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25 Para a última edição de 2012 da eOPTIMISMO, no âmbito da parceria entre este meio de comunicação e o Blog Literário OS LIVROS NOSSOS, decidimos partilhar com os nossos leitores a investigação que tivemos ocasião de realizar no âmbito da Psicologia da Literatura, para a Unidade Curricular de Psicologia da Arte, na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, subordinada ao tema “O escritor e o processo criativo”. No ano em que, além de termos entrado nesta aventura literária que é criar e administrar um blog especializado, tivemos também a primeira experiência enquanto autora publicada, com um conto de fantasia/terror que integrou uma colectânea de autores – “Ocultos Buracos”, somou-se a preciosa informação acerca do processo criativo, as suas fases e modalidades, que temos tido a oportunidade de recolher e partilhar com os nossos leitores nas entrevistas realizadas a diversos autores Nacionais e Internacionais. O escritor, enquanto artista que leva a cabo a tarefa de construir a obra de arte, revela-se um sujeito organizador de emoções e sentimentos pessoais, objectivando tensões, experiências e contradições (próprias ou alheias), resultantes da relação entre o sujeito e meio que o rodeia (Baiocchi & Niebielski, s/d). por Isabel Almeida, http://oslivrosnossos.blogspot.com (http://kutegroup.com/pictures-gallery/art- gallery/creative-book-sculpture/)

O Escritor e o Processo Criativo

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Para a última edição de 2012 da eOPTIMISMO, no âmbito da parceria entre este meio de comunicação e o Blog Literário OS LIVROS NOSSOS, decidimos partilhar com os nossos leitores a investigação que tivemos ocasião de realizar no âmbito da Psicologia da Literatura, para a Unidade Curricular de Psicologia da Arte, na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, subordinada ao tema “O escritor e o processo criativo”. (...)

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Page 1: O Escritor e o Processo Criativo

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Para a última edição de 2012 da

eOPTIMISMO, no âmbito da parceria entre

este meio de comunicação e o Blog

Literário OS LIVROS NOSSOS, decidimos

partilhar com os nossos leitores a

investigação que tivemos ocasião de

realizar no âmbito da Psicologia da

Literatura, para a Unidade Curricular de

Psicologia da Arte, na Faculdade de

Psicologia da Universidade de Lisboa,

subordinada ao tema “O escritor e o

processo criativo”.

No ano em que, além de termos entrado

nesta aventura literária que é criar e

administrar um blog especializado, tivemos

também a primeira experiência enquanto

autora publicada, com um conto de

fantasia/terror que integrou uma

colectânea de autores – “Ocultos Buracos”,

somou-se a preciosa informação acerca do

processo criativo, as suas fases e

modalidades, que temos tido a

oportunidade de recolher e partilhar com

os nossos leitores nas entrevistas

realizadas a diversos autores Nacionais e

Internacionais.

O escritor, enquanto artista que leva a cabo a tarefa de construir a obra de arte, revela-se

um sujeito organizador de emoções e sentimentos pessoais, objectivando tensões,

experiências e contradições (próprias ou alheias), resultantes da relação entre o sujeito e

meio que o rodeia (Baiocchi & Niebielski, s/d).

por Isabel Almeida, http://oslivrosnossos.blogspot.com

(http://kutegroup.com/pictures-gallery/art-gallery/creative-book-sculpture/)

Page 2: O Escritor e o Processo Criativo

A Literatura é uma área da Psicologia da Arte que se encontra

ainda pouco explorada, devendo por isso ser encarada com

alguma precaução – no entanto, pode ser utilizada como uma

verdadeira janela para a psicologia do criador, isto é, como um

meio de explorar a forma como os artistas se comportam,

elaboram e sentem na fase criativa (Duarte, 2011).

Na antiguidade clássica, já Platão havia apresentado a sua

concepção de criação artística baseada no uso das faculdades

racionais do autor, levadas até ao extremo de um frenesim

irracional. Os precursores do Romantismo, em pleno século

XIX, exaltaram igualmente a importância da irracionalidade,

ideia que não só reaviva a proposta platónica de criação

artística, como, de algum modo chega mesmo a antecipar a ênfase do inconsciente no

processo criativo artístico, próprio de uma visão freudiana (Winner, 1982).

As experiências pessoais do autor acabam por desempenhar um papel relevante no processo

criativo (Baiocchi & Niebielsky, s/d). Muitos autores plasmam nas suas obras literárias as suas

vivências e experiências pessoais, as quais podem ter experimentado enquanto “actores” ou

como meros “espectadores”. Um exemplo deste fenómeno é a obra de Camilo Castelo

Branco, “Amor de Perdição”, na qual Simão Botelho e Teresa de Albuquerque (personagens

principais) vivem um amor proibido pelas

respectivas famílias e pelas convenções

sociais. Nesta obra, está bem patente a

vida pessoal do escritor, que se apaixonou

por Ana Plácido, uma mulher casada e que

lhe estava social e moralmente vedada -

um amor ilícito, que viria a causar a ambos

perseguições, e mesmo a prisão, por terem

ousado desafiar as convenções da sua

época.

School of Athens (detalhe), um quadro de Rafael

Camilo Castelo Branco, um quadro de Bottelho (2007)

Page 3: O Escritor e o Processo Criativo

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Na criação literária, acabam

por assumir um papel de

destaque os processos de

natureza cognitiva, como o

pensamento (Duarte, 2011).

O pensamento elaborado

segundo as regras da lógica

(podendo revestir natureza

dedutiva ou indutiva) é

transmitido pelos escritores

nas respectivas obras

literárias. Por exemplo, em

vários trechos do romance “Os Maias”, Eça

de Queirós coloca na boca de várias

personagens alguns dos argumentos em que

ele próprio acreditava face à situação e

panoramas social e/ou político da época,

expressando assim diversas modalidades de

pensamento através das suas personagens.

Mas ainda a propósito do pensamento,

parece-nos pertinente referir a teorização de

Joy P. Guilford (1967), psicólogo

norte-americano, que concebeu a

distinção entre pensamento

divergente e pensamento

convergente.

O pensamento convergente

refere-se a uma resposta ou

conclusão única, sendo o

pensamento orientado para uma

resposta que surge como a

mais correcta - é algo

lógico e objectivo. Por sua

vez, o pensamento

divergente corresponderá a

uma exploração mental de

diversas soluções

equacionadas para um

mesmo problema

(Monteiro & Ribeiro dos

Santos, 1999).

O pensamento divergente foi apontando por

Guilford como sendo uma característica de

indivíduos criativos. Porém, esta foi apenas

uma hipótese que nunca viria a ser objecto

de confirmação empírica, tendo o assunto

sido deixado para posteriores investigações

científicas nesta área (Winner, 1982). Outros

estudos realizados por outros autores (e.g.

Lowenfeld & Beittel, 1959; Mackinnon,

(http://www.theartistspad.com/TheArtistsPad.com/Creative_Writing.jpg)

Eça de Queirós, uma ilustração de João Vaz de Carvalho

Page 4: O Escritor e o Processo Criativo

1961; Getzels & Cskszentmihalyi, 1976)

demonstram resultados conflituantes

quanto a esta mesma assunção.

O processo criativo literário pode ainda

assumir-se como uma forma de expressão

das emoções do autor (Duarte, 2011). A

título de exemplo, recorde-se a obra de Rita

Ferro e Marta Gautier, “Desculpe lá, mãe.”,

na qual é ficcionada uma troca de

correspondências entre uma mãe e a sua

filha adolescente. Nesta obra, encontram-se

exemplificadas diversas emoções que as

autoras já terão experimentando ao longo

da sua existência, sendo apresentadas, por

exemplo, as suas perspectivas pessoais

sobre o amor e o modo de o encarar. Na

obra, encontra-se ainda subjacente a

cumplicidade entre mãe e filha, dando azo a

um evidente conflito de gerações, com

entendimentos muitas vezes opostos, em

relação a vários aspectos.

Mas, afinal, qual o factor ou factores distintivos de um escritor criativo? Foi

exactamente a resposta a esta questão que nos chamou a atenção: quais as

características específicas, ao nível psicológico, que possuirá o que designamos

por escritor criativo?

(http://www.jeremystatton.com/wp-content/uploads/2012/04/writing-changed-life-e1335273724582.jpg)

Page 5: O Escritor e o Processo Criativo

A este propósito levar-se-á em linha de conta um interessante estudo de Kaufman (2002).

A motivação surge apontada como um dos factores determinantes do processo criativo

(Amabile et al. citada por Kaufman). Inicialmente, a motivação intrínseca (e.g. escrever por

prazer ou entretenimento) foi considerada como um melhor incentivo à criatividade do que a

motivação de natureza extrínseca (e.g. uma recompensa). No entanto, se é certo que

pesquisas iniciais se mostraram favoráveis a tal entendimento, investigações ulteriores

começaram a revelar que, sob certas circunstâncias (e.g. treino em pensamento divergente

e/ou recompensa de forma não tão evidente), a motivação extrínseca pode mesmo revelar

efeitos positivos no processo criativo, pelo que se conclui ser este um debate ainda em aberto

(Kaufman, 2002) e a carecer de investigação adicional. Outras variáveis, tais como a

inteligência, a personalidade, o conhecimento e o ambiente, são também indicadas como

potenciais factores de influência do processo criativo por Kaufman (2002).

Passemos agora a analisar quais as fases em que podemos dividir o processo de criação da

obra literária. Tendo por base os relatos de vários pensadores criativos, o Psicólogo Graham

Wallas (1926) apresentou uma divisão quadripartida do processo criativo, o qual engloba as

seguintes fases: preparação, incubação, iluminação e verificação.

A preparação corresponde ao momento em que se explora o problema, o qual servirá de

ponto de partida para a obra. A incubação diz respeito à fase em que a atenção consciente se

desvia do problema a solucionar. A iluminação corresponde ao surgimento súbito da solução

ou ideia base. A verificação, por sua vez, diz respeito ao momento em que a ideia é testada e

afinada (Winner, 1982).

preparação

• exploração do problema

• ponto de partida

incubação

• desvio da atenção do problema

iluminação

• surgimento da solução

verificação

• teste e afinação da ideia

Page 6: O Escritor e o Processo Criativo

A fase de incubação suscitou alguma

polémica, pois entendeu-se que existiria

um labor do inconsciente. Este debruçar-

se-ia sobre um problema e encontraria

para o mesmo uma solução, apresentada

depois à parte consciente da mente. Tal

entendimento encontrou sustentação

teórica adicional no âmbito da perspectiva

psicanalítica: Ernst Kris (1952) concebeu o

processo criativo enquanto duas fases

distintas: inspiração e elaboração.

A inspiração corresponderia a processos de

pensamento de natureza primária2, na qual

o criador regressa à fase pré-consciente do

seu psiquismo - esta

descrição encontra

correspondência na fase

de incubação descrita

por Graham Wallas,

como vimos

anteriormente. Já a

elaboração criativa

consiste na utilização de

processos de

pensamento secundários, os quais ocorrem

de forma consciente e em obediência às

regras da lógica, procedendo-se a um

2 modalidade de pensamento descrita por Sigmund

Freud como sendo irracional e caótica, e que se

situaria no inconsciente, na visão tradicional Freudiana

trabalho e desenvolvimento das ideias

resultantes do labor pré-consciente

(Winner, 1982).

Pese embora a explicação encontrada na

teoria psicanalítica, em relatos de artistas e

até de cientistas, há que referir que não foi

encontrada evidência empírica suficiente

sobre o papel desempenhado pelo

inconsciente no decurso do processo de

criação. Esta circunstância poderá decorrer

de limitações nas investigações sobre tal

assunto, já que carecem de validade

ecológica, ou então porque a incubação

poderá ser um fenómeno raro, apenas

verificável em

poucos sujeitos e

dotados de uma

criatividade mais

incomum (Winner,

1982).

Existem, ainda assim,

variadas perspectivas

psicológicas acerca do

processo criativo. Numa orientação teórica

de natureza mais cognitivista, surge-nos o

exemplo de autores como Rudolf Arnheim,

o qual concebe o processo de criação

artística enquanto uma modalidade de

(http://www.copywriteri.ro/wp-content/uploads/2012/08/copywriter.jpg)

Page 7: O Escritor e o Processo Criativo

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resolução lógica de problemas. Trata-se de

uma nova concepção atinente ao processo

de criação artística, bem distinta do

repentino insight que se segue a um

duradouro processo de incubação.

Assim, nesta nova perspectiva, a criação

pode ser encarada enquanto um processo

de natureza dialéctica, ao longo do qual o

trabalho nasce através de saltos erráticos

para trás e para a frente, partindo-se de

dois pressupostos: por um lado, entende-

se que, durante todo o processo criativo,

os artistas criadores têm um determinado

propósito em mente que pretendem

atingir por via do resultado final (a criação

artística); por outro lado, muito pouco

daquilo que resulta do processo de criação

tem natureza meramente acidental - toda

a criação artística surge com vista a

alcançar o objectivo final estabelecido

previamente pelo artista criador, sendo

certo que, durante o trajecto criativo, o

artista dá uso à plenitude dos seus poderes

conscientes e intelectuais, para proceder à

resolução de um problema (Winner, 1982).

A esta visão de Arnheim, podem ser apontadas pelo menos duas críticas: por um lado, nem

todo o processo criativo terá subjacente, desde o seu início, àquele que é o objectivo final a

atingir, pois este pode estar ou não presente; por outro lado, o facto de se entender que esta

concepção leva em devida linha de conta o trabalho desenvolvido após a ideia inicial, não

permite, no entanto, aferir qual a origem do esquema inicial de criação.

• escrever sobre tarefas de escrita de que tenha gostado

• promover a leitura

• encarar a escrita e a leitura como actividades prazerosas

Dicas para desbloquear a escrita

Page 8: O Escritor e o Processo Criativo

Outro autor importante a considerar é o Psicólogo David

Perkins, também de orientação teórica cognitivista. Este

autor sugere que o processo criativo artístico consiste

numa operação cognitiva de resolução de problemas que

implica também a tomada de decisões, no decurso de

todo o processo. Nas investigações empíricas realizadas

neste âmbito, solicitou-se a poetas que pensassem em

voz alta, durante o processo de escrita de um texto

poético, por forma a darem a conhecer os respectivos

pensamentos a cada cinco segundos. Este método de

estudo empírico é muitas vezes criticado, pois ao

interromper-se o processo criativo para expressar os

pensamentos está-se a perturbar a normalidade do

processo. Contudo, os estudos revelaram que o processo

de criação resulta de uma combinação da intuição e da

razão, sendo de considerar que o pensamento pode ser

mais simples ou mais complexo e, por tanto, o resultado

final de pode surgir de forma mais demorada ou mais

espontânea, consoante este seja mais ou menos

laborioso (Winner, 1982).

Na verdade, a criação ao nível literário é um terreno a

merecer exploração continua e acrescida. MacVey (2008)

expressa-nos a opinião teórica, com a qual concordamos,

de que qualquer processo de escrita acaba por ter uma

natureza criativa. O autor defende que todo e qualquer

trabalho escrito acaba por ter um inegável componente

de criatividade, sendo necessário encontrar técnicas que

ajudem o desbloqueio do processo de escrita, por forma

a promover-se um melhor desempenho neste campo.

Para desbloquear, por assim dizer, o processo de escrita,

são propostas tarefas simples, entre as quais, escrever

acerca das duas experiencias

de escrita, descrevendo

quaisquer tarefas de escrita

de que tenham gostado

(MacVey, 2008). Igualmente

importante, segundo o autor,

é a promoção e incentivo do

hábito e gosto pela leitura e

pela escrita, sendo estas

actividades encaradas como

um prazer e não apenas como

mero meio para alcançar um

determinado fim.

Em suma, terminamos esta

secção expressando a opinião

consciente de que apenas

pudemos aqui apresentar

Trabalho de Joseph Wharton

Page 9: O Escritor e o Processo Criativo

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alguns breves exemplos dos processos psicológicos que

enformam o processo de criação artística literária.

Cremos, ainda assim, ser este um campo de actuação em

plena expansão, até porque começa a ser visível também

no nosso país a tendência para existir uma vasta oferta de

acções de formação de escrita criativa, que não podem

olvidar a componente psicológica que sempre estará

subjacente a este processo de criação.

Ciência à parte, sempre diremos que

cada pessoa, enquanto autor, acaba por ter

as suas próprias motivações, aptidões e

objectivos no que diz respeito à escrita

criativa. E quando se dá o primeiro passo,

convém ter presente que importa criar

rotinas, disciplinar o acto de escrever, mas

sem que tal perturbe a actividade ao ponto

de ser vista como obrigação e não como

devoção.

Vários autores já publicados, tanto no

panorama literário nacional como

internacional, são unânimes em afirmar

que a melhor forma de iniciar o processo

de escrita é mesmo “escrever”. A verdade

é que nem sempre é tão fácil assim dar

início a tal tarefa. No entanto, a prática vai-

nos afinando o estilo e a humildade é uma

característica que bastante favorece

qualquer candidato a escritor, já que

importa ir dando a ler o trabalho a diversas

pessoas que o possam ajuizar [enquanto

leitores, críticos literários ou editores], nas

suas diversas vertentes.

As estratégias são também criadas tendo

em conta as características individuais de

quem se atreve a começar a escrever - há

quem escreva por impulso e dando livre

As estratégias são

também criadas tendo

em conta as

características

individuais de quem

se atreve a começar a

escrever (…)

Page 10: O Escritor e o Processo Criativo

curso às ideias, transpondo-as para o

papel, e há quem prepare primeiro uma

sinopse da narrativa ou até mesmo uma

esquematização genérica de todas as

personagens e trama, para posterior

desenvolvimento.

Também parece ser unânime entre autores

o facto de que a leitura de várias obras

(desde os clássicos aos contemporâneos), e

em especial do género escolhido para

desenvolver a escrita criativa, pode dar-nos

uma boa pista acerca do trabalho realizado

por outros autores. A este nível, só nos

preocupa que em Portugal as gerações

mais novas andem, na sua maioria,

arredadas dos hábitos de leitura, por a

consideram “uma seca”, preferindo

produtos de consumo passivo e imediato,

como a internet, jogos electrónicos ou

cinema.

Quando pedimos a muitos jovens para

escrever, também se denota uma

resistência inicial e respostas como “não

tenho imaginação”, “não tenho jeito

nenhum para escrever” ou ainda “posso

escrever apenas seis linhas?”.

Cremos que, seria bastante relevante rever

o sistema de ensino nacional no que diz

respeito a hábitos de leitura e de escrita,

transmitindo aos jovens o que na verdade

lhes falta para desenvolverem em pleno as

suas capacidades de leitura e escrita (quiçá

criativa): a motivação adequada à sua faixa

etária e contexto pessoal, escolar e social.

Seria interessante saber a opinião dos

leitores sobre esta temática, por isso

sintam-se convidados para partilhar

opiniões através do email

[email protected]