NSTITUTO DE ILOSOFIA IÊNCIAS UMANAS CURSO DE · PDF fileao mesmo tempo “introdução” e a “primeira parte do ... Ciência da Lógica da Enciclopédia ... Enciclopédia das Ciências

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  • NSTITUTO DE ILOSOFIA && INCIAS UMANAS CCUURRSSOO DDEE GGRRAADDUUAAOO EEMM FFII LLOOSSOOFFII AA 3300

    22OO.. SSEEMM EESSTTRREE DDEE 22000077

    DISCIPLINA CDIGO / TURMA NOME HG753 A Tpicos Especiais de Histria da Filosofia Moderna V PR-REQUISITOS AA420 HG401/ AA200 AA420 CARGA HORRIA: (N DE HORAS POR SEMANA) TEORIA 04 PRTICA 00 LABORATRIO 00 ORIENTAO 02 ESTUDO 04 ATIVIDADE DISTNCIA: 00 HORAS AULA EM SALA 04

    CRDITOS: 06 HORRIO : 3. feira 14h s 18h PROFESSOR (A) RESPONSVEL CONTATO: Prof. Marcos Lutz Mller [email protected] PED: A ( ) B ( ) C ( ) PAD

    EMENTA O curso tem por objetivo examinar as noes mais elementares da moderna lgica simblica, como as funes proposicionais, quantificao, funo de verdade, verdade lgica, modelo, linguagem formal e mtodo axiomtico. Tratar-se- tambm de levantar a questo do alcance e limites da aplicao de tais noes na investigao das lnguas naturais PROGRAMA O curso se prope a desenvolver tpicos em histria da filosofia moderna, a partir de textos

    clssicos pertinentes, de acordo com as pesquisas em andamento no departamento de Filosofia

    O Conceito Hegeliano de Filosofia Em face da exigncia de um saber filosfico sem pressupostos (o ceticismo consumado), que se concebe como cincia e sistema e pretende a sua auto-fundao absoluta, e em face da aporia de uma justificao cientfica prvia e externa a esse saber cientfico, denunciada ironicamente na exigncia kantiana de conhecer criticamente a

  • faculdade de conhecer antes do conhecer, Hegel empreendeu, no curso de sua trajetria intelectual, trs tentativas de introduo ao seu programa lgico-especulativo. Elas procuram evitar esta aporia e respeitar aquela exigncia de auto-fundao da cincia filosfica. A primeira, na Fenomenologia do Esprito, inicialmente concebida como sendo ao mesmo tempo introduo e a primeira parte do sistema; a segunda na Cincia da Lgica, na discusso sobre o seu ponto de partida necessrio; a terceira, no conceito preliminar (Vorbegriff) da Enciclopdia das Cincias Filosficas (1830) ( 19-82), inserido no incio da verso concisa da Cincia da Lgica da Enciclopdia (a pequena lgica).

    Esta ltima introduo ao sistema ser objeto do curso, escolhida pelo seu carter didtico, pela riqueza das suas referncias crticas histria da filosofia e ao presente filosfico de Hegel, e pela clareza com que a se desenha a sua concepo de filosofia, que adquire forma cientfica na apresentao sistemtica e enciclopdica do todo. A partir dessas referncias crticas ele elabora trs posies do pensamento relativamente objetividade (E, 26-83), nas quais esboa uma tipologia de posies histrico-filosficas, que, para alm da sua referncia histrica, se configuram como paradigmas conceituais, atravs de cuja crtica introduz o seu conceito integrador de filosofia. Esta introduo procede de modo histrico e segundo o raciocnio comum, mas visa, contudo, elucidar e promover (herbeifhren) o ponto de vista lgico-especulativo, que procura resolver e suspender as dificuldades e impasses das trs posies analisadas: 1) a da metafsica anterior ( crtica kantiana), 2) a do empirismo e a da filosofia transcendental de Kant e Fichte, e 3) a da filosofia do saber imediato. O interlocutor central, nesses confrontos, certamente Kant. Por isso, o curso dedicar especial ateno crtica de Hegel a Kant, no sentido de mostrar que esta crtica quer instaurar um novo comeo da metafsica (redenominada cincia da lgica) precisamente atravs de uma radicalizao da crtica kantiana metafsica dogmtica, e no de um retorno a esta, como o entendimento neokantiano ordinrio tornou moeda corrente. PLANO DE DESENVOLVIMENTO Tpicos principais (roteiro de leitura dos 1-82): 1.Conceito preliminar de filosofia, do seu objeto e do seu mtodo. A filosofia como cincia e como enciclopdia das cincias filosficas. Identidade entre o objeto da filosofia e o da religio e a dissoluo ps-hegeliana desta identidade. ( 1, 2, 19) 2. Gnese e justificao do objeto e mtodo da filosofia no pensamento puro que se tem a si mesmo por objeto.( 17) Pensamento puro e liberdade (E 1,2,3,17,23). A filosofia como reconciliao entre razo subjetiva e razo objetiva (E 3,6). A enciclopdia filosfica como todo, formado de um crculo de crculos. ( 15-16, 18) 3. O conceito abrangente e inclusivo de pensamento. ( 3) O pensamento especulativo e a diferena entre representao, conceito e idia. ( 20-23) A relao entre pensamento e experincia na realidade efetiva, entre filosofia e cincias empricas.( 7-12) Sistema e histria da filosofia. ( 15-16) 4. A metafsica como crena espontnea de que aquilo que o pensamento conhece das coisas como pertencendo a elas o que nelas unicamente verdadeiro. Sentido positivo e

  • sentido negativo, sentido histrico e sistemtico de metafsica. 5. Crtica dos juzos predicativos da metafsica anterior e a incapacidade destes para determinar os objetos da razo: a pressuposio representativa do sujeito (hypokeimenon) da predicao e a atribuio a ele de determinaes finitas do pensamento pela reflexo exterior. Reflexo exterior e reflexo imanente. 6. O empirismo e a sua dupla face: sua origem na reao metafsica abstrata do entendimento e a origem metafsica das categorias e procedimentos discursivos do seu discurso ctico. 7. O princpio de liberdade do empirismo (o verdadeiro est na efetividade presente e ele tem de existir na experincia para valer no saber) e a sua determinao insuficiente do contedo da experincia e do procedimento analtico. A diferena entre o ceticismo antigo (pirrnico) e o ceticismo de Hume. 8. O ponto de partida comum do empirismo e da filosofia crtica na experincia, e o fato, para a filosofia crtica, da origem apriori da universalidade e da necessidade, enquanto determinaes essenciais da experincia. 9. A investigao crtica da validade das determinaes do pensamento da antiga metafsica pela reflexo transcendental kantiana. A origem da dialtica especulativa nessa reflexo transcendental: a exigncia de unir numa mesma atividade as determinaes e as formas do pensar puro atuantes no conhecimento e a reflexo transcendental crtica sobre essas determinaes e formas. A inverso da conscincia ordinria pela subjetividade transcendental. 10. Crtica de Hegel ao carter emprico da deduo metafsica das categorias kantianas e a retomada da exigncia (fichteana) da sua derivao apriori do prprio pensar. A distino entre entendimento e razo e a sua funo crtica. A crtica coisa em si (um alm inacessvel) e ao idealismo subjetivo(!) da filosofia crtica (ela se restringe finitude unicamente transcendental dos predicados finitos e dos fenmenos, que para Hegel so finitos no s para ns, mas em si). 11. A diviso da metafsica em metafsica geral (ontologia) e nas metafsicas especiais (psicologia racional, cosmologia e teologia racional). A transformao kantiana da metafsica geral em filosofia transcendental e a sua crtica dialtica das metafsicas especiais. A transformao hegeliana da metafsica geral em cincia da lgica e a sua crtica ao contedo finito dos predicados atribudos pela metafsica dogmtica aos objetos da razo. ( 33-36; 42-49) 12. O significado positivo da crtica kantiana metafsica e das provas da existncia de Deus e as respectivas insuficincias, para Hegel, daquela crtica e destas provas. Os dois caminhos da constituio do ideal da razo enquanto unidade do ser e do conceito (i. , da elevao do esprito a Deus, na linguagem representativa da religio) nas provas tradicionais da existncia de Deus ( 50-51). O pressuposto central do idealismo absoluto: a equiparao da contingncia do finito sua nadidade intrnseca, enquanto reverso da relao afirmativa do infinito a si. 13. A crtica ao dualismo kantiano e reduo da razo terica autodeterminao formal. A constituio do princpio da independncia absoluta da razo como princpio universal da filosofia e preconceito da poca. ( 60) 14. O saber imediato: a reduo do pensamento explicao de relaes causais finitas (todas as condies so ulteriormente condicionadas, de sorte que o conhecimento mediado s conhece o finito) e a correlata transformao da razo, na sua capacidade de conhecer a verdade, em crena/f, entendida como revelao imediata do infinito (divino) no

  • sentimento interior. 15. O cogito cartesiano como paradigma moderno do saber imediato (a excluso da mediao o critrio de verdade do seu contedo) e a crtica hegeliana s diversas formas histricas do saber imediato (a reminiscncia platnica, as idias inatas, a razo natural, a certeza imediata de Deus, a inspirao do corao, a conscincia da lei moral, o senso comum), que tomam a imediatidade por um fato psicolgico irredutvel, mas, na verdade, contm e ocultam uma forma de mediao. 16. Os trs momentos do procedimento lgico-real ( 79-82). BIBLIOGRAFIA G.W.F.Hegel Enzyklopdie der philosophischen Wissenscahften im Grundrisse (1830). I. Teil. Die Wissenschaft der Logik, Werke, v. 8, eds.. Moldenhauer e K. M. Michel, Suhrkamp, Frankfurt a. M., 1970. 19-82. G.W.F. Hegel Enciclopdia das Cincias Filosficas em Compndio (1830). Vol. I. A Cincia da Lgica, trad. de Paulo Meneses, Loyola, So Paulo, 1995. 19-82. FORMAS DE AVALIAO Uma prova escrita em classe ao final do 2 ms e um trabalho conclusivo ao final do semestre. HORRIO DE ATENDIMENTO A ALUNOS Em princpio s 5 das 15-17, mas a ser combinado definitivamente com os alunos.