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O Encontro Maio de 2013 A Luz no Caminho - Associação Espiritualista - Distribuição gratuita Bhagavan Sri Ramana Maharshi No dia 3 de maio A Luz no Caminho - Associação Espiritualista fez 41 anos. Conseguimos chegar até aqui graças à determinação de 50 pes- soas que resolveram fundar a Casa, à atuação de tantos devotos que passaram pela Casa e ainda por aqueles que a mantêm e a fizeram crescer, através de tantos braços que se dispuseram a seguir adian- te na divulgação da filosofia do Maharshi e também a atuar em sua obra social, Casa de Ramana. Uma estrofe me veio à cabeça: “Ouço pássaros cantando, o regato murmurando...”. Estes versos trazem a tranquilidade e a paz de espíri- to que eu redescobri na Casa do Bhagavan. Quarenta e um anos Editorial Apesar do tempo que frequento a Casa, reconheço que às vezes é difícil colocar em prática tudo o que Bhagavan nos ensinou, mas ao entregar-me, fixo-me no Seu olhar, cheio de ternura e que me ensi- nou a “amar a todos por igual”, “o caminho direto de volta ao pai” e compartilhar com tantas pessoas que a vida “vale a pena, se a alma não é pequena”. A nossa Casa, com seus 41 anos, tem tudo. “Dentro dela mora Ramana, que me abençoa e me ama.” Minha vida e esta Casa se misturam, quando estou aqui, sin- to-me em Casa e quando estou em minha Casa, sinto-me aqui. O dono Delas é um só, meu amado Bhagavan. Por Marcus Garcia A Conduta do outro é reflexo de nossa própria mente - esta é a Verdade que o Bhuda pregou. A maioria das pessoas pensa que os fatores externos são as causas de suas infelicidades ou dificuldaddes, e se queixa: "Fulano é que causou isso; sicrano é o culpado daquilo". Na verdade, a atitude dos outros é reflexo da mente da pró- pria pessoa. Vemos nos outros a imagem refletida de nossa atitude mental. O mundo fenomênico é uma manifestação da mente. Do livro Abrindo o canal da Provisão Infinita - Masaharu Taniguchi. Reflexo de nossa mente Orientação O Festival de Vesak celebra o nascimento, iluminação e morte do Senhor Budha. É comemorado na lua cheia do mês de Maio, e este ano ocorre- rá entre os dias 24 e 26. Na celebração do Vesak, os devotos levam flores, velas e incensos aos templos. As ofe- rendas lembram ao homem que, assim com as flores murcham e as velas e os bastões de incenso são consumidos pelo fogo, assim também a vida identificada com o corpo-ego é passageira. Vesak Agenda

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O EncontroMaio de 2013A Luz no Caminho - Associação Espiritualista - Distribuição gratuita

Bhagavan Sri Ramana Maharshi

No dia 3 de maio A Luz no Caminho - Associação Espiritualista fez 41 anos.

Conseguimos chegar até aqui graças à determinação de 50 pes-soas que resolveram fundar a Casa, à atuação de tantos devotos que passaram pela Casa e ainda por aqueles que a mantêm e a fizeram crescer, através de tantos braços que se dispuseram a seguir adian-te na divulgação da filosofia do Maharshi e também a atuar em sua obra social, Casa de Ramana.

Uma estrofe me veio à cabeça: “Ouço pássaros cantando, o regato murmurando...”. Estes versos trazem a tranquilidade e a paz de espíri-to que eu redescobri na Casa do Bhagavan.

Quarenta e um anosEditorial

Apesar do tempo que frequento a Casa, reconheço que às vezes é difícil colocar em prática tudo o que Bhagavan nos ensinou, mas ao entregar-me, fixo-me no Seu olhar, cheio de ternura e que me ensi-nou a “amar a todos por igual”, “o caminho direto de volta ao pai” e compartilhar com tantas pessoas que a vida “vale a pena, se a alma não é pequena”.

A nossa Casa, com seus 41 anos, tem tudo. “Dentro dela mora Ramana, que me abençoa e me ama.” Minha vida e esta Casa se misturam, quando estou aqui, sin-to-me em Casa e quando estou em minha Casa, sinto-me aqui. O dono Delas é um só, meu amado Bhagavan.

Por Marcus Garcia

A Conduta do outro é reflexo de nossa própria mente - esta é a Verdade que o Bhuda pregou.

A maioria das pessoas pensa que os fatores externos são as causas de suas infelicidades ou dificuldaddes, e se queixa: "Fulano é que causou isso; sicrano é o culpado daquilo". Na verdade, a atitude dos outros é reflexo da mente da pró-pria pessoa. Vemos nos outros a imagem refletida de nossa atitude mental. O mundo fenomênico é uma manifestação da mente.

Do livro Abrindo o canal da Provisão Infinita - Masaharu Taniguchi.

Reflexo de nossa menteOrientação

O Festival de Vesak celebra o nascimento, iluminação e morte do Senhor Budha.

É comemorado na lua cheia do mês de Maio, e este ano ocorre-rá entre os dias 24 e 26.

Na celebração do Vesak, os devotos levam flores, velas e incensos aos templos. As ofe-rendas lembram ao homem que, assim com as flores murcham e as velas e os bastões de incenso são consumidos pelo fogo, assim também a vida identificada com o corpo-ego é passageira.

VesakAgenda

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O Encontro Maio, 2013

Deus é como Eu Real, verdade por detrás da Ilusão (Maya), há apenas o Eterno Agora, pois o ontem, hoje e amanhã são frutos da mesma árvore: a Ilusão.

Assegura o Bhagavad Gita, que, de tempos em tempos, Deus assume a forma humana para resgatar os homens da ilusão e trazê-los à Realidade. Deus nos aparece, então, como um Guru externo, para aquietar mentes desconfiadas, imediatistas e super-ticiosas, incapazes de reconhecer o Deus que, em verdade, cada homem é.

Mestres que identificamos, como Jesus e Bhagavan, têm uma função: nos lembrar, a nossa herança Divi-na, despertar-nos para o que sempre fomos.

Sejamos, agora, profundamente gratos a Deus ape-nas por nos fazer enxergar, por nos libertar da cegueira, como libertou o cego de nascença (João:

9:1-41).

Deus, então, se revelou “carne”, manifesto em Jesus e Bhagavan, para nos dar a visão do lindo caminho, como o Sol dá a luz do dia, para que nossa consci-ência vença a ilusão, abocanhada pelo Grande Tigre, no Eterno Agora.

Palestra por Celeiro.

Próxima palestraTema: O Senhor Budha

Palestrante: Senhora Dona da Casa

Data: 25 de Maio, às 19h

Círculo de Estudos

Ramana em Jesus, Cristo em Ramana

Há grande semelhança entre os ensinamentos de Budha e de Bhagavan. Ambos ensinaram que o ape-go à ilusão ata o homem ao ciclo do nascimento, velhice e morte; e que a Iluminação traz a Libertação.

Assim como Bhagavan, Budha preferia não tocar nos assuntos teóricos de menor importância, e se calava diante de certos assuntos, sendo chamado muitas vezes de “Budha, o silencioso”. O Mestre dizia que “é como a pessoa enferma que, ao invés de procurar um médico para se curar, decide se distrair para se esquecer da enfermidade”. Da mesma forma, Bhagavan nos diz: “Porque todos os homens gos-tam do misterioso e não do verdadeiro...” ou ainda “porque quereis saber o que ocorrerá após a morte? Preocupai-vos antes em saber quem sois agora.”

Sidharta Gautama nasceu em berço de ouro, cerca-do de riqueza e facilidades. Porém, ainda jovem se deparou com o dilema da transitoriedade da vida, da existência da dor, das doenças, do sofrimento e da morte. Em profunda crise existencial se lançou a busca da Iluminação, se lançou em busca do Senhor Budha dentro de si mesmo.

De início Sidharta buscou Mestres espirituais que o guiassem. Em pouco tempo, atingiu o mesmo estágio espiritual dos mestres, porém continuava insatisfeito, ainda não tinha alcançado a Iluminação. Então, aban-donou os mestres, e resolveu praticar algumas moda-lidades extremas de autoflagelação. Mas, o resultado foi triste, além de não te-lo levado à Iluminação, o método debilitou seu corpo e sua mente.

Sidharta se achava numa encruzilhada, não sabia mais que caminho seguir para alcançar a Iluminação. Lembrou-se então que certa vez, ainda um garoto, sentado ao pé de uma árvore, ele espontaneamente entrou num profundo estado de meditação, num método ainda não conhecido. Neste instante refletiu: “será que se eu retomar esse método e o desen-volver até as últimas conseqüências, chegaria eu à Iluminação?” Assim, ele tratou, de fortalecer o corpo e a mente e buscar um lugar adequado para sua última tentativa. Encontrou o lugar perfeito à margem de um rio, de suave correnteza e águas cristalinas; escolheu uma árvore, conhecida como árvore-Bo, e sentou-se, com a firme determinação de que, ou ele se levantaria dali como um iluminado, ou ficaria sentado lá até que seu corpo se tornasse pó. Foi neste local, após permanecer em meditação por sete dias e sete noites, que Sidharta Gautama tornou-se o Budha.

Resumido por Lêda Maria Fraga a partir do livro Ramana Aru-nachala de Arthur Osborne e do texto “Aspectos da Personalidade e Obra de Budha“ de Nissim Cohen (website CentroBudista.com).

O Senhor Budhae Bhagavan

Filosofia

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O EncontroMaio, 2013

03

Arqueiro Real

Quando a Lua cheia re-pousar no céu...

Novamente cintilam as velhas águas do Kohana e o vasto prado verdejan-te de suas margens recebe a visita da brisa leve do Oriente.

Bons ventos neste instante conduzem nossas mentes para diante das labaredas da purifi-cação que dançarão entre o Sol Nascente e o Poente para ver Si-dharta.

Príncipe da Virtude, em nome do Mahar-shi, na Unidade do Ser, nós saudamos a passa-gem sobre a Terra de teu dourado manto. Saudamos o teu raio e em uníssono com todos os monges que se recolhem ao Grande Silêncio da renúncia, entoamos o sagrado OM.

Abençoados os lábios que previram tua chegada e benfazeja a Luz que te acompanhou.

Senhor mendicante, não te prestamos culto. Ja-mais aceitarias tal dualidade. Apenas nos curvamos diante da coragem de um homem que deixando reino e pai, deixando amada e servos, deixando castelo e ouro, partiu ao encontro da Verdade. E a Verdade o libertou.

Abençoado e Venerado seja o príncipe Gautama, que habita o mais profundo de todo homem.

Abençoado seja o Arqueiro Real, que de meu cora-ção espiritual há de liderar a batalha de libertação dos véus de Maya.

Saudamos o príncipe Sidharta, que habita no pacifis-ta e no violento; no monge e na prostituta; no tranqüilo e no apressado; no humilde e no orgulhoso; no princípio e no fim. No TAO, enfim.

Saudamos o Gautama que medita em cada homem que pensa sem parar.

Saudamos o que silencia em toda mente que se deixa

perturbar.

Saudamos o que se doa em todo aquele que teme amar.

Saudamos o que persiste em todos os que tentem desistir.

Prestamos nosso culto à Caverna Coração, que é a moradia do Eterno. Silencioso e ativo como as semen-tes. Aí habita Deus em mim, para quem toda a natureza emana reconhecimento. E então EU SOU.

Infinitamente SOU.

No clarão da Lua Cheia que passeia em maio, EU SOU.

Na vastidão do luar do meu olhar, EU SOU.

Na divindade que saúdo, EU SOU.

O Ser EU SOU.

Majestosamente, quando sucumbe o ego, o Buddha.

Que a noite incline o amarelo manto do Oriente so-bre nós!

OM!

Por Estrela da Manhã.

Filosofia

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O Encontro Maio, 2013

A Luz no Caminho - Associação Espiritualista | Rua Maxwell, 145 - Vila Isabel - Rio de Janeiro, RJ - CEP 20541-100 | (21) 2208 5196 | Ho-rário de funcionamento (inclusive dias santos e feriados): segundas e quartas, das 14h30 às 20h30 - terças e quintas, das 14h30 às 21h00 - sábados, das 14h00 às 20h00 | Mais informações no site: www.aluznocaminho.org.br | Notícias da Casa: www.casaderamana.blogspot.com

O sábado da distribuição... (primeira parte)

Uma grande família, unida em torno do mesmo Pai. Essa comu-nhão se renova a cada segundo sábado de cada mês.

Elas vêm chegando, aos poucos, algumas com suas crianças (bisne-tos, tataranetos) e acompanhantes, outras contam apenas com suas próprias forças, algumas de longe (Rio das Ostras, Água Santa), outras das comunidades próximas (Usina, Santa Teresa, Rua Caçapava), algu-mas mais sorridentes, outras com traços mais marcantes das grandes lutas, outras mais serenas, algumas menos pacientes.

Seja como for, atravessam o corredor de entrada e alcançam o pátio interno onde são recebidas com festa por todos os voluntários e por aquelas que já estão pre-sentes desde mais cedo. Sobre a tampa da máquina de lavar estão acomodados o crachá de identifi-cação, a fichinha laranja (com o número conforme a ordem de che-gada), a ficha do atendimento mé-dico e o ticket para o lanche, pra elas e suas crianças e adolescen-tes. Aliás, sobre o lanche sempre

fresquinho (normalmente guaraná natural e sanduíche com pasta preparados no início da manhã com a chegada dos oitenta pães “coiozinhos”), não podemos dei-xar de registrar o carinho das mãos abnegadas que procuram sempre uma distribuição con-forme o exemplo da generosi-dade, disciplina e equanimidade do “dono da casa”, o Bhagavan. Antes de servir o lanche e de posse desses controles, as vo-vós se acomodam para o início do “circuito”, que normalmente começa pela equipe de atendi-mento médico organizado pela querida Dra. Rosina, um pessoal muito amigo, organizado e pon-tual. As vovós logo ficam aten-tas porque o “doutor”, presente especialmente nessa ocasião dos sábados de distribuição, é só ca-rinho, atenção, mas também exi-gente com a disciplina. E como as vovós se sentem protegidas e amam esse “doutor”... mas, afinal, quem é esse “doutor”? Continua na próxima edição...

Por Guilherme Lemos

Casa de Ramana

E a Graça se Fez...Mais uma vez, o nosso Bazar do dia das Mães,

realizado no domingo, 5 de maio, foi um sucesso.

Agradecemos a TODOS que colaboraram!