

ECONOMIABanco de im

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rante a nova moeda digitalUma das moedas virtuais mais

faladas da atualidade, o Bitcoin vem ganhando espaço (e atenção governamental) ao redor do globo e o Brasil é um desses países. Aqui, uma lei foi aprovada em outubro do ano passado para regulamentar o seu uso.

"Dos países pesquisados, apenas um número muito reduzido, espe-cialmente China e Brasil, têm regu-lamentos específicos aplicáveis ao uso de Bitcoin", diz o relatório de um estudo comandado pelo sena-dor norte-americano Tom Carper. "Há uma preocupação generalizada sobre possível impacto do sistema Bitcoin em moedas nacionais, o seu potencial para uso criminoso e as implicações de seu uso para a tributação. No geral, os resultados desse relatório revelam que o deba-te sobre como lidar com essa nova moeda virtual ainda está em sua infância."

"Enquanto não há uma defini-ção consistente ou transparente ou tratamento de moedas digitais em todo o mundo, o relatório res-salta que Bitcoin e outras moedas virtuais estão presentes e em cres-cimento nas principais economias, apoiando o apelo a uma maior coo-peração global", diz Carper.

De acordo com o relatório, Ale-manha, Finlândia, Cingapura e Canadá estão entre os países que emitiram orientação tributária em Bitcoin, enquanto a Irlanda, Israel, Eslovênia parecem querer fazer o mesmo.

Outros países da América do Sul ainda não têm propostas de regularização da moeda. Na Ar-gentina, embora o uso de Bitcoin seja intenso, ele não é reconhecido oficialmente. No Chile, o uso ainda é baixo e o crescimento não é tão rápido e também não é regulamen-

tado.A China é um dos poucos países

que formalizou a proibição e decla-rou, em dezembro de 2013, que não se trata de uma moeda real. O Ja-pão tem um uso intenso de Bitcoin, mas não se pronunciou sobre quais serão as ações do governo.

Os bancos do Reino Unido excluíram o Bitcoin enquanto a União Europeia emitiu um alerta sobre moedas virtuais em dezem-bro. O argumento que, como não é regulamentada, os consumidores não estão protegidos quando a uti-lizam.

Inflação e alta do dólar fazem Bitcoins ultrapassar cifra milionária no Brasil

O real não vive seus melhores dias, com uma resiliente inflação beirando a 6% nos últimos anos e, nos últimos tempos, uma disparada que levou o dólar para a região dos R$ 2,40. Quem tem crescido nesse cenário é o Bitcoin, moeda virtual criada em 2009 e que conseguiu ganhar o palco mundial no ano passado.

Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, Rodrigo Batista, presidente da corretora online Mercado Bitcoin, afirmou que o cres-cimento da moeda no Brasil foi espeta-cular - saltou de pra-ticamente nada em dezembro de 2012 para R$ 10,5 milhões no mesmo mês um ano depois. Os pro-blemas com o real

são decorrentes da incapacidade do governo de controlar a inflação, seja por medidas macroeconômi-cas, como a elevação de juros, e microeconômicas, como o controle de preços.

Enquanto o real perde valor in-ternamente e externamente, o Bi-tcoin saltou de US$ 15 para US$ 1.005 em um ano. "O medo da inflação é um fator determinante para

algumas pessoas arriscarem a usar o Bitcoin por aqui. Não há bons investimentos por aqui com a inflação a 6% e uma carga triburá-ria elevada", diz Batista.

A expectativa dele é que o volu-me de sua corretora seja de cerca de R$ 160 milhões por mês em 2014, o mesmo tamanho do mercado ale-mão. Em outros países emergentes, a moeda traz mais desconfiança: é banida na China, enquanto o Ban-co Central indiano avisou que a moeda poderia trazer problemsa legais. O Banco Central nacional disse que não regularia a moeda por não ser de "importância sistê-mica".

InfoMoney E Forbes Brasil

Saiba mais sobre Bitcoin:

Bitcoin é uma moeda digital criada em 2009 por Satoshi Nakamoto. O nome também se refere ao programa código aberto que ele projetou para usar a moeda, e a rede ponto--a-ponto (peer-to-peer) que ele forma. Di-ferente da maioria das moedas, bitcoin não precisa de nenhum emissor centralizado. Bi-tcoin usa banco de dados distribuído espa-lhados pelos nós da rede ponto-a-ponto para registrar as transações, e usa criptografia para funções básicas de segurança, como certificar que bitcoins só podem ser gastas pelo dono, e evitar gastos duplos.

Fonte: www.bitcoinbrasil.com.br

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Cada brasileiro pagou, em média, R$ 145,75 de IPVA em 2013Brasil arrecadou em 2013, 29,295 bilhões (IPVA)

Em 2013, o Brasil arrecadou um total de R$ 29,295 bilhões

pelo pagamento do IPVA (Impos-to sobre Propriedade de Veículos e Automotores) proveniente dos 81.600729 veículos em todo o País. Isso significa que, em média, cada brasileiro pagou R$ 145,75 do imposto durante o ano, infor-mou um estudo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tri-butação).

O levantamento, que leva em consideração a arrecadação do IPVA projetada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, a frota automotiva e a população brasileira projetada para 2013, aponta que somente o estado de

São Paulo concentrou quase me-tade da arrecadação do imposto em todo o País, com um total de R$ 12,451 bilhões. Os 24.560.202 dos automóveis registrados no estado representam a maior frota do território nacional.

A segunda maior arrecadação do IPVA foi do estado de Minas Gerais, com R$ 3,429 bilhões. Se-guido pelo Rio de Janeiro, com R$ 1,930 bilhão, e Paraná, com R$ 1,90 bilhão. As menores arreca-dações do imposto foram obtidas pelos estados de Roraima, com R$ 34,762 milhões, Acre, com R$ 46,392 milhões e Amapá, onde foram contabilizados R$ 55,771 milhões.

Por cidadão Caso todos os brasileiros pa-

gassem o imposto, cada cidadão desembolsaria R$ 145,75 com este tributo estadual, considerado o segundo mais importante em termos de arrecadação, depois do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

A maior arrecadação por ha-bitante está concentrada, nova-mente, no estado de São Paulo, com R$ 285,17. Já o cidadão ma-ranhense é o que o menor valor, de R$ 42,30. Considerando toda a frota existente no País, cada veí-culo pagou, em média, R$ 359,01.

InfoMoney

ECONOMIABanco de im

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ECONOMIA

Economia do Brasil é a 2ª mais vulnerável entre os emergentesBrasil: economia emergente e vulnerável

O Brasil é a economia emergente mais vulnerável depois da Tur-

quia, na avaliação do Federal Reser-ve americano, que atribui a recente turbulência nesses países a “desen-volvimentos adversos” não relacio-nados com sua decisão de iniciar o processo de retirada de estímulos monetários da maior economia do mundo, o chamado tapering.

No relatório semestral sobre po-lítica monetária enviado ao Con-gresso, o Fed cita o Brasil 11 vezes e o coloca no grupo de países que mais sofreram com a recente fuga de capitais de ativos “arriscados”. O documento de 49 páginas traz um “índice de vulnerabilidade” de 15 países emergentes, na qual a Tur-quia aparece na pior posição, se-guida do Brasil, Índia, Indonésia e África do Sul - o grupo batizado de “cinco frágeis”. No outro extremo es-tão Taiwan, Coreia do Sul, Malásia e China.

O índice é composto por seis indicadores que revelariam a capa-cidade do país enfrentar choques econômicos ou financeiros, entre os quais o resultado das transações com o exterior, a dívida pública bru-ta, a expansão do crédito para o se-tor privado nos últimos cinco anos e o tamanho das reservas interna-cionais, todos considerados em re-lação ao PIB. Os outros dados são a inflação média dos últimos três anos e a relação entre dívida externa e ex-portações.

Na avaliação do Fed, os investi-

dores estão “diferenciando” entre os mercados emergentes e castigando aqueles vistos como mais vulnerá-veis, entre os quais o Brasil.

O relatório reconhece que a tur-bulência nos mercados emergentes no fim do primeiro semestre “pare-ce” ter sido provocada pela indica-ção do Fed de que poderia dar início à retirada do estímulo monetário no fim do ano.

Mas a volatilidade vista em ja-neiro decorre de outros fatores, sus-tenta o documento. Em dezembro, o banco central americano anunciou que começaria o processo de redu-ção da compra mensal de ativos pela qual mantém as taxas de juros de longo prazo próximas de zero.

“Diferentemente do último ve-rão, houve pouca mudança nas expectativas em relação à política monetária dos EUA desta vez”, ob-serva o relatório, em relação à deci-são de dezembro. Na avaliação do Fed, a turbulência nos emergentes foi provocada por “desenvolvimento adversos” nesses próprios merca-dos, entre os quais a desaceleração da atividade industrial na China, a desvalorização de peso argentino e a intervenção da Turquia para susten-tar sua moeda.

Os países vulneráveis sofreram saída de capital, depreciação cam-bial e aumento das taxas pagas pelos bônus que emitem. Alguns emer-gentes “continuam a ter vulnerabili-dades econômicas e financeiras sig-nificativas e mesmo economias com

posição de certa forma forte enfren-tam o desafio de reforçar a confian-ça dos investidores em um ambiente tenso”, pondera o relatório.

Reação O Fed ressalta que o Brasil e ou-

tros países emergentes reagiram à volatilidade verificada desde o pri-meiro semestre e adotaram medidas para tentar estabilizar suas econo-mias. O Banco Central brasileiro aumentou a taxa básica de juros em 3,25 pontos porcentuais desde abril, para 10,5%. Também flexibilizou restrições adotadas para conter a entrada de capital no País no mo-mento em que a política monetária superexpansiva americana aumen-tava a liquidez internacional.

Esse movimento começou a ser revertido em dezembro, com o anún-cio do Fed de que reduziria de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões a quan-tidade de títulos do Tesouro e bônus lastreados em hipoteca que compra a cada mês. Novo corte de US$ 10 bi-lhões foi aprovado em janeiro.

Apesar de as aquisições terem por objetivo reduzir a taxa de juros de longo prazo, um de seus efeitos colaterais foi o aumento da quanti-dade de dinheiro no mercado, o que estimulou a entrada de capitais nos países emergentes. Com a redução do estímulo, esse movimento come-ça a se reverter.

Cláudia TrevisanEstadão

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Juros do cartão de crédito chegam a quase 1.000% ao ano

Fique atento a tabelinha numérica no final de sua fatura do cartão de crédito

Final da fatura, em uma tabeli-nha repleta de números, uma

informação chama a atenção. Custo total do saque à vista no cartão de crédito do banco San-tander: 967% ao ano. Para quem não consegue visualizar clara-mente quão caro é esse juro, é como se um banco emprestasse dinheiro para que o consumidor comprasse um carro popular de R$ 30 mil em janeiro e em de-zembro lhe mandasse a conta da compra de um apartamento de R$ 320 mil.

Mas o leitor pode agora pen-sar que jamais sacaria dinheiro do cartão de crédito. Pensa mais: que faz os saques tradicionais de sua conta corrente e usa o cartão apenas para fazer compras. Mas, se num mês ficar mais apertado, paga apenas o valor mínimo e vai levando adiante. Esse adiante, entretanto, também sai caro, pois essa dívida começa a ter incidên-cia de juros, no que é chamado no jargão bancário de empréstimo rotativo.

Voltando ao caso do Santan-der, o juro de alguns dos cartões do banco pode chegar a 705,61% ao ano. É menos do que o saque à vista. Em vez de um apartamento de R$ 320 mil, o banco cobraria um de R$ 241 mil.

Segundo dados do Banco Cen-tral, um terço das concessões de

crédito no cartão no ano passado en-trou no rota-tivo.

F o r a m R$ 26 bi-lhões, núme-ro maior do que o que foi emprestado em crédito consignado ou crédito ao consumo.

Do total, quase 37% está com o pagamento da fatura em atraso de mais de 90 dias, ou seja, inadimplentes. A inadim-plência não é preocupante, se-gundo o BC, porque ela é dividi-da por toda a carteira, que inclui a dos clientes que pagam em dia sua fatura, de aproximadamente R$ 62 bilhões no ano passado.

Logo, o juro também não se-ria tão elevado, já que ele serviria para o banco fazer frente ao di-nheiro que deixa disponível para os clientes pagarem apenas a cada 30 dias e também para fazer fren-te ao crédito parcelado sem juros.

Se a taxa média fosse de 140% ao ano, dividida pela carteira e descontando a inadimplência, o juro total cairia para 30% ao ano. Mas não é possível saber qual é a

média cobrada, nem se os juros vêm subindo, porque o BC não tem esse acompanhamento.

Os bancos tampouco divulgam essa informação e se restringem a prestá-las apenas nas faturas de seus clientes.

Uma pesquisa recente do Pro-teste mostra que o Santander tem os juros mais altos do cartão de crédito, mas não é o único a ter taxas tão elevadas. Basta reunir as faturas de diferentes clientes de diferentes bancos para consta-tar que os outros grandes bancos privados - Bradesco, HSBC e Itaú Unibanco - têm juros acima de 400% ao ano. É mais que o dobro do juro médio do cheque especial, acompanhado pelo BC.

Estadão

ECONOMIABanco de im

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Receita arrecada R$ 240 milhões em impostos de turistas

191,2 milhões referentes a declarações espontâneas e R$ 49,2 milhões de pessoas que não declaram os bens.

A Receita Federal informou, em janeiro que arrecadou cerca de

R$ 240 milhões em impostos de tu-ristas em viagens internacionais no segundo semestre do ano passado. Segundo os dados, R$ 191,2 milhões são referentes a declarações espontâ-neas e R$ 49,2 milhões são de pes-soas que não declararam os bens e foram fiscalizadas pela Receita.

O número divulgado considera os resultados a partir de agosto do ano passado, quando a Receita implan-tou a e-DBV, a Declaração Eletrônica de Bens de Viajante, que permite que os contribuintes façam a declaração online dos bens e valores em viagens internacionais. Segundo o subsecre-tário de Aduana e Relações Interna-cionais da Receita Federal, Ernani Checcucci, a quantidade de declara-ções no ano foi "muito maior". "Es-tamos criando facilidades para que o contribuinte possa se regularizar de forma espontânea simplificada", afirmou.

A quantidade de voos internacio-nais diminuiu de 174,2 mil em 2012 para 162,6 mil no ano passado, mas

o número de passageiros interna-cionais subiu de 18,69 milhões para 19,79 milhões, segundo a Receita.

Copa do Mundo Checcucci afirmou que a Receita

Federal ainda não sabe se o sistema de reconhecimento facial que facili-tará a fiscalização nos aeroportos es-tará concluído até a Copa do Mundo. "Não temos clareza em relação a isso data de conclusão do sistema, que também está associado à questão or-çamentária. Queremos o mais rápido possível. É um projeto que será de-senvolvido independente da Copa", disse. Ele acrescentou que a licitação para o sistema de recepção das infor-mações de companhias aéreas só saiu no início deste ano. "Estamos corren-do para fazer o mais rápido possível."

Em agosto do ano passado, Chec-cucci informou que a Receita estuda-va a implantação de novas medidas para agilizar e tornar mais eficaz a fis-calização das aduanas, o que incluía um sistema capaz de fazer reconhe-cimento facial. As companhia aéreas transmitirão a relação de passageiros

à Receita Federal, que cruzará dados e selecionará passageiros para fisca-lização. Na ocasião, ele também não deu prazo para a implementação das mudanças e disse que ocorreria o mais rápido possível.

O subsecretário afirmou que, para 2014, a Copa do Mundo é uma grande prioridade. "O plano de re-forço está sendo concluído", afirmou. "Além da Copa, continuaremos com projeto de modernização dos siste-mas informatizados do comércio ex-terior e dos passageiros", disse.

Remessas A Receita Federal processou no

ano passado 20,8 milhões de remes-sas postais (envelopes, cartas e enco-mendas), 44% a mais que em 2012, quando somou 14,4 milhões. A tri-butação sobre essas remessas subiu 16%, de R$ 220,8 milhões em 2012 para R$ 256,1 milhões no ano pas-sado. O valor médio, entretanto, teve queda: de R$ 138 para R$ 106, uma redução de 23%.

Laís AlegrettiEstadão

ECONOMIA

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Zélia Cardoso de Mello volta à cena diretamente

de Nova York, nos EUA

ECONOMIA

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Nova York, 27 de outubro (do-mingo), 19h30. Em uma das

mesas da pizzaria napolitana Nu-mero 28 (176 2nd Avenue), em meio ao movimento dos garçons que correm de um lado para o outro com as chamadas pizzas al taglio (retangulares), a ex-minis-tra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello janta ao lado de um ami-go, um empresário brasileiro que conhece há décadas, e que está acompanhado da filha. A jovem, em fase de conclusão do colegial nos Estados Unidos e com uma lista de campi para visitar, pede conselhos a Zélia, mãe de Victoria (19 anos) e Rodrigo (21 anos), que hoje estudam em universidades americanas. É nesse ambiente fa-miliar que FORBES Brasil teve seu primeiro encontro com a ministra do governo Fernando Collor — ela ocupou o cargo de março de 1990 a maio de 1991.

Há 17 anos, ela é radicada em Nova York, onde, desde 2006, é sócia da Aquila Associates (uma espécie de pequeno banco butique de investimentos), que conduz ao lado de dois americanos advin-dos do mercado financeiro. Zélia pouco lembra a jovem ministra que, aos 37 anos, surpreendeu o país ao anunciar, dentre outras me-didas, o confisco da poupança. Pelo chamado Plano Collor, todos os depósitos do over-night, das contas correntes ou das cadernetas de poupança que excedessem os 50 mil cruzados novos ficariam con-gelados por 18 meses.

“Não me arrependo de nada. Fiz coisas boas para o país que vi-via um período de hiperinflação.

As coisas não tão boas que fiz fo-ram para mim e não para o Brasil. O custo pessoal foi bastante alto e eu já paguei o que tinha que pa-gar”, diz Zélia, que, em 2006, foi absolvida das acusações de crime contra a administração pública pelo Supremo Tribunal Federal. Esse foi o único momento da en-trevista em que ela aceitou falar sobre o passado.

A economista garante ainda não nutrir sentimentos negativos por personagens de seu passado. “Isso não faz bem para a saúde. Eu sempre penso no futuro, não no passado. Passado é passado”, diz ela que, a exemplo de grandes CEOs americanos, aderiu à medi-tação transcendental, que pratica duas vezes ao dia, por 20 minutos cada.

Aos 60 anos, Zélia vive ago-ra uma fase de “empty-nest”. Na tradução literal: ninho vazio. Ou seja, o amplo apartamento em que habita na Big Apple anda vazio. É que seus dois filhos, fruto do ca-samento de seis anos com o hu-morista Chico Anysio, saíram de casa. Rodrigo foi estudar na Uni-versity of Pennsylvania e Victoria, no Dartmouth College, na cidade de Hanover, emNew Hampshire.

“Agora eu vol-tei a aproveitar um pouco mais Nova York. Não é mui-to fácil ser mãe sozinha com dois filhos. Eu não saía durante a semana,

até porque quando eles chegavam da escola os ajudava com a lição de casa, fazia o jantar, limpava a cozinha, os colocava para dormir, e às 21h já estava exausta. Aos fins de semana, eu também ficava por conta deles. Agora que foram para

o college, estou mais tranquila para sair, fazer cursos, jantar com uma amiga e ir ao teatro”, conta a ex-ministra, que não tem planos definitivos de retorno ao Brasil. “O que eu devo é passar mais janeiros no Brasil para aproveitar o verão ao lado da minha mãe (Auzelia), de 93 anos, que mora em Pirajuí (SP)”, conta. Mas as duas costu-mam se encontrar em São Paulo ou no Rio, seus destinos favoritos durante as férias de Zélia.

Durante o jantar em Nova York, Zélia faz muitas perguntas. Sua curiosidade em relação ao en-riquecimento do brasileiro é gran-de. Em Nova York, o que ela mais vê é brasileiro fazendo compras. E não são compras de tênis, cami-setas, cosméticos e eletrônicos. O que mais a surpreende é a aquisi-ção de artigos de luxo, a exemplo das bolsas, sapatos e roupas de gri-fes como Chanel, Prada e Loubou-tin. “Tem brasileiro levando três bolsas de US$ 15 mil de uma só vez. Existe uma geração de rique-za que estou tentando entender de onde vem. Gostaria de compreen-der qual foi o processo de geração dessa riqueza que não vem da cha-mada classe C, mas da A e B.”

Fora do Brasil, mas consumido-ra ávida de notícias de economia, Zélia cita como exemplo a anti-ga Friboi, hoje JBS. “Há seis, oito anos, ela não era desse tamanho. Cresceu muito. Como ocorreu esse crescimento?” Questiono qual o seu palpite. O brasileiro ficou mais empreendedor ou o BNDES (Ban-co Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) está ajudan-do mais as empresas? “Meu palpite é que o BNDES ajudou mais. E o brasileiro sempre foi empreende-dor. Mas ele seria muito mais em-preendedor se o governo estivesse

Aos 60 anos, Zélia vive agora uma fase de

“empty-nest”.

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mais ausente, se o governo tivesse um papel menor do que o que tem hoje. O governo empreendedor acaba beneficiando alguns setores e outros não”, afirma.

Zélia dá sua sentença: “há uma falta de crédito, um desatendi-mento às pequenas e médias que não são tratadas como as grandes no Brasil.” Ela acrescenta que os grandes têm onde buscar dinhei-ro. “A falta de crédito no Brasil é para os pequenos e médios. Os grandes têm o mercado interna-cional e nacional e muito mais re-cursos em potencial. Mesmo nos bancos de investimentos no Brasil, oferecer um negócio de US$ 800 milhões é muito mais fácil que um de US$ 5 milhões. O engajamen-to é maior em negócios de grande porte. Por conta dos fees (taxas), o banco não vai querer um negócio pequeno que dará o mesmo – ou mais – trabalho que um negócio grande.”

Como Zélia vê o Brasil hoje? Diferentemente da capa da revis-ta The Economist, que primeiro apontou o Brasil com euforia ao mostrar o Cristo Redentor subin-do como um foguete e, posterior-mente, reviu sua posição ao retra-tar o país com o Cristo em queda, a ex-ministra afirma que o país nunca foi tão bom nem tão mau. “A questão agora é a tendência e, sinceramente, ela não é boa. Te-mos que voltar à linha que estava sendo seguida até cinco, seis anos atrás”, alerta.

Zélia recorre aos últimos pla-nos econômicos, como o Cruza-do, Verão, Collor, Real, para ex-plicar. “Com o fim da inflação, o país entrou em um determinado estágio de crescimento e desenvol-vimento, com um governo mais enxuto, responsabilidade fiscal e

uma menor interferência. Sabia-mente, o governo Lula entendeu que esse caminho de desenvol-vimento deveria ser mantido e o manteve. Parecia que a presidente Dilma daria con-tinuidade, mas os últimos dois anos mostraram que não. Infelizmente, o Brasil virou mais intervencionista, nacionalista e pro-tecionista. Tudo que na década de 90 a gente achava que tinha chega-do ao fim – e de fato chegou – está se recuperando a esta altura do sé-culo 21”, alerta.

Zélia cita o petróleo e a insis-tência do governo em manter sua participação na Petrobras. “O que se conseguiu com isso até hoje? Atrasar de quatro a cinco anos de pesquisas, exploração, entrada de recursos. O caso do petróleo é triste. A gente não devia estar nes-ta posição. Temos que voltar, go back to the basics”, aconselha.

Então a senhora é a favor da privatização da Petrobras? “Eu fa-lei na privatização da Petrobras ao jornal O Estado de S.Paulo quando era ministra. Após essa entrevista, o Roberto Campos (economista que ajudou na criação e presidiu o BNDES, dentre outros cargos como o embaixador do Brasil em Washington) telefonou para me parabenizar. O tema criou um mal-estar terrível dentro e fora do governo. Mas a minha opinião é a mesma. Eu acompanho a Petro-bras pelas ações. Veja o que acon-teceu com elas. Não preciso vir eu aqui falar.”

Investidora da Bolsa ameri-cana, onde aplicou a maior parte de seus recursos, Zélia é cautelosa com as ações de empresas brasilei-

ras. “Veja o que aconteceu com a Bolsa brasileira e como ela perfor-mou mal nos últimos anos. Foram muitos os problemas, das elétricas à OGX”, observa. Eventualmente,

diz que investe em uma ou outra ação brasileira por um tempo. “Meu filho, por exemplo, que tem um pequeno portfólio, investiu há uns dois anos

na Embraer e se deu muito bem com as poucas ações que tinha.”

Esse cenário tem afetado o in-teresse de investidores americanos pelo Brasil. Por meio da Aquila Associantes, Zélia os ajuda a en-contrar bons projetos no Brasil e também nos Estados Unidos e, em paralelo, auxilia empresários brasileiros em busca de sócios ou parceiros estratégicos no exterior. “Os nossos investidores não estão, neste momento, com muito apeti-te para o Brasil.” Ela elenca os mo-tivos: infraestrutura que não anda, intervencionismo, baixo cresci-mento da economia e a OGX, que teve um efeito pernicioso sobre todo o mercado brasileiro.

“Há 15 anos, tínhamos que vender o Brasil. Há cinco, todo mundo queria estar no Brasil. Hoje, voltamos ao que éramos antes. Temos que convencer a in-vestir no país. Tem horas que pa-rece mais fácil oferecer um projeto aqui mesmo nos EUA”, admite. No momento, a maior demanda dos investidores é pela área de energia limpa nos Estados Unidos, com foco em projetos de energia solar. “Área, aliás, que nunca prosperou no Brasil com todo aquele sol.”

Françoise TerzianForbes Brasil

Há 15 anos, tínhamos que vender o Brasil.

Há cinco, todo mundo queria estar no Brasil.

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VAREJO

A varejista Éxito, do grupo francês Casino, fechou a

compra de 19 lojas da colombia-na Super Inter, com uma opção sobre os 31 pontos de venda res-tantes, para acelerar sua expansão no mercado latino-americano em rápido crescimento.

Criada em 1992, a Super In-ter é uma varejista independente que opera nas regiões cafeeiras e de Cali, com vendas estimadas em cerca de 425 milhões de dó-lares em 2013, afirmou o Casino em um comunicado anunciando o acordo.

O Casino tem operado na Co-lômbia por meio da Éxito desde 1999. A Éxito tinha 427 lojas em

83 cidades em todo o país no final de 2012. A maioria são hipermer-cados e supermercados, embora a rede também atue nos segmentos de conveniência e de descontos.

A Éxito, controlada pelo Casi-no com uma fatia de 54,8 por cen-to, é a maior varejista de alimentos da Colômbia, com uma participa-ção de mercado de 43 por cento e vendas de 3,859 bilhões de euros (5,26 bilhões de dólares) em 2012.

Os termos financeiros do acor-do não foram divulgados, mas a Éxito vai comprar 19 lojas em 2014 e operar as outras 31 com uma op-ção para comprá-las em 2015.

Além de aumentar a presença da Éxito na Colômbia, o Casino

disse que a transação vai acelerar o desenvolvimento da Éxito no segmento de desconto, comple-mentando suas lojas Surtimax.

O acordo em dinheiro, que está sujeito à aprovação do regu-lador da concorrência da Colôm-bia, vai aumentar o lucro líquido da Éxito desde o primeiro ano, disse o comunicado.

Na América Latina, o Casino opera na Colômbia, Argentina, Uruguai e Brasil, onde é dono do Grupo Pão de Açúcar. A região foi responsável por 53 por cento do lucro comercial do grupo de pouco mais de 2 bilhões de euros em 2012.

Portal Exame

Varejista fecha acordo para expandir rede Éxito na Colômbia

Varejista fechou a compra de 19 lojas da colombiana Super Inter.

Banco de imagens

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NOVAS LEIS

Anvisa disponibiliza informações consolidadas sobre legislação brasileira de aditivos alimentaresAlimentos foram organizados em 20 categorias amplas

Os avanços tecnológicos no processamento de ali-mentos vêm permitindo o desenvolvimento de no-

vos produtos, acompanhados de frequentes demandas de inclusão e extensão de uso de aditivos alimentares na legislação brasileira. Consequentemente, as autorizações de uso de aditivos alimentares vêm sendo realizadas por tipo de produto, e a legislação está atualmente segmenta-da em numerosos regulamentos técnicos.

Tal fato dificulta a consulta por parte do Sistema Na-cional de Vigilância Sanitária, do setor produtivo e dos consumidores, além de gerar frequentes questionamen-tos à ANVISA sobre os aditivos alimentares autorizados ou não.

A fim de facilitar o acesso a essa legislação, a Gerência de Produtos Especiais - GPESP/GGALI/ANVISA - con-solidou as autorizações de uso de aditivos alimentares por categorias de produtos.

Os produtos alimentícios foram organizados em 20 categorias amplas, algumas subdivididas em subcatego-rias específicas. Essa categorização considerou a harmo-nização de alguns regulamentos técnicos sobre aditivos alimentares no âmbito do MERCOSUL.

As exceções e restrições específicas estabelecidas nos regulamentos técnicos são apresentadas na forma de no-tas nas tabelas, remetidas a uma lista.

Os aditivos alimentares foram autorizados para uso segundo as Boas Práticas de Fabricação(BPF).

Categoria 1 Leite e produtos lácteos

Categoria 2 Óleos e gorduras

Categoria 3 Gelados comestíveis

Categoria 4 Frutas e hortaliças

Categoria 5 Balas confeitos bombons chocolates e similares

Categoria 6 Cereais e produtos de ou à base de cereais

Categoria 7 Produtos de panificação e biscoitos

Categoria 8 Carnes e produtos cárneos

Categoria 9 Pescados e produtos de pesca

Categoria 10 Ovos e derivados

Categoria 11 Produtos para adoçar

Categoria 12 Sopas e caldos

Categoria 13 Molhos e condimentos

Categoria 14 Suplementos nutricionais

Categoria 15 Alimentos e bebidas para fins espe-ciais e alimentos com informação nu-tricional complementar

Categoria 16 Bebidas

Categoria 17 Café, chá, erva mate e outras ervas similares

Categoria 18 Petiscos (snacks)

Categoria 19 Sobremesas e pós para sobremesas

Categoria 20 Preparações culinárias industriais

GGALI/Anvisa

Banco de imagens

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NOVAS LEIS

ANVISA muda regra de classificação de produtos "light"25% a menos de açúcar ou sódio em alimentos

Norma em vigor prevê que ali-mento tenha 25% a menos de

açúcar ou sódio do que o produto convencional. Por causa das novas exigências, mais de uma marca de pão de forma já trocou o termo "li-ght" por "fit"

Desde o início do ano, alimen-tos produzidos e comercializados no Brasil devem seguir novas re-gras para serem comercializados como "light", isentos de gordura trans e "fonte de" ou "rico em" ôme-ga 3, 6 e 9.

Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o objetivo dos novos critérios é evitar mensagens enganosas ao consumi-dor e adequar as regras nacionais às dos países do MERCOSUL.

O termo "light" passa a ser libe-rado apenas nos casos em que o ali-mento tiver, no mínimo, 25% a me-nos de um determinado nutriente, açúcar, gordura total ou saturada, sódio ou valor energético que o produto convencional da mesma marca.

A comparação também pode ser feita pela média dos produtos convencionais no mercado, segun-do a agência.

Até então, o termo "light" tam-bém era liberado para produtos que cumprissem um teto máximo do nutriente. Na avaliação da AN-VISA, isso poderia gerar mensa-gens equivocadas ao consumidor porque a concentração baixa do nutriente poderia ser uma carac-terística natural do produto, e não

um benefício em relação aos conven-cionais.

Pelo menos duas marcas de pão de forma trocaram o termo "light" por "fit" ou outra deno-minação. Os pães light da Wickbold, por exemplo, agora recebem a marca "estar leve" na em-balagem.

A Bimbo, que atua no mercado de pães, informou que "tomou as ações necessárias para adequação às exigências, dentro dos prazos esta-belecidos por lei". ÔMEGAS Outra mudança, segun-do a ANVISA, foi a liberação do uso de termos como "fonte de" ou "rico em" ômega 3, 6 e 9, desde que cumpridas concentrações mínimas --para ser "rico" é preciso ter o do-bro da substância presente no ali-mento que é "fonte".

Também foi incluído o termo "isento de gordura trans", o pro-duto deve ter no máximo 0,1 g de gordura trans por porção e manter baixos os índices de gordura satu-rada, para não haver troca de um tipo de gordura pelo outro e "sem adição de sal".

Nesse último caso, a intenção é estimular a indústria a diminuir

o uso do sódio dos produtos, de acordo com Rodrigo Martins de Vargas, especialista em regulação e vigilância sanitária da ANVISA.

Outra alteração é a necessidade de que os produtos que aleguem ter altos teores de proteínas tenham quantidades específicas de aminoá-cidos tidos como importantes para a nutrição.

Os critérios foram discutidos por quatro anos, instituídos pela ANVISA em 2012 e entraram em vigor em janeiro. Mas alimentos produzidos até o final de 2013 po-dem ser vendidos até o prazo de validade.

Folha de São Paulo

Banco de imagens

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Automação agiliza registro de cosméticos Automação impulsiona industria nacional e amplia empregos no setor.

A Anvisa lançou em 30 janeiro o Sistema de Automação de Re-

gistro de Produtos de Higiene Pes-soal, Cosméticos e Perfumes. Com o novo sistema todas as etapas de análise dos processos de cosméti-cos serão feitas de forma eletrôni-ca. Isso significa que os pedidos da indústria serão tratados eletronica-mente e em muitos casos poderão ser liberados de forma automática. A medida permitirá que os técni-cos da Agência se concentrem na análise dos produtos de maior ris-co sanitário e que podem ter maior impacto na saúde da população, como os cosméticos infantis, ali-santes e protetores solares.

De acordo com o Ministro da Saú-de, Alexandre Padilha, a medida é um impulso para a indústria nacional e a ampliação de empregos no setor. "Es-tou satisfeito com este trabalho da An-visa que apoia a indústria garantindo a segurança sanitária da população", defendeu Padilha. Ele destacou a im-portância da indústria de cosméticos para a economia brasileira.

Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, a automa-ção significa também uma desburo-cratização. "O Estado não pode criar barreiras que impeçam o desenvol-vimento da indústria", afirmou. Ele anunciou ainda que a mesma plata-forma será utilizada para a automação dos processos de alimentos, saneantes e produtos para saúde.

O presidente da Associação Brasi-leira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, João Basí-

lio, afirmou que o setor responde por 1,8% do PIB, sendo que 30% do fatu-ramento é baseado em lançamentos.

O sistema dará mais agilidade na análise de produtos de um dos setores que mais crescem no país. Em 2012, o Brasil foi o terceiro mercado mun-dial de produtos cosméticos em todo o mundo. Somente de 2007 a 2012, o número de pedidos da indústria de cosméticos para a Anvisa aumen-tou em 85%, saltando de 52.330 para 95.806 petições ao ano. Para os cos-méticos registrados, que envolvem produtos de maior risco, o aumento foi de 64% no período de seis anos.

Uma das vantagens do sistema é a definição de parâmetros para as peti-ções apresentadas pela indústria. Isso vai reduzir a possibilidade de erros ou da apresentação de processos em de-sacordo com a legislação. Um exem-plo é a situação em que uma empresa inclua entre os ingredientes de seu produto uma substância não autoriza-da para cosméticos, neste caso o sis-tema avisará automaticamente sobre o erro, permitindo que o solicitante reveja o procedimento antes de sub-meter o pedido para a Anvisa.

A empresa que já possui um cos-mético notificado ou registrado na Agência também poderá utilizar este produto como referência para peti-cionar um novo produto semelhante ao que a fábrica já lançou no merca-do. Isto vai proporcionar redução no tempo que as empresas necessitam para solicitar a autorização de novos lançamentos.

A automação também vai elimi-nar o trâmite de processos em papel na área de cosméticos da Agência. Os

processos relativos à cosméticos que atualmente aguardam análise pela Anvisa também poderão ser transfor-mados e processo eletrônicos

Acesse o novo sistema: http://cos-meticos.anvisa.gov.br/peticionamen-to/

Crescimento do Mercado de Cosméticos

• Em 2012, o Brasil foi o terceiro mercado mundial na área de cosméti-cos, atrás apenas dos EUA e Japão;

• Somente em 2012 a Anvisa re-cebeu 95.806 petições relativas à cos-méticos; 52.330 relativas à novos pro-dutos, número 85% maior que há seis anos.

• No Brasil, o mercado de Cosmé-ticos tem apresentado um cenário de crescimento contínuo. De 1996 a 2012 o índice médio de crecimento do setor foi de 10% ao ano;

• Um dos motivos atribuídos pela indústria ao crescimento do setor é o acesso das classes D e E a estes produ-tos e o aumento de renda da classe C, que passou a consumir itens de maior valor agregado.

• Na balança comercial de 2012 as categorias Sabonetes, Produtos de Barbear, Higiene Oral e Produtos para Cabelos apresentaram saldo positivo nas exportações. Acesse o novo siste-ma: http://cosmeticos.anvisa.gov.br/peticionamento

Imprensa/Anvisa

NOVAS LEIS

Banco de imagens

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As 20 carreiras com os profissionais mais felizes dos EUAProfissionais mais felizes de acordo com site de emprego

Um levantamento realizado pelo site de empregos Career

Bliss com mais de 57 mil profissio-nais de 450 cargos revelou quais são as carreiras com as pessoas mais felizes dos Estados Unidos.

A lista, que se baseia em fato-res que influenciam a satisfação do profissional, como a cultura organi-zacional, liberdade no trabalho e as pessoas ao redor, tem no topo pro-fessores e pesquisadores assistentes. Segundo os próprios profissionais, a felicidade no trabalho está dire-tamente relacionada à satisfação de ajudar a “moldar o futuro através da educação.”

Todos os profissionais ouvidos ti-veram de classificar, em uma escala de um a cinco, oito fatores: equilíbrio

entre trabalho e vida pessoal, relacio-namento com colegas de trabalho, ambiente de trabalho, recursos de trabalho, satisfação, oportunidades de crescimento, cultura da empresa e as tarefas diárias. As respostas tam-bém foram comparadas com o ano anterior.

Na lista ainda aparecem profis-sões como analista de qualidade de software, corretor de imóveis e ge-rente de crédito. Confira abaixo as 20 profissões com as pessoas mais feli-zes nos Estados Unidos:

Posição / Carreira / Pontuação (de 0 a 5) 1 - Professor e pesquisador assistente

- 4.132 - Analista de qualidade de software

- 4.063 - Corretor de imóveis - 4.034 - Gerente de crédito - 3.955 - Representante de vendas - 3.936 - Controller - 3.937 - Gerente de RH - 3.928 - Engenheiro e desenvolvedor de

software - 3.919 - Estagiário - 3.9110 - Líder de equipe - 3.9111 - Gerente de construção - 3.8912 - Gerente de instalação - 3.8913 - Consultor de marketing - 3.8614 - Recrutador - 3,8515 - Designer - 3.8516 - Gerente financeiro - 3.8517 - Engenheiro de redes - 3.8518 - Gerente de propriedade - 3.8419 - Consultor de TI - 3.8320 - Gerente geral de vendas - 3.83

MERCADO E NEGÓICIOSBanco de im

agens

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Empresas de telecomunicações foram as mais reclamadas no Procon em 2013Telecomunicaçãoes somam 75.401 demandas de reclamação

No inicio de Janeiro, a Fundação Procon-SP divulgou o Ranking

Online das 30 empresas que geraram o maior número de reclamações de consumidores registradas nos canais de atendimento da entidade.

No ano passado, o primeiro colo-cado foi o grupo Vivo/Telefônica, com 11.894 queixas.

Em 2012, a empresa teve um to-tal de 9.863 reclamações, sendo que a companhia que liderava o ranking era o Itaú, com 10.306 atendimentos no Procon; em 2013, esse número caiu para 7.199.

O Grupo Vivo Telefônica também teve o mais alto índice de solução, po-rém, segundo a entidade de defesa do consumidor, a empresa ainda sofre com problemas básicos, especialmente na operação de telefonia fixa, como a demora para realizar reparos ou aten-der pedidos de transferência de linha.

A permanência de problemas dessa natureza indica a necessidade urgente de melhorias nas práticas comerciais e nas estruturas de prestação de servi-ços.

As empresas de telecomunicações foram as com maior quantidade de reclamações, com 75.401 demandas, seguida pelas instituições financei-ras (66.929), fabricantes de celulares (19.008), microcomputadores e pro-dutos de informática (14.099) e planos de saúde (12.859).

Em 2012, as instituições financei-ras registraram 74.987, representando uma melhoria no atendimento e ser-viços prestados pelo setor. Em segui-da estavam as companhias de teleco-municações (66.618), fabricantes de celulares (18.253), móveis (14.250) e planos de saúde (13.491).

Ranking

Empresa Total Solução

Grupo Vivo/Telefônica 11.894 93,33%

Grupo Itaú Unibanco 7.199 83,44%

Grupo Claro 6.899 85,23%

Grupo Bradesco 5.897 86,28%

Grupo Pão de Açúcar (*) 4.914 86,7%

Tim Celular 4.172 84,83%

Grupo NET 4.064 91,22%

Grupo Oi 3.662 73,98%

Grupo Santander 2.763 84,34%

Sky Brasil 2.701 89,09%

Eletropaulo 2.452 87,1%

Grupo Caixa Econômica 1.952 70,87%

Samsung 1.679 91,81%

Grupo B2W (**) 1.655 89,21%

Grupo Banco do Brasil 1.526 76,2%

Grupo UOL 1.428 65,65%

Grupo Magazine Luiza 1.275 86,71%

Sabesp 1.234 94,16%

Grupo Lenovo CCE 1.173 60,17%

Grupo Votorantim 1.107 63,4%

Motorola 1.052 59,01%

Grupo Carrefour 991 85,81%

Grupo Mabe/GE/Dako/Continental 985 62,11%

Grupo Microcamp 950 70,52%

Nextel 948 88,47%

Grupo WalMart 918 82,54%

Electrolux 889 72,95%

Grupo Amil 868 76,75%

Akatus Meios de Pagametos 862 48,64%

Grupo MercadoLivre 837 72,72%

Inclui: Extra, Pontofrio.com, Casasbahia.com, Casas Bahia e Ponto FrioInclui: Americanas.com, Submarino, Shoptime, Sou Barato, Lojas Americanas

InfoMoney

MERCADO E NEGÓICIOS

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A presidente da Petrobras, Graça Foster, é a quarta mulher mais

poderosa no mundo dos negócios, segundo ranking da revista “Fortu-ne”. Ela é a única brasileira a aparecer na lista, que tem 50 nomes.

Esta é a primeira vez que a revista aponta um ranking mundial. Ante-riormente, a lista era separada entre executivas nos EUA e outros países. No ano passado, a Ceo da Petrobras liderou pela segunda vez consecutiva o ranking das executivas mais pode-rosas fora dos Estados Unidos.

Pódio No primeiro lugar da lista está a

presidente da General Motors, Mary Barra. Em segundo lugar a CEO da IBM, Ginni Rommety e em terceiro Indra Nooiy, da PepsiCo.

Entre os critérios da avaliação usados estão o tamanho e a impor-tância da empresa que as CEOs co-mandam. Também são analisados a saúde financeira, a gestão e o históri-co profissional.

Veja abaixo as 15 mulheres mais poderosas do mundo:• Marry Barra - General Motors• Ginni Rommety - IBM• Indra Nooiy - PepsiCo• Graça Foster - Petrobras• Ellen Kullman - DuPont

• Irene Rosenfeld - Mondelez• Marillyn Hewson - Lockheed

Martin• Meg Whitman - Hewlett-Packard• Patricia Woertz -Archer Daniels

Midland• Gail Kelly- Wespac• Sheryl Sandberg - Facebook• Phebe Novakovic - General Dyna-

mics• Safra Catz - Oracle• Marissa Mayer - Yahoo• Alison Cooper- Imperial Tobacco

InfoMoney

MERCADO E NEGÓICIOS

Graça Foster é a 4ª mulher mais poderosa do mundo dos negócios

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os diversos setores da economia brasileira em 2013", afirma o pre-sidente do Conselho Consultivo da ABRAS, Sussumu Honda.

O setor supermercadista se mantém otimista. "Em 2014, es-peramos um ano muito parecido com o de 2013, com o PIB crescen-do pouco, mas com a manutenção dos baixos níveis de desemprego. Diante deste cenário, calculamos mais um ano de crescimento para o setor, próximo a 3%", afirma Honda.

Abrasmercado: cesta de produtos apresentou alta de 0,14%

Em dezembro, o Abrasmerca-do cesta de 35 produtos de largo consumo, pesquisada pela GFK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, apresentou alta de 0,14% em rela-ção a novembro de 2013, passan-do de R$ 359,83 para R$ 360,35.Na comparação com dezembro de 2012, o Abrasmercado apresentou crescimento de 5,43%.

Os produtos com maiores altas em dezembro, na comparação com novembro, foram: cebola (8,29%), tomate (7,07%), farinha de man-dioca (4,16%), frango congelado (3,52%). As maiores quedas fo-

Vendas do setor supermercadista no Brasil cresceram 5,36% em 2013Setor se mantém otimista em 2014 e prevê crescimento de cerca de 3% neste ano

Em 2013, o setor conseguiu resultado acima das expectativas iniciais lançadas pela ABRAS.

MERCADO E NEGÓICIOS

As vendas reais do setor super-mercadista cresceram 5,36%

em 2013, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado em janeiro, em entrevista coletiva da Associação Brasileira de Super-mercados - ABRAS, em São Paulo.

Em dezembro, as vendas do se-tor apresentaram alta de 20,62% na comparação com o mês anterior e alta de 2,87% em relação ao mesmo mês de 2012. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE.

Em valores nominais, as vendas do setor em dezembro apresen-taram crescimento de 21,73% em relação ao mês anterior e, quan-

do comparadas ao mesmo mês de 2012, alta de 8,95%. No acumu-lado do ano, as vendas cresceram 11,92%.

Em 2013, o setor conseguiu re-sultado acima das expectativas ini-ciais lançadas pela ABRAS, que em sua primeira projeção, no início do ano passado esperava um resultado de 3,5% no ano e que foi revisada para 4,5% em agosto.

"As vendas do setor consegui-ram atingir um resultado acima de nossas expectativas iniciais no ano passado. É um resultado para se comemorar, pois é sem dúvida, um dos melhores desempenhos entre

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ram impulsionadas por leite longa vida (-7,01%), batata (-3,49%), fei-jão (-2,86%), leite em pó integral (-1,60%).

Em dezembro, na comparação com o mês anterior, a cesta da re-gião Centro-Oeste apresentou a maior alta, registrando 1,34% com o valor de R$ 328,25.

Volume de vendas cresceu 0,8% em 2013

De acordo com o Índice Na-cional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a ABRAS, o autosser-viço brasileiro apresentou, no ano de 2013, crescimento de 0,8% nas vendas em volume, em compara-ção a 2012 (cuja variação ficou em

-0,3%).A cesta outros que contêm prin-

cipalmente produtos de bazar foi a que apresentou o maior crescimen-to, com 4,1%, seguida da cesta de limpeza caseira, com 3,0%. A cesta de mercearia salgada cresceu 2,2%, a de higiene e beleza 2,1% no vo-lume de vendas; perecíveis, 1,3%; mercearia doce, 0,6%. As categorias de bebidas alcoólicas e não alcoóli-cas apresentaram quedas, de -1,8% e -1,9%, respectivamente.

Os produtos que apresentaram maior crescimento em volume ven-dido em 2013 foram sucos de frutas pronto para consumo, com 12,9%; leite fermentado, 12%, óleo e azei-te, com 8,3%, amaciante de roupas, com 8,2%, sabão e detergente para roupas, com 6,4%.

As maiores quedas aconteceram nos seguintes produtos: bebida a base de soja, com -20,5%, álcool, com -15,2%, açúcar, com -9,1%, sa-bão em barra, com - 8,8%, farinha de trigo, com -7,1%.

Em 2013, os supermercados de pequeno porte (com 1 a 4 check--outs) foram os que apresentaram melhor desempenho com cresci-mento, 3,1%, o modelo de 5 a 9 che-ck-outs apresentou alta de 2,0%. O modelo que compreende os hiper-mercados de 20 ou mais check-outs teve o pior desempenho queda de -2,6%, seguido pelo modelo de 10 a 19 check-outs (-0,2%), segundo o levantamento da Nielsen.

Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS/Redação Portal

ABRAS

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Brasil é o 38º melhor país para fazer negócios

No ranking anual da Bloomberg com os melhores países para fa-

zer negócios, o Brasil deu um salto de 12 posições no último ano e ficou em 38º. Em 2012, o País estava na 61ª colocação.

Na primeira posição, Hong Kong manteve a liderança de 2012. Em se-guida aparece o Canadá, que pulou quatro posições desde o ranking an-terior e passou os Estados Unidos, agora na 3ª colocação. Cingapura, Austrália, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Espanha e Suécia comple-tam os dez melhores países para fa-zer negócios.

Para chegar ao resultado, a Bloomberg classificou os países em seis fatores ponderados por uma pontuação combinada, que varia de zero a 100. Alguns dos requisitos analisados são o grau de integração econômica, custo para criar uma empresa na região, custo de mão de

obra e de produção, custo de circu-lação de mercadorias, mercado de consumo, economia local e custos intangíveis (como corrupção e infla-ção).

O Brasil recebeu uma média de 63.2 - pontuação bem abaixo dos primeiros colocados, como Canadá (81.5), mas acima de outros países dos Brics, como Índia (61.1) e Rússia (61.6). No item pior avaliado para o ambiente brasileiro de negócios foi o custo intangível, com 57.2 pontos. Já o melhor ficou por conta do grau de integração econômica, que recebeu 75.6.

Dos 214 países avaliados pela Bloomberg, 157 tinham dados sufi-cientes para serem classificados.

Confira os 25 melhores:1. Hong Kong2. Canadá3. Estados Unidos

4. Cingapura5. Austrália6. Alemanha7. Reino Unido8. Holanda9. Espanha10. Suécia11. França12. Japão13. Coreia do Sul14. Finlândia15. Noruega16. Luxemburgo17. Portugal18. Suíça19. Dinamarca20. Irlanda21. Áustria22. Chile23. Emirados Árabes Unidos24. Bélgica25. Nova Zelândia

InfoMoney

MERCADO E NEGÓICIOS

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De acordo com o Master Coa-ching, Marco Tito, “embora o

cenário internacional não seja dos melhores, números indicam que esta é a hora do empreendedoris-mo no Brasil e no mundo. Há cada vez mais pessoas – especialmente jovens – considerando o empreen-dedorismo como uma opção con-creta de carreira. Para alcançar o sucesso é necessário traçar muito bem os passos a serem seguidos”.

De acordo com o indicador Se-rasa Experian de Nascimento de Empresas, de janeiro a setembro de 2013, foram criadas e passaram a funcionar no Brasil 1.427.442 mi-lhão de novas empresas. A quan-tidade representou um avanço de 7% em relação ao mesmo período de 2012, quando foram criadas 1.333.520 milhão de empresas, sen-do também maior que os totais re-gistrados durante os mesmos meses de 2011 (1.304.162 novas empresas) e 2010 (1.109.506 no-vas empresas).

Mas antes de abrir uma empresa, vários fatores de-vem ser levados em consideração. Mui-tos possuem o dese-jo de empreender, mas acreditam na ideia de que essa característica é um dom nato, e não se aprende. Os empreendedores de sucesso são aqueles que passam pelo processo

de formulação de metas, sejam elas pessoais ou profissionais, cuja idea-lização de estratégias traçadas para alcançar propósitos específicos po-dem, quando bem programados, gerar resultados positivos, e até surpreender. Cursos com foco na elaboração de planos e metas aju-dam a analisar contextos, projetar objetivos e identificar resultados.

De acordo com o administrador e diretor da MT Coaching, Marcos Tito, há métodos que auxiliam a identificar meios e alcançar obje-tivos. Programação anual, indica-dores que impulsionam o sucesso e definição de valores e metas de-vem ser levados em conta durante o processo de abertura de um novo negócio. Outro ponto a ser avalia-do é a gestão das esferas de tempo e o planejamento estratégico da em-presa.

Essencial para crescimento pro-fissional de empresá-rios, gestores, profis-sionais autônomos, lideres e interessados em expandir a visão de negócios, o Busi-ness Coaching tra-balha com a implan-tação de indicadores e criação de metas.

Com o auxilio do processo, o em-preendedor obtém apoio profis-sional para expandir e desenvolver uma base de mercado mais ampla, desenvolvendo relações mais fortes

com os clientes e otimizando os re-cursos para obtenção de resultados no curto e médio prazo.

Ainda segundo o Serasa, no re-gistro de criação de novos negó-cios, de janeiro a setembro deste ano, o Nordeste aparece em segun-do lugar, com a abertura de 260.959 empresas (18,3% do total), perden-do apenas para o Sudeste, onde foram registradas 716.320 novas empresas, o que representa 50,2% do total. Na Região Sul foram cria-das 235.714 empresas nos primei-ros oito meses de 2013 (16,5% do total) e no Centro-Oeste surgiram 136.520 empresas (9,5% do total). Por fim, houve a criação de 77.929 (5,5% do total) empresas na Região Norte no primeiro semestre deste ano.

Para o Sebrae (Serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Brasil é dos campeões em empreendedorismo. Nos últi-mos anos, cerca de 25 milhões de novos empresários foram inseridos no mercado brasileiro, deixando o país atrás apenas da China e dos Estados Unidos. E este ano, só de janeiro a agosto, mais de 51 mil pessoas buscaram órgão à procura de informações sobre como abrir, manter ou ampliar uma empresa. Já para o Endeavor Brasil, o número de empreendedores no país cresceu 44% na última década, ou seja, a cada quatro brasileiros, três dese-jam ter o próprio negócio.

Invista no Brasil e Planeje a sua carreira com Marcos Tito

Nos últimos anos, cerca de 25 milhões

de novos empresários foram inseridos no mercado brasileiro

MERCADO E NEGÓICIOS

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Leda Albuquerque: mãe, mulher e gestora de sucesso

CAPA

48 | FEVEREIRO/MARÇO 2014 « www.portalredebrasil.com.br

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Revista Nosso Setor – Considera-do um modelo de sucesso genui-namente cearense, o Centerbox já está há três décadas no mercado. Como surgiu esse empreendi-mento?Leda Albuquerque – O Centerbox foi iniciado a partir de uma conver-sa, quando meu irmão sugeriu que abríssemos um supermercado, nes-sa época eu disse que aceitaria, mas apenas se tivesse ajuda e apoio da família. A partir daí, eu e meus ir-mãos iniciamos uma pequena loja no bairro João XXIII. No final do ano de 1984, meu esposo Gerado Albuquerque entrou para adminis-trar o negócio e hoje temos nove supermercados de varejo e um ata-

cado (Gerardo Distribuidora) em Fortaleza, além de um centro de distribuição em Maracanaú. RNS – Como é a rotina do seu es-poso dentro dos negócios? É difí-cil ser esposa de um grande em-presário?LA – Hoje, é o Gerardo quem cui-da da administração geral da rede Centerbox. Depois que ele assumiu essa função, eu fui gerir a área fi-nanceira. É difícil acompanhar a rotina de qualquer empreendedor, imagina acompanhar quem atua em várias atividades paralelas!  Não tenho como negar que ele é um grande empreendedor e adora trabalhar, seja no administrativo

ou no operacional. Já eu prefiro a parte mais burocrática, os proces-sos e delegar funções. RNS – Hoje há outros familiares trabalhando na rede Centerbox?LA – Tem sim. Tenho uma filha que é diretora administrativa e ou-tra que é diretora comercial. Apesar das dificuldades que qualquer em-preendimento possui, as empresas familiares são mais competitivas no mercado, exatamente por serem mais lucrativas e mais saudáveis. RNS – O que você acha de ter uma mulher à frente dos negócios? Faz alguma diferença?LA – Atualmente, posso dizer que

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Março é o mês das mulheres! Principalmente o dia 8, quando se comemora internacional-

mente o seu dia. A data foi instituída em homena-gem a um grupo de operárias de uma fábrica de tecidos, em Nova Iorque, que, em 1857, realizaram atos grevistas reivindicando melhores condições de trabalho e um tratamento digno e igualitário no ambiente profissional. A manifestação foi re-primida com total violência e as trabalhadoras fo-ram trancadas dentro da fábrica, incendiada em seguida. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. O incidente fez com que Organiza-ção das Nações Unidas (ONU) oficializasse, em 1975, o dia 8 de março como o “Dia Internacional da Mulher”.

No Brasil, um dos marcos na história das lutas feministas é a conquista do poder de voto femini-no, instituído no dia 24 de fevereiro de 1932, com a aprovação novo Código Eleitoral. Após a mu-dança, as mulheres conquistavam, além do direito de votar, a possibilidade de gerir cargos públicos e em grandes empresas privadas.

Um exemplo de força e dedicação feminina é a empresária cearense Leda Feijó Albuquerque. Mulher, mãe, dona de casa e ainda gestora de uma

grande empresa, Leda se divide para dar conta do seu próprio negócio. Nascida em Massapê no dia 15 de janeiro de 1961, foi em Fortaleza que Leda viu sua vida mudar. Ao lado do esposo, o empresá-rio Gerardo Vieira Albuquerque, dedicou os últi-mos 30 anos à criação e expansão da rede Center-box Supermercados, que surgiu de uma conversa entre irmãos.

Há cerca de um ano, Leda passou por momento de dor e dificuldade. O falecimento repentino da filha Gerly Alburquerque, na época diretora exe-cutiva da rede de Supermercados, abalou toda a família, porém, a empresária deu a volta por cima e continua trabalhando para manter a consolida-ção da marca Centerbox no mercado cearense.

Com a determinação de quem sabe conduzir muito bem qualquer tipo de empreendimento, Leda viu sua empresa conquistar, em novembro de 2013, o Prêmio Grandes Marcas: o Centerbox foi agraciado no segmento Varejo, categoria Super e Hipermercados. A premiação é realizada pelo Di-ário do Nordeste por meio de pesquisa do Vox Po-puli (votos populares) o que torna o Supermerca-do mais lembrado pelos cearenses no ano passado.

Confira a entrevista:

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esse fato já se tornou normal. Ter uma mulher comandando uma empresa é positivo sim, pois em muitas situações ela é mais maleá-vel que um homem, e isso pode fa-cilitar na hora de conduzir um ne-gócio ou uma simples reunião, por exemplo. A mulher também é mais comunicativa e mais delicada nas ações e nas palavras, e esse “jogo de cintura” pode facilitar muitas ne-gociações. Em toda sua história, a mulher já conseguiu derrubar mui-tos tabus e alcançar várias conquis-tas importantes, mas ainda assim acho que precisamos acabar com esse preconceito de que alguém pode ser melhor ou pior que o outro. Homens e mulheres devem crescer juntos, mesmo que estejam desempenhando funções iguais ou diferentes. Isso sim torna uma em-presa fortalecida! RNS – Como você lida com as responsabilidades de mãe, espo-sa e empresária? Trabalhar com o esposo é bom para os negócios? Tem algum lado negativo?LA – É complicado cuidar de casa, criar os filhos e ainda gerir uma empresa. Fico feliz que estamos conseguindo unir estas três ativi-dades. É preciso entender também que há um tempo para cada coisa. Para mim, antes de tudo vem a fa-mília, mas a organização é a chave do sucesso. Quanto ao lado nega-tivo, acredito que o pior é que, em alguns empreendimentos, ainda há certa centralização dos afazeres, que normalmente ficam atrelados ao homem, mas acredito que isso está mudando. Hoje, o Centerbox possui uma mulher em seu coman-do, há anos atrás isso não acontece-ria em empresa alguma! RNS – Qual a melhor fase da vida de uma mulher para apostar no

empreendedorismo? Aos 20, 30 ou depois dos 40 anos?LA – A idade ideal para a mulher empreender hoje é por volta dos 20 anos. Antes dessa idade, ela ainda é imatura, não por que não tenha conhecimento, mas por que ainda não passou pelas experiências que necessita para saber tomar decisões corretas. Já depois dos 30, a maio-ria das mulheres tem que convi-ver com outras responsabilidades, como o casamento e os filhos, en-tão acredito que entre 20 e 30 anos seja a idade perfeita para quem pla-neja abrir uma empresa. RNS – Qual a principal recomen-dação para a mulher que está pen-sando em empreender?LA – Querer e ter coragem para enfrentar as dificuldades já é o primeiro passo. Depois é preciso ter em mente as obrigações. Sem-pre digo que uma coisa é ser em-pregado e outra coisa é ser patrão, portanto, é preciso ter clareza nas decisões. Saber o que deve ser in-vestido, seja em relação ao lado financeiro ou pessoal, e, antes de tudo, é preciso se planejar muito. RNS – Dentro do seu negócio, o que te dá mais prazer em fazer?LA – O que me dá mais prazer é ver o sucesso do negócio. É saber que hoje, o Centerbox Supermer-cados emprega mais de 2.500 pes-soas e que mais de sete mil depen-dem indiretamente desse trabalho, entre terceirizados, familiares, etc. É pensar que a cada dia podemos satisfazer mais o nosso cliente e valorizar o nosso funcionário. É ter a certeza que trabalhamos para todos os públicos e vermos que o crescimento da marca nos dá uma real sensação de dever cumprido. RNS – Atualmente muitas empresas

investem em ações sociais. A rede Centerbox também tem essa preocu-pação?LA – Sim, também temos essa vi-são social. Cada loja ajuda uma creche da localidade em que o su-permercado está inserido. Também promovemos cursos de culinária nas unidades do Centerbox, cuja inscrição é apenas um quilo de ali-mento que é doado posteriormente a uma instituição da própria co-munidade. Esses cursos também impactam na vida das pessoas, que podem utilizar os conhecimen-tos adquiridos para aumentar sua renda. Nas datas comemorativas, como dia das crianças, das mães, dos pais, ou dia do ancião, sempre realizamos ações em nossos super-mercados ou em alguma entidade que ajuda essas pessoas. Para que isso ocorra, solicitamos um ofício ao local e a partir daí, realizamos uma visita para constatar a necessi-dade da ajuda. Também já fizemos campanhas como “Realize seu so-nho” com pessoas que gostariam de ganhar uma geladeira, uma ceia natalina, ou apenas uma cesta bási-ca. Crescemos em Fortaleza e pre-cisamos retribuir a confiança que nossos consumidores depositam em nós. Para isso, não há nada me-lhor que realizar ações para fideli-zar os clientes e nos manter sempre mais próximos a eles. RNS – Quando você olha para tudo que já foi construído até hoje, o que passa pela sua cabeça?LA – Ao longo desses 30 anos mui-tas coisas já foram concretizadas. Sonhei em ter uma loja grande e hoje temos nove! E mesmo que queiramos melhorar o padrão de atendimento e fazer reformas, só tenho a agradecer a Deus e aos nos-sos parceiros, desde fornecedores a funcionários, pela confiança que

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PING-PONG: Um livro: “O Monge e o Executivo”, de James C. Hunter.

 Um filme: “Vida de Inseto”

 Um lugar: “Curitiba”

 Uma frase: “Deus é Tudo!”

 Um líder: “Antônio Ermírio de Moraes” – empresário, engenheiro e presidente do Grupo Votorantim.

 Família: “É a base de tudo!”

 Negócios: “É o sustento e a consequência do trabalho”

Ser mulher... “É ser tudo em uma só! E fazer qualquer coisa

com qualidade e satisfação!”

nos é dada pelos produtos e servi-ços que nos permitem oferecer o melhor aos nossos clientes. RNS – Esquecendo um pouco o lado empresária e pensando no lado mulher, o que te dá prazer fazer?LA – Como mulher, eu gosto muito de viajar, isso me faz feliz. Assumo que sou muito nacionalista, gosto de viajar pelo Brasil, mas também gosto de conhecer novos países. Sem dúvidas, a melhor viagem é aquela que eu faço ao lado da mi-

nha família, e espero poder reali-zar esse tipo de passeio por muitos anos. RNS – De acordo com estudo re-alizado pelo SEBRAE, as empre-sas comandadas por mulheres estão sobrevivendo mais tempo no mercado. Na última década, subiu de 48% para 54% a taxa de empreendedoras com negócios ativos há mais de cindo anos. A quê você atribui essa ascensão?LA – Acredito que as empresas que possuem mulheres no coman-

do são mais duradouras, e essa informação é muito importante. Sabemos que o mercado está em ascensão e tem muito a crescer, en-tão as mulheres precisam sair do comodismo e ir à luta, pois temos a fama de sermos guerreiras e tra-balhadoras! Todas as mulheres de-veriam ter sua parcela no mercado de trabalho e para que isso ocorra, é preciso buscar a qualificação ne-cessária. Nós, mulheres, só temos a ganhar e conquistar tudo aquilo que queremos ter!

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Brasil não é um país civilizado”, diz Rachel Sheherazade

De acordo com estatísticas oficiais, entre 2007 e 2013, mais de 33.000

pessoas foram assassinadas no Brasil, mais ou menos 1.070 dessas mortes fo-ram consequência de assaltos. Outras 5.412 pessoas morreram em conflitos com a polícia, apenas no Rio de Janei-ro. No início de fevereiro, um grupo autodenominado 'justiceiro' espancou e prendeu nu a um poste um garoto, acusado de ser bandido, no Rio de Ja-neiro. A imagem do adolescente ataca-do foi notícia em todo o mundo.

No Brasil, o caso ficou ainda mais conhecido depois de ser noticiado pela âncora Rachel Sheherazade, apresenta-dora do telejornal “SBT Brasil”. Duran-te o programa, a jornalista disse que as ações do grupo são “compreensiveis” e que aqueles que são a favor dos di-reitos humanos e se sentiram mal pelo garoto deveriam “fazer um favor ao Brasil e adotar o ladrão”. Bombardeada por críticas, ela também teve o apoio de muitos.

A apresentadora tem opiniões for-tes sobre praticamente tudo: do Car-naval (“Uma festa para os ricos, para os bêbados e para o abuso das Forças Armadas”) a Justin Bieber (“Apenas um menino crescendo”).

Em uma entrevista exclusiva à FORBES, Raquel fala sobre a mais re-cente polêmica que protagonizou. Veja a seguir trechos da conversa:

FORBES: Do ponto de vista civil e dentro do que é esperado de um país civilizado, o que aconteceu com aquele adolescente atacado é errado. Por que você considera isso “compre-ensivo”?

Rachel Sheherazade: Brasileiros são indefesos e abandonados; eles não têm meios para se defender. Em uma situação extrema como essa, onde não existe ordem ou presença do Estado, é compreensível que as pessoas tenta-ram se proteger. Unir-se contra o cri-me não é um crime, é autodefesa. O que eu não aprovo é a insanidade de justiça nas mãos dos justiceiros. Além disso, o Brasil não é um país civilizado. Ninguém acredita mais nisso. Apenas leia as notícias e você vai ver o como o Brasil realmente é. Crianças queima-das em ônibus, prisioneiros sendo de-capitados, turistas sendo estuprados... E o que a mídia mostra é apenas a pon-ta do iceberg. Em termos de civiliza-ção, nós alcançamos o fundo do poço.

F: Você está em uma posição onde tudo que você fala irá influenciar as pessoas, de um jeito ou de outro, e você disse recentemente que a de-mocracia do Brasil é “um risco”. Você acha que existe uma falta de opinião no Brasil? RS: Eu não acho. O que falta é mais es-paço para contraponto. O problema é que qualquer um que diga alguma coi-sa diferente sobre o que a maioria das pessoas pensa, ou foi ensinada a pen-sar, acaba sofrendo todos os tipos de perseguição. Já existem ameaças para controlar a mídia com o propósito único de silenciar aqueles que promo-vem o livre discurso.

F: Suas observações sobre o adoles-cente foram polarizadas. Aparente-mente, muitos parecem ter concor-dado com você, ao mesmo tempo que setores como a mídia condenaram o

que você disse. Como explicar isso? RS: Alguns membros da mídia brasi-leira ainda estão de acordo com as re-gras de esquerda. Existem muitos blo-gs e websites financiados com dinheiro público, eles são pagos para promover um “discurso oficial” e difamar qual-quer que diga qualquer coisa contra o governo. É um jogo sujo, injusto e an-tidemocrático.

F: O escândalo do mensalão é larga-mente aceito por alguns membros do PT como algo “para um bem maior”. Qual é a diferença entre considerar esse crime “aceitável” e o crime co-metido contra o adolescente como “não aceitável”? RS: Entenda que existem muitas pes-soas boas no PT, assim como em qual-quer outro partido. Mas também há muitos esquerdistas no partido incli-nados a justificar qualquer coisa, até mesmo um crime, para se manter no poder. Foi o que aconteceu no men-salão. Eles dizem que isso tudo é so-bre perseguição política, o que de fato nunca existiu. Também é desrespeito-so com o sistema judicial brasileiro. Assim como no caso do menino, que terminou sendo um escape tolo para discursos duvidosos e para políticos oportunistas, que usaram o ocorrido para falsamente defender os direitos humanos. Eu gostaria que essas pesso-as e o governo se sentissem da mesmo forma sobre as pessoas que agem para trazer segurança à sociedade e se tor-nam vítimas do banditismo que tomou conta do Brasil.

Anderson AntunesForbes Brasil

ENTREVISTA

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DESTAQUE

Ministro Fernando Pimentel recebe da ABRAS o Troféu Supermercadista HonorárioO ministro do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, foi homenageado com o Troféu Super-mercadista Honorário 2013 pelo apoio do ministério ao setor super-mercadista. O prêmio foi entregue pelo presidente da Associação Bra-sileira de Supermercados (ABRAS), Fernando Teruo Yamada, na tarde do dia 04 de fevereiro, no MDIC, em Brasília.

Pimentel agradeceu o prêmio destacando ações e políticas do MDIC para o crescimento do varejo e se comprometeu a continuar o tra-balho para fortalecimento do setor. Já o presidente da ABRAS ressaltou o trabalho em parceria realizado e a equipe do ministério, sobretudo da Secretaria de Comércio e Serviços, para apoio à inovação e desenvolvi-mento da atividade varejista.

O grupo, formado por represen-

tantes do governo, da iniciativa pri-vada e dos trabalhadores, trabalha para alcançar quatro diretrizes prin-cipais. São elas: fortalecimento do setor e aumento da competitividade; ampliação e criação de competências tecnológicas e de negócios; amplia-ção do acesso a bens e serviços de qualidade para a população e ocupa-ção de novos mercados; e fortaleci-mento do desenvolvimento regional.

Participaram da audi-ência, além do presidente Fernando Yamada, o vi-ce-presidente da ABRAS, Mário Habka, o presi-dente da Associação de Supermercados de Bra-sília, José Fagundes Maia Neto, o presidente da Associação Mineira de Supermercados, Alexan-dre Poni, o presidente da Associação Paulista de

Supermercados, João Galassi, o de-legado da Associação Pernambucana de Supermercados, Carlos Ely, o su-perintendente da Associação Goia-na de Supermercados, João Bosco de Oliveira, e o diretor de Relações Institucionais da ABRAS, Alexandre Seabra.

Comunicação MDIC/Redação Portal ABRAS

Presidente da ABRAS, Fernando Yamada, entrega o troféu Super-mercadista Honorário ao Ministro Fernando Pimentel (MDIC).

O setor de varejo foi um dos beneficiados pelo Plano Brasil Maior, lançado em 2011, a partir do Conselho de Competividade de Comércio.

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TECNOLOGIA

Ministro lança carteira de trabalho digital no RioO ministro do Trabalho, Ma-

noel Dias, lançou (30 de ja-neiro) no Rio de Janeiro a versão eletrônica da carteira de trabalho. É um cartão digital com código de barras que reúne o histórico do trabalhador. Há também o nú-mero do Programa de Integração Social (PIS) e as contribuições declaradas pelos empregadores ao longo da carreira profissional do empregado, desde o primeiro emprego até a aposentadoria.

"Estamos empreendendo uma série de reformas no ministério, agilizando-o, informatizando-o e, no decorrer deste ano, teremos a carteira online. O trabalhador senta na cadeira e sai com ela pronta, com a assinatura digital,

sem risco de perder o emprego", declarou ele. "Há lugares em que realmente demora [a emissão da carteira] dez, 20 dias, e nesse meio tempo a pessoa perdeu o emprego", explicou.

Atualmente, os postos do Sis-tema Nacional de Emprego (Sine) recebem as informações do traba-lhador em um pendrive (dispositi-vo portátil para gravação de dados) e as envia para uma das agências do Ministério do Trabalho, que prepa-ra a carteira de trabalho. O traba-lhador precisa então buscar a car-teira no posto após 15, 20 dias.

Outra vantagem do documen-to, segundo o ministro, é informar se o empregador vem recolhendo corretamente o Fundo de Garan-

tia do Tempo de Serviço (FGTS) e as contribuições previdenciárias, bem como diminuir o número de fraudes, por favorecer a seguran-ça nos processos operacionais.

O secretário de Trabalho e Renda do estado do Rio, Sergio Romay, informou que a previsão é que, a partir de março, todos os municípios tenham pelo menos um emissor de carteira de traba-lho eletrônica. "Compramos 111 kits com scanner, caneta, com o processo de transmissão de por-tabilidade para o ministério e va-mos distribuí-los aos 66 postos Sine no estado do Rio", garantiu.

Agência Brasil

Ministro do Trabaho Manoel Dias

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EVENTO

Feira APAS 2014 abordará a ConfiançaConsiderado o maior e mais

importante evento do setor supermercadista do mundo, a Feira APAS completa 30 anos de existência.

A feira que será realizada entre os dias 05 e 08 de maio no Expo Center Norte em São Paulo já está com 80% dos estandes vendidos

O ano passou rápido. Ao mes-mo tempo em que o setor come-

mora os resultados da Feira APAS de 2013, já se prepara para a edi-ção de 2014, que acontecerá nos primeiros dias de maio. Exposi-tores, visitantes, fornecedores e supermercadistas estão em con-tagem regressiva para trocar ex-periências, fazer bons negócios, rever e fazer amigos e conhecer todas as novidades do segmento.

Esta edição é especial: o even-

to está completando 30 anos, com o mérito de se reinventar, crescer e atrair cada vez mais o público e os participantes do segmento varejista. Este ano o número de palestrantes internacionais será maior. São pessoas que trazem as experiências de fora e conseguem acrescentar informações aos su-permercadistas, que melhoram a operação na loja, no dia a dia.

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“Quem for à Feira APAS 2014 poderá atualizar informações com as palestras, rever e conhecer pessoas importantes e também fazer negócios. A cada edição o evento possibilita novas parce-rias”, ressalta o diretor da Feira APAS, Ronaldo dos Santos.

O tema da Feira APAS este ano será Confiança – Fundamento do Time Campeão. Afinal, confiança é essencial em todos os relaciona-mentos, sejam eles de amizade, familiar, social ou de negócios. As organizações, equipes e colabora-dores alcançam maior produtivi-dade quando trabalham com um alto grau de confiança. O maior desafio hoje é fortalecer o laço em um cenário onde todos são pres-sionados para atingir metas e re-sultados.

Uma das novidades para a edi-ção deste ano contempla o pro-jeto especial para fornecedores e clientes da categoria bazar, que contará com uma área de 248 m² e reunirá diversos produtos, tais como utensílios e objetos de copa, cozinha, decoração e pre-sentes. Esta ação visa mostrar que a seção pode proporcionar uma maior rentabilidade à loja, bem como o aumento da frequência e tíquete médio de uma visita ao supermercado.

Pensando em abordar os di-versos departamentos que com-põe uma loja, a Feira da APAS criou o Projeto Padaria. Com caráter inovador e focado no me-lhor aproveitamento das possibi-lidades mais atuais dentro de um supermercado, o Projeto Padaria ensina como montar uma pada-ria dentro dos pequenos e médios estabelecimentos. Da mesma for-ma, este ano, mais uma vez será

realizado o Projeto Bazar, em que novos fornecedores ocupam um espaço caracterizado, para apre-sentar todas as possibilidades que compõe esta categoria que repre-senta em média 15% do fatura-mento de um hipermercado.

Feira APAS 2013em números

Sob a temática Capitalismo Consciente, o evento do ano pas-sado recebeu 64.245 visitantes. Ao todo, foram 424 expositores nacionais e internacionais que mobilizaram cerca de R$ 5,5 bi-lhões em negócios. Assim como acontecerá este ano, a Feira APAS 2013 ocupou os quatro pavilhões do Expo Center Norte, em 68 mil metros quadrados de área de exposição. Também estiveram presentes 600 executivos de 51 países, entre eles Portugal, Ale-manha, África do Sul, Argentina, Chile, Equador e Peru.

Congresso APAS

As palestras apresentadas no Congresso Apas este ano serão de extrema importância para profis-sionais do setor e empresários de uma maneira geral, pois abordara temas que podem ser explorados em diversas áreas. Serão pales-trantes nacionais e internacionais discutindo estratégias e tendência do varejo.

O Congresso de Gestão é o lu-gar ideal para adquirir conheci-mento com um verdadeiro time de craques, formado por influen-ciadores do mercado nacional e internacional. A confiança está relacionada diretamente ao que é conhecido e respeitado. É um

sentimento conquistado através de experiências positivas gera-das diretamente, que consistem em relacionamentos sustentáveis. Além disso, o sucesso a médio e longo prazo das empresas trans-mitem segurança e agregam valor.

Assim como nos esportes, no mundo dos negócios a confiança pode ser a chave para o sucesso. O Congresso de Gestão da Feira APAS 2014 tem objetivo de dar ênfase e mostrar a importância da relação entre empresas e consu-midores, apontando a confiança como uma das principais tendên-cias do mercado.

O GVcev – Centro de Exce-lência em Varejo da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo é responsável pelo suporte pedagógico do evento.

Com o tema Liderando na Ve-locidade da Confiança, Stephen M. R. Covey consultor organiza-cional especializado em confian-ça, liderança, ética e alto desem-penho, abre o ciclo de palestras, no grande auditório, no dia 06 de maio. Antigo CEO do Covey Lea-dership Center e atual presidente do Conselho Consultivo do Ins-tituto de Performance Humana, Covey falará em seu painel sobre como a confiança afeta de forma mensurável a velocidade e o cus-to de uma empresa. Como função do caráter e da competência, a confiança pode ser criada e des-truída, efetivamente ensinada e aprendida. Na maioria dos casos, a confiança perdida pode até ser restaurada.

O setor de Tecnologia da Infor-mação também fará parte do ciclo de palestras da feira. Com o tema Estratégias de TI para sustentar a

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operação: a loja não pode parar, Rubens Jana, diretor da Avanade do Brasil, mostrará como criar estratégias para que a tecnologia seja um aliado do varejista e nun-ca deixe a loja parar. Este painel discutirá como criar uma área de TI confiável e que gere confiança nos usuários. O congressista po-derá entender como empresas va-rejistas de todos os portes podem criar uma estrutura de TI confiá-vel e que suporte todas as áreas da empresa em todos os momentos.

As tendências e o comporta-mento do consumidor também ganham destaque no Congresso de Gestão da APAS. O auditório dedicado ao Comportamento e Evolução do Consumidor Brasi-leiro, tentará mostrar como o con-sumidor brasileiro está em evolu-ção constante. Nos últimos anos,

o padrão de compra mudou mui-to, assim como o seu grau de exi-gência. Os palestrantes deste tema mostrarão o que tem mudado e como isso pode afetar as estraté-gias de uma empresa.

O painel de Rafael D’Andrea, CEO do Grupo Toolbox, abordará as mudanças que vêm ocorrendo no perfil do shopper nos últimos anos e como isso afeta as estraté-

gias de ponto de venda dos super-mercadistas.

Cada detalhe do evento está sendo pensado para que a feira possa acrescentar conhecimento, experiência e informações para o varejista, no dia a dia. É importan-te que o supermercadista envolva as equipes de colaboradores para que todos participem da Feira APAS 2014.

ServiçoAPAS 2014 – 30º Congresso e Feira de NegóciosColetiva de imprensa: dia 05/05/2014, das 11h às 12h;Solenidade de Abertura: dia 05/05/2015, das 14h às 15h;Exposição: de 05/05/2014 a 07/05/2014, das 14h às 22h; e dia

08/05/2014, das 14h às 20h;Congresso: de 06/05/2014 a 08/05/2014, das 08h às 14h;Local: Expo Center Norte, localizado na Rua José Bernardo Pin-

to, 333 – Vila Guilherme, São Paulo – SP

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HOMENAGEM E REFLEXÃO

Homenagem da Revista Nosso Setor a todas as mulheres brasileiras

Mulher virtuosa, quem a achará?

Texto - Provérbios 31 : 10-31

Pr. José Flávio de Souza FilhoBacharel em Teologia. Igreja Batista Josué. [email protected]

A greve terminou em tragé-dia, pois os patrões não cederam e mandaram atear fogo no pré-dio, matando todas elas. Em sua memória, a Conferência Inter-nacional da Mulher, reunida em 1910, declarou o dia 8 de março o Dia Internacional da Mulher. Porém o texto bíblico nos dar um retrato de uma mulher virtuosa. Nela não encontrei joias, mas o seu valor, o seu testemunho, a sua vida dedicada a Deus e ao lar excedem, brilham e são mais valiosas que finas joias. A mulher virtuosa com suas qualidades fez o coração de seu marido deposi-tar nela total confiança, nada lhe faltando, tendo sempre bonança. Fazer o bem é o lema de sua vida. A bondade, o trabalho, a agilida-

de são os anéis que ornamentam os seus dedos. A lã, o linho, os tecidos, as sementes dão um co-lorido especial ás suas mãos! E os seus vestidos! São os tecidos muito especiais chamam-se: for-ça e dignidade. Na sua boca, na sua lingua encontramos sabedo-ria e bondade: está sempre pron-ta a falar verdade. O temor de Senhor reflete em todo o seu ser. Aqui está um retrato de uma mu-lher virtuosa onde não vemos no texto bíblico a cor de seus olhos nem o tamanho dos seus cabelos; não sabemos se é alta, ou baixa, alva ou morena, gorda ou magra. O temor a Deus é o que a faz bela ao ponto de ser chamada: mulher virtuosa! Deus abençoe todas as mulheres !

Em todo mundo celebra-se no dia 8 de março o Dia Inter-

nacional da Mulher. Escolheu--se esse dia porque em 1857, em Nova York foi realizado a primei-ra greve conduzida somente por mulheres. Eram 129 operárias têxteis em luta por melhores con-dições de trabalho, jornada de 10 horas diárias e melhores salários.

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ANO 3 - Número 6 | MARÇO / ABRIL DE 2014 | WWW.PORTALREDEBRASIL.COM.BR PARAÍBA

Empreendedoras paraibanas

recebem Prêmio NacioNal

eVeNToAspb e AbrAs realizam Workshop em Campina Grande

riQUeZa ParaibaNaCentro Convenções deve mudar a história de João pessoa

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Centro Convenções deve mudar a história de João Pessoa

O governador Ricardo Couti-nho entregou, em outubro,

a 2ª etapa do Centro de Conven-ções de João Pessoa ‘Poeta Ro-naldo Cunha Lima’, localizado no Polo Turístico Cabo Branco. O centro, considerado um dos mais modernos do país, representará um investimento de R$ 240 mi-lhões até a conclusão da última etapa prevista para o primeiro semestre de 2014. “A Paraíba é a bola vez do turismo. Com esse centro a Paraíba entra na rota do turismo internacional de eventos e negócios, movimentando bares, restaurantes, taxistas e toda uma

cadeia que é determinante na ge-ração de empregos e renda”, de-clarou.

De acordo com o governador Ricardo Coutinho, o Centro de Convenções vai gerar uma am-pliação da rede hoteleira a par-tir do Polo Cabo Branco e uma expansão do setor de serviços, gerando empregos e renda para os paraibanos. Ele comemorou o ritmo das obras, que já chegou a 82% de sua totalidade e enfati-zou: “Essa é mais uma etapa ven-cida com a entrega do centro de eventos moldáveis para até nove mil pessoas, do mirante, do res-

taurante e junto com a feira de eventos já representam um inves-timento de R$ 185 milhões”.

Ricardo Coutinho destacou que o empreendimento consoli-dará João Pessoa como uma porta de entrada para a interiorização do turismo, chamando a atenção para potenciais como o Vale dos Dinossauros, em Sousa; o Laje-do Pai Mateus, em Cabaceiras; as inscrições rupestres, em Ingá; a Pedra Boca, em Araruna. Ele acrescentou que o Governo está preparando o Estado com investi-mentos pesados na infraestrutura de todas as regiões que são essen-

Paraíba recebe 2ª etapa do Centro de Convenções de João Pessoa

(Centro de Eventos é considerado um dos mais modernos do País)

riqueza ParaiBaNa

Banco de imagens

Banco de imagens

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ciais para o desenvolvimento do turismo e para a melhoria da qua-lidade de vida da população.

Personalidades políticas, em-presariais e do trade turístico par-ticiparam da solenidade de inau-guração do espaço de convenções, do mirante e do restaurante do Centro de Conven-ções, que contou ain-da com as presenças do vice-governador Rômulo Gouveia; da primeira dama do Es-tado, Pâmela Bório; do deputado federal Damião Feliciano; do deputado estadual Edmilson So-ares, representando a Assembleia Legislativa; secretários de Estado; Dona Glória Cunha Lima, viú-va de Ronaldo Cunha Lima, que

empresta o seu nome ao Centro de Convenções; e Elízia Lopes, do Convention Bureau, representan-do o trade turístico.

Estrutura - O Centro de Con-gressos possui blocos adminis-trativos em três pavimentos, sa-las multiuso com um auditório

com capacidade para 2.300 pessoas e salas moldáveis com ca-pacidade total para até 7.500 pessoas. Ao todo são oito auditó-rios adaptados e 23 salas conforme o pú-blico dos eventos. O

mirante, que é uma estrutura em concreto no formato de pirâmide invertida, tem altura equivalente a um edifício de 17 andares (57m). No primeiro piso funcionará o

restaurante, após a realização de um processo licitatório para escola da empresa. O acesso dos visitan-tes à área de contemplação vai ser feito por meio de dois elevadores e quando aberto ao público dará uma ampla visão de praias e de al-gumas áreas da cidade. A área to-tal do Centro de Convenções é de 34,52 hectares, sendo 48.676 me-tros quadrados de área constru-ída. Os três estacionamentos – já em funcionamento – comportam mais de mil automóveis. O teatro, última etapa da obra, terá capaci-dade para 3.042 lugares e com es-trutura e acústica adequadas para realização de shows de artistas na-cionais e internacionais.

Mercado & Eventos

“A Paraíba é a bola vez do

turismo.”

Banco de imagens

Banco de imagens

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MAlves Supermercado expande atividades em Monteiro

A história de empreendedo-rismo de José Edmar Alves

começa com algo que o diferen-ciou dos outros donos de merca-dinhos. Em 1990, ele entendeu que o mercado público da cidade de Monteiro, no Cariri paraibano, seria ideal para começar seu ne-gócio.

Ele enxergou a oportunidade: “eu estaria num espaço público e começaria vendendo os produ-tos de maior consumo na região, como cereais a granel (em grande quantidade), farinha, feijão, mi-lho e arroz”. Criou, há 24 anos, o MAlves Supermercado.

Segundo a gestora do projeto do Comércio Varejista de Super-mercados do Sebrae em Campina Grande, Lourdinha Ribeiro, que atende ele e outros comerciantes, o empreendimento de Edmar é um dos mais organizados que ela já encontrou. “É um destaque na cidade. Todos o escolhem pela or-ganização, higienização e atendi-mento”, disse.

Mas Edmar, como todo em-preendedor, passou também por momentos difíceis. Segundo ele, as longas estiagens na região onde mora afetaram muito a zona ru-ral. “Todos sofremos com a seca, principalmente nossos maiores fornecedores, agricultores e pecu-aristas”, falou.

Mesmo diante dessas e ou-tras dificuldades, o empreende-

eCONOMia

dor nunca desistiu. Ao contrário, evoluiu. A partir de uma parceria com o Sebrae da cidade, ele se ca-pacitou no Empretec, na Oficina Gerencial, em Cooperativismo e Atendimento ao cliente.

“Todos esses cursos serviram para um conhecimento adminis-trativo melhor, com mais segu-rança na tomada de decisões”, ex-plicou. A expansão do negócio se deu em pouco tempo.

Edmar já abriu uma filial do MAlves Supermercado.

Através de uma pesquisa com a clientela, ele descobriu o que eles pediam: mais espaço, açougue, hortifrutas e abrir aos domingos. Por causa das reivindicações, ele montou a filial da Rua Dr. João

Minervino Dutra de Almeida, 129, Centro da cidade.

A visão de crescimento Edmar adquiriu também após se unir a outros donos de mercadinhos e supermercados. Todos estão na Rede Cariri de supermercados. “Entrei para obter preços melho-res e divulgar mais a minha em-presa. As vantagens são muitas: aprender com os colegas, resolver junto os problemas, treinamentos e parcerias”, detalhou.

Como crescer é bom e faz bem, o empreendedor traçou um pla-no para seguir. “Vou montar um pequeno Atacarejo, uma mistura das duas linhas de vendas”, excla-mou.

Valdívia Costa

Empresa também integra a Rede Cariri de supermercados.

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ASPB e ABRAS realizam Workshop em Campina Grande

Workshop ABRAS & Estaduais, realizado dia 12 fevereiro na Paraíba (PB)

Cerca de 150 supermercadistas da Paraíba participaram no

dia 12 de fevereiro do workshop promovido pela Associação de Su-permercados da Paraíba (ASPB) e a Associação Brasileira de Super-mercados (ABRAS), que contou com parceria do Sebrae-PB.

Na abertura do Workshop, que chega a sua quarta edição, o presi-dente da ASPB, Cícero Bernardo da Silva, agradeceu a presença dos supermercadistas e executivos do setor, e reforçou a importância da parceria entre a ABRAS, a ASPB e o Sebrae-PB na promoção de eventos que ajudem em um me-lhor desempenho dos supermer-cados.

A ABRAS foi representada pelo

diretor José Willame de Araújo, que ressaltou em seu discurso o compromisso do presidente da entidade, Fernando Yamada, com o setor e do seu objetivo de levar conhecimento para os pequenos e médios supermercadistas de todo o País. Ele destacou ainda a força da ABRAS aliada às associações estaduais e das ações institucio-nais da entidade junto ao governo federal.

Para o técnico do Sebrae-PB, Marcos Faria Magalhães, é mui-to importante apoiar eventos que auxiliem na preparação do setor no estado. "A união faz com que possamos levar conhecimento aos supermercadistas para torná--los mais fortes e próximos."

O Workshop destacou temas como conceitos de layout e ex-posição, aumento nas vendas, etiquetas eletrônicas para ajudar na eficiência da loja, perspectivas para a economia brasileira e seus impactos no varejo nordestino e estratégias de precificação, entre outros.

Workshop ABRAS & Estaduais

Já estão programados Workshop ABRAS & Estaduais para os esta-dos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pará, Tocantins, Pernambuco, Santa Catarina, Distrito Federal.

Portal ABRAS

MerCaDO e NeGÓiCiOS

150 supermercadistas participaram do evento em parceria com o Sebrae-PB

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Empreendedoras paraibanas recebem prêmio nacional

CaPa

Na categoria Produtora Rural, a paraibana de Camalaú ficou com a primeira colocação nacional. Como Microempreendedora Individual, empresária

de João Pessoa fica com segundo lugar

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A Paraíba levou duas medalhas na etapa nacional do Prêmio

Sebrae Mulher de Negócios, en-tregue no final da manhã, desta terça-feira (25), em Brasília. O Es-tado concorria nas três categorias (produtora rural, pequenos negó-cios e microempreendedor indi-vidual), com uma representante em cada uma delas. A produtora rural paraibana, do município de Camalaú, Maria de Fátima Barbo-sa ficou com a primeira colocação nacional (medalha de ouro) em sua categoria e Thaís Fernandes de Araújo ficou em segundo lugar (medalha de prata) como micro-empreendedora individual.

“Esse reconhecimento na-cional reforça a importância do empreendedorismo feminino em nosso Estado. Havia muitas his-tórias de mulheres fantásticas, de todo o país, e a Paraíba se desta-cou mais uma vez, mostrando a força de suas empreendedoras”, destacou a analista do Sebrae e gestora estadual do Prêmio, Ma-

ria José Mene-zes.

Maria de Fá-tima Mota Bar-bosa foi a ven-cedora estadual e agora nacional na categoria Pro-dutora Rural. Graças à sua técnica inova-dora de retirada de espinhas do peixe traíra, ela conseguiu am-pliar a produção, garantiu a reto-mada do pesca-do no mercado e gerou renda para mulheres da região. Atualmente, a traíra desfiada gera renda para 30 mulheres das cidades de Camalaú, Sumé e Congo, no Cariri paraiba-no, e ainda contribui para a me-lhoria nutricional da alimentação familiar. O mercado do pescado ainda vem sendo ampliado, com a produção artesanal com pele e escamas do peixe, gerando o apro-veitamento integral.

“Estou muito honrada em car-regar a bandeira das trabalhado-ras rurais da Paraíba e mostrar ao resto do país o nosso trabalho. Fiquei muito emocionada com a medalha de ouro e quero conti-nuar contribuindo para o empre-endedorismo da região”, afirmou Maria de Fátima.

Já Thaís Fernandes de Araú-jo, primeira colocada estadual na categoria Microempreendedora Individual, ganhou a medalha prata (segunda colocação) na pre-miação nacional. Proprietária da Presentes Especiais, a empresária começou a produção de presentes

personalizados em 2005, quando tinha apenas 15 anos. Para con-cretizar o sonho de ter o próprio negócio, Thaís buscou parcerias com artesãos paraibanos e passou a fabricar produtos customizados para os seus clientes. Em 2008, lançou o e-commerce da loja e, em 2010, formalizou-se como MEI, iniciando parcerias com instituições como o Sebrae.

Para Thaís, o prêmio é mais um reconhecimento do seu trabalho. “Estou muito feliz, este é um novo momento em minha vida e sei que estou preparada para mudar de categoria e me tornar uma mi-cro empresária. Quero continuar empreendendo e ampliando mi-nha empresa”, disse Thaís Araújo.

Estadualmente, as empresárias premadas receberam troféu, cer-tificado e um selo de reconheci-mento, além de um curso ofereci-do pelo Sebrae e 16 horas técnicas de consultoria. Nacionalmente, eles ganharão uma viagem de ne-gócios internacional.

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Concurso premia jogos de empreendedorismoSebrae vai escolher dez games que apresentem o mundo dos negócios aos jovens universitários

Games empresariais educa-tivos permitem ao jovem

ter seu primeiro contato com o mundo dos negócios e podem contribuir para que, no futuro, ideias inovadoras ganhem mer-cado. Para estimular iniciativas dessa natureza, o Sebrae lançou o 2º Concurso de Desenvolvimen-to de Jogos Digitais. Os prêmios somam R$ 450 mil e serão desti-nados a projetos que tratarem do tema empreendedorismo. Para participar, os interessados devem se inscrever no site https://con-cursodesenvolvimentodejogos.sebrae.com.br

A primeira edição do concurso aconteceu em 2013 e contou com mais de 300 inscrições. Desse to-tal, dez jogos foram vencedores e agora estão disponíveis no site do Desafio Universitário Empreen-dedor (www.desafio.sebrae.com.br), competição nacional para es-tudantes de cursos superiores de graduação.

Para vencer o Desafio Uni-versitário, as equipes têm várias possibilidades de pontuar, como fazer cursos no Sebrae e discipli-nas relacionadas ao empreende-dorismo em suas faculdades ou competir nos games empresariais.

Nessa edição, os desenvolvedo-res terão dois meses e meio para criar seus softwares e submetê-los ao concurso. Os jogos devem ser

educativos para promover atitu-des empreendedoras e disseminar conteúdos de gestão. Os projetos passarão por avaliação do conte-údo didático em relação à temá-tica, compatibilidade tecnológi-ca com a plataforma do Desafio Universitário Empreendedor e às exigências do edital do concurso. Em seguida, os classificados serão avaliados por uma banca de espe-cialistas em games e empreende-dorismo.

Ao final da etapa de julgamen-to, dez jogos recebem os prêmios. O grande campeão do concurso ganhará R$ 80 mil, além de, junto com os outros nove vencedores, ter seu jogo disponível no portal do Desafio Universitário Empre-endedor. O segundo colocado re-

ceberá R$ 70 mil, o terceiro, R$ 60 mil, o quarto, R$ 50 mil, e o quin-to, R$ 40 mil. Do sexto ao décimo lugar, o prêmio será de R$ 30 mil para cada jogo vencedor.

Prazo

As inscrições vão até o dia 4 de abril e podem ser feitas no endereço https://concursodesen-volvimentodejogos.sebrae.com.br. Os ganhadores do concurso assinarão com o Sebrae um termo de cessão para que os jogos pos-sam ser disponibilizados gratuita-mente na plataforma do Desafio Universitário Empreendedor. A previsão é de que os vencedores sejam anunciados em maio.

Jovens têm o primeiro contato com mundo dos negócios por meio de games

eVeNTOBanco de im

agens

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Quem está pensando em abrir um negócio terá uma opor-

tunidade ímpar este ano. Em maio, a Feira do Empreendedor da Paraíba vai oferecer cerca de 300 atividades gratuitas com o foco no empreendedorismo. Du-rante quatro dias, serão oferecidas palestras, oficinas, atendimentos presenciais, exposições, além de uma feira de oportunidades de negócios em comércio e serviço.

O evento será realizado entre os dias 15 e 18 de maio, no Cen-

tro Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa, e tem como público-alvo pessoas interessadas em abrir o próprio negócio, empreendedores interes-sados em ampliar ou diversificar seus negócios, microempreende-dores individuais, estudantes uni-versitários e de cursos profissio-nalizantes, instituições de ensino, pessoas que buscam empreender e complementar sua renda, além de investidores.

O tema da edição deste ano é

“O empreendedorismo que trans-forma”, a Feira do Empreendedor é um excelente espaço para que empresas consolidadas no mer-cado apresentem aos visitantes oportunidades de negócios, ten-dências ou mesmo a ampliação de mercado. Nesta edição, a Feira do Empreendedor da Paraíba vai oferecer 80 estandes para fran-queadores e fornecedores de má-quinas e equipamentos.

Kaylle Vieira

Feira do Empreendedor vai oferecer mais de 300 atividades gratuitasEvento irá acontecer entre 15 e 18 de maio, no Centro de Convenções de João Pessoa

eVeNTO

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Restaurante inova e lança cardápio digitalNova tecnologia para gastronomia foi apresentada dia 25 de fevereiro em Campina Grande

Tecnologia e inovação são im-portantes aliados para os pe-

quenos negócios e fundamentais para quem quer estabelecer um di-ferencial competitivo no mercado. Em tempos de comunicação digi-tal, as empresas estão cada vez mais buscando soluções que reduzam custos e atraiam um número maior de clientes através fora do mundo “off-line”. Foi isso que fez o restau-rante Forno e Pizza, em Campina Grande (PB). Dia 25 de fevereiro, a empresa lançou seu cardápio digital, que substitui os cardápios impressos por tablets.

A ferramenta que está sendo ofe-recida para bares e restaurantes da Paraíba, através de uma parceria en-tre o Sebrae Paraíba e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Paraíba (Abrasel-PB), foi desenvol-vida pela MVarandas Tecnologia.

O proprietário da pizzaria, Ma-

rinaldo Barreto, vai experimentar a tecnologia, que agiliza o atendi-mento. Com mais de 70 sabores só de pizzas, outros pratos regionais e a adega, uma das melhores da cidade, o cliente vai ter o que pesquisar e se informar. O cardápio ainda dá a op-ção de um sistema de classificados, no qual o empreendedor poderá ne-gociar espaços publicitários.

O gerente do Sebrae em Campi-na Grande, Antônio Felinto, disse que o momento era importante para a observação da atitude empreende-dora de Marinaldo e de quem mais realizou o projeto. “O processo tec-nológico é revolucionário. Espera-mos que essa atitude seja uma das mais copiadas dos últimos tempos. Está na hora das outras empresas fa-zerem o mesmo, apostarem no dife-rencial digital”, disse.

Já vivemos uma realidade infor-matizada e esse processo está cada

vez mais comum, segundo Felinto. “É nesse mundo digital em que se insere a Forno de Pizza, com um avanço na forma de pedir a comida em seu estabelecimento. O processo foi levado com o Sebrae, mas a gen-te é quem agradece por nos colocar próximos desses inovadores que nos projetam na vanguarda das tecnolo-gias”, concluiu.

O representante da MVarandas, desenvolvedora do programa no qual o cardápio da Forno de Pizza funcionará, Marcos Filho, disse que o produto é resultado de três anos de intensas pesquisas. Desenvolvi-do primeiramente como ferramenta que auxiliaria as empresas durante o período da Copa 2014, que será de intenso atendimento, o cardápio digital será a novidade deste ano, se-gundo os realizadores.

Marcus explicou que o sistema possibilita que o cliente acesse o cardápio da empresa através de um tablet do restaurante ou de seu pró-prio smartphone. O pedido poderá ser feito diretamente da plataforma. O empreendimento Forno de Pizza comemora 19 anos de funciona-mento no mesmo local, no bairro São José.

LaNÇaMeNTO

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Prefeitura de Cabedelo apresentou projetos e ações para a Educação e institui o Ano Cultural Altimar Pimentel

A Prefeitura de Cabedelo, atra-vés da Secretaria Municipal

de Educação, realizou dia 28 ja-neiro no Teatro Santa Catarina, a apresentação do ano letivo 2014. Durante o evento, foram divulga-das as ações, programas e proje-tos educacionais que integrarão a campanha municipal intitulada “Semear Educação Cidadã”, a ser desenvolvida ao longo do ano. Na ocasião, o prefeito Leto Viana en-tregou as portarias de nomeação de todos os gestores escolares e assinou o decreto instituindo o “Ano Cultural Altimar de Alencar

Pimentel”, em homenagem ao es-critor, jornalista e teatrólogo que tanto incentivou e divulgou a cul-tura cabedelense numa ação con-junta das Secretarias de Educação e de Cultura.

O evento teve início com uma apresentação do coral cabedelen-se Tom Jobim e contou com a pre-sença de convidados especiais e representantes de todas as 30 uni-dades educacionais do município, sendo 22 escolas e 8 creches.

“Estaremos reunidos com os multiplicadores diretos do nos-so Projeto, que é implantar uma

Educação Cidadã no município de Cabedelo. Acreditamos na Educação como sendo a base de formação da cidadania, impres-cindível à construção de uma so-ciedade justa, onde todos tenham a oportunidade de desenvolver seu potencial e disputar em igual-dade de condições as oportuni-dades, inclusive profissionais”, afirmou o Prefeito Leto Viana, ressaltando o trabalho da secre-tária municipal de Educação e de Cultura, Clecy Alves, e do asses-sor especial da Secretaria, Neroal-do Pontes.

Ano Cultural Altimar de Alencar Pimentel

A cada ano, a Prefeitura de Cabedelo homenageará uma per-sonalidade que tenha prestado relevantes serviços à cultura ca-bedelense. Este ano foi dedicado a Altimar de Alencar Pimentel (in memoriam), escritor, teatrólogo e jornalista que dedicou sua vida à arte e ao município de Cabedelo, incentivando, divulgando e enri-quecendo a cultura local.

Altimar Pimentel ocupou a ca-deira nº 1 da Academia Paraibana de Letras, bem como uma cadeira no Instituto Histórico e Geográfi-

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LaNÇaMeNTO

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co da Paraíba. Graduado em Le-tras pela Universidade Federal da Paraíba, era especialista em Dire-ção Teatral, em Teatro de Bonecos e implantou o Curso de Comuni-cação Social da UFPB.

Publicou mais de 30 livros e outras dezenas de artigos sobre a história de Cabedelo, Folclore, estudos de Folclore e Literatura, incluindo coco de roda, contos populares, ciranda, lapinha, fan-dango e bumba meu boi. Teve mais de 10 peças de teatro publi-cadas e muitas encenadas. Uma de suas obras, “Incantations”, foi publicada nos Estados Unidos e outra, “O auto do Boi na Paraíba”, na França.

Em reconhecimento ao seu trabalho desenvolvido pela ci-dade, Altimar Pimentel foi eleito vereador de Cabedelo, assumiu diversos cargos municipais, como

Secretário de Educação e de Cul-tura. Teve um grande destaque estadual e nacional, como Asses-sor Cultural do Instituto Nacional do Livro, no Rio de Janeiro; As-sessor Administrativo da Câma-ra dos Deputados, em Brasília; Vice-Presidente da Associação de Dramaturgos do Nordeste; membro do Conselho da Lei Viva Cultura; coordenador do Núcleo de Pesquisa e Documentação da Cultura Popular da UFPB; dire-tor do Teatro Santa Roza, em João Pessoa, entre tantas outros cargos.

Durante muitos anos, traba-lhou como jornalista, sendo re-dator da Coordenação do Minis-tério da Agricultura; da Câmara dos Deputados; dos jornais Cor-reio Brasiliense, Correio da Paraí-ba, O Momento e A Tribuna.

Altimar conquistou muitos prêmios, por três vezes foi eleito o

melhor autor em Festivais Nacio-nais de Teatro e recebeu diversos títulos, menções honrosas, entre outras homenagens, em uma tra-jetória de muita dedicação pela Literatura, pelo Folclore, pelo Te-atro e por Cabedelo.

“A família ficou muito emo-cionada com essa homenagem, pois somos grandes admiradores do trabalho de Altimar e é mui-to gratificante ver a Prefeitura de Cabedelo reconhecer o que ele fez pela cidade e tê-lo como exemplo a ser seguido. Espero que a traje-tória de Altimar seja inspiração para os nossos jovens, porque era exatamente isso que ele queria, que os cabedelenses valorizassem sua própria cultura”, afirmou a esposa do homenageado, Cleide Rocha.

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ANO 7 - Número 26 | MARÇO / ABRIL DE 2014 | WWW.PORTALREDEBRASIL.COM.BR MARANHÃO

Lençóis Maranhenses

inaUGUraçÃOSebrae inaugura novas unidades de atendimento em Presidente Dutra e em Grajaú

MerCaDO e neGóiCiOsMicroempreendedora de Balsas triplicou faturamento após formalização

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O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é uma unidade

de conservação brasileira de prote-ção integral à natureza, localizada na região nordeste do estado do Maranhão. O território do parque, com uma área de 156.584 ha, está distribuído pelos municípios de

Barreirinhas, Primeira Cruz e San-to Amaro do Maranhão.

O parque foi criado com a fina-lidade precípua de

... proteger a flora, a fauna e as belezas naturais, existentes

no local.

Inserido no bioma costeiro ma-rinho, o parque é um expoente dos ecossistemas de mangue, restinga e dunas, associando ventos fortes e chuvas regulares. Sua grande bele-za cênica, aliada aos passeios pelos campos de dunas e à possibilidade de banhar-se nas lagoas, atraem

Lençóis Maranhenses

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riqueza maranhense

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turistas de todo o mundo, que visi-tam o parque durante o ano inteiro.

Histórico

O parque nacional dos Lençóis Maranhenses foi criado em terras devolutas pertencentes à União através do Decreto Nº 86.060, emi-tido em 2 de junho de 1981 pela Presidência da República. A área do parque, conforme o decreto de criação, era de 155.000 ha. O filme Casa de Areia foi gravado dentro do parque.

O parque localiza-se na Micror-região dos Lençóis Maranhenses, ao norte do Brasil, no litoral nor-deste do estado do Maranhão. Com um perímetro de 270 km e 156.584 ha de área, o parque está inserido no bioma costeiro marinho, com ecossistemas de mangue, restin-ga e dunas. Lençóis Maranhenses abriga em seu interior aproximada-mente 90.000 ha de dunas livres e lagoas interdunares de água doce, além de grandes áreas de restinga e de costa oceânica. A faixa de dunas avança, a partir da costa, de 5 a 25 km em direção ao interior. Na re-gião encontra-se a nascente do rio Preguiças, que corta o parque até a sua foz no

O clima é sub-úmido seco, com temperatura média anual de 26 °C.

Apesar da aparência desértica da área do parque, o clima da região tem duas estações bem definidas: uma chuvosa, que vai de janeiro a julho, e outra seca, de agosto a dezembro. As chuvas contribuem para o controle da umidade da região e formação de lagos. Entre dezembro e janeiro, e às vezes até o final de fevereiro, no período de transição entre as estações chuvosa e seca, os lençóis maranhenses oca-sionalmente secam, fazendo com que as lagoas azuladas ou esverde-adas desaparecem. A precipitação média nos anos de 1997 e 1998 foi respectivamente de 783,3 e 991,8 mm.

Acesso e visitação

A sede do parque está a cerca de 260 km da capital do estado, São Luís, às margens do O acesso ao parque se dá tanto por via ter-restre, através da BR 135, por via Marítima, entrando no canal do rio Preguiças em Atins, por via Fluvial, a partir de Barreirinhas, através do rio e por via aérea, pelo aeroporto de Barreirinhas.

O acesso ao parque por via ter-restre a partir de São Luís se dá pelas rodovias BR-135 e MA-402, a Translitorânea, em 272 km de es-tradas asfaltadas até Barreirinhas. Ônibus intermunicipais partem diariamente do Terminal Rodoviá-rio de São Luís com destino a Bar-reirinhas. A partir de Barreirinhas adentra-se a área do parque através do rio Preguiças, usando tanto a linha regular com barcos, em uma viagem de cerca de quatro horas de duração até a foz do rio, como lanchas particulares, que fazem o trajeto em aproximadamente uma hora e meia. Barreirinhas possui uma pista de pouso para aeronaves de pequeno porte, recebendo voos fretados saindo de São Luís, que tem em torno de 50 minutos de du-ração.

Outras opções de acesso ao parque por via terrestre incluem Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão e Paulino Neves, municípios a partir dos quais também é possível visitar o parque.

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Apoio do Sebrae transforma fábrica de sorvetes em Balsas

A fábrica de sorvetes comandada pelo pequeno empresário Jair

da Silva passou a receber consulto-ria direta do Sebrae no final do ano passado. Com mais de 20 anos de mercado, o empresário conta que buscou o Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas Empresas ao perceber que o negócio começava a entrar em decadência.

“Por orientação de um parceiro de negócio, que já tinha buscado o Sebrae com sucesso, resolvi procu-rar também, por uma necessidade da empresa. Era um momento em que eu precisava de socorro”, lembra Silva. A parceria identificou algumas falhas nos processos de precifica-ção e gestão e três meses depois de seu início, o empresário garante que bons resultados já estão sendo colhi-dos. “Sentimos uma melhora, desde o final de novembro até agora. O resultado foi tão bom que pedimos a continuação desse projeto, através da inclusão de nossa empresa no programa Agente Local de Inovação (ALI), que vai se estender durante todo o ano”, comemora o empresário.

A consultora Aparecida Rêgo, que está acompanhando o projeto, escla-rece que foram identificados dois pontos fortes e favoráveis na empre-sa: a qualidade dos produtos - tanto dos sorvetes, picolés e do gelo – e na força da equipe de profissionais. Mas mudanças na gestão e nos processos de controle eram necessárias.

“Durante as primeiras avaliações, percebemos que havia a necessidade de mexer no preço de um dos pro-dutos, o cremosinho, porque ele não estava sendo rentável. Esta mesma

Consultora do sebrae, aparecida rego, acompanha o projeto de perto.

avaliação está sendo aplicada a todos os produtos”, informa a consultora, que iniciou no último dia 29 de ja-neiro, uma nova fase dessa parceria, avaliando cada etapa de produção e fazendo levantamento dos custos, para diagnosticar o que está – e o que não está – sendo lucrativo para a empresa.

A melhoria da gestão também foi perceptível para os funcionários, como a colaboradora Poliana Gui-marães. “O trabalho mudou bastan-te, ficou mais ágil para se trabalhar e fazer o controle do que estamos pro-duzindo”, assinala.

Aparecida explica ainda que é muito importante fazer um bom con-trole financeiro da empresa – desde a entrada no caixa, das contas a pa-gar, das contas a receber, o controle de estoque. “Esse domínio é funda-mental para que o administrador da empresa consiga gerar o fluxo de cai-

xa, que é um instrumento de gestão financeira”, ensina. “Sem o controle financeiro, o negócio não tem como definir estoque e programar compras ou vendas, gerando um furo nas fi-nanças do estabelecimento, por ficar sem capital de giro, sem lucro e sem ter como reinvestir”, avalia.

O empresário que tem vivido toda a transformação de seu negócio se declara contente e satisfeito com a consultoria, tendo a certeza de que é necessário procurar por mudanças. “Hoje o mercado se tornou muito competitivo, os custos aumentaram muito, então a gente tem que dar im-portância para os detalhes, por que sãos eles que poderão fazer a dife-rença”, comemora.

Gisele Amaral, com informações de Ana Paula Cardoso - da regional

BalsasAgência Sebrae de Notícias MA

agência sebrae de notícias

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Posto do Sebrae em Governador Nunes Freire intensifica atendimento para 2014Planejamento visa aumentar a oferta de cursos e atendimentos presenciais para os empreendedores do Alto Turi

Localizado em um ponto estra-tégico da região, às margens da

BR-316, o posto facilita o acesso de quem procura os serviços do Se-brae.

O posto de atendimento do Se-brae em Governador Nunes Freire, uma extensão da regional de Santa Inês – que abrange seu atendimento às regiões do Alto Turi e Gurupi de Vale do Pindaré – está em plena ati-vidade e com um planejamento mais intenso para este ano, de acordo com informações de sua gerência.

Localizado em um ponto es-tratégico da região, às margens da BR-316, o posto facilita o acesso

de quem procura os serviços do Sebrae. As acomodações amplas foram reequipadas e uma sala de treinamento climatizada está pron-ta para receber até 40 pessoas.

O posto atende os empreende-dores de municípios como Mara-caçumé e Maranhãozinho, com serviços de consultoria, palestra, registro de empreendedor indivi-dual e cursos presenciais voltados para pequenos comerciantes e em-presários. Pela importância econô-mica da região, o Sebrae pretende ampliar os atendimentos e assim alcançar um número maior de clientes e beneficiários.

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O gerente da unidade do Sebrae em Santa Inês, Aluízio Muniz, e o gestor do projeto Território da Cidadania do Alto Turi e Gurupi, Adalberto Fraga, estiveram reuni-dos no mês de janeiro, com o pre-feito de Governador Nunes Freire, Marcel Curió, para definir algumas ações que serão executadas ao lon-go deste ano.

De acordo com Adalberto Fra-ga, o gestor do município mostrou interesse em implementar a Lei Geral da Micro e Pequena Empre-sa, capacitar os servidores, inserir o empreendedorismo nas escolas pú-blicas do ensino fundamental por meio do Programa Jovens Empre-endedores Primeiros Passos (JEPP) – desenvolvido pelo Sebrae - além de colocar em prática um calendá-rio de cursos empresariais já neste primeiro semestre.

Para Fraga, o fortalecimento da parceria com a prefeitura irá con-tribuir para o desenvolvimento e beneficiamento dos pequenos ne-gócios do município e região. “O Sebrae tem interesse em estar mais perto do pequeno comerciante, o que só é possível com essa contra-partida dos parceiros. Quem ganha são os empreendedores que vão ter acesso imediato aos produtos e ser-viços ofertados”, avalia.

agência sebrae de notícias

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Proprietários de barracas da Praia da Cigana aprendem boas práticas em Estreito

O Sebrae, em parceria com a Prefeitura Municipal de Es-

treito, promoveu a Semana de Instrutoria e Consultoria Técnica de Boas Práticas, destinada aos barraqueiros que atuam na Praia da Cigana, em Estreito. As ativi-dades aconteceram em janeiro e buscou orientar os empreende-dores quanto à forma correta de manipulação de alimentos – hi-gienização, armazenagem, conge-lamento, descongelamento e pre-paro – possibilitando assim, que os barraqueiros possam oferecer uma alimentação de qualidade aos seus clientes.

As instruções foram dadas pela consultora e instrutora do Sebrae, Maracir Pegado, que é forma-da em Química Industrial, com pós-graduação em Tecnologia de Alimentos. Ela explica que a di-nâmica da capacitação é simples e intuitiva. “Inicialmente foi passa-da a parte teórica, como deve ser feita a manipulação de alimentos e o porquê de seguir certas regras. Logo após, foi feita a consultoria individual com cada barraqueiro, onde foi verificada a parte estru-tural e corrigida as ações equivo-

cadas de cada estabelecimento”, destacou Maracir.

O presidente da Associação dos Barraqueiros da Praia da Ci-gana, Sérgio Silva, destacou, com satisfação, a importância das in-formações adquiridas. “Essa ca-pacitação foi muito importante, nós aprendemos muito. Até agora, não tínhamos ainda participado de orientações como essa”, reflete. “O Sebrae vai contribuir bastante para o nosso crescimento, pois agora temos a oportunidade de ofertar alimentos com mais qua-lidade, o que com certeza con-tribuirá para atrairmos cada vez

mais clientes e fidelizarmos os existentes”, ressaltou Sérgio Sales.

Essa iniciativa do Sebrae visa fomentar o turismo na região, através da oferta de uma culiná-ria de qualidade, que juntamente com a área de lazer, torna-se um grande atrativo a turistas e tam-bém a população local. Ao todo, cerca de dez barracas e mais seis estabelecimentos da cidade parti-ciparam da Semana de Instruto-ria e Consultoria Técnica de Boas Práticas.

Luisa Maria Cirqueira, da regionalAgência Sebrae de Notícias MA

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agência sebrae de notícias

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Sebrae inaugura novas unidades de atendimento em Presidente Dutra e em Grajaú

dente Dutra ocupa posição de des-taque dentre as cidades mais pro-missoras polos de desenvolvimento agrícola, comercial e industrial do Maranhão.

Noleto se declara otimista com a instalação da nova unidade. “A im-plantação desta nova regional acon-tece num contexto favorável de mu-dança no cenário econômico desta região”, avalia. A estrutura de atendi-mento presencial vai propiciar con-tato permanente com os empreende-dores locais, atendimento individual e coletivo, estrutura de parceiros ins-titucionais e geração de demandas por serviços e atendimentos.

“A presença de uma Unidade do Sebrae certamente induzirá a criação de um ambiente favorável à inserção dos pequenos negócios neste pro-cesso de desenvolvimento”, conclui o gerente da nova unidade.

Regional de Grajaú Foi inaugurada no inicio de fe-

vereiro para suprir a demanda da região por um atendimento mais especializado, com consultorias, ca-pacitações e orientações aos empre-sários da região.

O gerente da unidade de Gra-jaú, Marcos Luís Chagas, ressaltou a importância da instituição para o crescimento dos pequenos negócios da região. “O Sebrae em Grajaú vem contemplar a necessidade dos em-presários de ter presente uma enti-dade de fomento e desenvolvimento do empreendedorismo na região, através da oferta de conhecimento e orientação, requisitos indispensáveis para ajudar no crescimento da re-gião”, enfatizou Marcos Luís Chagas.

Gilciléa Marques, Lui-sa Cirqueira e Gisele Amaral

Agência Sebrae de Notícias MA

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Como parte do programa de ex-pansão do Sebrae Maranhão,

as cidades de Presidente Dutra - na região central do Estado - e Grajaú - integrante do eixo sul maranhen-se - receberão as novas unidades regionais da instituição, atendendo a cerca de 29 municípios. Os empre-endedores destas regiões passarão a contar com a presença mais efetiva do Serviço de Apoio a Micro e Pe-quenas Empresas.

Em Presidente Dutra, a inaugura-ção aconteceu no inicio de fevereiro, Ela vai atender 19 cidades do entor-no, incluindo Dom Pedro, Barra do Corda e Tuntum – estas localidades eram atendidas, anteriormente, pelas unidades do Sebrae em Balsas, Baca-bal e Caxias.

De acordo com José Noleto, ge-rente que estará a frente da regio-nal, o objetivo da nova unidade será aproximar ainda mais o Sebrae dos empreendedores da região, a fim de agilizar atendimento de deman-das, descentralizar ações, propiciar oferta de produtos e serviços espe-cíficos para empreendedores locais. “Buscaremos sempre estar alinha-dos à missão do Sebrae Maranhão, que é promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios, fomentando o empreendedorismo para fortalecer a economia do Estado”, destacou No-leto.

Estrategicamente localizado em um entroncamento rodoviário – que é também um ponto de interligação dos sistemas energéticos da Chesf e Eletronorte – o município de Presi-

LanÇamento

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A microempreendedora Tatiana Macedo procurou o Sebrae em

fevereiro para fazer sua declaração anual de rendimentos: "depois da formalização, meu faturamento tri-plicou".

Há cerca de dois anos, Tatiana Macedo, proprietária de uma loja de roupas, procurou o Sebrae em Balsas para formalizar o trabalho que realiza-va, informalmente, desde os 13 anos. Depois de anos atendendo clientes na modalidade de venda “porta em por-ta”, resolveu alugar um ponto comer-cial e melhorar sua qualidade de vida. “Antes disso, eu atendia clientes até às 10h da noite e não tinha hora de parar ou descansar”, lembra Tatiana.

Em fevereiro, ela voltou a buscar o Sebrae; dessa vez para fazer a de-claração de rendimentos como mi-croempreendedora individual. Este é o segundo ano que ela faz a decla-ração.

Tatiana conta que desde que se formalizou, tem recebido orienta-ções e acompanhamento do Sebrae. Com a organização dos gastos e des-pesas através do Relatório Mensal de Receitas Brutas – que deve ser preenchido pelos empreendedores individuais a cada mês – a empresá-ria afirma que conseguiu triplicar o faturamento, o que a fez entrar 2014 com novas mudanças: está indo para um ponto comercial maior e bem localizado. “O ambiente ficou peque-no, os clientes estavam reclamando da falta de espaço na loja”, justifica.

Declaração de rendimentos do MEI - O prazo para entregar a decla-ração anual do microempreendedor individual (MEI) teve inicio no últi-

Microempreendedora de Balsas triplicou faturamento após formalização

mo dia 20, se estendendo até o dia 31 de maio e pode ser feita gratuitamen-te em qualquer posto de atendimen-to Sebrae.

Para fazer a declaração, o MEI deve apresentar o relatório de recei-tas brutas, acompanhado de notas fiscais de compra e venda, quando houver, lembrando que o processo também pode ser realizado através do Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br). Em caso de dúvidas, na hora do preen-chimento pela internet, a Central de Relacionamento do Sebrae também está disponível para ajudar, pelo 0800 570 0800.

Maurício Lima, gerente da uni-dade regional do Sebrae em Balsas esclarece que a modalidade MEI é o primeiro passo para o mundo em-presarial formalizado –para quem tem um pequeno negócio. “O em-presário tem que se adequar às novas situações que estão chegando para a

sua atividade; agora como uma em-presa, sabendo que existem direitos e deveres dentro do ambiente da em-presa”, explica o gerente, destacan-do os novos deveres do empresário formalizado: “fazer a declaração dos seus rendimentos é um desses deve-res. Todo início de ano ele declara o que o seu negócio faturou no ano anterior para verificar se ele ainda se enquadra como MEI ou se já pode dar um passo à frente para ser uma microempresa”, informa Lima. O li-mite de lucro anual do MEI é de R$ 60 mil.

Ele ressalta ainda que a declara-ção é obrigatória e deve ser feita den-tro do prazo, evitando problemas fu-turos, dentre eles o impedimento da emissão de nota fiscal e até mesmo prejuízos no dia a dia do trabalho.

Agência Sebrae de Notícias MA Gisele Amaral, com informações de

Ana Paula Cardoso - da regional Balsas

mercado e negÓicios

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ANO 3 - Número 6 | MARÇO / ABRIL DE 2014 | WWW.PORTALREDEBRASIL.COM.BR PIAUÍ

Catedral de Nossa seNhora da Vitória - Patrimônio nacional em arte Sacra

agêNCia sebrae de NotíCias Café com Empreendedorismo e Gestão foi realizado em Floriano

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riqueza piauiense

Igreja Catedral de Nossa Senhora da Vitória guarda patrimônio nacional em arte sacraSua frente é singela, quase a visão

de um sonho. Bastante afastada do casario, a  Catedral  de Nossa Se-nhora da Vitória com suas torres, sua estrutura cercada de teatral escadaria parece uma joia guardada no centro histórico de Oeiras, a primeira capi-tal do Piauí.

É uma igreja barroca, com dese-nhos de flores  e ornamentos escul-pidos em cantos de paredes e altares, pequenos desenhos estão espalhados em teto.

Mas são nos altares que estão as preciosidades da Catedral de Nossa Senhora da Vitória de Oeiras. São imagens de Cristo na cruz, sepultado e ressuscitado ou levando a cruz.

São imagens vindas de Portugal e de outros países da Europa, como a França. Muitas das imagens estão no Museu de Arte Sacra, que fica ao lado da Catedral, no antigo Palácio Episcopal.

O barroco da Catedral de Nossa Senhora da Vitória não é um barroco exuberante e exagerado do auge do movimento artístico. É um barro-co tardio, pobre até, por ser de uma igreja construída em uma província pobre, no semiárido, do interior de uma Brasil, que ainda estava se cons-truindo.

A Igreja de Nossa Senhora da Vi-tória, na Praça da Vitória , começou a ser construída em 1697 e foi con-cluída em 1733, na antiga Vila da Mocha, em um local onde havia uma pequena capela feita palha e taipa.

O historiador Francisco de Mora-es Rêgo, graduado pela Uespi (Uni-versidade  Estadual do Piauí) e do Instituto Histórico de Oeiras, disse que a Igreja Matriz de Nossa Senho-ra da Vitória começou a ser constru-ída em fevereiro de 1697, quando o padre Thomé iniciou a construção, criando uma confusão com Domin-

gos Afonso Mafrense, porque o local onde a igreja estava sendo erguida era de sua propriedade e o coloniza-dor do Piauí não queria dividir seu poder com a Igreja Católica.

Domingos Afonso Mafrense mandou incendiar a igreja. A cons-trução foi autorizada, depois, pelo rei de Portugal, com a criação da fre-guesia.

Ëm 1733, a igreja foi inaugurada de forma definitiva e de pedra, qua vem resistindo até hoje de forma ma-jestosa e como Catedral de Oeiras.

“Muitos dizem que as pedras usa-das na construção da Igreja de Nossa Senhora da Vitória foram retiradas do riacho de Oeiras. A igreja já co-meçou imponente do jeito que está hoje, com algumas pequenas modi-ficações em 1944, quando foi criada a Diocese de Oeiras. Nesse período a igreja foi transformada em catedral, quando ganhou os arcos, que ela não

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tinha, que foram abertos de 1944 a 1949”, diz o historiador Francisco Rêgo.

Ele diz que a construção da Ca-tedral de Nossa Senhora da Vitória é de barroco tardio com seu estilo cheio de rococó. Na parte frontal da igreja o estilo barroco também pre-valece.

A Catedral de Nossa Senhora da Vitória é oficialmente a primeira igreja do Piauí.

Igreja concentra as procissões e cerimônias religiosas de Oeiras

A Catedral de Nossa Senhora da Vitória concentra as principais pro-cissões e cerimônias religiosas de Oeiras, a primeira capital do Piauí.

Até chegar a este status, a Cate-dral de Nossa Senhora da Vitória tes-temunhou a expulsão de seus cons-trutores, os jesuítas pelo Marquês de Pombal.

A Diocese de Olinda (PE) foi quem ficou administrando a Igreja de Nossa Senhora da Vitória, com seus altares com frisos em rococó.

As cerimônias da Semana Santa da Igreja de Nossa Senhora da Vitó-ria começa na quinta-feira de Páscoa com uma representação teatral com imagem do Bom Jesus dos Passos.

O historiador Francisco Rêgo diz

que essa representação teatral vem da tradição iniciada pelos jesuítas, que usavam o teatro para transmitir o conteúdo da Bíblica e da fé católica aos índios e escravos.

”Os índios e escravos eram anal-fabetos e os jesuítas promoviam re-presentação teatral com imagens para que absorvessem com maior facilidade a mensagem”, afirma Fran-cisco Rêgo.

O padre Kleiton Vieira, pároco da Catedral de Nossa Senhora da Vitória, diz que na quinta-feira de Páscoa, durante a noite tem a Missa da Fugida. Com a imagem do Bem Jesus dos Passos envolto em um dor-sel roxo, uma procissão a leva para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, que fica na periferia de Oeiras.

A procissão era feita apenas por homens, mas agora as mulheres também a acompanham. A repre-sentação é a dos homens que foram prender Jesus no Horto das Olivei-ras, que é representada pela Igreja de Nossa Senhora dso Rosário, onde os homens ficam em vígilia. No dia se-guida, na sexta-feira, durante a tarde, a imagem de Bom Jesus dos Passos volta em procissão, com a participa-ção média de 40 mil pessoas, para a Catedral de Nossa Senhora da Vitó-ria.

O padre Kleiton Vieira afirma que a imagem de Bom Jesus dos Passos vai passando pelas estações representando a Via Sacra. Nessa procissão, durante os passos, Verôni-ca canta lamentando o sofrimento de Jesus Cristo.

No Domingo de Ramos, é reali-zada uma nova procissão com os fi-éis levando ramos em suas mãos. Na segunda-feira, os padres vão para as casas dos doentes e enfermos e na terça-feira tem a Missa para os En-fermos, que recebem a comunhão.

Na quarta-feira tem a Missa de Trevas, que começa como o canto dos Salmos e vão sendo apagadas todas as velas até a igreja ficar total-

mente nas trevas. São 13 velas que ficam em uma forma de triângulo. A última vela representa Jesus.

O padre Kleiton Vieira informa que na Quinta-Feira Santa é fei-ta a benção dos Santos Óleos, pela manhã, e ., durante a tarde, o bispo Dom Juarez Souza e Silva, lava os pés de pessoas da comunidade, que re-presentam os apóstolos.

Durante ä noite, começa, às 21h, a Procissão do Fogaréu, quando só os homens fazem uma procissão com tochas nas mãos representando os soldados romanos perseguindo Jesus. Com as luzes da cidade apa-gadas, os fiéis começam a procissão na Catedral de Nossa Senhora da Vi-tória e voltam para igreja depois que percorrem toda a cidade.

Na Sexta-Feira, ocorre a cerimô-nia da Descida da Cruz e a Procissão do Enterro de Jesus Cristo, que sai e volta para a catedral.

“A cidade de Oeiras foi constru-ída em Catedral de Nossa Senhora da Vitória. Nós temos um hino que canta a emoção do povo de Oeiras por pertencer a esse tempro, dizen-do `Velha Matriz, Amada Catedral`, Toda a história do Piauí nasce em torno desse tempo”, afirma o padre Kleiton Vieira.

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Piscicultores debatem sobre a criação de unidade de beneficiamento

Discutir a criação de uma uni-dade de beneficiamento de

peixe na região norte do Piauí. Esse foi o objetivo de reunião que aconteceu dia 3 fevereiro, no mu-nicípio de Esperantina - distante 174 quilômetros de Teresina.

Estiveram presentes nesse en-contro o gerente do escritório do Serviço de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae) em Pi-ripiri, Helder Freitas; o presidente do Centro Piauiense de Cultura Japonesa, CPCJ, Seiji Nakayama; o consultor do Sebrae, Patrócollo Silveira e 40 produtores dos mu-nicípios de Batalha, Porto, Espe-rantina entre outras cidades.

“O objetivo dessa unidade de

beneficiamento é potencializar a produção de peixes na região norte do Estado. Dessa forma queremos também oferecer um produto de melhor qualidade e com apresentação visual mais re-quintada”, destaca o gerente.

Freitas afirma que a partir des-se encontro serão pensadas as es-tratégias para a implantação da unidade. “O próximo passo é ela-borar um projeto que contemple as principais demandas dos pisci-cultores”, informa.

Segundo o consultor Patró-collo Oliveira, a unidade propi-ciará a produção de filés que po-derão ser utilizados na merenda escolar.

De acordo com um estudo re-alizado pelo Sebrae a produção de peixes na região norte do Piauí gera recursos da ordem de R$ 15 milhões/ano. O diagnóstico levou em consideração dados coleta-dos nas cidades de Barras, Bata-lha, Boa Hora, Brasileira, Campo Largo, Capitão de Campos, Cocal de Telha, Esperantina, Lagoa de São Francisco, Matias Olímpio, Milton Brandão, Nossa Senhora dos Remédios, Pedro II, Piracu-ruca, Piripiri, Porto, São João da Fronteira, Domingos Mourão, São João do Arraial e São José do Divino.

Misael Martins

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MerCaDO e neGÓiCiOs

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O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae

no Piauí, lançou em fevereiro o Diagnóstico de Hotéis e Pousadas do município de Piripiri, localiza-do a 157 quilômetros ao norte de Teresina.

Nos últimos dois meses foram aplicados questionários em 19 empreendimentos da rede hote-leira da região.

O estudo visa nortear ações para a melhoria do setor. Com base nos dados contidos no diag-nóstico será possível avaliar ca-pacitações e consultorias que

podem ser aplicadas junto a esse segmento com foco na redução de deficiências e otimização dos lucros, tendo ainda um mercado mais competitivo.

O diagnóstico traz informa-ções sobre o número de aparta-mentos e leitos disponíveis, nú-mero de pessoas empregadas no setor, faturamento bruto anual, período e eventos que proporcio-nam maior ocupação, dentre ou-tras informações.

Para Helder Freitas, gerente do Escritório do Sebrae em Piri-piri, os empreendimentos da rede

hoteleira são importantes para o desenvolvimento da região. “Quanto maior o número de ho-téis e pousadas, mais a economia da região será fortalecida”, afirma Freitas.

Fernanda Ito Ota e Antônia Pessoa

Café com Empreendedorismo e Gestão foi realizado em FlorianoDezenove empreendimentos da rede hoteleira foram avaliados no estudo

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eVenTO

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Programa de Preparação para a Reserva do Exército Brasileiro é discutido em reuniãoRepresentantes do Serviço de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, e do 25º Batalhão de Caçadores, BC, reuniram-se no dia 5 de fevereiro para discutir sobre parceria para o desenvolvimento do Programa de Preparação para a Reserva do Exér-cito Brasileiro, PPREB. O encontro aconteceu na sede do 25º BC, no centro de Teresina.

Participaram da reunião o co-mandante coronel do 25º BC, Fi-gueiredo Meneses; o coronel da 26ª Circunscrição do Serviço Militar, Silva Torres; o coronel do 2º Bata-lhão de Engenharia e Construção, BEC, Marcelo Pereira; o major do 25º BC, Dimas Ferreira; e o sub-comandante do 2º BEC, Sá Filho. Do Sebrae, estiveram presentes o gerente da Unidade de Atendimen-to Individual e Mercado, Francisco Holanda; a gerente de Marketing e Comunicação, Graça Batista; e a analista Valcledes Moura.

O Programa de Preparação para a Reserva do Exército Brasileiro tem como objetivo promover a re-flexão sobre as questões que envol-vem a reserva e o impacto provoca-do pela ruptura com o mundo do trabalho; oferecer aos militares em vias de ingressar na reserva uma oportunidade de mudança de atitu-de frente aos seus preparativos para esta nova e futura situação; orientar o desenvolvimento de novos ou an-tigos projetos de vida; sensibilizar sobre a necessidade de planejamen-to; estimular a preparação indivi-

dual e ampliar a percepção de fu-turo; e orientar o planejamento da implantação de suas ações, assim como garantir os procedimentos institucionais decorrentes.

O major Dimas Ferreira, apre-sentou as principais características do programa e apontou os eixos de atuação do PPREB.

“O programa é uma oportu-nidade para que os militares que entram no processo de reserva possam exercer novas atividades, motivando-os a manter um bom desempenho profissional nos anos restantes de serviço ativo, tendo em vista o seu projeto de vida pessoal e o trabalho, como forma de realizá--lo”, avalia Dimas.

O PPREB está estruturado em algumas áreas de interesse, cada uma com objetivos e estímulos es-pecíficos: Educação e Cultura; Edu-cação Financeira; Empreendedo-

rismo; Familiar; Integração Social; Aspectos Legais; Lazer e Saúde.

São considerados participantes do Programa de Preparação para a Reserva os militares do Exérci-to com vinte e cinco anos ou mais de serviço ativo, ou em vias de in-gressar na reserva remunerada ex--ofício. Podem participar também, excepcionalmente, os militares da reserva remunerada ou reforma-dos.

O gerente da Unidade de Aten-dimento Individual e Mercado do Sebrae no Piauí, Francisco Holan-da, mostrou as soluções do Sebrae que podem ser aplicadas no âmbito do programa, como as capacita-ções, palestras, workshops, consul-torias e eventos, com foco no em-preendedorismo.

Misael Martins

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aGênCia sebrae De nOTíCias

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MARÇO/abril 2014 « www.portalredebrasil.com.br | 127

Os Microempreendedores Indivi-duais (MEI) devem ficar atentos

ao prazo para a entrega da Declara-ção Anual Simplificada, DAS. O pe-ríodo encerra no dia 31 de maio.

O documento representa o fatu-ramento total do empreendedor re-lativo ao ano anterior.

O formulário está disponível no endereço eletrônico www.portaldo-empreendedor.gov.br.

“O prazo segue até o mês de maio, porém a orientação do Sebrae é que os MEI busquem efetivar a declara-ção até o dia 19 de fevereiro, a fim de receberem as guias de recolhimento mensais de 2014, sem atraso”, destaca a analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae-PI, Isabela Ri-beiro.

C ol ab or a d ore s do Sebrae auxiliam os MEI no preenchi-mento da declaração anual, de forma gra-tuita e também pres-tam esclarecimentos sobre essa figura le-gal, por meio de ca-pacitações.

Em Parnaíba, ci-dade distante 318 quilômetros ao norte de Teresina, o Sebrae realiza mensalmen-te palestras voltadas

para esse público, a exemplo da pa-lestra Planejando sua Empresa como Microempreendedor Individual. A próxima capacitação acontecerá no dia 24 deste mês, no auditório do Sebrae naquela cidade. Informações pelo telefone (86) 3322-4688. LEI GERAL DAS MPE EM PARNAÍBA

Na sexta-feira 7 de Fevereiro re-presentantes do Sebrae no Piauí, da Secretaria Municipal de Fazenda e da Superintendência da Micro e Pe-quena Empresa de Parnaíba partici-

param de uma reunião para discutir temas como a figura do Microempre-endedor Individual, formalização, li-beração de alvará de funcionamento, dentre outros assuntos.

Na ocasião, os participantes tam-bém trataram sobre a inauguração da Sala do Empreendedor em Parnaíba, um dos requisitos para implementa-ção da Lei Geral. Nesse espaço físico serão atendidos MEI e representan-tes de pequenas empresas. A ideia é desburocratizar a formalização e prestar atendimento técnico especia-lizado para os empresários.

Misael Martins

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Entrega da Declaração Anual Simplificadado MEI encerra em maioDocumento representa o faturamento total do empreendedor relativo ao ano anterior

aGênCia sebrae De nOTíCias

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aGênCia sebrae De nOTíCias

Sebrae recebe placa de reconhecimento pelo apoio aos pequenos negóciosSindicato destaca trabalho da instituição na região de Floriano

O Serviço de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae) em

Floriano recebeu a placa de reconhe-cimento Destaque de Parceria 2013 do Sindicato do Comércio Varejis-ta de Floriano, Sincoflor. A entrega aconteceu no dia 24 de janeiro.

A gerente do Sebrae em Floria-no, Mary Kalume, destaca que as duas instituições têm uma parceria bastante positiva. “O sindicato é um importante parceiro nas ações do Se-

brae junto às empresas locais. Reali-zamos eventos em conjunto, a exem-plo da convenção lojista”, ressalta a gerente.

Para o presidente do Sincoflor, Conegundes Gonçalves de Oliveira, o Sebrae é muito importante para a qualificação dos empresários e dis-seminação de conhecimento. “Para esse ano esperamos fortalecer nosso vínculo e contribuir cada vez mais para o desenvolvimento de Floriano

e região”, salienta o presidente.O sindicato, que existe há 15 anos,

atende cerca de 20 municípios, ten-do sido vencedor na etapa estadual do prêmio MPE Brasil, iniciativa que reconhece as micro e pequenas empresas que promovem o aumento da qualidade, da produtividade e da competitividade, pela disseminação de conceitos e práticas de gestão.

Misael Martins

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ANO 7 - Número 26 | MARÇO / ABRIL DE 2014 | WWW.PORTALREDEBRASIL.COM.BR RIO GRANDE DO NORTE

143,7 milhões de empregos gerados pelas pequenas empresas

CAPACITAÇÃOSebrae capacita mais de 5 mil potiguares com Empretec

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Rio Grande do Norte tem quase 104 mil empresas no Simples

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Facilidade de pagamento de vários tributos em uma única guia e,

principalmente, a redução da carga tributária em cerca de 40% levaram 2.440 novas micro e pequenas em-presas a optarem pelo Simples Na-cional no Rio Grande do Norte du-rante regime fiscal 2014. Com isso, o total de empresas que integram esse sistema simplificado de arrecadação de tributos aumentou para 103.854, segundo informações da Receita Fe-deral. No ano anterior, o Rio Grande do Norte tinha pouco mais de 101 mil organizações cadastradas no sistema. Em todo o país, houve um acréscimo de 224.628 novas adesões, totalizando 8,35 milhoes de empre-sas brasileiras no Simples.

Os dados foram contabilizados esta semana, já que o prazo para ade-rir ao Simples terminou na última sexta-feira (31), e mostram também que uma parte dos números do Ca-dastro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ) inseridos no regime é refe-rente à figura jurídica do Microem-preendedor Individual (MEI), que teve um leve aumento no número de formalizações de 2013 para este ano. Até agora, são 51.414 profissionais que trabalham por conta própria for-malizados como MEI no Rio Grande do Norte.

Estão aptos a fazer opção pelo Simples Nacional os negócios clas-sificados de pequeno porte, ou seja, aqueles com faturamento anual bru-to igual ou inferior a R$ 3,6 milhões. O Supersimples ou Simples Nacio-nal foi criado por meio da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a Lei Complementar 123 de 2006. Atual-mente, mais de 8,3 milhões de em-presas no Brasil decidiram optar por esse sistema. Isso porque o regime facilitar a vida do empreendedor ao unificar oito impostos: os tributos federais - Imposto de Renda da Pes-soa Jurídica (IRPJ), PIS/Pasep, Con-

tribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Impos-to sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e contribui-ção patronal para o INSS.

Além disso, também são inclu-ídos o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos estados, e o Imposto Sobre Serviços (ISS), que fica a car-go dos municípios. O recolhimento é feito pelo pagamento do documento único de arrecadação DAS. O limite máximo de faturamento anual para aderir ao programa é de R$ 360 mil para microempresas e de R$ 3,6 mi-lhões para os pequenos empreendi-mentos. Para os Microempreende-dores Individuais (MEI), o teto é de R$ 60 mil. Mas quem desejar aderir terá de esperar o início de 2015 para efetivar a opção.

Cleonildo Mello

MERCADO E NEGÓICIOS

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O microempreendedor potiguar Inaldo Lucas de Farias criou o

Dr. Castanha para alavancar as ven-das de castanhas de caju na praia de Pirangi, onde fica o maior cajueiro do mundo

Natal - Além de ter propriedades nutricionais que formam um ver-dadeiro escudo contra doenças, a castanha de caju é também respon-sável pelo sucesso do Microempre-endedor Individual (MEI) potiguar Inaldo Lucas de Farias, que fez do comércio das amêndoas um atrativo para quem visita o maior cajueiro do mundo, ponto turístico da Praia de Pirangi, no Litoral Sul do Rio Gran-de do Norte. O empreendedor criou o personagem Dr. Castanha e, com bom humor e irreverência, destaca os benefícios do produto para a saú-de e chega a vender até uma tonelada de castanha por mês em períodos de alta estação e veraneio.

O método do Dr. Castanha é infa-lível. Vestido de bata branca, acessó-rios extravagantes e munido de me-gafone, o vendedor direciona olhares atentos para a sua banca, montada nas proximidades do cajueiro de Pi-rangi. Ali, a efetivação da venda é a etapa seguinte, que conta com todo o bom humor e descontração do ho-mem. “Busco no humor a forma de agradar e conquistar os meus clien-tes. Troco energia com as pessoas, o que me proporciona alegria. E isso contagia as pessoas”, enfatiza Inaldo Lucas, explicando como se tornou uma sumidade entre os milhares de turistas que visitam a praia, distante apenas 12 quilômetros de Natal.

Inaldo Lucas sempre comerciali-zou castanhas. Natural da cidade de João Câmara (localizada a 75 quilô-metros da capital potiguar), ele de-

cidiu ganhar o Brasil ven-dendo o produto. Em 2002, instalou-se em várias cida-des de Pernambuco para comercializar as castanhas e depois partiu para São Pau-lo. Somente em 2008, voltou ao Rio Grande do Norte. O fluxo de visitantes em praias turísticas, como Jenipabu e Pipa, lançou um desafio: como se diferenciar para atrair fregueses. Se vestir de um super-herói foi a saída. Durante o dia, o ambulante se vestia de homem-aranha.

O doutor

Mas, ao assistir, em um progra-ma de tevê, um nutricionista revelar todos os benefícios da castanha, ele ficou impressionado com o poder do produto que vendia. A amêndoa do caju possui proteínas, carboidratos, amido, açúcares, potássio, magnésio, cálcio, selênio, ferro, zinco e outras substâncias, que fazem bem ao or-ganismo. O empreendedor percebeu que precisava criar um personagem original que condissesse com o va-lor da castanha para a saúde. Assim, surgiu o Dr. Castanha. Mas, além do personagem, era preciso o local apropriado para a comercialização. E nada mais natural e adequado que o maior cajueiro existente no planeta, o de Pirangi, cuja área ocupada por essa única árvore é superior a um campo de futebol. Em novembro de 2011, o Dr. Castanha chegava ao lo-cal para ficar.

Após meses de comercialização, Inaldo Lucas participou de uma palestra sobre as oportunidades proporcionadas pela realização dos jogos do Mundial de Futebol em Na-

tal, promovida pelo projeto Sebrae 2014, e decidiu se formalizar. Há seis meses, procurou o Sebrae no Rio Grande Norte e abriu uma empresa como Microempreendedor Individu-al (MEI). O passo seguinte foi regis-trar a marca, segundo ele, e criar um site para vendas pela internet (www.drcastanha.com.br).

A formalização só trouxe bene-fícios para o empreendedor. “Meu personagem pegou forma e minhas vendas praticamente triplicaram”. Atualmente, a média de vendas mensais é de 500 quilos de castanha, porém, entre os meses dezembro e fevereiro, o comerciante chega a ne-gociar entre 700 quilos e uma tone-lada de castanha devido ao aumento do número de visitantes no local. Via internet, os pedidos também já co-meçam a chegar, vindos de São Pau-lo e Paraná. Negócio que gera um faturamento bruto de até R$ 7 mil por mês. Tanto que o Dr. Castanha já pensa em se tornar microempresa no próximo ano.

Entre os planos, estão a contra-tação de um funcionário com car-teira assinada e a aquisição de uma loja física para o negócio, na feirinha que fica ao lado da atração turística. “Tenho uma fórmula para o sucesso. Reinvestir parte do que faturo no ne-gócio”, ensina.

Cleonildo MelloAgencia Sebrae de Noticias

Vededor de castanha se formaliza e vira atração em Pirangi

Marco Polo

MERCADO E NEGÓICIOS

Vendedor de castanha Ionaldo Lucas de Farias

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Pequenas empresas geraram 143,7 milhões para o RN

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A arrecadação de tributos para os cofres públicos do Rio Grande

do Norte por parte das micro e pe-quenas empresas bateu recorde em 2013. No ano passado, o segmento repassou R$ 143, 7 milhões em Im-posto sobre Circulação de Merca-dorias e Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Serviço (ISS) para estado e municípios. Esse é o maior montante já arrecadado dos pequenos negó-cios em território potiguar nos últi-mos sete anos. O aumento foi de 23% no comparativo com 2012, segundo dados da Receita Federal.

No mês de dezembro, foram ge-rados R$ 10,2 milhões somente de ICMS, fechando o ano com um total de R$ 108,6 milhões. Já o recolhi-mento de ISS para os municípios no mês passado somou R$ 3,3 milhões, o que resultou num acumulado de R$ 35,14 milhões ao longo de 2013. A maior parte desses recursos foi destinada a Natal: cerca de R$ 20,9 milhões. Depois da capital, Mossoró

foi a segunda cidade onde os peque-nos negócios mais contribuíram com os cofres públicos (R$ 4,3 milhões), seguida de Parnamirim, que reco-lheu R$ 2,9 milhões em 2013.

Esse desembolso é o maior já re-gistrado desde 2007. Para se ter uma ideia do crescimento, basta saber que no referido ano o Rio Grande do Norte arrecadou de ICMS, que tem o maior peso, apenas R$ 12,1 milhões. Esses números foram aumentando gradativamente. Em 2008, o volu-me quase dobrou, chegando a R$ 32,6 milhões, e no ano seguinte a R$ 45,7 milhões. Em 2010, houve mais um avanço significado – em parte explicado pelo aumento nas forma-lizações proporcionado pela criação do Microempreendedor Individual – totalizando R$ 70,5 milhões. No ano subsequente, o total de ICMS re-colhido das pequenas empresa foi de quase R$ 80 milhões.

O repasse de R$ 143,7 milhões para os cofres do estado e dos mu-

nicípios potiguares demonstra o quão importante é o setor das micro e pequenas empresas para a econo-mia local. O valor reflete também a redução do número de negócios que atuam de maneira informal e que, ao se formalizarem, passam a contri-buir para o desenvolvimento local. O incentivo à formalização é um dos eixos de atuação do Sebrae no Rio Grande do Norte.

Hoje, mais de 95% das empresas potiguares são de micro e pequeno portes. Dados atuais indicam que são ao menos 101 mil negócios no estado que formalmente se declaram pequenos ao optarem pelo Simples Nacional, o regime simplificado de arrecadação de tributos. São consi-deradas pequenas as empresas com faturamento bruto anual igual ou in-ferior a R$ 3,6 milhões, englobando as três faixas: Microempreededores Individuais, das microempresas e pequena empresa.

Cleonildo Mello

CAPA

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Maior cajueiro do mundoO maior cajueiro do mundo, tam-

bém conhecido como  cajuei-ro de Pirangi, é uma árvore gigante localizada na  praia de Pirangi do Norte  nomunicípio  de  Parnamirim, a doze quilômetros ao sul de Natal, capital do estado  brasileiro  do  Rio Grande do Norte.

A árvore cobre uma área de apro-ximadamente 8500 m², com um pe-rímetro de aproximadamente 500 m e produz cerca de 70 a 80 mil ca-jus na safra, o equivalente a 2,5 tone-ladas. E seu tamanho é o equivalente a 70 cajueiros. O cajueiro teria sido plantado em 1888 por um pescador

chamado Luís Inácio de Oliveira; o pescador morreu, com 93  anos de idade, sob as sombras do cajueiro.

Crescimento da árvoreO crescimento da árvore é expli-

cado pela conjunção de duas anoma-lias  genéticas. Primeiro, em vez de crescer para cima, os galhos da árvore crescem para os lados; com o tempo, por causa do próprio peso, os galhos tendem a se curvar  para baixo, até alcançar o solo. Observa-se, então, a segunda anomalia: ao tocar o solo, os galhos começam a criar  raízes, e daí passam a crescer novamente, como se fossem troncos de uma outra árvore. A repetição desse processo causa a impressão de que existem vários ca-jueiros, mas na realidade trata-se de dois cajueiros. O maior, que sofre da mencionada anomalia, cobre aproxi-madamente 95% da  área do parque; existe também um outro cajueiro, plantado alguns poucos anos antes, que não sofre da anomalia.

O tronco principal divide-se em

RIquEzA DO RIO GRANDE DO NORTE

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cinco galhos; quatro desses galhos sofreram a alteração genética, e cria-ram raízes e troncos que deram ori-gem ao gigantismo da árvore. Apenas um dos galhos teve comportamento normal, e parou de crescer após al-cançar o solo; os habitantes do local apelidaram esse galho de "Salário Mínimo". As raízes do cajueiro po-dem chegar a 10m de profundidade.

Em  1955, a histórica revista  O Cruzeiro  batizou o cajueiro de "O Polvo" e definiu o fenômeno como uma "sinfonia inacabada" de "galhos lançados em progressão geométri-ca". À época, a planta tinha 2.000 m² de área. Em 1994, o cajueiro entrou para o Guiness Book.

Existe um mirante no próprio ca-jueiro que é muito frequentado por turistas. Dele, se tem uma visão pa-norâmica do cajueiro e da praia de Pirangi do Norte.

PodaQuestão polêmica, a poda do ca-

jueiro divide a opinião da população.Há os que são a favor, com o

principal argumento de que com a poda realizada, o transito da  Rota do Sol  (um dos acessos ao  litoral sul) iria fluir melhor, já que o cajuei-ro está invadindo a pista e criando congestionamento  de transito  em horários de pico. Além disso, mora-dores que tem suas casas próxima ao cajueiro temem que a árvore avance em direção às residências.

Há também os que são contra, pois defendem que se a poda for re-alizada, o cajueiro poderá ter com-portamento inesperado e morrer, causando prejuízos a natureza e ao turismo do estado.

Em 15 de dezembro de 2012, foi inaugurado um  caramanchão  ao longo da Av. Dep. Márcio Marinho, que irá  fazer com  que os galhos da árvore fiquem suspensos por cima da avenida.

Wikipédia

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A necessidade de identificar pontos frágeis na vida pessoal e profissional assim como a vontade de realçar carac-terísticas do comportamento empre-endedor levaram 5,2 mil potiguares a participar do Empretec. O seminário tem metodologia desenvolvida pela Or-ganização das Nações Unidas (ONU) e aplicada com exclusividade no Brasil pelo Sebrae. Em 16 anos, o Sebrae no Rio Grande do Norteformou 200 tur-mas, tornando-se um dos estados com o maior número de turmas compostas desde o início do programa, em 1998. Para comemorar o feito, a Instituição promoveu, nesta quinta-feira (30), um encontro que reuniu participantes de to-das as turmas.

No total, o Empretec contempla 60 horas de capacitação durante seis dias consecutivos em período integral, pro-porcionando uma completa imersão com método interativo e prático, que exige dedicação de cada participante. O grande desafio é se comportar enquanto empreendedor em tempo integral e po-tencializar essa característica com ativi-dades práticas. O seminário enfatiza o comportamento com intuito de auxiliar os empresários a identificar e multiplicar talentos.

É isso que Vanderson Oliveira está descobrindo. Integrante da ducentésima turma, que encerra neste sábado (1), o empreendedor passou grande parte da carreira atuando na parte comercial de empresas do setor automotivo desde 2005 e agora se prepara para o desafio de comandar a primeira concessionária da Mercedes-Benz no Rio Grande do Norte para vendas de carros de passeio. Em meio aos preparativos para a estreia, o jovem encontrou tempo para se capa-citar fazendo o Empretec. “Tenho apren-dido a reconhecer as minhas falhas e tra-balhar para saná-las”, diz.

Durante o seminário, cada partici-pante precisa montar um negócio exe-cutável, chamado de empresa-cria, e, no caso de Vanderson Oliveira, foi a empre-

sa Doce Tema, cuja proposta é produzir bolos temáticos com aplicação de logo-marcas, brasões de time de futebol e ou-tras ilustrações, além de cupcakes. “Uti-lizei as técnicas de vendas de automóveis para a comercialização dos bolos. O re-sultado está sendo bacana”. Até agora, o empreendedor já vendeu 19 bolos, que custam R$ 100 cada, e 50 cupcakes, ape-nas divulgando em seu perfil nas redes sociais.

O professor universitário José Ari-mates também teve uma experiência positiva acerca do Empretec. Integrante da quarta turma no estado, formada em 1999, o docente da cadeira de empre-endedorismo conta o que despertou o interesse em fazer o curso de imersão à época. “O Empretec era moderno de-mais em termo de método. Então decidi participar e isso mudou a minha vida. Passei a ministrar aulas com muito mais propriedade e com outro nível de deta-lhamento, pois o curso une teoria e prá-tica”.

Formalização

Quinze anos depois, o professor uni-versitário decidiu se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI) para prestar consultorias, algo que já fa-zia enquanto pessoa física. “Já prestava esse serviço como professor mas agora quero ser pessoa jurídica, ter a minha própria empresa”.

Essas são apenas algumas das inúme-

ras histórias de sucesso dos participantes do Empretec ao longo de 16 anos. “Tra-ta-se de um projeto bastante exitoso que vem sendo executado com muito suces-so no Rio Grande do Norte. Fomos um dos primeiros estados a acreditar nessa iniciativa e conseguimos formar uma turma com 18 pessoas em 1998”, ressal-ta o diretor superintendente do Sebrae--RN, José Ferreira de Melo Neto.

Na última década, o Sebrae tem rea-lizado uma média de 15 turmas de Em-pretec no estado a cada ano. “Se fizermos a relação entre o número de empresas no estado e número de empreendedores que passaram pelo seminário, veremos que muitos que estão no mercado são frutos do Empretec”, destaca o superin-tendente.

O encontro contou com a participa-ção da diretoria executiva e da gestora do Empretec no Sebrae-RN, Conceição Moreno. “No Rio Grande do Norte o Empretec tem dado ótimos resultados. A formação de 200 turmas demonstra que estamos no caminho certo e que estamos em sintonia com as necessida-des dos empreendedores”, afirma diretor técnico, João Hélio Cavalcanti. Já o di-retor de operações, Lázaro Mangabeira, sintetiza o que o seminário causa na vida do participante. “É um curso fun-damental porque ajuda a potencializar o que o empreendedor tem de melhor em termos comportamentais para encarar o mercado”.

Cleonildo Mello

Sebrae capacita mais de 5 mil potiguares com Empretec

Encontro marca comemoração de 200 turmas do Empretec no Rio Grande do Norte

Marco Polo

CAPACITAçãO

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Sebrae lança feira agroecológica em Severiano Melo

Mossoró - O comércio de gêne-ros cultivados sem defensivos

agrícolas e mais saudáveis por par-te de agricultores familiares estará à disposição da população de mais um município potiguar. O Sebrae no Rio Grande do Norte, através do Escritó-rio Regional no Alto Oeste, lançou a feira agroecológica na cidade de Severiano Melo, na quinta-feira 13 de fevereiro. O evento ocorreu em frente ao Mercado Público da cidade,

às 6h. A feira faz parte das ações do Programa Agroecológico Integrado e Sustentável(PAIS).

O PAIS é resultado de uma par-ceria entre o Sebrae, aFundação Banco do Brasil e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). O programa aproveita pequenas áreas para produzir integradamente várias culturas, desde hortaliças a animais, sem agredir o ambiente. O Projeto possibilita que pequenos agricul-tores tenha condição de cultivar os gêneros que necessitam e ainda fazer negócios, com a venda do material excedente em feiras agorecológicas.

O Projeto é uma tecnologia social que reúne técnicas simples de pro-dução agroecológica e de promoção ao desenvolvimento sustentável. O

PAIS baseia-se na racionalização, no respeito ao meio ambiente e no aproveitamento das oportunidades produtivas existentes, fortalecendo os pequenos negócios da agricultura familiar.

O projeto teve início em abril de 2012 na cidade de Severiano Melo e beneficia 20 produtores, onde onze estão produzindo ativamente e oito participarão do lançamento da feira agroecológica. Dentro da produção desses produtores, as principais cul-turas são hortaliças e ovos. A produ-ção indicada pelo Projeto tem um grande diferencial das demais: é feita a produção de alimentos saudáveis, sem o uso de agrotóxicos e aprovei-tamento rentável dos recursos do solo e da água.

AGENCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

Foto: Marco

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