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O CONHECIMENTO HISTORICO E A FORMAÇÃO ÉTICA PROFISSIONAL

DE ALUNOS DO ENSINO TÉCNICO

Rosemeire Ap. Gerônimo dos Santos¹ Prof. Dr. Márcio Santos De Santana²

Resumo

Algumas investigações comprovam que a escola não deve apenas ser

autoritária e burocrática, pois as questões sociais influenciam no ato de ensinar

e aprender. Nesse sentido, a participação de professores, educadores, alunos,

especialistas, pais e demais pessoas envolvidas no processo educativo. A

escola tem um papel fundamental na formação do educando como estrutura

física que simboliza o local do saber instituído, onde a visão construtivista e a

aprendizagem se constroem como aspectos inseparáveis na vida escolar de

cada indivíduo. É preciso deixar claro que a escola não deve ser considerada

onipotente, única instituição social capaz de educar moralmente as novas

gerações. Também não se pode pensar que a escola garanta total sucesso em

seu trabalho de formação. O trabalho foi desenvolvido com 30 alunos de uma

turma do curso técnico em administração. Cabendo ressaltar que a escola

possui quatro turmas neste curso. Os temas abordados nas atividades foram: a

ética como um todo com foco principal no ambiente profissional, sendo

desenvolvido e aplicado em quatro etapas. Todavia, é um principio da

educabilidade humana o fato de que não somos prisioneiros de nossa história.

Palavras Chaves: Ética, Moral e Educação.

Abstract

Some studies show that the school should not only be authoritarian and

bureaucratic , as social issues influence the act of teaching and learning. In this

sense , the participation of teachers , educators , students , experts , parents

and others involved in the educational process . The school has a key role in

the formation of the student as physical structure that symbolizes the location of

established knowledge , where the constructivist view and learning are

constructed as inseparable aspects of the school life of each individual. It must

be made clear that the school should not be considered omnipotent , only social

institution capable of morally educating the new generations . Nor can we think

that the school ensure complete success in their training work .

1-Professor Participante do PDE 2012/2013

2- Orientador Professor Doutor Marcio Santos de Santana.

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The study was conducted with 30 students in a class of technical course in

administration. Fitting to point out that the school has four classes in this course

The topics covered in the activities were : ethics as a whole with a primary focus

in the professional environment being developed and implemented in 4 stages .

However , it is a principle of human educability the fact that we are not prisoners

of our history .

Key Words: Ethics and Moral Education .

INTRODUÇÃO

Algumas investigações comprovam que a escola não deve apenas ser

autoritária e burocrática, pois as questões sociais influenciam no ato de ensinar

e aprender. A pedagogia construtivista considera fundamental o direito a

liberdade individual, a luta contra qualquer tipo de coação, propondo os

interesses e as motivações pessoais como ponto de partida de todo o processo

educativo, além disso, é fundamental uma preocupação ética no ambiente

escolar.

O professor deve assumir o papel de parceiro no processo de

aprendizagem do aluno, influenciando de forma decisiva na qualidade do

ensino e nas relações interpessoais que se estabelecem a partir da sala de

aula. Nessa concepção, a questão da educação não poderá ser compreendida

de maneira mecânica, desvinculada das relações entre escola e realidade

histórica, pois essa relação dialética será a busca e a aplicação dos

conhecimentos apreendidos sobre a realidade no sentido de transformá-la.

Por outro lado, a escola tradicional visa apenas o desenvolvimento

intelectual, selecionando e elegendo os seus alunos de acordo com a visão

reprodutora da sociedade, influenciando a formação dos alunos com conceitos

já estabelecidos, concepção esta, que é fruto da ciência moderna. Cabe o

professor elaborar um método de ensino mais produtivo de aprendizagem

dentro da ótica da construção do conhecimento. Nessa perspectiva, Santos

ressalta:

[...] a identificação dos limites, das insuficiências estruturais do paradigma científico moderno é o resultado do grande avanço no conhecimento que ele propiciou. O aprofundamento do

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conhecimento permitiu ver a fragilidade dos pilares em que se funda. (SANTOS, 2003, p. 41)

Nesse sentido, a participação de professores, educadores, alunos,

especialistas, pais e demais pessoas envolvidas no processo educativo, seria o

ponto de convergência das ações direcionadas para a produção do

conhecimento, tendo como referencial a realidade histórica, considerando que

as obras científicas e culturais desenvolvidas pelo homem ultrapassam os

limites da pedagogia, abrangendo o campo da economia, da política e das

ciências sociais.

ÉTICA

A origem da palavra ética vem do grego "ethos", que quer dizer o modo

de ser, o caráter. Os romanos traduziram o "ethos" grego, para o latim "mos"

(ou no plural "mores"), que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral.

Tanto "ethos" (caráter) como "mos" (costume) indicam um tipo de

comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce

com ele como se fosse um instinto, mas que é "adquirido ou conquistado por

hábito" (VÁZQUEZ).

Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, diz respeito a uma

realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das

relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.

No nosso dia-a-dia não fazemos distinção entre ética e moral, usamos as duas

palavras como sinônimas. Mas os estudiosos da questão fazem uma distinção

entre as duas palavras.

Assim, a moral é definida como o conjunto de normas, princípios,

preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no

seu grupo social. A moral é normativa. Enquanto a ética é definida como a

teoria, o conhecimento ou a ciência do comportamento moral, que busca

explicar, compreender, justificar e criticar a moral ou as morais de uma

sociedade. A ética é filosófica e científica.

"Nenhum homem é uma ilha". Esta famosa frase do filósofo inglês

Thomas Morus, ajuda-nos a compreender que a vida humana é convívio. Para

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o ser humano viver é conviver. É justamente na convivência, na vida social e

comunitária, que o ser humano se descobre e se realiza enquanto um ser

moral e ético.

É na relação com o outro que surgem os problemas e as indagações

morais: o que devo fazer? Como agir em determinada situação? Como

comportar-me perante o outro diante da corrupção e das injustiças, o que

fazer?

Portanto, constantemente no nosso cotidiano encontramos situações

que nos colocam problemas morais. São problemas práticos e concretos da

nossa vida em sociedade, ou seja, problemas que dizem respeito às nossas

decisões, escolhas, ações e comportamentos os quais exigem uma avaliação,

um julgamento, um juízo de valor entre o que socialmente é considerado bom

ou mal justo ou injusto, certo ou errado, pela moral vigente.

O problema é que não costumamos refletir e buscar os "porquês" de

nossas escolhas, dos comportamentos, valores. Agimos por força do hábito,

dos costumes e da tradição, tendendo a naturalizar a realidade, social, política,

econômica e cultural. Com isto, perdemos nossa capacidade crítica diante da

realidade. Em outras palavras, não costumamos fazer ética, pois não fazemos

a crítica, nem buscamos compreender e explicitar a nossa realidade moral.

No Brasil, encontramos vários exemplos para o que afirmamos acima.

Historicamente marcada pelas injustiças socioeconômicas, pelo preconceito

racial e sexual, pela exploração da mão-de-obra infantil, pelo “jeitinho” e a “lei

de Gerson”, etc. A realidade brasileira nos coloca diante de problemas éticos

bastante sérios. Contudo, já estamos por demais acostumados com nossa

miséria de toda ordem.

Não sem motivos fala-se numa crise ética, já que tal realidade não pode

ser reduzida tão somente ao campo político-econômico, envolve questões de

valor, de convivência, de consciência, de justiça. Envolve vidas humanas. Onde

há vida humana em jogo, impõem-se necessariamente um problema ético.

O homem, enquanto ser ético enxerga o seu semelhante, não lhe é

indiferente a apelo que o outro me lança é de ser tratado, com a gente e não

como coisa ou bicho. Neste sentido, a Ética vem denunciar toda realidade onde

o ser humano é: coisificado e animalizado, ou seja, onde o ser humano

concreto é desrespeitado na sua condição humana.

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A ESCOLA

A escola tem um papel fundamental na formação do educando como

estrutura física que simboliza o local do saber instituído, onde a visão

construtivista e a aprendizagem se constroem como aspectos inseparáveis na

vida escolar de cada indivíduo.

Assumir um trabalho competente na escola significa envolver alunos,

pais, educadores e professores em um profundo trabalho de pesquisa, estudo

e, consequentemente, uma alfabetização construtiva.

Nesse sentido, a escola construtivista busca novos rumos a serem

utilizados no ensino-aprendizagem, apropriando-se das ciências e da

linguagem, colocando em questão as práticas da própria instituição que detém

o poder sobre a leitura, a escrita e a aprendizagem.

Esses procedimentos metodológicos deverão ser selecionados de forma

a atenderem os diferentes níveis de aprendizagem desejados, bem como a

natureza da matéria de ensino proposto. Constituindo assim, uma atividade de

aprendizagem que tentará influenciar a prática educacional.

”Na percepção de Paulo Freire (1987), se professores e alunos exercessem o poder de produzir novos conhecimentos a partir dos conteúdos impostos pêlos currículos escolares, estariam de fato, consolidando seu poder de contribuir para a transformação da sociedade. Daí, a importância de se ressaltar a relação intrínseca existente entre objetivos propostos e conteúdos a serem estudados. Em última instância, a organização dos conteúdos estará intimamente relacionada com o objetivo maior da educação escolar, que é propiciar a aquisição do saber sistematizado (ciência), tido como instrumento fundamental de libertação do homem.” (Saviani – 1984, p36).

A pedagogia enfatiza que a realidade concreta das salas de aula permite

perceber como o trabalho do professor, no contexto social, determina qual o

tipo de conhecimento vale mais, para qual direção deveríamos voltar nossos

desejos, o que significa saber alguma coisa e, finalmente, como poderíamos

formular representações de nós mesmos, dos outros e de nosso ambiente

social e cultural. É preciso, a um só tempo vivenciar essa interação em que

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alunos e professores podem desvendar a política cultural que está por trás

dessa pedagogia. É nesse sentido que propor uma pedagogia é formular uma

visão política que faça uma reflexão da realidade do educando e da educação,

ou seja, uma educação perfeita conforme as palavras de Rubem Alves:

“Educação perfeita, sem mestres e sem consciência”. Na verdade,

educação alguma, porque o conhecimento já nasce solidário com o corpo e faz

com que o corpo faça o que tem de fazer.

Educação é o processo pelo qual aprendemos uma forma de

humanidade. E ele é mediado pela linguagem. “Aprender o mundo humano é

aprender uma linguagem, porque os limites da minha linguagem denotaram

limites do meu mundo.” (ALVES, 1993 p. 90).

Segundo a visão de Paulo Freire, a educação é uma forma de

intervenção no mundo, onde aprendemos ou reproduzimos o saber escolar ou

cotidiano, além do conhecimento dos conteúdos bem ou mal ensinados ou

aprendidos, isso implica tanto o esforço de reprodução da ideologia dominante

quanto o seu desmascaramento.

Nesse sentido, a filosofia da educação contribui, para a reflexão

educacional, sendo imprescindível na formação docente, procurando mostrar

que saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades

para a sua própria produção ou a sua construção. Uma das características

fundamentais no processo pedagógico é o diálogo, pois a linguagem faz parte

dessa interação nas relações humanas. O que podemos problematizar é a

qualidade deste diálogo, sua função e a consciência que se tem de seu papel

no cotidiano escolar, um espaço inegavelmente interativo.

Essa relação nos permite concluir novos conceitos, ampliando de forma

significativa nosso conhecimento, através da relação entre os homens na

construção do mundo.

A REALIDADE ÉTICA NA ESCOLA

Os diversos grupos e sociedades criam formas peculiares de viver e

elaboram princípios e regras que regulam seu comportamento. Esses

princípios e regras específicos, em seu conjunto, indicam direitos, obrigações e

deveres. Não há valores em si, mas propriedades atribuídas à realidade pelos

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seres humanos que a transforma continuamente. São atribuídos a esses

valores éticos significados que variam de acordo com necessidades, desejos,

condições e circunstâncias de vida.

Muitas são as instituições responsáveis pela educação moral dos

indivíduos, a igreja, a família, a política e o Estado. É preciso deixar claro que a

escola não deve ser considerada onipotente, única instituição social capaz de

educar moralmente as novas gerações. Também não se pode pensar que a

escola garanta total sucesso em seu trabalho de formação.

Valores e regras são transmitidos pelos professores, pelos livros

didáticos, pela organização institucional, pela forma de avaliação, pelos

comportamentos dos próprios alunos. Assim, em vez de deixá-las ocultas, é

melhor que tais questões recebam tratamento explícito, que sejam assuntos de

reflexão da escola como um todo, e não apenas de cada professor.

“Para o professor, a escola (...) é, também, lugar de construção de relações de autonomia, de criação e recriação de seu próprio trabalho, de reconhecimento de si, que possibilita redefinir sua relação com a instituição, com o Estado, com os alunos, suas famílias e comunidades.” (BRASIL. MEC, 1998, p. 32).

Entretanto, os indivíduos se constituem como sujeitos convivendo

simultaneamente com sistemas de valores que podem ser convergentes,

complementares ou conflitantes, dentro da realidade social ao qual estão

inseridos.

As influências que as instituições e os meios sociais exercem são fortes,

mas não assumem o caráter de uma predeterminação. A constituição de

identidades, a construção da singularidade de cada um, se dá na história

pessoal, na relação com determinados meios sociais; configurando-se como

uma interação entre as pressões sociais e os desejos, necessidades e

possibilidades afetivo-cognitivas do sujeito vividas nos contextos

socioeconômicos, culturais e políticos.

O PROFESSOR EDUCADOR NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

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Inicialmente temos que observar a funcionalidade do professor educador

dentro da construção do conhecimento, e através dessa observação verificar

os vários polos contraditórios, interrogações dos indivíduos, dúvidas e

consequentemente a ausência dos princípios éticos. O homem, ao mesmo

tempo em que é herdeiro, é também criador de cultura, sendo capaz de propor

um ou mais valores éticos nas experiências vividas no cotidiano de cada

educando.

Assim sendo, todas as relações de cooperação, consenso, conflito,

pressão, normas e regras são produtos de um processo interativo. Tal

processo inicia-se e se mantém a partir do momento em que os sujeitos do

grupo social se confrontam e trocam conhecimentos, emoções, expectativas e

objetivos, criando um sentimento de “nós” coletivo. É esta relação que permite

o desenvolvimento do saber e de toda essa racionalidade que se empenha em

distinguir o verdadeiro do falso e a necessidade de observar a própria conduta

e formular juízos sobre os atos passados, presentes e as intenções futuras.

Cabe ressaltar que a condição da escolha de cada pessoa está

relacionada a diversas circunstâncias possíveis, seu próprio caminho na vida

como também a construção da sua própria história com liberdade de pensar e

agir, conforme as leis vigentes, tornando-se responsáveis pelo que praticam.

Nesse sentido, o exercício da liberdade de pensamento e de agir é a luta

para o homem ampliar os limites das circunstâncias históricas, fazendo sua

própria história em coexistência com o passado cultural. Valendo-se para tal do

método dialético, diante disso recorro a Araújo (2003, p.76) para quem a

premissa teórica a ser adotada implica na compreensão de que.

A ciência não será, portanto, a produção teórica do conceito, mas um

conhecimento da realidade concreta que é fruto de múltiplas determinações e

que deverá iluminar e ser iluminado pela práxis, pela ação transformadora.

Portanto, a consciência moral dentro da educação, geralmente nos fala

como uma voz interior que nos inclina para o caminho da virtude, mostrando

que o bem é a afirmação da vida. A consciência moral se desenvolve na

medida em que assumimos a responsabilidade das nossas ações; porém, o

conjunto de princípios e valores é transmitido pela cultura, variando no tempo e

no espaço.

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Então, podemos perceber que as sociedades humanas constroem no

decorrer da história seus próprios códigos morais, que por sua vez refletem os

valores éticos dominantes em cada cultura.

Nesse sentido, o professor como ser humano, está sujeito às

transformações do espaço que ele vive, sendo assim, ele se torna uma

ferramenta importante no discurso moral e fomentador do aparelho ideológico

do Estado, ou seja, ele é funcionário de um mundo dominado pelo Estado e

pelas empresas. É uma entidade gerenciada, administrada segundo a sua

excelência funcional, excelência esta que é sempre julgada a partir dos

interesses do sistema vigente.

Professores há aos milhares. Mas, professor é profissão, não é algo que

se define por dentro, por amor. Educador , ao contrário, não é profissão; é

vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande

esperança. (ALVES, 1993, p.11).

Todavia, o Estado cria rótulos em torno da imagem do educador

influenciando na desqualificação de sua função, visto como mau funcionário,

porque o ritmo do mundo do educador não segue o ritmo do mundo da

instituição, ou seja, na visão do sistema ele é um empecilho na reprodução do

conhecimento. Então, como formaremos e construiremos nossa visão ética sob

os valores que permeiam as interações sociais, se os educadores são

estigmatizados por sua consciência em humanizar e socializar a instituição

escolar?

A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DO PDE – O CONHECIMENTO

HISTORICO E A FORMAÇÃO ÉTICA PROFISSIONAL DE ALUNOS DO

ENSINO TÉCNICO

O trabalho foi desenvolvido com 30 alunos de uma turma do curso

técnico em administração. Cabendo ressaltar que a escola possui quatro

turmas neste curso. Os temas abordados nas atividades foram: a ética como

um todo com foco principal no ambiente profissional.

O projeto se desenvolveu com as seguintes atividades:

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1 – Palestra com a Professora Rosemeire para explanar sobre os

significados da ética na escola e no ambiente profissional. De consenso, a ideia

de pessoa como ser humano encontra-se associada à noção de infinito. No

decorrer da vida, de forma gradativa as pessoas tendem a superar as suas

dificuldades. Na medida em que exploram as suas potencialidades,

desenvolvem habilidades, competências e uma postura ética. O aluno, na sua

essência acaba por ser inacabado, num processo contínuo de vir a “ser”,

mediado pelas oportunidades de “ter” acesso às interações sociais e ao mundo

globalizado.

As situações problematizadoras do contexto em que o aluno foi

exposto perante a palestra, acabou por fazer e desafiar, provocando ações e

reações na sua desenvoltura, manifestando assim o seu caráter e a sua

personalidade. Na realidade estas considerações iniciais nos levam a acreditar

que estar no mundo requer estabelecer relações abertas com a

contemporaneidade, tornando consciente os nossos sonhos e as nossas

perspectivas de vida.

Salienta a importância da dimensão ética, pelo desenvolvimento dos

valores e das virtudes. Na escola a luta do (a) professor (a) é diária pelo

desenvolvimento da autonomia nos seus alunos (as). Para Gadotti (1999, p.44)

ela representa: “o processo sempre inacabado, um horizonte em direção ao

qual podemos caminhar sempre nunca alcançá-lo definitivamente.” Percebe-se

assim que a autonomia é a resultante de uma aprendizagem enriquecida pela

tomada de consciência.

Os princípios vinculados ao tema por meio de uma relação Dialógica

Problematizada a orientaram este trabalho. O diálogo envolveu as pessoas,

contextualizando os problemas, criando estratégias para solucioná-los. Freire

(1987, p.24) em seu livro Medo e ousadia - o cotidiano do professor afirma: “Os

métodos da educação dialógica nos trazem à intimidade da sociedade, a razão

de ser de cada objeto de estudo”. Assim, o diálogo crítico permitiu desvendar

as razões do contexto sócio-político e histórico, levando em conta toda a

explanação e explicação do tema em questão.

Refletir sobre a ética é de fundamental importância, pois o tema é visto

como polêmico e contemporâneo. No entanto, adotar uma postura ética frente

a uma realidade tão conturbada é extremamente desafiador, mas necessário.

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Ao trabalhar o sistema ético Bittar (2002, p.43 e 44) afirma que: “apesar

de prescrever suas próprias medidas e limites para o comportamento, apesar

de esquematizar o direcionamento da ação humana, apesar de prescrever seu

próprio conjunto de códigos de atuação singular e social, não exclua a

possibilidade de outras éticas.” A esse tipo de compostura chama de

“tolerância ética”, argumentando: “se um sistema ético existe, deve conviver

com outros e não excluí-los.” A ética do plural deve garantir a acessibilidade e

a diversidade, impedindo a formação de grupos dominantes que excluam as

outras éticas pelos seus interesses.

Portanto, a decisão nasce da consciência pessoal formada no contexto

social, prevalecendo à decisão individual e a tomada de atitudes. A conduta

humana desejável deve modelar-se pelo agir e pela convicção pessoal.

Diferente das normas jurídicas que restringem os Direitos. A norma ética deve

ser adotada pelo livre convencimento da ação responsável e a conduta deve vir

da consciência livre.

2 – Após a palestra, foi realizada uma atividade em sala de aula, onde

foi passado aos alunos um questionário contendo 5 perguntas abertas, para

que os educandos colocassem em pratica o que conhecem sobre o assunto

que foi exposto na palestra. (Anexo A)

Acredita-se que as ações educativas desenvolvidas pela professora,

concomitantemente com as Políticas Públicas, sejam capazes de promover

uma relação entre o indivíduo e a sociedade de forma a promover esta

intersecção, na busca pelo respeito mútuo, pela empatia e pela Inclusão Social.

Contemplando no Projeto Político Pedagógico e no Currículo, o debate e a

reflexão sobre estas questões polêmicas, pois a ética relaciona-se com os

valores e as virtudes sociais. T

Trabalhar a prevenção de forma criativa reforça o comportamento

saudável. Fazendo o aluno compreender a vivenciar e mediar às

consequências dos seus atos. Complementando as ações educativas por meio

de palestras, de cartazes, do material didático e pelos Ambientes de Recreação

com certeza se obterá sucesso.

Para trabalhar com a ética é preciso contemplar a cidadania de forma

plena. Tomando por base as Diretrizes Curriculares Nacionais que propõe um

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novo paradigma, um currículo mais amplo. Fundamentados na aprendizagem;

formando uma Base Nacional Comum, com conteúdos mínimos das áreas de

conhecimento articulados aos aspectos da vida cidadã.

A ética orienta a conduta humana, assim todo este trabalho foi focado na

reflexão e vivencia com os Princípios Éticos. Formando hábitos e atitudes

coletivos de modo que o educando seja um “Agente Pacificador”, um

disseminador destas informações e conhecimentos. Estabelecer acordos e

parcerias é de fundamental importância para a saúde mental comunitária, pois

estimulam a prevenção e instigam meios e mecanismos que promovem o

desenvolvimento de uma cultura de paz.

3 – As atividades geraram muitas discussões em sala de aula fazendo

com que houvesse uma motivação por parte dos estudantes onde se reunirão

em grupos de cinco alunos para discutir seus textos e formarem novas ideias.

Cada grupo reuniu as principais ideias, fazendo um breve seminário e

expondo suas ideias para a turma, havendo interação entre todos os alunos.

Na escola as ações pedagógicas implementadas para amenizar o

problema foram: atividades de vivência sobre a questão da ética como um

todo. Textos, email, debates, reflexões, problematizações sistematizadas.

Palestras esclarecedoras sobre o assunto, abordando os Direitos e os Deveres

dos alunos e dos professores. As questões referentes à saúde, o trabalho e a

renda contando com a presença de especialistas na área, os pais, os

educadores e a comunidade em geral.

A crise socioeconômica do sistema e do trabalho constitui os pilares

para a busca de um desenvolvimento e de uma ética mundial. O que se

constata é que o educando não sabe qual é a função da escola. Não tem nem

noção sobre o que está fazendo lá dentro. À medida que percebe a sua

importância passa a colaborar, acreditar e a ter mais confiança nos (as)

professores (as) e esperança na vida.

A escola pode colaborar com isso, trabalhando Metodologias que

resgatem os valores, o afeto desenvolvendo nas escolas a cultura do acolher,

da aprendizagem significativa, centrada no educando e nas suas reais

necessidades.

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Sendo assim, constata-se que desenvolver e aprimorar o relacionamento

humano são de fundamental importância. De nada adianta um

desenvolvimento tecnológico, científico fantástico se este não for

problematizado educacionalmente e compartilhado com a comunidade. De

nada adianta desenvolver saberes, se os mesmos não forem socializados, com

perspectivas de aplicabilidade social para melhorar a qualidade de vida da

população. De nada adianta a educação trabalhar de forma isolada sem

estabelecer vínculos entre o Projeto Político e um Projeto social. De forma a

garantir condições mínimas de dignidade à população.

Os resultados alcançados são altamente satisfatórios. Já se consegue

estabelecer relações de diálogo e entendimento entre o grupo. As ações e as

reações dos (as) alunos (as) apresentam um índice bem menor de não

aprovação sobre a ética entre os alunos e o pensamento com um futuro

profissionalizante. À medida que foram compreendendo e exercendo a sua

função social, perceberam-se como cidadãos e passaram a sugerir mudanças.

Modificando a realidade sócio-educacional e o seu entorno com um

comportamento já bem adaptado a realidade.

Em suma, se faz necessária a participação constante, de todos os

segmentos sociais para que se obtenham perspectivas de um futuro

educacional promissor. Para encerrar o artigo, contemplando a metodologia da

Recreação e Cidadania, utilizada no trabalho. Vou relatar uma pequena estória

denomina da “A Ratoeira”, de um autor desconhecido, que ilustra muito bem o

que foi desenvolvido. Certa vez um rato olhando pelo buraco na parede, vê o

fazendeiro e a sua esposa abrindo um pacote. Muito guloso, logo pensou que

se tratava de comida. Ao enxergar o objeto, logo percebeu a armadilha. Era

uma enorme ratoeira.

Desesperado, saiu pela fazenda advertindo a todos sobre o perigo que

rondava na casa. Ninguém lhe deu ouvidos. A Galinha argumentou que aquilo

não há incomodava. O Porco resmungou dizendo, que o máximo que poderia

fazer era algumas preces. A Vaca ironizou, pois não se sentia ameaçada por

aquele aparelho insignificante. O Rato muito triste voltou para casa, cabisbaixo.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como a de uma ratoeira pegando a

sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o acontecido. No escuro

não viu que a ratoeira tinha prensado a cauda de uma serpente venenosa. A

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cobra encurralada pela ratoeira, com muita dor e possessa pela raiva, com

muita gana picou a mulher...

O Fazendeiro levou-a para o hospital, mas de lá voltou fraca e com

muita febre. Assim, mandou sacrificar a Galinha para fazer uma canja, mas a

doença da sua esposa persistia. Diariamente os amigos e vizinhos vinham

visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o Porco. A cada dia pior, a

mulher acabou morrendo e muita gente veio ao funeral. Então sacrificaram a

vaca, para alimentar aquele povo.

Associando o trabalho desenvolvido em sala de aula com a historia da

Ratoeira, retiram-se muitas questões para analisar, problematizar e refletir. Na

sociedade existem muitas armadilhas. Percebidas pelos problemas de diversas

ordens, dos quais, muitas vezes acreditamos que não nos dizem respeito.

Grande engano, pois o problema de um é o problema de todos. Quando

trabalhamos em equipe o esforço precisa ser em conjunto. O mundo requer

desenvolvimento numa perspectiva onde todos possam crescer e se aprimorar

em redes de colaboração e apoio. A humanidade precisa se adaptar a essa

nova ordem mundial, inspirada na própria experiência da natureza.

4 – Após a apresentação de suas ideias em sala de aula, as analises

realizadas pelos educandos foram apresentadas para toda a escola, desde os

alunos de outras salas, professores, funcionários e os pais. Utilizando diversos

recursos tecnológicos em suas apresentações.

Trazendo pontos positivos para todos os que rodeiam esses alunos.

A trilha na busca de uma aproximação entre a educação e a ética vai se

abrindo na medida em que nos aprofundamos na reflexão sobre a realidade em

que os seres humanos se movimentam nos dias atuais. Os paradoxos do

mundo em que vivemos e as ambiguidades e contradições comportamentais se

revelam constantemente em todos os momentos de nosso cotidiano. Desta

perda de pontos de referência éticos resulta uma perplexidade e uma

desorientação generalizadas no que diz respeito à quase todas as ações

humanas.

A quebra de paradigmas tradicionais não significou uma clarificação

ética ao natural. Os valores que, no passado, davam segurança para gerir os

comportamentos, sofreram profundos questionamentos e resultaram em

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transformações radicais. Todavia, nada se colocou em seus lugares e o vazio

ético se aprofundou de tal maneira que o relativismo lançou as pessoas numa

desorientação preocupante.

Isto se revela em todos os aspectos da vida: nas práticas econômicas e

políticas; nas relações interpessoais; nas expressões da espiritualidade; nos

comportamentos afetivos e sexuais; nas relações entre os povos; na relação

com a natureza; na veiculação dos conteúdos dos meios de comunicação; na

desintegração dos moldes tradicionais de instituições, como a família, e uma

legitimação de relações antes consideradas impensadas; enfim, uma

verdadeira revolução dos costumes se verifica em todos os setores da vida

humana e em todas as partes do mundo.

CONCLUSÃO

Diante desta realidade, pensamos sobre a prática educativa como uma

força social que tem como escopo básico a formação de seres humanos e, por

conseguinte, de uma sociedade em que todos possam se realizar e serem

felizes. Tomamos como pressuposto de que a educação formal –

propositadamente não incluiu nesta reflexão a ampliação do conceito de

educação para outros espaços educativos que não o universo escolar – tem

como objetivo a construção de um ser humano e de uma sociedade marcados

por valores que os harmonizem sob todos os pontos de vista, superando as

contradições, ambivalências e paradoxos do mundo contemporâneo. Esta

afirmação aponta para a aproximação entre a educação e a ética.

Porém, de imediato, temos que admitir que a própria educação nem

sempre se volte para estes objetivos e, contudo, continua sendo uma prática

educativa. A educação está inserida no contexto que a realiza e, em princípio,

ela o deverá reproduzir. Com esta constatação é que nos lançamos no encalço

de caminhos que possibilitem uma busca efetiva de aproximação entre ambas,

no encalço da utopia da construção de um novo homem e de uma nova

sociedade.

Esta se refere a um ser humano e uma sociedade equilibrada, justa,

solidária, harmonizada e feliz. O processo de passagem de uma condição de

hominização para uma condição humanizada não se dará de forma espontânea

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e tampouco instintiva. Hominizar refere-se simplesmente ao fato de alguém ter

nascido de um homem e de uma mulher. Humanizar quer dizer realizar a

construção de um ser humano cada vez mais lúcido, consciente, dinâmico,

participativo e fabricante de sua própria existência e de uma realidade coletiva

que contemple a inclusão de todos os que o rodeiam.

Exatamente nesta passagem da hominização para a humanização que

se apresentarão os fatores determinantes da educação e da ética como

propulsores desta utopia que acalentamos. Vislumbramos assim alguns

caminhos que, buscando aproximara a educação e a ética, poderá ser

percorrida, não como uma receita de bolo, mas como possibilidades reais de

sua realização.

Apontando outro aspecto importante na busca de aproximação entre

educação e ética, chamamos a atenção para o quanto cada ser humano é fruto

e produto de sua própria história. Cada ser humano tem dentro de si, impresso

pelas mais diferentes maneiras – seja por uma herança de uma memória

genética, seja por um inconsciente coletivo, seja por condicionamentos

intrauterinos ou por qualquer outra forma de estruturação de personalidade,

talvez ainda não de todo explicada... – a criança que foi e que continua sendo

até mesmo na idade adulta.

Todavia, é um principio da educabilidade humana o fato de que não

somos prisioneiros de nossa história. Por pior ou por mais grave que tenham

sido as condições e as experiências pregressas de qualquer indivíduo, sempre

será possível cicatrizar as feridas emocionais, transformar-se e mudar os

rumos a serem tomados. De uma situação de profundas marcas negativas

impressas na mente e no coração de qualquer ser humano, é possível fazer

com que, através da educação, novos valores sejam aprendidos e assumidos.

REFERENCIAS

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