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NOVO TESTAMENTO
Catequistas da Paróquia São
Francisco de Assis
OS EVANGELHOS
INTRODUÇÃO GERAL
TERMINOLOGIA
EVANGELHO “EUANGELION”
“eu” = indica algo bom
Eucaristia = ação de graças
Eutanásia = boa morte
“angelion” = o que é próprio do “ângelos” (mensageiro) – a noticia.
“Euangélion” = Boa noticia
Para os gregos:
“euangelion” podia significar:
• A gorjeta dada ao mensageiro
• Os sacrifícios oferecidos aos deuses
• A boa noticia
• As noticias referentes ao imperador.
No Antigo Testamento
Indica a futura salvação realizada por
Deus.
(Is 40,9; 52,7; 60,6; 61,1)
“Como são belos, sobre os montes, os
pés do mensageiro que anuncia a paz,
do que proclama boas novas e anuncia
a salvação, do que diz a Sião: “O teu
Deus reina”. (Is 52,7)
“O espírito do Senhor está sobre mim,
porque o Senhor me ungiu; enviou-me
a anunciar a boa nova aos pobres, a
curar os quebrantados de coração e
proclamar a liberdade aos cativos, a
libertação aos que estão presos...”
(Is 61,1s)
No Novo Testamento
Indica o anúncio feito por Jesus.
Lc 2,10-11 = o nascimento de Jesus é
uma boa notícia.
Mc 1,15 = “ O Reino de Deus está
próximo. Convertei-vos e crede no
evangelho”.
Mc 16,15ss - “Ide por todo o mundo e
pregai o Evangelho a toda criatura”.
At 2,22-24; 3,13-15 – os apóstolos
anunciam a boa nova da ressurreição
de Jesus.
At 21,8 – os que anunciam o Evangelho
são chamados de evangelistas.
A partir do século II a palavra
“EVANGELHO” foi aplicada aos livros
que continham a mensagem de Jesus.
S. Justino (+ 165) falou de EVANGELHOS
para indicar os quatro textos.
EVANGELISTA passou a indicar aquele
que redigiu o EVANGELHO.
Existe um único
Evangelho escrito
por quatro
evangelistas em
quatro livros
diferentes.
Por isso falamos de:
Evangelho segundo (escrito por) Marcos,
Mateus, Lucas, João.
Na liturgia:
“Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo escrito por...”
“Embora escrito por quatro, o Evangelho
é único” (Orígenes)
S. Agostinho falava “dos quatro livros de
um único Evangelho”.
ORDEM
• Ordem canônica: Mt. Mc. Lc. Jo.
• Ordem cronológica: Mc. Mt. Lc. Jo.
Mateus ocupou o primeiro lugar por ser
mais usado na liturgia e catequese.
Lucas e Atos dos Apóstolos formavam
um único livro.
SIMBOLISMO
Cada um dos
evangelistas é
representado
por um animal
tirado do texto
de Ezequiel
1,5-14
Mateus
=
Anjo
(Homem)
Marcos
=
Leão
Lucas
=
Touro
João
=
Águia
DO EVANGELHO AOS
EVANGELHOS
Jesus pregou o Evangelho entre os anos
27-30.
Marcos escreveu seu evangelho pelo ano
67.
Como podemos acreditar que Marcos
escreveu exatamente o que Jesus fez e
ensinou?
Jesus não escreveu nada.
Os Apóstolos não se preocuparam em
escrever seu ensinamento.
Como a mensagem de Jesus se manteve
íntegra quando não se escrevia nada?
Como se formaram os evangelhos?
Para chegar do Evangelho pregado por
Jesus aos evangelhos escritos, vamos
dividir nosso estudo em três partes:
• A ação de Jesus
• A ação dos Apóstolos
• A ação dos evangelistas
1. A AÇÃO DE JESUS
Lc 3,1ss – Jesus iniciou seu ministério
público no décimo quinto ano de
Tibério César, isto é, no ano 27.
Segundo o evangelista João, sua
atividade se estendeu por três anos.
Jesus iniciou seu
ministério público
ensinando nas
sinagogas da
Galiléia.
Lc 4,16ss
Logo no início escolheu seus Doze
Apóstolos.
(Mt 4,18-22; Mc 1,16-20; Lc 5,1-11)
Mt 10,2-4
“Simão, também chamado Pedro e André, seu irmão; Tiago, filho de
Zebedeu (Maior) e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu (Natanael), Tomé e Mateus, o publicano, Tiago, o filho de
Alfeu (Menor) e Tadeu (Judas de Tiago), Simão, o zeloso e Judas Iscariotes, aquele que o traiu”.
Jesus não escolheu rabinos, piedosos,
ou doutores da Lei.
Seus discípulos eram pescadores,
cobradores de impostos.
Alguns pareciam ser ex zelotes (Simão, o
zelote e Judas Iscariotes).
Todos eram galileus.
Eles deixaram tudo (família, trabalho...) e
seguiram Jesus.
Estiveram sempre a seu lado, ouviram
suas pregações, viram seus milagres,
receberam uma instrução particular
(Mc 4,10).
Percorrendo as
cidades e aldeias
da Galiléia, Jesus
pregava a
chegada do
REINO DE DEUS.
Uma multidão anônima, composta essencialmente de Galileus, seguia Jesus (Mt 4,25), acompanhava seus
deslocamentos (Mc 5,24; Lc 7,9); escutava seus ensinamentos e se
admirava com seus milagres.
Para Jesus a multidão era mais importante que sua própria família
(Mc 3,31-35).
A multidão era desprezada pelos
fariseus, considerada “gente maldita,
que não conhece a Lei” (Jo 7,49).
Jesus tinha “compaixão dessa gente
porque estava cansada e abatida como
ovelha sem pastor” (Mt 9,36).
Jesus anunciou o
REINO DE DEUS
com palavras e
com obras
Os milagres
manifestam que o
REINO já está
presente no
mundo.
Ao pregar a chegada do REINO, Jesus
usou os métodos de pregação dos
rabinos de seu tempo:
• Parábolas
• Frases curtas
• Máximas de sabedoria
• Palavras de impacto.
Em dado momento de sua pregação
Jesus afastou-se da multidão e se
concentrou na formação dos apóstolos
(Mt 14-20).
O ponto central desse ensino era sua
pessoa.
O povo em geral esperava um MESSIAS
(Ungido) enviado por Deus para libertá-
los da opressão dos romanos.
Portanto, esperavam uma libertação
política, nacionalista.
Pensavam que Jesus era esse libertador.
Atos dos Apóstolos (5,36-37)
Cita dois pseudo messias libertadores:
TEUDAS que se considerava o “profeta
predito por Moisés” (Dt 18,15);
JUDAS o galileu que provavelmente foi o
fundador do partido dos zelotes.
Os apóstolos também tinham uma imagem errada da pessoa e da ação de
Jesus.
Também eles esperavam um libertador político (Mc 10,35-45).
Por isso fugiram quando Jesus foi preso
(Mc 14,50).
Sua morte foi uma
grande decepção.
“Esperávamos que
fosse ele o
salvador de
Israel...”
(Lc 24,21)
A ressurreição de
Jesus levou os
apóstolos à
compreensão de
sua verdadeira
identidade.
Jesus continuou formando seus
apóstolos depois da ressurreição
Com a luz e a força
do Espírito Santo
os apóstolos
começaram a
anunciar Jesus,
primeiro em
Jerusalém e
depois em todo o
mundo.
2. A AÇÃO DA IGREJA.
Com a força do Espírito Santo, os
apóstolos começaram a pregar aos
judeus.
O ponto central dessa pregação era a
RESSURREIÇÃO DE JESUS.
QUERIGMA
(At 2,22-28; 3,12-21)
Anúncio centrado na pessoa de Jesus;
Anúncio da sua morte e ressurreição;
Convite à conversão.
Querígma (At 2,22ss)
• Ministério público:
“Jesus de Nazaré foi um homem credenciado por Deus junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou entre vós por meio dele, como bem o sabeis”.
• Sua morte:
“...vós o matastes, pregando-o na
cruz”.
• Anúncio da ressurreição:
“Mas Deus o ressuscitou,
libertando-o das angústias da
morte...”
À luz da ressurreição os apóstolos
recordavam tudo o que Jesus fez e
ensinou e contavam aos fiéis.
Fizeram uma escolha dentre o grande
número de recordações sobre Jesus.
Não importava a geografia nem a
cronologia dos fatos.
Os momentos principais de anúncio
eram:
• A “Fração do pão”: momento propício
para anunciar Jesus e recordar fatos
como:a última ceia,
a ressurreição,
as aparições do Ressuscitado,
a multiplicação dos pães....
• “O ensinamento dos apóstolos”:
era a catequese feita com base do
ensino de Jesus: parábolas
bem-aventuranças
ensino sobre a Lei
sobre a oração
sobre o divórcio
sobre o jejum
sobre o sábado
• Debates e controvérsias:
para provar a divindade de Jesus
relembraram seus milagres;
usaram textos do A.T.
As palavras e atos de Jesus foram
atualizados na vida da Igreja.
A pregação dos apóstolos oral.
O aumento dos fiéis e a viagem ou morte
dos apóstolos obrigaram os cristãos a
escrever essa pregação fazendo
coleções de:
parábolas,
milagres,
textos do A.T.,
dados sobre Jesus e João Batista.
Eram simples coleções.
Podemos perceber sinais dessas
coleções em:
Mc 2,1-3,6: controvérsias
Mt 8,1-9,34: dez milagres
Mt. 13,1-52: sete parábolas
3. A AÇÃO DOS
EVANGELISTAS
Marcos foi o primeiro a escrever.
Escreveu a pregação de Pedro em Roma.
Seu objetivo não era fazer uma biografia
de Jesus, mas redigir sua pregação,
seus milagres, sua morte e
ressurreição.
Mateus e Lucas ampliaram o texto de
Marcos com base em outras fontes,
como coleções de ensinamentos e
milagres de Jesus.
João foi o último a escrever.
Os evangelistas não foram compiladores,
mas verdadeiros escritores.
Os evangelistas não inventaram nada.
Escreveram aquilo que os apóstolos
ensinavam sobre Jesus.
Mas atualizaram esse ensinamento para
suas próprias comunidades.
Por isso podemos falar de “teologia de
Marcos, de Mateus, de Lucas ou de
João”.
Concluindo
Jesus pregou o Evangelho, isto é, a Boa
Nova da chegada do Reino de Deus.
Não só anunciou com palavras, mas
mostrou o Reino presente, através dos
milagres.
Os apóstolos à luz da ressurreição e
com o dom do Espírito Santo,
pregaram que Jesus era verdadeiro
Deus.
Relembraram e contaram tudo o que
Jesus fez e ensinou.
De modo especial anunciavam sua morte
e ressurreição.
Com o aumento dos fiéis e o
desaparecimento dos apóstolos, os
cristãos redigiram, em forma de
coleções, seus ensinamentos.
Os evangelistas Marcos, Mateus, Lucas e
João, redigiram os evangelhos
baseados nesse ensinamento.
Fizeram isso para auxiliar suas
comunidades que não conheceram o
Jesus histórico.
A Questão Sinótica
Os evangelhos de Mateus, Marcos e
Lucas são chamados
EVANGELHOS SINÓTICOS
SINÓTICO syn + ótikos
Visão de conjunto
J.J. Griesbach publicou em 1776 a
primeira Sinópse:
Os evangelhos de Mt, Mc, Lc em três
colunas paralelas.
SEMELHANÇAS
• Marcos (70 d.C.) - 661 versículos.
• Mateus – (85-90d.C) - 1068 versículos
600 = Marcos
230 = Lucas
• Lucas – (85-90d.C.) - 1149 versículos
330 = Marcos
230 = Mateus
A mesma ordem:
• Preparação para o ministério público:
Mt 3,1-4,11 Mc 1,1-13 Lc 3,1-4,13
• Ministério na Galiléia:
4,12-18,35 1,14-9,50 4,14-9,50
• Viagem para Jerusalém:
19,1-20,34 10,1-52 9,51-18,43
• Paixão, morte, ressurreição:
21,1-28,20 11,1-16,20 19,1-24,53
Diferenças
As maiores são entre Mateus e Lucas.
Por exemplo:
genealogia: Mt 1,1-17; Lc 3,23-38
nascimento: Mt 1-2; Lc 1- 2
tentações: Mt 4,1-11; Lc 4,1-13
bem-aventuranças: Mt 5,1-12; Lc 6,20-23
Entre Marcos e Mateus ou Lucas.
Por exemplo:
Mc e Lc – um possesso em Gerasa:
Mc 5,1-29; Lc 8,26-39
- um cego em Jericó:
Mc 10,46-52; Lc 18,35-43
Mt – dois possessos: 8,28-34
dois cegos: 20,29-34.
Alguns episódios são colocados em
lugares diferentes.
Por exemplo:
a expulsão de Jesus de Nazaré:
Mc e Mt colocam no final do ministério
na Galiléia (Mc 6,1-6; Mt 13,53-58);
Lc coloca no início: (Lc 4,15-30).
SOLUÇÃO
Marcos é o mais antigo.
Mateus e Lucas se serviram de Marcos.
Mateus não conheceu o texto de Lucas,
nem Lucas conheceu o texto de
Mateus.
Além de Mc, Mt e Lc utilizaram outra
fonte escrita chamada
“Fonte QUELLE”
Provavelmente feita de coleções de
ensinamentos de Jesus.
Tiveram ainda suas fontes próprias.
Jesus
Pedro
Marcos Quelle
Mateus Lucas
O
AUTOR
MATEUS era um publicano (cobrador de
impostos) de Cafarnaum.
Mt 9,9ss narra a vocação de um
publicano chamado Mateus.
Para Marcos, o publicano era Levi, filho
de Alfeu (2,14); para Lucas era Levi
(5,27).
Apenas o evangelista Mateus chama o
apóstolo Mateus de “o publicano”
(10,3) identificando-o com o cobrador
de impostos de Cafarnaum.
Hoje se pensa em pessoas diferentes.
O evangelista Mateus seria um rabino
convertido.
DATA
Data: depois da destruição de Jerusalém
Mt 22,1-14: alusão da destruição da
cidade santa.
A data mais aceita é entre os anos 85 e
90 d.C.
LOCAL
É impossível saber onde o evangelho foi
escrito.
Era uma comunidade formada por
grande percentagem de judeus
convertidos.
Alguns supõem em Antioquia da Síria
(4,24)
CARACTERÍSTICAS
Vocabulário:
Expressões semitas sem tradução.
Ex.: Reino dos Céus; Cidade Santa; a Lei e os Profetas; “carne e sangue”; ligar e desligar; o fogo da Geena.
Três palavras foram traduzidas:
Emanuel; Gólgota; “Eli, Eli lamá sabactani”.
Usos e costumes judaicos:
Ex.: as franjas rituais dos mantos de
oração dos fariseus (23,5);
as freqüentes abluções (15,2);
o pagamento do dízimo (23,23);
o trabalho no Templo aos sábados.
Preferência pelos números:
Mateus usa com freqüência os números sete, cinco e três.
Sete
1,17: genealogia de Jesus
6,9-13: invocações do Pai Nosso
12,45: sete espíritos maus
13,1-52: sete parábolas do Reino
15,34.36.37: sete pães
18,22: perdoar sete vezes setenta vezes
22,25-29: sete irmãos casados com a
mesma mulher
23,13-22: sete “ais”
Cinco:
5,22-44: “Ouvistes o que foi
dito...”
25,1-13: cinco virgens prudentes
e cinco insensatas.
25,14-30: cinco talentos
Três
4,1-11: três tentações
6,2-18: três obras que devem ser feitas
sem hipocrisia
8,1-9,34: três grupos de milagres
26,44: três orações no Jardim das
Oliveiras
Uso freqüente do A.T.
Mateus mostra que as Escrituras se
realizaram em Jesus. Nele se cumprem
as profecias messiânicas.
A expressão:
“Para que se cumprisse o que foi dito
pelo profeta...”
é repetida 43 vezes (1,22; 2,15; 4,14;)
As narrações
Mateus, muitas vezes, abreviou as
narrações, sobretudo de milagres:
Ex.: 8,5-13; 9,18-26; 8,28-34; 17,14-21;
Também omitiu uma série de traços
pitorescos de Marcos:
Ex.: Mc 4,38; 5,26; 13,3.
O ensinamento
O ensinamento de Jesus foi reunido
em cinco grandes discursos:
5-7; 10; 13; 18; 24-25.
O mesmo tema: o REINO DOS CÉUS.
E terminam com a mesma frase:
“E aconteceu que quando Jesus
terminou essas palavras...”
Os Apóstolos
São apresentados com muito respeito.
Pedro ocupa um lugar especial:
14,28-31 – anda sobre as águas;
16,17-19 – o primado de Pedro;
17,24-27 – Jesus e Pedro pagam o
imposto.
A figura de Jesus
É sempre apresentado com muito
respeito. Ele não veio destruir a Lei,
mas completá-la (5,17).
As controvérsias contra os fariseus
são sobre a interpretação da Lei.
TORÁ (LEI) HALAKÁ
DIVISÃO
Podemos dividir o evangelho de Mateus em três partes:
1,1-2,23: evangelho da infância;
3,1-25,46: ministério público;
26,1-28,20: paixão, morte e ressurreição;
A parte central começa com a pregação
de João Batista (3,1) e termina na
vigília da páscoa (25,46).
Foi dividida em cinco partes ou livros.
Cada livro é formado por uma parte
narrativa seguida por um discurso de
Jesus.
O discurso interpreta a parte narrativa
Primeiro livro: 3,1-7,29
O programa do Reino.
- narração: 3,1-4,25
- ensino: 5,1-7,29
Segundo livro: 8,1-10,42
O anúncio do Reino.
- narração: 8,1-9,39
- ensino: 10,1-42
Terceiro livro: 11,1-13,52
O mistério do Reino.
- narração: 11,1-12,50
- ensino: 13,1-52.
Quarto livro: 13,53- 18,35
A vivência do Reino
- narração: 13,53-17,27
- ensino: 18,1-35.
Quinto livro: 19,1-25,46
A consumação do Reino.
- narração: 19,1-23,39
- ensino: 24,1-25,46.
Esses cinco livros lembram os cinco
livros da LEI (Gn. Ex. Lv. Nm. Dt).
Moisés deu a Israel a Lei.
Jesus dá à Igreja a Nova Lei.
TEOLOGIA
A Comunidade de Mateus era formada
por:- Judeus, observantes da Lei de
Moisés;
- pagãos convertidos.
Para os judeus, Moisés era o grande
profeta. Deus deu a Lei através dele.
A observância da Lei é sinal de
fidelidade a Deus. É causa de salvação.
Mateus
apresenta
Jesus como o
NOVO
MOISÉS
Jesus é superior a Moisés porque era:
FILHO DE DEUS
(3,17; 8,29; 16,16; 17,5; 27,54)
MESSIAS
predito por todos os profetas.
Porém, Jesus foi rejeitado pelos líderes
judeus.
Já no evangelho da infância aparece
essa rejeição (2,1-12):
Os pagãos (magos) vão adorar Jesus;
Os judeus (Herodes e os sacerdotes)
procuram matá-lo.
O Reino será tirado dos judeus e dado a
outros povos:
21,28-32.33-46; 22,1-14.
Os judeus, e não Pilatos, são os
responsáveis pela morte de Jesus
(27,24-25).
Os judeus vigiaram sua sepultura
(27,62-66);
E inventaram o boato do roubo de seu
corpo (28,11-15).
Jesus é o
MESTRE
Que veio
ensinar a
vontade de
Deus
Por isso Mateus sempre mostra Jesus
cumprindo as Escrituras;
Levando a Lei à plenitude (5,17).
Assim como a Lei fora dada a Moisés no
Monte Sinai;
Assim a Nova Lei é dada sobre a
montanha (5,1)
A Lei de Moisés estava contida em cinco
livros ( Gn. Ex. Lv. Nm. Dt.)
A Nova Lei dada por Jesus foi reunida,
por Mateus em cinco discursos.
Para Mateus é mais importante o
ensinamento de Jesus que seus
milagres.
A Igreja é o novo povo de
Deus.
É formada por discípulos
que aceitam Jesus como
Mestre e Salvador