o anglo resolve a prova da IBMEC de 2004angloresolve.cursoanglo.com.br/inc/Download.asp?NomeArq=IBMEC_j… · Na década de 1960,Marshall McLuhan escreveu seu livro “A Galáxia

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  • trabalho pioneiro.Prestao de servios com tradio de confiabilidade.Construtivo, procura colaborar com as Bancas Exami-nadoras em sua tarefa de no cometer injustias.Didtico, mais do que um simples gabarito, auxilia o es-tudante no processo de aprendizagem, graas a seu for-mato: reproduo de cada questo, seguida da resoluoelaborada pelos professores do Anglo.No final, um comentrio sobre as disciplinas.

    Seleciona 50 alunos para o curso de Administrao de Empresase 50 alunos para o curso de Economia, ambos diurnos e comdurao de 4 anos.So duas provas em um nico dia: A primeira, iniciada s 8h, consta de questes objetivas de

    Anlise Quantitativa (20), Anlise Verbal (15), Lngua In-glesa (10) e Conhecimentos Gerais Histria e Geografia(10). Cada uma tem peso 1.

    A segunda, iniciada s 14h, consta de 10 questes discursi-vas de Anlise Quantitativa, com peso 1,5, e de uma Reda-o que vale 15 pontos.

    Pode ser utilizado um dcimo da nota objetiva do ENEM; nesse ca-so, a pontuao obtida multiplicada por 100 e dividida por 90.So desclassificados os candidatos que no obtiverem pontua-o em qualquer das disciplinas ou cujo total de pontos sejamenor que 40.

    oanglo

    resolve

    a provada IBMEC

    maio de 2004

  • 2IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

    Leia os fragmentos abaixo, extrados da palestra proferida por Umberto Eco, na Biblioteca de Alexandria, pararesponder s questes de 1 a 3.

    [...] O que pretendo fazer, hoje, tentar desemaranhar uma mixrdia de receios entrelaados acerca de problemas diversos.Clarear nossas idias acerca desses problemas diversos pode tambm nos ajudar a compreender melhor o que, em geral,entendemos por livro, texto, literatura, interpretao e assim por diante. Desse modo, veremos como, a partir, de umapergunta tola, se podem produzir muitas respostas sbias, e essa provavelmente a funo cultural de entrevistasingnuas. Comecemos com uma histria egpcia, muito embora contada por um grego. Segundo Plato, em Fedro, quandoHermes ou Thot, o suposto inventor da escrita apresentou sua inveno para o fara Thamus, este louvou tal tcnicainaudita, que haveria de permitir aos seres humanos recordarem aquilo que, de outro modo, esqueceriam.

    Mas Thamus no ficou inteiramente satisfeito. Meu habilidoso Thot, disse ele, a memria um dom importante que se devemanter vivo mediante um exerccio contnuo. Graas a sua inveno, as pessoas no sero mais obrigadas a exercitar a memria.Lembraro coisas no em razo de um esforo interior, mas apenas em virtude de um expediente exterior.[...] Na dcada de 1960, Marshall McLuhan escreveu seu livro A Galxia de Gutemberg, no qual declarava que a maneira linearde pensar, respaldada pela inveno da imprensa estava em via de ser substituda por um modo mais global de percepo e decompreenso, por meio de imagens de TV ou de outros tipos de aparelho eletrnico. Se no McLuhan, certamente muitos de seusleitores apontaram o dedo para a tela da TV e depois para o livro impresso e disseram: Isto vai matar aquilo.

    Se ainda estivesse entre ns, hoje, McLuhan seria o primeiro a escrever algo como Gutemberg contra-ataca. Semdvida, um computador um instrumento por meio do qual possvel produzir e editar imagens, sem dvida as instruesso fornecidas por cones; mas tambm no h dvida de que o computador se tornou, acima de tudo, um instrumentoalfabtico. Em sua tela, correm palavras e linhas escritas e, para usar um computador, preciso saber ler e escrever.

    (Folha de S. Paulo. Mais! 14/12/2003)

    Sobre o emprego dos pronomes demonstrativos, na frase Isto vai matar aquilo. pode-se inferir quea) tanto isto como aquilo generalizam e depreciam o carter transitrio dos meios de comunicao.b) isto designa o objeto prximo ao enunciador, enquanto o ponome aquilo refere-se ao objeto afastado geograficamente do

    enunciador e do interlocutor.c) os pronomes isto ou aquilo imprimem um sentido pejorativo aos seres nomeados.d) isto se refere TV como o objeto do momento presente, enquanto aquilo imprime ao livro um carter de objeto ultrapassado.e) o pronome isto faz referncia ao que ainda ser mencionado na orao, enquanto o pronome aquilo refere-se ao que j se mencionou.

    Resoluo:Os pronomes demonstrativos, considerados em relao situao concreta da fala (funo ditica), podem, entre outras

    funes, indicar o que est prximo ou distante do enunciador do discurso e, assim, os pronomes: Este, esta e isto apontam para o que est prximo de quem enuncia; Aquele, aquela e aquilo indicam o que est distante do enunciador e do enunciatrio.Dentro da frase Isto vai matar aquilo., o isto tem como referncia a TV e aquilo, o livro.Vale lembrar que, se observssemos os mesmos pronomes em funo anafrica (relao com o enunciado), as referncias

    seriam: isto para o livro e aquilo para a TV, o que constituiria uma incoerncia no texto em questo.

    Resposta: b

    Se no McLuhan, certamente muitos de seus leitores apontaram o dedo para a tela da TV...A expresso se no mantm o mesmo sentido do texto quando substituda pora) No faz outra coisa exceto estudar.b) Leve agasalho, caso contrrio sentir frio.c) Criana pequena deve ser vigiada, do contrrio se machuca.d) So homens no apenas inteligentes, mas tambm honestos.e) Quando no uma misso impossvel, esta , pelo menos, uma tarefa muito difcil.

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    IIILLLNNN EEESSS LLLAAABBBRRREEEVVVAAA

  • Resoluo:O sentido da expresso se no no trecho se no McLuhan, certamente muitos de seus leitores apontaram o dedo para

    a tela da TV o da possibilidade de que McLuhan no tenha de fato falado o que est sendo proposto, mas com certeza osseus leitores o fizeram. Nesse sentido, apenas a expresso quando no pode ter significado compatvel com o obtido pelouso da conjuno se seguida de no.Resposta: e

    Segundo o texto, Thamus, teme quea) a escrita amplie a faculdade humana de pensar livremente.b) a escrita entorpea o poder da mente, ao fornecer ao homem uma memria gravada.c) os egpcios, pela escrita, ampliem seus conhecimentos e libertem-se do jugo do fara.d) a escrita se torne uma ameaa ao poder, portanto a rejeita taxativamente.e) a escrita, como qualquer nova inveno tecnolgica, estimule as pessoas a se afastarem de suas obrigaes cotidianas.

    Resoluo:A preocupao do Fara Thamus a de que os homens, por conta da inveno da escrita, deixem de lado o exerccio co-

    tidiano da memria, produzindo certo entorpecimento do poder da mente e, assim, passaro a lembrar das coisas, no porum exerccio intelectual, mas pela utilizao de um mecanismo exterior e, portanto, no intelectual.Resposta: b

    Leia este excerto do poema Galxias, de Haroldo de Campos, para responder s questes de 4 a 8.e comeo aqui e meo aqui este comeo e recomeo e remeo e arremesso e aqui me meo quando se vive sob a espcie de viagemo que importa no a viagem mas o comeo da por isso meo por isso comeo escrever mil pginas escrever milumapginas paraacabar com a escritura para comear com a escritura para acabar comear com a escritura por isso recomeo por isso arremessopor isso teo e escrever sobre escrever o futuro do escrever sobrescrevo sobrescravo em milumanoites milumapginas ou umapgina em uma noite que o mesmo noites e pginas mesmam ensimesmam onde o fim o como onde o escrever sobre oescrever no escrever sobre no escrever e por isso comeo descomeo pelo descomeo desconheo e me teo um livro onde tudoseja fortuito e foroso um livro onde tudo seja no esteja seja um umbigodomundolivro um umbigodolivromundo um livro deviagem onde a viagem seja o livro o ser do livro a viagem por isso comeo pois a viagem o comeo...

    Em qual das alternativas, h, no fazer potico, a preocupao com a forma, como no fragmento e comeo aqui e meo aquieste comeo e recomeo e remeo e arremesso...?a) Longe do estril turbilho da rua,

    Beneditino, escreve! No aconchegoDo claustro, na pacincia e no sossego,Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

    (Olavo Bilac)

    b) Eu sonho com um poemacujas palavras sumarentas escorramcomo a polpa de um fruto maduro em tua boca,um poema que te mate de amorantes mesmo que tu lhe saibas o misterioso sentido:basta provares o seu gosto...

    (Mario Quintana)

    c) O poeta um fingidor.Finge to completamenteque chega a fingir que dora dor que deveras sente.

    (Fernando Pessoa)

    d) Sua rima, inda que sejaBordada de prata e de ouro,Para a gente sertaneja perdido esse tesro.Com o seu verso bem feito,No canta o serto dereito,

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  • Porque voc no conheceNossa vida aperreada.E a d s bem cantada,Cantada por quem padece.

    (Patativa do Assar)

    e) Penetra surdamente no reino das palavrasL esto os poemas que esperam ser escritos.Esto paralisados, mas no h desespero,h calma e frescura na superfcie intacta.

    (Carlos Drummond de Andrade)

    Resoluo:Tanto no fragmento de Haroldo de Campos (e comeo aqui e meo aqui este comeo e recomeo e remeo e arremesso)

    quanto no verso de Olavo Bilac (Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua.), constri-se uma determinada imagem do enunciadordo texto potico, cujo fazer visto como um trabalho exaustivo em busca da forma artstica perfeita. Escrever, assim, um atomarcado por incessantes correes, por comeos e recomeos. No verso de Bilac importante destacar o efeito obtido pelo uso dopolissndeto: a repetio do e indica um processo contnuo, em busca da perfeio formal.

    Resposta: a

    Sobre o poema concreto de Haroldo de Campos s no possvel afirmar quea) h a quebra da sintaxe convencional e abandono do verso e da mtrica.b) a ausncia dos sinais de pontuao permite a interao do leitor.c) h uma organizao seqencial no linear.d) a inovao do poeta concreto consiste em escrever sobre o ato de escrever.e) esto presentes as funes potica e metalingstica.

    Resoluo:Pode-se dizer que sempre foi comum, na Histria da Literatura, escrever sobre o ato de escrever. Esse tipo de texto, cha-

    mado de metalingstico, no constitui, portanto, uma inovao dos poetas concretos.

    Resposta: d

    Uma das figuras de linguagem presentes no poema a aliterao, como exemplifica este fragmento: ... o futuro do escreversobrescrevo sobrescravo em milumanoites milumapginas...Assinale a alternativa em que no h aliterao.a) De sino em sino

    o silncio ao somensino.

    (Paulo Leminski)

    b) rodas, engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!(Fernando Pessoa)

    c) Auriverde pendo da minha terra,Que a brisa do Brasil beija e balana

    (Castro Alves)

    d) No mar, tanta tormenta e tanto dano,Tantas vezes a morte apercebida;Na terra, tanta guerra, tanto engano,Tanta necessidade aborrecida!

    (Lus de Cames)

    e) Sou Ana, da cama,da cana, fulana, bacanaSou Ana de Amsterdam...

    (Chico Buarque de Holanda)

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  • Resoluo:Essa questo bastante problemtica. Entendendo aliterao como sendo a repetio sistemtica de um mesmo som

    consonantal ou de sons similares, todas as alternativas contm aliteraes: em a, do /s/; em b, do /r/; em c, do /b/; em d, do/t/; em e, do /n/. Supe-se que a Banca est considerando que a repetio do /r/ no famoso verso da Ode triunfal de Pessoaconstitua uma onomatopia, e no uma aliterao. Com rigor, devemos dizer que essa hiptese nasce de um equvoco deanlise, j que, nesse caso, a onomatopia seria um efeito de sentido produzido por uma aliterao.

    Resposta: b (?)

    Sobre o poema de Haroldo de Campos s no possvel afirmar quea) o poeta rev as tradicionais oposies verso/prosa, parte/todo, comeo/fim.b) a referncia narrativa universal As mil e uma noites refora o poder da palavra.c) a importncia da palavra imprensa realada pelas expresses: umbigodomundolivro, umbigodolivromundo, ensimes-

    mam, milumapginas.d) o ato de escrever pressupe a escolha criteriosa das palavras.e) a metfora viagem, presente no poema, refere-se jornada da criao artstica.

    Resoluo:No h marcas textuais que justifiquem a tese de que o ato de escrever pressupe a escolha criteriosa das palavras.

    Pelo contrrio, o enunciador, ao afirmar que pretende acabar com a escritura, sugere que a viagem da literatura podenascer do uso imprevisto das palavras e at mesmo da criao de neologismos.

    Resposta: d

    Haroldo de Campos, em Galxias, cria neologismos, assim como Manuel Bandeira, no poema intitulado Neologismo:Beijo pouco, falo menos ainda.Mas invento palavrasQue traduzem a ternura mais fundaE mais cotidiana.Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.Intransitivo:Teodoro, Teodora.

    Considere as seguintes afirmaes.I. Em Bandeira e em Haroldo de Campos, a criao de neologismos tem por objetivo a explorao do significante como

    recurso expressivo.II. O neologismo Teadorar, verbo intransitivo, intensifica o sentimento amoroso do poeta, por unir em um s vocbulo o nome

    da mulher amada, o objeto e a ao verbal.III. Haroldo de Campos e Bandeira, poetas concretistas, acreditam que os neologismos possibilitam a traduo emocional do

    eu lrico.IV. Tanto Bandeira quanto Haroldo de Campos renovam a sintaxe, ao criarem neologismos.

    Das afirmaes acima esto corretasa) I, III e IV.b) I, II e IV.c) II e III.d) I e IV.e) I e II.

    Resoluo:A proposio I pode ser considerada correta, pois, de fato, a criao de neologismos tem como um de seus objetivos a

    explorao do significante (isto , do som, da parte concreta do signo verbal) como recurso expressivo.A proposio II tambm est correta, j que o verbo teadorar intensifica o sentimento amoroso, associando o nome da

    mulher amada (Teodora), o objeto do amor (representado pelo pronome oblquo te) e a ao verbal (adorar).As proposies III e IV esto incorretas. A III, por vrios motivos, como, por exemplo, pelo fato de Bandeira no ser um

    poeta concretista. A IV, porque os neologismos no constituem propriamente uma renovao sinttica, mas sim morfolgica.Resposta: e

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  • Abaixo est reproduzido um carto postal que integra a correspondncia entre Guimares Rosa e sua netaVera Lcia Tess. Leia-o para responder s questes 9 e 10.

    Sobre o texto s no correto afirmar quea) Guimares Rosa constri um cdigo ntimo de comunicao, restrito criana e ao av.b) cria um contexto infantil possvel de reconhecimento pela criana por meio da renovao sinttica, da escolha lexical, do

    ritmo e da imagem.c) o universo infantil recriado pela linguagem no verbal, expressa nos desenhos e nos tipos de letra empregados.d) a meno aos contos de fadas tambm um recurso persuasivo do enunciador.e) o encadeamento sinttico, estabelecido pelos pronomes relativos configura a relao de dependncia entre os pares: trem e

    outro trem; noivo e noiva; bruxa m e macaco.

    Resoluo:O encadeamento sinttico estabelecido pelos pronomes relativos no configura relao de dependncia entre pares de

    palavras (termos da orao), mas de uma orao em relao a outra. As oraes iniciadas pelo pronome relativo tm, no caso,funo de determinante, de especificador de um termo da orao anterior.

    Alm do mais, o par noivo e noiva, constante da alternativa, fica prejudicado por dois motivos: a) o elemento noivono consta expressamente do texto; b) a ordem dos elementos est invertida, j que o pronome relativo retoma noiva como,nos outros pares, retoma trem e bruxa m.Obs.: Na alternativa a, a afirmao de que Guimares Rosa constri um cdigo ntimo de comunicao restrito criana e aoav verdadeira apenas no sentido de que, alm do cdigo verbal (compreensvel a todos), encerra elementos icnicos (desenhos)e dados implcitos, cujo significado est ligado s experincias peculiares do relacionamento entre tal criana e seu av.Resposta: e

    Sobre o fragmento voc vem c, vov conta estria correto afirmar quea) o emprego do modo imperativo um recurso do enunciador para convencer a criana a visitar o av.b) o mesmo fragmento encadeado por conectivos subordinativos pode corresponder a se voc vir aqui, o vov contar estria.c) o mesmo fragmento encadeado por conectivos subordinativos pode corresponder a quando voc vier aqui o vov conta estria.d) o emprego do indicativo em voc vem c, vov conta estria justifica-se porque a vinda da criana um fato hipottico.e) a presena da vrgula entre as oraes justifica-se para isolar o vocativo, elemento indispensvel aos textos de correspon-

    dncia.

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  • Resoluo:Na frase voc vem c, h uma marca ntida de oralidade, j que no ocorre correspondncia entre a forma verbal vem

    (2 pessoa do singular) e o pronome voc (3 pessoa do singular).Essa caracterstica da fala, presente na escrita, confere espontaneidade ao pedido que o av fez neta para que o visitasse.A frase vov conta estria utilizada como argumento para esse pedido. Assim, o vov se utiliza dessa estratgia para

    convencer a neta a fazer o que est propondo.Obs.: segundo a norma culta, deve-se separar uma orao subordinada adverbial de sua principal, quando aquela estanteposta a esta.Resposta: a

    Utilize o texto a seguir para responder os testes de 11 a 15.Dinossauros em tempos difceis

    A sobrevivncia da espcie (dos escritores) e da cultura uma boa causaMinha vocao nasceu com a idia de que o trabalho literrio uma responsabilidade que no se limita ao lado artstico:

    ela est ligada preocupao moral e ao cvica. At o presente, esses fatores animaram tudo o que escrevi e, por isso, vofazendo de mim, nesta poca da realidade virtual, um dinossauro que usa calas e gravata, rodeado de computadores.

    [...] Em nossa poca se escrevem e publicam muitos livros, mas ningum minha volta ou quase ningum, para nodiscriminar os pobres dinossauros acredita mais que a literatura sirva de grande coisa, a no ser para evitar que aspessoas se aborream muito no nibus ou no metr, e para que, adaptada para o cinema e a televiso, a fico literria se for sobre marcianos, horror, vampirismo ou crimes sadomasoquistas, melhor se torne televisiva ou cinematogrfica.

    Para sobreviver a literatura tornou-se light erro traduzir essa noo por leve, porque, na verdade, ela significairresponsvel e, muitas vezes, idiota.

    [...] Se o objetivo apenas o de entreter e fazer com que os seres humanos passem momentos agradveis, perdidos nairrealidade, emancipados da sordidez cotidiana, do inferno domstico ou da angstia econmica, em descontrada indolnciaintelectual, as fices da literatura no podem competir com as oferecidas pelas telas, seja de cinema ou de TV. As ilusesforjadas com a palavra exigem a participao ativa do leitor, um esforo de imaginao, e, s vezes quando se trata deliteratura moderna , complicadas operaes de memria, associao e criao, algo de que as imagens do cinema e dateleviso dispensam os espectadores. E, por isso, os espectadores se tornam cada vez mais preguiosos, mais alrgicos a umentretenimento que requeira esforo intelectual.

    Digo isso sem a menor inteno beligerante contra os meios audiovisuais, e a partir de minha condio confessa deapreciador de cinema vejo dois ou trs filmes por semana que tambm desfruta com prazer um bom programa de TV(essa raridade). Mas, justamente por isso, com o conhecimento de causa necessrio para afirmar que nenhum dos filmes quevi, e me divertiram tanto, me ajudou a compreender o labirinto da psicologia humana como os romances de Dostoevski ou os mecanismos da vida social como os livros de Tolstoi e de Balzac, ou os abismos e os pontos altos que podem coexistirno ser humano, como me ensinaram as sagas literrias de um Thomas Mann, um Faulkner, um Kafka, um Joyce ou umProust.

    As fices apresentadas nas telas so intensas por seu imediatismo e efmeras por seus resultados. Prendem-nos e nosdesencarceram quase de imediato das fices literrias nos tornamos prisioneiros pela vida toda. Dizer que os livrosdaqueles escritores entretm seria injuri-los, porque, embora seja impossvel no ler tais livros em estado de transe, oimportante de sua boa literatura sempre posterior leitura um efeito deflagrado na memria e no tempo. Ao menos o que acontence comigo, porque, sem elas, para o bem ou para o mal, eu no seria como sou, no acreditaria no que acreditonem teria as dvidas e as certezas que me fazem viver.

    (Mario Vargas Llosa, in: O Estado de S. Paulo, 1996)

    Dos fragmentos seguintes, aponte aqueles que tambm atribuem literatura uma funo cvica e transformadora.I. As palavras escritas freqentemente escoiceiam as verdades oficiais, como cavalos alados. Mordem os torturadores,

    atacam os corruptos e os burocratas, conduzidas pela tica de quem as organiza. Alm disso, elas nos fazem sonhar;abrem portas, janelas, cofres, alapes e caixas de Pandora; permitem que as flores nasam em pleno asfalto;transformam o naufrgio da velhice num tempo de ventura, quando restam apenas o homem e a alma.

    (Rodolfo Konder in O Estado de S. Paulo, 8/3/1999)

    II. Perteno queles que ainda acreditam que livros impressos tm um futuro e que todos os receios a propos de seudesaparecimento so apenas o exemplo derradeiro de outros medos ou de terrores milenaristas em torno do fim dealguma coisa, inclusive do mundo.

    (Umberto Eco in Folha de S. Paulo, 14/12/2003).

    III. Herclito disse e j repeti isso em demasia que ningum desce duas vezes o mesmo rio. Ningum desce duas vezeso mesmo rio, porque suas guas mudam. Mas o mais terrvel que ns no somos menos fluidos do que o rio. Cada vezque lemos um livro, o livro mudou, a conotanao das palavras outra. Ademais, os livros esto impregnados do passado.

    (Jorge Luis Borges, Cinco Vises Pessoais p.20. Editora UNB)

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  • IV. Oh! Bendito o que semeiaLivros... livros mo cheia...E manda o povo pensar!O livro caindo nalma germe que faz a palma, chuva que faz o mar.

    (Castro Alves, Obra Completa. Ed. Nova Aguilar.)

    a) I e IV d) II e IVb) II e III e) III e IVc) I e III

    Resoluo:Os textos que atribuem literatura uma funo cvica e transformadora so o I e o IV. No caso do fragmento I, o

    jornalista Rodolfo Konder justifica esse compromisso ideolgico do escritor quando afirma que as palavras escritas fre-qentemente escoiceiam as verdades oficiais (...). Mordem os torturadores, atacam os corruptos e os burocratas, conduzidaspela tica de quem as organiza. No fragmento IV um excerto potico de Castro Alves essa funo social se explicitano conjunto dos versos, que atribuem ao livro uma misso conscientizadora.Resposta: a

    Assinale a alternativa que melhor corresponde idia central do texto de Mario Vargas Llosa.a) Os meios audiovisuais diminuram o poder da palavra escrita.b) O papel cvico da literatura est na complexidade do contedo da obra e dispensa o leitor.c) O avano da tecnologia audiovisual contribuiu para a morte da literatura.d) A literatura que no mobiliza o leitor torna-se estril.e) A literatura light possibilita a fuga da realidade objetiva.

    Resoluo:O enunciador defende a tese de que o trabalho literrio uma responsabilidade que transcende as preocupaes exclusiva-

    mente estticas: o papel do escritor envolve tambm responsabilidade social. Segundo ele, muitos, diferentemente, no acreditammais que a literatura sirva de grande coisa, a no ser para o entretenimento, isto , para evitar que as pessoas se aborream,para fazer com que os seres humanos passem momentos agradveis. O importante na boa literatura a mobilizao do leitor:o texto deve transform-lo. Segundo o enunciador, as iluses forjadas com a palavra exigem a participao ativa do leitor, oimportante de sua boa literatura sempre posterior leitura um efeito deflagrado na memria e no tempo.Resposta: d

    ... me divertiram tanto, me ajudou a compreender o labirinto da psicologia humana como os romances de Dostoevski ouos mecanismos da vida social como os livros de Tolstoi e de Balzac, ou os abismos e os pontos altos que podem coexistir noser humano, como ensinaram as sagas literrias de um Thomas Mann...

    Segundo o fragmento, a natureza humana a) insegura e instvel. d) efmera e contrastante.b) introspectiva e desequilibrada. e) complexa e ambgua.c) solitria e imprevisvel.

    Resoluo:A natureza humana marcada por termos contrrios, que coexistem no indivduo: os abismos e os pontos altos.

    Como se trata de termos opostos (respectivamente, o alto, positivo, e o baixo, negativo), a natureza humana pode serconsiderada ambgua e complexa.Resposta: e

    A metfora que d ttulo ao texto refere-sea) ao papel secundrio dos livros na sociedade imagtica.b) ao anacronismo dos escritores clssicos.c) aos escritores que negam o carter efmero da literatura de entretenimento.

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  • d) ao desprestgio dos autores consagrados.e) aos escritores que tentam emocionar seu leitores.

    Resoluo:Segundo o enunciador, os escritores que acreditam no poder de transformao da literatura so como dinossauros que

    enfrentam, em tempos difceis, a literatura de entretenimento. A boa literatura marcada pela duratividade, com umefeito deflagrado na memria e no tempo; a que tem por objetivo apenas entreter marcada pela pontualidade, sendoefmera por seus resultados (como as fices televisivas).

    Obs.: A alternativa apresenta problema de redao: a negao deveria incidir sobre a literatura de entretenimento e nosobre seu carter efmero. Do modo como est redigida, possibilita interpretar que so como dinossauros aquelesescritores que se contrapem ao carter efmero da literatura light. Segundo essa interpretao, a alternativa c estariaerrada. Para consider-la correta, deve-se interpretar que dinossauros so os escritores que se contrapem literatura deentretenimento, marcada pelo carter efmero.Resposta: c

    E, por isso, os espectadores se tornam cada vez mais preguiosos, mais alrgicos a um entretenimento que requeira esforointelectual.Sobre o verbo requerer correto afirmar quea) segue o modelo do verbo querer; irregular; pretrito imperfeito do subjuntivo requisesse.b) no segue o modelo do verbo querer; a 3 pessoa do singular no pretrito mais que perfeito do indicativo requerera.c) segue o modelo do verbo querer; a 3 pessoa do singular do imperativo afirmativo requeira.d) no segue o modelo do verbo querer; regular em todos os tempos, a 3 pessoa do singular do pretrito perfeito do

    indicativo requereu.e) no segue o modelo do verbo querer; mas irregular nos tempos do subjuntivo.

    Resoluo:Dizer, sem qualquer restrio, que um verbo segue o modelo de outro implica reconhecer que um conjugado inte-

    gralmente pelo modelo do outro. Ora, requerer no segue a conjugao de querer: na 1 pessoa do singular do presente do indicativo; no pretrito perfeito do indicativo; em todos os tempos derivados deste.

    Por isso no se pode afirmar que requerer segue o modelo de querer.A forma requerera correta como a 3 pessoa do singular do pretrito mais-que-perfeito do indicativo, j que

    formada a partir do tema do pretrito perfeito com o acrscimo da desinncia -ra, dessa forma: Requere tema do pretrito perfeito: requereste menoss -ste; Requerera pretrito mais-que-perfeito do indicativo (3 pessoa do singular)Resposta: b

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    PASSAGE ONE

    Advantage is gained in war and also in foreign policy and other things by selecting from many attractive or unpleasantalternatives the dominating point. American military thought had coined the expression Over-all Strategic Objective. Whenour officers first heard this, they laughed; but later on its wisdom became apparent and accepted. Evidently this should bethe rule, and other great business be set in subordinate relationship to it. Failure to adhere to this simple principle producesconfusion and futility of action, and nearly always makes things much worse later on.

    Personally I had no difficulty in conforming to the rule long before I heard it proclaimed. My mind was obsessed by theimpression of the terrific Germany I had seen and felt in action during the years of 1914 to 1918 suddenly becoming againpossessed of all her martial powers, while the Allies, who had so narrowly survived, gaped idle and bewildered. Therefore, Icontinued by every means and on every occasion to use what influence I had with the House of Commons and also withindividual Ministers to urge forward our military preparations and to procure allies and associates for what would beforelong become again the Common Cause.

    One day a friend of mine in a high confidential position under the Government came over to Chartwell to swim with mein my pool when the sun shone bright and the water was fairly warm. We talked of nothing but the coming war, of thecertainty of which he was not entirely convinced. As I saw him off, he suddenly on an impulse turned and said to me, TheGermans are spending a thousand million pounds sterling a year on their armaments. I thought Parliament and the Britishpublic ought to know the facts. I, therefore, set to work to examine German finance. Budgets were produced and still publishedevery year in Germany; but from their wealth of figures it was very difficult to tell what was happening. However, in April,1936, I privately instituted two separate lines of scrutiny. The first rested upon two German refugees of high ability andinflexible purpose. They understood all the details of the presentment of German budgets, the value of the mark, and so forth.At the same time I asked my friend, Sir Henry Strakosch, whether he could not find out was actually happening.

    Churchill, W. S. The Gathering Storm. Houghton Mifflin Company, Boston, 1948, p. 225-226.

    Please answer the following questions by choosing the alternative that best corresponds to what is contained in the precedingpassage:

    In the interwar period, Churchills attitude towards German rearmament can be described as:a) Indifferent and relaxed. d) Cynical and sarcastic.b) Confidential and secretive. e) Advantageous and beneficial.c) Concerned and worried.

    Resoluo:No perodo entreguerras, a atitude de Churchill em relao ao rearmamento da Alemanha pode ser descrito como:c) interessado e preocupado.L-se em: My mind was obsessed by the impression of ... for what would before long become again the Common Cause.Resposta: c

    Churchill apparently confirmed his own worst estimates of German rearmament when:a) He proposed to the British government the formulation of a Strategic Objective.b) He was swimming in his pool with a friend.c) He received confirmation of German military expenditures.d) He discovered that one of his friends could not find out what was actually happening in Germany.e) The first war ended in 1918.

    Resoluo:Churchill aparentemente confirmou suas piores estimativas sobre o rearmamento alemo quando:c) ele recebeu confirmao sobre os gastos militares da Alemanha.L-se em: As I saw him off,... a year on their armaments.Resposta: c

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    UUUNNN EEEIIINNNGGGLLL AAASSSLLL GGG AAA

  • In Churchills view, a nation can gain advantage in foreign relations when:a) All the government ministers involve themselves with military preparations.b) A central principle of action is chosen and strictly followed.c) It conforms to the rules it decides to proclaim.d) It is able to have access to budgetary information on its principal potential enemies.e) It collects relevant information from various authoritative sources.

    Resoluo:Segundo a viso de Churchill, uma nao pode ganhar vantagem nas relaes internacionais quando:b) um princpio central de ao escolhido e seguido rigidamente.L-se em: Advantage is gained in war ... Over-all Strategic Objective.Resposta: b

    PASSAGE TWOGreat inventions generally fall into one of two categories: some are the product of a single persons creative mind,

    descending on the world suddenly like a bolt out of the blue; others by far the larger group are the end product of a longevolution of ideas that have fermented in many minds over decades, if not centuries. The invention of logarithms belongs tothe first group, that of the calculus to the second.

    It is usually said that the calculus was invented by Isaac Newton (1642-1727) and Gottfried Wilhelm Leibnitz (1646-1716) during the decade 1665-1675, but this is not entirely accurate. The central idea behind the calculus to use the limitprocess to derive results about ordinary, finite objects goes back to the Greeks. Archimedes of Syracuse (ca. 287-212 B.C.),the legendary scientist whose military inventiveness is said to have defied the Roman invaders of his city for more than threeyears, was one of the first to use the limit concept to find the area and volume of various planar shapes and solids. For reasonsthat we shall soon see, he never used the term normal, but that is precisely what he had in mind.

    Elementary geometry allows us to find the perimeter and area of any triangle, and hence of any polygon (a closed planarshape made up of straight line segments). But when it comes to curved shapes, elementary geometry is powerless. Take thecircle as an example. In beginning geometry we learn that the circumference and area of a circle are given by the simpleformulas C = 2r and A = r2, respectively. But the seeming simplicity of these formulas is misleading, for the constant appearing in them the ratio of the circurference of a circle to its diameter is one of the most intriguing numbers inmathematics. Its nature was not fully established unitl late in the nineteenth century, and even today some questions aboutit remain unanswered.

    Maor, E. e: The Story of a Number. Princeton University Press, Princeton, N. J., 1994, p. 40.

    Please answer the following questions by choosing the alternative that best corresponds to what is contained in the precedingpassage:

    The exact nature of :a) Was completely determined over one hundred years ago.b) Is simple, but misleading.c) Is well known, but only when one is computing the circumference and the area of a circle.d) Is not entirely known even at present.e) Has not been recognized as a significant mathematical fact.

    Resoluo:A natureza exata do :d) no totalmente conhecida mesmo hoje.L-se em: Its nature was not fully ... remain unanswered.Resposta: d

    As an invention, that of the calculus can be classified as:a) Having occurred as quikly and unexpectedly as a lightning bolt.b) Having been disputed between Leibnitz and Archimedes.c) Something that was not very accurate in the beginning.d) Possible only after the logarithm had been invented.e) The result of contributions of many people during a long period.

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  • Resoluo:Como uma inveno, a [inveno] do clculo pode ser classificada como:e) o resultado das contribuies de muitas pessoas durante um longo perodo de tempo.L-se em: Great inventions generally ... that of the calculus to the second.Resposta: e

    The foundations of calculus appear to have been conceived:a) When Archimedes first employed the notion of limit.b) In meetings between Isaac Newton and Gottfried Leibnitz.c) Probably in the sixteenth century.d) When Archimedes was occupied defending Syracuse from the Romans.e) As a solution to pressing military needs.

    Resoluo:Os fundamentos do clculo parecem ter sido concebidos:a) quando Arquimedes primeiramente empregou a noo de limite.L-se em: The central idea behind calculus ... of various planar shapes and solids.Resposta: a

    PASSAGE THREEAs recent power struggles at Shell and Hollinger International have amply shown, well-organised and determined non-executive

    directors can be a powerful force to improve corporate governance by reining in over-mighty chief executives. In most rich countries,efforts are under way to make that force more reliable. Better governance, it is argued, comes from making non-executive directorsmore independent and giving them more work to do. But actually, that is only part of the answer and has drawbacks. Muchthe most important change is to find ways of encouraging non-executive directors to behave independently. And that, perhapssurprisingly, turns out to be easier than it sounds.

    Being a non-executive director as opposed to a board member who is also part of the companys management usedto be a lovely job for distinguished folk with a little time to spare. A retired chief executive, a politician whose career had runout of steam, a lawyer; a seat on a companys board was a way to boost earnings and earn modest distinction. That cosinesschanged with Enron: in the intervening years, regulators in most rich countries have placed new demands on directors.Directors themselves are more aware of the risk to their reputation. And, by common consent, the mood on boards is different.Non-executive directors take their task more seriously than ever before.

    Of course, that is not true everywhere. The scandal at Parmalat is a reminder that there are still large companies indeveloped countries where the old regime has survived. The companys board bulged with members of the Tanzi family andbigwigs from Parma. The company opted out of a law that demands that listed Italian companies have independent directorson the board. Before the scandal broke in December, Parmalats practices had put it at the bottom of Italian peers in agovernance rating issued by Institutional Shareholders Service, a group that promotes good governance.

    Wheres all the fun gone? The Economist, March 20, 2004, p. 75.

    Please answer the following questions by choosing the alternative that best corresponds to what is contained in the precedingpassage:

    Before the recent scandals involving companies such as Enron and Parmalat, the job of an outside director used to be seen as:a) Very risky, but poorly paid.b) An appropriate job for active politicians.c) A job that could only be adequately performed if one was also a member of the company management.d) A job not well regarded by the individual directors own peers.e) The perfect job for someone with lots of time avaliable.

    Resoluo:Antes dos recentes escndalos envolvendo empresas como a Enron e a Parmalat, o trabalho de um diretor externo costu-mava ser visto como um emprego no muito bem considerado pelos prprios colegas do diretor. L-se no seguinte trechodo segundo pargrafo: Being a non-executive director ... earn modest distinction. Ser um diretor no executivo ... costu-mava ser um timo trabalho para pessoas distintas com um pouco de tempo disponvel. Um executivo aposentado, um pol-tico cuja carreira perdera o flego, um advogado; um assento no conselho de uma empresa era uma forma de aumentar osganhos e ganhar uma modesta distino.Resposta: d

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  • As a method for improving the governance of corporations:a) The inclusion of independent directors is the ideal solution.b) One needs to stimulate outside directors to act independently.c) The company has to avoid nominating family members to the board of directors.d) There must fewer demands on the outside directors job.e) Directors at companies such as Enron and Parmalat must be severely punished.

    Resoluo:Como um mtodo para melhorar o controle das empresas: a incluso de diretores independentes a soluo ideal. L-sena ltima linha do segundo pargrafo: Non-executive ... ever before. Os diretores no-executivos levam sua tarefa mais asrio do que nunca.Resposta: a

    In Italy, the legislation gave Parmalat leeway to:a) Choose not to nominate outside directors to its board.b) Minimize the participation of family members in its board of directors.c) Put itself at the top of corporate governance rankings.d) Promote the implementation of good governance practices.e) Place few demands on outside directors.

    Resoluo:Na Itlia, a legislao deu Parmalat liberdade para escolher no indicar diretores externos para o seu conselho delibe-rativo. L-se no seguinte trecho do terceiro pargrafo: The company ... on the board. A empresa (Parmalat) optou por noseguir a lei que exige que as empresas italianas tenham diretores independentes em seu conselho.Resposta: a

    Better corporate governance will result only when:a) Companies restrict the participation of controlling shareholders family members on the board of directors.b) Competent and knowledgeable lawyers are nominated to boards of directors.c) Better corporate governance rankings are constructed.d) Outside directors learn how to act independently.e) Less risk-averse directors are nominated to boards of directors.

    Resoluo:Um controle corporativo melhor resultar apenas quando: diretores externos aprenderem como agir independentemente.L-se no seguinte trecho do primeiro pargrafo: Better governance ... work to do. Um melhor controle resulta em tornaros diretores no-executivos mais independentes e dar-lhes mais trabalho para fazer.Resposta: d

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  • 14IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

    Aps um ano da queda de Saddam Hussein, encontramos um Iraque com uma insurgncia crescente e um alto ndice de violn-cia. Em abril de 2004 a capital Bagd ainda desfruta de apenas 12 horas de eletricidade por dia, e os soldados da coalizo noconseguem manter a frgil estabilidade conquistada um ano atrs. As cidades de Kut, Kufa, Fallujah e Najaf sofreram ataques deinsurgentes sunitas, partidrios do ex-presidente Hussein, e da milcia xiita Exrcito Mehdi. O saldo foram as mortes de 460 ira-quianos e 51 soldados da coalizo. Os jornais de todo o mundo j falam de um novo Vietn ou de uma intifada iraquiana.

    Isso se refere respectivamente:a) presena dos EUA no Vietn, entre 1964 e 1975, que s teve um fim pela presso da opinio pblica americana ao ento

    presidente Nixon, que tempos depois foi preso por corrupo, e ao levante popular israelense que levou o conflito na faixade Gaza ao conhecimento de toda a comunidade internacional e, onde a partir de ento, o mundo se dividiu entre a causapalestina e a israelense.

    b) a uma guerra que durou de 1964 a 1975, a Guerra do Vietn, onde os EUA, apesar do seu poderio blico, foi derrotadopela guerrilha vietnamita e pelo grande impacto da cobertura televisiva sobre a opinio pblica americana, e ao levantepopular palestino contra a ocupao israelense na faixa de Gaza, em dezembro de 1987, onde o exrcito de Israel foi ata-cado com paus e pedras e que chamou a ateno da comunidade internacional para a causa palestina.

    c) participao dos EUA na guerra entre o Vietn do Norte e o Vietn do Sul, guerra terminada em 1975, depois de muitasbaixas de soldados americanos, com a vitria norte-americana, e ao levante americano no Camboja, na dcada de 1950,onde a populao cambojana se posicionou contrria invaso americana em seu territrio, mas foram derrotados pelosfuzileiros navais americanos.

    d) defesa americana da cidade de Saigon, que se posicionava contrria presena comunista dentro do Vietn e que, apesarda ao popular vietnamita, conseguiu ser libertada em 1975, e ao levante palestino contra a ocupao israelense, reali-zada na dcada de 1970 e que teve uma ampla divulgao na mdia a ponto de, a partir de ento, iniciar um longo debatesobre a possibilidade da fundao de um Estado Palestino.

    e) ao irracionalismo que foi a guerra do Vietn, onde cerca de 50 mil soldados americanos perderam suas vidas na luta con-tra o comunismo e os EUA tiveram um prejuzo de 200 bilhes de dlares, e ao levante palestino, apoiado tambm pelosEUA, e que busca at hoje chegar a um acordo de paz entre judeus e palestinos na regio da faixa de Gaza.

    Resoluo:O texto se refere ocupao do Iraque, em 2003, pela coalizo liderada pelos Estados Unidos, que rapidamente derrotou oregime de Saddam Hussein.Porm, aps um ano da queda do ditador iraquiano, a dificuldade em formar um novo governo tem gerado instabilidade pol-tica, o que alimenta as foras que se opem ocupao do pas por naes ocidentais.Esses acontecimentos levaram a mdia mundial a estabelecer uma analogia com dois fatos histricos: a Guerra do Vietn, quedurou de 1964 a 1975 e provocou enorme desgaste ao governo americano; e a Intifada Palestina, revolta da populao muul-mana contra a ocupao israelense.De fato, podem ser observadas semelhanas entre aqueles dois episdios e o que ocorre atualmente no Iraque.Resposta: b

    No fcil abastecer centros populacionais nascidos quase da noite para o dia. Havia gente demais para ser alimentada,vestida, calada e abrigada. O abastecimento das minas tornou-se um problema que por vezes se apresentou quase insol-vel, sobrevindo crises agudssimas de fome, decorrentes da total carncia de gneros mais indispensveis vida. (...) Pelaprimeira vez no Brasil apareceu intenso comrcio interno de artigos de subsistncia: a circulao dos gneros obrigou abertura de vias de penetrao no serto, criao de um sistema de transportes, baseado no muar.

    ZEMELLA, Mafalda P. O abastecimento da capitania das Minas Gerais no sculo XVIII.So Paulo: Hucitec/Edusp, 1990, p. 190.

    O texto acima fala sobre o impacto da descoberta das Minas Gerais no comrcio e no transporte colonial brasileiro. Sobreesse fenmeno correto afirmar que:a) A posio geogrfica das minas, longe da costa e dispersas em regio montanhosa, e a dedicao quase exclusiva mine-

    rao levou dependncia de outras regies. A tropa de mulas foi a infra-estrutura desse sistema. As tropas vinham doRio Grande do Sul, se concentravam na regio de So Paulo em grandes feiras e a partir da, eram distribudas aos com-pradores de vrias regies e serviam s minas, um grande centro consumidor.

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    EEECCCOOONNNHHH IIICCC MMMEEE OOO IIIGGGEEERRRAAASSSNNNTTT SSS

  • b) A descoberta de ouro nas Minas Gerais possibilitou uma ligao entre o norte brasileiro e a capital do imprio, o Rio deJaneiro. Tropas de mulas eram enviadas do norte regio das minas, carregadas de acar e gneros alimentcios comoa carne seca. Em seguida as tropas seguiam para o Rio de Janeiro carregadas de ouro para serem embarcadas para Por-tugal aps o pagamento dos impostos.

    c) Esse comrcio foi o grande responsvel pelo desenvolvimento do sudeste brasileiro. As mulas, criadas em So Paulo, eramenviadas s minas para servirem como meio de transporte. O transporte do ouro era feito por meio das tropas de muaresat o Rio de Janeiro. Esse comrcio foi responsvel pelo enriquecimento dos bandeirantes paulistas, os garimpeiros de Mi-nas Gerais e o governo portugus instalado no Rio de Janeiro.

    d) O comrcio de alimentos interligou boa parte do Brasil colonial tendo So Paulo como centro. Gneros alimentcios vi-nham das regies sul e norte para abastecer Minas Gerais, tendo So Paulo como entreposto. Esse comrcio enriqueceu v-rias regies do pas, como o norte (produtor de charque). Do Rio Grande do Sul vinham as boiadas conduzidas por tropei-ros, com parada em So Paulo.

    e) Minas Gerais era o principal centro produtor de alimentos no sculo XVIII, mas no era capaz de atender a demanda dasminas de ouro. Alm disso, o comrcio principal era de produtos manufaturados que vinham da Europa. Esses produtoschegavam pelo porto do Rio de Janeiro e eram transportados por tropas de muares at Minas Gerais, um caminho inversoao feito pelo ouro encontrado nas minas.

    Resoluo:O acelerado e desorganizado povoamento da Serras Gerais provocou srias crises de fome. No incio dos setecentos, comearama ser organizadas reas de abastecimento para a faminta populao mineradora.O Rio Grande do Sul fornecia rebanhos bovinos, muares e couro. As fazendas do Alto So Francisco vendiam gado vacum, e aszonas litorneas do Nordeste negociavam aguardente, acar, fumo e at escravos.Nesse significativo comrcio interno, o papel desempenhado pelas tropas de mula foi fundamental, pois elas eram o meio bsicode transporte que permitia a articulao entre as vrias regies da Colnia.Resposta: a

    Vivemos sob uma forma de governo que no se baseia nas instituies de nossos vizinhos; ao contrrio, servimos de modelo aalguns ao invs de imitar outros. Seu nome, como tudo depende no de poucos mas da maioria, democracia. () Somos tambmsuperiores aos nossos adversrios em nosso sistema de preparao para a guerra nos seguintes aspectos: em primeiro lugar,mantemos nossa cidade aberta a todo o mundo e nunca, por atos discriminatrios impedimos algum de conhecer e ver qualquercoisa que, no estando oculta, possa ser vista por um inimigo e ser-lhe til. Nossa confiana se baseia menos em preparativos eestratagemas que em nossa bravura no momento de agir. (...) Somos ousados para agir, mas ao mesmo tempo gostamos de refletirsobre os riscos que pretendemos correr; para outros homens, ao contrrio, ousadia significa ignorncia e reflexo traz a hesitao.

    TUCDIDES. Histria da Guerra do Peloponeso. 2 Edio, traduo Mrio da Gama Kury. Braslia: Editora Universidade de Braslia, 1986, p. 98, 99.

    Esses so trechos da Orao dos Mortos proferida por Pricles no inverno de 431-430 a.C. em honra dos mortos nas primei-ras batalhas entre Atenas e Esparta. Mais do que isso, a orao representa uma afirmao das diferenas de valores entreatenienses e espartanos. Sobre o contexto histrico da Grcia Antiga e os valores em questo, podemos afirmar que:a) Esse texto expressa as profundas diferenas entre o modo de vida dos atenienses e espartanos que existiam desde o sculo

    II a.C.. Enquanto Atenas privilegiava a democracia, Esparta era uma cidade-estado governada por ditadores militares. Aliberdade poltica de Atenas foi decisiva na vitria contra os espartanos na Guerra do Peloponeso.

    b) Essa orao marca o fim da democracia na Grcia. As diferenas de pensamento entre espartanos e atenienses foram decisi-vas na derrota das cidades-estado gregas para a Macednia. Aproveitando essa diviso, Felipe II derrotou os gregos e expan-diu o imprio Macednico. A orao de Pricles expressa o pesar pelo fim dos valores helnicos defendidos por Atenas.

    c) Pricles, governador de Esparta, expressa nessa orao o desprezo que tinha pelos atenienses. Para ele, Esparta era supe-rior tanto militar quanto politicamente, porque defendia os verdadeiros valores gregos. A derrota na Guerra do Peloponesofoi seguida pela vitria dos espartanos na Batalha de Maratona, quando passaram a dominar toda a regio.

    d) Esparta destacava-se, entre outras coisas, pela sua educao e disciplina militar. Havia uma especializao militar entreos espartanos, dando origem a um exrcito obediente e eficiente. Atenas, por outro lado, valorizava o debate e a argumen-tao em todas as situaes, reforando a idia de Democracia. Essa orao ocorreu no momento em que Atenas sofreuuma grande derrota para Esparta na Guerra do Peloponeso.

    e) Atenas foi derrotada por Esparta, que contou com a ajuda de Felipe II da Macednia na Guerra do Peloponeso. A partirde ento, os valores atenienses, expressos na Orao dos Mortos, foram esquecidos em prol da organizao militar espar-tana que propiciou a construo de um grande imprio em aliana com a Macednia.

    Resoluo:Pricles governou Atenas entre 444 e 429 a.C., durante a chamada Era de Ouro dessa cidade-Estado. Sua Orao dos Mortosexalta o orgulho dos atenienses por suas instituies democrticas, pela bravura dos guerreiros e pela prtica de reflexo po-ltica nos processos decisrios.Seu discurso procura acentuar os contrastes entre Atenas e sua maior rival, Esparta governada por uma oligarquia militarque desprezava o modelo democrtico.Resposta: d

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  • A maior revoluo na alimentao humana ocorreu no perodo moderno com a ruptura no isolamento continental, quando ointercmbio de produtos de diferentes continentes, que ocorreu no bojo da expanso colonial europia, alterou radicalmente adieta de praticamente todos os povos do mundo. As especiarias asiticas se difundiram para a Europa e chegaram aos outroscontinentes. As plantas alimentcias das Amricas (...) propagaram-se pelo planeta. Gneros tropicais (...) combinaram-se parafornecerem um novo padro de consumo de calorias e de bebidas excitantes. Produtos tpicos da Europa mediterrnica pene-traram em todos os continentes.

    MENESES, Ulpiano T. Bezerra de, CARNEIRO, Henrique. A Histria da Alimentao: balizas historiogrficas.Anais do Museu Paulista. So Paulo. N. Srie v. 5, p. 90-91, jan./dez. 1997.

    Sobre esse fenmeno e seu contexto histrico podemos afirmar que:a) Durante o perodo colonial, a frica e a Amrica forneceram vrios alimentos para a Europa, como a mandioca, o milho

    e o acar. Ao mesmo tempo, a alimentao mediterrnica, base de trigo (pes e massas), azeite e tomate, difundiu-sepelo continente americano com a chegada dos descobridores no sculo XVI. O caf, originrio da Amrica, chegou Europano sculo XIX.

    b) As especiarias vindas do continente americano eram a principal moeda de troca dos pases europeus, principalmente Por-tugal e Espanha, que tinham colnias no continente. Posteriormente as especiarias foram substitudas pelo caf e pelo cho-colate. Em troca desses produtos, as metrpoles forneciam s colnias trigo e vinho, que possuam um valor mais alto, lu-crando nesse comrcio.

    c) O intercmbio de diferentes produtos alimentcios ocorreu no bojo dos descobrimentos a partir do sculo XVI. Enquantoprodutos como milho, batata e tomate foram levados para a Europa, o trigo e a uva acompanharam a colonizao e a imi-grao na Amrica. O caf, vindo da frica, aclimatou-se na Amrica do Sul e difundiu-se para o resto do mundo a partirdo sculo XIX.

    d) Os descobridores europeus aproveitaram-se de alimentos nativos da Amrica para distribu-los para o restante da Europaao mesmo tempo em que introduziam seus hbitos alimentares no continente americano. Assim, produtos antes desconhe-cidos dos europeus, como trigo, milho e batata, foram cultivados em grande escala para suprir a demanda europia. Emcontrapartida, produtos europeus, como ch e arroz foram trazidos para a Amrica.

    e) A expanso comercial do sculo XIX foi a grande responsvel pelo intenso contato entre vrias culturas atravs de seusalimentos. Enquanto as colnias americanas forneciam acar para toda a Europa, eram abastecidas com produtos atento desconhecidos no continente, como a batata, o trigo e o arroz.

    Resoluo:Pergunta sobre o intercmbio de alimentos ocorrido a partir das Grandes Navegaes, que exigiu do candidato conhecimentoda origem de alguns produtos alimentcios, como tomate, caf, trigo, uva, milho, batata, acar, ch e arroz.Resposta: c

    Passamos da esttica cosmtica da fome, da idia na cabea e da cmera na mo (um corpo-a-corpo com o real) ao steadcam,a cmera que surfa sobre a realidade, signo de um discurso que valoriza o belo e a qualidade da imagem, ou ainda, o domnioda tcnica e da narrativa clssicas. Um cinema internacional popular ou globalizado cuja frmula seria um tema local, hist-rico ou tradicional, e uma esttica internacional.

    Ivana Bentes. Cosmtica da fome marca cinema do pas. Jornal do Brasil, 8 de julho de 2001.

    Ivana Bentes expressa nesse texto uma crtica polmica ao atual cinema brasileiro. Esse artigo marcou o debate entre doismomentos de nossa cinematografia, expresso na oposio entre esttica da fome e cosmtica da fome, referindo-se ao cinemabrasileiro produzido na dcada de 60 e a partir dos anos 90, respectivamente. Sobre o contexto destas cinematografias e o de-bate expresso no artigo, podemos afirmar que:a) A expresso esttica da fome est relacionada a cineastas como Glauber Rocha e Rogrio Sganzerla, principais nomes do

    Cinema Novo na dcada de 60. Esses filmes, cujo lema era uma cmera na mo e uma idia na cabea, privilegiariama mensagem poltica. Os filmes da chamada retomada no cinema nacional no final dos anos 90, so identificados por pro-curar dar um melhor tratamento tcnico, abrindo espao no mercado internacional.

    b) A idia de um cinema pobre, sem grandes investimentos, surgiu na Boca do Lixo em So Paulo na dcada de 60. Cineastascomo Jlio Bressane e Ozualdo Candeias faziam filmes sem financiamento da Embrafilme. A partir do final dos anos 90,com grande investimento estatal, surgiram novos cineastas e filmes como Central do Brasil e Cidade de Deus, que con-correram ao Oscar.

    c) O cineasta Nelson Pereira dos Santos foi o criador da expresso esttica da fome com o lanamento de seu filme Rio 40 graus,um retrato cru sobre a vida nas favelas do Rio de Janeiro. Para alguns, filmes como Cidade de Deus teriam retomado essetema, mas sem a discusso poltica de Nelson Pereira dos Santos, privilegiando aspectos tcnicos e glamurizando a pobreza.

    d) O debate entre esttica e cosmtica da fome est relacionado ao renascimento dos documentrios. Cineastas como SylvioTendler sempre estiveram preocupados com a histria brasileira, e acusam os novos documentaristas de se preocuparemexcessivamente com aspectos tcnicos, produzindo documentrios mais bem acabados, voltados para o mercado internacional.

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  • e) A expresso esttica da fome foi cunhada pelo cineasta Glauber Rocha em 1965 no contexto do chamado Cinema Novo,tentando dar um novo sentido, atravs do cinema, ao problema da fome e da pobreza no terceiro mundo. Em oposio, fil-mes como Cidade de Deus e Central do Brasil foram acusados de um distanciamento dessa discusso poltica, apre-sentando por outro lado, um melhor acabamento tcnico.

    Resoluo:Ao cunhar a expresso cosmtica da fome, Ivana Bentes criou um trocadilho com o conhecido termo esttica da fome,para fazer uma dura crtica produo cinematogrfica brasileira atual.Segundo ela, filmes como Cidade de Deus, ainda que tenham uma temtica social, privilegiam o bom acabamento tcnicoem detrimento da discusso de questes poltico-sociais.Por outro lado, os filmes do Cinema Novo, segundo o seu principal diretor, Gluber Rocha, deveriam representar a possi-bilidade de reflexo acerca das mazelas que assolavam o pas. Portanto a temtica deveria ser refletida tambm na apre-sentao esttica.Resposta: c

    Em 2004 a cidade de So Paulo comemorou 450 anos de sua fundao. Para isso, iniciou uma recuperao de sua rea central,principalmente da regio historicamente conhecida como Tringulo. Identifique a alternativa que define corretamente essa regio.a) O ncleo original da cidade de So Paulo engloba a regio da S, largo So Francisco e Ptio do Colgio. As igrejas destas trs

    localidades formam os vrtices desse tringulo que compunha o stio original da povoao e que deu origem ao chamado centrovelho.

    b) Trata-se da regio situada entre as ruas So Bento, Direita e Quinze de Novembro, que formam a figura de um tringulo.Essa rea parte do centro velho de So Paulo, em oposio ao centro novo do outro lado do Vale do Anhangaba.

    c) O centro velho de So Paulo formado pela regio da Praa da S, largo So Bento e do outro lado do Vale do Anhagabapela Praa da Repblica. Essa regio forma um tringulo delimitado pelos rios Tamanduate, Anhagaba (canalizado) eSaracura (canalizado).

    d) A cidade de So Paulo tem como ponto de origem o Colgio dos Jesutas na regio que hoje chamamos de centro velho e cres-ceu em direo Vrzea do Carmo (atual regio do Parque D. Pedro II). Essa a regio histrica do tringulo.

    e) O mapa da cidade de So Paulo no sculo XVI, quando de sua fundao, forma uma figura que lembra um tringulo. Es-sa regio originalmente englobava o atual centro de So Paulo e a regio do Brs e o Parque D. Pedro II.

    Resoluo:Nos trs primeiros sculos de sua histria, a cidade de So Paulo encontrava-se encravada numa colina situada na foz dorio Anhangaba (que desgua no rio Tamanduate). Trs ruas delimitavam a cidade as atuais Direita, So Bento e XV deNovembro , constituindo o que se denominou a rea do tringulo. No sculo XIX, com o crescimento da cidade, rompeu-seessa pseudofronteira, ocorrendo uma expanso junto malha frrea paulista.Resposta: b

    A Cabanagem, ou Revolta dos Cabanos, ocorrida em 1835, marcou um perodo de revoltas iniciado com a abdicao de D. Pedro Ido trono brasileiro em favor de seu filho, D. Pedro II. Sobre essa revolta, podemos dizer que:a) Trata-se de uma revolta ocorrida durante o governo da Regncia. Contou com forte participao popular, principalmente de

    ndios, mestios e colonos pobres que se rebelaram contra o governo estabelecido a partir do Rio de Janeiro, capital do Imprio.b) Foi uma revolta de cunho burgus, que desejava derrubar a monarquia e estabelecer um governo republicano no Brasil.

    Foram cruelmente massacrados pelas tropas leais ao governo monrquico.c) Foi uma revolta de escravos liderada por Zumbi, que desejava estabelecer uma repblica em Palmares e acabar com a es-

    cravido. Aproveitaram-se da fraqueza do governo central com a abdicao de D. Pedro I.d) Foi uma revolta da elite paraense contra a corte portuguesa estabelecida no Rio de Janeiro, inspirada pelos ideais da Revolu-

    o Francesa. Teve participao das camadas populares, que exigiam maior participao poltica no novo governo regencial.e) Trata-se de uma rebelio dos senhores de engenho em Pernambuco contra as altas taxas de imposto cobradas pelo governo im-

    perial no perodo da Regncia. Com a abdicao de D. Pedro I passaram a exigir uma maior participao poltica e econmica.

    Resoluo:A Cabanagem levantou a Provncia do Par contra o Governo Regencial em 1835, no mesmo momento conturbado em queocorreram a Sabinada, na Bahia, a Balaiada, no Maranho, a guerra dos Farrapos, no Sul, entre outras revoltas. A difcilsituao econmica das provncias e a centralizao poltico-administrativa imposta pela monarquia contriburam para o qua-dro conflituoso vivido na poca.Resposta: a

    Questo 32

    Questo 31

    17IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • A eleio presidencial em Taiwan, no dia 2 de maro de 2004, reelegeu o presidente Chen Shui-bien do Partido DemocrticoProgressista, cujo programa histrico exige a soberania do pas frente ao governo da China. Sobre as relaes entre China eTaiwan, podemos afirmar que:a) Taiwan uma regio encravada no centro da China, que se rebelou contra o governo comunista de Mao Ts Tung nos anos 50.

    Desde ento, tenta conseguir sua autonomia desafiando o governo chins, apesar de no ser reconhecida por muitos pases, co-mo o Brasil.

    b) Taiwan est sob controle da Inglaterra desde o sculo XIX. Os governos da China e da Inglaterra estabeleceram para oano de 2008 uma consulta popular para decidir o futuro de Taiwan seguindo o mesmo caminho de Hong Kong.

    c) Os nacionalistas chineses foram derrotados pelos comunistas e se refugiaram em Taiwan em 1949. Desde ento a Chinaconsidera Taiwan como provncia rebelde e no reconhece sua autonomia.

    d) Taiwan foi tomada pelo Japo na Segunda Guerra Mundial e com o final da guerra decretou sua independncia. Desdeento, a China tenta restabelecer o controle da ilha, a qual considera como sua provncia.

    e) A Repblica Popular da China e a Repblica Democrtica da China (Taiwan) brigam na ONU pelo direito de usar o nomeChina. O Brasil um dos pases que apoiam Taiwan na ONU.

    Resoluo:Aps a derrota para as foras comunistas de Mao Tse Tung em 1949, os nacionalistas, liderados por Chiang Kai-Shek, refu-giaram-se na ilha de Taiwan, na qual formaram um governo parte da China Continental e qual intitularam a verdadei-ra Repblica Chinesa.O governo comunista chins ainda considera a ilha uma provncia rebelde e vrias vezes demonstrou claras intenes dereanex-la, existindo uma permanente tenso entre os dois governos.Resposta: c

    O atentado de 11 de maro de 2004 nos trens metropolitanos em Madri trouxe uma nova onda de medo e insegurana ao ce-nrio mundial. Primeiro foram os EUA, em 11 de setembro de 2001, agora a vez da Europa sentir na pele a vulnerabilidadediante de um grande ataque terrorista. O governo espanhol, num primeiro momento, e para muitos precipitadamente, culpouo grupo ETA como o responsvel pelo atentado. Essa forte suspeita recaiu sobre esse grupo pelo fato:

    a) do ETA, Euskadi ta Azkatasuna (Ptria Basca e Liberdade), grupo separatista basco de clara tendncia stalinista-leninista,ser o responsvel nos ltimos 40 anos por vrios ataques terroristas em solo espanhol, que j mataram mais de 800 pessoas.

    b) da Espanha ter auxiliado os EUA e a Inglaterra na guerra contra o Iraque (2003), guerra essa contrria aos interesses is-lmicos e de uma faco do grupo separatista basco ETA, Euskadi ta Azkatasuna (Ptria Basca e Liberdade).

    c) do ETA, Euskadi ta Azkatasuna (Ptria Basca e Liberdade), grupo nascido em 1959 com o objetivo de recuperar por viaarmada a autonomia e a independncia das provncias bascas no norte da Espanha perdidas na Guerra Civil Espanhola(1936-1939), ser o responsvel nos ltimos 40 anos por violentos ataques terroristas dentro da Espanha.

    d) da Espanha vivenciar nos ltimos 40 anos de sua histria violentos ataques terroristas assumidos pelo ETA, grupo sepa-ratista basco, que cada vez mais se pretende integrado aos movimentos revolucionrios internacionais, como o IRA e asBrigadas Vermelhas Italianas, o que define claramente sua ligao com a Al-Qaeda.

    e) do ETA, Euskadi ta Azkatasuna (Ptria Basca e Liberdade), grupo fundado na dcada de 1940, e que em sua histria vi-venciou o surgimento de novas faces como o ETA V (1966) e o ETA-M (1975), alas militares que se pretendem integradasaos movimentos revolucionrios internacionais e que trouxeram mais mortes e violncia Espanha nos ltimos anos.

    Resoluo:O grupo separatista ETA (Ptria Basca e Liberdade), acusado precipitadamente do atentado terrorista ocorrido em 11 demaro de 2004 em Madri, surgiu em 1959, em defesa dos interesses do povo basco, que reivindica a autonomia da regiolocalizada na fronteira norte com a Frana.Esse grupo no apresenta conotao ideolgica stalinista-leninista, nem vnculos comprovados com grupos terroristas inter-nacionais, como o grupo islmico Al-Qaeda.Resposta: c

    No podem ser levantados os rosrios da f contra o povo, que tem f numa justia social mais humana e na dignidade das suasesperanas. Os rosrios no podem ser erguidos contra aqueles que reclamam a discriminao da propriedade da terra, hoje aindaem mos de to poucos, de to pequena minoria.

    (Discurso proferido por Joo Goulart no dia 13 de maro de 1964na Central do Brasil.)

    Questo 35

    Questo 34Questo 33

    18IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • Em seu famoso comcio da Central do Brasil, Joo Goulart faz uma referncia Cruzada do Rosrio, lanada nos EUA em1945, que propunha o uso do smbolo catlico contra o avano comunista. Esta campanha, que atingiu outros lugares domundo, chegou ao Rio de Janeiro em 1962. Em decorrncia desse comcio:

    a) marchas lideradas pelas entidades IPES (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais) e IBAD (Instituto Brasileiro de AoDemocrtica) se articularam a favor de Jango chegando a reunir 100 mil pessoas na Praa da S e 500 mil no comcio daGuanabara.

    b) entidades femininas como a Camde (Campanha da Mulher pela Democracia), a Limde (Liga da Mulher Democrata) e aUCF (Unio Cvica Feminina) se opuseram ao discurso da Central do Brasil e auxiliariam na campanha de desestabili-zao do governo Joo Goulart.

    c) estudantes da UNE (Unio Nacional de Estudantes) e da UBES (Unio Brasileira de Estudantes Secundaristas), se po-sicionaram a favor de Joo Goulart, assim como importantes entidades femininas que enxergavam nas reformas ummaior espao poltico para a mulher brasileira.

    d) as esquerdas e os udenistas apoiaram o discurso de Jango e se posicionaram a favor das reformas de base propostas pelogoverno, entre elas a legalizao do Partido Comunista, a extenso do voto aos analfabetos e a realizao da ReformaAgrria.

    e) o exrcito brasileiro, que naquele momento possua uma grande articulao poltica, rapidamente se uniu numa conspiraocentralizada e coordenada, e planejou a Revoluo de 64, antevendo um governo militar que duraria mais de 20 anos.

    Resoluo:Como resposta ao Comcio da Central, de 13 de maro de 1964, setores conservadores paulistas, principalmente entidadesfemininas de forte cunho catlico, articularam a Marcha da Famlia com Deus pela Liberdade, ocorrida seis dias depois nacidade de So Paulo.O processo de desestabilizao do governo de Joo Goulart tambm contou com o apoio expressivo do IPES e do IBAD, gru-pos que eram financiados pela CIA (Agncia Central de Inteligncia norte-americana).Resposta: b

    Conhecidos como floresta de mangue ou simplesmente mangues, os manguezais espalham-se pela zona tropical de todo omundo, numa rea aproximada de 20 milhes de hectares. S no Brasil existem cerca de 25km2 distribudos por toda a suafaixa litornea, desde o Amap at Santa Catarina.Sobre os manguezais:a) so rea de pouco interesse para a ocupao humana e portanto se mantm preservadas ao longo de uma extensa faixa

    litornea no Brasil.b) so encontrados nesse ambiente certos caranguejos e ostras que se deslocam para essa rea apenas em uma fase de suas

    vidas, mas a maior parte da fauna composta por animais marinhos que passam toda a sua vida nesse ambiente.c) so reas que recebem uma grande quantidade de sedimentos e em conseqncia disso seu solo, rico em matria orgnica,

    firme, permitindo a fixao de rvores.d) a preservao desse ecossistema pode trazer grandes benefcios ao homem, que pode aproveit-lo economicamente atravs

    da agricultura, da extrao de madeira e de seu uso para reas industriais e urbanas.e) um ecossistema de importante produtividade, e que apesar de estarem preservados em alguns Parques Estaduais, como

    o da Juria, j desapareceram quase por completo em Santos, no Rio de Janeiro, em Paranagu e na Baa de Todos osSantos.

    Resoluo:A alternativa correta justifica-se pelo fato de o mangue apresentar-se como formao vegetal litornea, encontrada em fozde rios e reas inundadas, resultado de variaes de mars, de guas salobras. Esse ecossistema abriga espcies halfilas,com razes areas, e tem sido devastado por violenta ao antrpica despejo de esgoto domstico e industrial, ocupaourbana e especulao imobiliria. Por servir de rea de abrigo e reproduo a inmeras espcies marinhas, tambm funcio-na como importante rea de extrativismo.Resposta: e

    O movimento constitucionalista de 1932, atravs de suas lideranas oligrquicas, utilizou uma vasta mobilizao ideolgica comoforma de transformar a causa de So Paulo na causa de todos os grupos da sociedade paulista.

    Sobre o iderio de 32 destaca-se:a) o papel da mulher paulista, enaltecida pela sua abnegao, desprendimento e esprito de renncia ao mandar seus filhos, ma-

    ridos e noivos para as frentes de batalha, independente de seu lugar na sociedade, fossem damas ou filhas do povo.

    Questo 37

    Questo 36

    19IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • b) o papel do clero paulista, que lutou de armas nas mos contra a ditadura de Getlio Vargas, enaltecido por ter defendido osdireitos da gente de So Paulo, e por falar em nome do povo e das massas em geral.

    c) a constituio, restabelec-la foi a bandeira do movimento; em torno desse tema mobilizou-se apenas So Paulo que propunhauma dura interveno em todo o pas para sua implantao.

    d) a campanha do ouro, que atingiu indistintamente todas as classes sociais, ressaltando o valor moral das doaes e valori-zando mais o ouro vindo das altas camadas paulistanas, demonstrando o desprendimento desse grupo.

    e) o papel da criana paulista, que em vrias propagandas chamava seus pais a participarem a favor da causa paulista, por suasvidas e pelo seu futuro, e chegando a se unir aos pais nas frentes de batalha.

    Resoluo:Para tornar social a causa das lideranas oligrquicas, a propaganda poltica, feita por meio de rdios, jornais, cartazes, m-sicas e poemas, procurou destacar a adeso dos paulistas, independentemente de sexo e classe social, como uma fora nica,movida por uma idia que seria justa e indiscutvel.Resposta: a

    O Mxico, em 1910, foi palco de uma revoluo sem um programa prvio, ao contrrio da Revoluo Bolchevique de 1917. Uma re-voluo nascida do descontentamento popular com o governo de Porfrio Daz, baseado na grande propriedade, na ausncia deliberdades democrticas e na negao das fortes tradies indgenas do pas.Sobre essa revoluo correto afirmar:

    I) que ela nasceu da fome de terras, devido extrema concentrao de terras em pouqussimas mos, expressa em um grito:Tierra y libertad.

    II) que nela participou Emiliano Zapata, descendente de ndios e espanhis, lder popular que enfrentou tropas federais no sule no norte do Mxico e foi assassinado em 1919.

    III) que dela nasceu um grupo de jovens pintores dispostos a expressar o esprito revolucionrio em grandes murais nos prdiospblicos, entre eles Orozco (1883-1949), Siqueiros (1896-1974) e Rivera (1886-1957).

    IV) que nela participou Pancho Villa, autor do Plano de Ayala, um manifesto pela reforma agrria que se tornou um smbolode luta pela terra em toda a Amrica Latina.

    a) I e II so verdadeiras.b) II e III so verdadeiras.c) I e III so verdadeiras.d) I, III e IV so verdadeiras.e) I, II e III so verdadeiras.

    Resoluo:A Revoluo Mexicana mobilizou vrios setores sociais contra a ditadura de Porfrio Daz, com destaque para a populao camponesa,que contou com a liderana de Emiliano Zapata no sul (notadamente no Estado de Chiapas) e de Pancho Villa no norte do pas.

    ComentrioPara a resoluo desta questo, exigiu-se do candidato conhecimento especfico sobre a liderana de Zapata na regio me-ridional do Mxico (item II), o que julgamos um preciosismo.Resposta: c

    Abril de 2004 marcou o aniversrio de dez anos do genocdio ocorrido em Ruanda. Os culpados ainda no foram devidamentejulgados e as cicatrizes ali abertas esto longe de serem curadas. Para muitos especialistas a comunidade internacional, na po-ca, se posicionou de forma indiferente e at hoje deve explicaes ao mundo sobre essa postura.Entre os acontecimentos deste genocdio temos:a) os cem dias de mortes e mutilaes realizadas pela minoria tnica tutsi sobre a maioria hutu, logo aps o assassinato do pre-

    sidente hutu Juvenal Habyarimana, morte causada pela FPR (Frente Patritica de Ruanda).b) os cerca de 800 mil mortos em cem dias, aps a exploso do avio que levava o presidente de etnia tutsi Juvenal Habyarimana,

    acarretando uma verdadeira guerra civil entre todos os ruandeses.c) a participao da Frente Patritica de Ruanda (FPR) no assassinato do presidente Habyarimana, de etnia tutsi, o que levou

    os extremistas tutsis a conclamarem o povo a se vingar da maioria tnica hutu.d) o ataque minoria tutsi, cerca de 800 mil mortos, pela maioria hutu, ocorrido aps a exploso do avio do presidente hutu

    Habyarimana, e o assassinato de hutus moderados que se recusaram a participar do genocdio.e) a participao de cidados comuns munidos de faces, ganchos, machados e espingardas que assassinaram e saquearam as

    casas de seus vizinhos, numa verdadeira guerra tnica entre a maioria tutsi e a minoria hutu.

    Questo 39

    Questo 38

    20IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • Resoluo:O genocdio de Ruanda ficou marcado como um dos mais violentos do sculo XX. Em abril de 1994, aps a exploso do avioque levava o presidente hutu Juvenal Habyarimana, a maioria hutu, liderada por seus setores mais radicais, perpetrou ummassacre sem precedentes na histria de conflitos e rivalidades com os tutsis. No auge da escalada de violncia, at ossetores moderados da comunidade hutu foram perseguidos e assassinados.Resposta: d

    Em 1859 Charles Darwin publicou seu livro A origem das espcies. Nesta obra o autor defendia a tese de que a seleo naturaldetermina quais membros de uma espcie tm maiores chances de sobrevivncia. A aplicao das idias de Darwin s teorias so-ciais trouxe:a) uma grande inquietao no meio religioso, que via em suas afirmaes a possibilidade dos fiis se afastarem da prtica de

    tomar a Bblia como uma referncia em questes cientficas.b) uma justificativa na diviso na existncia de um mundo desenvolvido e um outro subdesenvolvido, onde a teoria da evo-

    luo explicaria a necessidade do auxlio mtuo, entre os povos, como meio de todos atingirem o mesmo patamar de desen-volvimento.

    c) a certeza de que a colonizao da sia e da frica era necessria para o implemento de uma sociedade socialista, capazde caminhar rumo ao progresso e de chegar ao pice da civilizao.

    d) o discurso da diviso entre os povos capazes e os incapazes, as raas superiores e inferiores que estariam numa constanteluta pela sobrevivncia, levando concluso de que o conflito racial e nacional era uma necessidade biolgica e um meiopara o progresso.

    e) o fortalecimento do nacionalismo, do militarismo, da diviso entre brancos e negros, colonizadores e nativos, e onde o famosotema do fardo do homem branco teve lugar durante todo o sculo XX, permanecendo at os dias de hoje.

    Resoluo:Na segunda metade do sculo XIX, uma parcela das elites europias desejava construir um discurso que justificasse o impe-rialismo. Nesse sentido, a apropriao e adulterao das teorias darwinistas serviria para corroborar a dominao europiasobre a frica e a sia. O chamado Darwinismo Social criaria uma afirmao pseudocientfica da suposta superioridade racialdo homem branco europeu.Resposta: d

    Questo 40

    21IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • 22IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

    Dados os nmeros reais m e h estritamente maiores do que 1, se

    ,

    ento aproximadamente igual a

    a) 21. d) 88.b) 42. e) 116.c) 64.

    Resoluo:2 8 2 * 8 = 28 2 = 648 2 8 * 2 = log28 = 3

    Assim,

    Resposta: a

    Numa determinada prova, um conhecido professor observou que 50% dos seus alunos obtiveram nota exatamente igual a 4,0,25% obtiveram mdia 6,4 e a mdia m do restante dos alunos foi suficiente para que a mdia geral ficasse em 5,9. Se 4 dosalunos que tiraram 4,0 e 2 dos alunos do grupo cuja mdia foi m tivessem tirado 6,4, a mdia subiria para 6,0. O nmerode alunos da turma e o valor de m so respectivamente iguais aa) 36 e 9,0. d) 40 e 9,2.b) 36 e 9,2. e) 40 e 9,4.c) 40 e 9,0.

    Resoluo:Do enunciado:

    0,50 4 + 0,25 6,4 + 0,25 m = 5,9 m = 9,2Sendo 4x o nmero de alunos da turma, temos ainda que:

    24x = 8x 16 + 9,2x 18,4 + 6,4x + 38,40 0,40x = 4 4x = 40

    Assim, o nmero de alunos da turma 40 e m igual a 9,2.Resposta: d

    Se o dimetro da semicircunferncia abaixo mede 5cm AB

    mede1cm e o ABC mede 90, ento a medida de BC

    igual a

    a) 1cm.

    b) .

    c) 2cm.

    d) .

    e) .2 3 cm

    2 2 cm

    2 cm

    Questo 43

    ( ) ( ) , ( ) ,,

    2 4 4 2 9 2 6 6 44

    6 0x x x

    x + + +

    =

    Questo 42

    2 88 2

    643

    21**

    =

    2 88 2

    **

    m hm se m h

    m se m h

    h m

    h* log ( )

    =

    Questo 41

    AAAIIILLLNNN EEESSS IIITTTNNNAAAUUUQQQAAA TTTAAATTT VVVIII

    CCCIIIGGGEEE AAALLL TTTEEEJJJBBBOOO IIIVVV AAA

    A B D

    C

  • Resoluo:Do enunciado, temos a figura:

    Das relaes mtricas no tringulo retngulo ACD, temos:(BC)2 = AB BD(BC)2 = 1 4 BC = 2cm

    Resposta: c

    Dois pontos diametralmente opostos da circunferncia dada por (x 1)2 + (y 1)2 = 1 so vrtices de um tringulo, cujo terceirovrtice o ponto (1; 2). A rea mxima que este tringulo pode ter a) 0,5. d) 2,0.b) 1,0. e) 2,5.c) 1,5.

    Resoluo:

    Da equao (x 1)2 + (y 1)2 = 1, conclui-se que o raio r da circunferncia 1. Como o terceiro vrtice (1, 2) pertence circun-ferncia, uma das figuras possveis :

    A rea mxima (S) do tringulo retngulo V1V2V3 ocorre quando a altura h (relativa ao vrtice V3) mxima (h = r), j que abase V1V2 um dimetro da circunferncia.

    Logo:

    Resposta: b

    Se A a matriz dada por , para x ]0, 3[, com sen(x) cos(x) 0, ento a soma das razes da equao

    det(A) = 1 igual aa) 2 d) 8b) 4 e) 9c) 7

    log3 (sen2 (x)) 1

    log3 (cos2 (x)) 1

    Questo 45

    S = =2 12

    1

    C ... CentroV1 1 V2C 1

    V3

    h

    Questo 44

    O ... centro da semicircunferncia

    A B D

    C

    O

    4

    5

    1

    23IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • Resoluo:

    detA = 1 log3(sen2x) log3(cos2x) = 1

    tg2x = 3 tgx =

    No intervalo 0 x 3, temos: ou ou

    A soma igual a , isto , 9.

    Resposta: e

    Se ab = ba, em que a e b so nmeros naturais maiores do que 1, entoa) a = b.b) logab = ab.

    c) logab = .

    d) b necessariamente par.e) a necessariamente mpar.

    Resoluo:

    De a 1, b 1 e ab = ba, temos:

    b = logaba

    b = alogab

    Resposta: c

    Na figura abaixo

    x [0; ] a medida do segmento CD,

    o centro da semicircunferncia de raio , identificado por O, eqidistante aos pontos A, B e C,

    para cada x ,o quadriltero inscrito no tringulo ABC um quadrado.

    Para que a rea sombreada seja a maior possvel, x deve ser igual a

    a) .

    b) .

    c) .

    d) .

    e) 0.

    24

    22

    2

    2 2

    BA O

    C

    D

    x

    2

    2

    2

    Questo 47

    ba

    ba= log

    ba

    Questo 46

    273

    x =43

    x =53

    x =73

    x =83

    ou ou ou .x =

    23

    x =3

    3

    logcos

    3

    2

    2 1sen x

    x

    =

    24IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • Resoluo:Sendo S a rea sombreada, temos:

    1) Para , considere a figura:

    Da semelhana entre os tringulos CEF e CAB, temos:

    Logo,

    Assim, temos o esboo do grfico:

    2) Para

    Assim, para temos:

    Logo, para que a rea sombreada seja a maior possvel, x deve ser igual a

    Resposta: b

    Dados m, n , para que a interseco das retas y = x + m e y = x + n acontea num ponto de coordenadas inteirasa) suficiente que m e n tenham a mesma paridade.b) necessrio que m e n sejam pares.c) necessrio que m e n sejam iguais.d) do primeiro quadrante suficiente que m e n sejam positivos.e) suficiente que a ordenada da interseco seja a mdia aritmtica entre m e n.

    Questo 48

    2.

    S

    x0 2

    x [ , ],0 2

    x S S= = = 2 2

    2

    2,

    ( )

    S

    x0 2

    S x x= + +

    59

    109

    2109

    2

    S x x x= +

    ( ) ( ) ( ) ( )

    22

    12

    2 2 223

    22 2

    l ll

    2 2

    2

    2

    23

    2

    = =( )

    ( )( )

    x

    x

    xx

    l ... medida do lado do quadrado

    BA O

    C

    D

    x

    E F 2 x l

    l 2 x

    2

    2( 2 x)

    2 2

    x 2

    25IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • Resoluo:Do enunciado, temos:

    y = x + my = x + n

    +

    2y = n + m

    Substituindo em y = x + m, temos:

    Se m e n tiverem a mesma paridade, n + m e n m sero pares, fazendo com que y e x sejam inteiros.Resposta: a

    Um pintor de grandes telas dispunha de duas latas com um litro de tinta cada uma. Na lata A, havia tinta azul e na lataB, pura tinta branca. Ele retirou 250 mililitros da lata A e despejou na lata B, misturou homogeneamente as tintas e retirou250 mililitros da mistura, que devolveu lata A, obtendo tambm uma mistura homognea. Suponha que no tenha havidotransbordamento e que a perda de tinta no processo todo desprezvel. incorreto afirmar quea) a mistura resultante na lata A tem 80% de tinta azul.

    b) no processo todo ele colocou a mais de tinta azul na lata B em relao quantidade de tinta branca que foi para lata A.

    c) se ele tivesse retirando a princpio 250 mililitros da lata B e feito o mesmo processo, teria obtido o mesmo resultado final.d) a mistura resultante na lata B tem 20% de tinta azul.e) se ele misturar os contedos das duas latas obter uma mistura com 50% de tinta azul.

    Resoluo:Sendo:a = 1mL de tinta azulb = 1mL de tinta brancaaps o processo todo, temos:

    na lata A:

    na lata B:

    A quantidade de tinta azul colocada na lata B igual quantidade de tinta branca colocada na lata A. Logo, a alternativa b incorreta.Resposta: b

    Nota:Procedendo conforme a alternativa c, teramos:na lata A: 200a + 800bna lata B: 800a + 200bIsto , obteramos as mesmas misturas, porm, com as latas trocadas.

    Considere os pontos do plano cartesiano da forma (an; bn), com n inteiro positivo, em que an e bn so os elementos de ordemn das progresses geomtricas de primeiros termos respectivamente iguais a 4 e 5, ambas de mesma razo, no nula. Passapor todos estes pontos

    a) a parbola de equao y = x2 + 1.b) a reta que tambm passa pela origem e tem coeficiente angular igual a 0,8.c) a parbola de equao y = x2 2x + 2.d) a reta que tambm passa pela origem e tem coeficiente angular igual a 1,25.e) a reta que tambm passa pelo ponto (1, 1) e tem coeficiente angular igual a 1,25.

    Questo 50

    1 0001 250

    1 000 250 200 800..

    ( . ) + = +b a a b

    750250

    1 2501 000 250 800 200a b a a b+ + = +

    .( . )

    13

    Questo 49

    n mx m x

    n m+= + =

    2 2

    yn m

    =+2

    yn m

    =+2

    26IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • Resoluo:

    an = 4 qn 1 e bn = 5 qn 1

    Fazendo 4 qn 1 = x, temos que 5 qn 1 =

    Assim, os pontos da forma (an; bn) so tambm da forma

    Passa por todos esses pontos a reta que tambm passa pela origem e tem coeficiente angular igual a 1,25 (y = 1,25x).Resposta: d

    O tempo em segundos que um candidato gasta para resolver um teste de matemtica num determinado vestibular dado por

    f(n) = log224 (n + 2)

    2004 13,9,

    em que n o nmero de testes que o candidato j resolveu. Considerando que 39 54 73 11 13 17 19 250, para resolveruma prova de matemtica com 20 testes um candidato gastar aproximadamentea) 1h. d) 1h30min.b) 1h10min. e) 1h40min.c) 1h20min.

    Resoluo:

    Do enunciado, f (n) = log2(n + 2) 13,9

    Logo, sendo T o tempo para resolver os 20 testes:

    T = f (0) + f (1) + + f(19)

    T = (log22 + log23 + + log221) 20 13,9

    T = log2 (2 3 21) 278

    T = log2 (218 39 54 73 11 13 17 19) 2781444442444443250

    T = log2268 278

    T = 5400 (segundos)

    1h30minResposta: d

    Utilize as informaes abaixo para responder as questes 52 e 53.Considere na figura o desenho de uma piscina que uma pessoa est projetanto para sua casa de campo. A regio sombreadarepresenta gua e os tringulos equilteros sero ilhas para banho de sol. Suponha que a circunferncia da piscina tenha 16

    metros de raio. Adote = .134

    374

    e =

    1672

    1672

    1672

    200424

    200424

    Questo 51

    x x; .54

    54

    x.

    27IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • Se a profundidade da piscina for de 150cm, o volume de gua necessrio para ench-la ser aproximadamente igual a

    a) 736m3.b) 738m3.c) 740m3.d) 742m3.e) 744m3.

    Resoluo:

    Sendo V o volume pedido, em m3, temos:

    V =

    V =

    Resposta: e

    Para que no haja vazamento, toda a parede (incluindo o fundo) da piscina deve receber uma camada de impermeabilizante.Se cada galo de impermeabilizante suficiente para cobrir uma rea de aproximadamente 80m2, sero necessrios paraimpermeabilizar toda a piscinaa) 10 gales.b) 11 gales.c) 12 gales.d) 13 gales.e) 14 gales.

    Resoluo:

    Seja S a rea em m2 de toda a parede da piscina.

    Temos:

    S = 162 + 2 16 1,5 + 9 16 1,5 3

    S = 162 + 2 16 1,5 + 9 16 1,5 3 162

    S = 832 + 156 + 216 336 S = 868Logo, sendo n o nmero de gales, temos:

    n = n = 10,85

    Portanto, sero necessrios 11 gales para impermeabilizar a piscina.

    Resposta: b

    Utilize as informaes abaixo para responder as questes 54 e 55.

    Uma companhia de telefonia celular est procurando o melhor ponto de um determinado quarteiro retangular de So Paulopara instalar uma antena de comunicao. O alcance esfrico r de uma antena como esta dado como funo da altura cque a antena dista do cho atravs da funo

    r = 34c c2.Considere que as grandezas c e r so dadas em metros.

    86880

    14

    74

    134

    134

    16 34

    2

    Questo 53

    134

    16 3 1674

    14

    1 5 7442 2

    = , V

    16 3

    16 34

    1 522

    ,

    Questo 52

    28IBMEC/2004 ANGLO VESTIBULARES

  • A altura em que a antena deve estar posicionada para que seu alcance ainda chegue ao cho a) 17 metros. d) 29 metros.b) 41 metros. e) 33 metros.c) 25 metros.

    Resoluo:Para que o alcance esfrico r da antena ainda chegue ao cho, ele deve ser igual altura c em que a antena est posiciona-da. Ento, devemos ter = c. Logo,

    c = 34c c2 c = 33 metros.Resposta: e

    Se identificarmos uma das esquinas desse quarteiro como o ponto O = (0, 0, 0) e admitirmos que os eixos Ox e Oy repre-sentam as duas ruas delimitadoras do quarteiro que passam por esta esquina, ento a equao da superfcie esfrica dealcance da antena posicionada no ponto (a, b, c) dada por

    (x a)2 + (y b)2 + (z c)2 = r2.Considere que as grandezas a e b tambm so dadas em metros.Para que r seja o maior possvel e a antena esteja sobre o plano vertical orientado pela bissetriz do ngulo xOy, de tal forma que a esquina O pertena sua

    superfcie esfrica de alcancea posio da antena deve sera) (204, 204, 17)b) (102, 102, 34)c) (102, 204, 17)d)