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Acaba de ser lançado o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) . Traz um conjunto de ações estruturantes para a agenda nacional de adaptação. PÁGINA 6 O que não falta é experiência para o substituto de Izabella Teixeira. O novo ministro do Meio Ambiente, é o deputado federal José Sarney Filho, do PV. PÁGINA 8 Coluna Verde. Dia Internacional da Biodiversidade. A comemoração foi criada pela ONU, em homenagem ao texto final da Convenção da Diversidade Biológica, em 1992. PÁGINA 2 O ESTADO Ano VIII Edição N o 440 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 17 de maio de 2016 PÁGINAS 4 e 5 17 DE MAIO Dia Mundial da Reciclagem

O Estado Verde 17/05/2016

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Jornal O Estado (Ceará)

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Page 1: O Estado Verde 17/05/2016

Acaba de serlançado o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) . Traz um conjunto de ações estruturantes para a agenda nacional de adaptação. PÁGINA 6

O que nãofalta é experiência para o substituto de Izabella Teixeira. O novo ministro do Meio Ambiente, é o deputado federal José Sarney Filho, do PV. PÁGINA 8

Coluna Verde. Dia Internacional da Biodiversidade. A comemoração foi criada pela ONU, em homenagem ao texto final da Convenção da Diversidade Biológica, em 1992.PÁGINA 2

O ESTADO Ano VIII Edição No 440 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 17 de maio de 2016

PÁGINAS 4 e 5

17 DE MAIODia Mundial

da Reciclagem

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2 VERDE

[email protected]

O Estado Verde é uma iniciativa do INVEXP, com apoio do jornal O Estado. EDITORA Tarcilia Rego JORNALISTA Katy Araújo DIAGRAMAÇÃO E DESIGN J. Júnior TELEFONES (85) 3033.7500/3033 7505 E (85) 8844.6873 ENDEREÇO Rua Barão de Aracati, 1320 — Aldeota. Fortaleza, CE — CEP 60.115-081. www.oestadoce.com.br/o-estado-verde

Evento no Rio vai ouvir “Outras Vozes do Velho Chico”

No dia 20 de maio ocor-re a Mesa-redonda “Outras Vozes do Velho Chico”, que promoverá uma discussão em torno de como uma novela pode ajudar a popularizar o conceito de sustentabilidade, entre outras reflexões. A ati-vidade integra a programação do Viva a Mata 2016.

A mediação será da jor-nalista Sônia Bridi (Globo) e participam da conversa Ro-drigo Medeiros (Conservação Internacional Brasil), Malu Ribeiro (SOS Mata Atlântica), Pedro Paulo Diniz (Fazenda da Toca) e o ator e produtor de orgânicos, Marcos Palmei-ra. Para participar, é necessá-rio se inscrever previamente no link www.sosma.org.br/projeto/cadastros/mesa-re-donda-outras-vozes-do-ve-lho-chico/

Este ano, o Rio de Janeiro recebe, pela segunda vez, o “Viva a Mata” evento anual da Fundação SOS Mata Atlân-tica que promove atividades diversas no mês de maio, marcando a passagem do Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio).

Dia Internacional da Biodiversidade

No próximo dia 22 de maio comemora-se a Biodiversidade. A comemoração internacional foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), dia 22 de maio de 1992, em homenagem a aprovação do texto final da Convenção da Diversidade Bio-lógica, intitulado: “Nairobi Final Act of the Conference for the Adoption of the Agreed Text of the Convention on Biological Diversity”. Antes, o Dia Internacional da Biodiversidade costu-mava ser celebrado em 29 de dezembro, data em que entrou em vigor a Convenção da Diversidade Biológica.

O tema escolhido para o International Day for Biological Di-versity em 2016 é “Integração da Biodiversidade: Sustentar Pes-soas e seus meios de Subsistência”. O assunto prioriza a ideia da biodiversidade como base para a vida na Terra. Preservar a diversidade biológica é primordial para garantir o bem-estar das pessoas e demais seres que habitam o nosso planeta.

Ontem, o novo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, esteve em Mariana (MG). Ele sobrevoou áreas destruídas pela lama e em seguida reuniu-se com o prefeito do município, Duarte Junior, vereadores, dirigentes da empre-sa Samarco, autoridades locais e representantes das famílias atingidas pela grande tragédia causada pelo rompimento da barragem de mineração, em novembro do ano passado. Até a semana passada, ele coordenou a Comissão Externa da Câmara dos Deputados criada para acom-panhar as providências adotadas

após a tragédia.

No ano em que o jornal O Estado chega aos oitenta, o Estado Verde prepara-se para comemorar o 9º aniversário, que acontece em outubro. Tudo foi muito rápido, parece até que começamos ontem com esta empreitada verde.

Após nove anos, o filho mais novo do jornal O Estado segue acreditando que a mídia tem um papel fundamental no enfrenta-mento dos desafios da sustentabi-lidade e da crise ecológica, global e local.

17 de MaioDia Mundial da Reciclagem

A reciclagem tem um dia es-pecial e é lembrada oficialmen-te, no entanto é preciso mais, e tudo começa com a prática da Coleta Seletiva, imprescindí-vel para a efetivação de todo e qualquer processo de reapro-veitamento de recicláveis.

Atualmente, a atividade re-presenta fonte geradora de ren-da para milhares de pessoas em todo o mundo que se dedicam à coleta, separação e comer-cialização de resíduos reciclá-veis, possibilitando ganhos na dimensão econômica, social e principalmente, na ambiental.

A reciclagem é um proces-so industrial que transforma materiais descartados pós-con-sumo, em novos produtos que voltarão às prateleiras do co-mércio para serem novamente consumidos. Na prática, poupa recursos naturais não renová-veis e alivia os aterros

18 de MaioDia Mundial dos Museus

Os museus tiveram origem no hábito humano do colecio-nismo, que nasceu junto com a própria humanidade. Se-gundo o International Coun-cil of Museums (ICOM), um museu "uma instituição per-manente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, con-serva, investiga, difunde e ex-põe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno,

para educação e deleite da so-ciedade".

22 de MaioDia Internacional da Biodiversidade

Em 22 de maio comemora--se o Dia Internacional da Bio-diversidade. Proclamado pelas Nações Unidas tem como obje-tivo aumentar o grau de cons-ciencialização e conhecimentos acerca da biodiversidade, cujo tema de 2016 é "INTEGRAÇÃO DA BIODIVERSIDADE PARA APOIO ÀS POPULAÇÕES E AOS SEUS MEIOS DE SUBSIS-TÊNCIA".

22 de MaioDia do Apicultor

Apicultores são os profis-sionais que trabalham com a manipulação dos produtos das abelhas, tais como mel, pró-polis, geleia real, pólen e etc. Devem conhecer o universo e o cultivo das abelhas profun-damente, como o funciona-mento de uma colmeia e todas as informações necessárias so-bre sua reprodução e biologia, como também, aprofundar-se no conhecimento sobre plantas e flores, para melhor desenvol-vimento da produção apiária. É uma função que exige do pro-fissional cuidados específicos. SERVIÇO

Mesa-redonda “Outras Vozes do Velho Chico” Data e horário: 20 de maio, das 9h30 às 12h. Local: Auditório do Museu de Arte do Rio – Praça Mauá, 05 – Centro, Rio de Janeiro – RJ.Vagas: 100Inscrições: www.sosma.org.br/projeto/cadastros/mesa-redonda-outras-vozes-do-velho-chico/

“É impossível progredir sem mudanças, e aqueles que não mudam suas mentes não podem mudar nada”. Georges Bernard Shaw

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3VERDE

RioMar recebe Certificação AQUA na fase “Operação e Uso” do empreendimento

Com mais de um ano de inauguração, o RioMar re-cebeu a Certificação AQUA (Alta Qualidade Ambiental) na fase “Operação e Uso” do empreendimento, considera-da uma das mais importantes chancelas de sustentabilidade do País. O certificado confere ao centro comercial o posto de 1° do segmento no Ceará e de 2° do Nordeste a ter o reconhecimento na fase em questão.

A auditoria foi realizada pela Fundação Vanzolini que adaptou o selo AQUA, de origem francesa, ao Brasil. O empreendimento possui cer-tificação também nas fases: realização da obra, programa e concepção do projeto. O primeiro empreendimento do setor de shopping no país a re-ceber essas certificações foi o RioMar Recife, um shopping também do Grupo JCPM.

O gerente de Desenvol-vimento Socioambiental do Grupo JCPM, Sérgio Maffio-letti, destaca que a conquis-ta do selo é consequência da postura adotada pelo Grupo e por toda equipe do shopping, que procura implementar co-tidianamente o uso das práti-cas socioambientais em suas atividades rotineiras.

Princípio da interdisciplinaridade no Direito Ambiental

Existe no Direito Ambiental dispositivos de na-tureza cogente, isto é, que se pressupõe de validade permanente e universal, os quais devem ser do co-nhecimento de todos os que lidam com as questões ambientais. O conhecimento desses dispositivos circunda e subsidia as decisões jurídicas que tratam da preservação domeio ambiente como um direito fundamental. O Princípio da Interdisciplinaridade diz respeito a esses dispositivos cogentes que cir-cundam a legislação estrita de natureza ambiental. Como definir que houve o crime de causar poluição, previsto no art. 54 da Lei nº 9.605/1998, sem que haja suporte técnico hábil a configurar a incidência do art. 3º, III da Lei nº 6.938/1981? Como se poderá atestar que há poluição? Será necessária a interfe-rência de profissionais capacitados tecnicamente,

[email protected]

Apoio técnico De igual modo, como definir as me-didas técnicas hábeis a re-compor a degradação am-biental, requisito para que, na forma do art. 27 da Lei nº 9.605/1998, possa ser oferecida a proposta de transação penal descrita no art. 89 da Lei nº 9.099/1995 quando se tratar de crime de menor potencial ofensi-vo de natureza ambiental? O apoio técnico e de outras disciplinas que não apenas o Direito serão próprias e necessárias para que se dê suporte à aplicação das nor-mas ambientais. O Direito Ambiental é fundamental-mente interdisciplinar.

Cooperação Outro princípio de grande importância é o Princípio da Cooperação, o qual permite a possibilidade de ajuste internacional para garantir a preservação do meio ambiente, assentado numa legislação interna com escopo constitucional, con-cedendo, portanto especial importância à proteção do meio ambiente. A Constitui-ção da República outorgou a todos os entes da federação competência comum para a defesa do meio ambiente.

Obrigação A Constituição brasileira, definiu mecanis-mos que impõem um po-der-dever, dada a inderro-gabilidade da obrigação de preservar o meio ambiente, conferida aos entes da fede-ração. De modo que a com-petência comum para a pre-servação do meio ambiente não pode ser lida apenas como um poder-dever de atuação autônoma dos entes federados, mas sim, exige mesmo que haja completa integração de suas ações, com vistas à máxima prote-ção deste bem.

Complementaridade O Su-premo Tribunal Federal já se manifestou sobre o Princípio da Cooperação em face de conflito entre os entes federa-tivos no exercício da compe-tência para o licenciamento ambiental. Decidiu que não deveria haver o exercício ple-no de apenas um dos entes da federação, mas sim, a comple-mentaridade desse procedi-mento, pela atuação de todos os que de alguma forma pos-sam ser atingidos pela ativida-de potencialmente poluidora. No mesmo sentido tem sido o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça.

SERVIÇO Lançamento do Programa Sistema FIEC de Sustentabilidade e inauguração oficial da Ilha Ecológica da Casa da IndústriaDIA: 17 de maio de 2016 – terça-feira16h30 – Hall da Casa da Indústria.

A partir de hoje, o Núcleo de Meio Ambiente (Numa) da Fe-deração das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) passa a fazer par-te do Núcleo de Expansão Sindi-cal, um novo espaço localizado no 1º andar da Casa da Indústria, dedicado ao apoio e atendimento dos sindicatos filiados e empre-sas associadas.

A estrutura especial é compos-ta por amplos espaços divididos em salas de reunião, videocon-ferência, entre outros, para pro-porcionar um atendimento mais direcionado às necessidades dos industriais. Nesse espaço, esta-rão reunidos, além do Numa, o Núcleo de Assuntos Legislativos (Nual), Programa de Desenvol-vimento Associativo (PDA), Nú-cleo de Convênios e Parcerias (Nucop) e Núcleo de Apoio Sin-dical e Trabalhista (Nust).

Na ocasião, o empresário e presidente da Fiec, Beto Studart, lança o Programa Sistema Fiec de Sustentabilidade para funcio-

nários, diretores e presidentes de sindicatos. O programa - que tem a gerência do Numa e apoio do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Domés-ticos e Industriais do Ceará (Sin-diverde) - tem objetivo de orien-tar as práticas de gestão eficiente de resíduos sólidos, bem como o consumo consciente de água e energia no ambiente de trabalho e residências dos colaboradores.

Como carro-chefe do progra-ma, está a Ilha Ecológica da Casa da Indústria, um ponto de coleta seletiva de papel, metal, plástico, vidro, eletrônicos e óleo de cozinha usado, localizado no prédio da Fiec. Todo resíduo depositado na ilha é enviado às cooperativas de catado-res cadastradas pelo Sindiverde.

Sustentabilidade ganhamais espaço na Federaçãodas Indústrias do Ceará

MEIO AMBIENTE

Na ocasião, o Programa Sistema Fiec de Sustentabilidade será lançado. À frente da iniciativa, o Núcleo de Meio Ambiente da Fiec (Num)

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Dia Mundial da Reciclagem, reciclar é preciso

17 DE MAIO

Dados apontam que cerca de 40% dos resíduos sólidos urbanos, produzidos no Brasil, deixaram de ser coletados. A gestão do lixo é um dos maiores desafios da sociedade

POR KATY ARAÚJO [email protected]

N o processo de reci-clagem, preserva-se o meio ambiente, mi-tiga-se a poluição do

solo, da água e do ar, reduz o custo de produção e diminui o problema com o descarte de resíduos. No Dia Mundial da Reciclagem, celebrado hoje, nosso objetivo é infor-mar para conscientizar à so-ciedade sobre a importância da coleta, segregação e des-tinação de materiais reciclá-veis, ressaltando o quanto é importante cada um cuidar do destino do lixo que pro-duz.

Por dia, cada ser humano descarta cerca de um quilo de resíduo. Em todo o pla-neta, só de lixo domiciliar, são mais de dois milhões de toneladas dia, mais de 600 milhões, ano. Em média, 90 latas de bebida, 45 quilos de plástico, 107 garrafas ou frascos de vidros são descar-tadas no decorrer de um ano por habitante do planeta.

Segundo dados da Asso-ciação Brasileira de Empre-sas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrel-pe), em 2012, cerca de 40% dos resíduos sólidos urbanos produzidos pela população brasileira deixaram de ser coletados e, por consequên-cia, tiveram destino inade-quado. O fato é que um dos maiores desafios da socieda-de é o manejo e destinação, ambientalmente adequada, dos resíduos sólidos.

Recicla NordesteNeste contexto, a Prefeitu-

ra de Fortaleza, com intuito de incentivar a população a reciclar materiais pós-con-sumo, lançou recentemente

o Programa Recicla Fortale-za, onde é possível trocar o resíduo reciclável por pon-tos no Bilhete Único, ou por desconto na conta de energia através de uma parceria com a Companhia Energética do Ceará (Coelce), além disso, a partir de 30 de junho começa a debitar da conta de água, em parceria com a Cagece.

A troca pode ser feita nos nove ecopontos dis-tribuídos pela Capital, que segundo o prefeito Roberto Cláudio, já estão funcionando, conforme o executivo. “Efetivamente nós teremos 25 pontos nes-te formato, até setembro, e queremos trabalhar para a implantação de 40 até o mês de dezembro”, disse.

“Começamos uma polí-tica de ecopontos que têm duas grandes motivações: eliminar as rampas de lixo, substituindo-as por Ecopon-tos e estimular a coleta sele-tiva através da troca de cré-dito para a conta de água, de luz e pontos no bilhete único, de forma a estimular e enga-jar a comunidade.”

PNRSNo âmbito do setor pro-

dutivo, a discussão também vem tomando força, nos úl-timos anos, e o comércio e a indústria se uniram para fazer a logística reversa, pre-vista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

De acordo com o diretor executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), André Vilhena, PNRS representou um mo-mento importante de mu-danças para a gestão do lixo urbano no País, através dos acordos setoriais.

“A assinatura de um acordo entre as empresas e o Gover-

no Federal demonstrou mais um avanço nessa conquista, promovendo a reciclagem de embalagens em geral”, disse Vilhena, que explica, ainda, que segundo o acordo, a meta é reduzir em 22% a quantida-de de embalagens pós-consu-mo destinadas a aterros até 2017. No princípio, a previsão será obter a coleta e a recicla-gem em média de 3,8 mil to-neladas por dia de resíduos. A expectativa é impulsionar investimentos no setor e gerar impactos positivos na destina-ção correta do lixo e na forma-lização da cadeia produtiva de reciclagem.

O Cempre coor-denou a assinatu-ra do acordo setorial para a reciclagem de embalagens que aconte-ceu em novembro de 2015, no Ministério do Meio Ambiente. O acordo engloba empresas, catadores e Governo. Um total de 24 associações empresariais signatárias do acordo.

Selo Verde - CE Vilhena exaltou ainda, o pa-

pel que o Ceará vem realizando no setor de reciclagem, e des-de abril reduziu de 17% para 7% o Imposto sobre a Circula-ção de Mercadorias e Serviços

( I C M S ) no setor,

através da criação do Selo

Verde que certifica produtos compostos de ma-teriais reciclados. A lei que gerou a certificação foi cria-da pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), cabendo à Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará (Se-mace) executar. As empresas que fabricam produtos à base de recicláveis, já podem solici-tar o certificado desde o início de abril.

O secretário de Meio Am-biente do Ceará, Artur Bruno, explicou que o Selo Verde é um incentivo a cadeia pro-dutiva da reciclagem e um “estímulo ao uso de materiais recicláveis em suas linhas de

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produção, reduzindo à dis-posição inadequada dos re-síduos sólidos no meio am-biente”, ressalta.

“É um setor de eleva-do potencial de crescimen-to, com geração de emprego e renda. É um mercado em franca expansão que conta com a simpatia dos consumi-dores, cada vez mais atentos e dispostos a priorizar o consu-mo de produtos de empresas

amigas da natureza. E ainda impacta sobre os catadores.”

Atualmente, o Ceará pos-sui 140 empresas reciclado-ras e 30 de transformação de materiais , e de acordo com a Sema, movimentam men-salmnte, em torno de 20 mil toneladas de material, ge-rando R$ 35 milhões.

Bom exemploUm bom exemplo onde o

lixo gera riqueza. A Organi-zação Não Governamental (ONG), Grupo de Interesse Ambiental (Gia), atenta às questões do consumo sus-tentável, reaproveitamento de recicláveis, e sob o olhar da Educação Ambiental, criou em 2002, em Fortale-za, o Projeto Energia Em-preendedora. A iniciativa transforma lonas e caixas de leite em bolsas, pastas, porta

moedas, entre outros utilitá-rios, com esmero e criativi-dade; transforma o lixo em renda e emprego.

“É a reciclagem gerando oportunidades”, afirma a pre-sidente do Gia, Cláudia Be-zerra. Ela considera de grande importância o Dia Mundial da Reciclagem, um dia para celebrar a vida de dezenas de famílias que tiram renda do lixo. “Esse dia significa trans-

formação”, disse.“Eu entendo que as pes-

soas que estão envolvidas na reciclagem são pessoas visionárias, são pessoas ca-pazes de transformar o que é considerado lixo, restos e sobras, em utilitários. Além disso, é um meio que trans-forma a vida de famílias, gerando emprego e qualida-de de vida social e ambien-tal”, exalta.

Recicla Nordeste 2016

Com expectativa de receber mais de 60 expositores, acontece nos próximos dias 15,16 e 17 de junho, no Centro de Evento do Ceará, mais uma edição da Recicla Nordeste, a única feira do setor de reciclagem e transformação da Região Nordeste e que entre outros temas, trará o reaproveitamento de matérias primas e outras formas de potencializar

os negócios do setor de reciclagem.

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Reciclagem e Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais no Estado do Ceará (Sindiverde), Marcos Albuquerque, a feira chama atenção através dos seminários que paralelamente acontecem. “Nas

palestras ensinamos os cuidados que devemos ter com a destinação dos resíduos e explicamos para toda população que devemos trabalhar dentro do Desenvolvimento Sustentável, que corresponde o tripé Financeiro, Social e Ambiental”, explica.

Para Albuquerque, apesar da crise que o Brasil está vivenciando,

o setor de reciclagem tem se modernizado nos seus processos e nos seus equipamentos. Ele destaca que o Dia da Reciclagem ajuda à população a destinar corretamento seus resíduos, chamando atenção para os cuidados que devemos ter para com o meio ambiente. “Contribue para o processo de conscientização”.

LogísticaReversa

A PNRS define a logística reversa como um "instrumen-to de desenvolvimento eco-nômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios des-tinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra desti-nação final ambientalmente adequada.”

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6 VERDE

Vem aí, mais uma da Festa da Vida. O Movi-mento Proparque iniciou preparativos para a edi-ção 2016, que acontece no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, das 16 às 19h, no Parque Rio Branco. A expectativa é que mais de 26 ONGs e movimentos sociais par-ticipem do grande encon-tro verde, demonstrando

o que fazem pela vida. O evento é uma estra-

tégia do Movimento para mostrar o potencial do parque para atividades socioambientais, ao mes-mo tempo incentivam a população do bairro Joa-quim Távora, adjacências e de toda a Fortaleza a usar mais o espaço no dia a dia através de caminhadas, práticas esportivas, dança,

Tai-Chi, leitura e contem-plação da natureza.

Pela vidaDe acordo com a

coordenadora Luísa Vaz, a ideia é contribuir para a saúde individual e co-letiva, e para manter o parque como área verde pública. “Neste evento, as entidades divulgam o que fazem pela vida.

Trazem registros de seus atos, divulgam campa-nhas, expõem e vendem produtos e serviços, se for o caso. Tudo isso atra-vés de exposição, teatro, música, performance, manifestação, oficinas, canto, panfletagem”, ex-plica e destaca que a festa ocorre desde 1998.

Ela também apontou que a Festa da Vida mos-

tra a indiferença do poder público para com espa-ços públicos como o Rio Branco que é usado desde 1992 e só foi oficializado em 2014, e permanece sem plano de manejo e conselho gestor.

InscriçãoA inscrição para par-

ticipar do evento é gra-tuita, segue até 20 de

maio. Basta mandar um e-mail para [email protected], dizen-do o que pretende fazer ou expor na festa. Luisa recomenda que o ex-positor faça uma visita ao Parque Rio Branco, antes do dia do evento, para prever onde atuar ou expor. Cada grupo providencia tudo o que precisar.

DA REDAÇÃO DO [email protected]

Contendo um conjun-to de ações estruturantes para a agenda nacional de adaptação, o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) foi lançado no úl-timo dia 11, pelo Minis-tério do Meio Ambiente (MMA).

O documento visa orientar iniciativa para o gerenciamento e di-minuição do risco cli-mático no longo prazo. Estabelece metas gerais e setoriais, para estimular os setores a desenvolver ações que diminuam as

vulnerabilidades mais ra-pidamente, além de apro-veitar oportunidades que a mudança do clima deve proporcionar.

Conforme publicado no Portal Brasil, “vai pro-mover a gestão e redução do risco associado à mu-dança do clima, de forma a aproveitar as oportuni-dades emergentes, evitar perdas e danos e construir instrumentos que permi-tam a adaptação dos sis-temas naturais, humanos, produtivos e de infraes-trutura”. O documento ainda indica diretrizes e recomendações para 11 temas de interesse nacio-nal que foram identifica-

dos como vulneráveis às mudanças climáticas.

O PNA é resultado de uma construção coletiva. Foi elaborado no âmbito do Grupo Executivo do Comitê Interministerial sobre Mudança do Cli-

ma (GEx- CIM), entre os anos de 2013 e 2015, conforme determinação da Política Nacional so-bre Mudança do Clima (Lei nº 12.187/09) e em consonância com o Pla-no Nacional sobre Mu-

dança do Clima.“Contou com a par-

ticipação técnica de 18 órgãos do Governo Fe-deral, diálogo com entes da Federação, comuni-dade científica, popula-ções tradicionais e setor privado. Sua elaboração contou ainda com uma chamada pública e 197 reuniões técnicas.”

O processo de elabo-ração deste plano, além de ter contado com a contribuição de redes temáticas compostas por especialistas de vários se-tores e comunidade cien-tífica, do setor privado, teve a ampla participação da sociedade, inclusive,

por meio de chamada e consultas públicas.

“O processo de elabo-ração deste plano, além de contar com a contri-buição de 10 redes te-máticas compostas por especialistas de vários setores e comunidade científica, 11 do setor privado, teve a ampla participação da socie-dade, inclusive, por meio de 12 chamada e consultas públicas”, conforme publicado no documento.

Com informações s do MMA e Portal Brasil

Vem aí mais uma Festa da Vida. O meio ambiente agradece

Brasil agora tem Plano Nacional deAdaptação à Mudança do Clima

Dois volumesO PNA está estruturado em dois

volumes. O Volume I – Estratégia Geral, organizado em 6 capítulos, apresenta e detalha os componentes estruturais do plano: base legal, objetivos, metas,

agenda de implementação e governan-ça. O Volume ll - Estratégias Setoriais e Temáticas discute as principais vulnera-bilidades frente às mudanças do clima e aponta diretrizes para implantação de

medidas adaptativas para incrementos da resiliência climática de 11 setores e temas: Agricultura, Biodiversidade e Ecossistemas, Cidades, Desastres Natu-rais, Indústria e Mineração, Infraestru-

tura (Energia, Transportes e Mobilidade Urbana), Povos e Comunidades Vulnerá-veis, Recursos Hídricos, Saúde, Segu-rança Alimentar e Nutricional e Zonas Costeiras.

CLIMA

Metas foram incluídas nas contribuições brasileiras enviadas à ONU para o combate às alterações climáticas; prazo de execução é de quatro anos

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7VERDE

POR TARCILIA REGO*A editora do Caderno O Estado Verde viajou a convite do Instituto Itaú Cultural

Anunciado resulta-do do programa Rumos 2015-2016. Quatro pro-jetos cearenses estão en-tre os contemplados na 17ª edição da iniciativa, apresentados durante en-trevista coletiva realizada dia 09, na sede do Ins-tituto Itaú Cultural, em São Paulo. O programa é voltado ao mapeamento e apoio à produção cultural brasileira, com o aporte direto de recursos na or-dem de R$15,5 milhões.

O comunicado foi feito pelo diretor do Itaú Cul-tural, Eduardo Saron, e pela gerente de Comuni-cação do instituto, Ana de Fátima Sousa, ao lado da atriz e presidente da Fun-dação de Cultura do Esta-do do Acre, Karla Martins e do cineasta Jeferson De – estes, membros da Co-missão de Seleção.

12.126 inscritosSaron, ressaltou que

o Rumos não é um sim-ples patrocínio, mas um modelo de parceria, um “programa inspirador, importantíssimo para a instituição”, e que esta edi-ção surpreendeu. “Foram mais de 12 mil inscritos que passaram por profun-do processo de avaliação”, disse o executivo.

A comissão formada por 22 pessoas analisou projetos que antes já ha-

viam sido pré-selecio-nados por um grupo de 30 avaliadores. No total, foram seis meses de tra-balho de seleção. O que mostra o “caráter sério e consistente” do programa que selecionou 117 tra-balhos dentro de um uni-verso de 12.126 inscritos.

Parceria“Mais importante do

que o resultado, é obser-var o Rumos sob o as-pecto do processo. Nós não somos uma institui-ção que faz patrocínio, isso é muito importante colocar, nós somos uma instituição que estabele-

ce uma parceria que não olha apenas aspectos fi-nanceiros ou de produ-ção do projeto, mas que o projeto de fato possa acontecer.”

Seguindo o formato da edição 2013-2014, o Rumos manteve a possi-bilidade de os proponen-tes misturarem áreas de expressão artística nos seus projetos e continuou a apostar em liberdades antes impossíveis em edi-tais tradicionais.

25 estadosOs projetos selecio-

nados são originalmen-te de 25 estados e um é

da Argentina. Somente Rondônia e Roraima não tiveram trabalhos clas-sificados – sendo que o primeiro é impactado por uma obra a ser realizada a partir de Goiás. Pelo me-nos 52 dos escolhidos te-rão repercussão e investi-gações em outros estados ou países (Angola, Co-lômbia, Cuba, Espanha, México e Uruguai).

TagsA atriz acreana, Karla

Martins, se disse surpresa com a “qualidade” e “di-versidade” dos projetos apresentados. “Me sur-preendeu, mas não total-

mente, por que me parece que o processo cultural do País começa a refle-tir um novo pensamento político que se instalou nos últimos tempos”. Ela ressaltou que ainda as tags como LGBT que se reve-laram de maneira muito intensa, “quase como um pensamento político , so-cial, cultural do Brasil”.

O cineasta Jeferson De contou que durante o pro-cesso de seleção – foram

dois meses e uma sema-na, analisando trabalhos – escolheu os projetos que mais lhe “tocaram o coração”. Mas “claro”, que também apresentaram “qualidade artística mui-to grande”, e dentre eles, destacou o da atriz negra, de 91 anos, Ruth de Sou-sa, do Rio de Janeiro. No “ranking pessoal” de Je-ferson, “o projeto está en-tre os três melhores”.

Com potênciaEm sua fala, gerente

de Comunicação do Itaú Cultural, Ana de Fátima Sousa, apresentou um panorama geral do pro-cesso que ela considerou “longo”. Disse que assim como Karla Martins, sentiu, em boa parte dos projetos desta edição, e talvez como uma das coisas mais impactantes, “a presença das questões que estão afetando a so-ciedade de alguma for-ma, neste momento”. Ci-tou por exemplo questão racial, que “veio com po-tência”, mas tudo de uma forma muito artística.

Até o fechamento des-ta edição tentamos fa-lar com os responsáveis pelos projetos contem-plados no Edital Rumos 2015-2016, do Instituto Itaú, mas não consegui-mos.

CULTURA

A instituição vai apoiar 117 trabalhos, quatro são do Ceará. Projeto com temáticas sociais surgem como tendência entre os selecionados

Instituto Itaú anuncia em São Paulo, os contemplados do Rumos 2015-2016

SAIBA MAIS Conheça os projetos selecionados com o nome dos autores, origem das propostas, regiões que impactarão, temática, e um resumo de cada um deles, em: http://www.itaucultural.org.br/explore/blogs/rumos-2/

FOTO IVSON MIRANDA

Karla Martins, atriz do Acre; Eduardo Saron e Ana de Fátima Sousa do Instituto Itaú e o cineasta Jeferson De

Page 8: O Estado Verde 17/05/2016

POR TARCILIA [email protected]

Apresidente da Re-pública, Dilma Rousseff, afastada do cargo, ficou

com estigma de uma go-vernante de poucos acer-tos. Certamente, entre os acertos está o fato de ter mantido Izabella Mônica Vieira Teixeira, à frente do Ministério do Meio Am-biente (MMA). A bióloga assumiu o cargo em 1º de abril de 2010, substituindo Carlos Minc, ficando no órgão por seis anos.

Funcionária contratada do Ibama, desde 1985, an-tes de assumir o Ministé-rio, era a secretária-execu-tiva do próprio MMA. Ela é mestre em planejamento energético e doutora em planejamento ambiental pela COOPPE/UFRJ, o que lhe garantia um amplo conhecimento da área am-biental, e uma destacada atuação na construção de uma agenda global para o meio ambiente.

ReconhecimentoEm 18 setembro de

2013, a Organização das Nações Unidas (ONU) contemplou a então ti-tular do Meio Ambiente

do Brasil, com o troféu Campeões da Terra 2013, premiação ambiental mais importante da ONU, na categoria Liderança Polí-tica. Ela foi agraciada pelo papel determinante que desempenhou na redu-ção do desmatamento na Amazônia e também, pela contribuição em conferên-cias e painéis de alto-nível do órgão, sobre desenvol-vimento sustentável.

Na ocasião, o desmata-mento na Amazônia em 5.891 km² foi registrado com a segunda menor taxa (anualmente) dos últimos 25 anos. O número foi confirmado pelo Instituto

Nacional de Pesquisas Es-paciais (Inpe), por meio do Projeto de Monitora-mento da Amazônia Le-gal (Prodes), abrangen-do o período de agosto de 2012 a julho de 2013. Outro relatório mostrou que a degradação flo-restal na Amazônia Le-gal atingiu, em 2013, o menor valor registrado desde o início da série histórica, em 2007.

Novo ministroSecretário do Meio

Ambiente do Estado do Ceará, Artur Bruno, la-menta a saída de Izabella Teixeira, “no cargo desde

2010, ainda no governo Lula”, e destaca que o grande diferencial dela é a qualificação e o perfil técnico. Ele fica na ex-pectativa de que “o novo ministro... continue este bom trabalho”, disse ao Estado Verde.

Em sucessão a Izabella Teixeira, assumiu no úl-timo dia 13, o não menos experiente deputado fe-deral, José Sarney Filho. Segundo Bruno, “o líder do Partido Verde (PV) na Câmara, tem anteceden-tes que o qualificam para o cargo: já foi ministro do MMA e, como deputado federal, tem atuação des-

tacada na área ambiental.”Conforme publicado

no portal do MMA, “com 38 anos de vida pública, ele esteve à frente do mi-nistério entre 1999 e 2002, durante governo FHC, quando instituiu a Carrei-ra de Especialista em Meio Ambiente”. Atualmente, coordenava a Frente Par-lamentar Ambientalista, criada em 1997 sob a lide-rança do deputado. Tam-bém integrou o Conselho Nacional de Meio Am-biente (Conama) e mem-bro do Conselho Consul-tivo da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres.

O que não falta é experiência para o substituto de Izabella Teixeira

MMA

Na pasta do meio ambiente, o novo ministro é o parlamentar José Sarney Filho. A expectativa é que continue o bom trabalho da ex-ministra

FOTOS DIVULGAÇÃO_MMA

Izabella Teixeira deixa o Ministério do Meio Ambiente, no lugar dela entra Sarney Filho, do PV

Ao deixar o cargo a ex-ministra, Izabella Tei-xeira, deixou, também, um balanço do desempe-nho da sua gestão à frente do MMA. O documento que estava publicado no portal do MMA pode ser lido no portal do jornal O Estado (http://www.oestadoce.com.br/cader-nos/oev).

Este Balanço de Gestão sintetiza a atuação do Mi-nistério do Meio Ambiente (MMA) e suas vinculadas entre 2010 e 2016. É um relato das mudanças e das ações no âmbito das políticas públicas voltadas para o meio ambiente. No período, as dinâmicas social, ambiental e econô-mica motivaram trans-formações nas relações entre o MMA, as demais esferas governamentais e a sociedade civil.

O documento destaca, por exemplo, na avaliação de Izabella, que a política ambiental passou a ocu-par um papel de destaque no cenário nacional e internacional. De acordo com a ministra, ações como a redução nos níveis de desmatamento e a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) foram fundamentais. A cooperação com 26 pastas do Executivo no desen-volvimento de ações em diversas áreas também foi destacada pela então ministra.

Balanço

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