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O Minuano No 124

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Revista especializada em náutica do clube Veleiros do Sul

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EXPEDIENTEPALAVRA DO COMODORO

OComodoro

Newton Roesch Aerts

Vice-Comodoro EsportivoEduardo Ribas

Vice-Comodoro AdministrativoRicardo Englert

Vice-Comodoro PatrimônioPablo Miguel

Vice-Comodoro SocialEduardo Scheidegger Jr.

Conselho Deliberativo

PresidenteLuiz Gustavo Tarrago de Oliveira

Vice-PresidenteLéo Penter

Diretor da Escola de Vela MinuanoBoris Ostergren

Diretor de Parques e JardinsPablo Miguel

Prefeito da Ilha Chico Manoel Luiz Morandi

Mande e-mail para: [email protected]

O Minuano é uma publicação do clube Veleiros do Sul.

Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592

Endereço: Av.Guaíba, 2941 Vila Assunção Porto Alegre – Brasil

CEP: 91.900-420

Home Page: www.vds.com.br

E-mails: [email protected] [email protected]

Twitter: @veleirosdosul

Publicação

Editor:Ricardo Pedebos (MTB 5770/RS)

Textos e Fotos:Ricardo Pedebos e Ane Meira

Foto Capa: Wesley Santos

Projeto Gráfico e Diagramação:Renato Nunes

Fotolitos e Impressão: Gráfica Calábria

Prezado Associado

O final do ano chegou e os preparativos para as festas de Natal e Ano-novo

estão na pauta principal de todas as famílias. Mas esta época também sempre nos

remete a um balanço do que foi feito durante todo esse período.

Podemos afirmar que para o nosso Veleiros do Sul foi um ano de muitas rea-

lizações do ponto de vista administrativo, de patrimônio, social e em especial das

atividades esportivas.

Os Associados se engajaram no processo, auxiliando e contribuindo de ma-

neira fantástica na movimentação dessa gigantesca engrenagem. Gostaria de

agradecer de uma maneira muito especial aos amigos que compõem a Como-

doria pelo excelente trabalho, auxílio e dedicação ao Clube, pois foi um ano de

muito esforço e muitas realizações, deixando resultados que certamente serão

lembrados.

Faço também um grande agradecimento ao presidente e membros do Conse-

lho Deliberativo, órgão máximo do Clube, que traçou as diretrizes a serem segui-

das. Lembro também o Conselho Fiscal que com reuniões sistemáticas manteve a

Comodoria atenta aos cuidados com a boa prática administrativa.

Enfim, podemos afirmar que estamos conseguindo cumprir as propostas de-

finidas em nossa posse, o que tem sido possível somente pela participação cada

vez maior dos Associados.

Para 2012 temos novos projetos a serem desenvolvidos que darão maior agi-

lidade e modernização administrativa, valorização e incremento do patrimônio,

agregação cada vez maior da Família Veleiros e investimento na área esportiva,

beneficiando as categorias de base e de competição.

Iremos focar na formação de uma nova geração de esportistas e incentivar

nossos atletas a participarem das competições nacionais, internacionais e em es-

pecial nas Olimpíadas de Londres 2012 e do Rio de Janeiro em 2016.

Finalizando, desejamos uma boa leitura a todos e uma excelente comemora-

ção nas festividades de Natal e Ano-novo, junto de familiares e amigos, sempre

com muita alegria e saúde.

Bons ventos,Newton Aerts

Comodoro

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Os Cruzeiristas do Veleiros do Sul realizaram o seu jan-tar especial “AVEC” (com

a participação aberta a familiares) e celebraram mais um batismo de oito novos integrantes. Todo o ano os Cruzeiristas realizam a cerimônia em dezembro. Com Eduardo Schei-degger Jr. como cozinheiro, o grupo se reuniu em peso para realizar esta que foi a última edição de 2011 e que contou com a presença do Ca-

Batismo encerrou o ano do Grupo dos Cruzeiristas

Netuno e os novos integrantes do Grupo fundado em 1956 com objetivo de incentivar a navegação e manter a tradição dos costumes marinheiros

pitão-de-Fragata, Jayme Tavares Al-ves Filho, Delegado da Capitania dos Portos em Porto Alegre.

Nesta ocasião, os batizados fo-ram: Paulo Mordente de Oliveira (que ganhou o apelido de Peixe Voa-dor), Natanael da Cunha Coll de Oli-veira (Muçum), Rafael Russi Campos (Badejo), José Sílvio Carrazoni Me-deiros (Atum), Henrique Bernardo Hemesath (Arenque), Marco Aurélio Antunes (Congrio Rosa), Luiz Vinícius

Malmann de Magalhães (Linguado) e Gerald Nesweda (Peixe Elétrico).

Os novatos tiveram que cumprir os desafios impostos pelo próprio Netuno, Henrique Ilha, que tam-bém acumula o cargo de Ministro do Chope. O maior obstáculo foi à prova dos nós de marinheiro, onde quem se complicou saiu devendo rodada de chope para toda a turma. O grupo volta a se reunir em março de 2012.

O momento da prova para ser aceito no Grupo. Netuno e seus auxiliares, Dudi Scheidegger e Homero Jobim aplicam os testes

O jantar de encerramento é tradicionalmente aberto para os familiares dos Cruzeiristas

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O MINUANO 7

A cerimônia de aposição floral junto ao busto do Almirante Tamandaré foi realizada no pátio do Clube no dia 13 de dezembro, data da fun-

dação do Veleiros do Sul e do Dia do Marinheiro. O vice-comodoro Edu-ardo Scheidegger abriu o evento cívico e depois concedeu a palavra ao comodoro Newton Aerts que falou sobre a vida do patrono da marinha, seu legado e os laços que unem o Veleiros do Sul e a marinha brasileira.

Uma coroa de flores foi colocada no busto enquanto um marinheiro executou o toque de apito Almirante Tamandaré. Participaram do ato o comodoro Newton Aerts, o presidente do Conselho Deliberativo, Luiz Gustavo Tarrago de Oliveira, e do Capitão-de-Fragata, Jayme Tavares Al-ves Filho, Delegado da Capitania dos Portos em Porto Alegre.

Ao pôr-do-sol foi realizada a tradicional cerimônia das bandeiras no mastro naval do Clube. O pavilhão nacional foi arriado pelo guarda-mari-nha Martin Adreani, associado do VDS, que recentemente se formou na Escola Naval. Presentes também na solenidade os vice-comodoros Eduar-do Ribas, Pablo Miguel e Ricardo Englert acompanhados de suas esposas, e ainda conselheiros e associados. Para prestigiar a data o navio-patrulha Babitonga ficou fundeado em frente ao Clube e aberto a visitação. À noi-te houve o jantar comemorativo para os Conselheiros no Bar Náutico.

Tradicional solenidade marinheira marca os 77 anos do Clube

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Só deu Brasil no Ibero-americano de Match RaceO Porto Alegre Match Cup – 3º Campeonato Ibero-americano de Match Race foi disputado de 22 a 27 de novembro no Clube com a participação de 15 equipes do Brasil, Argentina, México e Peru. A ISAF estabeleceu a divisão feminina como de grau 2 e a Open 3

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ma boa competição de match race para fina-lizar o ano. Essa foi a marca do Ibero-Ameri-cano que teve a sua terceira edição realizada pela primeira vez abaixo da linha do Equa-dor. O primeiro campeonato foi no México em 2009, no ano seguinte na Espanha, e des-ta vez coube ao Brasil receber o evento que foi criado pela Federação Ibero-americana de Vela (Fivela) para impulsionar esta modali-dade da vela de barco contra barco.

O Campeonato no Veleiros do Sul teve 43 flights e 82 matches realizados na soma das divisões Feminina e Open. Esse núme-ro de regatas em cinco dias foi considerado extraordinário pelo Secretário da Fivela, o português Armando Goulart, que em Por-to Alegre foi delegado técnico do evento. E não foi somente a quantidade e matches que se destacou. O Ibero-americano mis-turou equipes com velejadores experientes e jovens que desejam aprimorar a técnica no match race. E o resultado foi melhor do que o esperado pelo nível de disputa apre-sentado.

O Chef Umpire Nelson Ilha disse que está competição serviu também para fortalecer o projeto do Porto Alegre Match Cup. “Que-remos que este evento seja mais um nome importante no calendário internacional de match race”.

No último dia foi realizada a cerimônia de premiação em frente à varanda do Clube. Além das três primeiras equipes, os árbitros também receberam troféus numa homena-gem da comodoria. O presidente do Conse-lho Deliberativo do VDS, Luiz Gustavo Tarra-go de Oliveira deu um galhardete do Clube ao Armando Goulart, de Portugal , Diretor Técnico da Federação Ibero-americana de Vela (FIVELA)

O Ibero-Americano de Match Race é uma realização do Veleiros do Sul com apoio da Federação Internacional de Vela (ISAF), Federação Ibero-americana de Vela (FIVE-LA), Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) e patrocínio da Randon e Marcopolo através da Lei de Incentivo do Esporte do Go-verno Federal.

A competição também serviu para os jovens se aprimorarem no match race

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A briga pelo título feminino foi entre as timoneiras dos times da CBVM

e a vitória foi da Renata Decnop que aplicou 3 a 0 em Juliana Senfft na série de melhor de cinco. Na terceira colo-cação ficou a argentina Mariana Silva que derrotou a brasileira Carolina Béjar, também por 3 a 0.

A equipe formada por Renata Dec-nop, Gabriela Nicolino e Larissa Juck mostrou muita consistência em toda a competição. Elas só perderam um ma-tch em todo o campeonato, na fase de round robin, justamente para a Juliana Senfft, que correu com Fernanda Dec-nop e Luciana Kopschitz.

A fase de round robin entre as mu-lheres foi muito disputada. Para definir quem ficaria com duas vagas da semi-final precisou ser feito um desempate numa rodada extra entre Tânia Zim-mermann (Peru), Carolina Bejar (Brasil) e Martina Maria Silva (Argentina), con-forme decisão do júri.

“O Ibero-americano foi um ótimo campeonato, A Juju é uma adversária difícil e apesar dos 3 a 0, considerei apertado o resultado porque todos os matches foram decididos nos deta-lhes”, comentou Decnop. Porto Alegre foi uma repetição do que aconteceu no início de novembro em Florianópolis, quando a equipe de Decnop fez a fi-nal contra a tripulação de Juliana Senfft e venceu o Brasil Match Cup, não só na divisão das mulheres como também entre os homens.

“Estamos tralhando alcançar o po-tencial que desejamos. Temos treinamos intensamente, e nossa equipe está com bom entrosamento. O técnico Geison Mendes nos acompanha desde o início, em janeiro, e participamos do progra-ma desenvolvido pelo Movimento de Solidariedade Olímpica”, diz Decnop. As equipes de Decnop e Senfft saíram de Porto Alegre para Austrália para cor-rer o Mundial de classes olímpicas em Perth.

DIVISÃO FEMININA

Decnop foi a melhor na final brasileira

Renata Decnop Gabriela Nicolino e Larissa Juck foram as campeãs

Decnop e Senfft voltaram a se enfrentar na série final

Silva e Bejar em um dos bons duelos na raia

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DIVISÃO OPEN

Albrecht ganhou invicto o título

O Ibero-americano de Match Race encerrou com a divisão Open

(masculina e feminina). A vitória foi da equipe de Samuel Albrecht que der-rotou por 2 a 0 Geison Dzioubanov na final decidida numa série de melhor de três regatas. A terceira colocação ficou com Adrion Santos que venceu Philipp Grochtmann por 3 a 1. Ape-nas o Brasil participou da fase final. Os representantes da Argentina e México não conseguiram a classificação.

Albrecht venceu a fase round robin, e na semifinal fez 2 a 0 sobre Adrion Santos. Com sua equipe com-posta por Frederico Sidou e Rodrigo Duarte terminou o Ibero-americano invicto nos 11 matches que disputou. A última regata entre os finalistas não foi a mais emocionante porque os duelos esperados não aconteceram.

“O campeonato serviu principal-mente para mostrar que as equipes estão crescendo no match race e sem dúvida teremos gente de excelente ní-vel. Para esta competição juntei meus amigos que são velejadores experien-tes”, disse Samuca. “Tenho ainda que ressaltar a infraestrutura do Clube que desenvolve estes projetos para o forta-lecimento da vela. Isso é sensacional”, disse Samuca que também comanda a equipe do barco Crioula, da classe Soto 40.

A disputa pela terceira colocação foi num ritmo de final de campeona-to. A equipe juvenil de Philipp Gro-chtmann, que correu com Vilnei Gol-dmeier e Lorenzo Medeiros deu um sufoco nos experientes adversários. Adrion Santos, Lucas Ostergren e Gus-tavo Zipperer saíram na frente com 1 a 0, mas perderam o segundo match. Eles erraram a bóia de contravento quando da alteração de percurso devi-do à mudança do vento. Na disputa fi-nal se revezaram na liderança, mas na última montagem da perna de popa Santos ultrapassou Grochtmann.

Grochtmann e Santos disputaram o terceiro lugar

A final foi entre timoneiros Samuel Albrecht e Geison Dzioubanov

As quatro equipes brasileiras se cruzam na raia

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1º - Renata DECNOP, Gabriela Nicolino e Larissa Juck (BRA)2º - Juliana SENFFT, Fernanda Decnop e Luciana Kopschitz (BRA)3º - Martina Maria SILVA, Ana Lucia Silva e Trinidad Silva (ARG)4º - Carolina BÉJAR, Tatiana Novaes e Amanda Rodrigues (BRA)

5º - Tânia ZIMMERMANN, Nathalie Zimmermann e Josefina Röder (PER)6º - Mariana CROUSSE, Natalia Espósito e Maria Bozzo (ARG)

7º - Gabriela Elda SANTANNA, Natália Schulten e Paula Ramos (ARG)8º - Eliane FIERRO, Cora Gonzáles Fierro e Ana Sofia Casas (MEX)

CLASSIFICAÇÃO DA DIVISÃO FEMININA

1º - Samuel ALBRECHT, Frederico Sidou e Rodrigo Duarte (BRA) 2º - Geison Mendes DZIOUBANOV, Mathias Melecchi e Felipe Ilha (BRA)

3º - Adrion SANTOS, Lucas Ostergren e Gustavo Zipperer (BRA) 4º Philipp Andreas GROCHTMANN, Vilnei Goldmeier e Lorenzo Medeiros (BRA)

5º - Diego BAIALARDO, Nicolás e José Tabares (ARG) 6º - Santiago RIGONI, Mariano Costa e Gonzalo Mendieta (ARG) 7º - Sebastián CRISTINA, Carlos Mues e Santiago Castillo (ARG)

8º - Eliane FIERRO, Cora Gonzáles Fierro e Ana Sofia Casas (MEX)

CLASSIFICAÇÃO DA DIVISÃO OPEN

UMPIRES (áRbITROS)Chefe Umpire: Nelson Ilha - Brasil; Gustavo Bernabei - Argentina;

Tom Rinda – Estados Unidos; Konstantin Knebel - Brasil; Boris Ostergren – Brasil

DIRETOR TéCNICO - FIVELAArmando Goulart - Portugal

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Regata de aniversário dos 77 anos do VDS mobilizou vela gaúcha

aniversário do Veleiros do Sul foi festejado com grande participação dos velejadores gaú-chos. Nos dias 10 e 11 de dezembro foram realizadas as regatas para as classes monoti-pos e oceano que contaram com 104 barcos no total. A competição começou no sábado para as classes, Soling, Hobie Cat 16 e 14, Dingue, Laser standard, radial e 4.7, Snipe, 420, 470, Optimist veteranos e estreantes.

As largadas aconteceram em frente ao Clube com vento sul de intensidade de 10

nós. As marcas de percurso foram colocadas próximas ao SAVA, ao farol do Clube e nas imediações do antigo estaleiro. Durante a re-gata os 68 barcos participantes se dividiram na raia e os primeiros a cruzarem a linha de chegada, próxima ao farol do Clube, foram da classe Hobie Cat 16.

No domingo a disputa era da classe Oce-ano que teve início às 14 horas. Participaram 40 barcos entre as classes J/24, RGS e Cruzei-ro. A condição de vento permitiu um come-

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O Veleiraço Marinha do Brasil contou com 29 barcos na raia

A Snipe compareceu no aniversário Mistura de classes da raia

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Lasers cruzam pelo farol do Clube

mas o vencedor foi o Sapeca 2, de Walther Bromberg, que marcou na regata 1h44min21s no tempo corrigido, 13 segundos a menos que o Piazito. Na classe J/24 o campeão foi o Meu Guri, de Conceição Bortolaso. No Veleiraço Marinha do Brasil mais uma vez o barco Ma-drugada, de Niels Rump, foi o fita azul e vence-dor da Força Livre ao chegar às 16h04min35s e ficou de posse do troféu rotativo da Mari-nha. Os barcos Madrugada e Boa Vida IV, de Marcelo Bernd, velejaram muito próximos durante toda regata numa bonita disputa e a chegada também teve emoção com a vitória do Madrugada por seis segundos.

No final da tarde houve a festa da pre-miação em frente varanda do Clube com a presença de associados, velejadores e convi-dados.

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OS VENCEDORES DAS CLASSES MONOTIPOS

OS VENCEDORES DA CLASSE OCEANO

Laser Standard – Adrion Santos (VDS)Radial - Antonio Cavalcanti Rosa (VDS)

4.7 – Rodrigo Fasolo (CDJ)Soling – George Nehm, Marcos P. Ribeiro e Frederico Sidou (VDS)

Dingue: Rubens Ribeiro e Miriana Gomes (VDS)Hobie Cat 16 - Claudio Mika e Alex Vasconcellos (CDJ)

Hobie Cat 14 - Markus Schmitt (SAVA)Snipe – Fernando Kessler e Vicente Ducati (CDJ)

Optimist veteranos – Tiago Brito (CDJ)Optimist estreantes – Gabriel Kern (CDJ)

J/24 - Meu Guri, Conceição Bortolaso (VDS)RGS - Sapeca 2, Walther Bromberg (VDS)

Veleiraço Marinha do Brasil – Madrugada, Niels Rump

ço de regata com vela balão, mas nem todo mundo aderiu a ela, alguns preferiram ir de genoa. Já os competidores do Veleiraço Ma-rinha do Brasil tiveram dificuldade na saída, pois o vento deu uma caída de intensidade e os barcos ficaram lentos e de velas murchas. Mas em seguida ele veio de direção sul e com rajadas de até 15 nós de velocidade.

O percurso foi de três voltas entre a bóia 125 do canal, outra próxima ao farol do VDS e o farolete do canal do Cristal. As pessoas que aproveitavam a bonita tarde em Porto Alegre para passear pela orla do rio puderam assistir a beleza dos veleiros navegando pelo Guaíba.

O primeiro barco a cruzar a linha de che-gada na classe RGS foi o Piazito Colorado, de Paulo Gérson de Oliveira, às 15h50min48s,

Na Soling a vitória foi da equipe de George Nehm

As classes J/24 e RGS largaram juntas

A regata começou com vento fraco, mas depois chegou aos 15 nós

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CLASSES MONOTIPOS

Premiação dos 77 anos

Mirim: 1º Giovanne Cassaro Feminino: Camila Maia Geral: 1º Tiago Brito, 2º Pedro Zonta e 3º Thiago Splettstosser

Laser 4.7: 3º Vitor Brito Optimist veteranos Juvenil: 1º Tiago Brito Optimist veteranos Infantil: 1º João Vasconcelos

Laser standard: 1º Adrion Santos, 2º Gustavo Zipperer e 3º Roberto Bortolaso

Laser 4.7: 1º Rodrigo FasoloLaser Radial: 1º Antonio Rosa, 2º Henrique Dias e 3º e 1º fem. Júlia Silva

420: 1º Bryan Luiz Snipe: 1º Fernando Kessler Snipe: 2º Carlos Hofstaetter, Fernanda Righi

Soling: 1º George Nehm, 2º Nelson Ilha e 3º Guilherme Roth

Hobie Cat 16: 1º Cláudio Mika, 2º Eduardo Ekman e 3º Luís Antonio Schneider

470: 1º André Becker

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REGATA VELEIRAÇO MARINHA DO bRASIL

Classic: 1º Yaramar – Bruno Altreiter Filho 20’: 1º Wahoo – Ricardo Rabaldo

23’: 1º Meu Garoto – Nilmar Flores 26’: Lord Marabu – Guilherme Roth

30’: Noa Noa II – Leonardo Gomes 35’: Bronka – Rodrigo Castro

40’: Alforria – Daniel Mueller 45’: Boa Vida IV – Marcelo Bernd

Delta 36’: Friday Night – Frederico Roth Força Livre e Fita Azul: 1º Madrugada – Niels Rump

CLASSE OCEANO

RGS: 1º Sapeca 2 - Walther Bromberg, 2º Piazito - Paulo Gerson e 3º Kamikaze - Hilton Piccolo

J/24: 1º Meu Guri - Conceição Bortolaso, 2º Diferencial - Nelson Ilha e 3º Tango - Alex Luiz

OPTIMIST ESTREANTES

Geral e Mirim: 1º Gabriel Kern

Infantil: 1º Ian Paim

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Diferencial: Nelson Ilha, Frederico Sidou, Mathias Melecchi e Felipe Ilha

Equipes do VDS competiram no Mundial de J/24

O Campeonato Mundial da clas-se J/24 foi realizado de 14 a 19 de novembro em Buenos

Aires com a a vitória do barco argen-tino Luca, comandado por Alejo Rigo-ni. Na segunda colocação ficou o pe-ruano Luis Olcese, do barco Guerrero. O Brasil teve quatro equipes no cam-peonato, três delas eram do Veleiros do Sul: As classificações: Diferencial, de Nelson Ilha, 37º ; Iuca, de Cláudio Rus-chel, 38º; e Vento Negro, de José Orte-ga, em 58º. O Brasil ainda contou com a participação do Mataco, de Henrique Horn Ilha (RGYC) 52º.

O norte-americano Timothy He-aly, campeão mundial de 2010, liderou quase todo o campeonato, mas devido a uma desclassificação na sétima rega-ta, após um protesto, ficou em 8º lugar. O Mundial foi disputado novamente em Buenos Aires depois de 14 anos e con-tou com a participação de 58 barcos da Argentina, Austrália, Brasil, Chile, EUA, Itália Grã-Bretanha, Peru e Uruguai.

Vento Negro: José Ortega, Eduardo Ribas, Roberto Bortolaso, Fernanda de Araújo e Carlos Hofstaetter

Iuca: Cláudio Ruschel, Rogério e Ronaldo Ruschel, André Gick e Samuel Albrecht

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A lua cheia e temperatura agradável na noite de 11 de novembro deram um

clima especial para festa Viva Mé-xico. A decoração com motivos mexicanos levou ao ambiente um colorido próprio desta tradicional cultura.

Cerca de 130 pessoas com-pareceram à festa que começou com a turma curtindo os quitutes da culinária do México preparado pela chef Aline Trevisan do Barce-los Gastronomia. Bartenders iam servindo drinks e tequila a vonta-de para quem queria experimen-tar a bebida típica mexicana.

Após o jantar, era hora de ani-mar a festa. Foi quando, apresen-tados pelo vice-comodoro social Eduardo Scheidegger Jr. invadiu o salão Alberto Apache y sus ma-riachis. A apresentação da banda de mariachis, que encantou com os clássicos da música mexicana foi sensacional. O líder do grupo convidou a plateia a fazerem os seus pedidos e atenderam pron-tamente tocando Adelita, Cielito Lindo e Guantanamera.

Após a apresentação, a ani-mação seguiu com dançarinos de rumba que conduziram coreogra-fias e arrastaram praticamente to-dos para a pista ao som de música latina.

SOCIAL

Noite caliente na festa Viva México!

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SOCIAL

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Nas comemorações de aniversário do Clube o Bazar de Natal foi mais uma atração para os associados. Organi-

zado por Adriana Ribeiro, o evento contou com 30 exposito-ras, entre elas associadas do Clube. Nos estandes novidades e artigos clássicos. Desde roupas, joias e bijous, artesanato e até brinquedos educativos estiveram entre os artigos apresen-tados pelas expositoras. A edição de Natal deu oportunidade a quem não queria perder tempo atrás de presentes em lo-jas e shoppings. Para encerrar o bazar, a marca de camisetas Humanus abriu o já tradicional desfile dos expositores. Na sequência, os estandes mostraram um a um moda e estilo na passarela.

SOCIAL

Dudi Scheidegger é amigo da Marinha

O vice-comodoro so-cial do Veleiros do Sul, Eduardo Scheidegger Jú-nior foi agraciado com a medalha “Amigo da Mari-nha” pela Sociedade Ami-gos da Marinha, SOAMAR. A cerimônia de entrega da distinção ocorreu a bordo do navio Benevente, atracado no Cais Mauá, em Porto Alegre no dia 17 de novembro. “Admiro há muito tempo e já me considerava amigo da nossa gloriosa Marinha do Brasil. É uma medalha que levarei no peito para sempre, como estarei à dis-posição desta grande instituição”, comentou Dudi Scheidegger.

O livro Porto Alegre – Brasil do premiado fo-tógrafo Leonid Streliaev será vendido no Clube. Os exemplares comercializados em nossa loja são personalizados com o logotipo do VDS na capa. A tiragem foi de 13 mil exemplares e possui 228 pá-ginas. O Veleiros do Sul faz parte do con-teúdo desta magnífi-ca obra que home-nageia com textos e fotos a capital gaúcha e conta com textos de autoridades, em-presários e personali-dades da cidade.

Livro Porto Alegre – brasil está à venda no Clube

bazar de Natal trouxe moda e estilo ao Clube

Público compareceu no Hangar 1 para prestigiar o Bazar de Natal

Projeto Cultural Veleiros do Sul: lançamento de A Felicidade Possível

No dia 24 de novembro o bar Náu-tico do Veleiros do Sul recebeu

o lançamento de A Felicidade Possí-vel, terceiro livro das irmãs Christia-ne Ganzo e Denise Aerts, associadas do Clube. As terapeutas receberam amigos, pacientes e jornalistas para autografar e comemorar este que é o terceiro livro da dupla. O título trata da construção da felicidade.

Conforme Denise Aerts, as pes-soas preocupam-se demais em bus-

Denise e Christiane na noite do lançamento, no Bar Náutico

car e não de construir uma felicidade que está ao alcance de todos. E as terapeutas ainda alertam: “É preciso decidir se fazer feliz. O livro auxilia quem efetivamente desejam cons-truí-la”.

O evento marca também o lan-çamento do Projeto Cultural Veleiros do Sul, que visa estimular os associa-dos a lançarem seus projetos, livros, reuniões de grupos de estudo, utili-zando o Bar Náutico como espaço

para eventos culturais, gratuitamen-te. Quem tiver interesse basta conta-to prévio com a comodoria.

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A festa de 77 anos do Veleiros do Sul foi realizada na noite de 10 de dezembro com a

participação de associados, amigos e autoridades que brindaram mais um ano do clube náutico em clima de descontração. Estiveram presentes na comemoração o Secretário Estadual de Esporte e Lazer Kalil Sehbe, repre-sentando a Secretaria Municipal dos Esportes Ingor Kronbauer e o delega-do da Capitania dos Portos em Porto Alegre Jayme Tavares Alves Filho.

O comodoro Newton Aerts abriu a celebração. Acompanhado dos vice-comodoros esportivo, Edu-ardo Ribas, social Eduardo Scheide-gger e de Patrimônio, Pablo Miguel, fez um balanço do seu primeiro ano de comodoria. As realizações da as-sociação no âmbito esportivo, social

SOCIAL

Celebramos os 77 anosdo Veleiros do Sul

e patrimonial, como as obras de me-lhorias e a informatização da gestão do Clube foram citadas. As impor-

Vice-comodoro social Eduardo Scheidegger Jr., vice-esportivo Eduardo Ribas, Secretário Estadual dos Esportes Kalil Sehbe e comodoro Newton Aerts

tantes competições que o Clube se-diou assim como o suporte dado à vela olímpica, que iniciou com o nú-

Comodoria brinda os 77 anos do VDS

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SOCIAL

Festa animada e com figurações

Revelação Oceano, Henrique Dias

Momento da saudação de parabéns ao Clube

cleo de vela de alto rendimento, pro-jeto que já vinha sendo desenvolvido na comodoria anterior e segue com a instalação do Projeto de Vela Olím-pica Veleiros do Sul, também foram destacados, assim como a retoma-da da realização de festas temáticas para os associados.

Por último, o comodoro ressal-tou a participação dos funcionários, destacando a importância do traba-lho e o comprometimento de cada um como agentes nas realizações obtidas, agradecendo aos colabora-dores de todas as áreas do Clube. Em seguida, foram entregues os prêmios para os Destaques da Vela de 2011 aos velejadores que mais se destaca-ram no ano correndo regatas nacio-nais e internacionais e trazendo tro-

feus para o Clube.Foram premiados como Desta-

que Oceano Samuel Albrecht, sobre-tudo pelas realizações com o projeto Crioula e Revelação Oceano foi para o velejador Henrique Dias pelos tí-tulos conquistados, principalmente com o seu C’est la Vie IV. O Desta-que Monotipos foi Adrion Santos e a Revelação Monotipos foi o pequeno Gabriel Lopes.

Após o saboroso jantar servido pelo Barcelos Gastronomia, todos fo-ram convidados a brindar juntamen-te com os membros da comodoria e suas esposas os 77 anos do Veleiros do Sul. O mestre de cerimônias An-dré Haar surprendeu a todos com o ritual do sabrage, a abertura de espu-mante a sabre.

Os velejadores premiados do ano

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Destaque Oceano, Samuel Albrecht

Destaque Monotipos, Adrion Santos

Revelação Monotipos, Gabriel Lopes

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SOCIAL

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proveitando o feriado de Nossa Senhora dos Navegantes, dia 2 de fevereiro de 1962, fo-mos até ao Pontal de Santo Antônio com o Guanabara Vodka. Os tripulantes eram: Da-nilo Assumpção, Roberto Teixeira (Barracu-da), Rudy Ahrons e Augusto Chagas.

Quando encostamos, dentro da alagada, no pontal, fomos ajudados por um pescador que estava acampado por lá. O que estra-nhamos foi que o camarada não tinha cara nem jeito de pescador e falava português bem melhor que nós.

Naquele dia mesmo, o tempo foi viran-do e entrou uma frente sul que a gente não esperava. Com aquele vento não dava nem para pensar em sair de lá. Resolvemos ficar e, como havia um barco de pesca maior anco-rado no Biru, fomos até lá pedir que quando chegassem a Tapes telefonassem para uma de nossas casas avisando que estávamos bem e que voltaríamos assim que desse (telefonada que não aconteceu).

Dois dias depois, chovendo ainda, come-çamos a pensar em voltar, mas, para tanto, teríamos que bordejar contra o sul para ven-

Por Augusto Chagas

Tesouro do Morro da Formiga

cer o pontal. Resolvemos consultar o pes-cador, que estava abrigado num telhado de santa fé que nem parede tinha, para saber se com aquele vento a gente poderia virar a ponta sem maiores problemas. Levamos uma pequena carta da Lagoa, ainda não existiam as cartas da Marinha e uma Bússola Bezar, a única a bordo.

Tínhamos comentado muito sobre esse pescador, tão estranho na sua maneira de se comportar. Chegados ao abrigo, chovendo, nos convidou para entrar e sentar. Ele estava lendo um grosso volume e o único móvel que tinha era um baú de madeira. Sentamos no chão de areia e expusemos a nossa dúvida. Para nossa surpresa e para aumentar as nos-sas suspeitas ele colocou a carta no chão, pos a bússola em cima e orientou a carta. Pela direção e intensidade do vento ele achou melhor que esperássemos mais um pouco porque a direção do vento estava começan-do a mudar.

Ali ficamos tentando puxar conversa para descobrir alguma coisa do personagem. Deu para ver que o livro que estava lendo era um

Luiz Chagas ( 91 anos), Luiz Gatermmann (80 anos), Augusto Chagas (81 anos) e Rudy Ahrons (91anos) . Todos vivos e torcendo que seja por muito tempo ainda.

A

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tratado sobre sinais cabalísticos, em espa-nhol.

Conversa vai, conversa vem ele acabou contando sua história, começada assim:

Vejam o que a ganância faz com as pesso-as, eu sou paulista e era um grande numismata e filatelista. Um dia numa viagem à Espanha vi uns documentos que falavam de um tesouro deixado pelos Jesuítas nas margens da Lagoa dos Patos. Nas minhas primeiras férias vim ao Rio Grande do Sul e, depois de muitas pesqui-sas, fui parar no Morro da Formiga onde havia uma capela feita pelos jesuítas. (Na primeira vez que estive nesse local, lá por 1949, ainda existiam as quatro paredes desta capela).

Na vila de pescadores que havia na Praia do Sítio conheci uma senhora cujo pai tinha ido trabalhar para um padre no Morro da For-miga. Este senhor, quando voltou para casa alguns dias depois estava muito assustado, fa-lando que havia visto coisas muito valiosas e que havia prometido sob juramento ao padre não contar para ninguém. Poucos dias depois foi mandado chamar pelo padre e nunca mais foi visto.

Neste primeiro ano que estive no Morro da Formiga encontrei indícios de que alguma coisa havia de verdade na história do tesou-ro. De volta a São Paulo continuei a pesquisar e descobri que naquela zona havia tido uma Missão Jesuítica que era justamente aquela encarregada de levar os bens havidos no Brasil para a Europa e que, quando da expulsão dos Jesuítas eles não tiveram tempo de embarcar tudo o que tinham. Deixaram escondido ouro e pedras preciosas para depois buscar e deixaram sinais para que pudesse ser encon-trado por quem soubesse interpretá-los.

Nas minhas segundas férias vim novamen-te e comecei a busca, agora com mais conhe-cimento. Encontrei, gravado em pedras, sinais cabalísticos que muitas vezes se completavam como, uma cara sem olhos e noutros lugares dois olhos. Havia desenhos de ondas com peixes e outros só de ondas ou só de peixes. Durante esse mês fiz um mapa de tudo o que encontrei e no fim tive que voltar para casa.

Nesse ano que se seguiu continuei a pes-quisar e me especializar em sinais cabalísti-cos. Minha obsessão pelo tesouro me levou à conclusão de que se eu realmente desejava encontrar alguma coisa eu tinha que ficar por lá até dar certo. Com esse pensamento ven-

di as minhas coleções de selos e moedas, me desfiz de outros bens e vim morar no Morro da Formiga.

Quando aqui cheguei e comecei estudar aquela infinidade de sinais me dei conta que era uma coisa muito inteligente e que eu aca-baria descobrindo o código deixado. O pro-blema que eu senti era que, de repente, al-guém com mais sorte pudesse encontrar antes de mim. A solução que encontrei foi marcar num mapa, com todo o cuidado, a posição e o desenho que tinham nas pedras e dinamita-las depois. Era voz corrente nas cercanias que um louco andava dinamitando pedras para ver se encontrava um tesouro debaixo.

Nesses anos todos em que estou aqui, acabei gastando todo o meu dinheiro e tive que começar a pescar para viver. Pesco o mí-nimo possível para perder o mínimo de tem-po com isso e continuo a minha busca pois, cada vez chego mais perto.

O nome desse senhor era ou ainda é Jor-ge Lima. Nunca mais o vimos ou ouvimos fa-lar dele. A capela com o tempo foi totalmen-te destruída ficando no seu local uma cratera. Vários grupos estiveram nessa busca inclusive com derrocadoras pneumáticas e outras má-quinas para remover pedras e escavar. Que eu saiba nunca foi encontrado nada.

Nossa velejada de volta foi sensacional, mestra rizada até a cruzeta, bujinha de tem-poral na proa, asa de pomba com o croque servindo de pau de espinaquer, bolina quase toda até em cima e, um jacaré depois do ou-tro, sem parar, até Itapuã.

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Os navegadores dos

A aventura de uma família gaúcha que saiu da Nova Zelândia em 2008 para viajar ao redor do mundo de veleiro

Mares do Sul

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Essa história começou dentro do Velei-ros do Sul, onde os jovens velejadores Werner Hennig e Lúcia Chagas se co-

nheceram. Acelerando a linha do tempo vamos para 1999, quando o casal resolve ir morar na Nova Zelândia. Na terra dos Kiwis, a pesquisa-dora veterinária e o técnico da área de compu-tação se estabeleceram, compraram um terre-no e construíram uma casa.

Mas o sangue de velejadores nas veias começou a impulsionar a antiga idéia de sair pelo mundo num barco. Não queriam navegar somente pela costa na Nova Zelândia. Então, ao contrário da maioria, não ficaram sonhando diante de uma carta náutica. Em 2008 se lan-çaram na viagem com os filhos Nina, de 9 anos e Lucas, 7 , na época. Antes disso, juntaram as economias e trocaram a casa por uma menor para levantarem um dinheiro extra.

A família de navegadores dos Mares do Sul não fez um plano de viagem rígido, queriam mesmo perambular por lugares maravilhosos, ilhas de natureza exuberante, conhecer países e povos de costumes diferentes. Apenas uma coisa ficou definida: navegar sempre com cui-dado no tempo e ventos amigáveis, nada de sair com previsões duvidosas. Como a própria Lucia disse, “não estávamos correndo uma re-gata”, sempre consideramos aumentar o núme-ro de paradas porque não havia necessidade de velejar em condições mais duras.

Eles esperaram o fim da temporada dos fu-racões no Pacífico e em maio de 2008 deram o início a aventura à bordo do veleiro Kleiner Bar (nome em alemão da constelação da Ursa Me-nor), de 41 pés de comprimento. No primeiro ano o roteiro foi pelas ilhas do Pacífico Sul. Na primeira perna para Tonga tiveram o “batismo

Na reserva das Ilhas Salomão com os filhotes de tartarugas saindo dos ninhos.

Conversa numa escola em Papua-Nova Guiné

Família a bordo de uma jangada típica de Papua

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de vento” com duas frentes constantes de 35 nós, ondas grandes e rajadas de 50 nós, ain-da na costa da Nova Zelândia, Mas essa foi a maior intensidade que eles enfrentaram no mar até agora.

A viagem seguiu pelas ilhas Fiji, Vanuatu, Nova Caledônia, Salomão, Papua Nova Guiné e Austrália. Os ancoradouros naturais das ilhas eram as suas marinas, mas em terra também estava o bocado de uma rica experiência para a família. A convivência com as pessoas das al-deias, a hospitalidade e os laços de amizade. Na verdade é o que faz a diferença entre o turista e o peregrino. O primeiro vê as coisas fragmentadas e o segundo, a busca do conheci-mento. Nas ilhas Salomão visitaram ainda duas

A beleza das praias em Papua-Nova Guiné (PNG)

reservas marinhas onde tiveram a oportunidade de mergulhar e ver a saída dos filhotes de tarta-rugas dos ninhos.

“Em alguns lugares pedíamos licença ao chefe da ilha para ancorar. São pessoas agradá-veis e receptivas, costumávamos trocar peixes fisgados em alto mar por legumes, frutas e ve-getais frescos. Nas ilhas Fiji fizemos um almo-ço numa casa típica da aldeia, e passamos um vídeo do Shrek, a casinha ficou lotada e ainda com gente assistindo pelas janelas. Foi tudo muito divertido,” conta Lucia.

Da Austrália para a Indonésia eles fizeram parte de um tradicional rali promovido pelo go-verno indonésio que sempre conta com grande número de barcos. Depois eles seguiram para a

Das Maldivas até Oman: crianças estudavam pela manhã e brincavam à tarde nos barcos

Noro Munda, Lucas brincando com os locais nas Ilhas Salomão

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Malásia e Tailândia. No começo de 2010 nave-garam para o Sri Lanka. Neste país tiveram um dissabor com a guarda alfandegária, conhecida por sua triste fama. Mesmo recebendo presen-tes, conforme o costume, o agente foi abrindo os armários do barco e pegava o que lhe mais interessava. Até que a Lúcia enfrentou o oficial e parou com aquela bandalheira.

Das paradisíacas ilhas das Maldivas navega-ram para Oman. Esta perna foi a mais demora-da de toda a viagem, levou 12 dias de mar. Em Sri Lanka reencontraram novamente os amigos Uwe e Anne, que viajavam com a filha Kara. As crianças se tornaram grandes amigas. A família evitou passar próximo à costa da Somália devi-do à pirataria. “Quase que diariamente ouvía-mos pelo rádio do barco tripulações de navios que estavam sofrendo ataques de piratas. O patrulhamento pelas marinhas de vários países ainda é insuficiente para controlar a região, a pirataria ainda é forte e está bem organizada. Muita gente já faz o caminho pela África do Sul”, revela Lúcia.

No caminho para o Mar Vermelho, o Klei-ner Bar teve um problema no eixo motor e eles

tiveram que ficar três semanas no Sudão à es-pera da peça de reposição. Na época as cinzas de um vulcão da Groenlândia provocaram mais atraso na chegada da peça que vinha do exte-rior, pois os voos na Europa foram cancelados. Como no Mar Vermelho os ventos contrários predominam, o uso do motor era indispensá-vel. Por outro lado, a espera não foi em vão. Eles conheceram um francês, filho de uma bra-sileira que tinha no seu barco todo material de mergulho e ainda tinha um instrutor a bordo. E isso resultou numa semana de emocionantes mergulhos para Werner, Lúcia, Nina e Lucas.

Na perna do Mar Vermelho tiveram ainda no Iêmen, na Eritréia (no chifre da África) e Egi-to. A navegação nesta região é interessante por ter vários lugares onde ancorar e sítios arqueo-lógicos para visitar. No canal de Suez, Ismailia, é uma cidade histórica muito importante. Para variar o problema são os funcionários arrancan-do dinheiro dos navegadores.

Após entrarem no Mediterrâneo a família seguiu para Chipre, Turquia Grécia. Em todos estes lugares visitaram as cidades e conheceram suas ricas histórias. Eles geralmente paravam

Mergulho em pleno oceano para refrescar entre Maldivas e Oman

Indonésia, os famosos Dragões de KomodoMaldivas, brincadeira a bordo

Visita a reserva de Camp Leakey, Bornéu, no Rio Kumay para ver os Orangotangos

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em portos comuns, alguns nas zonas centrais, e assim evitavam as caras marinas. Depois vele-jaram para a Itália, França, Espanha, cruzaram pelo Gilbratar, Ilhas Canárias e Cabo Verde. Deste ponto atravessaram o Atlântico até Fer-nando de Noronha, que levou oito dias.

Nas Canárias fizeram amizade com o casal, James e Federica e suas filhas pequenas, Nina e Kim, que navegam no veleiro Cocolo, de 52 pés. As duas famílias terminaram fazendo jun-tas a travessia do Atlântico, com “um barco no visual do outro”, como conta Werner. Juntos, eles desceram parte da costa brasileira e chega-ram até o Veleiros do Sul, em Porto Alegre.

Quando alguém vai para o mar, o mundo de terra se desfaz um pouco para se viver o pequeno mundo do barco. Lucia e Werner le-varam uma parte da rotina de casa para dentro do veleiro, principalmente com os filhos. Pela manhã eles se ocupam com estudos, fazem as lições da escola à distância, da Nova Zelândia. “Durante as navegadas ficam mais no interior do barco, como se estivessem dentro de casa”, ressaltou Lucia. Quem acha que há pouca coi-

sa para se fazer a bordo, se engana, as tarefas sempre aparecem e são divididas. Werner gosta de timonear, já Lucia prefere delegar este traba-lho para o seu “funcionário”, o piloto automá-tico. Ela gosta mais de fazer a vigia do quarto à noite, em geral termina sendo maior que as costumeiras quatro horas. Mas em dia de mar mexido um fica no cockpit e outro dentro do barco atento a qualquer movimentação lá fora.

A viagem de retorno à Nova Zelândia co-meçou na metade de novembro. O Kleiner Bar seguiu para o Sul, a rota é ir pela costa argenti-na, atravessar para o Pacífico pelo Canal de Be-agle (que separa a ilha grande da Terra do Fogo) navegar pelo Chile, ilha de Páscoa e Polinésia Francesa. A receita será a mesma, “se alguém nos convida para conhecer um lugar bonito, es-tamos indo”. O compromisso deles é chegar na Nova Zelândia em dezembro, antes da época dos furacões. O mar, o vento e a onda é o que importa, e para que se desgastar em planeja-mentos, pois como conta na biografia de John Lennon, que disse ao seu filho Julian: “Enquan-to você faz planos, a vida acontece”.

A despedida da família no Veleiros do Sul, em novembro, para a viagem de retorno a Nova Zelândia

Nina, Werner, Lúcia e Lucas

Kleiner Bar no Mar Vermelho Tonga, escola a bordo numa velejada tranquila

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Uma das metas propostas pela atual Comodoria foi concretizada no começo

de dezembro. Após longos anos de espera o clube passou a contar com climatização no salão social e copi-nha. Na sede foram colocados nove aparelhos, tipo Split. No salão foram instaladas cinco unidades com ca-pacidade de 60 mil Btus cada uma, mais três de 30 mil Btus e uma de 24 mil, esta destinada para copinha, que utiliza o sistema de evaporador de teto. No Bar Náutico o antigo ar con-dicionado foi substituído por novos aparelhos, uma unidade de 60 mil e mais duas de 30 mil cada uma.

A climatização do VDS teve um planejamento criterioso levando em consideração a instalação, conserva-ção, custo dos equipamentos e, so-bretudo, o consumo de energia. Para isso foi dimensionado não só a capa-cidade dos aparelhos, como também

Sede do Clube está toda climatizada

Na busca de melhor atender os seus associados, o Veleiros do Sul implantou o serviço de cartão de crédito no início de dezembro. As quitações de débitos ou compras no Clube podem ser pagas atra-vés dos cartões de créditos e débitos. As bandeiras disponíveis neste primeiro momento são: VISA, MasterCard, AmericanExpress, Diners Club International, ELO. Em breve contaremos com o Banricompras.

Essas medidas estão sendo feitas para o conforto do associado que poderá contar com mais uma facilidade no Clube. E também por motivo de segurança, sendo que a partir de janeiro não serão mais aceitos pagamentos em dinheiro em espécie no Clube.

Operação com cartões de créditos no Clube

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foi levada em conta às características estruturais do prédio e o espaço do ambiente.

Esse cálculo poderá atingir uma economia de até 40% no consumo de energia, como diz o associado e responsável pelo projeto da parte elétrica, Gerald Nesweda. “Dispo-

mos de um controle à parte da rede que nos informará o que está sendo consumido. Poderemos ainda di-mensionar o uso dos aparelhos até pelo número de pessoas presentes nos recintos. Fizemos um pré-estudo de seis meses e discutimos o projeto com a empresa instaladora.”

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O 33º Campeonato Sul-Brasileiro classe Laser – Standard, Radial e 4.7, foi disputado de 12 a 14 de novembro no Clube Náutico de Antonina, no Paraná. Apenas quatro das sete regatas programadas puderam ser realizadas devido à falta de vento e excesso de chu-vas. O Veleiros do Sul encerrou o campeonato com ótima partici-pação. Na classe Standard, Adrion Santos ficou na vice-colocação (4+2+1+2), empatado em 9 pontos com o campeão Alex Ramos Veeren, de Santa Catarina. Adrion levou o título da categoria Pré-Master. Gustavo Zipperer terminou em 4º e Augusto Moreira em 5º. Na classe Radial, Henrique Dias também foi vice-campeão. O título ficou com Alan Godoy, do Clube Náutico Itaipu. Rodrigo Quevedo ficou em 8º e Rafael Malinski, em 9º.

REGATAS

CAMPEõES ESTADUAIS VDS

Laser standard: Adrion SantosLaser radial: André Passow Dingue: Rubens Ribeiro / Miriana GomesSoling: George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Fabio Santarosa Oceano: C’est la Vie, Henrique Dias

CAMPEõES NAS CATEGORIAS

Optimist veteranos mirim: Gabriel LopesOptimist estreantes mirim: Nicolas MuellerSnipe dupla mista: Kadu Bergenthal e Valéria FabianoLaser Standard Master: Roberto BortolasoLaser Radial Pré-Master: Rodrigo QuevedoLaser 4.7 estreante: Marília Bassôa Hobie Cat 16 estreante: Ricardo Lis

RESULTADOS DO VDS ATé A TERCEIRA COLOCAÇÃO

Hobie Cat 16: 2º Gustavo Lis e Claudia Walter Soling: 3º Nelson Ilha, Felipe Ilha, Carlos Bombardelli e 4º Niels Rump, Guilherme Alfonsin e André SerpaOptimist veteranos: 3º Tiago Ribas SplettstösserLaser Standard: 2º Lucas Ostergren e Laser Radial: 3º Henrique Dias

As vitórias do VDS no Estadual de Vela

Adrion Santos comemora o triplo pódio do VDS na classe Laser standard

O Veleiros do Sul conquistou quatro títu-los no Estadual de Monotipos e um na

classe Oceano. As vitórias foram nas clas-ses: Laser standard - Adrion Santos, Laser Radial - André Passow , Dingue - Rubens Ribeiro /Miriana Gomes, Soling - George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Fabio Santa-rosa e Oceano C’est la Vie, Henrique Dias.

A Federação de Vela do RS fez a pre-miação do Estadual das classes Hobie Cat 1 4 e 16, Laser (Standard, Radial e 4.7), Din-gue, Soling e Snipe, no no Veleiros do Sul. Participaram velejadores dos clubes Velei-ros do Sul, Jangadeiros, SAVA, Rio Grande Yacht Club, São Paulo e Rio de Janeiro.

Bingo, campeão na Laser Radial Miriana e Rubens, vencedores na Dingue

O Brasileiro de Hobie Cat 14 e 16 ocorreu de 20 de outubro a 4 de

novembro no Iate Clube de Buzios, no Rio de Janeiro. No HC 16, se sagrou campeão a dupla Claudio Cardoso e Mequias Queiroz, do Cabanga Iate Clu-be. Já no HC 14 Fabio Espinar, do ICP foi o campeão. Nossas tripulações, que participaram no HC 16, foram: Gusta-vo Lis e Claudia Welter (13º), Adriano B.Schneider e Ricardo Lis (17º), Eduar-do Ekman e Francisco Ekiman (22º), Luis A.Schneider e Claudio Baques (25º).

VDS no brasileiro de Hobie Cat 16

Adrion e Henrique foram vices no Sul-brasileiro de Laser

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Com o fim do inverno e o horário de verão a ple-no as Regatas Noturnas, Wet Wednesday, tiveram retorno triunfal a partir de setembro. Uma vez por mês, sempre as quartas-feiras, os co-mandantes e suas tripu-lações se reúnem para uma boa competição e muita diversão, com amigos e familiares. Quem quer participar é só se ligar nos avisos da Wet Wednesday.

A equipe do Brasil sagrou-se campeã de cinco das nove classes da vela nos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011, realizado em outubro no

México. Foi melhor até do que a comissão técnica esperava. Com as me-dalhas de ouro conquistadas nas classes RS: X Masculina (Ricardo “Bim-ba” Winicki) e na RS: X feminina (Patrícia Freitas), Snipe (Alexandre Tinoco e Gabriel Borges) e J/24 (Maurício Santa Cruz, Alexandre Saldanha, Daniel Santiago e Guilherme Hamelmann), e na Sunsifh (Matheus Dellagnello). Além das medalhas de ouro, a vela do Brasil conquistou uma prata (Hobie Cat 16, com Bernardo Arndt e Bruno Oliveira) e um bronze (Lightining, com Cláu-dio Biekarck, Marcelo Silva e Gunnar Ficker). Na Laser, Bruno Fontes acabou na quinta posição e na Laser Radial, Adrina Kostiw ficou 11ª posição. As regatas foram em Puerto Vallarta. O Diretor Técnico da vela nos Jogos Pan-americanos foi o árbitro internacional e velejador Nelson Ilha, do Veleiros do Sul.

Conquistas da vela em Puerto Vallarta foram as melhores dos Jogos Pan-Americanos

Tinoco e Borges, medalhas de ouro na Snipe

A Semana de Buenos Aires foi realizada de 1º a 10 de outubro no Yacht Club Argentino. O Veleiros do Sul se fez presente nas classes Optimist e

no Sul-Americano de Soling que integrou a Semana de Vela. Thiago Ribas fi-cou em 12º lugar na Optimist veteranos e considerou boa a sua participação no campeonato.

“Neste ano estavam na raia os principais velejadores da Argentina, do Uruguai e do Chile e eu tinha o objetivo de estar entre os Top 15 da Améri-ca do Sul. Tínhamos quase 80 velejadores em cada bateria totalizando 147 veteranos”, contou Thiago. No Sul-Americano de Soling o VDS participou com três tripulações. A melhor classificada foi a de George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lúcio Pinto Ribeiro que terminou em quinto lugar. A equipe do comandante Niels Rump ficou em 7º e a de Kadu Bergenthal em 9º. O argentino Gustavo Warburg (C.N.S.I) foi o vencedor e em segundo ficou Al-berto Zanetti (Y.C.A). Foram realizadas seis regatas entre os dias 8 e 10.

O velejador Henrique Dias, do Veleiros do Sul, ficou em segundo lugar do Campeonato Sul-Americano da classe Laser 4.7, disputado de 15 a 25 de setembro no Yacht Club Uruguayo. O campeão foi Alan Godoy, do Iate Clube Lago de Itaipu. O título feminino também foi brasi-leiro com a catarinense Maria Cristina Boabaid. Participaram 28 velejadores da Argentina, Brasil, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela.

Regatas Noturnas

Semana de buenos Aires: competimos na Optimist e Soling

Henrique foi vice-campeão sul-americano de Laser 4.7

REGATAS

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s constantes tentativas de modificar o topô-nimo do nosso Rio Guaíba para Lago Guaíba revelam uma nova e preocupante perspectiva e talvez uma explicação quanto à inovação do nome. Todos os argumentos a favor de lago já foram amplamente contestados, mes-mo assim, desconsiderando o que consta nos compêndios de geografia e nos dicionários que regem o significado das palavras, há uma insistência para impor esta inovação. Tudo isto em plena era da mentalidade verde, da ecologia e da proteção ao meio-ambiente.

Que poderá haver por trás dessa obsti-nação inovadora de chamar o rio de lago? É sabido que, de acordo com a lei federal 4.771 de 15/09/1965 posteriormente ra-tificada pela lei, também federal, 7.803 de 18/07/1989, ficam claramente definidas as Áreas de Proteção Permanente Ambiental (APP) para margens de rios. Nessas áreas todas as edificações sofrem limitações e res-trições. No caso do Guaíba são 500 metros a partir da margem. Isto certamente causaria transtornos para obras e edificações na orla do rio, inibindo a especulação imobiliária. De um certo modo restringiria o “progresso” da cidade.

Mas vejam só, e se o Rio Guaíba fosse um lago? Seria muito diferente. Não se aplicariam as restrições de 500 metros para rios, mas sim restrições muitíssimo menores para lagos, em torno de 50 metros. Estranhas coincidências.

Guaíba, rio não lagoPor Geraldo Knippling

Por estranho ou coincidente que pare-ça, procurou-se demonstrar que o rio deve-ria ser um lago, fato que já fora amplamente questionado. Mesmo assim seria preciso uma palavra oficial, um decreto ou uma lei para tentar legalizar a troca. Aventou-se então a existência de um decreto nesse sentido, as-sinado pelo governador do estado em 1979. Mera fantasia. Este decreto nunca existiu.

De fato, houve em 1979 uma comissão, em âmbito restrito, que considerou a troca da designação e que foi apresentada ao governo com a solicitação de que fosse referendado em decreto a modificação do topônimo. O governo não concordou com o teor do re-latório, não referendou e o assunto foi dado por encerrado. Quando vieram a público as considerações da dita comissão, foram dura-mente criticadas e amplamente contestadas. Diga-se que as argumentações da comissão ocuparam nada menos que 390 páginas, para tentar provar que o rio seria lago. É uma in-congruência absurda pois demonstra insegu-rança perante o assunto, além do descomu-nal ímpeto de atingir o objetivo a qualquer custo. Convenhamos, 390 páginas! Será que a comunidade é tão ignorante?

Em 1998, através da instituição do Comi-tê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica, pelo decreto 38.989, nova ardilosa tentati-va foi feita. Sorrateiramente adicionaram a designação LAGO ao nome do comitê, que passou a ostentar o pomposo topônimo de COMITÊ DE GERENCIAMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO LAGO GUAÍBA, sem justificativa viável para tal. A partir dessa data passaram a usar e difundir a designação Lago Guaíba. Notem que a palavra lago simples-mente foi colocada lá, como se fosse um ato consumado ou um topônimo já existente. Para ocultar a ilegalidade foi aventada nova-mente a existência de decreto assinado pelo governador em 1979, já mencionado acima, que de fato nunca existiu. Mesmo se existisse não poderia se sobrepor a uma lei federal em pleno vigor, muito menos poderia mudar a topografia do terreno.

Note que todos estes demarches em tor-no de lago foram feitos a revelia da sociedade

e da opinião pública. Foram ditatorialmente inseridos em textos didáticos, publicações e correspondência entre órgãos do governo, sem qualquer explicação válida.

Há mais: o IBAMA, conceituado órgão regulador, não endossou esta inovação, pois classifica o Guaíba, hoje, como rio no seu ca-dastro nacional de Corpos d’Água. Também na Lei Orgânica do Município, o Guaíba é denominado rio.

Alegam ainda, que o egrégio Atlas Am-biental de Porto Alegre também “conceituou” que o rio seria um lago, nunca oficializado e com argumentos amplamente contestados. Diga-se que este Atlas Ambiental foi muito infeliz ao abordar o Guaíba, mostrando con-tradições e equívocos esse tópico. Já no iní-cio, na página 37, ele erra ao afirmar que seis rios afluem ao delta, quando na realidade são quatro: Jacuí, Caí, dos Sinos e Gravataí. Também diz que as águas do Guaíba ficam retidas, e que o seu escoamento é bidimen-sional. Isto foge totalmente da realidade.

Que é rio e que é lago?Não querendo repetir os detalhes já pu-

blicados, convém lembrar que existem de-finições muito claras e explícitas sobre cor-pos d’água, publicadas em compêndios de geografia, dicionários e obras didáticas. Não podemos modificar estes conceitos sob o pretexto de enquadrar um detalhe subjetivo tentando modificar todo o significado. É sa-bido que: Rio é um curso de água que se des-loca de um nível mais elevado para um nível mais baixo, aumentando progressivamente de volume, até desaguar no mar, num lago ou noutro rio (“Aurélio”). O Guaíba é tudo

isto, e pouco importa se está preenchendo uma falha do maciço granítico, de formação tectônica ou não. Que então é um lago? Mais uma vez de acordo com conceitos vigentes: Lago é uma extensão de água cercada de ter-ras. O Guaíba não é nada disso, a não ser que se construa uma represa em Itapuã. Também são falsos os argumentos de que o “lago” se-ria formado pela barragem natural da penín-sula da Faxina. Lá não há qualquer barragem. É uma área de menor profundidade, como quase todo o leito do rio, sobre a qual fluem livremente as águas.

Em termos técnicos, a “pá de cal” sobre todos esses argumentos de lago foi dada em 2009 por um criterioso estudo feito pelo con-ceituado CENTRO DE ESTUDOS DE GEO-LOGIA COSTEIRA E OCEÂNICA da UFRGS classificando o Guaíba como rio em letras e números, confirmando tudo que já foi publi-cado a respeito.

Como ficará agora

Mudam-se as leis. Com a implementa-ção do novo Código Florestal e novas leis de Áreas de Preservação Permanente foi acha-do um caminho que não mais requer a mu-dança de topônimo. Ganhou o poder polí-tico e econômico. O saldo positivo que nos resta é que não conseguiram transformar o nosso pujante rio em um lago estagnado e poluído. Nem interessa mais. Talvez deixem agora o rio fluir livremente. Os efluentes tra-tados e conduzidos pela moderna tubulação de esgoto sanitário serão despejados e leva-dos pela correnteza rio abaixo. Imaginem se fosse um lago: ficaríamos nadando eterna-mente no esgoto.

A

O MINUANO40 O MINUANO 41

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s constantes tentativas de modificar o topô-nimo do nosso Rio Guaíba para Lago Guaíba revelam uma nova e preocupante perspectiva e talvez uma explicação quanto à inovação do nome. Todos os argumentos a favor de lago já foram amplamente contestados, mes-mo assim, desconsiderando o que consta nos compêndios de geografia e nos dicionários que regem o significado das palavras, há uma insistência para impor esta inovação. Tudo isto em plena era da mentalidade verde, da ecologia e da proteção ao meio-ambiente.

Que poderá haver por trás dessa obsti-nação inovadora de chamar o rio de lago? É sabido que, de acordo com a lei federal 4.771 de 15/09/1965 posteriormente ra-tificada pela lei, também federal, 7.803 de 18/07/1989, ficam claramente definidas as Áreas de Proteção Permanente Ambiental (APP) para margens de rios. Nessas áreas todas as edificações sofrem limitações e res-trições. No caso do Guaíba são 500 metros a partir da margem. Isto certamente causaria transtornos para obras e edificações na orla do rio, inibindo a especulação imobiliária. De um certo modo restringiria o “progresso” da cidade.

Mas vejam só, e se o Rio Guaíba fosse um lago? Seria muito diferente. Não se aplicariam as restrições de 500 metros para rios, mas sim restrições muitíssimo menores para lagos, em torno de 50 metros. Estranhas coincidências.

Guaíba, rio não lagoPor Geraldo Knippling

Por estranho ou coincidente que pare-ça, procurou-se demonstrar que o rio deve-ria ser um lago, fato que já fora amplamente questionado. Mesmo assim seria preciso uma palavra oficial, um decreto ou uma lei para tentar legalizar a troca. Aventou-se então a existência de um decreto nesse sentido, as-sinado pelo governador do estado em 1979. Mera fantasia. Este decreto nunca existiu.

De fato, houve em 1979 uma comissão, em âmbito restrito, que considerou a troca da designação e que foi apresentada ao governo com a solicitação de que fosse referendado em decreto a modificação do topônimo. O governo não concordou com o teor do re-latório, não referendou e o assunto foi dado por encerrado. Quando vieram a público as considerações da dita comissão, foram dura-mente criticadas e amplamente contestadas. Diga-se que as argumentações da comissão ocuparam nada menos que 390 páginas, para tentar provar que o rio seria lago. É uma in-congruência absurda pois demonstra insegu-rança perante o assunto, além do descomu-nal ímpeto de atingir o objetivo a qualquer custo. Convenhamos, 390 páginas! Será que a comunidade é tão ignorante?

Em 1998, através da instituição do Comi-tê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica, pelo decreto 38.989, nova ardilosa tentati-va foi feita. Sorrateiramente adicionaram a designação LAGO ao nome do comitê, que passou a ostentar o pomposo topônimo de COMITÊ DE GERENCIAMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO LAGO GUAÍBA, sem justificativa viável para tal. A partir dessa data passaram a usar e difundir a designação Lago Guaíba. Notem que a palavra lago simples-mente foi colocada lá, como se fosse um ato consumado ou um topônimo já existente. Para ocultar a ilegalidade foi aventada nova-mente a existência de decreto assinado pelo governador em 1979, já mencionado acima, que de fato nunca existiu. Mesmo se existisse não poderia se sobrepor a uma lei federal em pleno vigor, muito menos poderia mudar a topografia do terreno.

Note que todos estes demarches em tor-no de lago foram feitos a revelia da sociedade

e da opinião pública. Foram ditatorialmente inseridos em textos didáticos, publicações e correspondência entre órgãos do governo, sem qualquer explicação válida.

Há mais: o IBAMA, conceituado órgão regulador, não endossou esta inovação, pois classifica o Guaíba, hoje, como rio no seu ca-dastro nacional de Corpos d’Água. Também na Lei Orgânica do Município, o Guaíba é denominado rio.

Alegam ainda, que o egrégio Atlas Am-biental de Porto Alegre também “conceituou” que o rio seria um lago, nunca oficializado e com argumentos amplamente contestados. Diga-se que este Atlas Ambiental foi muito infeliz ao abordar o Guaíba, mostrando con-tradições e equívocos esse tópico. Já no iní-cio, na página 37, ele erra ao afirmar que seis rios afluem ao delta, quando na realidade são quatro: Jacuí, Caí, dos Sinos e Gravataí. Também diz que as águas do Guaíba ficam retidas, e que o seu escoamento é bidimen-sional. Isto foge totalmente da realidade.

Que é rio e que é lago?Não querendo repetir os detalhes já pu-

blicados, convém lembrar que existem de-finições muito claras e explícitas sobre cor-pos d’água, publicadas em compêndios de geografia, dicionários e obras didáticas. Não podemos modificar estes conceitos sob o pretexto de enquadrar um detalhe subjetivo tentando modificar todo o significado. É sa-bido que: Rio é um curso de água que se des-loca de um nível mais elevado para um nível mais baixo, aumentando progressivamente de volume, até desaguar no mar, num lago ou noutro rio (“Aurélio”). O Guaíba é tudo

isto, e pouco importa se está preenchendo uma falha do maciço granítico, de formação tectônica ou não. Que então é um lago? Mais uma vez de acordo com conceitos vigentes: Lago é uma extensão de água cercada de ter-ras. O Guaíba não é nada disso, a não ser que se construa uma represa em Itapuã. Também são falsos os argumentos de que o “lago” se-ria formado pela barragem natural da penín-sula da Faxina. Lá não há qualquer barragem. É uma área de menor profundidade, como quase todo o leito do rio, sobre a qual fluem livremente as águas.

Em termos técnicos, a “pá de cal” sobre todos esses argumentos de lago foi dada em 2009 por um criterioso estudo feito pelo con-ceituado CENTRO DE ESTUDOS DE GEO-LOGIA COSTEIRA E OCEÂNICA da UFRGS classificando o Guaíba como rio em letras e números, confirmando tudo que já foi publi-cado a respeito.

Como ficará agora

Mudam-se as leis. Com a implementa-ção do novo Código Florestal e novas leis de Áreas de Preservação Permanente foi acha-do um caminho que não mais requer a mu-dança de topônimo. Ganhou o poder polí-tico e econômico. O saldo positivo que nos resta é que não conseguiram transformar o nosso pujante rio em um lago estagnado e poluído. Nem interessa mais. Talvez deixem agora o rio fluir livremente. Os efluentes tra-tados e conduzidos pela moderna tubulação de esgoto sanitário serão despejados e leva-dos pela correnteza rio abaixo. Imaginem se fosse um lago: ficaríamos nadando eterna-mente no esgoto.

A

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Você, que vai participar de uma regata, já deve ter se perguntado muitas vezes o

que comer antes de velejar. Em fun-ção das regatas serem muito próxi-mas do horário do almoço fica di-fícil para um leigo determinar qual alimento e em que quantidade ele deve ser ingerido.

O velejador não deve se alimen-tar fartamente com alimentos pesa-dos, de difícil digestão (gorduras e frituras, por exemplo). Ao se fazer isso, o corpo desvia a energia que seria usada para a largada e para a prova, para fazer a digestão. E não queremos isso.

Indica-se não comer carne ver-melha nem ovos antes da prática esportiva, pois a carne demora até 4 horas para ser digerida, e os ovos, até 6 horas para tal.

O indicado é uma alimentação

O que comer antes da regataa base de carboidrato, por que esse tipo de alimento dá a energia ne-cessária. Existem dois tipos de car-boidratos:

1) O de alto índice glicêmico (rápido), que dá uma energia mais explosiva, ideal para regatas curtas.

Exemplo: pão branco, arroz branco, batata, mel, suco de fru-tas naturais, carboidrato em gel. O macarrão deve ser ingerido an-tes das regatas curtas. A boa esco-lha do molho é fundamental para a eficiência no ganho de energia rápida, sendo o de tomate simples (ao sugo) o mais indicado, pois tem pouca gordura. Compare:- Molho ao sugo: 3 gramas de gor-dura- Molho carbonara: 25 gramas de gordura (não indicado)- Molho branco: 30 gramas de gor-dura (não indicado)

Por Ariel de Deus*

SAÚDE

- Molho alho e óleo: 60 gramas de gordura (não indicado)

2) O de baixo índice glicêmico (lento), indicado para regatas mais longas, por que seu resultado é mais lento e constante.

Exemplo: sanduíche de pão in-tegral, bolo integral com frutas se-cas e oleaginosas (amendoim, no-zes, etc), arroz integral.

Quando tiver uma regata longa ou mais de uma regata seguida, o velejador deve ingerir frutas secas (passas de uva, damasco seco, figo seco, etc) ou carboidrato em gel, por que aquela energia obtida com o almoço acabou e deve ser repos-ta.

Após a regata o velejador deve repor a energia e restaurar os mús-culos.

Para isso, deve ingerir carboi-dratos em geral, folhas, vegetais, castanhas (combatem os radicais li-vres na musculatura), sanduíche de queijo, carnes magras.

A proteína (carnes, queijo) deve ser ingerida logo após o termino da(s) regata(s) para a restauração muscular.

Não esquecer de se hidratar bem.

E nunca velejar em jejum. Se você não tiver carboidrato para dar energia, seu corpo vai busca-lá nos seus músculos, consumindo sua proteína sanguínea.

Essas são algumas dicas de como fazer da sua alimentação antes de uma regata, sua aliada em busca de melhores resultados.

*Pós Graduado em Medicina Esportiva F.M.U S.P

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