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notícias Ano XVII - Agosto e Setembro / 2014 NOVOS RUMOS Expectativas marcam a renovação da gestão do Sindicato para o triênio 2014/2017 Págs. 8 a 11 Turismo e poesia Circuito Turístico Guimarães Rosa: um passeio pela vida literária do autor pág. 12 Indispensável nas compras Fábio Scarcelli, presidente da Abiq, comemora a expansão do mercado queijeiro págs. 6 e 7 EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Não existe n 0 indicado Falecido Ausente Não procurado EM / / Responsável Rua Piauí, 220, 5º andar – Santa Efigênia – BH/MG CEP: 30150-320 João Lúcio (à esquerda) e Guilherme Olinto: parceria para uma nova gestão

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notíciasAno XVII - Agosto e Setembro / 2014

NOVOS RUMOSExpectativas marcam a renovação da gestão do Sindicato para o triênio 2014/2017 Págs. 8 a 11

Turismo e poesiaCircuito Turístico Guimarães Rosa: um passeio pela vida literária do autorpág. 12

Indispensável nas comprasFábio Scarcelli, presidente da Abiq, comemora a expansão do mercado queijeiropágs. 6 e 7

EMPRESA BRASILEIRADE CORREIOS E TELÉGRAFOS

Mudou-se

Desconhecido

Recusado

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João Lúcio (à esquerda) e Guilherme Olinto: parceria para uma nova gestão

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“Combati o bom combate, ter-minei a minha carreira, guardei a fé.” Essa citação de São Paulo na car-ta a Timóteo representa em todos os sentidos este momento de mudança. Minha fé inabalável, com certeza, está guardada, mas o combate ain-da está longe de terminar. Estou encerrando uma batalha como pre-sidente do Silemg e repassando as minhas atribuições ao colega João Lúcio Barreto Carneiro, presidente do Laticínios Porto Alegre, a quem dou as boas-vindas. Estarei agora em outra frente, no entanto, irei me manter parte integrante deste grupo de guerreiros que age em defesa de quem alimenta e gera riqueza para o nosso país.

Quando cheguei à presidência do Silemg, em 2011, já contava com mais de 30 anos dedicados ao coo-perativismo. Agora, perto de com-pletar mais uma década, comemoro as conquistas que pude realizar em três anos de mandato e encerro essa caminhada com a sensação de dever cumprido. Totalizamos mais de 150 jornadas, entre reuniões, encontros e discussões. Dialogamos com sin-dicatos parceiros e instituições afins, secretarias de Estado, Sistema Fiemg, Instituto Mineiro de Agropecuária (Ima), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e tantas outras entidades focadas no desenvolvimento e fortalecimento da indústria laticinista mineira.

Em cada um desses relaciona-mentos, se não conseguimos colher os frutos desejados, lançamos uma semente que, em um futuro próxi-mo, irá colaborar para novas e im-portantes conquistas do nosso setor. Mas a colheita a favor da nossa clas-se foi positiva. Com muito orgulho, compartilho a grande vitória que fo-ram as alterações da Lei Estadual que esclareceu sobre a base do cálculo do Imposto sobre Circulação de Merca-dorias (ICMS) do leite adquirido de produtores rurais. O entendimento anterior da legislação pela Secreta-ria da Fazenda dava margem a um passivo tributário que poderia até levar algumas de nossas indústrias ao encerramento de suas atividades. Mas, por meio do nosso trabalho e o apoio de cada um dos associados, conseguimos reverter esse quadro e celebramos a vitória.

Esta foi só uma das batalhas vencidas das que ainda temos de enfrentar. O Silemg conta com bons combatentes, e tenho certeza que os esforços não serão medidos para os próximos quatro anos. Como vice-presidente, continuarei a trabalhar e a acreditar nesta causa, sempre buscando cuidar da coletividade e abraçar o desenvolvimento de todos como objetivo de trabalho e de vida.

Boa leitura!

Guilherme Olinto Presidente do Silemg

ÉPOCA DERENOVAÇÃO

ANO XVII / Número 59 / Agosto e Setembro de 2014SILEMG / Endereço: Rua Piauí, 220 / 5º andar / Santa EfigêniaCEP: 30150-320 / BH/MG / Tel: (31) 3223-1421www.silemg.com.br / [email protected]: Bimestral / Tiragem: 3.500

DIRETORIA EXECUTIVAJoão Lúcio Barreto Carneiro - Laticínios Porto Alegre LtdaPresidenteGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodoceVice-presidentePaulo Bartholdy Gribel - Laticínios São Vicente de Minas LtdaDiretor AdministrativoGuilherme Silva Costa Abrantes - Laticínios Dona Formosa LtdaDiretor FinanceiroAlessandro José Rios de Carvalho - Laticínios Verde Campo LtdaDiretor Tecnológico

DIRETORIA ADJUNTACarlos da Silveira Dumont - Coop. dos Produtores Rurais do Serro Ltda Carlos Eduardo Abu Kamel -Coop. dos Produtores Rurais de Itam-bacuri Ltda Carlos Henrique Pereira - Forno de Minas Alimentos S/A Carlos Roberto Soares - Dairy Partners Americas Manufacturing Ltda Cícero de Alencar Hegg - Laticínios Tirolez Ltda Emerson Faria do Amaral - Hebrom Produtos do Laticínios Ltda Estevão Andrade - Laticínios PJ LtdaGiovanni Diniz Teixeira - Itambé Alimentos S/A Gregor Lima Viana Rodrigues - Gregor L V Rodrigues - ME Guglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos Ltda Humberto Esteves Marques - Barbosa & Marques S/A Ivan Teixeira Cotta Filho - Cottalac Indústria e Comércio Ltda Jaime Antônio de Souza - Laticínios Bela Vista Ltda João Bosco Ferreira - Coop. Central Mineira de Laticínios Ltda Jorge Vinícius Nico - Coop. Agropecuária de Resplendor Ltda José Márcio Fernandes Silveira - F. Silveira Campos José Samuel de Souza - Coop. Agropecuária de Raul Soares Ltda Juarez Quintão Hosken - Laticínios Marília S/A Léo Luiz Cerchi - Scalon & Cerchi Ltda Louise de Souza Fonseca - Laticínios Coalhadas Ltda Lucia Alvarenga Fagundes Couto - Laticínios Lulitati Ltda Marcelino Cristino de Rezende - Nogueira e Rezende Indústria de Laticínios Ltda Marcos Alexandre Macedo Narciso - Laticínios Vida Comércio e Indústria Ltda Marcos Sílvio Gonçalves - Indústria de Laticínios Bandeirante Ltda Odorico Alexandre Barbosa - Usina de Laticínios Jussara S/A Ricardo Cotta Ferreira - Itambé Alimentos S/A Robson de Paula Valle - Laticínios Sabor da Serra Ltda Rodrigo de Oliveira Pires - BRF - Brasil Foods S/A Valéria Cristina Athouguia Dias - Indústrias Flórida Ltda Vicente Roberto de Carvalho - Vicente Roberto de Carvalho e Cia. Ltda Welson Souto Oliveira - Coop. de Laticínios Vale do Mucuri Ltda Wilson Teixeira de Andrade Leite - Laticínios Vitória Ltda

CONSELHO FISCAL EFETIVOJosé Antônio Bernardes - Embaré Indústrias Alimentícias S/A Luiz Fernando Esteves Martins - m Efetivo Barbosa & Marques S/A Roberto de Souza Baeta - Cayuaba Agroindustrial Ltda

CONSELHO FISCAL SUPLENTECloves Fernandes de Almeida Filho - ME - Laticínios Santa CruzElias Silveira Godinho - Laticínio Sevilha LtdaRamiz Ribeiro Junqueira - Laticínios Curral de Minas Ltda

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG - EFETIVOSGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodoceJoão Lúcio Barreto Carneiro - Porto Alegre Indústria e Comércio Ltda

DELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG -SUPLENTESGuglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos Ltda Luiz Fernando Esteves Martins - Barbosa & Marques S/A

Jornalista responsável: Flávia Rios (06013 JP)Projeto Gráfico: Rede Comunicação de ResultadoEdição: Jeane Mesquita e Licia LinharesRedação: Ana Paula Araújo, Pamella Berzoini, Paula Völker, Rayane Dieguez e Viviane MirandaDiagramação: Mayron Henrique

EXPEDIENTE

EDITORIAL

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AGROAQUI TEM#A produção de grãos no Brasil apresenta elevado crescimen-

to, em especial, pela adoção de novas tecnologias que tornam os

processos cada vez mais promissores e sustentáveis. Entretanto,

para a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), questões

como infraestrutura de transporte, armazenamento e logística re-

presentam um empecilho para o desenvolvimento do setor. Bus-

cando reverter esse quadro e esclarecer para a sociedade sobre a

importância e a necessidade do agronegócio no país, a ABAG está

promovendo na internet o movimento #AquiTemAgro.

A iniciativa começou durante o 13º Congresso Brasileiro do

Agronegócio e tem o objetivo de estabelecer um diálogo com a po-

pulação para que o segmento seja considerado uma questão estra-

tégica de governo.

COMO FUNCIONA

A equipe #AquiTemAgro realiza publicações nas mídias so-

ciais sobre o agronegócio brasileiro. Para participar, o internauta

deve compartilhar as postagens ou produzir novos conteúdos,

inserindo sempre a hashtag #AquiTemAgro. As publicações são

realizadas, diariamente, pela página do Congresso Brasileiro do

Agronegócio, no Facebook, que possui mais de 11 mil curtidas; e

pela ABAG, no Twitter, que conta com 4.657 seguidores.

GIRO NO MERCADO 3

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GIRO NOS ASSOCIADOS 4

SILEMG E G100 PROMOVEM WORKSHOP

PRODUTOS COM MAIOR SHELF LIFE

As estratégias para a gestão e a validação nos processos de produção da pecuária brasileira devem ser vistas como priori-dade. Para isso, a Associação Brasileira de Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100) promoveu, no dia 14 de agosto, o primeiro Workshop G100 - Segurança Ali-mentar: Qualidade do Leite e Prevenção às Fraudes.

O evento, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, com a parceria do Silemg, Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ), Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Sindileite Goiás, Sindileite Rio de Janeiro e Sindilat Rio Grande do Sul, foi conduzido pelo pesquisador e chefe do Laboratório de Qualidade do Leite Professor José de Alencar da Embrapa, Marcelo Bonet. Ele apresentou o atual ce-nário da produção alimentar no Brasil e como a atividade deve ser baseada nos pilares quantidade, qualidade e segurança.

Após uma apresentação geral, o palestrante focou no atual panorama da pecuária leiteira no país e as maneiras de combate a fraudes e adulterações do leite. Ainda segun-do o especialista, práticas simples e eficazes de manipulação, armazenamento e transporte de insumos, matérias-primas, embalagens, utensílios, equipamentos e produtos são neces-sárias para maximizar a segurança dos alimentos e reduzir custos nos processos.

Líder mundial em soluções de embalagem, a Tetra Park anunciou, em agosto, o lançamento de um tanque automatizado com controle constante de temperatura, que preserva a qualidade dos produtos entre o período de processamento e envase. O Tetra Alsafe ESL adiciona uma configuração circular contínua à linha de envase, possibi-

litando o movimento interrupto do produto sob condições de refrigeração, no caso de uma paralisação não planejada.

Com o novo equipamento, a Tetra Pak completa a sua linha de equipamentos, que prolongam o prazo de validade dos pro-dutos com a garantia de controle do sabor, da segurança e das características nutricionais dos produtos.

O evento contou com a presença de cerca de 120 participantes, entre associados, estudantes, professores, empresários e instituições do setor

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CONTANDO HISTÓRIAS 5

Já imaginou saborear um queijo minas padrão com mais de um metro e meio de diâmetro e 70 centímetros de altura? A iguaria é produzida, todos os anos, no tra-dicional Festival do Queijo de Ipanema, cidade minei-ra da região Vale do Rio Doce. O superqueijo, como é conhecido por toda a população ipanemense, é feito, há cinco anos, pela Cooperativa Agropecuária de Ipanema Ltda. (Capil Vida), que criou a iniciativa para estabelecer uma identidade local à cidade, que tem a pecuária leitei-ra como a sua principal economia.

Para o vice-presidente da cooperativa, Ruy Gonçal-ves Rodrigues, o feito valoriza o produto local, além de incentivar a produção do leite e proporcionar crescimen-to econômico para a região. “Muitas pessoas conhecem Ipanema por causa do ‘queijão’. Durante o festival, rece-bemos inúmeros turistas”, conta. Neste ano, foram uti-lizados 15 mil litros de leite na fabricação do produto, que chegou ao peso de 1.770 quilos, 170 kg a mais em comparação à edição anterior.

Atração principal no festival, o queijo leva apenas um dia para ser produzido, ficando duas semanas em matu-ração. Depois de pronto, ele é validado por auditores da RankBrasil, empresa responsável por registrar os recor-des brasileiros, sai em carreata pela cidade e é distribuído para os moradores. O evento gastronômico conta, ainda, com apresentações musicais, barracas de pratos típicos e oficinas de culinária. Este ano, um doce de leite de 350 quilos também foi servido a mais de 10 mil pessoas que estiveram presentes à festividade.

Tradição leiteiraCom quase 50 anos de atuação, a Capil Vida foi criada

por produtores rurais de Ipanema que desejavam, por meio da união, melhorar as condições de comercialização do

leite. No início, a cooperativa concentrava a produção na manteiga, mas, atualmente, fabrica queijo muçarela, minas padrão e prato, requeijão cremoso, iogurte, doce de leite, leite longa vida e também comercializa leite spot (entre in-dústrias) e soro de leite concentrado.

A Capil Vida recebe entre 100 mil e 150 mil litros de leite por dia das propriedades rurais de seus 1.200 coope-rados, presentes em 20 municípios da região. O trabalho é realizado por mais de 80 empregados, que se dividem entre os setores de armazéns de apoio ao produtor, motoristas, administrativo, laboratoristas, auxiliares de produção, entre outros cargos. “Nós somos a maior empresa de Ipanema. Por isso, temos uma importância social e econômica muito grande, pois são milhões de reais mensais revertidos em be-nefícios aos produtores locais”, declara Ruy.

15 mil litros de leite foram utilizados na fabricação do pro-duto, que pesa mais de mil quilos

O MAIORQUEIJO DO BRASIL

Capil Vida proporciona emprego e renda aos produtores de Ipanema e região e reafirma sua tradição com o recorde no Festival do Queijo

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ENTREVISTA 6

Fábio Scarcelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ)

Ana P

aula

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o

MERCADO EM

EXPANSÃONos últimos cinco anos, a produção nacional de queijo teve um aumento de 8% ao ano. Este crescimento está

atrelado, entre outros fatores, à procura de uma alimentação mais saudável por parte dos consumidores

Com o aumento da renda familiar no Brasil e, consequente-mente, do consumo, as compras do mês ganharam um produto indispensável: o queijo. Além de saboroso, esse derivado do lei-te é uma rica fonte de cálcio, das vitaminas A, D e do Complexo B (B2, B9 e B12) e de proteínas, devido a sua alta disponibili-dade de aproveitamento pelo organismo. Entre tantos benefí-cios, a indústria queijeira bateu um recorde histórico em 2014: o consumo passou de 3,5 kg per capita em 2008 para 5 kg per capita, atualmente.

Esses números tão positivos caracterizam o crescimento do setor, fato que está sendo comemorado pela Associação Brasilei-ra das Indústrias de Queijo (ABIQ). Em entrevista nesta edição do Silemg Notícias, Fábio Scarcelli, presidente da ABIQ, fala a respeito dessa evolução e estima que os resultados ainda sejam maiores nos próximos seis anos. Confira o bate-papo a seguir.

A expansão do mercado queijeiro bateu recorde neste ano. Quais fatores o senhor considera responsáveis por esse cres-cimento?

A produção nacional tem crescido anualmente acima de 8% ao ano, em especial, nos últimos cinco anos. Levando em conta que a média anual do aumento do Produto Interno Bruto (PIB) no mesmo período foi em torno de 3,5%, temos que co-memorar. Os atributos dos queijos são inegáveis, tanto em valo-res nutritivos quanto em praticidade. O crescimento da alimen-

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tação fora do lar, o aumento da renda e o desejo pelo consumo de lácteos em geral contribuíram também para esse resultado.

A modernização do parque industrial e as inovações tam-bém ajudaram a acelerar esse crescimento? Quais novida-des temos presenciado dentro do mercado e de que forma elas estão contribuindo para essa expansão?

Muitos investimentos estão ocorrendo na melhoria da produção e nos aproximando de países de tradição láctea re-conhecidos. As empresas brasileiras contam com insumos e aplicação de pesquisas e de tecnologia internacionais que permitem com que elas se atualizem sobre formas seguras e mais produtivas de transformarem o leite em queijos com boa qualidade. O fato de as empresas fornecedoras de insumos atu-arem tanto lá fora como aqui dentro do país tem contribuído muito para essa inovação. Utilizamos, por exemplo, insumos que são fornecidos às plantas da Europa e dos Estados Unidos.

Pesquisas indicam um aumento do consumo de lácteos, devido aos benefícios desses produtos, fato que está muito ligado à uma vida mais saudável. Essa demanda exigiu algu-ma mudança por parte da produção dos lácteos?

As indústrias do setor têm procurado, além da qualidade, apresentar formas mais práticas de embalagens, com porções

menores para consumo individual, queijos fatiados, queijos com fibras e probióticos (suplemento alimentar rico em micro-organismos vivos), aliando essas mudanças aos altos valores nutricionais dos queijos e às novas tendências. Elas também têm feito adaptações em embalagens institucionais para os grandes consumidores.

Como o senhor avalia o mercado brasileiro? Em que preci-samos melhorar ou investir?

Devido às margens cada vez mais apertadas, estamos in-vestindo muito na eficiência de produção e de novas tecnolo-gias. A indústria vem lutando para manter seus preços compe-titivos e não perder o seu consumidor, conquistado com muito investimento. Entre o custo industrial e o preço final, temos variáveis que fogem ao nosso controle, como o preço do leite e o do queijo para o consumidor final, a oferta e o custo de mão de obra. Este último se tornou um ponto crítico na expansão de laticínios. Precisamos de mais investimentos nos processos e gestão sobre fatores internos para controlar o ganho de pro-dutividade e qualidade, e na área do marketing direto ao con-sumidor, divulgar todos os atributos de nosso produto

Qual a perspectiva para os próximos anos?Levando-se em conta o aumento da população e a premis-

sa de um crescimento médio de 6% ao ano na produção de queijos, estimamos um consumo aparente próximo de 7,3 kg por habitante/ano em 2020, contra os 5 kg atuais.

Como a ABIQ atuará a fim de manter esse crescimento e ir além? Quais as ações previstas?

Estamos procurando manter os nossos associados bem-in-formados e atentos às inovações para melhorar a produtivi-dade das empresas. Através de seminários técnicos, reuniões constantes entre players do setor e viagens internacionais, tra-zemos a mais atualizada informação do mercado mundial de lácteos, tanto em novos insumos quanto em processos de fa-bricação, novos equipamentos e tendências. Atuamos também frente aos formadores de opinião (imprensa, associações mé-dicas e consumidores) na divulgação dos valores nutricionais indispensáveis dos queijos.

Estimamos um consumo aparente próximo de 7,3 kg por habitante/ano em 2020, contra os 5 kg atuais.

“”

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Presidente e diretores eleitos para o triênio 2014/2017 tomam posse e iniciam trabalhos no Silemg

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Teve início em setembro a gestão da nova Diretoria do Silemg, sob o comando do presidente João Lúcio Barreto Carneiro, que assumiu o cargo antes ocupado por Guilher-me Olinto Abreu Lima Resende. A solenidade de posse aconteceu no dia 28 de agosto, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), com a pre-sença de mais de cem convidados.

Em seu primeiro discurso como presidente do Silemg, João Lúcio falou sobre a alegria e a responsabilidade em as-sumir um dos sindicatos mais significativos no cenário da economia mineira. “Falar em leite e seus derivados em Minas Gerais é falar da nossa origem. Meu desafio será não apenas representar as empresas de laticínios, mas, também, muitos de meus amigos”, ressalta. No mandato anterior, ele já com-punha a direção da entidade como diretor administrativo.

O evento foi prestigiado por associados de várias regiões do Estado, parceiros, representantes dos governos estadual e municipal e da Fiemg. Destacam-se as presenças do secretá-rio-adjunto de Agricultura e Abastecimento de Minas Gerais, Paulo Afonso Romano, representando o secretário André Merlo; do superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa), Marcílio Magalhães; do ex-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Ge-rais (Faemg), Gilman Viana Rodrigues; do deputado estadual Antônio Carlos Arantes; do deputado federal Reginaldo Lopes e do vice-presidente da Fiemg, Aguinaldo Diniz Filho.

Presença ampliadaA nova Diretoria, eleita pelos associados em julho de

2014, continuará atuando para o fortalecimento e a defesa

do setor, com o objetivo de ampliar o trabalho desenvolvi-do pelo Silemg em Minas Gerais por meio das seis reuniões regionais. “Os diretores devem captar as demandas de cada localidade, que, muitas vezes, são pontuais, e trazer para den-tro do Sindicato para resolvermos mais rapidamente. Eles têm, também, o papel de auxiliar e prestar um atendimento ao associado de forma próxima e direta e divulgar o Silemg na região, mostrando a importância de trabalharmos juntos e trazendo novos associados”, detalha João Lúcio.

Outras questões que estão entre as prioridades da nova gestão são o “equilíbrio” do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), as pressões do varejo e o crescimento do consumo de lácteos no Brasil. “A melhoria contínua é uma premissa da nossa gestão. Temos certeza de que ainda temos que trabalhar muito para atingir um parâmetro que condiz com a importância do nosso setor para a economia nacional”, afirma o presidente do Silemg.

João Lúcio tem 48 anos, é casado, pai de três filhas e agrô-nomo formado pela Universidade Federal de Viçosa. Está à frente do Laticínios Porto Alegre desde a fundação, em 1991. A empresa surgiu como uma agroindústria para beneficiar o leite produzido na fazenda de mesmo nome, fabricando muçarela e manteiga. Hoje, a Porto Alegre se destaca como a maior indústria de queijo de Minas Gerais e o principal fabri-cante de soro de leite em pó do país. Suas fábricas em Ponte Nova e Mutum são grandes geradoras de empregos.

Em defesa do setorA importância do Silemg para a expansão do mercado

de laticínios mineiro ficou clara na abordagem das autori-dades presentes na cerimônia de posse da nova Diretoria.

Da esquerda para a direita: João Lúcio Barreto Carneiro (presidente do Silemg), Aguinaldo Diniz Filho (vice-presidente da Fiemg), Gui-lherme Olinto (vice-presidente do Silemg) e Antônio Carlos Arantes (deputado estadual)

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“O Silemg está a cada dia mais forte e expressivo na defe-sa do setor. A indústria que tem representatividade através do Sindicato está menos vulnerável à situação econômica”, enfatiza o deputado estadual Antônio Carlos Arantes, que anunciou uma homenagem ao Silemg, por meio do ex-pre-sidente Guilherme Olinto, conferindo-lhe a Medalha do Mérito Legislativo, destinada a pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que tenham se destacado por ser-viços prestados ou méritos excepcionais.

Paulo Romano destacou o alinhamento da Secretaria de Estado da Agricultura com as causas defendidas pelo Sin-dicato. “Tenham a certeza de que estamos com o mesmo objetivo de termos uma cadeia da indústria do leite e seus derivados respeitada, trabalhando com sustentabilidade, competitividade e, principalmente, reputação”, afirma. “São as pessoas que fazem as instituições, e assim é o Silemg. Sua importância deve-se às pessoas corretas e dedicadas que estão à frente do trabalho”, acrescenta o ex-presidente da Faemg, Gilman Viana Rodrigues.

Legado indiscutívelAntes de ser presidente na gestão 2011/2014 do Silemg,

Guilherme Olinto foi vice-presidente entre 2005/2008 e 2009/2011. Já são quase dez anos de envolvimento e de-dicação às causas do setor e, nesse período, seu legado de fortalecimento da indústria de laticínios é indiscutível.

Dentre as conquistas das quais esteve à frente, destaca-se a aprovação da Lei Estadual nº 21.016/13, em dezembro

Paulo Romano (secretário adjunto de Agricultura e Abastecimento), Aguinaldo Diniz Filho (vice-presidente da Fiemg), Juarez Quintão (Laticínios Marília) e Antônio Carlos Arantes (deputado estadual)

Cícero de Alencar Hegg (Laticínios Tirolez), Tereza Cristina Sia e For-tunato Rodrigues Machado (Laticínios Franfort)

CAPA 10

Zona da Mata: 27Vale do Jequitinhonha e Mucuri 11Triângulo Mineiro 5Vale do Rio Doce 15Central 25Alto Paranaíba 16Sul de Minas 33Centro-oeste 14Norte de Minas 2Noroeste de Minas 2

SILEMG EM MINAS GERAIS

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de 2013, que confirmou a exclusão do frete da base de cál-culo do ICMS na aquisição de leite in natura e rechaçou a insegurança jurídica que poderia levar a uma cobrança de créditos por parte do Governo Federal. “O entendimen-to anterior da legislação pela Secretaria da Fazenda dava margem a um passivo tributário que poderia até levar al-gumas de nossas indústrias ao encerramento de suas ativi-dades”, explica Guilherme Olinto.

Durante o mandato de presidente, ele liderou mais de 150 encontros, reuniões e discussões com sindicatos, par-ceiros, órgãos públicos e federações, somando melhorias para o setor ou lançando sementes que, certamente, serão cuidadas pelos próximos gestores e darão frutos. Como é o caso do aproveitamento dos créditos tributários, do novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produ-tos de Origem Animal (RIISPOA), de programas de me-lhoria da qualidade do leite, entre muitas outras ações vi-tais. “Foi extremamente gratificante ter presidido um dos sindicatos mais fortes do Brasil pelo quanto essa missão me fez crescer. Tenho quase 40 anos de trabalho no setor e afirmo, seguramente, que esses três anos à frente do Silemg valeram por 30 anos da minha história”, reflete.

Paulo Romano ressaltou o altruísmo de Guilherme Olinto ao se manter na Diretoria do Silemg como vice-pre-sidente. “Mostrando a sua nobreza e fazendo jus a tudo aquilo que se diz dele, ele tem a humildade de continuar trabalhando pela mesma causa como vice-presidente. É uma decisão rara, bonita e que merece referência”, finaliza.

Diretoria executiva do Silemg: Guilherme Olinto, Paulo Bartholdy Gri-bel, Alessandro Rios, João Lúcio e Guilherme Abrantes

Da esquerda para a direita: Reginaldo Lopes (deputado federal), João Lúcio Barreto Carneiro (presidente do Silemg), Gilman Viana Rodri-gues (ex-presidente da Faemg) e Paulo Afonso Romano (se cretário adjunto de Agricultura e Abastecimento de Minas Gerais )

11

Ampliar a atuação e a proximidade do Sindicato com os associados por meio das regionais.

Buscar o “equilíbrio” do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Reduzir as pressões do varejo.

Estimular o crescimento do consumo de lácteos no Brasil.

Buscar a melhoria contínua do setor.

PRIORIDADES DA NOVA GESTÃO DO SILEMG

150ASSOCIADOS EM MINAS

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TRILHAS DE MINAS 12

PELOS CAMINHOS DE

Basílica de São Geraldo, em Curvelo

Poder percorrer as cidades citadas pelo escritor brasilei-ro Guimarães Rosa em suas obras e descobrir o sertão que permeia a sua memória são alguns dos momentos marcantes para quem se aventura a conhecer o Circuito Turístico Gui-marães Rosa. Criado em 2003, ele é o único desse gênero no país e abrange as cidades mineiras de Araçaí, Buritizeiro, Co-rinto, Curvelo, Inimutaba, Morro da Garça, Pirapora e Presi-dente Juscelino, na região Central do Estado.

Por meio de expedições, caminhadas ecoliterárias, conta-ção de estórias e encontros culturais, que têm como pano de fundo o território recriado nos contos e romances do autor, os visitantes mergulham na literatura roseana. Médico e diplo-mata, João Guimarães Rosa é considerado um dos principais escritores brasileiros, em especial pela inovação da linguagem, com a criação de um vocabulário próprio, com palavras in-

ventadas e intervenções semânticas e sintáticas. “Por se tratar do único roteiro literário no Brasil, ele fortacele a já representa-tiva imagem do escritor, que, infelizmente, é pouco difundida em nossa própria região”, observa Marco André Martins, turis-mólogo e gestor do Circuito Turístico Guimarães Rosa.

Recebendo visitantes de todo o país, o roteiro é muito pro-curado, principalmente por turistas de São Paulo, Brasília (DF) e Rio de Janeiro, além de estrangeiros. “Eles apreciam o sertão, a cultura, a culinária típica mineira e alguns dos atrativos da região, como o Vapor Benjamim Guimarães, o único ainda em funcionamento no mundo, a Sinfonia do Velho Chico e a Ba-sílica de São Geraldo”, destaca o gestor.

Os atrativosEntre as atrações do Circuito Turístico, está o Museu Casa

Inspirado na vida e obra do escritor, Circuito Turístico permite um mergulho nos cenários da literatura Roseana GUIMARÃES ROSA

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Guimarães Rosa, em Cordisburgo, terra natal do escritor e Município de Honra do Circuito. Localizado na casa onde ele morou desde o nascimento até os nove anos de idade, o espaço traz em seu acervo fotos, objetos pessoais, como uma coleção de gravatas-borboleta, e um presente em es-pecial: os rascunhos de trabalhos e a xilogravura usados na produção do best-seller Manuelzão e Miguilim (Corpo de Baile), escrito em 1956. Durante esse encontro com o pas-sado, os visitantes são acompanhados pelos Contadores de Estórias Miguilim, grupo que narra trechos da obra.

Outro destaque é a visita ao Morro da Garça, sede do Cir-cuito Turístico. A cidade, que foi cenário do conto O recado do Morro, mantém ainda a Casa da Cultura do Sertão, que apresenta em suas exposições artesanatos e atividades do ser-tanejo e da região. A programação cultural percorre também os cenários descritos em Grande Sertão: Veredas, principal obra de Guimarães Rosa - Curvelo, citada na primeira página do romance e cidade-polo da região, e Corinto, chamada de “Curralinho”, onde Riobaldo passou parte de sua infância. Pa-redão, distrito de Buritizeiro, que fica à beira do Rio do Sono, também traz lembranças do cenário escolhido pelo escritor para a batalha final de Grande Sertão.

LATICÍNIOS DE MINAS Uma ótima opção para quem percorre o Circuito de Tu-

rismo Guimarães Rosa são os produtos da Nogueira e Re-zende. A empresa iniciou suas atividades em Sete Lagoas em 2002, com uma fábrica de 7.900 m² construídos. Desde a sua instalação, investiu cerca de R$ 19 milhões no aumento da capacidade produtiva, na automação de processos e na segu-rança alimentar. “O resultado foi o crescimento de nossa ca-pacidade de processamento para 150 toneladas por dia”, revela Marcelino Rezende, diretor do laticínio.

Com cerca de 110 empregados, a Nogueira e Rezende pro-duz e comercializa iogurtes, bebidas lácteas, petit suisse, coa-lhada, leite fermentado, requeijão e manteiga. “Possuímos uma forte distribuição em todo o Estado e disponibilizamos os pro-dutos em lanchonetes e lojas de conveniência da região do Cir-cuito Turístico. Isso faz com que os visitantes que passam por lá conheçam e consumam a nossa produção”, comenta o diretor.

Fabricante das marcas Trevinho, Apreciare, Pulsi e Rural, a Nogueira e Rezende está no mercado de laticínios há mais de dez anos e é uma das maiores indústrias do setor de Mi-nas Gerais. A empresa integra o Ranking PME - Pequenas e médias empresas que mais crescem de 2013, publicado pela Exame e Deloitte, com um percentual de crescimento médio de 13% ao ano.

Além de atuar em todo o Estado, o laticínio comercializa seus produtos em Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Distri-

Vapor Benjamin Guimarães navega pelo rio São Francisco

Trevo Alimentícios produz 150 toneladas de alimentos por dia

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to Federal e no interior de São Paulo. Com foco na qualidade dos produtos, os investimentos são direcionados para a mo-dernização do negócio, desde a parceria com produtor rural até a tecnologia na fabricação, passando pela eficiência do pro-cesso de vendas e a valorização do varejista. “Proporcionamos um excelente custo-benefício quando falamos em produto X preço. Temos um alto nível de serviço de logística de entrega, como também de atendimento ao cliente. Esses diferenciais competitivos suportam a nossa taxa de crescimento.”

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SAÚDE COM SABOR 14

O AMIGO DOS OSSOS E DO CORAÇÃOAlém de auxiliar no combate à osteoporose, o leite e seus derivados contribuem para a prevenção e o tratamento da hipertensão

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Um estudo divulgado, recentemente, pela Calcified Tis-sue International, publicação médica da Fundação

Internacional de Osteoporose, comprovou que a baixa in-gestão de leite e de seus derivados pode aumentar o risco da ocorrência de osteoporose e de hipertensão. O objetivo da pesquisa foi avaliar a ingestão de cálcio, a partir de fon-tes lácteas, como um possível elo patogênico entre as duas doenças. O que foi comprovado por meio de um questio-nário aplicado a 3300 mulheres pós-menopáusicas sobre o consumo desses alimentos em uma frequência alimentar semanal. Entre os resultados, verificou-se que a ingestão de produtos lácteos está sendo, cada vez mais, substituída por outras bebidas, em sua maioria, com alto teor de açúcar, aumentando o peso corporal e, consequentemente, contri-buindo para a ocorrência dessas patologias.

O cenário é um alerta à sociedade. Quase 60 milhões de brasileiros possuem hipertensão, que é considerada como o principal fator de morte no mundo. O cardiologista José Pe-dro Jorge Filho explica que, por se tratar de uma doença silen-ciosa, os pacientes hipertensos apenas buscam atendimento médico quando apresentam algum sintoma relacionado ao aumento da pressão arterial, mas que o acompanhamento e a prevenção devem ser feitos permanentemente. “A Associa-ção Americana de Cardiologia preconiza para os hipertensos a dieta ‘DASH’, sigla em inglês para Abordagens Dietéticas para Sustar a Hipertensão, que é constituída por alimentos como carne magra, grãos integrais, frutas e hortaliças e, es-sencialmente, por laticínios desnatados e cálcio”, orienta.

Esta dieta pode reduzir a pressão arterial máxima em até 11,4 mmHg e a mínima em até 5,5 mmHg. Segundo José Pedro, a maioria dos pacientes considera o sal como o único alimento de influência na doença, não levando em conta outros produtos que podem interferir positivamente ou não. “É claro que se tiver menos sal, a pressão arterial irá reduzir ainda mais. Mas, o cálcio, presente no leite e deri-vados, por exemplo, poderia ajudar nesse controle”, revela.

Isso ocorre porque a proteína do soro do leite age por meio de substâncias que inibem a ação da enzima conversora de an-giotensina (ECA), provocando vasodilatação, pelo mesmo me-canismo dos remédios utilizados no controle da pressão arterial.

O melhor remédioPresente em vários alimentos, o leite e seus derivados po-

dem ser consumidos de diferentes maneiras. Referência técni-ca em nutrição, Juliana Algarves Magalhães dá algumas dicas: “O leite pode ser usado no preparo de vitaminas com fruta e grãos ou cereais integrais; em iogurtes, com baixo teor de gor-dura; queijos brancos, em sanduíches com pão integral e sala-da”. Para ela, o importante é garantir a qualidade nutricional, combinando os produtos lácteos da maneira que preferir.

Porém, não é necessário consumir uma grande quanti-dade do leite e seus derivados para se adequar ao ideal. O recomendado, por dia, é de 500 mg a 800 mg de cálcio para as crianças; 1.300 mg para os adolescentes; 100 mg a 1.200 mg para os adultos e 100 mg a 1.300 mg para as gestantes e as lactantes, de acordo com a especialista. Para isso, basta consumir, no mínimo, de acordo com a faixa etária, duas fatias médias de queijo minas, por exemplo, que equivalem a cerca de 400 mg de cálcio ou dois copos de 200 ml de leite ou iogurte, que é o mesmo que 500 mg de cálcio.

VOCÊ SABIA? 30% a 50% dos brasileiros entre 60 e 69 anos

de idade possuem hipertensão e esse número chega a 75% após os 70 anos.

10 milhões de brasileiros têm osteoporose.

Até 2025, o número de hipertensos nos países em desenvolvimento, como o Brasil, terá crescimento médio de 80%.

No Brasil, a cada ano, ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose.

A cada ano, morrem 7,6 milhões de pessoas em todo o mundo devido à hipertensão.

PREVENÇÃO EFICIENTEEm relação à osteoporose, os benefícios da presença

do leite e de seus derivados na dieta diária são reconhe-cidos desde a infância à vida adulta. Ricos em cálcio, o consumo de produtos lácteos pode reverter o atual ce-nário de incidência da doença, em que uma a cada três mulheres e um a cada cinco homens, brasileiros, acima de 50 anos, desenvolvem a patologia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a osteoporose é considerada como o segundo maior pro-blema de saúde no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. “É uma doença esquelética, caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterio-ração dos ossos, com consequente aumento da fragili-dade do osso”, explica a reumatologista Rejane Pinheiro Damasceno. De acordo com a especialista, o tratamento, de maneira geral, se apoia no tripé: atividade física, dieta rica em cálcio e exposição solar, principal fonte de vita-mina D, além de medicamentos específicos para inibir a reabsorção óssea ou aumentar a sua formação.

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